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Área de Projecto 12º ano Vida, Saúde e Ambiente

Reflexão Semanal de 16 a 22 de Maio

O final do Período está cada vez mais próximo, mas nem por isso o grupo “Um Outro
Olhar” pára ou abranda o seu ritmo de trabalho. Desta forma, esta semana, tal como as
anteriores foi bastante completa e trabalhosa, tendo-nos dedicado essencialmente à
preparação do nosso relatório de finalização.

Assim sendo, como foi referido na planificação desta semana, a Daniela dedicou-se à
preparação dos temas “Introdução” e “Conclusão”; a Débora debruçou-se sobre os temas
“1ºPeríodo”, “Calendarização” e “Fundos”; a Joana Sousa encarregou-se do “2ºPeríodo”; a
Joana Pinho empenhou-se no “Produto Final” e nos “Inquéritos da Actividade Ver para Crer”;
e o Ricardo responsabilizou-se pelos temas “Publicação dos Inquéritos” e “Cartaz de
exposição do projecto”, tudo isto para o relatório de finalização.

Todos trabalhamos e demos o nosso melhor para tentar concluir os pontos acima
referidos, no entanto, não foi fácil, uma vez que tivemos teste intermédio de português,
quarta-feira, e graças a isso tivemos de conciliar o nosso tempo com ambas as disciplinas.
Ainda assim, conseguimos ter grande parte dos temas a colocar no relatório prontos para aula
de área de projecto de sexta-feira.

Quarta-feira, dia 18 de Maio, foi um dia de muito nervosismo para nós, pois como já
foi anteriormente referido, tivemos “teste intermédio de português”, um novo conceito que
os professores de Português, de 12ºAno da nossa escola, decidiram adoptar, mas isso não
impediu a ocorrência da nossa habitual reunião semanal. Pelo que, ao longo desta,
conversámos e clarificamos melhor as ideias relativas a certos pontos a colocar no Relatório. E
concluímos ainda os últimos preparativos para as filmagens “O dia de um cego na Maia”.

Ainda na quarta-feira, o grupo “Um Outro Olhar” teve o enorme prazer de ver o seu
estudo, sobre a visão dos alunos da nossa escola, publicado no Portal Digital. Este foi para nós
um momento de grande orgulho, que originou em todos nós um sentimento de auto-
realização e de missão cumprida.

No início da aula de área de projecto desta semana, a Professora Ana Maria Meireles
deu algumas indicações e orientações para todos os grupos terem em consideração, no
momento da realização do relatório. Esta ajuda foi muito importante, pois ficamos com uma
visão mais clara sobre temas como “Conclusão” e “Contributo Pessoal”. Após este momento

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inicial, o grupo pôs mãos à obra e passou à divisão dos temas para a oralidade. Desta forma,
achamos melhor cada um de nós se encarregar dos mesmos temas que ficou para o relatório,
mas com uma diferença, teria de os adaptar à apresentação oral.

Com a divisão de tarefas para a oralidade feita, procedemos à leitura e revisão dos
pontos já concluídos para o relatório. Todos os elementos do grupo manifestaram as suas
opiniões e sugestões, tendo feito pequenas alterações nos textos apresentados. Também
nesta aula, decidimos fazer uma reunião na próxima segunda-feira, dia 23 de Maio, com o
objectivo de reunir todos os documentos e tentar, assim, concluir o relatório de finalização e
adiantar a preparação da nossa apresentação oral.

Com o fim deste momento de trabalho, terminava não só o primeiro bloco da aula,
mas também o nosso dia na escola. Assim, quando terminou a primeira aula da disciplina,
seguimos em direcção à Maia, para o nosso último dia de filmagens.

Mas as filmagens na Maia foram tudo menos fáceis, visto que nos apercebemos de
que esta tarefa ia ser muito mais complicada e possuía muitos mais obstáculos do que aqueles
que consideramos inicialmente. Desta forma, apenas conseguimos filmar dois elementos do
grupo, a Débora e o Ricardo.

A Débora tinha como objectivo passar uma passadeira e verificar se alguém a ajudava
a fazê-lo. Quando iniciou o seu percurso enquanto “cega” teve uma estranha sensação, dentro
de si, que não soube bem explicar e disse-nos “senti-me observada por toda a gente, exposta
de uma forma que não é normal”. Custou-me bastante fazê-lo e mal consegui controlar o meu
nervosismo, mas quando um senhor me ajudou a passar a passadeira senti-me feliz, pois sei
que ainda existem pessoas boas, que estão dispostas a ajudar os outros”.

Já o objectivo do Ricardo era averiguar se alguém o ajudava a tirar o andante no


“Metro”. Este inicialmente sentiu-se bloqueado, pois era contra os seus valores fingir ser uma
coisa que não é, ainda por cima fingir que tinha uma deficiência visual grave, como a
cegueira… O Ricardo disse-nos, então, “parecia que estava a brincar com as outras pessoas, e
com os seus sentimentos, mas eu sabia que estava a contribuir para a sensibilização e
também para a divulgação desta temática, o que é muito importante para a nossa sociedade”.

Apesar de só estes dois elementos terem sido filmados, a Joana Pinho também
encarnou o papel de “cega”, igualmente com o objectivo de ser filmada, mas não o
conseguimos fazer, pois a polícia encontrava-se no local pretendido e tivemos receio de
causar problemas. Ainda assim, a Joana deixou-nos um pequeno testemunho daquilo que

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sentiu: “Foi complicado, senti que as pessoas nos olham de forma diferente, ficam fixamente
a olhar. Senti-me como se fosse diferente deles só pela forma estranha como me olharam”.

Uma vez começado o papel de cegos, tivemos de o cumprir até ao fim para ninguém
desconfiar de nós e não levarem a mal esta situação, o que foi um pouco difícil para nós, mas
conseguimos fazê-lo.

No decorrer das filmagens, os restantes elementos, ainda que à “distância” também


viram e puderam sentir a diferença na forma como a Débora, a Joana Pinho e o Ricardo foram
vistos, a partir do momento em que tinham óculos escuros e uma bengala. E ainda que isso
nos tenha trazido a boa sensação de ver que algumas pessoas os quiseram ajudar, também
nos custou ver que ao longo do caminho, eram muitas vezes olhados com outros olhos.

Tal como já foi anteriormente referido, infelizmente não conseguimos concluir as


filmagens destinadas a este dia, pelo que estamos a pensar continuar e concluir as mesmas no
Porto, quando formos ao NAID devolver a bengala que o Dr. Rui Teles nos emprestou. No
entanto, ainda vamos falar melhor sobre o assunto e ponderar qual o dia mais adequado para
o efeito.

Ainda que esta tenha sido uma semana complicada e bastante cansativa, foi também
gratificante para todos nós, pois conseguimos adiantar o nosso relatório de finalização, e
principalmente, porque descobrimos, e alguns de nós sentiram na sua pele, o que é ser uma
pessoa cega, e qual o sentimento de “solidão” que nos invade.

Em suma, achamos que esta semana, tal como todas aquelas por que já passamos em
paralelo com o nosso projecto, foi uma semana de auto-descoberta, em que todos
aprendemos um pouco mais sobre nós.

O grupo, “Um Outro Olhar”

“Um Outro Olhar”

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