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1O nível de energia
(2 elétrons) prótons
netrons
2O nível de energia
(6 elétrons) elétrons
Ligações de Van der Waals: fraca atração eletrostática entre certos íons que já
tranferiram ou compartilham elétrons. É uma ligação muito fraca e que ocorre por
exemplo na grafita e no enxofre.
2
átomos de Carbono
+ +
CLASSE MINERAIS
Elementos Nativos - Au, Ag, Cu e Pt; As e Bi (raros); enxofre,
aproximadamente 20 elementos são diamante e grafita.
encontrados no seu estado nativo.
Sulfetos – inclui uma grande parte de Pirita (FeS2); calcopirita (CuFeS2); bornita
minerais de minério. XmZn, onde X= (Cu2S); covelita (CuS); galena (PbS);
elemento metálico e Z= elemento não arsenopirita (FeAsS); esfalerita (ZnS);
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metálico. molibdenita (MoS2).
Sulfosais – existem aproximadamente Enargita (Cu3AsS4); tetraedrita (Cu12Sb4S13).
100 espécies.
Óxidos X2O e XO: cuprita – Cu2O.
X2O3: Grupo da hematita → córindon (Al2O3);
hematita (Fe2O3); ilmenita (FeTiO3).
XO2: Grupo do rutilo → rutilo (TiO2); pirolusita
(MnO2); cassiterita (SnO2); uraninita (UO2).
XY2O4: Grupo do espinélio → espinélio
(MgAl2O4); magnetita (Fe3O4); cromita
(FeCr2O4); crisoberilo (BeAl2O4).
Hidróxidos e Haletos brucita [Mg(OH)2]; gibbsita (oxihidróxido de
Al); halita (NaCl); fluorita (CaF2).
Carbonatos Grupo da calcita → calcita (CaCO3); magnesita
(MgCO3); siderita (FeCO3); rodocrosita
(MnCO3); Grupo da aragonita → aragonita
(CaCO3); cerussita (PbCO3); Grupo da
dolomita → dolomita [CaMg(CO3)2]; ankerita
[CaFe(CO3)2]; Carbonatos hidratados →
malaquita [Cu2CO3(OH)2]; azurita
[Cu3(CO3)2(OH)2.
Silicatos Vários subgrupos: quartzo (SiO2), feldspatos,
micas, etc.
Sulfatos barita (BaSO4); gipsita (CaSO4. 2H2O).
Tungstatos wolframita ([(Fe,Mn)WO4; scheelita (CaWO4)
2. Estruturas cristalinas
Minerais são sólidos cristalinos e, sob certas condições, podem ser limitados por
faces planas que assumem forma geométrica regular sendo denominados cristais.
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Atualmente, este conceito de cristal tem sido aplicado a qualquer substância sólida com
estrutura interna ordenada uma vez que faces planas são muito raras e sua ausência
não modifica em nada as propriedades fundamentais. Assim uma definição mais atual
de cristal é "sólido homogêneo com uma ordem interna tridimensional a longa
distância".
Para se estudar o ordenamento dos ions dentro de um cristal, é necessário
estudar o seu empacotamento, considerando-os como esferas. Na estrutura cristalina
dos minerais, ânions e cátions arranjam-se de forma similar. Poucos cátions possuem
raio iônico > 1 Å; ânions comuns, especialmente o O 2-, são consideravelmente maiores
que 1 Å → a estrutura cristalina em minerais pode ser considerada como um arranjo
periódico de ânions, com cátions ocupando espaços entre eles.
O tipo de espaço que um cátion irá ocupar é função do seu tamanho em relação
ao dos ânions envolvidos, sendo melhor expresso pela valor da razão entre os raios
destes íons, admitindo-se que estes atuam como esferas rígidas, com raios fixos. O
cálculo da razão entre raios iônicos segue considerações puramente geométricas.
Logo, a razão entre raios iônicos determina o número de ânions que pode se
arranjar em torno de cada cátion em uma estrutura cristalina → número de
coordenação (NC). Em uma estrutura cristalina estável, cada cátion está no centro de
um poliedro de coordenação. Muitos cátions ocorrem exclusivamente em apenas uma
coordenação particular, ao passo que outros, cuja razão R +/R- encontra-se próximo ao
limite entre tipos de coordenação diferentes, podem ter mais de um NC.
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0,255 – 0,414 4 Ápices de um tetraedro SiO4
Tabela 2. Valores de Raios Iônicos e Números de Coordenação para íons de elementos mais
abundantes na crosta terrestre.
Vimos que numa estrutura cristalina cada cátion está no centro de um poliedro
de coordenação. Para compor um mineral, esses poliedros devem estar unidos
resultando numa ordem a longa distância. Os poliedros de coordenação podem juntar-
se através dos vértices, arestas ou faces. A junção por arestas e faces faz com que os
cátions do centro dos poliedros estejam mais próximos entre si, resultando em repulsão
e diminuição da estabilidade da estrutura cristalina. Este efeito é mais intenso para
cátions de alta carga e baixo NC (e.g., Al 3+, Si4+):. Logo, os poliedros de coordenação
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formados em torno de cada cátion ligam-se, preferencialmente, através de seus
vértices, menos freqüentemente pelas arestas (distância cátion-cátion menor →
distorção no poliedro), e raramente através das faces.
Figura 5: Exemplo da estrutura da halita (NaCl). Razão RNa/RCl = 1,02 Å / 1,81 Å = 0,56 → 6
ânions para cada cátion. Poliedro de Coordenação = octaedro
Minerais devem ter uma composição química definida. No entanto, os íons que
formam os compostos podem se organizar de maneiras diferentes. Por exemplo no
caso da grafita e do diamante, ambos são constituídos por carbono porém em arranjos
diferentes. Esses minerais são polimorfos, ou seja mesma composição e formas
diferentes.
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carbono
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A geometria do arranjo das unidades que definem uma determinada estrutura
cristalina pode ser imaginada como pontos que se repetem ao longo de direções e
distâncias definidas, de forma que todos os pontos tenham vizinhanças idênticas. Um
conjunto de pontos gerados por operações de translação geram um retículo.
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extremidades (C), ponto também no centro da cela (I) e com pontos também no centro
de todas as faces.
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A unidade mais simples de um retículo espacial é um paralelepípedo
denominado cela unitária, onde se encontram representados todos os íons da estrutura
cristalina e suas respectivas relações geométricas. Os nós (pontos) de uma cela
unitária podem ser representados por grupos aniônicos (CO32-, SiO44-, PO43-), cátions
(Ca2+, Mg2+, Fe2+), átomos (Cu, Au) ou H2O. A distribuição destes pontos é idêntica para
todas as celas da estrutura cristalina. Esta é a idéia de arranjo interno ordenado da
definição de mineral. Podemos considerar a cela unitária um tijolo com o qual vai ser
construída a estrutura cristalina de um mineral.
A cela unitária é análoga à fórmula química: esta última fornece a razão de
combinação entre os elementos em um composto, reduzido ao menor denominador
comum, enquanto a primeira fornece o menor paralelepípedo que contém todos os íons
e todas as suas relações geométricas na estrutura. Logo, pode haver uma fórmula por
cela unitária, ou várias, mas o número é sempre inteiro.
4. Os cristais
Cristal é uma forma poliédrica regular, limitada por faces lisas, a qual é assumida
por compostos químicos, devido à ação de forças interatômicas, quando passa, sob
determinadas condições, do estado líquido ou gasoso para o estado sólido. Os líquidos
e os gases tomam a forma do recipiente que os contem mas os sólidos tomam uma das
diversas formas geométricas regulares. Essas formas vão ser o reflexo de seu arranjo
interno, ou seja do empilhamento das celas unitárias. A forma geométrica externa dos
cristais depende também do meio ambiente onde se formaram: temperatura, pressão,
velocidade de crescimento, direção do movimento da solução, etc.
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Uma vez que a estrutura interna de um dado mineral é constante e as faces
externas estão a ela relacionadas, conclui-se que as faces também devem ter uma
relação definida entre si. Este fato foi observado desde 1669 por Steno dando origem a
seguinte lei: "os ângulos entre as faces equivalentes de cristais da mesma substância,
medidos à mesma temperatura, são constantes". Na natureza os cristais são de
tamanhos e formas muito variados porém, devido a esta lei, a morfologia cristalina é
uma ferramenta auxiliar na identificação de minerais.
-c
Figura 10: Os 3 eixos cristalográficos
Tais eixos tem uma denominação e uma orientação determinada, de modo que se
torne uma linguagem universal. Um eixo é vertical (c) e os outros 2 (a e b) ficam no
mesmo plano. Esses eixos tem sinais positivo e negativo como pode ser visto na figura
9. São sempre referidos na seguinte ordem: a, b, c.
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SISTEMAS CARACTERÍSTICAS
Cúbico (isométrico) a=b=c α = β = γ = 90°
Tetragonal a=b≠ c α = β = γ = 90°
Ortorrômbico a≠ b≠ c α = β = γ = 90°
Hexagonal a=b≠ c α = β = 90° γ = 120°
a1, = a2 = a3 ≠ c
Monoclínico a≠ b≠ c α = β = γ ≠ 90°
Triclínico a≠ b≠ c α ≠ β ≠ γ ≠ 90°
inverso: 2, 4/3, 1
índice = (641)
Calcule o índice de Miller do plano abaixo. Note que o plano não corta o eixo b.
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4.3 Elementos de Simetria e classes cristalinas
Os elementos de simetria que podem estar presentes num cristal são planos,
eixos e centro. Estes podem ou não estar combinados num mesmo cristal.
Plano de simetria: qualquer superfície plana que ao passar pelo centro do cristal
o divide em duas partes que são imagens especulares uma da outra.
Figura 12: Exemplos de planos de simetria presentes em cristais dos sistemas cúbico e
tetragonal
Os planos de simetria são sempre possíveis faces cristalinas. Isso quer dizer que
embora nem sempre estejam presentes nos cristais naturais há sempre a possibilidade
de que outras faces sejam expressas num cristal. Assim, embora uma forma cúbica não
apresente nemhuma face octaédrica existe sempre a possibilidade de que ela se forme
em determinadas condições.
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Exemplo de um cristal no sistema
cúbico com faces cúbicas e
octaédricas.
Eixos de simetria: linha passando pelo centro do cristal em torno da qual pode-se
girar o cristal de modo que haja repetição de uma forma após um giro completo. De
acordo com o número de repetições quatro tipos de eixos são possíveis:
• eixos senários ou hexagonais: repetição a cada 60° de rotação
• eixos eixos quaternários ou tetragonais: repetição a cada 90° de rotação
• eixos ternários ou trigonais: repetição a cada 120° de rotação
• eixos binários: repetição a cada 180° de rotação
Podem também existir eixos de inversão onde os motivos se repetem invertidos
e recebem a mesma notação do eixo rotacional normal.
A2 A3 A4 A6
3 eixos de inversão
quaternários
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Foi demonstrado que existem somente 32 combinações possíveis dos elementos de
simetria dando origem às 32 classes de cristais, agrupadas segundo o sistema
cristalino.
Como o oxigênio é o elemento mais abundante na crosta terrestre, grande parte dos
minerais são constituídos de vários cátions ligados ao O2-. O raio iônico do O2- é
geralmente bem maior (1,30 Å) do que os raios iônicos dos cátions com os quais se liga
na estrutura dos minerais.
Depois do O2-, Si e Al são os elementos mais abundantes na crosta terrestre. As
razões dos raios iônicos destes elementos com o O2- são: Si4+ = 0,30 e Al3+ = 0,47. O
Si4+ adequa-se à coordenação tetraédrica (NC= 4) localizando-se nas posições centrais
de tetraedros. O tetraedro de coordenação com Si4+ no centro e 4 O2- nos ápices
constitui-se no bloco construtor básico (SiO44-) dos principais constituintes da crosta
(95% em volume) e manto da Terra, ou seja, os silicatos.
A coordenação do Al3+, por outro lado, adequa-se tanto à tetraédrica como à
octaédrica (NC= 6) podendo ocorrer em ambos os tipos de coordenação em vários
minerais, inclusive nos silicatos. A grande maioria dos cátions que ocorrem em minerais
na crosta e, particularmente nos silicatos, seguem a coordenação octaédrica
A fórmula geral dos silicatos é:
Xm Yn (ZpOq) Wr
Os silicatos são classificados com base nas formas pelas quais os tetraedros de
(SiO4)4- unem-se entre si ou a outros cátions, ou seja, se polimerizam. A tabela 4
apresenta os tipos de silictos, sua estrutura em função da forma de polimerização, a
fórmula do ion complexo resultante e o principais minerais de cada tipo de silicato.
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6. Propriedades físicas do minerais
Densidade relativa:
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Na prática, a avaliação da densidade para identificação expedita de minerais é
feita pela comparação do peso da amostra com outra de valor conhecido, como a do
quartzo que é 2,65. Uma outra forma simples seria pesando o mineral no ar e imerso
em água e usando a relação: densidade relativa = Par/(Par-Págua).
A densidade relativa é um importante auxílio na determinação de cristais raros e
pedras preciosas onde não pode haver danos à amostra.
Hábito
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Brilho e Cor
Luz espalhada
Refração
Luz emitida
(fluorescência) Luz transmitida
Figura 15: Interação da luz com a matéria condensada causa reflexão, refração, espalhamento e
absorção. Parte da luz absorvida pode ser reemitida como fluorescência. (Klein & Hurbult,
1993)
Cor
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Ruptura: Clivagem e Fratura.
As formas pelas quais os minerais sofrem ruptura sob a ação de uma força
depende da orientação e distribuição das ligações químicas na estrutura cristalina.
Se as ligações químicas não apresentarem a mesma força ao longo de todas as
direções na estrutura cristalina, o mineral tenderá a se romper ao longo de planos
cristalográficos definidos, particularmente onde se concentrarem as ligações mais
fracas → clivagem. Em minerais que têm apenas um tipo de ligação (e.g. NaCl) a
clivagem ocorre ao longo de planos onde a densidade de ligações químicas for menor.
Se a força de ligação for a mesma ao longo de todas as orientações cristalográficas a
ruptura não ocorrerá ao longo de planos definidos → fratura.
Dureza.
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Mineral Dureza Íon NC Raio (Å)
Grupo da Olivina
Forsterita – 7 Mg 6 0,80
Mg2SiO4
Faialita - Fe2SiO4 6,5 Fe2+ 6 0,86
Óxidos
Córindon – Al2O3 9 Al 6 0,61
Hematita – Fe2O3 6 Fe3+ 6 0,73
Haletos
Halita – NaCl 2,5 Na 6 1,40
Silvita – KCl 2 K 6 1,46
Escala de Mohs:
1. Talco 6. Feldspato
2. Gipsita 7. Quartzo
3. Calcita 8. Topázio
4. Fluorita 9. Córindon
5. Apatita 10. Diamante
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dos elementos nativos, tais como, ouro e cobre. Nestes a ligação metálica implica na
existência de uma nuvem de elétrons que podem se mover na estrutura sem haver
repulsão eletrostática. Como resultado, estes minerais são maleáveis.
Outras Propriedades.
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Existem outras propriedades diagnóstica para alguns minerais, porém que
exigem o uso de equipamentos mais sofisticados. Por exemplo, minerais que contêm U
ou Th são radioativos e facilmente detectados através de um contador Geiger (e.g.
uraninita - (UO2), torita - ThSiO4 and carnotita [K2(UO2)(VO4)2.nH2O].
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Dana, J.D. & Hurbult Jr, C.S. - várias edições - Manual de Mineralogia - Livro
Técnico/EDUSP
Ernst, W.G. - várias edições - Minerais e Rochas. Série de textos Básicos em
Geociências. Ed. Edgard Blücher.
Klein, c & Hurbult Jr, C.S. - 1993 - Manual of Mineralogy. John Wiley & Sons.
Skinner, B.J & Porter, S.C.- várias edições (1989 - 1995) - The Dynamic Earth. Na
introduction to Physical Geology
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