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CADD

A Comunidade de Assistência aos Dependentes de Drogas originou-se de uma


reunião realizada no dia 11 de agosto de 1982, em Jacarezinho-Paraná, devido
às reflexões surgidas na pastoral da juventude da Igreja Católica, denominada
de Juventude de Ação Mariana (JAM). Esse grupo trabalhava na pastoral,
através do método VER, JULGAR E AGIR, os problemas advindo dos tóxicos
na cidade. A partir dos problemas com entorpecentes na comunidade, o grupo
tomou a decisão de realizar um trabalho que prestasse assistência, e que
visasse a recuperação dos dependentes químicos. Esse posicionamento foi
aprovado por unanimidade pelos vinte e três membros que participaram dessa
reunião, sendo presidida por José Heriberto Micheleto.
Desta forma, o nome da entidade ficou definido como Comunidade de
Assistência aos Dependentes de Drogas (CADD), sendo então estabelecido,
que a diretoria deveria ser formada por pessoas ligadas a movimentos
religiosos da IGREJA CATÓLICA APOSTÓLOCA ROMANA. A primeira
Diretoria e o primeiro Conselho Consultivo tomou posse no dia 30 de dezembro
de 1982, sob a coordenação de Alexandre Augusto Botarelli. Ficou decidido
também que a CADD deveria ser orientada e administrada de acordo com os
estatutos elaborados e aprovados na data de 11 de agosto de 1982, os quais
foram publicados no Diário Oficial do Estado do Paraná, nº 1362 de 02 de
outubro de 1982, pagina 035.
Sob a presidência de José H. Michelleto, foi realizada no dia 06 de janeiro
de 1983 a posse do primeiro Orientador Geral o seminarista Silvio Bernardi, por
ter conhecimentos sobre os problemas tóxicos, para assessor espiritual foi
escolhido o Padre Hebert Ludwig Wansler. No dia 21 de março de 1983 foi
realizada a acomodação dos jovens no casarão da fazenda Nossa Senhora de
Mont Serrat, no Bairro Ouro Grande, sendo liberada pelos padres Palotinos de
Londrina/Pr, representado pelo padre Hebert. Finalmente no dia 27 de maio de
1985 foi lido a carta resposta dos padres Palotinos sobre a permanência da
entidade na FADIB, até o ano de 1990. Foi decidido que a diretoria deveria
fazer a escolha de uma área de três alqueires de terra na periferia da
propriedade, a qual seria doada a CADD.
A escolha do terreno ocorreu de dia 28 de agosto de 1985, e deram inicio
às providências para a documentação do processo de recolhimento de utilidade
pública da CADD, em âmbito Municipal e Nacional. A leitura da publicação do
reconhecimento da CADD, a nível nacional, ocorreu na reunião do dia 20 de
julho de 1991, declarando a entidade de caráter de utilidade pública, por ato do
poder executivo publicado no Diário Oficial da União, nº 120, no dia 25 de
junho de 1991, pelo processo MJ, nº 18.167/87.
As Comunidades Terapêuticas são unidades que têm por função a oferta
de um ambiente protegido, técnica e eticamente orientados, que forneça
suporte e tratamento aos usuários abusivos e ou dependentes de substâncias
psicoativas, durante o período estabelecido de acordo com o programa
terapêutico adaptados às necessidades de cada caso (modelo psicosocial).

PROGRAMA TERAPÊUTICO DA COMUNIDADE DE ASSISTENCIA


AOS DEPENDENTES DE DROGAS DE JACAREZINHO – CADD
I. JUSTIFICATIVA:

Um dos problemas mais complexos e difíceis da sociedade atual é o


problema do uso indevido de Substâncias Psicoativas. É um problema de
saúde publica, com dimensões éticas, socioeconômicas, políticas e de
seguridade pública.
O alcoolismo é um dos diagnósticos mais freqüentes nas internações
psiquiátricas, sendo uma das cinco causas mais importantes do afastamento
do trabalho, e segundo a OMS, a prevalência do uso esteja em torno de 10% a
13%, constituindo-se como o segundo problema de saúde pública mais
importante do mundo.
A comercialização da droga e do álcool além de ser de fácil acesso,
incorpora rapidamente a vida social dos adolescentes, bem como dos adultos
que se consideram estressados com os negócios, compreendidos por eles,
como uma situação “normal” do cotidiano. A ideologia mafiosa, a transformação
de valores éticos e morais, vem substituindo o companheirismo e a amizade.
Sabe-se pela literatura médica e psicológica, dos danos que a
dependência química proporciona ao SNC. Os transtornos cognitivos
observados em adictos são analisados por Kalina (2000) pela alteração do
funcionamento dos neurotransmissores, responsáveis pela memória,
especialmente da memória recente, tendo repercussão nos processos de
aprendizagem e no rendimento das funções psicomotoras.

UM POUCO DE HISTORIA...

Em 1860 foi fundada uma organização religiosa chamada Oxford. Esta


organização era uma critica a Igreja da Inglaterra e seu objetivo era o
renascimento espiritual da humanidade. Originalmente chamada Associação
Cristã do I Século, mudou o nome em 1900 para Moral Rearmement. Esse
grupo, conhecido como grupo Oxford, buscava um estilo de vida mais fiel aos
ideais cristãos: se encontravam várias vezes por semana para ler e comentar a
Bíblia e se comprometiam entre si a serem honestos.
Após 10 ou 15 anos de convivência, constataram que 25% de seus
participantes eram alcoolistas em recuperação. Nos Estados Unidos,
participantes desse grupo se reuniram para partilhar o empenho e o esforço
que faziam para permanecer sóbrios e, desta maneira, nasceu o primeiro grupo
de Alcoólicos Anônimos (AA) que com o passar dos anos se tornou o maior
grupo de Auto-Ajuda do mundo.
No dia 18 de setembro de 1958, Chuck Dederich e um pequeno grupo de
alcoolistas em recuperação decidiram viver juntos para além de ficarem em
abstinência, buscar um estilo alternativo de vida. Fundaram em Santa Mônica,
na Califórnia, a primeira Comunidade Terapêutica (CT) que se chamou
Synanon. O grupo adotava um sistema de relacionamento direcionado, em
uma atmosfera quase carismática, o que naquelas circunstâncias foi muito
terapêutico.
A aplicação do conceito de ajuda às pessoas em dificuldade, feita pelos
próprios pares, era a base das relações vividas na Synanon, onde cada pessoa
se interessava e se sentia responsável pelas outras. Desde o inicio acolheram
alguns jovens que estavam tentando ficar em abstinência de outras drogas e,
em decorrência disso a CT que teve seu inicio como uma comunidade para
alcoolistas, abriu suas portas para jovens que usavam outras substancias
psicoativas.
Esse tipo de alternativa terapêutica se firmou e deu origem a outras CTs que
conservando os conceitos básicos, aperfeiçoaram o modelo exposto pela
Synanon.
A CT DAYTOP VILLAGE é o exemplo mais significativo desse tipo de
abordagem. Foi fundada em 1963, pelo Monsenhor Willian O’Brien e David
Deitch, tornando-se um programa terapêutico muito articulado.
Com a multiplicação das iniciativas desse modelo de abordagem terapêutica na
América do Norte, a experiência atravessou o Oceano Atlântico e deu inicio a
programas terapêuticos no norte da Europa,, principalmente na Inglaterra,
Holanda, Bélgica, Suécia e Alemanha.
No inicio de 1979, a experiência chegou à Itália onde foi fundada uma Escola
de Formação para educadores Cts. Estes educadores deram um novo impulso
ao processo na Espanha, América LATINA, Ásia e África.
No campo psiquiátrico acontecia uma outra revolução: a experiência de
comunidade terapêutica democrática para distúrbio mental. O psiquiatra
escocês MAXELL JONES, trabalhando no período da II Guerra Mundial no
hospital Maudley em Londres e sucessivamente, nos de Henderson e Dingleton
de 1945 a 1969, transformou o trabalho tradicional e, como, terapia utilizou a
psicoterapia individual e de grupo, eliminado ao Maximo o uso de medicação e
envolvendo os pacientes nas atividades propostas.
O ex-psicanalista americano Hobart O Mowrer, impressionado positivamente
pela capacidade de recuperação através da abordagem das CTs, começou a
estudar o fenômeno, sua história, os conteúdos e descobriu, por diferentes
experiências pontos em comum que confirmaram algumas de suas hipóteses.
Entre elas:

• Compartilhar: é um dos valores fundamentais e comuns. Isso não se


refere somente aos bens, mas a compartilhar, com os membros do
grupo, o que cada um possui do ponto de vista humano.
• Honestidade: é um outro ponto forte, que emerge do fenômeno das
CTs. “ Participe do grupo e fale coisas de você, mas não de política,
trabalho, rol de outras coisas. Fale o que provoca medo e dor dentro de
você”(Synanon). É uma referência clara a necessidade do ser humano
de comunicar-se sem máscara, em relações humanas autênticas. Esta
honestidade diante do grupo é um valor muito antigo; apareceu nas
primeiras comunidades cristãs e era chamada confissão aberta ou auto-
revelação

Outra característica que aparece nos estudos do Dr. Mower é o abandono, nas
relações terapêuticas, da posição clássica vertical(hierárquica) médico-
paciente. As interações que se estabelecem entre as pessoas rompem
estruturas rígidas da hierarquia, do cargo e oferecem mais possibilidades de
ajuda. As funções muitos flexíveis, garantem as estrutura e a organização da
vida comunitária. A atenção é colocada sobre o individuo, no grupo ou na
comunidade. Ele é o verdadeiro protagonista das ações terapêuticas porque
sabe do que precisa, porém sozinho é incapaz de buscar e, por isso, a
importância da auto-ajuda. Cada indivíduo é responsável pelo seu próprio
crescimento e pede a ajuda necessária aos outros para se ajudar. Sendo
assim, cada um é um terapeuta de si mesmo e para os outros componentes do
grupo, da comunidade. A hierarquia é, unicamente funcional e não interfere nas
relações entre as pessoas.
A vida comunitária não poderá ser terapêutica se não desaparecer a dualidade
equipe-presidente. Isto significa , que quando existir na mesma estrutura o
grupo que faz o tratamento e o grupo que recebe, estamos muito longe da
verdadeira terapia de grupo na CT.
O agente terapêutico não é a estrutura da CT, as regras, os instrumentos, mas
tudo aquilo que estes instrumentos podem fazer para que cada residente possa
viver, experimentar uma relação verdadeira e o amor entre as pessoas. A
observação do acompanhamento instrumentaliza o individuo e o grupo a
avaliarem os processos e o grau de integração social alcançados.
A observação objetivas das ações propicia, a cada pessoa, responsabilizar-se
pela avaliação de seus progressos, e de seu crescimento e permite ao grupo a
possibilidade de fazer distinção entre a pessoa e seu comportamento.

• Espiritualidade: todos esses grupos são capazes de resgatar e


mobilizar a energia espiritual de seus componentes para que encontrem
a coragem necessária para enfrentar e buscar os objetivos propostos.

A energia espiritual pode reintegrar a pessoa consigo mesma, com o grupo,


com a comunidade, com a sociedade, com o seu Poder Superior. A CT tem a
capacidade de criar um ambiente ecumênico e oferece os instrumentos para
que o individuo tenha a oportunidade e a liberdade necessária para procurar
sua própria origem e responder de maneira adequada a sua própria dimensão
espiritual.

II.II. OBJETIVOS ESPECÍFICOS:

Os objetivos específicos encontram-se no Regimento Interno, sendo:

1. Levar a pessoa a um auto domínio em relação à dependência química


através de espiritualidade, laborterapia, psicoterapia e filosofia;
2. A orientação moral e reconstrução do caráter visando o crescimento da
auto-estima, buscando retorno ao convício familiar;
3. A reinserção na sociedade de forma que encontre seu espaço;
4. A garantia de um atendimento digno e de qualidade através de
atendimento individualizado;
5. O desenvolvimento de toda a atividade em regime de participação e
cooperação, evitando-se quaisquer forma de autoritarismo e
despersonalização;
6. Preparação gradativa para uma vida autônoma e independente após seu
desligamento da Comunidade.

III. METODOLOGIA

Através das experiências adquiridas, nos anos de sua existência, a CADD,


como qualquer outra Comunidade Terapêutica, passou por dificuldades que
foram transpostas mediante o trabalho árduo dos voluntários que por ela
passaram. Ao longo dos anos, conforme suas necessidades, foram sendo
retirados e acrescentados programas que beneficiassem a recuperação dos
internos.

• Atendimento intensivo com a permanência de no mínimo 250 dias e


máximo de 365 dias.
• Atendimento Individual

O atendimento individual é efetuado por:

o Agentes Comunitários – Intervenção no mínimo de três vezes por


semana, ou sempre que necessário, sendo registrado em fichas
especificas.
o Profissional Psicólogo – Psicoterapia – atendimento semanal com
registro.
o Profissional Médico Psiquiátrico – Atendimento mensal com
registro e sempre que se fizer necessário.
o Profissional de nível superior especializado em SPA –
Atendimento sempre que necessário.
o Sacerdote – Aconselhamento Espiritual (opcional) – Quando
necessário.

• Atendimento em grupo

oAgentes Comunitários – Reuniões semanais com os grupos


“Vermelho”, “Amarelo” e “Verde”, Reuniões de Sentimentos e de
Confronto.
o Profissional de nível superior especializado em SPA – Reuniões
semanais.
o Catequese Católica com Seminaristas (opcional) – Reuniões
Semanais.

IV. PROPOSTA DE ATENDIMENTO

1. PSICOTERAPIA:

O programa terapêutico individual utilizado pela Comunidade de Assistência


aos Dependentes de Drogas – CADD tem por objetivo proporcionar ao
paciente interno a oportunidade de explorar as justificativas e explicações para
comportamento, atitudes, pensamentos e sentimentos desadaptados,
permitindo posteriormente a modificação destes padrões indesejáveis que
contribuem para o seu sofrimento emocional.
As sessões de psicoterapias individuais, junto com os objetivos específicos
para a dependência química, que por definição implicam da auto-administração
da droga, tratam de assuntos relacionados com outros aspectos da vida dos
pacientes internos, sob a suposição de que alguns destes contribuíram para
(ou mostrem) seu uso atual de drogas.
Mediante os objetivos acima descritos há uma necessidade do programa em
uma Comunidade Terapêutica, por alguns pacientes internos apresentarem,
com freqüência, sintomas psicológicos como ansiedade e depressão,
relacionada com baixa auto-estima, vergonha, culpa, medo e solidão ou
isolamento, dificuldades estas também relacionadas à exposição desses
sentimentos em grupo.

2. AUTOCONHECIMENTO PARA A SOBRIEDADE:

I. Justificativa:

A dependência química é uma doença que está intimamente ligada ao


comportamento humano. Ao longo dos séculos, muito se tem estudado o
porquê da utilização de entorpecentes, bem como, formas de tratamento. Por
ser uma doença crônica, progressiva e tratável, sabemos que a busca de
sobriedade deve ser uma constância na vida do dependente. O método dos
Doze Passos, considerado um dos mais eficientes na recuperação de adictos,
nos prova que é possível uma mudança de comportamento. Para isso é
necessário uma adesão diária, intensa e comprometida. Este projeto se
destina, através das reflexões filosóficas, auxiliar o dependente químico em
recuperação, o auto-conhecimento.

II. Objetivos:

II.I. Gerais:

• Levar o residente a tomar conhecimento da dependência química;


• Fazê-lo descobrir motivos reais que levam-no a optar pela sobriedade;
• Auxiliá-lo na realização dos Doze Passos.

II.II. Específicos:

Criar condições favoráveis para que o residente desenvolva uma


consciência crítica em relação à:

•Tomar consciência da dependência química;


• Traçar um perfil da relação afetiva droga-dependência;
• Avaliação de hábitos, pessoas e lugares como elementos da
dependência química;
• Reflexão sobre ressentimentos, ira e medo;
• Relação sexo, drogas e dinheiro;
• Conhecimento dos vícios capitais relacionando-os com os defeitos de
caráter;
• Descoberta dos Temperamentos e educação.

III. Competências e habilidades a serem desenvolvidas:

Através do auto-conhecimento, o residente, poderá optar por uma vida em


sobriedade. Ao realizar o Programa dos Doze Passos, ele se sentirá mais
seguro. O residente adquirirá uma consciência maior de suas potencialidades,
de sua história de vida e continuidade progressiva de sua recuperação.

IV. Atividades principais:


Reuniões semanais em grupo.

V. Metodologia:

• Palestras;
• Dinâmicas;
• Vídeos;
• Músicas;
• Textos;
• Dramatizações.

3. PRESERVAÇÃO DA SAÚDE ATRAVÉS DA INFORMAÇÃO E


ORIENTAÇÃO: PROPOSTA DE TRABALHO PARA AUXILIAR NA
RECUPERAÇÃO DOS DEPENDENTES QUÍMICOS.

I. Justificativa:

Ao longo da experiência adquirida atuando junto a Secretaria Municipal


de Saúde como coordenadora da ESF, pude constatar através das evidências
que além de ter maior número de parceiros e relações sexuais, os usuários de
drogas não acreditam na possibilidade de infecção pelo HIV e por outras
doenças e menosprezam a importância da prevenção no que se toca as DSTs
e também as doenças em geral.
Após avaliação do trabalho realizado em outra comunidade de
recuperação feminina neste mesmo município, pudemos comprovar as
evidências acima descritas afirmando que os usuários de drogas usam menos
preservativos e subestimam riscos de contaminação por Doenças Sexualmente
transmissíveis.
Os usuários de álcool foram os que apresentaram o maior número
médio de parceiros e são também os que praticam constantemente sexo sob
efeito de substâncias psicotrópicas, o que aumenta ainda mais os riscos de
adquirir doenças.
Esse comportamento, entretanto, não é visto entre os usuários de outras
drogas, principalmente entre os considerados usuários pesados.
Em pesquisa recentemente realizada pela Unesp, analisada com 41
adolescentes com idade média de 16 anos em acompanhamento do Programa
de Orientação e Atendimento a Dependentes (PROAD), mostra que esses
jovens iniciam a vida sexual mais cedo – entre 13 e 14 anos – principalmente
entre meninos. Já na população de não-usuários, que abrangeu 43 jovens, a
idade de inicio foi entre 14,5 e 15,5 anos.
Enquanto apenas 52% dos não-usuários do sexo masculino já tiveram relações
sexuais, esse índice entre os usuários chegou a 97%. Entre as mulheres 20%
das não usuárias já tinham iniciado a vida sexual, contra 80% das usuárias.
O sexo preenche uma lacuna entre os usuários. Eles procuram o auto-
conhecimento e uma imagem do que desejam ser. O torpor causado pela
substância e pelo desejo de atingir a plenitude pode levá-los a uma vida sexual
extremamente ativa e, conseqüentemente, a desenvolver comportamentos de
risco.
Sendo assim a proposta de trabalho para a CADD, consiste em desenvolver
intervenções terapêuticas através de palestras e orientações que possam
reduzir os riscos associados ao uso dessas substâncias e a prática sexual
inconseqüente.

II. Objetivos:

II.I. Geral:

• Proporcionar ao residente o acesso a informação relacionada quanto ao


risco associado ao uso de substâncias e a prática sexual inconseqüente,
através de práticas educativas, preventivas, visando a recuperação e a
reinserção social

II.II. Específicos:

• Reduzir a incidência de DST/AIDS e de outras doenças relacionadas ao


uso de drogas;
• Reduzir as reincidências e recaídas do dependente químico após a
recuperação através da sensibilização em torno dos efeitos orgânicos
que as substâncias e a dependência provoca;
• Garantir aos dependentes químicos acesso a orientação e programa de
atendimento.

III. Metodologia:

A proposta de trabalho se dará em 12 encontros quinzenais na


Comunidade. A duração será de 6 meses onde iniciaremos o ciclo novamente.
Os encontros serão constituídos de apresentação teórica dos
conteúdos e construção dos fundamentos.
Associação da teoria com situações vivenciadas, problematização e
estudo de caso.
Os temas para serem aplicados serão:

• Dependência química
• Efeitos das substâncias químicas no organismo humano
• Álcool
• Tabaco
• Maconha/Crack
• Sexualidade e DSTs
• Sexualidade e compromisso
• Sexualidade e Dependência Química
• Dependência Química e Câncer
• Doenças que mais acometem o homem e fatores de risco
• Organismo Humano
• Hábitos Alimentares
• Qualidade de Vida

4 - PROGRAMA ESPIRITUAL.

I. Destinatários:
Residentes da Comunidade Terapêutica que aceitam o Programa Espiritual.

II. Objetivos:

a)propiciar uma formação religiosa, visando um melhor conhecimento de Deus,


seu projeto de salvação e realização integral da pessoa.
b)conhecer a Bíblia e aplicar a palavra de Deus no processo da recuperação.
c)vivência dos valores pessoais e comunitários, como fundamentos de
reestruturação pessoal e familiar.

III. Programa de espiritualidade:

Acreditamos que a vontade de mudança seja muito importante a pessoa, mas


Deus é essencial na construção do ideal de uma vida nova.
A orientação religiosa seguida na Comunidade Terapêutica é Católica. Porém
salientamos que não é exigido de nenhum residente a conversão ao
catolicismo (aceitamos pessoas de todas as religiões), mas todos são
convidados a participar das atividades.

Diariamente: 03 encontros na capela (manhã, tarde e noite). Para a oração em


comunidade, leitura bíblica com meditação e partilha da mensagem, ensaios de
músicas religiosas (coordenados pelos agentes comunitários).

Semanalmente: encontro catequético com formação bíblica, preparação


sacramental e abordagem de temas religiosos e humanos, utilizando músicas,
filmes e texto de apoio (coordenado pelos seminaristas).
Acompanhamento individual com aconselhamento espiritual e atendimento de
confissões pelo orientador espiritual (padre). Celebração de Santa Missa na
capela.

Mensalmente: Missa com residente e seus familiares, por ocasião do dia da


visita e graduação.

5. PROGRAMA ESPIRITUAL – OPCIONAL

O programa terapêutico da Comunidade tem 4 (quatro) linhas básicas:


ESPIRITUALIDADE, TRABALHO, PSICOLOGIA e FILOSOFIA. No ítem
espiritualidade, apesar da Comunidade haver sido fundada por Padres
Palotinos, e seguir-se a tradição Católica, com missas, confissões, terço
diariamente, não se prega o catolicismo e sim, DEUS; temos residentes
evangélicos que no horário do terço realizam estudos bíblicos, e os ateus
debatem sobre os valores da vida.
O fundamento básico do tratamento é a Espiritualidade: “Deus”, “Poder
Superior”, e não importa o nome que seja dado a Ele, seja “Javé”, “Jeová”,
“Alá”, “Jesus Cristo”, porque ele é o único em nossa concepção, e sem ele não
se concebe uma recuperação.

6 – PROGRAMA DE REUNIÕES:

I. Objetivo:
Reconstrução do pensamento, Auto-Conhecimento, conscientização constante
acerca da doença, encaminhamento para grupos de apoio pós-tratamento para
continuidade do processo de recuperação.

II. Cronograma

II.I. Reuniões Semanais:

Segunda-feira: das 10:30 às 12:00


- Reunião com o grupo vermelho (01 a 03 meses), abordagem 1º, 2º, 3º e 4º
passos:

• Admissão, Rendição (declaração da impotência)


• Acreditar (poder superior, devolver a sanidade)
• Entrega ( nossas vontades e vidas aos cuidado de Deus)
• Relacionar (inventario moral com a finalidade de se ter uma foto
completa de nossas vidas= defeito x qualidade)

Terça-feira: das 10:30 às 12:00


- Reunião com o grupo amarelo (04 a 06 meses), abordagem 5º, 6º, 7º e 8º
passos:

• Compartilhar (o inventário com Deus, consigo mesmo e com uma


terceira pessoa de confiança com o objetivo de nos aliviarmos do peso,
do fardo)
• Prontificar (estar pronto para que Deus remova nossos defeitos de
caráter)
• Rogar (exercitar nossa humildade solicitando a Deus que nos livre de
nossas imperfeições)
• Listar (relacionar as pessoas que prejudicamos física, moral e
financeiramente, etc

Quarta-feira: das 10:30 as 12:00


- Reunião com o grupo verde (07 ao 09 meses), abordagem 9º, 10º, 11º e 12º
passos:

• Reparar (fazer reparações às pessoas que prejudicamos, já


relacionadas e identificadas no 8º passo, sempre que possível, pois às
vezes não é)
• Continuar (inventário moral diário, semanal ou mensal e aprendizado de
quando estiver errado, admitir imediatamente)
• Melhorar (meditar, orar, procurando aperfeiçoar o contato com Deus)
• Levar (experimentando a recuperação através dos 12 passos, passar a
mensagem a outros adictos que ainda sofrem no mundo do álcool e das
drogas).

II.II. Reunião Matinal:

Diariamente: das 08:00 as 08:30 horas


Finalidade: Partilha, leitura do livro “Só por hoje”, comentários, resolução dos
problemas da CT, trabalhar inibições, perdão, conscientização a respeito do “só
por hoje” ou seja viver um dia de cada vez.

II.III. Reunião de Sentimentos:

Segunda-feira: das 13:30 as 14:30 horas


Finalidade: Aprender a compartilhar, aprender a lidar com os sentimentos,
identificação através de experiências positivas e negativas.

II.IV. Reunião para Reconstrução do Pensamento:

Sexta-Feira: 10:30 AS 12:00


Finalidade: Continuidade do processo de reconstrução do pensamento com
temas relacionados à conscientização, auto-conhecimento, despertar da
confiança, recuperação da auto-estima, resgate dos valores morais, etc.

II.V. Reunião de Confronto:

Sexta-feira: das 13:30 as 14:30 horas


Finalidade: Pessoas falam acerca de nossa pessoa para que possamos
enxergar efetivamente nossos defeitos e qualidades.

7. PROGRAMA DE APOIO ÀS FAMÍLIAS DOS RESIDENTES DA CADD:

I. Objetivos:

- Realizar acompanhamento familiar, oferecendo suporte para o acolhimento do


familiar ex-residente ao retornar à casa após a internação;
- Discutir os problemas advindos da drogadição e do alcoolismo;
- Analisar o papel da família no reforçamento da doença do filho;
- Trabalhar o tipo de condutas inadequadas no tratamento da dependência;
- Resgatar a função familiar na colocação de limites e no estabelecimento de
relações afetivas adequadas à não recaída do ex-residente;

II. Metodologia:

Utiliza-se como procedimento a técnica de reunião de grupo mensais


empregando o modelo dos doze passos, também vivenciados pelos internos.
Pretende-se com esta abordagem atingir os objetivos propostos e diminuir
tanto quanto possível, o sofrimento da família ao mesmo tempo que favorece o
restabelecimento de uma interação afetiva de qualidade, sem preconceitos e
estereótipos.

V. PROCESSO DE ADMISSÃO E TERAPEUTICA

1. Abordagem Inicial:

É feita diretamente pelos familiares e o paciente, no escritório da Comunidade,


ou através de contatos telefônicos, onde são fornecidas todas as orientações
necessárias para a realização do tratamento. È entregue o Programa
Terapêutico e o Regimento Interno.

2. Triagem:

Antes do ingresso para tratamento são solicitados os seguintes exames:

 Radiografia do pulmão com laudo médico;


 Hemograma completo;
 HIV;
 VDRL/soro lues;
 GAMA GT;
 TGO;
 TGP;
 Atestado de vacina anti-tetânica.

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