16/02 Terceiro encontro
A perspectiva econômica do empreendedorismo
Estudaremos, a partir de hoje, a
primeira perspectiva de estudo que
aborda o empreendedorismo.
Apesar de nem sempre estabelecer
esta relação de forma direta, a
economia vincula as ações
empreendedoras à INOVAÇÃO.
No livro ““Ensaio sobre a Natureza do
Comércio em Geral” (1755), Richard
Cantillon associa o empreendedor a
oportunidades de lucro não
exploradas e ao risco inerente a sua
exploração. Atribui ainda ao
empreendedor a responsabilidade
por promover as mudanças na
economia, por serem capazes de
assumir os riscos necessários.
Foi Joseph Schumpeter quem
primeiro procurou mesclar o
estudo da psicologia, da
sociologia e da História com
a economia.
“O empreendedor não é
movido só pelo desejo de
ficar rico, mas pelo sonho e
pelo desejo de fundar um
reino privado”, afirmava.
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Apesar de Adam Smith não distinguir em sua
obra os capitalistas dos administradores e dos
empreendedores, Jean Baptiste Say produziu
uma analise mais detalhada do papel do
empreendedor na economia, atribuindo-lhe o
papel de mediador de recursos, pois os
mobiliza entre as classes , conquistando com
isto um produto final lucrativo.
O pensamento neoclássico da economia,
que surgiu no final do século dezenove,
abordava a economia como a ciência da
escassez e procurava estudar as relações de
equilíbrio e flutuação entre oferta e Jean Baptiste Say foi o
demanda. Entre os fatores econômicos economista que primeiro
importantes, o gosto dos consumidores definiu a importância do
passou a ser também considerado. empreendedor para a
economia.
Os estudiosos neoclássicos mantiveram a
crença no Estado Liberal até a crise de 1929,
quando Keynes ressaltou a importância da
intervenção estatal na economia. Nesta
mesma época, Marshall indica o
empreendedor como o indivíduo que se
aventura e assume os riscos, dominando
capital e trabalho em favor de seu
empreendimento.
Para muitos historiadores, a importância
fundamental dos estudos de Joseph
Schumpeter, nos anos 50, residiu em sua visão
multidimensional do papel do empreendedor
No século XVIII, Adam Smith
na economia. Para ele, o empreendedor é
defendeu o Estado Liberal, livre
responsável por uma “destruição criativa”, da intervenção do governo na
onde rompe com a visão tradicional que se economia.
tem dos fatores que interferem no mercado,
criando uma nova lógica que o favoreça.
Em seu livro Capitalismo, Socialismo e
Democracia (1942), ele declara que o
empreendedor é a força motriz da economia.
Para ele, os mercados necessitam destes
indivíduos inovadores a fim de conquistarem
a evolução econômica, uma vez que o
capitalismo é uma dinâmica em constante
transformação. Em sua obra, enumera cinco
fontes de inovação sobre as quais atuam os
empreendedores:
1) A introdução de um novo bem.
2) A introdução de um novo método de
produção ou comercialização de ativos.
3) A abertura de novos mercados. No século XX,após a crise de 1929,
4) A conquista de uma nova fonte de John Maynard Keynes aponta a
matérias primas. intervenção estatal como
5) A criação de um novo monopólio. necessária ao equilíbrio da
economia .
Encontros de Novos Negócios, FBV – Profª Patrícia Oliveira - Primeiro semestre de 2011
Atividade do terceiro encontro
Aluno(a)__________________________________________________________________________________

Como vimos, a principal característica dos empreendedores sob o ponto de vista da

economia é a capacidade de inovar.

Sobre este assunto, o economista de maior influencia foi Joseph Schumpeter,

conhecido autor da expressão “destruição criativa”.

Pesquise melhor sobre esta expressão e relate nas linhas abaixo, o que Schumpeter quis
dizer com isso.

Lembre-se de sempre preencher a atividade à mão, usando uma caneta. Lembro a

vocês que as atividades só pontuam quando entregues na aula seguinte.

0,25
pontos
23/02 Quarto encontro
Uma pausa para a prática...

Hoje vamos dar uma pausa em nossa teoria para “costurar os conteúdos vistos em
torno do nosso Projeto PPI.
A primeira atividade demandada exige uma reflexão maior acerca de alguns
conceitos vistos e trabalhados nas aulas anteriores, senão vejamos:

- Inovação: Acompanhe o vídeo com entrevista sobre inovação exibido em sala.

Observe como este conceito é abordado pelos entrevistados. Vamos, em sala,
estabelecer um debate sobre esta abordagem em comparação com os conceitos
de inovação trazidos nas atividades solicitadas na aula anterior. Este será o
momento para decidirmos qual será o negócio da empresa do PPI.

- Riscos: Quando pesquisamos sobre empreendedorismo e empreendedores, a

palavra risco aparece em muitos momentos como uma característica pessoal
necessária ao empreendedor de sucesso. No entanto, muitos pesquisadores
chamam a atenção para o fato de que ao assumir riscos, o empreendedor não é
necessariamente um aventureiro ou um inconseqüente. Na verdade, os
empreendedores assumem riscos com os quais julgam ser possível lidar. Isto se deve
às pesquisas, à experiência e à visão que tem do mercado. Então podemos dizer
que o empreendedor tem coragem para assumir os riscos calculados. Sob esta
perspectiva, consideramos a importância das pesquisas de mercado e retornamos
à importância do planejamento na construção de um novo negócio.

-Planejamento: Conforme foi mencionado anteriormente, o planejamento é a base

da administração e não por acaso é mencionado como a primeira função
administrativa. Então, quais seriam os elementos-chave para a construção de um
bom planejamento? Primeiro deve-se identificar o mercado e os recursos-chave
necessários para a criação de uma nova empresa. Qual acesso teremos a estes
recursos? Quanto sabemos sobre este mercado?
" Teoria
é bom , mas
não impede as - Tendências: Muitos são os futurólogos que dedicam sua vida a pesquisar as
coisas de tendências que dominarão os anos vindouros. Entre eles podemos citar Alvin Toffler,
autor de famosos livros como o “Choque do Futuro” e “A terceira onda”. Na
acontecerem. “ verdade estes profissionais não são videntes ou paranormais. Eles analisam as
Charcot mudanças da sociedade, da tecnologia, da economia e de muitos fatores que
fazem parte da construção de nossa realidade, extrapolando-os para o futuro.
John Naisbitt, dentro desta mesma atividade, publicou o livro Megatrends, ou
Megatendencias, em português, onde elenca o que considera as dez maiores
transformações que ocorreram nos últimos tempos.
Os empreendedores devem buscar este tipo de informação para conhecer e
avaliar as variáveis com as quais devem lidar nos próximos anos, antecipando-se
aos acontecimentos.

- Vantagem Competitiva: Conceito atribuído a uma capacidade ou habilidade de

realizar alguma coisa de maneira distinta e inimitável. Imagine como os jogadores
de futebol diferenciam-se pelos seus talentos e habilidades. Comparar dois grandes
jogadores de times distintos, que atuem na mesma posição em campo, pode dar-
nos uma idéia prática do significado deste conceito. Encontraremos em um, as
habilidades que o outro não possui, e vice-versa. Ambos destacam-se em campo,
mas de maneiras diferentes.
A empresa do PPI deve buscar construir esta vantagem de maneira real. Não basta
anunciar “profissionais altamente qualificados” se sabemos que a empresa sequer
contratou o primeiro funcionário.
As fontes reais de vantagem competitiva residem em outros aspectos que
transcendem aos enumerados em um anúncio publicitário.

Página 8 Encontros de Novos Negócios, FBV – Profª Patrícia Oliveira - Primeiro semestre de 2011
 I

P
pi
Primeira Atividade Supervisionada
Alunos(as):

Esta é a primeira atividade para entrega, do PPI.

Defina neste espaço:
• Quais as oportunidades identificadas no
ambiente (contexto social, econômico,
ambiental, político etc...)
• Como vocês pretendem responder a esta
oportunidade?
• Como vocês identificam a inovação em sua
idéia?
• Que as vantagens competitivas pretendem
explorar na empresa criada?

Nome da Empresa:__________________________________________________________________

Esta será a capa de entrega do material, que desta vez poderá ser digitado.
Data limite para entrega: 16/03/2011