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SC.

26 DE MAIO DE 2011

DISTR IBUIÇ ÃO GR AT UITA


ED.394
PISO DO MAGISTÉRIO COMEÇA A
TRAMITAR na assembleia
Comissão de Constituição e Justiça analisa admissibilidade de MP, que depois seguirá para apreciação em Plenário

FÁBIO QUEIROZ
A Medida Provisória nº 188/11,
instituindo o piso nacional do magis-
tério para os professores de R$ 1.187,
dominou os pronunciamentos nas
sessões ordinárias desta semana. A
proposta, que cumpre determinação
do Supremo Tribunal Federal (STF),
foi assinada dia 23 pelo governador
do Estado em exercício, Eduardo
Pinho Moreira (PMDB).
A MP tinha também o objetivo
de acabar com a greve da categoria,
mas foi recusada pelo Sindicato dos
Trabalhadores em Educação de Santa
Catarina (Sinte) por não acompanhar a
progressão na carreira do ensino médio
à pós-graduação. A admissibilidade da
MP deve ser analisada na Comissão de
Constituição e Justiça (CCJ) na pró-
xima semana. A MP recebeu severas
críticas de vários deputados.
Na condição de líder interino do
governo, o deputado Jean Kuhlmann
(DEM) colocou-se à disposição para
intermediar as negociações entre
o governo e os professores, com a
participação dos parlamentares. Professores se manifestam contra medida provisória sob argumento de que ela não acompanha a progressão na carreira do ensino médio à pós-graduação

PÁGINAS 7

LANÇADA CAMPANHA DE ADOÇÃO DEPUTADOS VISTORIAM BAÚ CIRO TOMA POSSE


JONAS LEMOS CAMPOS

ALBERTO NEVES

FÁBIO QUEIROZ

Campanha Adoção - Laços de Amor quer dar lar a crianças em abrigos Deputados e secretário Valdir Cobalchini visitam município de Ilhota Deputado substitui Ada Faraco de Luca

PÁGINA 3 PÁGINA 4 e 5 PÁGINA 7

CADERNO ESPECIALIDADES DE SC RETRATA EXTRATIVISMO E CULTURAS SAZONAIS


2 AL Notícias. Santa Catarina, 26 de MAIO de 2011 OPINIÃO

VITÓRIA DAS AUTOESCOLAS RESPONSABILIDADE SOCIAL


Neste 25 de maio a Comissão possibilidade destas auto-escolas
de Segurança da Assembléia Le- trabalhar, mas também o direito da Nos próximos dias a Assem- será no auditório do Sindilojas. O
gislativa realizou uma Audiência população catarinense, especial- bleia Legislativa conclui o ciclo último workshop acontecerá dia
Pública para discutir a situação mente nos pequenos municípios, de 11 workshops que estão sendo 1º de junho, em Florianópolis,
dos Centro de Formação de Con- poder contar com este serviço. O realizados nas diversas regiões na sede do Conselho Regional
dutores, as chamadas auto-escolas. Termo de Ajustamento de Condu- do Estado sobre o Certificado de Contabilidade. Todos os en-
Não foi só mais uma audiência ta – TAC, assinado pelo Governo e de Responsabilidade Social e contros são das 8h às 16h15 e
pública, que em si já teria sua pelo Ministério Público, representa o Troféu de Responsabilidade as inscrições podem ser feitas
importância. um revés aos poucos privilegiados, Social - Destaque SC. O objetivo antecipadamente pelo site www.
Esta audiência, requerida por que queriam manter uma reserva dos eventos é orientar represen- alesc.sc.gov.br/responsabilidade-
nosso mandato mediante solicita- de mercado em prejuízo do inte- tantes de empresas e entidades social ou no local dos eventos.
ção de setores interessados, teve o resse público. interessadas em participar do Nos encontros, a palestrante
potencial de sacramentar e tornar O mesmo Termo de Ajustamen- processo de certificação, com Elisângela Schappo enfatiza a
pública uma decisão tomada pelo to de Conduta estabelece, ainda, o ênfase na elaboração de seus importância do balanço social
Poder Executivo e pelo Ministério prazo de seis meses para a realiza- balanços sociais. que, segundo ela, é o principal
Público no dia anterior. Há quase ção de licitação para organizar este Na q u inta-feira, d ia 26 instrumento para uma organi-
dois meses, 57 auto-escolas esta- serviço em Santa Catarina. Traba- de maio, será promovido um zação avaliar seu desempenho
vam fechadas em Santa Catarina lharemos no sentido de garantir o workshop em Criciúma, no salão na área. Os participantes são
por conta de embaraços de ordem interesse público em todos os atos Ouro Negro da Prefeitura. Na esclarecidos sobre detalhes do
administrativa, legal e judicial. e encaminhamentos, tomando as sexta-feira, dia 27, é a vez de edital de certificação, da Lei nº
Na audiência, o Diretor do Detran, medidas legislativas e de fiscali- Tubarão sediar o encontro, que 12.918/2004, e demais requisitos.
Vanderlei Rosso, anunciou que zação que sejam necessárias.
todas estavam sendo reabertas
imediatamente. DEPUTADO SARGENTO AMAURI
Isso representa não apenas a SOARES (PDT)

ATENÇÃO PARA QUEM PRECISA AGENDA DA SEMANA


O Estado de Santa Catarina, outra parcela da população com defi-
segundo dados oficiais do censo ciências diversas daquelas atendidas
Dia 31, 9 horas – Escola do Legislativo Deputado Lício Mauro
nacional, abriga cerca de 6,2 milhões pelas Apaes. Mas, segundo dados das da Silveira e Comissão de Educação – Seminário “Educação:
de habitantes. Cidadãos que vivem entidades envolvidas neste trabalho e Plano Nacional da Educação”
em um estado reconhecidamente baseados nas estatísticas mundiais da Local: Centro de Cultura e Eventos Plínio de Nês - Chapecó
desenvolvido, entre os outros da nossa média populacional com deficiência,
federação. É verdade que também te- pelo menos 50 mil crianças e adoles- Dia 31, 10 horas – Comissões de Agricultura e de Turismo
e Meio Ambiente – Audiência pública “Necessidade de ações
mos problemas sociais, áreas de risco centes com deficiência não possuem para o avanço da agricultura orgânica/agroecológica em
e índices de pobreza que precisam ser qualquer tipo de atendimento. Santa Catarina”
combatidos. Mas temos um estado que É neste contexto que fizemos duas Local: Plenário
caminha rápido para um modelo de proposições que vão ao encontro des-
sociedade mais desenvolvida. tas necessidades. A primeira, sugerin- Dia 31, 10 horas – Mostra dos vitivinicultores das principais
regiões produtoras do Estado em comemoração ao Dia do Vinho
Há, contudo, parte significativa do ao Governo do Estado a criação de Local: Hall
de catarinenses que requer atenção uma Secretária de Estado específica
diferenciada. Pessoas que precisam de para o atendimento das pessoas com Dia 1º, 19h – Ato solene comemorativo ao Dia do Vinho
uma atuação mais forte do Poder Públi- deficiência. A segunda, solicitando ao Local: Plenário
co para que possam ser alfabetizadas, presidente da Alesc a criação de uma
Dia 3, 9 horas – Comissão de Saúde – Audiência pública “Des-
atendidas em suas necessidades de Comissão Permanente para tratar do centralização em alta complexidade em Pediatria, hospitais e
saúde e preparadas para ingressar no mesmo tema. Medidas concretas que atenção básica em saúde no Alto Vale do Itajaí”
mercado de trabalho. São as pessoas podem ajudar muito nas políticas pú- Local: Auditório da Associação dos Municípios do Alto Vale do
com deficiência. blicas de atendimento. Uma luta que Itajaí (Amavi) - Rio do Sul
Em Santa Catarina, nas 196 está apenas começando.
Apaes, são atendidos cerca de 17
mil educandos e outras entidades DEPUTADO JOSÉ NEI ALBERTON
congêneres prestam atendimento para ASCARI (DEM)

Mesa Diretoria de Comunicação Social

Chefe de Redação: Rubens Vargas


Reportagens: Alexandre José Back, Lisandrea Costa,
Rossana Espezin, Tatiani Magalhães e Vitor Santos
Fotografia: Alberto Neves, Carlos Kilian, Danielle da Silva
Presidente: Gelson Merisio (DEM) Diretora de Comunicação Social: Lúcia Helena Vieira
(estagiária), Eduardo Guedes de Oliveira, Fábio Queiroz, Janine
1º Vice-Presidente: Moacir Sopelsa (PMDB) Coordenadora de Imprensa: Tayana Cardoso de Oliveira
Souza Costa (estagiária), Jéssica Luchi (estagiária), Jonas Lemos
2º Vice-Presidente: Nilson Gonçalves (PSDB) Edição: Cleia Maria Braganholo e Sandra Annuseck
Campos, Miriam Zomer e Solon Soares
1º Secretário: Jailson Lima (PT) Diagramação e Artes: Lucas Gabriel Diniz, Tiago Fontão
Alexandre (estagiário) e Victor Carvalho Barbato (estagiário)
Relações Institucionais: Edna Schumacker, Fabiana Faria,
2º Secretário: Reno Caramori (PP) Jussie Sedrez Chaves, Louisi Muller de Jesus (estagiária) e
3º Secretário: Antônio Aguiar (PMDB) Patrícia Schneider de Amorim
Órgão informativo semanal do Poder Legislativo de Santa Catarina
4ª Secretária: Ana Paula Lima (PT) Rua Jorge Luz Fontes, 310 - 88020-900 - Florianópolis - SC Clipagem: Janine Souza Costa (estagiária), Lucas Gabriel Diniz
e Moacir Cardoso
Assembleia na internet: http://www.alesc.sc.gov.br CRÍTICAS E SUGESTÕES
Tiragem: 8 mil exemplares Fone: (48) 3221-2750 - Fax: (48) 3223-7021 Expedição: Aionara Preis Gabriel (estagiária), Celso João da
Impressão: Diário Catarinense/Distribuição Gratuita imprensa@alesc.sc.gov.br Rocha e Simone M. Alves
INSTITUCIONAL AL Notícias. Santa Catarina, 26 de MAIO de 2011 33

CAMPANHA ADOÇÃO - LAÇOS DE AMOR


Iniciativa com apoio da Assembleia pretende dar um lar para 1.656 crianças com mais de 10 anos

FOTOS JONAS LEMOS CA MPOS


A Campanha Adoção - Laços de
Amor foi lançada dia 23, no Plenário
Deputado Osni Régis, no Palácio Bar-
riga Verde. A iniciativa da Assembleia
Legislativa, do Ministério Público, da
Ordem dos Advogados do Brasil sec-
cional de Santa Catarina (OAB/SC)
e do Tribunal de Justiça, através da
Corregedoria Geral de Justiça, tem o
objetivo de aumentar as adoções sen-
sibilizando a sociedade e agilizando
os processos. Para isso, enfrenta o
desafio de quebrar velhos paradigmas
e incentivar especialmente a adoção
tardia. Hoje, em Santa Catarina,
62% das 1656 crianças em casas de
acolhimento têm acima de 10 anos
de idade, enquanto a maioria dos
pretendentes dá preferência a bebês
de até três anos. Presidente Gelson Merisio espera que campanha aumente opção por adoções tardias, possibilitando que estas crianças já passem o Natal com as novas famílias
A solenidade foi aberta pelo pre-
sidente da Assembleia Legislativa, representantes dos poderes “juntos Precisamos reforçar a parceria para Santa Catarina, desembargador brasileiros. O casal de professores uni-
deputado Gelson Merisio (DEM). Ele na mais bela das tarefas, que é unir que a adoção possa acontecer nos Solon D’Eça Neves, acrescentou que versitários Mariah e Fábio Henrique
saudou a união de forças dos vários pais e filhos”. Viccari defendeu ainda menores prazos possíveis”, disse. a agilidade nos processos deve ser Pereira, já com dois filhos biológicos
agentes envolvidos na mobilização e que as exigências legais para adoção O Procurador-geral do Ministério buscada, mas é preciso precaução Victor Hugo e Sophia Iara, adotou em
manifestou a esperança no incremen- sejam readequadas, mas sem deixar Público de Santa Catarina, Lio Mar- para evitar os casos de devolução de 2005, quatro meninas, entre seis e nove
to do número de adoções tardias até de lado aspectos considerados im- cos Marin, por sua vez, destacou o crianças adotadas por casais despre- anos de idade. A história emocionou os
dezembro, data do encerramento da prescindíveis. A campanha conjunta mérito da campanha na promoção parados. “Adoção não é uma filiação representantes de entidades, associa-
campanha. “Tenho absoluta convic- também foi enaltecida pelo presidente da melhoria da qualidade de vida da escondida, é um ato de amor e isso ções e dos poderes que lotaram o Ple-
ção de que este cenário vai mudar e em exercício da Associação de Ma- sociedade. Marin reafirmou o enga- deve fazer parte da mentalidade do nário Deputado Osni Régis atentos à
várias crianças passarão o Natal já gistrados Catarinenses, Sérgio Luiz jamento do MP com a celeridade dos brasileiro”, ressaltou. mensagem que a família Pereira passa
com suas novas famílias”, afirmou. Junckes. “O direito básico de toda processos de adoção. Na solenidade foi exibido ainda com base em sua própria experiência.
O vice-presidente da OAB/SC, criança ter um lar ganha um grande Da mesma forma, o corregedor- um vídeo com um caso real de ado- “A adoção tardia é maravilhosa e não
Márcio Viccari, parabenizou os aliado na Assembleia Legislativa. -geral do Tribunal de Justiça em ção que foge totalmente aos padrões dolorosa”, conclui Mariah.

ESPECIALISTAS DEFENDEM MUDANÇAS DE MENTALIDADE PAINEL DEBATE REDUÇÃO DE PRAZOS

Na programação Campanha criança albergada. “Os pais não po- egoísmo. Podemos construir novos A redução dos prazos legais mas pessoas que aceitem ser pais
Adoção – Laços de Amor, o psicotera- dem ser imediatistas, vislumbrando vínculos afetivos”, frisou. para acelerar a adoção foi deba- para estas crianças e adolescentes
peuta Luiz Schettini com a psicóloga na criança as nossas predisposições Há 20 anos trabalhando com a te- tida em painel. O presidente da reais que, por alguma infelicidade,
Suzana Sofia Moeller Schettini fala- e desejos. A adoção é um ato ético e mática da família e interação, Suzana Assembleia Legislativa, deputado não possam conviver com sua
ram da experiência em acompanhar não genético”, ensinou. citou Albert Einstein ao comentar os Gelson Merisio, ressaltou que as família biológica”, completou.
a evolução do relacionamento entre Para o psicoterapeuta, a adoção preconceitos que fazem com que 62% crianças para adoção terão mais A coordenadora do Centro de
pais e filhos adotivos. Eles também traz a simbologia de novo nascimento das crianças aptas à adoção no estado chances de conseguir um novo lar Apoio da Infância e da Juventude
passaram por esta experiência e e pode ter consequências transforma- estejam acima dos 10 anos. “É mais quanto antes for concedida a des- do Ministério Público, promotora
ressaltaram a importância do envol- doras não só para o abrigado, mas fácil quebrar um átomo do que que- tituição legal da família biológica. Priscilla Linhares Albino, reco-
vimento da sociedade e a mudança para a família “Não existem crianças brar um preconceito e temos muito A proposta teve eco no Judiciário. mendou a mudança do “olhar
de mentalidade. abandonadas. Existem crianças que trabalho pela frente, desmistificando A juíza da Vara da Infância e da turvo”, lembrando que os ado-
Para Schettini, os princípios dos nós abandonamos por omissão e os mitos envolvidos no processo.” Juventude da Comarca de Gaspar, lescentes precisam tanto apoio
direitos humanos são muito disse- Ana Paula Amaro da Silveira, quanto as crianças menores.
minados na sociedade, mas pouco defendeu mudanças na legislação
se fala dos deveres de cada um. Entre como também políticas públicas.
eles, destacou, o acolhimento e a A juíza ainda citou a fragili-
afetividade, cujo desrespeito resulta dade na estrutura de assistência
na segregação de alguns indivíduos, social já nos municípios que
considerados indesejados. “Temos devem obedecer à Constituição
parte da responsabilidade no aban- Federal e dar prioridade à infância
dono das crianças. A adoção pode e à juventude, mas nem sempre
ser considerada tardia pela idade da isto acontece. “Precisamos equi-
criança negligenciada, mas também pes técnicas exclusivas para
devido à demora de quem adota”. atendimento nas instituições de
Autor de vários livros sobre a acolhimento.”, analisa.
psicologia das crianças adotadas, Ana Paula ainda defendeu a
Schettini citou o desconhecimento e criança como foco da adoção: “Não
a excessiva expectativa por parte dos procuramos crianças para casais, Juiza Ana Paula: mudanças
pais postulantes à adoção como prin-
cipais entraves à integração de uma Casal Schettini, psicoterapeuta e psicóloga, considera adoção um ato ético
4 AL Notícias. Santa Catarina, 26 de MAIO de 2011 GERAL AL Notícias. Santa Catarina, 26 de MAIO de 2011 5

ACREANO LUÍS TCHÊ É ELEITO PRESIDENTE DA UNALE


COMITIVA VISTORIA COMPLEXO DO BAÚ, EM ILHOTA O deputado Luis Tchê, do Acre,
sucedeu o deputado Alencar da
cumprida, à exceção do governador
do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral.
foi reconduzida à presidência da
Associação Brasileira de Rádios e
Dreveck foi mantido no cargo de
presidente interino do Parlamento
Deputados visitam município que em 2008 registrou morte de 35 pessoas e prejuízos de ordem material, que ainda persistem Silveira Júnior, de Minas Gerais, Compareceram personalidades de TVs Legislativas (Astral) na eleição do Sul (Parlasul), que reúne os par-
na presidência da União Nacional renome como o desportista Lars Gra- realizada na manhã do dia 20. lamentos de Mato Grosso do Sul,

FOTOS ALBERTO NEVES


Cerca de dois anos e meio após as dos Legislativos Estaduais (Unale). el, o jornalista Luiz Nassif, Henry A entidade, realizou paralelo à Paraná, Santa Catarina, Rio Grande
enxurradas de 2008 que provocaram o A eleição foi realizada na manhã Grinbeek, um dos organizadores da XV Conferência, o I Seminário In- do Sul, Chile e países do Mercosul.
desmoronamento de morros e a morte do dia 19 em assembleia geral Copa do Mundo sediada pela África ternacional de Mídias Legislativas e No encontro, eles estabeleceram
de 35 pessoas no Complexo do Baú, realizada no Costão do Santinho, do Sul em 2010, e outros políticos. atraiu participantes de todo o Brasil, prioridades de trabalho, entre as
em Ilhota, diversos problemas persis- sede da XV Conferência Nacional A diretora de Comunicação So- e delegações da Espanha, México, quais a integração ferroviária, forta-
tem: casas e edificações públicas em dos Legisladores e Legislativos cial da Assembleia Legislativa de Argentina e Chile. lecimento do Mercosul, integração
áreas de risco, pontes incapacitadas e Estaduais. Santa Catarina, Lúcia Helena Vieira, No mesmo dia, o deputado Sílvio econômica e intercâmbio cultural.
assoreamento no rio Baú. Para verificar Os representantes catarinenses

FÁBIO QUEIROZ
a situação, uma comitiva – integrada na diretoria são o deputado Joares
pelos deputados Ana Paula Lima (PT), Ponticelli, eleito secretário-geral,
Ismael dos Santos (DEM) e Sargento e os deputados Romildo Titon e
Amauri Soares (PDT), pelo secretário de Elizeu Mattos, que compõem o
Infraestrutura, Valdir Cobalchini, e por Conselho Fiscal.
autoridades locais – realizou vistoria A Unale tem 60% dos 1.059 de-
dia 23 em diversos pontos. putados estaduais como associados
A presidente da Associação dos e adotou como uma de suas prin-
Atingidos da Região dos Baús (Adarb), cipais bandeiras o fortalecimento
Tatiana Reichert, manifestou preocupa- do Poder Legislativo. O presidente
ção com obras não terminadas ou que recém-empossado convocou todos
já não existem mais por terem sido ar- os membros a fazer uma marcha a
rastadas pelas chuvas. “Esperamos que Brasília para resgatar o poder de le-
os deputados e o secretário nos ajudem gislar dos parlamentares estaduais.
a resolver essa situação, que se arrasta Ponticelli, que será um dos
desde 2008. A tragédia ficou velha, por principais organizadores deste
isso estamos caindo no esquecimento”, movimento, comemorou o bom re-
protestou. sultado das eleições que marcaram
“Vim para verificar a situação pes- também o final da conferência, a
soalmente. Os técnicos vão fazer uma primeira em Florianópolis e a maior
avaliação dos problemas existentes e realizada até hoje. Ele, que presidiu
investigaremos as responsabilidades Dois anos e meio após tragédia ocorrida no município, população ainda convive com infraestrutura precária, com pontes improvisadas e assoreamento do rio Baú a Comissão Organizadora do encon-
para tomar as medidas cabíveis”, disse tro, que reuniu mais de mil pessoas
o secretário Cobalchini. O agricultor Olério Fischer teve não há projeto para recuperação da área. A previsão é de que 65 casas sejam de todo o Brasil e do exterior, disse
Entre as áreas que necessitam de parte de sua casa coberta pelo desmo- Os moradores cobram o desas- construídas no local, que não tem que a programação foi plenamente Novo presidente da Unale convoca marcha a Brasília na luta para ampliar poder de legislar dos parlamentares estaduais
intervenção, o grupo vistoriou pontes ronamento de um morro. Depois de ficar soreamento do rio Baú, que a cada saneamento básico. Até o momento,
com a estrutura comprometida e áreas um ano e três meses desabrigado, ele chuva transborda e causa prejuízos à apenas dez unidades foram erguidas.
em que há risco de desmoronamento de
morros sobre residências. Nos fundos
da Escola Alberto Schimidt, as auto-
foi autorizado a voltar para casa, mas
um laudo técnico aponta que há uma
fenda no topo do morro, por isso a famí-
agricultura, segundo o presidente da
Câmara de Vereadores de Ilhota, Luiz
Peixe (PDT). Já no terreno destinado
São casas de baixo padrão, construí-
das com madeira de pínus e telhas de
amianto. Essa obra está sob responsa-
LARS GRAEL EMOCIONA PÚBLICO COM PALESTRA

FÁBIO QUEIROZ
ridades constataram que uma obra de lia corre risco. “A gente voltou porque ao reassentamento de moradores que bilidade da Cohab, mas em função O XV Conferência Nacional
contenção está sendo refeita, mas ainda não tem para onde ir.” Na opinião da perderam as casas na tragédia de 2008, da demora, muitos moradores estão dos Legisladores e Legislativos
há risco de deslizamento e o ginásio da presidente da Adarb, a família deveria as reclamações dizem respeito à falta construindo com as próprias mãos, Estaduais, que atraiu mais de mil
unidade escolar continua interditado. ter sido indenizada e reassentada, pois de qualidade das habitações. nos fins-de-semana. participantes e nove delegações
a Florianópolis nos dias 18 a 20
de maio, proporcionou ao público
RELATÓRIO SERÁ ENCAMINHADO AO EXECUTIVO E AO MINISTÉRIO PÚBLICO palestras de qualidade. A última
delas foi proferida pelo renomado
esportista Lars Grael, que durante
A deputada Ana Paula Lima duas horas falou para uma plateia
informou que será encaminhado de aproximadamente 400 pessoas.
relatório sobre o que foi cons- Grael ressaltou os principais
tatado na vistoria à Cohab, ao desafios durante sua trajetória de
Ministério Público e ao governo sucesso e seu drama particular oca-
do Estado, pedindo providências. sionado por um acidente marítimo
“As autoridades receberam recur- em 1988. Com uma ampla história de
sos para resolver esses problemas, vida e dono de grandes conquistas
por isso queremos satisfações.” como medalhas olímpicas, títulos
Já o deputado Ismael dos San- nacionais e sulamericanos, Grael é
tos acredita que, após a vistoria, considerado um dos maiores nomes
o Executivo vai encaminhar as do esporte nacional por priorizar
providências necessárias para em sua carreira o treinamento, a Lars Gral encerra ciclo de palestras na conferência da Unale falando de sua experiência pessoal e como esportista
restabelecer a normalidade no dedicação e a superação para en-
lugar. O deputado Sargento Soa- frentar dificuldades encontradas em o incentivo ao esporte de base”, dores que o esporte de base, se bem o esporte nacional”, frisou.
res diz que o poder público tem diferentes competições. destacou. trabalhado, contribui para educação Na ocasião, Grael falou da ca-
obrigação de cobrar qualidade nas “Desde o meu ingresso no espor- Para o esportista, o investimento e, possivelmente, forma futuros atle- rência do setor e exemplificou que
obras executadas. “É um absurdo te foram muitas etapas até chegar à financeiro é o principal incentivo tas bem-sucedidos. “Sempre acredi- no esporte marítimo, em especial
constatarmos serviços malfeitos competição profissional. Superando em qualquer esporte, uma vez que tei nesta ideia, porém somente após na prática da vela, existe carência de
como vimos aqui. A responsabi- dificuldades relacionadas à falta promove estruturas e possibilita o acidente, que quase tirou minha serviços prestados como o da guarda
lidade deve ser cobrada.” Deputados Sargento Soares, Ismael, Ana Paula, e secretário Cobalchini ouvem depoimento de líder comunitária de apoio financeiro observei que o as competições. Acreditando que o vida e a possibilidade de velejar, é costeira, imprescindível para que
Brasil, considerado país do futebol, esporte anda de mãos dadas com a que me engajei na política em defesa o esporte seja praticado com total
Imagem de casa abandonada por conta do risco de novos desmoronamentos possui uma lacuna a ser preenchida: educação, Grael explicou aos legisla- de ações que possam contribuir para segurança.
JORNAL DA ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO ESTADO DE SANTA CATARINA - ANO 13 - Nº 394 . SC . 26 DE MAIO DE 2011 - CADERNO ESPECIAL

ESPECIALIDADES DE SC
2 AL Notícias. Santa Catarina, 26 de MAIO de 2011 ESPECIALIDADES

M ARCO ANTÔNIO LUCINI


EDITORIAL
CULTURA E
EXTRAÇÃO
O AL Notícias retoma
nesta edição a publicação do
caderno “Especialidades de
SC”, mostrando atividades
econômicas em que Santa Ca-
tarina se destaca no cenário
nacional e internacional. Seja
pela excelência em tecnolo-
gia, seja por fatores climáticos
que contribuem para que
determinadas regiões sejam
mosaicos econômicos bem-
-sucedidos.
Neste caderno, trazemos
exemplos da agricultura, da
cultura ao extrativismo. Na
primeira linha, temos a heran-
ça dos imigrantes japoneses,
que introduziram técnicas
no estado para a produção do Com investimentos em tecnologia, região de Curitibanos que tem 1.500 hectares cultivados conseguiu triplicar a produtividade no campo
alho, que tem no município de

CURITIBANOS VIVE NOVA ERA NO ALHO


Curitibanos um dos maiores
produtores do país. Hoje, com
a melhora do preço praticado
pelos chineses, os agricul-
tores respiram aliviados e Município que já foi maior produtor do país recupera fôlego com alta no preço praticada pela China
contabilizam lucros. Outro
exemplo vem do município O clima frio e o solo fértil garan- se viu obrigada a reajustar o valor “A lhora do preço para o nosso produtor”, contextualiza o agrônomo. O auge
de Frei Rogério, onde a pera tiram durante anos ao municípío de China domina o mercado internacio- oberva o agrônomo Marco Antônio da crise foi em 2008, quando, na
asiática é prova de orgulho. Curitibanos, no Meio-Oeste, a condi- nal. Hoje, ela está vendendo de 20 a Lucini, da Epagri de Curitibanos, visão do agrônomo, permaneceram
O clima quente e úmido ção de maior produtor de alho do país. 29 dólares a caixa, refletindo na me- também produtor de alho e um dos na atividade os que tinham mão-
do Planalto Norte garante Tudo poderia ter sido diferente se os mais renomados especialistas no as- -de-obra essencialmente familiar
ao município de Corupá a produtores, predominantemente de sunto, autor do livro “Manual Prático e assim conseguiram reduzir os
posição de segundo maior origem japonesa, não tivessem sofrido de Produção do Alho”. investimentos diretos.
produtor de bananas do pais. o revés da concorrência chinesa, cul- Hoje, a região compreendida Com a melhora do preço a partir
Condição que reflete em bons mindo com a crise de 2008, quando pelos municipios de Curitibanos, de 2009, Lucini prevê uma retomada
negócios para a agricultura o quilo chegou a ser comercializado Frei Rogério, Lebon Régis, Fraibur- na área cultivada. “O processo será
familiar. a R$ 3,00. go e Brunópolis reúne cerca de 300 lento, mas se o preço continuar em
Da Serra catarinense e De lá prá cá, muitos abando- produtores, respondendo por 1.500 alta a tendência é de recuperação
do Planalto Norte vêm dois naram as terras de Curitibanos e hectares cultivados. “No auge dos com o aumento de hectares”, obser-
exemplos de extrativismo migraram para outras regiões do pais. anos 80 até meados dos anos 90, va Lucini, estimando que a região
que se perpetuaram ao longo Os que permaneceram, hoje não se já tivemos 4.400 hectares. A China colha, em média, 11 toneladas por
do tempo: o pinhão, que ga- arrependem de terem insistido na entrou no mercado em 1993. Só em hectare, tendo triplicado a pro-
nhou um olhar voltado para a cultura, já que a China, que balisa 2009, o preço melhorou e continua dutividade com investimentos em
sustentabilidade com o Pro- o preço no mercado internacional, Lucini: retomada de hectares estável em cerca de R$ 5,00 o quilo”, tecnologia.
jeto Kayuvá, coordenado pela
Udesc; e a erva-amate nativa,
que busca a certificação. UMA CULTURA DE INVERNO PERSEVERANÇA

Um cultura de inverno, que exi- com dente desenvolvido na câmara


ge cuidados especiais do produtor. O fria), plantado de março a maio, com
EXPEDIENTE acompanhamento da área cultivada
é diário para prevenir doenças. Hoje,
colheita de julho a outubro, explica o
agrônomo.
o maior produtor do país é Crista- Mesmo assim, o Brasil não é auto-
COORDENAÇÃO: lina, em Goiás, sendo seguido por -suficiente na cultura, dependendo da
Tayana Cardoso Oliveira São Gotardo, em Minas Gerais, exportação, tendo a China e a Argen-
REPORTAGEM E EDIÇÃO: regiões que receberam o reforço tina como principais fornecedores. “O
Sandra Annuseck de imigrantes japoneses vindos da alho argentino concorre diretamente
PROJETO GRÁFICO: região, como de Curitibanos. com o produzido no Sul do país e
Lucas Gabriel Diniz O alho cultivado e Curitibanos é o chinês com o do Centro-Oeste”,
FOTOGRAFIA: plantado nos meses frios de inverno - escreve Lucini no Manual Prático de
Cleia Maria Braganholo junho e julho. “Ele precisa de frio para Produção de Alho.
APOIO DIAGRAMAÇÃO: formar a cabeça”, explica Lucini, des- Com a melhora do preço, Lucini
Tiago Fontão Alexandre tacado que a colheita vai abastecer o observa com otimismo o aparecimento Entre os que perseveram no alho, está José Albertino An-
Victor Barbato mercado nacional a partir de dezembro de novos agricultores, que começaram tunes, que aprendeu a técnica com os japoneses. Antunes
APOIO LOGÍSTICO: até meados de julho. a apostar na cultura, e na peserve- tem no alho seu principal produto, colhendo 24 toneladas/
Mário Sérgio Machado No Centro-Oeste, no Cerrado brasi- rança de antigos, que mesmo diante safra e conseguiu sobreviver por contar com mão-de-obra
leiro, há a cultura do alho vernalizado da crise, continuaram a apostar na familiar. “Na crise, só consegui cobrir os gastos”, lembra.
(aquele plantado sem frio natural, mas atividade.
ESPECIALIDADES AL Notícias. Santa Catarina, 26 de MAIO de 2011 3

Casal Ito que trocou interior de São Paulo pela região de Curitibanos há mais de três décadas exibe com orgulho peras de tamanho gigante, que se destacam também pelo sabor adocicado

FREI ROGÉRIO É DESTAQUE NA PERA ASIÁTICA


Herança dos imigrantes japoneses, fruta de dimensões gigantescas, podendo pesar até 800 gramas, é diferencial no Brasil
Mais do que a origem japonesa, de uma empreitada que começou lha-se a mãe. TRABALHO PARA O ANO INTEIRO
o casal Ito mantém com a pátria mãe com a produção de alho, a exemplo O enxerto deu certo e o resultado
os fortes laços com a fruticultura. de muitos produtores da região de é uma safra anual, em média, de 52
Mieko, 65 anos, e seu marido Massa- Curitibanos. toneladas. “Um hectare produz 35
nori, 66 anos; ela já nascida no Brasil Com o esgotamento das condi- toneladas”, calcula Massanori, que
e ele no Japão, trocaram há mais de ções do solo no final da década de comercializa a produção através do
30 anos o interior de São Paulo pelo 90, decidiram apostar na floricultura sistema consignado diretamente
pequeno município de Frei Rogério, - produziram durante anos cravo - e para a Ceasa de São Paulo, que
cerca de 36 quilômetros distante de também fruticultura. E com o apoio distribui a pêra da famíia Ito para o
Curitibanos. A mudança teve uma técnico do governo japonês, resolve- Brasil afora.
razão muito especial: o clima frio, ram investir na produção de peras. Além do apoio técnico dos agrô-
ideal para a agricultura com valor A primeira variedade, de nome nomos japoneses, a família Ito
agregado, como é o caso da pera século XX, não se adaptou à re- seguiu e continua seguindo à risca
asiática, de dimensões gigantescas, gião. “Ela exigia mais frio e com a cartilha para garantir a produtivi-
podendo chegar a pesar cada uma isso agrônomos do governo japonês dade de seu 1,5 hectare cultivado.
880 gramas. vieram para cá e enxertaram uma “Não descuidamos da adubação
Com 1,5 hectare cultivado, a espécie que se adaptou melhor ao química e orgânica e das podas. É
família tem no forte espírito de clima”, lembra Mieko, que também trabalho o ano inteiro”, confessa
perseverança e dedicação traços conta com a ajuda de um dos filhos, Mieko, que contrata mão-de-obra
marcantes nos imigrantes japone- Armando, para tocar os negócios. da vizinhança para dar conta da
ses, os ingredientes do sucesso “Ele estuda administração”, orgu- demanda.
Peras exigem cuidado constante dos produtores

A colheita da pera é feita em Chegada a primavera, é hora


fevereiro. A produção que não é da polinização manual para
comercializada de imediato é segurar a fruta na árvore. “As
mantida em uma câmara fria até abelhas não conseguem dar
o final de abril. A câmara é da conta de tudo. Por isso, entra a
familia e tem capacidade para re- mão do homem”, ensina Mieko.
ceber 20 toneladas.. Ela também Em outubro e novembro, a
acondiciona a produção de alho exemplo do que acontece com
de agricultores da vizinhança. a maçã, ocorre o raleio, ou seja,
No outono, Mieko e o marido a seleção das frutas que vão
fazem a poda verde e imper- permanecer no pé. Em meados
meabilizam com cola as áreas de novembro, os Ito protegem as
atingidas. No inverno, uma nova frutas com saquinhos para evitar
poda e também adubação. o ataque de insetos.

Peras são selecionadas e embaladas na própria propriedade Ito, genuinamente baseada na agricultura familiar
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CORUPÁ É SEGUNDO MAIOR PRODUTOR DE BANANAS DO PAÍS


Capital Catarinense da Banana coloca no mercado fruta de qualidade e de sabor mais doce, conquistando consumidores também do Mercosul
FAMÍLIA TRABALHA UNIDA NO CAMPO
Os Voigt são um exemplo de
família que trabalha unida na
bananicultura. O agricultor Vilson
Não é por acaso que Corupá, OS BENEFÍCIOS e sua mulher Isolde vivem há 25
município localizado no Norte de anos da atividade. Os filhos An-
Santa Catarina e a 210 Km distante de derson (24), Adilson (23) e Alécio
Florianópolis, leva o nome de Capital A polpa da banana é rica (15) também ajudam na produção.
Catarinense da Banana, título con- em ferro, que favorece a produ- Um deles chegou, inclusive, a
cedido pela Assembleia Legislativa ção de hemoglobina ajudando trabalhar por um período numa
em 2002. Cercado pela Serra do Mar, no combate da anemia; em indústria em Jaraguá do Sul,
o município é hoje o segundo maior potássio, que evita cãibras, mas acabou desistindo. “Ele viu
produtor do país, perdendo a liderança fadiga muscular e alterações que ganha mais aqui do que na
apenas para Venceslau Guimarães, nos batimentos cardíacos e cidade”, lembra a mãe Isolde, que
na Bahia, segundo levantamento ajuda no combate à gastrite; tem na jornada ainda a função de
do IBGE. em fibra, que atua na redução cuidar da neta Raíssa, de 4 anos.
São 150 mil toneladas/ano abas- dos níveis de gordura; em A família Voigt tem 12 hecta-
tecendo especialmente os mercados vitamina B6, que miniza os res de bananais. Cada um deles
de São Paulo, Rio de Janeiro, Mato sintomas pré-menstruais e produz por ano cerca de 30 tonela-
Grossso, Minas Gerais, Rio Grande do no combate à insônia: e em das, totalizando uma produção de
Sul. Cerca de 15% da produção ainda vitamina C, um antioxidante, 360 toneladas/ano. “Isso é superior
tem como destino a Argentina, que que ajuda na produção de à média, que é de 28 toneladas por
não produz a fruta e tem no mercado colágeno. hectare”, constata o Fernando da
brasileiro uma opção terrestre mais Silva, técnico em Agropecuária Observado pelo mulher Isolde e pela neta Raíssa, Vilson mostra resultado
próxima. A atividade gera em torno de CURIOSIDADES da Asbanco. As duas toneladas a
dois mil empregos diretos e indiretos. mais por hectare refletem o modo O MAPA RAIO-X DA PRODUÇÃO
Considerada um dos principais Os baixos níveis de sódio de trabalhar dos Voigt.
alimentos, a banana encontra em Co- e gordura fazem com que a “O Vilson faz o controle regular
rupá todos os ingredientes necessá- banana seja indicada nas de pragas e investe em adubação 750 famílias produzem bana- 1 hectare tem 1.666 plantas;
rios para se desenvolver. A localização dietas de pessoas que têm e em calagem, ou seja, garante o na em Corupá; 1 hectare de banana produz 1,6
nas encostas da Serra do Mar cria um problemas de coração, rins e equilíbrio regular do PH do solo”, 20 famílias detêm 50% da mil cachos;
microclima específico e apropriado pressão alta. Por ser rica em observa Fernando. Outra técnica produção; Uma caixa tem 22 quilos;
para a fruta, de temperatura quente e potássio, também é recomen- que faz a diferença é o ensacamen- Área cultivada é de 5.500 Um cacho pesa de 25 a 30
úmida, com maior amplitude térmica dada para recuperar energia. to, ou seja, o cacho é coberto por hectares; quilos;
e chuvas bem distribuídas. um plástico, que acelera o ama- A base é agricultura familiar Cada pé produz 1,4 cachos
Essas condições garantem à fruta Agricultura familiar é base da produção da fruta, que tem como principais mercados São Paulo, Minas Gerais, Mato Grosso, Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul, além da Argentina durecimento e aumenta o peso do
um sabor diferenciado, sendo mais fruto. “Se não fosse usado o saco,
doce. Isto porque, segundo especia-
listas, o microclima torna o tempo de
maturação do fruto mais demorado,
hectares do município. Mesmo assim,
20 agricultores detêm 50% da produ-
ção. “A base é agricultura familiar.
mulher desempenha jornada tripla e
está no campo”, observa a dirigente.
O extensionista da Epagri/Corupá,
O ARTESANATO DA FIBRA AGREGA VALOR NA RENDA DAS FAMÍLIAS o fruto levaria 30 dias a mais para
amadurecer”, explica Fernando.
A produção da família Voigt AS VARIEDADES
comparando-se o levado em outras Cada produtor tem de oito a 10 hecta- George Livramento, agrega mais A Epagri de Corupá tem um tração. é contínua, acontece o ano todo e
regiões. Com isso, a banana perma- res”, estima a diretora administrativa um ingrediente à fórmula que tem trabalho voltado para agregar valor Em números, a fibra se revela tem destino certo. “Nos colhemos, NANICA (CATURRA) PRATA
nece até 30 dias a mais na planta, da Associação dos Bananicultores de colocado o município em segundo à renda da agricultora. À frente da u ma ativ idade promissora . En- embalamos e vendemos tudo para
ocorrendo assim maior acúmulo de Corupá (Asbanco), Eliane Cristina lugar no ranking de produção do país. missão está a extensionista rural, quanto uma caixa de banana é um fornecedor de São Miguel do
açucares naturais. Müller, entidade que congrega 502 Com base na observação de campo Maria Depin, que comanda cursos comercializada pelo produtor ao Oeste”, revela Vilson, que assim Fruto reto, de até 15 centímetros
A base do sucesso da atividade associados. que faz da atividade, George diz que de extração de fibra e de artesanato atravessador por R$ 6,00, o quilo da cerca de R$ 10,00 pela caixa de 22 de comprimento, casca amarelo- Casca fina e de cor amarelo-
também está na agricultura familiar Mas o sucesso tem mais um a colheita da propriedade vai bem na região. fibra é vendido a R$ 25,00. quilos, enquanto que atravessador -esverdeado de cinco facetas. -esverdeada. Tem a polpa bastante
e nos crescentes investimentos em diferencial ressaltado por Eliane: a quando a família vai bem. “O sucesso Na comunidade de Rio Novo, Além do artesananto, a Epagri paga em torno de R$ 7,00. No Tem a polpa menos doce que a da doce, macia e de aroma agradável
prevenção de pragas. São 750 famílias participação da mulher no processo vem quando o casal trabalha junto”, funciona uma unidade de extração de Corupá trabalha em outras fren- final das contas, Vilson consegue nanica, mas é considerada mais
vivendo da atividade, que cobre 5.500 numa atividade de meio século. “A constata. de secagem da fibra. “O problema tes para ajudar a agregar valor na receber em média 25% a mais consistente
é que falta mão-de-obra. A mulher renda do produtor rural. Um dos por caixa, aumento sua margem
continua muito presente no campo, projetos é o da agroindústria de de lucro.
um atividade que continua lucra- processamento da banana-passa,
tiva, e faz artesanato apenas nas
horas livres”, observa Maria.
O problema, segundo Maria, é
uma biomassa de banana verde que
substitui o alimento natural. Coelhinho da Páscoa carrega cenoura também feita de fibras PRODUTORES MOBILIZADOS NO CONTROLE DE PRAGAS
que poucas mulheres vêem no ar- Quem percorre as propriedades devem ficar em alerta; e o vermelho, ramento permite decidir o melhor
tesanato uma fonte certa de renda. rurais de Corupá encontra Placas de requer pulverização imediata. momento para iniciar o controle da
Por isso, muitas quando não traba- sinalização no controle da Sigatoka, Segundo técnicos, o monito- doença com aplicação do fungicida.
lham no campo acabam recorrendo Negra, um fungo que ataca as folhas
a outras atividades para garantir o da bananeira, trazendo prejuízos
ganha-pão. para o produtor. Ela é considerada a
Por esses fatores, segundo Ma- principal praga, ocasionando man-
ria, o artesanato que tem na fibra chas nas folhas. A partir do momento
da bananeira sua matéria-prima que o produtor detecta as marcas,
ainda está engatinhando na região. começa a pulverização.
“Nosso problema também está As placas, ilustradas com uma
ainda na extração, que é extrema- sinaleira de trânsito, sõa usadas
mente manual, o que afasta muitos”, como comunicação entre técnicos e
observa a extensionista, apostando produtores. Elas informam a condição
na automação para garantir um de desenvolvimento da doença e o
salto na produção. produto a ser pulverizado.
Neste sentido, a Udesc de Join- No sinal verde, indica que a
ville desenvolve projeto para criar doença está sob controle; o amarelo,
Com bananais de em média 50 anos de vida, Corupá tem 5.500 hectares e 750 famílias vivendo da atividade uma máquina para agilizar a ex- Extensionista rural da Epagri, Maria Depin, lidera trabalho com fibra da bananeira Destaque para arranjos florais doeça em evolução, os produtores Placas de controle de pragas estão espalhadas pelas propriedades
6 AL Notícias. Santa Catarina, 26 de MAIO de 2011 ESPECIALIDADES

PINHÃO, A TRADIÇÃO SERRANA


PROJETO K AYUVÁ
Projeto Kayuvá busca conservar e preservar a floresta araucária
O Planalto Serrano é sinônimo Fert, é valorizar a floresta, para produzem a semente Urupema, São
de colheita farta em tratando-se que esta mantenha-se conservada. Joaquim, Bom Jardim da Serra e São
de pinhão, semente da araucária. “Precisamos despertar no agricultor José do Cerrito.
Na esteira dessa condição, nasce a o interesse pela floresta”, ensina o A lém de ser marginalizado
missão de preservar a floresta e tam- professor, lembrando que o projeto pelo próprio agricultor, o pinhão
bém de promover o desenvolvimento está em ação desde 2008. ainda colhe os dissabores de uma
consciente. O trabalho é a base do Partindo do marco zero, os pes- atividade suscetível a acidentes de
projeto Kayuvá, coordenado pelo quisadores saíram com a missão trabalho. Para driblar o problema, o
professor da Udesc/Lages, João Fert de fazer uma radiografia do pinhão. projeto Kayuvá desenvolveu métodos
Neto, engenheiro florestal, e desen- Começaram identificando quem é o de colheita, com aulas de rappel nas
volvido através de uma parceria com colhedor de pinhão e constataram comunidades, que ressentem a falta
o CNPq, Sebrae, Instituto Peretê que a atividade é secundária, mar- do chamado “colhedor de pinhões”.
para o Desenvolvimento - iPeretê e ginalizada, na própria concepção “Faltam colhedores. E um dos
Epagri/Painel. “O pinhão faz parte do que o pinhão representa para nossos objetivos foi formar mão-de-
da cultura e da história. Precisamos as famílias. “Primeiro vem o gado, -obra, reduzindo os acidentes de
redespertar a identidade cultural da agricultura e outras fontes, para trabalho”, lembra o professor.
região”, afirma o professor. depois aparecer o pinhão”, lamenta. Em outra frente, o projeto mo-
Kayuvá significa “povo da flo- Como reflexo, a cadeia produtiva nitora a produção em 120 áreas,
resta” e é também uma variedade não é organizada, repercutindo no identificando a variação na produção.
de pinhão, uma cultura extrativista, preço com que a semente chega ao Os bolsistas do CNPq fazem também
ou seja, a floresta o produz e o entre- mercado. No Planalto Serrano, o pesquisa de mercado, identificando
ga pronto para o consumo humano maior produtor é Painel, município o preço a que o produto é comercia-
e também animal. que pertencia a Lages, com pouco lizado. “Ele oscila hoje de R$ 0,80 a
O objetivo do projeto, segundo mais de 2.500 habitantes. Também R$ 1,50”, estima o professor.

SUSTENTABILIDADE

O Projeto Kayuvá tra-


EM BUSCA DA CERTIFICAÇÃO
balha a extração do pinhão O pequeno produtor é a base do tindo ainda incentivos ao processo
sustentável e a conserva- extrativismo do pinhão. Estima-se de industrialização para a produção
ção da araucária. Ensina o que a região serrana tenha uma de farofa de pinhão e outros itens
produtor familiar a valoriza área de 100 hectares de pinhão, da culinária serrana que utilizam
a semente, visando tornar que tem como destino o mercado o pinhão como ingrediente.
a extração uma atividade informal. Para incentivar a gastronomia
que tenha como destino um Para quebrar esse ciclo, busca- serrana, Fert destaca a realização
mercado justo. -se chegar à certificação do pinhão de cursos específficos no Instituto
O pinhão é semente da sustentável. O caminho, ensina Federal de Urupema.
árvore araucária e serve Fert, passaria por um consumidor
de alimento para homens consciente, que irá adquirir um
e animais. Dentro de seu produto em consonância com o
ciclo, ele se desprende da respeito à natureza e as condições
árvore quando a pinha ama- adequadas de trabalho para o co-
Projeto ensina técnicas seguras para a extração da pinha durece e debulha. Isto pode lhedor, sem risco de acidentes de
acontecer naturalmente ou trabalho. “São normas de seguran-
PROJETO K AYUVÁ

pela ação de animais. ça, valorizando a floresta”, explica


A semente é rica em o professor.
reser va s energética s . A O projeto trabalha para propor
colheita ocorre de abril a normas e critérios para a certifi-
agosto e deve ser feita de cação do produto. “Precisamos
maneira a não causar pre- definir quais os indicadores para a
juízos para a recuperação certificação”, observa.
da araucária, assegurando Para se chegar ao objetivo, ne-
assim a alimentação da cessário se faz organizar o produtor.
fauna silvestre durante o Neste sentido, o projeto Kayuvá dá
inverno. apoio à organização de associações
O Projeto Kayuvá apon- e cooperativas. Também divulga
ta a existência de 350 espé- boas práticas de produção, arma-
cies vegetais de importân- zenagem e comercialização.
cia biológica na Floresta Em outra ponta, surge também
Araucária, que integra a a necessidade de agregar valor ao
Mata Atlântica. produto. Isto passaria por investi-
mentos em infraestrutura, com a
Uma tradição que se mantém viva nas propriedades da região aquisição de câmaras frias, permi- Fert: valorização da floresta
ESPECIALIDADES AL Notícias. Santa Catarina, 26 de MAIO de 2011 7

PAINEL É MAIOR PRODUTOR DA SEMENTE EM SC


Agricultores estão confiantes nos benefícios que a isenção do ICMS, aprovada pela Assembleia, vai ocasionar ao município
INCENTIVO FISCAL

Mesmo na condição de
maior produtor de pinhão
da serra catarinense, Painel
não conseguia desfrutar das
vantagens fiscais de tal con-
dição, não obtendo o retorno
de ICMS.
Isto porque a nota fiscal
do pinhão era na maioria das
vezes emtida pelos atraves-
sadores, em municípios para
os quais a mercadoria era
destinada. “Santo Amaro da
Imperatriz, que não tem uma
árvore de araucária, aparecia
como uma dos maiores pro-
dutores de pinhão”, lamenta
um produtor que prefere não
ser identificado.
Mas o enredo da história
mudou a partir da aprovação
pela Assembleia Legislativa,
em abril último, do Projeto
de Lei nº 102/2011, de autoria
do Executivo, que isenta os
prrodutores de pinhão da
cobrança de ICMS.

Anterior à chegada do homem branco, o pinhão serviu de alimento para tropeiros, animais e hoje é sinônimo de saúde

Maior produtor de pinhão na ser- mente envolvido com as causas do HISTÓRIA


ra catarinense, o pequeno município produtor, que vive num município
de Painel, com cerca de 2.500 habi- carente de infraestrutura. Em Painel, o pinhão encontra as
tantes, colheu em 2011 algo em tor- “Precisamos organizar a cadeia condições adequadas. Por isso, a se-
no de 55 mil sacas de pinhão, o que produtiva e melhorar sua inserção mente é de qualidade e abundante. “O
corresponde a aproximadamente no mercado consumidor”, reconhe- clima e o solo garantem um produto
2,7 toneladas. A produção regional, ce o agrônomo. O caminho passa, diferenciado, perfeitamente adaptado
incluindo também os municípios de segundo ele, pela organização de ao ecossistema”, observa.
Bom Jardim da Serra, São Joaquim, uma cooperativa, que já tem in- A semente faz parte da história do
São José do Cerrito e Urupema, está clusive nome provisório: a Cooper- município. Ela é anterior à chegada do
estimada em torno de 250 mil sacas pinhão. A empreitada, no entanto, homem branco na região. “Os índios
de 50 kg, ou seja, 12,5 toneladas. requer investimentos. Entre eles, nômades se deslocavam em função da
Os números são da Epagri/ a aquisição de uma câmara fria. disponibilidade de alimentos; entre
Painel, que tem à frente do esritório Com ela, os “colhedores de pinhão” eles, o pinhão”, relata. Mais tarde,
local, o estudioso da mata araucária, não desovariam a produção de uma tornou-se alimento para os tropeiros
João Antenor Pereira, popularmente única vez no mercado e poderiam e também virou dieta na ração usada
batizado de “João Boiadeiro”, um regular a oferta, refletindo com isso para criação de porcos e outros ani-
profundo conhecedor da atividade no preço. mais até o início do ciclo extravista
extrativista do pinhão e especial- “É necessário armazenar, clas- da araurácia, quando na década de
sificar e agregar valor ao pinhão”, 40 o pinheiro virou referência na
observa Boiadeiro, que defende a co- construção de propriedades. Com a
mercialização do pinhão pré-cozido, restrição do corte, nos anos 80, as
que poderia ser adicionado inclusive árvores remanescentes garantiram a
na merenda escolar e também dire- sobreviência da semente. Mauro Branco Vieira colhe de oito a dez toneladas ao ano
cionado à exportação, respeitando Segundo pesquisas recentes, dos
as regras e as exigências do mercado 200 mil km² de mata araucária que ‘SABEMOS COLHER PINHÃO”
internacional. existiam antes da colonização, ape-
Boiadeiro lamenta a forma com nas 6% sobreviveram, garantindo ao
que a extração de pinhão é vista pelo pinhão um opção de renda para muitos Nativo de Painel, o pecuarista Mauro Branco Vieira, 43 anos,
próprio agricultor. “É uma atividade produtores da região. “Hoje ele virou tem na extração do pinhão uma fonte secundária. Mesmo assim,
marginalizada. Falta aperfeiçoamen- sinônimo de uma alimentação saudá- é um dos produtores mobilizados para resgatar a autoestima da
to técnico. Com isso, registramos vel através de uma nova concepção de atividade. “Sabemos colher pinhão. Precisamos sim nos organizar
falta de mão-de-obra e acidentes, consumo, consciente e sustentável, ou para vender melhor nosso produto”, acredita.
o que limita a colheita”, observa o seja, uma promessa de resgate ambien-
Boiadeiro: Cooperpinhão agrônomo. tal e social”, acrescenta.
JORNAL DA ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO ESTADO DE SANTA CATARINA - ANO 13 - Nº 394 . SC . 26 DE MAIO DE 2011 - CADERNO ESPECIAL

ESPECIALIDADES DE SC
A ERVA-MATE NATIVA DE CANOINHAS
Município do Planalto Norte está mobilizado para obter Indicação Geográfica para certificar produção

FER NANDO TOK ARSKI


A história do Planalto Norte mento de um produto, que ganhará
se confunde com a história da selo e terá seu valor agregado”,
ervateira do Brasil. No coração observa Marcos Euclides Vieira,
da atividade, pulsa Caoninhas, agrônomo, e secretário-executivo
município que detém o titulo de regional da SC Rural.
Capital Catarinense dos Produto- Quem está à frente da em-
res de Erva-Mate, concedido pela preitada é o também agrônomo,
Assembleia Legislativa em 2001. Adriano Martinho de Souza, da
A atividade comercial existe Epagri de Canoinhas, que está
há pelo menos 152 anos, tendo envolvido com o projeto do IG
como destino especialmente a há cerca de dez anos, realizando
exportação para o Mercado Plati- palestras na região com objetivo de
no, via portos de Paranaguá e São mobilizar os produtores da região
Francisco do Sul. A constatação para o projeto. “O IG é um ato
faz parte de uma radiografia traça- declaratório e o reconhecimento
da pelo Sindicato das Indústrias de uma origem”, oberva.
de Mate do Estado de Santa Cata- Profundo conhecedor da histó-
rina (Sindimate) em junho de 2010. ria do Contestado, Adriano explica
O estudo serve de base para o que as pessoas se deslocaram para
processo de Indicação Geográfica a região do Planalto Norte por
(IG), ao qual Canoinhas está se causa da erva-mate. “A erva era
credenciando junto ao Instituto um dos itens da disputa da Guerra
Brasileiro de Propriedade Intelec- do Contestado”, emociona-se o
tual. Com o IG, o municipio só tem estudioso, que defendeu em 1998
a ganhar, já que ocorre a delimi- a tese de mestrado “Dos Ervais ao
tação do território em que a erva é Mate - Possibilidade de revalori-
produzida “O IG traz benefício para zação dos tradicionais processos
Agricultor de Canoinhas faz a queima artesanal da erva-mate no meio da mata nativa a população em geral, melhorando de produção e transformação da
a autoestima através do reconheci- erva-mate.”

RENDA PARA 4 MIL FAMÍLIAS EM BUSCA DO RECONHECIMENTO


Cerca de 4 mil famílias secagem, malhação, trituração A busca do IG é um processo lon- Ministério da Agricultura ao pro-
vivem da erva-mate no Planalto e/ou cancheamento, servindo de go. O agrônomo Adriano Martinho jeto. De 2007 até os dias atuais,
Norte, segundo o Instituto Brasi- matéria-prima para chimarrão de Souza, da Epagri de Canoinhas, o agrônomo realiza o trabalho de
leiro de Geografia (IBGE). Mais e tererê. Ela tem como destino sabe melhor do que ninguém das campo buscando “despertar” nas
de 22 mil toneladas de erva-mate o mercado externo, sendo o exigências que permeiam o objetivo. empresas e instuições ervateiras
cancheada foram comercia- Uruguai o principal mercado. De De 1999 a 2003, a proposta da In- de Santa Catarina e do Paraná a
lizadas em 2008. Cancheada 1930 e 1970 a Argentina foi um dicação Geográfica foi apresentada importância da conquista. Neste
é a erva não beneficiada, não dos três grandes importadores, em seminários e reuniões com erva- sentido, foi realizado em dezembro
padronizada; bruta, que é sub- mas passou a produzir a erva teiros e agricultores de São Mateus de 2007 o “Seminário Ervateiro
metida ao processo de sapeco, florestada. do Sul (Paraná) e Canoinhas. Como São Mateus do Sul-PR”. “Estamos Adriano: à frente do IG
segunda etapa, de 2003 a 2007, a buscando despertar nas lideranças
proposta amadureceu e alcançou-se a essência do que a erva rerpresenta
o consenso em torno da importância economicamente. O resgate de uma
em conquistar a indicação. identidade, colocando a tradição no
“O IG é essencial para agregar futuro”, filosofa Adriano.
valor ao nosso produto e também Entre os IGs já concedidos pelo
reconhecer a erva com um produto Instituto Brasileiro de Propriedade
de qualidade. Ele só vem coroar Intelectual, estão do café produzido
um processo histórico”, observa o no Cerrado Mineiro; o da cachaça
historiador Fernando Tokarski, chefe de Parati (RJ), do couro do Vale
de gabinete na Prefeitura de Canoi- dos Sinos, entre outros. Em Santa
nhas, que tem a missão de fazer a Catarina, os produtres de vinhos
abordagem histórica da erva-mate do Vale das Uvas Goethe, no Sul
MAPA DAS no processo do IG. do estado, e do queijo serrano, da

ERVATEIRAS Em 2006, o grupo liderado por


Adriano obteve o sinal verde do
região de Lages, também buscam a
Indicação Geográfica. Tokarski: apoio histórico
6 AL Notícias. Santa Catarina, 26 de MAIO de 2011 GERAL

AUDIÊNCIA DISCUTE DESTINO DE AUTOESCOLAS


Centros de Formação de Condutores comemoram Termo de Ajustamento de Conduta que reabre estabelecimentos

JONAS LEMOS CA MPOS


A Comissão de Segurança Públi-
ca, presidida pelo deputado Marcos
Vieira (PSDB), realizou, dia 25, por
solicitação do deputado Sargento
Soares (PDT), audiência pública para
discutir a situação dos Centros de
Formação de Condutores (CFCs) de
Santa Catarina. A discussão foi mo-
nopolizada pela decisão do Executivo
e do Ministério Público de firmarem,
dia 24, um Termo de Ajustamento de
Conduta (TAC), permitindo que todos
os CFCs funcionem normalmente até
a conclusão do processo licitatório, do
qual emergirão, definitivamente, os
CFCs autorizados a operar em Santa
Catarina.
Coube à presidente da Asso-
ciação Catarinense dos Centros de
Formação de Condutores (ACFC),
Yonara Ribeiro, dar a notícia de que,
desde às 8h30min do dia 25, o Detran Decisão do Executivo e do Ministério Público, firmada através de TAC, monopoliza debate em reunião promovida pela Comissão de Segurança
havia liberado o sistema para todos
os CFCs, inclusive para aqueles que autorizados a prestar serviços por
foram fechados por decisão judicial. decisão judicial não poderiam voltar
Yonara se posicionou favoravelmente a funcionar. “É uma vergonha, esse DETRAN APOSTA NA FISCALIZAÇÃO
ao Termo de Ajustamento de Condu- TAC vai ocasionar novas demandas
ta, bem como à realização de licitação judiciais”, declarou o presidente da O presidente do Detran, Van- no seio dos CFCs traz insegurança O líder do governo em exercício,
para a escolha definitiva dos CFCs Autesc. Ele também sugeriu que o derlei Rosso, esclareceu que todos jurídica. Ele lembrou que as empre- deputado Jean Kuhlmann (DEM),
no estado. edital discipline o tamanho e o nú- os CFCs do estado estão aptos a sas que obtiveram autorização ju- declarou que o Executivo vai ga-
Ela, contudo, lembrou a necessi- mero das salas de aula, o posiciona- funcionar, sem qualquer restrição. dicial precária para abrir as portas rantir uma licitação justa, de modo
dade de todos os CFCs trabalharem mento da recepção, além de banheiros Rosso afirmou que esta foi uma estão amargando prejuízos com a que cada município possa ter uma
em igualdade de condições e de para ambos os sexos. decisão de governo, rápida e ágil, cassação das liminares. autoescola. Também participaram
participarem do processo licitatório O presidente do Sindicato dos como a matéria exigia. Ele garantiu O deputado Aldo Schneider da audiência pública os deputados
também em igualdade de condições. Centros de Formação dos Condutores que todos os CFCs têm condições (PMDB) enalteceu o trabalho Neodi Saretta (PT), José Nei Ascari
O presidente da Associação dos de SC, Murilo dos Santos, também de funcionar adequadamente, sem dos deputados Sargento Soares e (DEM), Kennedy Nunes (PP), Reno
Centros de Formação de Condutores chamou a atenção para a judicializa- prejuízo da qualidade, pois “são Maurício Eskudlark (PSDB) junto Caramori (PP), Moacir Sopelsa
(Autesc), José Altamir Ribas da ção da matéria, pois no entendimento muito bem fiscalizados”. ao governo e ao Ministério Público, (PMDB), Dóia Guglielmi (PSDB),
Costa, se posicionou favoravelmente do sindicato aqueles CFCs que ob- O deputado Silvio Dreveck (PP) na busca de um consenso que cul- José Milton Scheffer (PP) e Manoel
ao processo licitatório, mas con- tiveram liminares que depois foram ponderou que a polêmica instalada minou com a assinatura do TAC. Mota (PMDB).
trariamente ao TAC, por entender cassadas pela Justiça não poderiam
que aqueles CFCs que agora estão voltar a funcionar.

CCJ VAI DEBATER DEFENSORIA PÚBLICA FINANÇAS AUTORIZA CRÉDITO PARA


Os membros da Comissão de
Constituição e Justiça (CCJ), presi-
De acordo com o autor do reque-
rimento que solicitou a audiência,
estados”, disse.
O relator do projeto de iniciativa
CATÁSTROFES CLIMÁTICAS
dida pelo deputado Romildo Titon deputado Dirceu Dresch ( PT ), popular que prevê a instalação da Em reunião presidida pelo de- da dívida, ficando os juros e TJLP
(PMDB), aprovaram dia 24 a reali- Santa Catarina é o único estado Defensoria Pública, deputado José putado Darci de Matos (DEM) no sob responsabilidade do estado. A
zação de uma audiência pública, do país que não conta com assis- Nei Ascari (DEM), reforçou a impor- dia 25, a Comissão de Finanças proposta prevê 12 meses de carência
ainda sem local e data confirmados, tência jurídica integral e gratuita tância do debate e a necessidade e Tributação teve como destaque e até 36 meses para o pagamento
para discutir a implantação da De- às pessoas que não podem pagar de ouvir todas as partes envolvidas. a aprovação do PL nº 132/2011. De dos recursos.
fensoria Pública no estado. Foram pelos serviços de um advogado “Este é um assunto bastante com- autoria do Executivo, o PL autoriza O relator do projeto, deputado
aprovados ainda dois projetos de privado. “Precisamos aperfeiçoar plexo e polêmico e deve ser encarado a abertura de uma linha de crédito, Aldo Schneider (PMDB), saudou a
origem parlamentar e um de origem o debate, comparando os modelos com muita seriedade pela comissão”, junto à Agência de Fomento do iniciativa, afirmando que ela per-
governamental. de defensoria existentes em outros afirmou. Estado de Santa Catarina (Badesc), mitirá a recuperação de inúmeras
para atendimento emergencial a em- empresas atingidas por catástrofes

MEIO AMBIENTE CRIA SISTEMA DE COLETA DE REMÉDIOS presas atingidas pelas catástrofes
climáticas ocorridas entre janeiro
e fevereiro deste ano.
climáticas, sem grande impacto
financeiro ao Estado. “Cito como
exemplo o município de onde venho,
A Comissão de Turismo e Meio jam vazios ou vencidos. Na reunião, mentos visados, deve ser aprovada Serão disponibilizados um total Mirim Doce, no qual supermerca-
Ambiente, presidida pelo deputado o deputado Altair Guidi (PPS) foi pelos benefícios ambientais que de R$ 3 milhões divididos em duas dos, padarias e farmácias ficaram
Neodi Saretta (PT), aprovou dia eleito vice-presidente do colegiado, trará. “Entendemos que irá gerar modalidades de R$ 1,5 milhão totalmente destruídos. Sem a ajuda
25 o PL nº 71/2009, de autoria do em substituição ao deputado Re- custos adicionais a farmácias e cada: Capital de Giro Empresarial do Estado, essas empresas não
deputado Darci de Matos (DEM). A nato Hinnig (PMDB), que assumiu agropecuárias, mas, pelo seu mérito, e Reposição de Máquinas e Equi- terão como se reerguer. E isto será
proposta, que segue para votação em a Secretaria de Desenvolvimento acredito que seja necessário”, disse. pamentos, Construção e Reforma. possível sem onerar o Estado, que
Plenário, obriga estabelecimentos, Regional da Grande Florianópolis. Foi aprovada ainda a realização de As empresas que optarem pelo recuperará os recursos investidos,
como farmácias e agropecuárias, Relator do PL, o deputado Jorge uma audiência pública, dia 31, para financiamento, cujo valor máximo é abrindo mão apenas da cobrança
a manter um sistema de coleta dos Teixeira (DEM) afirmou que a maté- discutir os entraves para o avanço de R$ 250 mil, pagarão valores cor- dos juros”, disse. A proposta segue
frascos de medicamentos que este- ria, ainda que onere os estabeleci- da agricultura orgânica no estado. respondentes apenas à amortização agora para votação em Plenário.
PLENÁRIO AL Notícias. Santa Catarina, 26 de MAIO de 2011 7

COMEÇA A TRAMITAR MP DO PISO DO MAGISTÉRIO


Comissão de Constituição e Justiça vai apreciar admissibilidade da medida provisória na próxima semana

FOTOS FÁBIO QUEIROZ


Com faixas, manifestantes cobram que Executivo respeite a progressão na carreira do magistério levando em consideração a formação profissional, do ensino médio à pós-graduação

A Medida Provisória nº 188/11, progressão na carreira do ensino médio ram a MP prevendo reajuste apenas que a Constituição do Estado veda o pagamento do piso aos professores”.
instituindo o piso nacional do magis- à pós-graduação. A admissibilidade da para os professores em início de car- “a edição de medida provisória sobre Já o deputado Joares Ponticelli
tério para os professores de R$ 1.187, MP deve ser analisada na Comissão de reira. A medida, conforme a deputada matéria que não possa ser objeto de (PP) ofereceu apoio ao líder do governo
dominou os pronunciamentos nas Constituição e Justiça (CCJ) na pró- Ana Paula Lima (PT), “extinguirá o lei delegada”. O parlamentar explicou para encontrar uma alternativa de
sessões ordinárias desta semana. A xima semana. A MP recebeu severas plano de carreira do magistério es- que este tipo de matéria é reservada à satisfazer a decisão do STF, que
proposta, que cumpre determinação críticas de vários deputados. tadual”. lei complementar. O mesmo entendi- estabeleceu em R$ 1.187,00 o piso
do Supremo Tribunal Federal (STF), Na condição de líder interino do O deputado Sargento Soares mento tem a deputada Angela Albino nacional para o magistério.
foi assinada dia 23 pelo governador governo, o deputado Jean Kuhlmann (PDT) classificou-a de “ruim”, uma vez (PCdoB), que defendeu a fixação dos Na sessão do dia 24, a professora
em exercício, Eduardo Pinho Moreira (DEM) colocou-se à disposição para que “achatou os salários do magisté- salários do magistério através de um Alvete Pasin Bedin, coordenadora
(PMDB). intermediar as negociações entre rio” e desconsiderou “a progressão projeto de lei complementar. estadual do Sinte, informou aos depu-
A MP tinha também o objetivo o governo e os professores, com a na carreira e toda uma história de O deputado Dirceu Dresch (PT), tados que “é impossível” a categoria
de acabar com a greve da categoria, participação dos parlamentares. “O conquistas de mais de três décadas”. por sua vez, declarou que a MP “não voltar ao trabalho, dado que 90% das
mas foi recusada pelo Sindicato dos Executivo vai estabelecer o diálogo, O aspecto legal da matéria pode ser votada como está”. Para o de- escolas estão paralisadas e que mais
Trabalhadores em Educação de Santa pois é preciso cumprir a lei.” foi destacado pelo deputado Padre putado Jailson Lima (PT), “o papel da de 80% dos professores aderiram ao
Catarina (Sinte) por não acompanhar a Os deputados de oposição critica- Pedro Baldissera (PT), lembrando Assembleia é buscar uma saída para movimento.

PROFESSORES PEDEM INTERVENÇÃO DOS DEPUTADOS NA NEGOCIAÇÃO COM O EXECUTIVO SAIBA MAIS

Diante do impasse salarial, a que a classe permanecerá em greve e que a base do governo mostre seu Uma MP tem efeito imediato e depois no Plenário. Em seguida,
professora Vanda Pinedo, integrante até o governo negociar com o Sinte a interesse em prol da sociedade”, a partir de sua publicação pelo vai à comissão de mérito, que
do Comando de Greve da Regional implantação do piso conforme prevê ressaltou. Vanda destacou que a Executivo e durante o período de deve avaliar conteúdo e apreciar
de São José, pediu, dia 25, a inter- a lei. “Reivindicamos nosso direito. Educação não pode mais esperar. 60 dias, prorrogável por até mais emendas, elaborando um projeto
ferência dos parlamentares na ne- Queremos o apoio dos senhores “Estamos em situação emergen- 60 dias. Para ser transformada em de conversão em lei. Caso não
gociação. Na tribuna, Vanda falou para que no momento da votação cial, tanto os professores quanto lei, a MP passa pela apreciação haja mudança no texto original,
em nome da categoria informando se posicionem a favor da educação os alunos”, observou. de sua admissibilidade, na CCJ o projeto é remetido a Plenário.

CIRO ROZA TOMA POSSE NO LUGAR DE ADA FARACO DE LUCA GERAÇÃO DE RECURSOS

Natural de Blumenau, no Vale No discurso de posse, o parla- Aprovado dia 25 o Projeto


de Itajaí, o deputado Ciro Roza mentar relembrou sua passagem de Lei 162/11, do Executivo, que
(DEM), quinto suplente da coligação pela Casa como deputado em duas autoriza o governo do Estado a
liderada pela tríplice aliança, tomou legislaturas, sendo eleito nos pleitos constituir empresa destinada
posse dia 24 no Legislativo estadual, de 1994 e 1998. Em seu manifesto, à geração de recursos para
preenchendo a vaga deixada pela de- Ciro falou sobre sua satisfação de alocação em investimentos
putada Ada Faraco de Luca (PMDB), estar retornando ao Legislativo e, públicos. A proposta estabelece
licenciada para assumir a Secretaria principalmente, poder exercer a que a administração social da
de Estado de Justiça e Cidadania. democracia junto aos demais depu- Santa Catarina Participação
Agora a região volta a ter 10 represen- tados. “Vamos contribuir para am- e Investimentos S.A. - Invesc
tantes no Parlamento, o mesmo nú- pliação do diálogo com a sociedade será exercida por um Conselho
mero alcançado em outubro de 2010. em todos os níveis de interlocuções. de Administração composto
“Estamos aqui integrados com os Vou adotar aqui os mesmos princí- por cinco membros, entre os
mais diferentes segmentos sociais, pios que adotei enquanto prefeito de quais o Secretário de Estado
em discussões para representar a Brusque, de que nossas ações devem da Fazenda.
voz do povo e defender o interesse estar sempre voltadas ao bem-estar
Ciro Roza é quinto suplente da tríplice aliança a assumir cadeira no Parlamento dos catarinenses”, ressaltou. social”, informou o parlamentar.
“A ADOÇÃO É UM ATO
ESPONTÂNEO E NATURAL.
O CORAÇÃO, BATE MAIS FORTE,
OS OLHOS BRILHAM.”
(FÁBIO, PAI ADOTIVO DE TRÊS IRMÃS)

Amor incondicional é aquele que desconhece o tempo e qualquer


outro limite que possa existir. A adoção tardia e de irmãos é uma
prova disso. Crianças que já tiveram uma história e dividiram
momentos difíceis da vida merecem um final feliz. E você pode
fazer como o Fábio e a Mariah: virar uma página e escrever
um novo capítulo para quem precisa de muito amor.

Para saber mais, acesse www.portaladocao.com.br


Estado de Santa Catarina
Tribunal de Justiça

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