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Área de Projecto 12º ano Vida, Saúde e Ambiente

Produto Final

Assim como estava definido desde o início da planificação do nosso projecto, o nosso
produto final consiste num documentário sob a forma de vídeo, no qual tentaremos mostrar
as dificuldades pelas quais as pessoas com deficiências visuais enfrentam, e também a sua
grande força e coragem que lhes permite ultrapassar todos os obstáculos impostos pela nossa
sociedade. Para além disto, divulgaremos alguns dos recursos disponíveis para as pessoas que
vivem nesta situação.

Mais concretamente, o nosso vídeo-documentário será constituído por três partes


principais:

- a Entrevista à Professora Dores Cunha, pessoa cega que nos dará a conhecer um
pouco melhor como é a vida para alguém com esta diferença;

- os recursos oferecidos pelo Núcleo de Apoio à Inclusão Digital para que as pessoas
com deficiências visuais possam viver sem muitas das barreiras que enfrentariam no contacto
com a sociedade e com o que as rodeia;

- uma pequena teatralização realizada pelos elementos do grupo , cujo objectivo é


testar a forma como a sociedade reage à presença de um cego.

Para que nada ficasse por fazer, rapidamente tivemos de iniciar as filmagens. E
começamos então pela visita ao Núcleo de Apoio à Inclusão Digital (NAID) da Escola Superior
de Educação do Instituto Politécnico do Porto.

Desta forma, com base numa proposta elaborada pelo elemento do grupo, Ricardo
Faria, escrevemos um guião orientador das nossas filmagens.

O NAID é um centro que pretende incluir todas as pessoas na nossa sociedade


independentemente de possuírem qualquer tipo de deficiência. Neste sentido, possuem
diversos recursos que ajudam as pessoas cegas a fazer todas as acções que as pessoas normo-
visuais fazem no seu dia-a-dia, sem, qualquer problema.

Com o objectivo de dar a conhecer alguns destes recursos e mostrar que existem
instituições que apoiam e tentam tornar um pouco melhor o dia-a-dia das pessoas com
deficiências visuais, no dia 9 de Maio o grupo “Um Outro Olhar” foi ao encontro do Dr. Rui
Teles, coordenador do NAID para iniciar as filmagens.

Como sempre, o Dr. Rui foi de uma extrema simpatia para connosco, aceitando
prontamente o nosso pedido para participar no nosso documentário. Desta forma, mostrou-
se disponível para nos mostrar a causa que o NAID defende, e também as tecnologias e
instrumentos que possui a pensar nas pessoas que têm deficiências. A naturalidade com que o
nos recebeu fez com que nos sentíssemos em casa e essa é uma das grandes mais-valias do
NAID, pois só demonstra que as suas instalações estão abertas a todos aqueles que precisam
e todos são bem-vindos.

“Um Outro Olhar”


Área de Projecto 12º ano Vida, Saúde e Ambiente

Após esta visita, comprovamos que o contributo do NAID e do seu coordenador, o Dr.
Rui Teles foram, para nós, por todos estes aspectos, passos muito importantes e decisivos na
realização do nosso produto final e por isso queremos agradecer todo o seu contributo. Para
fazer jus a este apoio garantimos que faremos tudo para dar a conhecer este lado
indispensável do nosso tema da melhor forma possível.

Assim, uma das três partes essenciais do nosso vídeo estava concluída.

Com o chegar do dia 13 de Maio, aproximava-se mais uma etapa das filmagens que
estamos a realizar para o nosso vídeo-documentário, a entrevista à Dra. Dores Cunha.

Mais uma vez, com uma grande simpatia, a Professora Dores aceitou a nossa proposta
e para que pudéssemos apresentar o nosso produto final dentro do prazo previsto, procurou
ajudar-nos, convidando-nos para uma visita a sua casa, onde poderíamos gravar uma
entrevista semelhante àquela que realizamos no 2ºPeríodo e que tanto contribuiu para o
nosso projecto.

Elaboramos, assim, o guião com base na proposta da Débora Pereira, que nos fez a
sugestão de manter o formato da entrevista anterior, visto que este estava muito bom. Assim,
acabámos apenas por fazer alguns acertos e acrescentar algumas questões.

Com o guião preparado, poderíamos começar a entrevista.

A nossa recepção foi muito familiar e acolhedora, o que desde logo nos deixou muito à
vontade. Ao longo da entrevista a Professora Dores demonstrou sempre uma imensa
disponibilidade e satisfação. Conversou connosco, partilhando momentos da sua vida e a sua
forma de ver o mundo, tal como o fizera anteriormente. No entanto, conseguiu surpreender-
nos, superando assim as nossas expectativas.

Apesar do tempo de que dispomos para o vídeo que iremos elaborar ser limitado, à
medida que a Professora Dores ia respondendo, iam surgindo continuamente novas e
interessantes questões, tornando-se impossível cumprir o número de questões inicialmente
estipuladas.

No final da entrevista a Professora Dores proporcionou-nos ainda a oportunidade de


conhecer o seu marido que também é cego e, ainda, a sua empregada e também amiga de
longa data.

O seu marido também nos recebeu com muita simpatia e acompanhado pela
Professora Dores mostrou-nos alguns dos instrumentos e tecnologias que ambos possuem.
Estes permitem-lhes estabelecer contacto com a sociedade, com os seus familiares e amigos.
Graças a estas tecnologias, a Professora Dores, também pode estar sempre em contacto com
uma das suas grandes paixões, a leitura.

Em suma, o contributo da Professora Dores Cunha e do Dr. Rui Teles foi mais uma vez
indispensável, e o facto de o podermos transmitir à comunidade escolar deixa-nos muitíssimo
satisfeitos com tudo o que nosso projecto nos continua a proporcionar.

Assim, mais uma etapa estava concluída.

“Um Outro Olhar”


Área de Projecto 12º ano Vida, Saúde e Ambiente

Restava agora, a última das três partes essenciais do nosso vídeo, a teatralização na
cidade da Maia. Esta tinha como objectivo mostrar a forma como a sociedade reage a uma
pessoa cega, se a ajuda ou se a rejeita, se a olha de uma forma diferente, ou seja, se a vê com
um outro olhar.

Mas, infelizmente, as filmagens na Maia foram tudo menos fáceis, visto que nos
apercebemos de que esta tarefa ia ser muito mais complicada e possuía muitos mais
obstáculos do que aqueles que consideramos inicialmente. Desta forma, apenas conseguimos
filmar dois elementos do grupo, a Débora e o Ricardo.

A Débora tinha como objectivo atravessar uma passadeira e verificar se alguém a


ajudava a fazê-lo. Quando iniciou o seu percurso enquanto “cega” teve uma estranha
sensação, dentro de si, que não soube bem explicar e disse-nos “senti-me observada por toda
a gente, exposta de uma forma que não é normal. Custou-me bastante fazê-lo e mal consegui
controlar o meu nervosismo, mas quando um senhor me ajudou a passar a passadeira senti-
me feliz, pois sei que ainda existem pessoas boas, que estão dispostas a ajudar os outros”.

Já o objectivo do Ricardo era averiguar se alguém o ajudava a tirar o andante no


“Metro”. Este inicialmente sentiu-se bloqueado, pois era contra os seus valores fingir ser uma
coisa que não é, ainda por cima fingir que tinha uma deficiência visual grave, como a
cegueira… O Ricardo disse-nos, então, “parecia que estava a brincar com as outras pessoas, e
com os seus sentimentos, mas eu sabia que estava a contribuir para a sensibilização e
também para a divulgação desta temática, o que é algo muito importante para a nossa
sociedade”.

Apesar de só estes dois elementos terem sido filmados, a Joana Pinho também
encarnou o papel de “cega”, igualmente com o objectivo de ser filmada, mas não o
conseguimos fazer, pois a polícia encontrava-se no local pretendido e tivemos receio de
causar problemas. Ainda assim, a Joana deixou-nos um pequeno testemunho daquilo que
sentiu: “Foi complicado, senti que as pessoas nos olham de forma diferente, ficam fixamente
a olhar. Senti-me como se fosse diferente deles só pela forma estranha como me olharam”.

Uma vez começado o papel de cegos, tivemos de o cumprir até ao fim para ninguém
desconfiar de nós e não levarem a mal esta situação, o que foi um pouco difícil para nós, mas
conseguimos fazê-lo.

Tal como já foi anteriormente referido, infelizmente não conseguimos concluir as


filmagens destinadas a este dia, pelo que estamos a pensar continuar e concluir as mesmas no
Porto, quando formos ao NAID devolver a bengala que o Dr. Rui Teles nos emprestou.

Mesmo faltando esta pequena parte do nosso vídeo, a grande parte das filmagens
estão concluídas. Agora estamos numa das partes mais difíceis, a edição de vídeo… Uma
tarefa árdua, mas que certamente não nos vai conseguir vencer. Nós iremos vencer os
obstáculos e, concluir o nosso vídeo! Pois não poderemos deixar de passar a grande
mensagem que este projecto passou para todos nós ao longo de todo o ano lectivo.

Ter uma pequena diferença não significa ser menos que os outros, apenas diferentes.
Como todos nós o somos…

“Um Outro Olhar”

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