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O documento descreve as articulações, incluindo a membrana sinovial, cartilagem articular e líquido sinovial. Também discute processos inflamatórios das articulações e causas de artrite, além de fornecer uma classificação e abordagem diagnóstica para artrites.
O documento descreve as articulações, incluindo a membrana sinovial, cartilagem articular e líquido sinovial. Também discute processos inflamatórios das articulações e causas de artrite, além de fornecer uma classificação e abordagem diagnóstica para artrites.
Авторское право:
Attribution Non-Commercial (BY-NC)
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O documento descreve as articulações, incluindo a membrana sinovial, cartilagem articular e líquido sinovial. Também discute processos inflamatórios das articulações e causas de artrite, além de fornecer uma classificação e abordagem diagnóstica para artrites.
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Trata-se de qualquer processo inflamatório que atinge
as articulações.
Pode acometer isoladamente ou em conjunto: ossos,
cartilagem, cápsula articular, tecido sinovial, ligamentos colaterais periarticulares e intra-articulares, líquido sinovial e tecidos periarticulares.
Cápsula articular – composta de: 1º) camada externa
fibrosa, ligada ao periósteo ou pericôndrio, e; 2º) camada interna, também chamada membrana sinovial, produtora do líquido sinovial.
Funções da membrana sinovial: fagocitose, regulação
do conteúdo protéico e de hialuronato do fluido sinovial e regeneração. A atividade fagocitária ou o rompimento de membranas celulares e ou lisossomais – libera enzimas – SINOVITE.
Uma distensão da articulação resulta em aumento
dos espaços intercelulares – perda da impermeabilidade regular – aumento do conteúdo e composição de proteínas provenientes do plasma, comum em TRAUMAS ARTICULARES.
Uma membrana sinovial sadia tem a capacidade de
se estender e contrair, o que é denominado REDUNDÂNCIA, propriedade que se perde em situações de inflamação e de fibrose, resultando em enrijecimento.
Uma membrana sinovial lesada pode se regenerar
totalmente em aproximadamente 130 dias, em condições normais e adequadas. A lubrificação também é importante para o funcionamento normal da articulação. A lubrificação é feita pelo contato dela com ela mesma ou com outros tecidos. Responsável por isso é o hialuronato, que se prende a superfície da membrana sinovial, o que é de grande importância porque a maior parte da resistência friccional está na membrana sinovial e na cápsula articular fibrosa. Provavelmente o hialuronato é produzido na membrana sinovial.
O líquido sinovial é um dializado protéico do plasma
sangüíneo que apresenta propriedades importantes: lubrificação, capacidade de suportar pressões, capacidade de condução de calor, elasticidade e capacidade de semi- solidificar-se no momento de impactos.
Cartilagem articular – composta de: 1º) camada basal
(calcificada, sobre o osso subcondral); 2º) intermediária (com alto conteúdo de água, capaz de absorver o choque mecânico), e; 3º) camada superficial (delgada camada de colágeno).
A cartilagem é nutrida por capilares do leito sinovial e
por capilares da extremidade óssea componente. A matriz da cartilagem é um complexo de fibras colagenosas e uma substancia amorfa contendo proteoglicanas e glicoproteínas.
Proteoglicanas consiste em uma proteína cercada de
cadeias de glicosaminoglicanas; dentre estas, as mais importantes são: sulfato de condroitina e sulfato de ceratina.
As fibras colagenosas da cartilagem articular
conferem a esta uma rigidez tensil (as puxadas) enquanto as proteoglicanas conferem uma rigidez compressiva. O colágeno predomina na superfície, enquanto proteoglicanas mais profundamente. Ao contrário da membrana sinovial, a cartilagem articular é avascular, não possui vasos sanguíneos nem linfáticos. No animal jovem estruturas epifisárias nutrem a cartilagem, já nos adultos, isto depende da difusão do fluido sinovial.
Não há nervos na cartilagem articular, apenas na
cápsula articular, ligamentos, músculos e osso subcondral, para uma apreciação da dor e propriocepção.
A lubrificação entre cartilagens independe do
hialuronato, e sim por contato, fração glicoprotéica e, conforme esta sai da superfície, depende da lubrificação hidrostática, fluido que exsuda da cartilagem por poros existentes na mesma.
A cartilagem tem pouca capacidade de absorver
choque, quem o faz são os ossos e os tecidos moles periarticulares.
Processos inflamatórios das articulações:
A maioria das doenças articulares tem um grau de
sinovite (inflamação da sinóvia, membrana sinovial). A sinovite resulta em efusão de fluido sinovial com distensão da cápsula articular.
Uma articulação acometida por processo asséptico
apresenta sinovite aguda, com aumento de produção de líquido sinovial com baixa concentração de ácido hialurônico, e poderá ocorrer derrame de sangue ou somente de soro, que são os responsáveis pelo agravamento do quadro clínico e das modificações de viscosidade. O aumento no conteúdo protéico aumenta a pressão osmótica do fluido sinovial, agindo como uma barreira a reabsorção. Sinovite leve – não difere o fluido, a não ser na quantidade, pois estará em maior quantidade quando inflamado.
Sinovite grave – há influxo de fibrinogênio e proteínas
globulares para o fluido sinovial, um aumento no número de leucócitos e redução da viscosidade.
A inflamação da membrana sinovial é importante por
que: 1º) é fonte de proteases, glicosidases (ambos degradam proteoglicanas e glicosaminoglicanas) e colagenases; 2º) liberação de prostaglandinas pelo sinóvio inflamado, que parecem reduzir a síntese de proteoglicanas e de glicosaminoglicanas e os leva a degradação; 3º) o radical superóxido formado no processo inflamatório, no meio extracelular, pode danificar a membrana das células e degradar o ácido hialurônico, as proteinoglicanas e o colágeno da cartilagem (não causa danos quando formado dentro da célula, pois esta o degrada internamente); 4º) é uma fonte de dor articular; 5º) a efusão da membrana sinovial pode aumentar a pressão intra-articular, diminuindo o fluxo sanguíneo local. Uma lesão grave exige a substituição da membrana, que pode se regenerar em 4 semanas.
Qualquer inflamação da articulação despolimeriza o
ácido hialurônico, que confere viscosidade e lubrificação a articulação.
A degeneração de uma cartilagem articular é
manifestada por uma seqüência de alterações morfológicas: 1ª) condromalácia ou amolecimento; 2ª) fibrilação (superficial ou profunda); 3ª) erosão (osteoartrite – doença degenerativa).
Causas das artrites:
Causas primárias – conseqüência da ação de traumas diretos e ferimentos com penetração de germes ou de corpos estranhos no interior da articulação.
inflamação nos tecidos comprometidos, dependendo do grau de acometimento e da articulação envolvida: deformação pelo aumento de volume, calor, dor e claudicação.
Casos crônicos – sinais discretos com tendência a
recidivas periódicas, que podem produzir lesões definitivas nas articulações.
Classificação das artrites:
1ª) Artrite serosa (traumática) – decorrentes de traumas
associados ou não a esforço e má conformação // caracteriza-se por sinovite com aumento do líquido sinovial, o qual poderá não apresentar alterado // poderá não apresentar alteração radiográfica.
2ª) Artrite infecciosa (supurativa) – ocorre devido a traumas
diretos ou punções assépticas ou em decorrência de infecções sistêmicas // caracterizada por distensão da cápsula (devido a hipersecreção de líquido sinovial e presença de bactéria) // pode ocorrer lise gradativa da cartilagem e da extremidade óssea, resultando em osteoartrite degenerativa e anquilosante // pode ser supurativa ou não, dependendo do microrganismo envolvido // entre a 2ª e 3ª semanas pode apresentar periosteíte com ou sem exostose nas fases avançadas ou somente aumento do espaço articula nas fases iniciais // cultivo negativo não elimina a possibilidade de infecção.
3ª) Artrite degenerativa (osteoartrite ou artrite hipertrófica)
– apresenta degeneração e proliferação óssea, lesões na cartilagem e espessamento da membrana sinovial // pode evoluir para anquilose (devido a proliferação óssea que acaba por fundir um osso ao outro, impedindo a livre movimentação - ARTROSE) // pode ser resultante de artrite serosa crônica ou mal curada.
4ª) Artrite anquilosante (anquilose) – caracterizada por
degeneração e hipertrofia ou proliferação óssea nas lesões cartilaginosas e periosteais, levando a uma ossificação, com perda total ou parcial do movimento // pode resultar de qualquer outro processo de artrite grave e crônica ou por tratamento inadequado.
5ª) Artrite raquítica – comum em potros com distúrbios
metabólicos (deficiente ingestão e metabolização de Ca, P, Cu e Zn) // observar depravação do apetite e pelagem opaca sem brilho // pode ser acentuada por má conformação.
Diagnóstico:
Baseia-se na apresentação clínica: aumento de volume,
flutuação, calor, dor e claudicação.
Exame clínico: aumento de temperatura (termografia –
termômetro infravermelho) e de coloração de pele // aumento de volume ou inchaço, espessamento da membrana ou cápsula da articulação ou de estruturas relacionadas – com presença de fibrose ou de edema // sensibilidade comparada à articulação do membro contralateral normal // dor a flexão (pode levar a claudicação) // crepitação (algumas articulações apresentam crepitações normais, o que é comum no boleto) // movimentação limitada (devido a dor, anquilose fibrosa ou óssea e contraturas) // deformação (devido a destruição, subluxação ou luxações).
Exame radiográfico é o elemento mais importante no
diagnóstico diferencial e no prognóstico. Achados possíveis: presença de gás, processos degenerativos ósseos e cartilaginosos, proliferações osteocondrais, fraturas (carpo), hipertrofias ósseas e anquiloses.
Ultrassonografia e artroscopia têm sido a cada dia mais
utilizados no diagnóstico, abreviando o retorno de animais em corridas.
Artrocentese – serve de via evacuatória e terapêutica e
permite exames laboratoriais e de cultivo do líquido sinovial para auxílio diagnóstico // há grande risco de introdução de microrganismo em condições assépticas // os exames laboratoriais do líquido sinovial incluem: cultura e antibiograma, contagem total e diferencial de leucócitos, contagem de eritrócitos, proteína total, viscosidade, coágulo de mucina e análise de partículas em suspensão (fibrina e restos ósseos e cartilagíneos).
(Coágulo de Mucina – proveniente de sal de hialuronato //
quando normal forma massa viscosa densa // está regular quando forma massa viscosa mais macia // ruim quando forma massas moles com fiapos e solução turva // quanto mais inflamado pior fica).
(Proteína Total – está normal quando contém 2g/dl ou
menos, o que corresponde de 25 a 35% da concentração de proteína plasmática // nos processos inflamatórios sua concentração aumenta e chega próximo à concentração encontrada no plasma // acima de 2,5g/dl já indica problema // 4g/dl indica inflamação intensa // na presença de infecção costuma estar acima de 4g/dl // comparar com o membro oposto).
(Viscosidade – denota conteúdo e qualidade de
hialuronato // diminui a viscosidade conforme aumenta o grau de inflamação // quando normal, fica 5 a 7cm ligados quando pingado de uma seringa).
Dentre os aspectos que podem ser usados na avaliação do
líquido sinovial estão:
Aspecto: o normal é da cor amarelo-claro, límpido e sem
debris; na artrite traumática aguda haverá sangue presente; na artrite traumática crônica terá coloração amarelo-escura ou cor âmbar-escuro; na sinovite apresentará opacidade e material floculento; na sinovite intensa com artrite infecciosa terá aspecto serofibrioso ou fibrinopurulento; nas artrites infeccionadas será sanguinolenta devido à constante hemorragia.
Citológico: o normal é não apresentar eritrócitos,
apresentará neutrófilos, linfócitos e grandes células mononucleares; na infecção haverá aumento de leucócitos, porém, não possibilita a detecção de bactéria, nem após cultivo, devido a propriedades que impedem a sobrevivência de bactérias em meio ao líquido coletado.
Tratamento:
Artrite serosa: 1º) fase aguda em processo
traumático – corticosteróides intra-articular 2 a 3 x com intervalo de 5 a 7 dias (Betametazona 15mg/mL – 1,5 a 2,5 mL independente do tamanho da articulação) procedimento contra-indicado em casos de suspeita ou de confirmação de infecção; duchas 3 x dia por 20min (alivia sinais inflamatórios e proporciona bem estar); pode imobilizar o membro e por em descanso em baia por 2 semanas; antiinflamatórios sistêmicos esteróide (por 2 semanas) ou não-esteroidais (fenilbutazona – 4 a 8mg/kg PV oral; diclofenaco sódico – 1mg/kg PV IM // por 5 a 7 dias) (evitar associação de uso de drogas esteróides com não esteróides); substância heparinóide (Reparil gel) associado a DMSO a 20% (pode ser usado em processos crônicos também); drogas eutróficas articulares intra-articular (hialuronato de sódio - 20 a 40mg – pode ser repetida a cada 7 a 14 dias // glicosaminoglicanas polisulfatadas – 500mg – a cada 3 a 4 dias // pentosam polisulfato – 10mg/kg IM – a cada 2 dias durante 4 semanas // essas drogas conferem proteção a matriz cartilaginosa e ao líquido sinovial, interfere na ação das prostaglandinas, conseqüentemente, no ciclo do ácido aracdônico, e estimulam o metabolismo do ácido hialurônico e das outras glicosaminoglicanas); 2º) fase crônica – corticosteróides intra-articulares; substâncias eutróficas articulares; revulsivos (pomadas iodetadas); fontes de calor (infra- vermelho); colocação de ligas // caso não haja resposta terapêutica – descartar possíveis fissuras e fraturas – pode- se instituir novo esquema de uso de hialuronato de sódio ou glicosaminoglicanas // correção de possíveis causas de má conformação ou nutricionais.
Artrite infecciosa: 1º) antibióticos de amplo espectro via
sistêmica e em casos mais graves intra-articular – preferencialmente após resultado de cultivo e antibiograma (procedimento que demora e contradiz com a necessidade de terapia precoce) // uso sistêmico: sulfadiazina- trimetropin (30mg/kg PV a cada 12 horas), penicilina, estreptomicina, neomicina, cloranfenicol e cefalosporinas // uso intra-articular: gentamicina (150mg diárias), amicacina (125mg diárias) por no mínimo 2 semanas ou por mais 5 dias após a melhora dos sinais; 2º) debelar o foco de infecção primária (umbigo de recém-nascido, pneumonia, imuno-incompetência, falha na imunização passiva ao recém-nascido, etc.); 3º) drenagem articular – aliviar pressão intra-articular, remover proteínas e barreira de fibrina (debris), remover células inflamatórias e enzimas celulares, promovendo condições adequadas para a eliminação do foco de infecção // lavagem drenagem com dupla corrente de solução fisiológica ou ringer (2 a 6 litros) associado a tripsina ou quimiotripsina ou ainda a iodo- povidina a 0,1% no último lavado; 4º) artrotomia e artroscopia – debridamento, sinovectomia e aplicação de drenos; pode instituir antiinflamatórios e substâncias eutróficas em esquemas já mencionados.
Artrite degenerativa: apresentam poucas opções de
tratamento por serem processos crônicos, destrutivos, proliferativos e de certa forma com características de irreversibilidade // responde apenas temporariamente ao tratamento // antiinflamatórios aliviam os sinais por pouco tempo e o uso prolongado pode potencializar efeitos deletérios // métodos fisioterápicos apresentam poucos resultados positivos // aplicação de calor (ponta de fogo) apresenta resultados discutíveis // Artrodese (= substituição da articulação) pode aliviar // prognóstico desfavorável, especialmente em casos de intensas neoformações ósseas.