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município de Santarém
Herivelton Corrêa da Silva1
Jailson Otávio Ribeiro Lopes2
Jair Albuquerque Maciel3
Lúcia Adriana Lopes do Santo4
Paula Andrea Viana Fernandes5
Paulo Santana da Silva Junior6
1Universidade Federal do Oeste do Pará – UFOPA
Resumo. Este trabalho vai mostrar como era o sistema de bilhetagem do transporte coletivo de
Santarém, as conseqüências de seus problemas, os fatos que culminaram as mudanças para o
sistema atual (Sistema eletrônico), as expectativas sobre o novo sistema e um breve
entendimento sobre a realidade do transporte coletivo deste município.
1. Apresentação:
O trabalho foi elaborado a partir de meios específicos de trabalho in loco, ou seja, a coleta de
informações foi realizada por meios de entrevistas nas próprias entidades responsáveis pelo
setor.
2. Objetivos:
Visando esclarecer toda a sociedade como funciona as análise para obter a planilha de custo
operacional em uma passagem de transporte, base de calculo, dados operacionais da cidade de
Santarém.
3. Sistema Anterior:
Até 03 de maio de 2009, a cidade de Santarém contava com um sistema muito manual, arcaico,
pouco eficiente, baixa precisão e bastante lento.
Era um sistema tradicional onde as pessoas usavam os vales que variavam de cor e era
apresentado ao cobrador.
Era muito vulnerável a fraudes, por ser de forma grosseira foi combatida a tempo aqui
em Santarém. Os cobradores de maneira ilícita, também, aproveitavam desta falha, aplicavam
golpes, pois compravam os vales nos mercantis, mini-box e ambulantes por R$ 0,70 a R$ 0,90 e
no momento de ajuste trocavam por R$ 1,70 em espécie, lucrando mais de cinqüenta por cento e
no momento de repassar turno havia perdas no marcador da catraca.
Muitos operários, professores e funcionários que não utilizavam o transporte por possuir
meios próprios, acabavam fazendo de seus vales moeda de troca no mercado paralelo, com isso
os comerciantes e empresários locais que compravam os vales por preços muito abaixo do valor
real e dirigiam-se ao SETRANS para trocá-los por dinheiro “obtendo um lucro faraônico, era
um garimpo sem malaria” diz Washington do Vale Presidente do SETRANS.
Esse sistema foi criado nos Estados Unidos (EUA), foi um sistema pensado em acabar
com as fraudes e evitar a evasão de renda nas empresas do setor, chegou ao Brasil por volta do
ano 2000.
3.3 Resistência:
Teve duas empresas que só assinaram o contrato de troca do sistema, com a intervenção do
Ministério Público devido ao grande custo para adquirir o novo sistema.
“A nossa frota nunca esteve tão velha em Santarém como em 2010 e 2011” diz Washington do
Vale
4.1 Causas:
Ruas esburacadas, sem pavimentação, muita poeira, etc. Resultado de uma péssima
administração da secretaria de infra-estrutura e secretaria de transportes, gerando um
grande aumento nos custos de manutenção, aumentando o tempo do percurso e
deterioração dos mesmos tornando inviável a renovação da frota.
A rota dos ônibus não tem final de linha (apenas a rota do Maracanã).
Aumento dos combustíveis, encargos sociais e aumento das gratuidades (idosos acima
de 60 anos, militares fardados, deficientes físicos).
Todos esses fatos influenciam diretamente no custo total de operação das empresas.
7. Melhores condições de trabalho para operadores de bordo que, lidando com menos
dinheiro, correm menos riscos de perda, roubo, erro no troco, etc;
9. Mais segurança.
B – Quilometragem percorrida;
C – Custo quilométrico.
O custo quilométrico corresponde à soma dos custos variáveis com os custos fixos.
Combustível;
Lubrificantes;
Rodagem;
Peças e Acessórios.
Custo de capital
Depreciação
Remuneração
Despesas administrativas
I) INSUMOS E SÁLARIOS
Não havendo tarifa com desconto, o custo dos serviços é rateado entre os passageiros pagantes.
Porém, como existem descontos para determinada categoria de usuários, é necessários calcular
o número de passageiros equivalentes. Os dados correspondem ao período de 12 meses, sendo
de Setembro/2009 à Agosto/2010.
F: Funcionário
I: Integração
G: Gratuito
E: Estudante
Quilometragem Percorrida:
a) Produtiva: 1.035,368,00
b) Improdutiva: 91.768,00
c) Total: 1.127.136,00
Para o calculo do IPKe – Índice de Passageiros por quilômetro equivalente, foram adicionados o
número de passageiros com tarifa integral ao resultados dos produtos dos passageiros com
desconto pelo seus fatores de equivalência.
Onde:
Pe = Número mensal de passageiros equivalentes pela média aritmética dos 12 meses anteriores
A quilometragem mensal foi obtida através das O.S.O (Ordens de Serviço Operacional) que
determina o números de viagens a serem efetuadas nos dias úteis, sábados e domingos e
feriados. A esse resultado foi acrescida a quilometragem percorrida entre a garagem e o ponto
inicial/final da linha (quilometragem morta ou ociosa).
O aumento na base de 10 ou 12% como vem sendo mantido nos últimos anos continuarão
mantendo as empresas operadoras com a instabilidade financeira que são fatores preponderantes
na manutenção de frota inadequada e prejudicial a operação de serviço e gerando um impacto
cada vez mais negativo ao seu perfil, na medida que é absorvido pelos custos operacionais e
desconsiderados no ato do cálculo final da mesma, o que vem provocando esta perda financeira
constante nas empresas do Sistema.
Para o calculo foi considerada a metodologia publicada pelo Ministério das Cidades, tendo
como parâmetro o Manual de Instruções Práticas Atualizadas – IPA/1996, instituído pela
Portaria Nº 644/MT, onde consideramos a MÉDIA DOS ÚLTIMOS 12 MESES para o cálculo
de passageiros transportados e de quilômetros rodados no período de setembro/2009 a
agosto/2010.
Onde:
T = CT / P
T = Tarifa
CT = Custo Total
7 . Conclusão:
A implantação do novo sistema de bilhetagem eletrônica, possibilitou uma melhor organização
dos trabalhos em comparação ao sistema anterior, ainda dando ao processo um nível de
segurança mais eficiente.
Para os usuários a as medidas adotadas foram significativas, a demanda de pessoas que utilizam
os coletivos aumentaram . Em contrapartida a manutenção das vias onde estes veículos trafegam
não receberam o tratamento adequado, fator que desencadeou um crescente número de veículos
em estado de manutenção.
Portanto, o novo sistema trouxe dois tipos de ônus a população santarena. A primeira referente a
otimização do sistema e a segunda a qualidade referente a demanda da frota e o estado de
conservação dos veículos que na maioria deixa a desejar, gerando descontentamento da
população principalmente eferente a taxa que é cobrada.
Referências:
[1] SENTRAS/STM- Transporte Coletivo Urbano- Estudo de custo operacional do serviço.
[3] http://www.bonde.com.br/?id_bonde=1-3--529-20101213
[4] http://blogdoestado.blogspot.com/2009/07/catraca-eletronica-da-lucro-aos-donos.html
[5] http://www.portalnahora.com.br/