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A Implantação do Sistema de Bilhetagem Eletrônica no

município de Santarém
Herivelton Corrêa da Silva1
Jailson Otávio Ribeiro Lopes2
Jair Albuquerque Maciel3
Lúcia Adriana Lopes do Santo4
Paula Andrea Viana Fernandes5
Paulo Santana da Silva Junior6
1Universidade Federal do Oeste do Pará – UFOPA

herivelton2008@hotmail.com; jorlezlsl@hotmail.com; foxptr@hotmail.com;


adrianamc20@hotmail.com; anderline25@yahoo.com.br; paulosantana92@r7.com

Resumo. Este trabalho vai mostrar como era o sistema de bilhetagem do transporte coletivo de
Santarém, as conseqüências de seus problemas, os fatos que culminaram as mudanças para o
sistema atual (Sistema eletrônico), as expectativas sobre o novo sistema e um breve
entendimento sobre a realidade do transporte coletivo deste município.

1. Apresentação:
O trabalho foi elaborado a partir de meios específicos de trabalho in loco, ou seja, a coleta de
informações foi realizada por meios de entrevistas nas próprias entidades responsáveis pelo
setor.

Também através do uso da Rede Mundial de Computadores (Internet) blogs e jornais


on-line.

2. Objetivos:
Visando esclarecer toda a sociedade como funciona as análise para obter a planilha de custo
operacional em uma passagem de transporte, base de calculo, dados operacionais da cidade de
Santarém.

3. Sistema Anterior:
Até 03 de maio de 2009, a cidade de Santarém contava com um sistema muito manual, arcaico,
pouco eficiente, baixa precisão e bastante lento.

Era um sistema tradicional onde as pessoas usavam os vales que variavam de cor e era
apresentado ao cobrador.

Duas empresas eram responsáveis em confeccionar os vales, uma de Manaus, que


fechou as portas, e outra do Rio Grande do Sul.

Era muito vulnerável a fraudes, por ser de forma grosseira foi combatida a tempo aqui
em Santarém. Os cobradores de maneira ilícita, também, aproveitavam desta falha, aplicavam
golpes, pois compravam os vales nos mercantis, mini-box e ambulantes por R$ 0,70 a R$ 0,90 e
no momento de ajuste trocavam por R$ 1,70 em espécie, lucrando mais de cinqüenta por cento e
no momento de repassar turno havia perdas no marcador da catraca.

Muitos operários, professores e funcionários que não utilizavam o transporte por possuir
meios próprios, acabavam fazendo de seus vales moeda de troca no mercado paralelo, com isso
os comerciantes e empresários locais que compravam os vales por preços muito abaixo do valor
real e dirigiam-se ao SETRANS para trocá-los por dinheiro “obtendo um lucro faraônico, era
um garimpo sem malaria” diz Washington do Vale Presidente do SETRANS.

Representando um prejuízo de cerca de R$ 100.000,00 (Cem mil reais) mensais na


receita das empresas do setor.

3.1 Análise dos problemas:


Diante desses fatos que estavam causando prejuízos precisou realizar um estudo para enumerar
e solucionar as causas dos problemas. Concluiu-se que a solução seria a implantação de um
sistema de controle eletrônico no transporte coletivo do município de Santarém.

Esse sistema foi criado nos Estados Unidos (EUA), foi um sistema pensado em acabar
com as fraudes e evitar a evasão de renda nas empresas do setor, chegou ao Brasil por volta do
ano 2000.

3.2 O Processo de Implantação do Novo Sistema:


Esse sistema foi criado nos Estados Unidos (EUA), foi um sistema pensado em acabar com as
fraudes e evitar a evasão de renda nas empresas do setor, chegou ao Brasil por volta do ano
2000.

A empresa escolhida para realizar a implantação foi a EMPRESA 1, passou-se cerca de


1 ano e meio para conhecer o sistema, tem sua filial do Brasil em Belo Horizonte e sua matriz
nos Estados Unidos.

Gerou inicialmente um custo em torno R$ 1.500 000,00(Um milhão e meio de reais), só


para a adequação (troca da instalação elétrica do SETRANS, compra de novas baterias para os
ônibus, os validadores). Houve uma capacitação para os funcionários. Para adquirir o software
todos os ônibus paga R$ 80 (oitenta reais) mensalmente, independente se esteja rodando ou não,
são cerca de 120. Qualquer defeito que venha ocorrer nas máquinas gera-se um custo extra que
depende da cotação do dólar para seu cálculo.

A prefeitura participou apenas na realização de um regulamento para a bilhetagem


eletrônica.

O sistema começou a operar em 04 de abril de 2009 em Santarém.

3.3 Resistência:
Teve duas empresas que só assinaram o contrato de troca do sistema, com a intervenção do
Ministério Público devido ao grande custo para adquirir o novo sistema.

4. A Situação atual do transporte coletivo em Santarém:


Infelizmente Santarém conta com um serviço de transporte público precário, uma meia dúzia
de ônibus velhos, sujos e motoristas mal humorados.

“A nossa frota nunca esteve tão velha em Santarém como em 2010 e 2011” diz Washington do
Vale

4.1 Causas:
 Ruas esburacadas, sem pavimentação, muita poeira, etc. Resultado de uma péssima
administração da secretaria de infra-estrutura e secretaria de transportes, gerando um
grande aumento nos custos de manutenção, aumentando o tempo do percurso e
deterioração dos mesmos tornando inviável a renovação da frota.

 A rota dos ônibus não tem final de linha (apenas a rota do Maracanã).

 Grande evasão dos usuários devido ao serviço de moto-taxi, principalmente os


clandestinos.

 Aumento dos combustíveis, encargos sociais e aumento das gratuidades (idosos acima
de 60 anos, militares fardados, deficientes físicos).

Todos esses fatos influenciam diretamente no custo total de operação das empresas.

5. Vantagens do sistema eletrônico:


1. Aprimora o controle de arrecadação;

2. Controla benefícios e vale transporte;

3. Reduz os custos operacionais com o processo de prestação de contas dos cobradores e


transporte de valores;

4. Amplia as facilidades de integração;

5. Facilita a gestão da informação;

6. Elimina o comércio paralelo de Vales-Transporte;

7. Melhores condições de trabalho para operadores de bordo que, lidando com menos
dinheiro, correm menos riscos de perda, roubo, erro no troco, etc;

8. Mais conforto, facilidade e agilidade de acesso aos usuários;

9. Mais segurança.

6. Resumo Geral do Setrans:


Apresentamos a seguir o resumo dos preços dos insumos, salários, dados operacionais,
coeficientes e tributos para melhor entendimento do impacto de suas variações na Planilha
Tarifária de Santarém para conhecimento do valor atualizado.

Segue também as explicações necessárias a compreensão de como se calcula – a partir do


aplicativo para o cálculo da tarifa de ônibus urbano elaborada pelo GEIPOT do Ministério dos
Transportes (que orienta os órgãos gestores de transportes das cidades brasileiras), a Tarifa de
Transporte Coletivo Urbano de Passageiros.
Considera-se Tarifa como o rateio do custo total do serviço entre os usuários pagantes. Sendo
necessário, para o seu cálculo, o conhecimento dos seguintes elementos:

A – Número de passageiros transportados;

B – Quilometragem percorrida;

C – Custo quilométrico.

O custo quilométrico corresponde à soma dos custos variáveis com os custos fixos.

Os custos variáveis mudam em função da quilometragem percorrida pela frota, e

São subdivididos em:

 Combustível;

 Lubrificantes;

 Rodagem;

 Peças e Acessórios.

Os custos fixos são despesas que independem da quilometragem percorrida. Consideram-se os


seguintes itens para o seu cálculo:

 Custo de capital

Depreciação

Remuneração

 Despesas com pessoal

 Despesas administrativas

I) INSUMOS E SÁLARIOS

1- Com exceção dos combustíveis e da rodagem, todos os preços ponderados e se baseiam na


média dos últimos 12 meses;

2- Há um excessivos consumo de peças de reposição, em vista das condições da malha viária


dos bairros, que ainda apresenta condições precárias de trafegabilidade;

3- O preço dos insumos e os salários de motoristas e cobradores, se constituem nos principais


índices responsáveis pelo custo de operação.

6.1 Dados operacionais:


1- A baixa densidade de ocupação dos veículos nas faixas horárias intermediárias que, aliada à
concorrência existente e ocasionada pela diferença irrisória entre a tarifa praticada pelo
transporte coletivo e pelo serviço de moto-táxi, com grande inferência dos clandestinos, são
responsáveis pela manutenção da quilometragem improdutiva alta, com rara influência no custo
operacional e consequentemente reflexo no preço da tarifa única ora praticada;

2- A quilometragem improdutiva, que em média representa 15% da Kilometragem média


percorrida, sobrecarrega o sistema e também compromete o desempenho do serviço, refletindo
na escolha dos coeficientes utilizado;

Não havendo tarifa com desconto, o custo dos serviços é rateado entre os passageiros pagantes.
Porém, como existem descontos para determinada categoria de usuários, é necessários calcular
o número de passageiros equivalentes. Os dados correspondem ao período de 12 meses, sendo
de Setembro/2009 à Agosto/2010.

PE = {TPT - [F + I + G + (50% E)]}

PE: Passageiro Equivalente

TPT: Total de Passageiros Transportados

F: Funcionário

I: Integração

G: Gratuito

E: Estudante

Ônibus (média dos 12 meses):

B1) Passageiros Sem Desconto 162.904

B2) Passageiros Equivalentes 1.711.752

B3) Passageiros Equivalentes 1.873.656

Quilometragem Percorrida:

a) Produtiva: 1.035,368,00

b) Improdutiva: 91.768,00

c) Total: 1.127.136,00

Para o calculo do IPKe – Índice de Passageiros por quilômetro equivalente, foram adicionados o
número de passageiros com tarifa integral ao resultados dos produtos dos passageiros com
desconto pelo seus fatores de equivalência.

Onde:

IPKe = Índice de passageiros equivalentes por km

Pe = Número mensal de passageiros equivalentes pela média aritmética dos 12 meses anteriores

QM = Quilometragem mensal pela média aritmética dos 12 meses anteriores


IPKe = Pe / QM

IPKe = 2,947,260/ 1.873.656= 1,573

A quilometragem mensal foi obtida através das O.S.O (Ordens de Serviço Operacional) que
determina o números de viagens a serem efetuadas nos dias úteis, sábados e domingos e
feriados. A esse resultado foi acrescida a quilometragem percorrida entre a garagem e o ponto
inicial/final da linha (quilometragem morta ou ociosa).

3- Considerando-se o alto consumo de peças de reposição e de rodagem verificamos uma


aceleração exarcebada na depreciação dos veículos operadores que, mesmo com uma idade
média considerada apta, apresentam-se em condições precárias. Este fator, indexado aos custos
de operação, eleva a níveis insuportáveis os valores residuais, causando impacto negativo à vida
econômica das empresas, e, em alguns casos, tornando-as inadimplentes perante suas
obrigações sociais e fiscais.

6.1 Cálculo final da tarifa:


A inferência da excessiva oscilação dos custos variáveis, o aumento dos combustíveis, dos
encargos sociais, a diminuição do número de passageiros transportados, o aumento abusivo das
gratuidades concedidas no Município e os prejuízos que vêm se acumulando, ocasionados pela
decretação de valores tarifários sempre inferiores àqueles apontados pela Planilha de Estudo do
Custo Operacional do Serviço, apontam para uma tarifa especial, que seria compensadora na
faixa de um aumento de 25% (vinte e cinco por cento).

O aumento na base de 10 ou 12% como vem sendo mantido nos últimos anos continuarão
mantendo as empresas operadoras com a instabilidade financeira que são fatores preponderantes
na manutenção de frota inadequada e prejudicial a operação de serviço e gerando um impacto
cada vez mais negativo ao seu perfil, na medida que é absorvido pelos custos operacionais e
desconsiderados no ato do cálculo final da mesma, o que vem provocando esta perda financeira
constante nas empresas do Sistema.

Para o calculo foi considerada a metodologia publicada pelo Ministério das Cidades, tendo
como parâmetro o Manual de Instruções Práticas Atualizadas – IPA/1996, instituído pela
Portaria Nº 644/MT, onde consideramos a MÉDIA DOS ÚLTIMOS 12 MESES para o cálculo
de passageiros transportados e de quilômetros rodados no período de setembro/2009 a
agosto/2010.

Tendo em vista a manutenção do equilíbrio econômico financeiro do sistema de transportes


urbanos, é necessário atualizar-se periodicamente o cálculo tarifário, no caso de Santarém desde
2009 não reajustes na passagem.

Levando em consideração o acima descrito temos:

 Tarifa de Ônibus R$ 1,70

 IPKe (Ônibus) R$ 1,573

Onde:

T = CT / P
T = Tarifa

CT = Custo Total

P = Número de Passageiros Pagantes

Tarifa = 3.953.414/1.711.752 = R$ 2,11

7 . Conclusão:
A implantação do novo sistema de bilhetagem eletrônica, possibilitou uma melhor organização
dos trabalhos em comparação ao sistema anterior, ainda dando ao processo um nível de
segurança mais eficiente.

Para os usuários a as medidas adotadas foram significativas, a demanda de pessoas que utilizam
os coletivos aumentaram . Em contrapartida a manutenção das vias onde estes veículos trafegam
não receberam o tratamento adequado, fator que desencadeou um crescente número de veículos
em estado de manutenção.

Portanto, o novo sistema trouxe dois tipos de ônus a população santarena. A primeira referente a
otimização do sistema e a segunda a qualidade referente a demanda da frota e o estado de
conservação dos veículos que na maioria deixa a desejar, gerando descontentamento da
população principalmente eferente a taxa que é cobrada.

Referências:
[1] SENTRAS/STM- Transporte Coletivo Urbano- Estudo de custo operacional do serviço.

[2] Entrevista- Washington do Vale - presidente do Sindicato das Empresas de Transportes de


Passageiros de Santarém (Setrans).

[3] http://www.bonde.com.br/?id_bonde=1-3--529-20101213

[4] http://blogdoestado.blogspot.com/2009/07/catraca-eletronica-da-lucro-aos-donos.html

[5] http://www.portalnahora.com.br/

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