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APOSTILA

DE GUERRA
ESPIRITUAL,
ORAÇÃO

IGREJA BATISTA NACIONAL ELSHADAI


Pastor Antônio Eustáquio Frade
ÍNDICE
Conhecendo nosso maior inimigo -----------------------------------------------------------------------------------------------------03
• Que seres são estes chamados demônios? ------------------------------------------------------------------------------------04
• Possessão Demoníaca -----------------------------------------------------------------------------------------------------------05
• Kardecismo -----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------12
• O Espiritismo ---------------------------------------------------------------------------------------------------------------------18
Os três campos de Batalha --------------------------------------------------------------------------------------------------------------28
Guerra espiritual -------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------46 Escola de Oração
------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------51
• Poder da Intercessão -----------------------------------------------------------------------------------------------------------60
• Qual a necessidade da oração --------------------------------------------------------------------------------------------------82
Batalha espiritual -----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------106

CONHECENDO NOSSO MAIOR INIMIGO


Por Missionário Paulo César Alves

Ezequiel 28.11-15

Seu estado original.


A Bíblia descreve Lúcifer como um anjo, recebendo a unção de “Querubim da Guarda’’ ungido
ocupando um lugar especial de proeminência da guarda do trono de Deus.

2
Quando Deus criou Lúcifer, ele era a consumação da perfeição em sabedoria, angelical.
Inteligência e beleza originais, formosura, era perfeito no sentido de integridade e moralmente
sadio, tinha acesso à presença de Deus. Era chamado de o Filho da Alva, Estrela da Manha,
Cheio de Luz, coberto de pedras preciosas, andava no brilho dessas pedras, que no dia em que
foi criado foram preparadas para ele. Era a mais exaltada das criaturas

Sua queda
A palavra Lúcifer significa “Cheio de Luz”, ele foi assim até que o próprio Deus achou
iniqüidade nele, ou seja, na sua criação ele era perfeito, mas o orgulho foi a razão da sua
queda, ele desejava no seu coração estabelecer o seu trono acima das estrelas. Isaías 14.12-
15.

Seu pecado. Isaías 14.12-20


“Eu subirei acima das estrelas’’. Ele queria ocupar o céu, a morada do próprio Deus” subirei
acima das nuvens “. Ele ambicionava governar todo universo que pertence somente a Deus,
usurpando a Glória de Deus.
Na sua caída, Lúcifer se tornou satanás ou diabo “eu serei como o altíssimo”. Seu desejo era
ser possuidor do céu e da terra.
Em resumo, Lúcifer desejava no seu coração estabelecer um trono acima do trono de Deus.
E o seu lugar ou no mínimo ser igual a Deus.
Satanás não estava só, havia uma legião de anjos que debaixo de seu comando também se
rebelaram contra Deus e com isso foram expulsos dos céus, ou seja, foram lançados por terra.
Após a sua caída, Lúcifer se tornou satanás e os anjos que caíram com ele tornaram-se
demônios.

Sua existência
A palavra revela em sete livros do antigo testamento a existência de satanás e por todos os
autores do novo testamento. O próprio Jesus reconheceu e ensinou a existência do diabo. Lucas
10.18.

Seus nomes
Satanás, diabo, Lúcifer, maligno, serpente, tentador, dragão, deus deste século, príncipe das
trevas, inimigo.

Sua natureza
Ele é uma criatura, um ser espiritual pertencia à Ordem Angelical dos Querubins, era amais
exaltada das criaturas angelicais. Satanás e um ser milenar criado antes da raça humana. Mais
antigo e mais vivido que o homem.

Sua personalidade
Ele e homicida, cruel, mentiroso, mal, provocador, caluniador, enganador, ele e um adversário.

Seus atributos
Ele e valente, agressivo, perseverante, persistente, poderoso, cega o entendimento das
pessoas, tira a palavra de Deus dos corações, opõe-se à palavra de Deus.

Seu exército
Legiões de demônios, principados, potestades malignas, hostes espirituais da maldade.

Seu propósito
Atacar a Cristo, a sua Igreja, deter a sua obra, acusar e difamar o crente, incitar a perseguição
aos crentes, levar o homem ao pecado, matar, roubar e destruir.

Seu alvo
Buscar a quem possa tragar.
Satanás não escolhe idade, cor, sexo, até dentro do ventre ele quer matar.
Ele não brinca, não tira férias, não dorme, não descansa, não come, a todo o momento esta
pronto para um combate mortal.

Seu fim
Seu destino já está traçado por Deus. No dia do juízo final será lançado juntamente com seus
demônios dentro do lago de fogo e enxofre para todo sempre.

3
E o Deus de paz esmagara em breve satanás debaixo de vossos pés. Romanos 16.20a.

QUE SERES SÃO ESTES CHAMADOS DEMÔNIOS?


1- São inimigos de Deus e do homem.
2- Anjos criados por Deus, que se rebelaram contra Ele, contra o criador, seguindo a Lúcifer e
se tornaram anjos decaídos.
3- Na verdade são seres espirituais criados com personalidade e inteligência para servir a
Deus, tendo todo senso de bondade de amor e de ajuda. Este fora perdido, passando a dar
lugar ao ódio, a maldade e a destruição. Judas 1:6
4-A Bíblia relata que após a queda, eles não permaneceram na sua posição ou seu estado
original ou mas abandonaram o seu próprio domicílio.
5- Muitos demônios estão presos. Foram aprisionados em algemas eternas e só serão soltos no
dia do juízo final para serem julgados e lançados no lago de fogo e enxofre. Judas 6
6- Outra grande parte de demônios está solta atualmente com Satanás a rodear a terra
buscando a quem possa tragar.
7- Deus não criou demônios, Deus criou anjos e por causa da sua rebeldia contra Deus, eles se
transformaram em demônios, passando a andar errantes à procura do que fazer.
8- Os demônios são organizados, sempre debaixo das ordens e do comando de seu chefe
Satanás. Trabalham em conjunto para alcançar seus objetivos. Da mesma forma que no céu
existe uma hierarquia, no mundo das trevas também existe, tendo um líder.
9- Os demônios, por não possuírem corpos, podem facilmente se transformar em anjos de luz e
outras demais formas assim como seu líder.
10- Os demônios são espíritos revoltados. Depois de serem ministros, mensageiros de Deus,
após a queda, querem fazer o possível e o impossível para verem as criaturas de Deus
perdidas, principalmente o homem.
11- Movidos pela inveja dos seres humanos que foram criados menores que eles, os demônios
acabaram por tornar invertendo suas posições, ou seja, o homem com Deus tem autoridade
sobre eles.
12- Os demônios por mais que queiram, não podem fazer nada contra Deus, mas podem tocar
nas suas criaturas.
13- Os demônios travam uma feroz batalha contra os homens, desejando aproveitar-se deles
para levá-los à destruição e cumprirem seus intentos malignos, chegando a um ponto de
submissão a esses demônios e total afastamento de Deus. Principalmente aqueles que rejeitam
a Jesus, são presas muito fáceis para os espíritos malignos.
14- Os demônios ou espíritos malignos se manifestam de uma forma que não são a deles, pois
são mentirosos. Eles se manifestam em pessoas ou animais, agindo por territórios.
15- Os demônios podem habitar no corpo dos incrédulos, e, constantemente, o fazem e falam
através das vozes das pessoas. Escravizam e induzem o homem à iniqüidade, à imoralidade e
à destruição. Marcos 5:15, Lucas 4:41.
16 Os demônios podem causar doenças físicas, embora nem todas as doenças e enfermidades
procedam de espíritos malignos.
17- Todas as pessoas que se envolvem com espiritismo, magia negra, umbanda, feitiçarias,
candomblé, ocultismo e outras seitas que envolvem espíritos, estão lidando com demônios que
facilmente os levam à possessão demoníaca. Atos 13:8-10; 19:19; Gálatas 5:20; Apocalipse
9:20e21.
18- Os demônios estão muito ativos principalmente nestes últimos dias, na difusão do
ocultismo, imoralidade, violência, e maldade; atacando a palavra de Deus e sua doutrina.
Mateus 24:24; I Timóteo 4:1.
19- Dentro de vários objetivos, os demônios levam o homem ao engano, a amar o mundo e
seus prazeres pecaminosos, a distorcerem o evangelho e a mensagem da cruz, e a oporem-se
a Cristo e a sua doutrina.

POSSESSÃO DEMONÍACA
O ESPIRITISMO

1) CONCEITO DE ESPIRITISMO

É uma doutrina filosófico-religiosa, baseada na crença da sobrevivência da alma, na existência


de Deus e na comunicabilidade entre os espíritos encarnados e desencarnados. Este vocábulo
deriva de "pneuma".

4
2) Breve Histórico
- Não pode ser considerado como religião cristã;
- Fazem força para que isto seja real;
- Não aceitam Jesus como Deus ou mediador;
- É a falsa religião mais antiga da história;
- A primeira sessão espírita ocorreu no Éden: Eva, serpente, Diabo;
- Três elementos básicos - assistente, médium, guia;
- De filho de Deus a cavalo de Satanás, após o pecado;
- Através de encarnações, encostos e curas atrai os seus;
- A Bíblia apresenta esta prática como necromância ou magias, Levíticos 20:27, percebemos
que constituem uma verdadeira "fábrica de loucos". Entre os doentes mentais, a maioria é
oriunda de centros de macumba, ou já tiveram envolvidas com outras formas de espiritismo.
Para os mais simples querem iniciá-los, para os doutos, querem apresentar respostas para
todas as questões. Porém, o engano e a mentira são partes do seu currículo.
As práticas espíritas são muito antigas como já vimos, destacando-se sobre as formas de
adivinhações, consultas a mortos e a oráculos a deuses. Visam a obtenção de vários benefícios,
de diversas natureza ou mesmo levar alguém a se prejudicar.
Nas épocas antigas era comum o assessoramento de magos e futurólogos, aos governantes.
Estes consultavam astros, prediziam acontecimentos e achavam-se porta-vozes dos deuses.
Do ocultismo antigo e reinante na idade média é que encontramos a raiz do espiritismo
moderno. Sendo que a feitiçaria na sua mais variada forma e designações tem suas origens
nos cultos místicos dos africanos.
Babilônios, persas, hindus, gregos e os cananeus tinham estas práticas, as quais Deus condena
através de sua Palavra e proíbe Israel de praticá-las. Deuteronômio 18:9-11.

3) O Espiritismo Através Dos Séculos


Desde o Éden podemos perceber o diabo tentando se apoderar ou imitar as coisas que são de
Deus. Quando Moisés, orientado por Deus, realizou milagres no Egito, os magos tentaram fazer
o mesmo mas foram envergonhados pelo poder de Deus.
Em Números 22:6, observamos que era prática dos midianitas e povos da terra que seria
habitada por Israel.

3.1 - Entre os Gregos:


- Costume de consultar os oráculos (pessoas que supunham, tinha ligação com os deuses),
buscavam adivinhações.
- Criam na reencarnação, transmigração da alma, esta é divina e imortal, une-se ao corpo pra
expiar alguma culpa original, se não consegue voltaria para reencarnar.
OBS: Os kardecistas e umbandistas, espíritas em geral, ainda mantém este pensamento, que
remonta a 580 a 500 a.C.

3.2 - Entre os Romanos


- Consultavam os mortos, praticavam a feitiçaria e consultavam às Sibilas, lendárias
sacerdotisas, que acreditavam possuírem o poder de predizerem o futuro.
- A "lei das doze tábuas", antiga lei romana, constava pena de morte para quem lançasse
fluidos malignos sobre a seara alheia.
OBS: Comparando o movimento espírita atual, com o antigo, verificamos que a única diferença
é a forma de chamamentos dos espíritos, quanto a natureza diabólica e finalidade as duas se
identificam perfeitamente.
- Os espíritos antigos atribuíam tudo a deuses, já os modernos, a espíritos desencarnados.
- Entre os macumbeiros, esses espíritos são:
Orixás, os caboclos (índios) e os pretos africanos. Já o espiritismo de terreiro tais como
umbanda / quimbanda / candomblé e xangô, invocam todos os deuses ou seja, os "orixás" e
"exus" como também os espíritos dos mortos.

4) A Feitiçaria Na Idade Média


- Foi o apogeu da feitiçaria;
- Uma epidemia de feitiçaria / malefícios / sortilégios / endemoninhados.
- Tudo isto sobre os olhares da Igreja Católica.

5) O Espiritismo Moderno (Espiritismo X Espiritualismo)


Deriva das várias formas de ocultismo, vejamos:
5.1 - Mesmerismo:

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- Em homenagem ao médico alemão, Franz Anton Mesmer, precursor do "espiritismo e
hipnotismo".
- Em 1774, julgou-se ter descoberto um fluido sutil no corpo, capaz de transmitir de um
médium a outro, sem qualquer meio de transmissão, qualquer impressão.
- Ele dizia que os astros eram os responsáveis pelas doenças.
- A doença era devido a irregularidade dos fluidos astrais.
- A cura depende da regulagem dos mesmos.
- E que certas pessoas são capazes de controlar estes fluidos.
- São donos deles e da saúde.
- Podem comunicá-la a outras pessoas direta ou indiretamente.
- Era como um corrente elétrica sobre a parte enferma.
- Ele usava para tocar as pessoas uma vara de metal / depois as mãos (daí começa os passes
espíritas).
- As pessoas tinham que entrar em convulsão, crises, sem as quais não seriam curadas.

5.2 - A Filosofia Mística de Swedemberg


- Era sueco, contemporâneo de Mesmer, era um filósofo místico.
- Declarou ter recebido de Deus o poder para duas coisas:
a) Explicar as Escrituras (semelhante do que pretendeu Allan Kardec)..
b) Comunicar-se com o outro mundo.
- Seus seguidores eram praticantes de mediunidade, acreditavam que comunicavam com os
mortos.
OBS: A Alemanha e a Suécia, foram atacadas violentamente por estas práticas ocultistas na
época.

5.3 - O Espiritismo das Irmãs Fox


- As americanas Magie e Katie.
- Deram início definitivo ao espiritismo moderno, em 1848, atraiam as pessoas para verem os
fenômenos, praticados por elas. Incomodadas por barulhos, provocado pelo suposto espírito de
Charles Rosna, que tinha sido assassinado naquela casa, foi revelado a elas o crime, e depois
encontraram os despojos da vítima na adega.
- Tudo mentira:
- Através do jornal "New Herald" de 24/09/1888, elas procuraram desfazer a crença que tinham
difundido, admitindo que usavam meios fraudulentos, para criarem sons e efeitos.

5.4 - O Espiritismo na Europa e Sua Codificação


- A onda da América espalhou-se para a Europa, começando pela Escócia, em 1852 as
principais cidades estavam infestadas por esta praga. Foram produzidas muitas literaturas a
respeito, favorecendo sua divulgação, chegou na França, onde alcançou em 1856, o seu
expoente maior, o médico Hypolite Leon Denizard du Rivail, católico, declarando ter ordem de
Deus para codificar o espiritismo, sobre o pseudônimo de "Allan Kardec". Entre outras obras,
escreveu:
- "O Evangelho Segundo o Espiritismo";
- "O Livro dos Espíritos".

5.5 - O Espiritismo No Brasil


- Segundo o Padre Oscar G. Quevedo, o Brasil é o líder mundial do espiritismo.
- Segundo fonte "Diário de Notícias do RJ", de 20/05/69:
- No Brasil havia mais de 100 mil terreiros;
- Cinco milhões de freqüentadores;
- O Rio é considerado a capital da umbanda no Brasil;
- Mais de 70% dos católicos brasileiros estão entre os freqüentadores;
- Uma triste estatística, que mostra, os milhões que jazem em trevas tão medonhas;
- Temos que nos esforçarmos para levar estas vidas à verdadeira luz, que é Jesus Cristo.

Que Ele nos abençoe nestes estudos e intentos.

BIBLIOGRAFIA
* Bíblia Sagrada - Scofield -
* Espiritismo a Magia do Engano - R. R. Soares - Graça Editorial/1984.
* Analisando Crenças Espíritas e Umbandistas - Delcir de Souza Lima - Juerp
* Os Deuses da Umbanda - Neusa Itioka

6
* Orixás, Caboclos e Guias - Deuses ou Demônios - Pastor Macedo.

TALISMÃS, SIMPATIAS E ORAÇÕES


Nesta aula iremos abordar estes assuntos, que constituem as maiores mentira, que visam
prender as pessoas, através de práticas absurdas, ilógicas e supersticiosas, que revelam o
caráter demoníaco dos cultos denominados espíritas: iremos estudar costumes umbandistas,
mas que caracterizam todos os demais devido ao sincretismo religioso existente.

1) Talismãs / Amuleto / Encanto / Preservativo:


- São objetos que segundo os supersticiosos, consideram como capazes de guardá-los de:
Desgraças, Feitiçarias e males em geral.
- São inumeráveis, dando à Macumba um caráter supersticioso, variam de acordo com a
finalidade, como veremos:
- Búzios: Pequenas conchas do mar, que são utilizadas pelo chefe de terreiro, em trabalho com
os pretos velhos. (adivinhações)
- Favas grandes marrons: São usadas como talismã para simpatias de cura de enfermidades.
- Sementes de giriquiti: Depois de preparadas pelas moças, são usadas para trazerem sorte no
namoro e noivado.
- Caramujos e conchas do mar: São indicados p/ guias, para confecção de colares, para solução
de vários problemas.
- Estrelas do mar: São consideradas poderosas para proteção em casas, empresas.
- Cavalos marinhos: Ajuda no jogo de cartas/loterias/corrida de cavalos, etc.
- Cruz de caravaca: Tem cinco centímetros, de metal banhado a ouro, de um lado: "Nossa
Senhora da Conceição", do outro Cristo Crucificado, em baixo uma caveira com dois anjos.
Esta, é colocada em uma proteção de pano de seda animal ou de couro, do lado do coração,
sob as roupas, dizem que protege de tudo, desde um mau olhado, até contratos e viagens.
Podemos perceber o caráter egoístico de Satanás, na análise destes amuletos e simpatias, e na
maioria deles as pessoas querem é ganhar e ganhar, sem ao menos se preocupar que para isto
alguém terá que perder.
Portanto observamos o caráter diabólico do jogo, e é por isto que os Cristãos Genuínos não
jogam, e preferem acreditar na provisão de Deus, para suas necessidades.
E se as estrelas do mar, cavalos marinhos, coelhos e ferraduras, dessem sorte, seus corpos não
estariam pregados ou pendurados nos vários locais deste mundo, nem tão pouco o cavalo
puxaria carroça.

2) Rezas e simpatias
Estas em nada diferem da parte que ora acabamos de estudar, pois, o que mais me causa
espanto é tentar imaginar que pessoas de sã consciência, praticam tais rezas e simpatias,
achando que ficarão curadas, até quando...?
- Prometem sucesso, e são infelizes e fracassados, os seus idealizadores.
- Prometem paz, e estão em guerra.
- Prometem riquezas e curas e são doentes e miseráveis.
Exemplo: Para curar cobreiro, rezar assim:
"Toma-se uma faca nova de boa qualidade e de cabo preto, vai-se passando em cruz em cima
da parte afetada, dizendo o seguinte: [Eu te corto, coxo coxão, sapo sapão, cobra cobrão,
lagarto lagartão, e todo bicho de má nação, para que não cresças nem apareças nem dobres o
rabo com a cabeça. Santa Iria três filhas tinha, uma se assava, outra se cozia e outra pela água
ia, perguntou a Nossa Senhora que lhe faria: que lhe cuspisse e assoprasse que sararia (cospe-
se e sopra-se). Padre Nosso, Ave Maria]"
" Sem comentário "
Podemos imaginar Satanás rindo das pessoas que na ignorância praticam tais rezas, nós porém
temos que pedir a Deus misericórdia, para que sejam libertas através de Jesus Cristo.

3) Simpatias
Vamos dar apenas dois exemplos, que dará para traçarmos uma linha bem definida, da imensa
pobreza intelectual, que envolve a grande maioria do nosso povo, que sem questionarem, vão
de boa fé, tentando livrar-se dos seus males que somente Jesus pode livrá-los.
Exemplo: Para curar Epilepsia:
"Toma-se uma rola viva, corta-se-lhe o pescoço e faz-se com que o doente beba imediatamente
o sangue dela."
Para curar Catarata:

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"Para a cura desse mal, deveis lançar mão de um prato ainda sujo com os vestígios dos
alimentos. Virai a parte usada, pondo-a em frente da vista afetada e dizei: [Prato sujo, eu te
seguro; Mau da vista, eu te esconjuro.] Repete-se isto três vezes, fazendo cruzes com a mão
direita."

TUDO MENTIRA DO DIABO, ELE ESTÁ AMARRADO NO NOME DE JESUS CRISTO


- Às vezes é tida com a macumba, propriamente dita, outras vezes como uma forma de
Umbanda, ou às vezes confundida c/ as mais diversas formas de espiritismo.
- Embora muito semelhante a Umbanda, seu culto é distinto.
- É tanta mistura que nem os principais sabem definir as diferenças existentes.
- Na Quimbanda os "Exus" são cultuados, formam um grande exército ao comando de Satanás,
a quem adoram abertamente, principalmente na segunda-feira de carnaval.
- A Satanás são oferecidos trabalhos sangrentos e perversos.
- Para o quimbandista, Satanás é o chefe principal, mas dizem que crêem em Deus e têm São
Miguel Arcanjo como espírito que prestam alta veneração.
- A expressão: "Deus é bom, mas o diabo não é mau", é quimbandista.
- No espiritismo os "Exus" são servidos e adorados, principalmente na Quimbanda, onde é
comum as pessoas beberem sangue, matando galinha c/ os dentes, tomando cachaça
(marafo), queimando pólvora p/ destruir seus inimigos.
- Há os "Exus" protetores dos homossexuais, viciados, ladrões, etc.

DIFERENÇA ENTRE QUIMBANDA E UMBANDA


- A Umbanda prega a prática do "bem", embora provoque também o mal.
- A Quimbanda preocupa-se mais em fazer o mal (atendendo a pedidos).
- A Umbanda desfaz o que a Quimbanda faz (gerando uma corrente).
- Quanto maior o trabalho mais agrada aos Exus.
- Na Umbanda as cores branca e azul são as preferidas, na Quimbanda o preto e o vermelho.
- As flores, velas, perfumes e enfeites predominam nas oferendas umbandistas, já na
Quimbanda a predominância é de sangue.
A umbanda se divide em:
* Sete linhas, agrupamentos de espíritos, que se dividem em sete falanges, que se divide em
sete falanges menores, que se divide em sete grupos, etc.
* Cada linha é chefiada por um "Orixá" (caboclo c/ nome de santos)
* Cada falange é chefiada por um "Ogum" (que fazem o trabalho de demanda)
* Na Quimbanda tem a mesma divisão, sendo que os chefes são "Exus", que são divindades
diabólicas, o mesmo que diabo.

ESPIRITISMO - CANDOMBLÉ

- É muito semelhante a Umbanda e Quimbanda e Macumba em muitos pontos.


- Além do sincretismo existente, os líderes não sabem que rumo seguir.
- É o mesmo espírito operante: "Satanás", através da mãe-de-santo ou babás.
- Alteram-se nomes, rituais e formas, mas a essência é podre e demoníaca em todos eles.
- Sua maior característica é o ocultismo.
- O que se sabe, sobre suas práticas, vem de testemunhos de pessoas que foram libertas deste
lamaçal, através de Jesus Cristo. (não há livros escritos)
- Em nome do folclore, realizam coisas repulsivas que um ser humano normal não agüentaria
ver, quanto mais submeter-se aos rituais.
- Dizem que suas forças estão embutidas nas folhas e ervas usadas nos trabalhos.
- Muitas destas plantas e ervas são do continente africano.
- Usam o sangue para "feitura de cabeça", com sacrifícios de animais e despachos, que é uma
forma de vender a alma ao Orixá.
- Com o sangue dos sacrifícios, fazem "axé" (mel, vinho moscatel, e sangue de todos os bichos
sacrificados, misturados com a mão pela mãe-de-santo).
- No Candomblé adoram-se os Orixás, que são deuses ou espíritos bons.
- Oferecem sacrifícios aos Exus, para afastá-lo, já na Quimbanda ele é adorado.
- Já o umbandista acha o Orixá muito poderoso para adorá-lo ou mesmo invocá-lo.
- No Candomblé não invocam "preto velhos" nem "almas", só Orixás.
- Oferecem banhos para afastar mal olhado, invejas, para obter benefícios, etc.
- Pó do amor, da sedução, bebidas para fechar o corpo, etc., um verdadeiro comércio do
engano.

8
NO CERIMONIAL DEMONÍACO, TENTAM IMITAR AS PRÁTICAS VETERO-
TESTAMENTÁRIAS.
* Cerimônias como: Ossê (purificação); Bori (expiação); Otá (sacrifícios). Ofertas das primícias,
proibições de certas comidas, limpeza do acampamento, etc.
* Por trás destas cerimônias e oferendas, Satanás tenta controlar e destruir vidas.

SUA DOUTRINA
- O ser criador e supremo é: Olorum, não pode ser cultuado por ser muito grande, sendo
impossível contato ou representação.
- Abaixo estão os Orixás, sendo Oxalá o pai e chefe de todos os Orixás e o avô de todos os
homens. (controla as funções de reprodução), veste-se de branco e é identificado c/ Jesus ou
Senhor do Bonfim, e abaixo de Oxalá estão os outros Orixás, que tem o trabalho de decidir
pequenas causas humanas.
- Consideram mensageiros de Deus, para governarem o mundo. (punir e ajudar os homens)
- Desde o ventre, pelos movimentos já identificam o Orixá que irá comandar a vida da criança
até a morte, c/ o nascimento a consagração.
- A obediência leva a proteção e cuidado/desobediência leva a morte, aleijões, perda de bens e
doenças, é controle total desde o comer, beber vestir e até divertir.
- Na morte os adeptos vão para junto dos Orixás e os maus voltam para fazerem mal aos
homens.
- Com tudo isto, é o Candomblé uma das religiões mais diabólicas que a humanidade já
conheceu, somente Jesus pode libertar seus

MACUMBA

- Geralmente representa todos os cultos afro-brasileiros.


- Porém existem pessoas que a praticam como religião "macumbeiros".
- Variam de região para região onde é praticado.
- No alto espiritismo é considerado como uma forma de mediunismo.
- Não há normas, limites ou proibições em seus rituais.
- Há uma mistura de todos os deuses, de acordo c/ cada terreiro.
- Preferem atuar nas periferias, não desprezando também os melhores locais, há pessoas de
todos os níveis, predominando favelados e pobres.
- Começou com a perseguição a religião dos escravos que com medo faziam tudo às pressas.

AS SESSÕES
- Variam de local p/ local, assemelham-se a Umbanda, só que separam as sessões para as
diversas entidades, deixando as sextas-feiras à meia noite p/ os Exus.
- Sob os mesmos sons da Umbanda e serviços conduzem suas práticas.

OFERENDAS
- É exigida pelo guia, marcar dia, hora, local para a entrega e costuma manifestar-se no local,
leva o nome de "obrigação"
- É uma forma de pagamento, também de "comunhão do cavalo, médium com o guia".
- Podem ser através de pipocas, cachaça ou outras bebidas, ou de acordo c/ a vontade do guia.

DESCARGAS
- Dizem afastar más influências, através de defumações, banhos, queima de pólvora, tudo isto
nos cemitérios, encruzilhadas, mar, matas e cachoeiras.
Tudo isto temperado com mentiras, enganos, que levam as pessoas a loucura e morte, ficando
presas ao diabo, que sempre lhes cobrará alguma oferenda (canjerê).

kARDECISMO
( 2ª Timóteo 3:5-7) - Estão apoiados sobre os ensinamentos de um endemoniado chamado:
"Allen Kardec";
- Seus adeptos dizem que são os verdadeiros espíritas, os outros são macumbeiros ou
mediunistas;
- É bom lembrar que a essência diabólica é a mesma;
- Há grande influência dos ensinamentos de Jesus, só que totalmente deturpado;

9
- Este, Kardec, escreveu o seu próprio evangelho, dizendo-se ditado por espíritos de luz;
- É uma tentativa de unir os ensinamentos de Jesus com as práticas espíritas;
- Crêem na reencarnação e comunicação com os mortos;
- Julgam os médiuns como pessoas honestas, que transmitem o que recebem, nunca suas
convicções;
- As revelações provêm de espíritos bons, nunca maus, sendo Allan Kardec honesto e leal.

CRITÉRIOS USADOS POR KARDEC COM RELAÇÃO AS MENSAGENS RECEBIDAS.


1 - Linguagem digna e nobre dos espíritos
2 - Lógica e do bom senso
3 - Da concordância entre os espíritos
- É uma filosofia c/ bases científicas e conseqüências religiosas;
- Fazem especulações sobre Deus, alma e terra.
- Acreditam que seguem o "evangelho", na pureza e simplicidade dos tempos de Jesus.
- Não têm uma doutrina sólida.
- Entre eles existem:
* Seguidores de João Batista Roustaing: Ensina que Jesus não possui corpo físico.
* Seguidores de Pietro Ubaldi: São panteístas/ reencarnacionistas e crêem que haverá lutas
apocalípticas, nos próximos decênios, só que não atingirá o Brasil.
* Também há os ortodoxos que só aceitam os ensinamentos de Kardec.
* Também são admiradores de diversos autores como: Pastorino, Chico Xavier, Bezerra de
Menezes, Imbassay e outros, que tem seus ensinos introduzidos no kardecismo.

SUA PRÁTICA
- Comunicação c/ mortos, através dos médiuns, são chamados de mentores, estes espíritos ora
são mensageiros, ora precisam de caridade.
- Comunicação c/ espíritos evoluídos, que estão no "éter", plano superior, alguns se dizem
habitantes de outros planetas.
- Comunicação com extraterrestres: Espíritos que não viverão entre nós, superevoluídos.
- Reencarnação, doutrina distintiva dos espíritos.
- Caridade espiritual: P/ espíritos errantes, em evolução, que precisam de doutrinas e
conselhos.
- Doutrinamentos: Para os novos, palestras feitas por mensageiros do além, baseadas no
kardecismo e estudo de livros.
- Cânticos, usam cânticos durante as reuniões, têm conjuntos e corais, etc.
- Cada centro possui um protetor (entidade desencarnada)
- Crêem no aperfeiçoamento p/ sofrimento e p/ boas obras, não há salvação sem caridade, o
mérito é pessoal, negando a graça de Deus.
- Jesus é considerado com a maior entidade encarnada na terra.

POSSESSÃO DEMONÍACA (INVASÃO DOS ESPÍRITOS NAS VIDAS DAS


PESSOAS).
Estamos vivendo numa era Diabólica, onde as práticas satânicas invadem nossos lares,
disfarçadas sobre fachadas de beleza, sedução e encanto.
Hoje, mais do que ontem, e amanhã com certeza estas prática estarão mais integradas à
sociedade do que hoje, pois, há um interesse mundial, na preparação do mundo para a
manifestação do "Anticristo", que em breve estará assumindo o controle político, econômico e
religioso.
Este fato é inevitável, mas, podemos evitar que vidas, sejam laçadas e destruídas, pelos
Agentes e Agências, de Satanás, que são os Orixás, Exus e suas manifestações, acompanhados
de seus "Cavalos", "Médiuns", nos "Terreiros", "Prostíbulos", "Bares", "Centros", "Salões do
Reino" e a própria religião espírita e ramificações.
Temos que conhecer, e para isto é necessário dedicação nos estudos, perseverança na oração
e acima de tudo uma fé inabalável em Jesus Cristo, e total submissão ao Espírito Santo, que
constitui fator indispensável a todo crente, que deseja ser instrumento na Obra de Deus, e na
luta contra todas as manifestações Demoníacas, pois, está escrito: "... Recebereis poder, ao
descer sobre vós o Espírito Santo..." Atos 1:8.

ALGUMAS PERGUNTAS:
- Foi Deus quem criou o Diabo?
- Deus permite a atuação do Diabo?

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- Deus usa o Diabo e seus Demônios?
Não, Deus não criou o Diabo, nem os Demônios, e sim Anjos perfeitos, que usando de seu "livre
arbítrio", rebelaram-se contra o Criador, mas, admitimos que Ele permite a ação destes, mas,
antes capacitou o homem e deu-lhe poder sobre Satanás e seus Anjos. Devemos sempre
lembrar que o Diabo e seus Anjos, são seres derrotados, julgados e condenados.

Há Teólogos, que acreditam, que Deus usa o Diabo e seus Demônios, porém, gostaria de
discordar deste pensamento, reconheço a soberania de Deus, de forma inquestionável, mas,
jamais usaria do Diabo para realizar os seus planos, quero estabelecer diferença entre "Usar" e
permitir a ação, através da retirada de sua mão protetora, pois, assim como o amor é parte
integrante da pessoa de Deus, o ódio e a morte, fazem parte da natureza de Satanás e seus
Demônios, e eles quando percebem o momento de fazerem o mal, eles não precisam ser
mandados ou orientados, simplesmente fazem.

Imaginemos uma pessoa ou um animal, atravessando um local, infestado por "Piranhas", se


estiver sem ferimentos nada acontecerá, porém, ao menor sinal de sangue, elas destruirão a
pessoa ou animal, pois, faz parte da sua natureza. Assim são as ações Diabólicas, pois, ao
menor sinal de descuido, querem matar e destruir, pois, vieram para isto, conforme
verificamos em João 10:10.

A POSSESSÃO PODE OCORRER EM:


- Em casas;
- Em animais;
- Em seres humanos;
- Florestas;
- Em edificações diversas;

ATRAVÉS DE:
- Trabalhos e despachos
- Consultas a Centros Espíritas
- Por ação direta dos Demônios (possessão involuntária)
- Através de pessoas praticantes de Espiritismo, nas suas mais variadas ramificações
- Através de comidas e bebidas sacrificadas
- Por hereditariedade (maldição familiar)

POR QUÊ?
- Para destruírem as vidas (enfermidades, suicídios, etc.)
- Para se manifestarem já que não possuem corpos
- Para arrastarem vidas para o inferno
- Para enganarem e confundirem as pessoas.

QUAL A ORIGEM DA POSSESSÃO?


- Satânica

QUAIS SÃO AS CAUSAS?


- Incredulidade
- Afastamento de Deus
- Falta de Santidade
- A curiosidade
- Descompromisso

O QUE É UM ENDEMONINHADO, COMO LIBERTÁ-LO ?

A) O QUE É UM ENDEMONINHADO?
- São pessoas que são manipuladas, voluntárias ou não pelas entidades incorporadas, servindo
de canal de comunicação e expressão do Diabo, criando uma dependência, que só será
interrompida por Jesus Cristo.
- Há casos de total perda de consciência e ou de mais ou menos consciência.
- Mas a vítima é incapaz de separar a sua própria consciência da influência do Demônio.

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- Porém nunca podemos esquecer que são criaturas de Deus, as pessoas, e que toda ação
física contra os Demônios, só irão contra a pessoa, pois, a entidade é um ser espiritual, não
havendo necessidade de bater no endemoninhado ou ridicularizá-lo.
Enquanto militarmos, neste corpo mortal, estaremos expostos as ações Diabólicas, mas nunca
sujeitos, as mesmas, pois, em cada rua, avenida, comércio, etc., sempre haverão pessoas
influenciadas pelo Diabo, que conscientes ou não poderão tentar prejudicar nossas vidas ou
ações, tanto particulares, quanto espirituais, mas não podemos nos intimidar, pois, o inferno
terá que se ajoelhar diante do Rei da Glória.
B) LIBERTAÇÃO DO ENDEMONIADO
Não vamos jogar as pedras fora, nem tão pouco ajustá-las, quando percebemos que o alicerce
está prejudicado, comprometendo toda a estrutura, mas, vamos apontar vários [pontos que
são largamente praticados por Cristão, que às vezes por desconhecimento, realizam coisas que
a Bíblia não orienta, nos casos de libertação de endemoninhados, desta forma sim, daremos
nossa contribuição, que se observadas, nos livrarão de muitos dissabores.

É PRECISO SABER
- Há poder no nome de Jesus;
- Os Demônios não oferecem resistência a este Nome: JESUS;
- Devemos estar sob autoridade: de Jesus, da Bíblia, dos pastores, dos pais, e valorizá-la;
- Não precisamos gritar para libertar as pessoas;
- Não precisamos bater nas pessoas, com Bíblias, etc.,
- Nunca esquecer que os demônios são seres espirituais;
- Não devemos clamar o sangue de Jesus, sobre os Demônios;
- Não devemos conversar com eles: não fechar os olhos;
- Temos que ordenar com autoridade, que demônio, saia daquela vida, no "Nome de Jesus";
- Sempre lembrar que ele é mentirosos, pai da mentira;
- Não devemos brincar com Demônios;
- Não aceitar nenhuma imposição do Demônio.

É NECESSÁRIO TERMOS:
- Uma vida santa e reta, diante de Deus e dos homens;
- O Espírito Santos em nós;
- Darmos glória a Deus;
- No coração, o princípio da fidelidade a Deus;
- A visão do Reino de Deus;
- Uma vida dedicada a oração e jejum.
Isto atribuímos a nós, que temos Jesus como nosso Salvador pessoal, batizado, e em plena
comunhão em nossas Igrejas, são coisas que precisam ser observadas. Veremos agora, as
ações das pessoas que foram libertas, por Jesus, precisam observar para nunca mais serem
sobrepujadas pelos Demônios:
- Aceitarem a Jesus como único e suficiente Salvador;
- Reconhecerem que são templos, para morada do Espírito Santo;
- Filiar-se a uma Igreja Evangélica;
- Buscar orientadamente o Batismo no Espírito Santo;
- Desejar a Santificação;
- Ler a Bíblia, orar;
- Evitar as más companhias;
- Resistir ao Diabo;
- Ter fé;
- Não brincar com fogo. "O escorpião sempre será escorpião, mesmo quando pede ajuda a uma
tartaruga, p/ atravessar um rio"; quando menos se esperar ele ferroará sua ajudante.

Queridos Irmãos, chegamos ao final de nossos estudos, mas, não esgotamos o assunto, nem
tão pouco era nosso objetivo fazê-lo, porém você tem em suas mãos, o produto final de uma
série de estudos, que você deverá estudar, e quando precisar, oramos, para que o Espírito
Santo lhe faça lembrar destes estudos, e que você possa ter a oportunidade de levar muitas
vidas a Jesus Cristo, libertando-as das garras do Espiritismo, e lembre-se: "Se Deus é por nós,
quem será contra nós ..."

ANALISANDO AS DOUTRINAS ESPÍRITAS, À LUZ DA BÍBLIA


Vamos agora alimentar as nossas mentes, com o que tem de melhor para ela que é o estudo
da Palavra de Deus, voltado exclusivamente para desfazer as obras enganadoras e mentiras de

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Satanás, através do espiritismo, nas suas mais variadas formas. Que o Espírito Santo ilumine
as nossas mentes, e nos faça lembrar destas passagens quando delas precisarmos, para salvar
vidas do inferno.
É bom dizer que os espíritas não valorizam a Bíblia com palavra de Deus, interpretam algumas
passagens para fundamentar suas doutrinas, ou para confundir os crentes, portanto caso
apresentarmos respostas bíblicas que vão de encontro as suas convicções, desprezam a Bíblia,
ficando com seus enganos e distorções.

1 - Possibilidade de comunicação com os mortos


- Não há base bíblica. É amplamente condenável.
- Dizem que a proibição de Deus, é prova que existia.
- É mentira, pois, mostrava que existia a consulta, mas não a resposta.
Vejamos:
- Deuteronômio 18:9-14 - "Nem quem consulte os mortos"
- Isaías 08:19,20 - "Consultar somente a Deus"
- Levíticos 19:31 - "Adivinhadores não busqueis"
- Levíticos 20:06 - "Extirparei do meio do povo"
- Êxodo 22:18 - "A feiticeira não deixaram viver"
- Dizem que provam a comunicação, citando a consulta que Saul fez a Pitonisa de Endor. 1
Samuel 28:8-19.

Vejamos a farsa
1.1 - Saul estava c/ medo dos Filisteus, procurou-a para saber se venceria a guerra.
1.2 - Ele foi disfarçado: tinha perdido a graça de Deus.
1.3 - A pitonisa declarou ter visto um vulto de ancião.
1.4 - Saul que entendeu ser Samuel (sua mente estava confusa).
1.5 - Deus não quebraria uma regra espiritual sua, para satisfazer a ninguém. (Tiago 1:17)
1.6 - Se Deus permitiu, porque matou Saul, conforme 1 Crônicas 10:13.

2 - Reencarnação:
- Para eles é uma necessidade para o aperfeiçoamento do espírito, já que não acreditam na
salvação como ensina a Bíblia.
- Não existe sustentação quando examinada à luz da Bíblia, vejamos:
"Hebreus 9:27: morrer uma vez"
- Tentam provar a reencarnação através de:
"Mateus 11:10-14: Aqui encontramos o cumprimento da profecia contida em Malaquias 4:5:
João não era Elias reencarnado e nem ressurreto, se temos dúvidas, ele mesmo responde em
João 1:21 "não sou": A profecia falava do nascimento de um homem com as mesmas
características e semelhantes a Elias.

3 - Salvação através das boas obras


- Não há base na Bíblia para tal ensino, muito antes pelo contrário, vejamos:
- João 1:12 "...Receberam... aos que crêem"
- João 3:16,18 "Deus amou...deu...vida eterna..."
- João 5:24 / 6:42 "Tem a vida eterna..."
- Atos 16:31 "Será salvo..."
- Efésios 2:8,9 "Pela graça sois salvos..."
- Romanos 3:10-12, 23-28

4 - Existência de vários mundos, para habitação dos espíritos em vários estágios de


evolução.
- Usam João 14:2 "Na casa...há...muitas moradas..."
Interpretam errado, pois muitas casas aqui significa que o reino é grande o suficiente para
guardar a todos, isto é tão real que Jesus levou o ladrão da Cruz para lá, no mesmo dia,
desfazendo a crença de espíritos mais evoluídos pois Jesus e o ladrão da cruz estão juntos, e,
segundo eles Jesus teria que ir para outro mundo.

5 - Deus existe, mas está longe demais, e só se pode manifestar por meio de
"intermediários", que são os espíritos-guias.
- Pura mentira, vejamos:
- Deus sempre se preocupou com o homem: Hebreus 1:1
- Deus habitou entre nós - João 1:14

13
- Deus está sempre perto - Apocalipse 3:20
- Deus mora em nós - João 14:23

6 - Jesus é considerado com um espírito em alto grau de desenvolvimento, o mais


evoluído que veio a terra.
Ele é mais do que isto, vejamos:
- Jesus é o Verbo encarnado: João 1:1-14
- Ele se fez carne
- Ele é o Filho de Deus: João 16:15-17
- Ele desceu do céu: João 6:38
- Ele é Senhor e Rei de todo o universo - Mateus 1:23

7 - Julgam ser o espiritismo a terceira revelação, assumindo o lugar do Espírito


Santo.
Isto é blasfêmia, vejamos:
- O Espírito Santo é uma pessoa não um movimento:
- Ele intercede - Romanos 8:26
- Ele convence - João 16:8
- Ele fala - Atos 8:29; 10:19
- Ele tem vontade - Atos 16:6
- Ele ensina - João 14:26
- Ele é Deus: está presente na Trindade: Mateus 28:19
- Na benção apostólica: 2Co 13:13

8 - Crença que devem fazer orações pelos mortos.


- Semelhante aos católicos, que acreditam livrar almas do purgatório, já os espíritas acham que
existe um estado chamado "erraticidade", onde o espírito fica vagando até reencarnar, após a
morte do corpo, nisto sofrem e precisam das orações para conforto.

- Não há base bíblica para nenhum dos dois pensamentos, vejamos:


- Hebreus 9:27 - "Morrer uma só vez..."
- João 3:18,19
- Lucas 16:19-31 - Lázaro.
Destas passagens, percebemos que é impossível melhorar a situação de qualquer pessoas
após a morte.

Considerações finais:
- Negam a existência do Céu: - Provas Bíblicas: Lucas 23:43; Mateus 5:12; João 3:12 e 13;
Filipenses 3:20; Colossenses 1:05.
- Negam a existência do Inferno: Provas Bíblicas: Mateus 5:29 e 30; Mateus 10:28; 2 Pedro
2:04; Mateus 25:31-46.
- Negam a existência do Diabo: Provas Bíblicas: Mateus 25:41. Apocalipse 20:10; Mateus 4:1;
Efésios 4:27; Tiago 4:7.
- Negam a existência de Demônios: - Provas Bíblicas: Apocalipse 12:9; Mateus 25:41; Dt 17:7;
Salmos 106:37.
- Negam a existência da Trindade:
Não acreditam, pois, julgam que Deus é único, indivisível e pai de todos no universo.
Provas Bíblicas: João 16:26; 1 Pedro 1:2.
- Negam a existência dos Anjos:
Crêem que são almas evoluídas

Vejamos o que diz a Bíblia:


Provas Bíblicas: Mateus 24:1; 1 Coríntios 6:2,3
- Negam a existência do Pecado:
Segundo os Espíritas o homem nunca caiu:
Seu caminho bom ou mal é ordenado por Deus;
Aquilo que se faz aqui, se paga aqui mesmo;
Portanto não há necessidade de um Salvador.

"Tudo é mentira, vejamos"


Romanos 5:12; Romanos 6:23; 1 João 2:1-3.

14
ESPIRITISMO
Um Pequeno histórico

O Espiritismo remota aos tempos mais antigos da Humanidade. Dele tomamos conhecimento
através dos escritos da Bíblia, como advertência dos profetas de Deus para que não nos
envolvamos com esta prática, pois ela esta em confronto com a Palavra de Deus. Os povos que
adoravam a deuses estranhos e que não seguiam aos ensinos dados por Deus, eram usuários
deste costume. Foi para que os adoradores do Verdadeiro Deus não se envolvessem com eles
que Moisés falou:

"Quando entrares na terra que o SENHOR teu Deus te der, não aprenderás a fazer conforme as
abominações daquelas nações."

"Entre ti não se achará quem faça passar pelo fogo a seu filho ou a sua filha, nem adivinhador,
nem prognosticador, nem agoureiro, nem feiticeiro;"
"Nem encantador, nem quem consulte a um espírito adivinhador, nem mágico, nem quem
consulte os mortos;"
"Pois todo aquele que faz tal coisa é abominação ao SENHOR; e por estas abominações o
SENHOR teu Deus os lança fora de diante de ti." (Dt 18:9 a 12)

O espiritismo é uma das heresias que mais cresce no mundo de hoje e está enraizada em
quase todas as religiões, principalmente naquelas relacionadas com a Nova Era. O espiritismo
é o mais antigo engano religioso que já surgiu. Porém, em sua versão moderna, começou no
século XIX, ou pouco antes. Houve um avivamento, um recrudescimento ou um ressurgimento,
com um fato que aconteceu com certa família, na América do Norte, em Hydesville (Nova
Iorque), em 1848.

Esta família se chamava Fox. O casal tinha duas filhas, Margarida (Margaret), de 14 anos, e
Catarina (Kate), de onze, que foram protagonista de uma fatos que deram origem ao atual
espiritismo.

Em meados de março de 1848, começaram a ouvir-se golpes nas portas e objetos que se
moviam de um lugar para outro, sem auxílio de mãos, assustando as crianças. Às vezes, a
vibração era tamanha que sacudia as camas. Finalmente, na noite de 21 de março de 1848, a
jovem Kate desafiou o poder invisível e repetiu o barulho como um estalar de dedos. O desafio
foi aceito e cada estalar de dedos era repetido, o que surpreendeu toda a família. Dessa forma
se estabeleceu contato com o mundo invisível, e a notícia alastrou-se por outras partes,
admitindo-se que tais espíritos eram dos mortos.

Partindo desse acontecimento, que recebeu ampla cobertura dos meios de comunicação da
época, propagou-se o espiritismo por toda a América do Norte e na Inglaterra. Na época, outros
países da Europa também foram visitados, com sucesso, pelos espíritas norte-americanos. As
irmãs Fox passaram à História como as fundadoras do Espiritismo moderno.

Na França, o figura máxima que deu força ao espiritismo é conhecida pelo nome de Allan
Kardec. Chamava-se Hippolyte Léon Denizard Rivail, nascido em Lyon, em 3 de outubro de
1804. Era formado em letras e ciências, doutorando-se em medicina. Estudou com Pestalozzi,
de quem se tornou fiel discípulo e cujo sistema educacional ajudou a propagar.

Rivail tomou conhecimento de um algo extraordinário que acontecia no momento, e que


causava um grande alvoroço na sociedade francesa: o fenômeno das mesas girantes e
falantes, que afirmavam ser, um resultado da intervenção dos espíritos. A princípio ele não
acreditou e rejeitou esta idéia, por considerá-la absurda. Porém, assistiu a uma reunião na
casa da Sra. Plainemaison, onde presenciou fenômenos que o impressionaram profundamente,
como ele próprio relatou depois.

Daí, foi um passo para manter contato com os espíritos que o orientaram a escrever e codificar
seus ensinos. Dizia Kardec que havia recebido a missão de pregar uma nova religião, o que
começou a fazer a 30 de abril de 1856. Um ano depois, publicou "O LIVRO DOS ESPÍRITOS",
que contribuiu para propagação desta "doutrina". Dotado de inteligência e inigualável

15
sagacidade escreveu outros livros que deram mais força ao espiritismo: O Evangelho Segundo
o Espiritismo, A Gênese, O Céu e o Inferno, e, O Livro dos Médiuns. Foi ele o introdutor no
espiritismo da idéia da reencarnação. Fundou "A Revista Espírita", periódico mensal editado em
vários idiomas. Rivail (Allan Kardec) morreu em 1869.
Para aqueles que desejarem conhecer um pouco mais sobre a história do espiritismo,
indicamos a leitura dos livros que citamos no final.
O CONCEITO DE DEUS NO ESPIRITISMO
A doutrina espírita acerca de Deus é ambígua, ora assumindo aspectos deístas, ora aspectos
panteístas, ora confundindo-se com a doutrina de Deus do Cristianismo histórico. Os autores
espíritas parecem não conseguir estabelecer um consenso sobre esse assunto de vital
importância. Até mesmos nas obras de um único autor encontram-se contradições flagrantes.

Sobre as qualidades de Deus, Allan Kardec define: "Deus é eterno, infinito, imutável, imaterial,
único, Todo-Poderoso, soberanamente justo e bom". (O Livro dos Médiuns, cáp. I, 13)

Mas, depois, definindo a alma, nega sua imaterialidade, alegando que o imaterial é o "nada",
ao passo que a alma é alguma coisa. Diante disto, será que o espiritismo acredita que Deus é
nada?

A fim de explicar a existência de Deus, Allan Kardec, se vale de argumentos clássicos do


deísmo, de que "não há efeito sem causa". De acordo com o conceito deísta, Deus teria criado
o universo e depois se retirado dele, deixando-o entregue à ação das leis físicas que, desde
então, governam, como se o universo fosse um grande relógio.

No Capitulo II, item 19, de "A Gênese" (Allan Kardec), lemos que são atributos de Deus: "Deus
é, pois a suprema e soberana inteligência; é único, eterno, imutável, imaterial, todo poderoso,
soberanamente justo e bom, infinito em todas as suas perfeições, e não pode ser outra coisa".
Esta conceituação concorda com o que o Cristianismo histórico reconhece como alguns
atributos divinos. Porém, o fato de uma determinada religião ou seita ter pontos em comum
com o Cristianismo bíblico não é suficiente para lhe qualificar como cristã.

Embora o conceito espírita de Deus tenha nuanças deístas e ao mesmo tempo uma certa
semelhança com a doutrina bíblica, é inegável que ela às vezes também possui um forte sabor
panteísta. Senão, vejamos o que León Denis escreveu: "Deus é a grande alma universal, de
que toda alma humana é uma centelha, uma irradiação. Cada um de nós possui, em esta
latente, forças emanadas do divino foco." (Léon Denis, Cristianismo e Espiritismo, 5a. ed., pág.
246). Conceito totalmente panteísta!

Em outro lugar, Denis faz as seguintes assertivas acerca de Deus e sua relação com o universo
(conceitos também panteísta): "Deus é infinito e não pode ser individualizado, isto é, separado
do mundo, nem subsistir à parte... [Deus é o] Deus imanente, sempre presente no seio das
coisas [sendo que] o Universo não é mais essa criação, essa obra tirada do nada de que falam
as religiões. É um organismo imenso animado de vida eterna... o eu do Universo é Deus." (Léon
Denis, Depois da Morte, pág. 114, 123, 124 e 349).

Entretanto a Palavra de Deus (a Bíblia), refuta com veemência estes ensinos. Façamos um
rápido confronto doutrinário, em conformidade com a inspiração bíblica:

• Deus é um ser pessoal: "Ele é um ser individual, com autoconsciência e vontade, capaz de
sentir, escolher e ter um relacionamento recíproco com outros seres pessoais e sociais."
(Millard J. Erickson, Christian Theology, Baker Book House, Grand Rapids, 1986, p. 269).
Citaremos a seguir algumas provas bíblicas da personalidade de Deus:
a) Ele fala: "E disse Deus: Haja luz; e houve luz." (GN 1:3)
"HAVENDO Deus antigamente falado muitas vezes, e de muitas maneiras, aos pais, pelos
profetas, a nós falou-nos nestes últimos dias pelo Filho,"
"A quem constituiu herdeiro de tudo, por quem fez também o mundo." (HB 1:1 e 2)

b) Ele tem emoções (sentimentos):


Misericórdia: "Misericordioso e piedoso é o SENHOR; longânimo e grande em
benignidade."
"Assim como um pai se compadece de seus filhos, assim o SENHOR se compadece daqueles
que o temem." (SL 103:8 e 13)

16
Amor: "Aquele que não ama não conhece a Deus; porque Deus é amor." (1JO 4:8)
"E a esperança não traz confusão, porquanto o amor de Deus está derramado em nossos
corações pelo Espírito Santo que nos foi dado." (RM 5:5)

c) Ele tem vontade própria: "Mas o nosso Deus está nos céus; fez tudo o que lhe
agradou." (SL 115:3)

• DEUS É TRANSCENDENTE E IMANENTE E TAMBÉM DISTINTO DE SUA CRIAÇÃO: A


Bíblia mostra claramente que Deus não é um ser distante, que teria criado o universo e depois
se ausentado dele, como pensa o deísmo. "Faz crescer a erva para o gado, e a verdura para o
serviço do homem, para fazer sair da terra o pão," (SL 104:14)
"Porque faz que o seu sol se levante sobre maus e bons, e a chuva desça sobre justos e
injustos." (MT 5:45)
Pode-se ver, assim, que ele está presente na criação, tem interesse nela e cuida dela,
principalmente do homem, criado à sua imagem e semelhança.

Transcendência: "Mas, na verdade, habitaria Deus na terra? Eis que os céus, e até o céu dos
céus, não te poderiam conter, quanto menos esta casa que eu tenho edificado." (1RS 8:27)

Imanência: "Esconder-se-ia alguém em esconderijos, de modo que eu não o veja? diz o


SENHOR. Porventura não encho eu os céus e a terra? diz o SENHOR." (JR 23:24)
"ASSIM diz o SENHOR: O céu é o meu trono, e a terra o escabelo dos meus pés; que casa me
edificaríeis vós? E qual seria o lugar do meu descanso?" (IS 66:1)

CRISTO NO ESPIRITISMO
Para falarmos na Divindade de Jesus Cristo, temos de falar também no assunto da Trindade,
pois estas teses são básicas do Cristianismo bíblico e histórico e fazem parte do fundamento
doutrinário que o distingue de todas as demais religiões e também da maioria das seitas
pseudo-cristãs. O espiritismo, em geral, através de suas autoridades exponenciais, negam
tanto a Trindade, quanto a Divindade de Jesus. Isto porque, em sua tentativa de oferecer ao
homem um sistema religioso de auto-salvação, isto é, em que ele se salva por seus próprios
méritos, excluem e negam a existência do Deus trino. Entretanto, a revelação bíblica aponta
para a impossibilidade de o homem efetuar sua própria salvação, e mostra como o próprio
Deus se encarnou para tornar possível ao homem o acesso ao seu Criador. No próximo item
examinaremos a doutrina da salvação, do ponto de vista bíblico, em confronto com plano de
salvação do espiritismo.
Grande parte dos escritores espíritas assumem uma posição frontalmente contrária à crença
da Trindade. Para eles, Deus é um ser monopessoal, existindo em forma de uma só pessoa, o
Pai, e negam que o Filho seja Deus e até rejeitam a existência do Espírito Santo como ser
pessoal. O Jornal Espírita de março de 1953 respondendo à pergunta sobre se há mais de uma
pessoa em Deus, declara o seguinte: "Não; a razão nos diz que Deus é um ser único,
indivisível; que o Pai celeste é um só para todos os filhos do Universo". (Jornal Espírita, Rio de
Janeiro, março 1953, p. 4)

A Bíblia, a Palavra de Deus, revela-nos um Deus trino, isto é um Deus eternamente subsistente
em três pessoas, iguais entre si em natureza, essência e poder.
Muitos usam as passagens seguintes para dizer que Deus é um só, ou seja, uma unidade
absoluta:

• "Ouve, Israel, o SENHOR nosso Deus é o único SENHOR." (DT 6:4) • "Vós sois as minhas
testemunhas, diz o SENHOR, e meu servo, a quem escolhi; para que o saibais, e me creiais, e
entendais que eu sou o mesmo, e que antes de mim deus nenhum se formou, e depois de mim
nenhum haverá." (IS 43:10) • "Eu sou o SENHOR, e não há outro; fora de mim não há Deus; eu
te cingirei, ainda que tu não me conheças;" (IS 45:5)
"Para que se saiba desde o nascente do sol, e desde o poente, que fora de mim não há outro;
eu sou o SENHOR, e não há outro." (IS 45:6)

Essas passagens bíblicas afirmam claramente a unidade de Deus e demonstram que a


natureza divina é indivisível. Poderíamos acrescentar outras passagens para reforçar esse
aspecto da natureza de Deus. Entretanto, devemos levar em consideração que muitas vezes as

17
Escrituras, principalmente no Antigo Testamento, apresentam determinadas realidades como
sendo constituídas de uma unidade composta.

Por exemplo: o casamento. A Bíblia diz que "deixa o homem pai e mãe, e se une à sua mulher,
tornando-se os dois uma só carne" (Gn 2:24). É evidente que a unidade constituída por marido
e mulher é uma unidade composta e não uma unidade simples ou absoluta. Da mesma forma,
pode-se dizer que há no Antigo Testamento muitas evidências de que a unidade de Deus é uma
unidade composta, como é indicado por muitas passagens, que revelam uma pluralidade de
pessoas na Divindade. No Novo Testamento, por sua vez, a doutrina da Trindade é apresentada
com clareza. (Para melhor compreensão, ver "A TRINDADE")

O espiritismo não só nega a Divindade de Jesus, assim como defende a tese de que seu corpo
não era real, de carne e ossos, mas fluídico, dando apenas a impressão de real.

Léon Denis, seguindo a mesma linha de pensamento de Kardec, segundo a qual Jesus teria sido
mero homem e elevado à categoria de Deus por seus seguidores. Diz ele:

• "Com o quarto Evangelho e Justino Mártir, a crença cristã efetua a evolução que consiste em
substituir a idéia de um homem honrado, tornado divino, a de um ser divino que se tornou
homem. Depois da proclamação da divindade de Cristo, no século IV, depois da introdução, no
sistema eclesiástico, do dogma da Trindade, no século VII, muitas passagens do Novo
Testamento foram modificadas, a fim de que exprimissem as novas doutrinas."

Assim se expressa Roustaing quanto à natureza do corpo de Jesus:


•"A presença de Jesus entre vós, durante todo aquele lapso de tempo, foi, com relação a vós
outros, uma aparição espírita, visto que, pelas suas condições fluídicas, completamente fora
dos moldes da vossa organização, seu corpo era harmônico com a vossa esfera, a fim de lhe
ser possível manter-se longo tempo sobre a Terra no desempenho da missão com que a ela
baixara."

Não queremos aqui negar que Cristo veio em plena humanidade, pois Bíblia afirma reiterada
vezes a plena humanidade do Filho de Deus. O apóstolo João condenou os ensinos gnósticos de
sua época, que entre outros ensinos negavam que Jesus tivesse vindo em carne, dizendo que o
seu corpo humano era mera aparência. Diz o apóstolo:

• "AMADOS, não creiais a todo o espírito, mas provai se os espíritos são de Deus, porque já
muitos falsos profetas se têm levantado no mundo." (1JO 4:1)
"Nisto conhecereis o Espírito de Deus: Todo o espírito que confessa que Jesus Cristo veio em
carne é de Deus;" (1JO 4:2)

Quanto ao corpo de Jesus, vejamos o que o relato bíblico nos diz:


• "Vede as minhas mãos e os meus pés, que sou eu mesmo; apalpai-me e vede, pois um
espírito não tem carne nem ossos, como vedes que eu tenho." (LC 24:39)
Embora o corpo ressuscitado de Jesus tivesse propriedades extraordinárias, como a capacidade
de materializar-se e desmaterializar-se:
• "Abriram-se-lhes então os olhos, e o conheceram, e ele desapareceu-lhes." (LC 24:31)
"E falando eles destas coisas, o mesmo Jesus se apresentou no meio deles, e disse-lhes: Paz
seja convosco." (LC 24:36)

Tinha também a propriedade de entrar em ambientes fechados:


• "Chegada, pois, a tarde daquele dia, o primeiro da semana, e cerradas as portas onde os
discípulos, com medo dos judeus, se tinham ajuntado, chegou Jesus, e pôs-se no meio, e disse-
lhes: Paz seja convosco." (JO 20:19)
Apesar das características acima, seu corpo era constituído de carne e ossos: "Vede as minhas
mãos e os meus pés, que sou eu mesmo; apalpai-me e vede, pois um espírito não tem carne
nem ossos, como vedes que eu tenho." (LC 24:39)

Embora não seja nossa intenção nos aprofundarmos num estudo sobre a humanidade de Jesus,
acrescento que Cristo experimentou sentimentos e necessidades humanos não pecaminosos,
como:

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• Cansaço: "E estava ali a fonte de Jacó. Jesus, pois, cansado do caminho, assentou-se assim
junto da fonte. Era isto quase à hora sexta." (JO 4:6)
• Sede: "Depois, sabendo Jesus que já todas as coisas estavam terminadas, para que a
Escritura se cumprisse, disse: Tenho sede." (JO 19:28)
• Fome: "E, tendo jejuado quarenta dias e quarenta noites, depois teve fome;" (MT 4:2)

Quanto a divindade de Cristo, o testemunho das Escrituras é plenamente reconhecido. Tanto os


espíritas quanto os Testemunhas de Jeová, negam a divindade de Cristo. Para uma melhor
compreensão do assunto, convido-o a ler: A DIVINDADE.

Plano de Salvação do Espiritismo


O espiritismo ensina que o homem, através de sucessivas reencarnações, pelos seus próprios
esforços e pela prática das boas obras vai aprimorando-se a si mesmo, sem necessidade do
sacrifício vicário de Jesus Cristo. A Bíblia nos diz que a nossa salvação é obra divina; o
espiritismo diz que é esforço humano. A Bíblia diz que o sofrimento de Cristo visa a nossa
expiação; o espiritismo diz que Jesus foi mero espírito adiantado, que nos serve apenas de
exemplo. A Bíblia diz que o sangue de Cristo nos purifica de todo pecado e que o Espírito Santo
nos ensina toda a verdade; o espiritismo, ignora a Trindade Divina, reduz toda a expiação à
obra dos "espíritos" - os espíritos dos mortos, que nos orientam e aconselham, e o espírito de
Cristo,
que, tendo alcançado um nível superior, não obstante se encarnou para servir como exemplo.

Diz-nos Kardec, sobre a graça: "... se fosse um dom de Deus, não daria merecimento a quem a
possuísse. O espiritismo é mais explícito, porque ensina que quem a possui a adquiriu pelos
próprios esforços em suas sucessivas existências, emancipando-se pouco a pouco das suas
imperfeições." (Allan Kardec, O Evangelho Segundo o Espiritismo, Introdução, IV, XVII)

Que contradição com as Escrituras! Deus não nos salva com base em quaisquer méritos
pessoais nossos, mas unicamente por sua graça: "Porque todos pecaram e destituídos estão da
glória de Deus;
"Sendo justificados gratuitamente pela sua graça, pela redenção que há em Cristo Jesus." (RM
3:23 e 24)

O ensino espírita segundo o qual "Fora da caridade não há salvação" identifica a salvação com
a prática de boas obras. Entretanto, as boas obras não salvam, nem ajudam ninguém a salvar-
se. Paulo afirma em Efésios:

"Porque pela graça sois salvos, por meio da fé; e isto não vem de vós, é dom de Deus."
"Não vem das obras, para que ninguém se glorie;" (EF 2:8 e 9)

Ele declara que fomos criados em Cristo para as boas obras: "Porque somos feitura sua, criados
em Cristo Jesus para as boas obras, as quais Deus preparou para que andássemos nelas." (EF
2:10). Portanto, não somos salvos pelas obras, mas para as boas obras.

As boas obras são o resultado da nossa fé em Cristo, pois quando nos tornamos novas
criaturas, mediante a fé nele, abandonamos as práticas más e nos voltamos para a prática do
bem. "Assim que, se alguém está em Cristo, nova criatura é; as coisas velhas já passaram; eis
que tudo se fez novo." (2CO 5:17)

Logo, as boas obras são a manifestação do amor que a pessoa tem a Deus.
A Bíblia nos mostra claramente que todo o problema do homem é motivado pelo pecado, pois
"todos pecaram e carecem da glória de Deus" (Rm 3:23). Deus ama os pecadores, porém o
pecado separa o homem de Deus:
"EIS que a mão do SENHOR não está encolhida, para que não possa salvar; nem agravado o
seu ouvido, para não poder ouvir."
"Mas as vossas iniquidades fazem separação entre vós e o vosso Deus; e os vossos pecados
encobrem o seu rosto de vós, para que não vos ouça." (IS 59:1 e 2)

O homem nada pode fazer para alcançar justificação diante de Deus. O sofrimento e as boas
obras, como apregoa o espiritismo, jamais serão suficientes para vencer a distância que o
separa de Deus, pois, como expressou o profeta Isaías, "... todos nós somos como o imundo, e

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todas as nossas justiças como trapo da imundícia; e todos nós murchamos como a folha, e as
nossas iniquidades como um vento nos arrebatam." (IS 64:6)

O estado do homem é profundamente desesperador, porém não irremediável, "Porque Deus


amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê
não pereça, mas tenha a vida eterna." (JO 3:16)
Jesus Cristo veio ao mundo com objetivo específico de "dar a sua vida em resgate de muitos"
(Mc 10:45)

Cristo se ofereceu a si mesmo a Deus pelos nossos pecados, para que possamos
obter a salvação:
• "Porque também Cristo padeceu uma vez pelos pecados, o justo pelos injustos, para levar-
nos a Deus; mortificado, na verdade, na carne, mas vivificado pelo Espírito;" (1PE 3:18) •
"Levando ele mesmo em seu corpo os nossos pecados sobre o madeiro, para que, mortos para
os pecados, pudéssemos viver para a justiça; e pelas suas feridas fostes sarados." (1PE 2:24)

Que contraste com o que ensina o espiritismo! Vejamos o que escreveu Léon Denis ao negar o
valor do sacrifício de Cristo em nosso lugar:

• "Não; a missão do Cristo não era resgatar com o seu sangue os crimes da humanidade. O
sangue, mesmo de um Deus, não seria capaz de resgatar ninguém. Cada qual deve resgatar-se
a si mesmo, resgatar-se da ignorância e do mal. Nada de exterior a nós poderia fazê-lo. É o que
os espíritos, aos milhares afirmam em todos os pontos do mundo".

Percebe-se aqui uma contundente tentativa de negar o valor da obra expiatória de Cristo na
cruz. Ao dizer que o sangue, "mesmo de um Deus", não poderia resgatar ninguém, Denis está
implicitamente, mais uma vez, negando a divindade de Jesus, a qual, como vimos, é afirmada
pelas Escrituras.

O conceito espírita de salvação é aquele que a Bíblia chama de "outro evangelho". Ele é tão
contrário ao caminho da salvação de Deus que a Escritura o colocou sob a maldição divina:

• "Maravilho-me de que tão depressa passásseis daquele que vos chamou à graça de Cristo
para outro evangelho; "O qual não é outro, mas há alguns que vos inquietam e querem
transtornar o evangelho de Cristo." "Mas, ainda que nós mesmos ou um anjo do céu vos
anuncie outro evangelho além do que já vos tenho anunciado, seja anátema." (GL 1:6 a 8).

A salvação vem unicamente pela graça (favor imerecido) de Deus e não por qualquer
coisa que a pessoa possa fazer para ganhar o favor de Deus, ou pela sua retidão
pessoal. "Porque pela graça sois salvos, por meio da fé; e isto não vem de vós, é dom de
Deus. Não vem das obras, para que ninguém se glorie". (Ef 2:8 e 9).

A Bíblia no Espiritismo
O espiritismo nega textualmente a inspiração divina da Bíblia, ensina que o registro bíblico não
deve ser tomado literalmente.

Eis o que Kardec diz a respeito das Escrituras:


• A Bíblia contém evidentemente narrativas que a razão desenvolvida pela ciência, não poderia
aceitar hoje em dia; igualmente, contém fatos que parecem estranhos e repugnantes, porque
se ligam a costumes que não são adotados... A ciência, levando suas investigações até a
entranhas da terra, e à profundeza dos céus, tem pois demonstrado de modo irrecusável os
erros da Gênese mosaica tomada à letra, e a impossibilidade material de que as coisas se
hajam passado tal com estão relatadas textualmente... Incontestavelmente, Deus, que é todo
verdade, não pode induzir os homens ao erro, nem consciente, nem inconscientemente, pois
então não seria Deus. E, pois, se os fatos contradizem as palavras que a ele são atribuídas,
necessário se torna concluir, logicamente, que ele não as pronunciou, ou que elas foram
tomadas em sentido diverso... Acerca desse ponto capital, ela [a ciência] pôde, pois, completar
a Gênese e Moisés, e retificar suas partes defeituosas." (Allan Kardec, A Gênese, IV, 6, 7, 8 e
11).
Léon Denis, outra autoridade do espiritismo, assim se expressa sobre o valor da Bíblia;
• "... não poderia a Bíblia ser considerada "a palavra de Deus" nem uma revelação
sobrenatural. O que se deve nela ver é uma compilação de narrativas históricas ou

20
legendárias, de ensinamentos sublimes, de par com pormenores às vezes triviais". (Léon Denis,
Cristianismo e Espiritismo, FEB, São Paulo, s.d., 7a. ed., pág. 267).

Assim, o espiritismo, através de suas maiores autoridades, nega a revelação divina encontrada
nas Escrituras, relegando-as ao nível de uma mera compilação de fatos históricos e lendários. É
curioso, entretanto, que querendo dizer-se cristão, o espiritismo freqüentemente lance mão das
Escrituras, citando-as com profusão quando lhe convém.

Isto significa que para os espíritas não faz diferença se a Bíblia é ou não a Palavra de Deus -
desde que possam usá-la quando desejam dar à sua crença uma aparência cristã, ou seja,
citando passagens isoladas que parecem dar apoio à teorias espíritas. Quando, porém, o
ensino claro das Escrituras refuta essas mesmas teorias, dizem então que elas não são a
inerrante Palavra de Deus pela qual devemos testar o que cremos.

Portanto, o espiritismo não é uma religião cristã, pois nega a inspiração do Livro que é a base
do cristianismo, assim como os seus ensinos. Com o que concorda o escritor espírita Carlos
Imbassy, quando escreveu:

•"O espiritismo não é um ramo do Cristianismo como as demais seitas cristãs. Não assenta
seus princípios nas Escrituras... a nossa base é o ensino dos espíritos, daí o nome -
Espiritismo." (Carlos Imbassy, À Margem do Espiritismo, p. 126)

Conclusão

Pelo exposto, diante das evidências da Palavra de Deus, sigamos os seus ensinos, pois ela,
positiva e enfaticamente, condena o espiritismo e proscreve-o em todas as suas formas, tanto
antigas como modernas.

Não poderíamos concluir nosso trabalho, sem informar a verdadeira identidade dos espíritos do
espiritismo.

Não resta dúvida que seres espirituais fazem suas aparições e manifestam seus poderes nas
sessões espíritas. O que desejamos saber é quem são esses seres desencarnados, que vêm ao
nosso mundo por convite especial ou invocação dos médiuns.
Podem os mortos comunicarem-se com os vivos?
Para responder a esta e as perguntas que se seguem, apenas as Sagradas Escrituras, a
revelação máxima da vontade de Deus, esclarecem com autoridade essa questão, dando-nos a
verdadeira e plena satisfação de ter encontrado a resposta.
Gostaria que você lesse no evangelho, no livro de Lucas, a parábola do rico e Lázaro, que se
encontra no capitulo 16, versículos de 19 a 31. Nesta passagem vemos claramente que os
mortos não podem e não tem permissão para se comunicarem com os vivos. Demos ênfase ao
versículo 26: "E, além disso, está posto um grande abismo entre nós e vós, de sorte que os que
quisessem passar daqui para vós não poderiam, nem tampouco os de lá passar para cá." (LC
16:26)

Não encontramos em nenhum lugar das Escrituras um só indicio de que o homem, em seu
estado atual, possa ter qualquer tipo de relação com os espíritos dos mortos. Pelo contrário,
como vimos, o Senhor tem "as chaves da morte e do inferno" (Apocalipse 1:18) e somente Ele
tem poder para fazer sair dali os espíritos, o que fará nas duas únicas ocasiões, ou seja, na
primeira ressurreição para os santos (1 Ts 4:16) e na ressurreição do juízo para os perversos
(João 5:29). Enquanto aguardamos esse evento, o espíritos dos crentes que já morreram está
com o Senhor, "ausente deste corpo e presente com o Senhor" (2 Coríntios 5:8); eles partiram
para estar com Cristo (Filipenses 1:23), mas os espíritos dos perversos estão "em prisão"

(I Pedro 3:19), motivo pelo qual não têm a liberdade de sair quando são "chamados".

Se não resta dúvida que no espiritismo entra-se em contato com poderes sobrenaturais, com
espíritos e forças extra-humanas e extraterrenas, capazes de manifestações surpreendentes, e
se esses espíritos, segundo os ensinos das Escrituras, não pertencem aos mortos, então quem
são eles? Qual é a sua história? Qual a sua missão? Onde habitam?

Quem são eles?

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A Bíblia nos fala de seres espirituais, invisíveis aos homens, que algumas vezes se
materializam e exercem poderes sobrenaturais. Tais forças espirituais compõem de duas
classes: a de seres bons, chamados de anjos, a quem Deus usa para proteção e auxílio ao
homem, e a de seres maus, que assim se tornaram porque voluntariamente se afastaram do
plano original de Deus e tomaram parte num movimento de rebelião contra o governo de Deus.

Os anjos são seres espirituais criados por Deus, conforme está escrito: "Porque nele foram
criadas todas as coisas que há nos céus e na terra, visíveis e invisíveis, sejam tronos, sejam
dominações, sejam principados, sejam potestades. Tudo foi criado por ele e para ele." (CL 1:16)
Mais ainda, as Escrituras afirmam que os anjos são uma ordem de seres mais elevada do que
os homens:
"Pois pouco menor o fizeste do que os anjos, e de glória e de honra o coroaste." (SL 8:5)

Qual a sua missão?


Sabemos existir duas categoria de anjos: os bons e aqueles que se tornaram maus.
Os bons: tem como missão sempre beneficiar o homem. São chamados na Bíblia "espíritos
ministradores" ou mensageiros." Deus os envia para socorrer a humanidade em diferentes
circunstâncias da vida.
Anjos tem agido de modo maravilhoso em diferentes ocasiões, algumas vezes assumindo a
forma humana, a fim de proteger a crianças e adultos. As Escrituras contem muitas histórias de
tais ocasiões.

É bastante conhecida esta passagem que afirma esta realidade: "O anjo do SENHOR acampa-
se ao redor dos que o temem, e os livra." (SL 34:7)

Falando dos "pequeninos" Jesus nos diz sobre os anjos de guarda destes: "Vede, não
desprezeis algum destes pequeninos, porque eu vos digo que os seus anjos nos céus sempre
vêem a face de meu Pai que está nos céus." (MT 18:10)

OS TRÊS CAMPOS DE BATALHA


Francis Frangipane
Cap. 1- O TERRITÓRIO DE SATANÁS : A REGIÃO DAS TREVAS
Muitos cristãos perguntam se o diabo está na terra ou no inferno; se ele pode habitar em
cristãos ou somente no mundo? O fato é que o diabo está nas trevas. Onde há trevas
espirituais, ali está o diabo.

PREPARANDO-SE PARA A BATALHA ESPIRITUAL


Para muitos , o termo "batalha espiritual" introduz uma nova, mas não bem recebida, dimensão
em sua experiência cristã. A idéia de encarar espíritos maus em batalha é um conceito
duvidoso, especialmente por chegarmos a Jesus como ovelhas perdidas, e não como
guerreiros. Afinal, alguns poderão nunca iniciar uma batalha espiritual, mas todos nós
precisamos encarar o fato que o diabo começou uma batalha contra nós. Portanto, é essencial
para o nosso bem estar básico discernir as áreas de nossa natureza que estão abertas ao
ataque satânico.
Judas nos diz: "E aos anjos que não conservaram suas posições de autoridade mas
abandonaram sua própria morada, ele os tem guardado em trevas, presos com
correntes eternas para o juízo do grande dia." (v.6).
O diabo e seus anjos caídos foram relegados a viverem nas trevas. Estas trevas não significam
simplesmente "regiões sem luz", ou áreas privadas da luz visível. As trevas eternas às quais as
Escrituras se referem são, essencialmente, trevas morais que, em última análise, se

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degeneram em trevas literais. No entanto, a causa não é meramente a ausência de luz, mas é
a ausência de Deus, que é a luz.
É vital reconhecer que as trevas para onde satanás foi banido não estão limitadas às áreas fora
da humanidade. Ao contrário dos que não conhecem Jesus, nós fomos libertos do território, ou
do "reino" das trevas (Col.1:13). Não estamos enlaçados nas trevas se nascemos da Luz. Mas,
se tolerarmos as trevas pela tolerância com o pecado, ficamos vulneráveis aos ataques
satânicos. Onde há desobediência voluntária à Palavra de Deus, aí há trevas espirituais e
potencial para as atividades satânicas.
Por isso, Jesus exortou: "Portanto, cuidado para que a luz que está em seu interior não
sejam trevas." (Lc.11:35). Há uma luz em você. "O espírito do homem é a lâmpada do
Senhor..." (Prov.20:27). O seu espírito, iluminado pelo Espírito de Cristo, se torna a "lâmpada
do Senhor" através da qual Ele sonda o seu coração. Há, realmente, uma irradiância santa
que envolve os cristãos verdadeiramente cheios do Espírito. Mas, quando você agasalha o
pecado, a "luz que está em você" é "trevas". Satanás tem acesso legal, dado por Deus,
para habitar nas regiões de trevas. Temos que entender este ponto: O diabo pode trafegar em
qualquer área de trevas, mesmo nas que ainda existem no coração de um cristão.

O PENEIRADOR DE DEUS
Um exemplo de satanás tendo acesso ao lado carnal da natureza humana é visto quando Pedro
negou a Jesus. É óbvio que Pedro falhou. O que não vemos, no entanto, é o que estava
acontecendo no mundo invisível espiritual.
Jesus profetizou que Pedro O negaria três vezes. Qualquer pessoa que estivesse observando as
ações de Pedro naquela noite, poderia simplesmente concluir que a sua atitude foi uma
manifestação de medo. Mas, Pedro não era medroso por natureza. Este era o discípulo que
algumas horas antes havia puxado a espada contra a multidão que estava prendendo Jesus.
Não foi medo humano que fez Pedro negar o Senhor; ele o fez por indução satânica.
Jesus havia avisado o apóstolo, "Simão, Simão, satanás pediu vocês para peneirá-los
como trigo. Mas eu orei por você, para que a sua fé não desfaleça.. E quando você
se converter, fortaleça os seus irmãos." (Lc.22:31,32). Atrás da cena, satanás havia
pedido e recebido permissão para peneirar Pedro como trigo. Satanás teve acesso à uma área
em trevas no coração de Pedro.
Como satanás fez Pedro cair? Depois de comer a Páscoa, Jesus disse a Seus discípulos que um
deles O trairia. A Escritura, então, continua, "Eles começaram a perguntar entre si qual
deles iria fazer aquilo." (Lc.22:23). Aquele era um tempo muito sombrio, mas, mesmo
durante aqueles terríveis momentos lemos que " Surgiu também uma discussão entre
eles, acerca de qual deles era considerado o maior" (Lc.22:24). Eles passaram de uma
atitude de choque e desânimo para a interrogação de quem seria o maior entre eles!
Evidentemente, Pedro , "o andador sobre as águas", o mais ousado e falador dos apóstolos,
prevaleceu. Podemos concluir que a altivez de Pedro entre os discípulos o deixou com um ar de
superioridade que, atiçado por satanás, acabou numa atitude de presunção e jactância. Pedro,
sendo levantado pelo orgulho, estava programado para a queda.
A Bíblia nos diz que o "orgulho preceda a ruína" (Prov.16:18). O orgulho causou a queda de
satanás, e ele estava usando a mesma área em trevas para causar a queda de Pedro. Lúcifer
conhece muito bem, por experiência, o julgamento de Deus contra o orgulho religioso e a
inveja. Satanás não poderia ,indiscriminadamente, atacar e destruir Pedro. Ele tinha que
garantir a permissão do Senhor de Pedro antes de vir contra o apóstolo. Mas o fato é que o
diabo pediu permissão ...e a recebeu.
SUBMETA-SE A DEUS
A armadilha que satanás usou para causar a queda de Pedro foi o próprio pecado de orgulho do
discípulo. Temos que reconhecer, antes de iniciar uma guerra, que as áreas que escondemos
nas trevas são as mesmas em que seremos derrotados no futuro. Geralmente, as batalhas que
enfrentamos não cessam até descobrirmos e nos arrependermos das trevas que estão em nós.
Para sermos vitoriosos em batalha espiritual, precisamos estar discernindo nossos próprios
corações; precisamos andar humildemente com nosso Deus. Nossa primeira ação deve ser
"Submeter-se a Deus." E, então, quando nós "...resistirmos ao diabo..." ele vai fugir
(Tg.4:6).
A boa notícia para Pedro e para nós é que satanás nunca conseguirá permissão para destruir os
santos. Mas, ele está limitado a peneira-los "como trigo". Há trigo dentro de cada um de nós.
O resultado deste tipo de ataque satânico, permitido por Deus, é para limpar a alma do orgulho
e produzir maior humildade e transparência em nossas vidas. Pode parecer terrível, mas Deus
faz estas coisas cooperarem para o bem. A casca exterior de nossa natureza precisa morrer
para que brote a natureza de trigo do homem da nova criação. Tanto a palha como a casca

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foram necessárias para nos proteger das rudezas desta vida. Mas, antes que Deus possa nos
usar, verdadeiramente, de alguma maneira, passaremos por um tempo de peneiração.
A casca natural de Pedro era a presunção e o orgulho. Seus sucessos iniciais o fizeram
ambicioso e auto-dirigente. Deus nunca poderá confiar Seu reino a ninguém que não tenha
quebrado o orgulho, pois o orgulho é ,em si, a armadura das trevas. Portanto, quando satanás
pediu permissão para atacar Pedro, Jesus, de fato, disse, "Você pode peneirá-lo, mas não
destruí-lo". A batalha contra Pedro foi tremenda, mas havia uma medida e serviu aos
propósitos de Deus.
Pedro estava ignorante das áreas em trevas que havia nele, e a sua ignorância o deixou aberto
ao ataque. Mas o Senhor pergunta a cada um de nós, "Você conhece as áreas onde você é
vulnerável ao ataque satânico?" Jesus não nos quer ignorantes de nossas necessidades. De
fato, quando Ele revela o pecado em nossos corações, é para poder destruir as obras do mal.
Precisamos entender que a maior defesa contra o diabo é manter um coração honesto diante
de Deus .
Quando o Espírito Santo nos mostra alguma área que precisa de arrependimento, precisamos
vencer o instinto de nos defender. Precisamos silenciar o pequeno advogado que se levanta de
um quartinho escuro em nossas mentes contestando, "Meu cliente não é tão mau". O seu
"advogado de defesa" defenderá você até o dia de sua morte - e se você o ouvir nunca verá o
que está errado em você, e nem enfrentará o que precisa ser mudado. Para vencer na batalha,
seu instinto de auto-preservação precisa se submeter ao Senhor Jesus; Jesus somente é o Seu
verdadeiro Advogado.
Não podemos nos engajar em luta espiritual sem receber este conhecimento. Tiago 4:6 diz,
"...Deus Se opõe aos orgulhosos, mas concede graça aos humildes." Deus Se opõe ao
orgulho. Este é um versículo muito importante. Se Deus Se opõe ao orgulho, e nós somos
orgulhosos para nos humilharmos e admitir que estamos errados, então Deus se opõe a nós!
Tiago continua no v.7, "Portanto, submetam-se a Deus. Resistam ao diabo, e ele fugirá
de vocês." Geralmente, vemos este verso isoladamente, como um monumento à batalha
espiritual. No entanto, é num contexto de arrependimento, de humilhação e de possuir um
coração limpo que poremos o diabo para correr de nós!
Precisamos ir além da submissão indefinida a Deus; precisamos submeter a área exata de
nossa batalha pessoal a Ele. Quando nos levantarmos contra o poder do diabo, deve ser com
um coração submisso a Jesus.
Há um preceito que se repete neste livro. É vital que você saiba, entenda e aplique este
princípio para sua futura vitória em batalha espiritual. O princípio é : A vitória começa com o
nome de Jesus em seus lábios; mas não será consumada até que a natureza de Jesus
esteja em seu coração. Esta regra se aplica à toda faceta da luta espiritual. Na verdade,
satanás terá permissão de vir contra a sua área fraca até que você perceba que a única
resposta de Deus é a semelhança de Cristo em sua vida. Quando você começa a se apropriar,
não só do nome de Jesus, mas também de Sua natureza, o adversário vai se retirar. Satanás
não vai continuar o seu ataque, se as circunstâncias que ele designou para destruí-lo estão
agora operando para aperfeiçoar você!
O resultado da experiência de Pedro foi que, após o Pentecostes, quando Deus o usou para a
cura de um coxo, um novo e humilde Pedro falou à multidão reunida. "...Por que vocês estão
olhando para nós, como se tivéssemos feito este homem andar por nosso próprio poder ou
piedade?" (At.3:12). A vitória de Pedro sobre o pecado e o diabo começou com o nome de Jesus
em seus lábios; e foi consumada pela natureza de Jesus em seu coração. As trevas em Pedro
foram dissipadas pela luz, o orgulho em Pedro foi substituído por Cristo.
Cap. 2- A FORTALEZA DOS SALVOS : A HUMILDADE
Satanás teme a virtude; tem horror da humildade e a odeia. Quando ele vê alguém humilde
até se arrepia. Seu cabelo fica em pé quando os cristãos se ajoelham, pois a humildade é a
rendição da alma a Deus. O diabo treme diante do humilde, porque nas mesmas áreas onde
ele tinha acesso, ali está o Senhor, e satanás se aterroriza diante de Jesus Cristo.

COM QUEM VOCÊ REALMENTE ESTÁ LUTANDO?


Vamos nos lembrar que na queda do homem, no Jardim do Éden, o julgamento de Deus contra
o diabo foi que ele ia "comer pó." Do homem, Deus disse, "Tu és pó" (Gn.3:14-19). A
essência de nossa natureza carnal - de tudo que é carnal em natureza - é pó. Precisamos
entender esta ligação: satanás se alimenta de nossa natureza terrena, carnal de "pó". Ele come
daquilo que negamos a Deus.
Por isso, temos que reconhecer que a fonte de muitos dos nossos problemas e opressões não é
demoníaca, mas carnal em natureza. Temos que encarar o fato de que um aspecto de nossas
vidas, nossa natureza carnal, será sempre alvejada pelo diabo. Estas áreas carnais dão a

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satanás uma avenida de acesso para minar nossas orações e neutralizar nosso andar com
Deus.
É o nosso sentido exagerado de auto-justiça que nos impede de nos olharmos honestamente.
Sabemos Quem está em nós, mas precisamos saber também o que está em nós, se queremos
ser vitoriosos em nossa luta contra o diabo. Portanto, seja específico quando se submeter a
Deus. Não racionalize seus pecados e falhas. O sacrifício de Jesus Cristo é um abrigo perfeito
da graça, capacitando todo homem a olhar honestamente para suas necessidades. Assim, seja
honesto com Deus. Ele não vai Se chocar com seus pecados. Deus o amou, sem restrições,
mesmo quando o pecado era total em você; muito mais Ele continuará a amá-lo, quando você
busca a Sua graça para se livrar da iniquidade!
Antes de nos lançarmos em luta agressiva, precisamos reconhecer que muitas de nossas
batalhas são meras conseqüências de nossas próprias ações. Para guerrear com vitória, temos
que separar o que é da carne e o que é do diabo. Deixe-me dar um exemplo. Minha esposa e
eu morávamos num lugar onde um lindo cardeal tinha o seu ninho. Os cardeais são muito
territoriais e lutam intensamente contra cardeais intrusos. Naquele tempo nós tínhamos uma
"van" com grandes espelhos laterais e pára-choques cromados. De vez em quando, o cardeal
atacava os pára-choques ou os espelhos pensando que o seu reflexo era uma outra ave. Certo
dia, quando observava o cardeal atacar o espelho eu pensei, "Que bobinho, seu inimigo é o seu
próprio reflexo." Imediatamente o Senhor falou ao meu coração, "E assim também são muitos
de seus inimigos - o reflexo de vocês mesmos."
Antes de qualquer estratégia para atacar satanás, precisamos ter certeza de que nosso real
inimigo não é a nossa natureza carnal. Pergunte-se: as coisas que nos oprimem hoje, não são a
colheita do que plantamos ontem?
ENTRE EM ACORDO COM SEU ADVERSÁRIO
Lembre-se do que Jesus ensinou, "Entre em acordo depressa com seu adversário que
pretende levá-lo ao tribunal. Faça isso enquanto ainda estiver com ele a caminho,
pois, caso contrário, ele poderá entregá-lo ao juiz, e o juiz ao guarda, e você poderá
ser jogado na prisão. Eu lhe garanto que você não sairá de lá enquanto não pagar o
último centavo" (Mt.5:25,26).
O que Jesus está falando aqui vai além de evitar um processo. Ele está mostrando que com
este adversário e este juiz, em particular, sempre perderemos a causa e acabaremos na prisão.
Esta parábola explica como Deus vê a justiça humana. Na narrativa, o adversário é o diabo e o
Juiz é Deus. Satanás, como nosso adversário, se levanta como o acusador dos irmãos diante de
Deus, o Juiz de todos. A verdade que Cristo quer revelar é que quando nos aproximamos de
Deus baseados em nossa própria justiça, o adversário sempre terá base legal para "nos jogar
na prisão", pois as nossas justiças são "...como trapo da imundícia" (Is.64:6).
Quando Jesus diz, "Entre em acordo depressa com seu adversário," Ele não está dizendo
para "obedecer" o diabo. Ele está dizendo que quando satanás acusa você de algum pecado ou
falha, se ele estiver certo, mesmo que por um minuto, é vantagem para você concordar com
ele sobre a sua injustiça. Se ele o acusa de ser impuro, ou de não amar, ou de não orar o
suficiente e ele está certo, a chave é não argumentar com o diabo sobre sua própria justiça
porque, diante de Deus, sua justiça é inaceitável. Não importa o quanto você se defenda ou se
justifique, por dentro você sabe que muitas vezes as acusações do diabo contêm um bocado
de verdade.
Nossa salvação não é baseada no que nós fazemos, mas no que Jesus Se torna por nós. Cristo
Mesmo é a nossa justiça. Fomos justificados pela fé; nossa paz com Deus vem através de nosso
Senhor Jesus Cristo (Rom.5:1). Quando satanás vem contra você, ele tenta enganá-lo ao
focalizar a sua atenção em sua própria justiça. Quanto mais reconhecermos que somente Jesus
é a nossa justiça, menos o adversário poderá nos atacar pelas nossas faltas.
Quando o acusador vier condená-lo por você não ter amor suficiente, sua resposta deverá ser,
"É verdade, eu não tenho amor suficiente. Mas o Filho de Deus morreu por todos os meus
pecados, inclusive pelo pecado de um amor imperfeito”. Saia da sombra do ataque satânico e
fique no brilho do amor do Pai. Submeta-se a Deus e peça que o amor e o perdão de Cristo
tome o lugar de sua fraqueza e seu amor imperfeito.
Quando satanás tentar condená-lo por impaciência, novamente sua resposta deverá ser, "Sim,
na minha carne sou muito impaciente. Mas porque nasci de novo, Jesus é minha justiça e
através de Seu sangue sou perdoado e purificado". Vire-se de novo para Deus. Use a acusação
como um lembrete que você não está diante de um trono de julgamento, mas de um trono de
graça que o possibilita a, ousadamente, vir a Deus em busca de ajuda (Hb.4:16).
Portanto, a chave principal para derrotar o diabo é a humildade. Humilhar-se é recusar-se a
defender a própria imagem: você é corrupto e cheio de pecado em sua velha natureza! Porém,

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temos uma nova natureza que foi criada à semelhança de Cristo (Ef.4:24); assim, podemos
concordar com nosso adversário acerca da condição de nossa carne!
Mas não limite este princípio de humilhar-se somente quando está envolvido em luta espiritual.
Este preceito é aplicável em outras situações também. A força da humildade é aquela que
constroe uma defesa espiritual ao redor de nossa alma, proibindo que lutas, competições e
muitas irritações da vida roubem a nossa paz.
Um ótimo lugar para praticarmos isso é em nossos relacionamentos familiares. Como marido,
sua esposa pode criticá-lo por ser insensível. Uma resposta carnal pode facilmente degenerar a
conversa em uma contenda. A alternativa é simplesmente humilhar-se e concordar com sua
esposa. Provavelmente você era insensível. Então, orem juntos e peçam a Deus por um amor
mais terno.
Como esposa, talvez seu marido a acuse de não entender as pressões que ele sofre no
trabalho. Muito provavelmente ele está certo, você não sabe as coisas que temos de enfrentar.
Em vez de responder com um contra ataque, humilhe-se e concorde com ele. Orem juntos
pedindo a Deus por um coração cordato. Se permanecermos humildes de coração,
receberemos abundantemente de Deus e satanás será desarmado em muitas frentes.
Lembre-se, satanás teme a virtude, tem horror da humildade, ele a odeia porque a humildade é
a rendição da alma ao Senhor, e o diabo se aterroriza diante de Jesus Cristo.

Cap. 3- DERRUBANDO FORTALEZAS


O que o homem chama de "salvação" é simplesmente o primeiro estágio do plano de Deus
para nossas vidas, que é nos conformar, em caráter e poder, à imagem de Jesus Cristo. Se
falharmos em ver nosso relacionamento com Deus assim, permitiremos que muitas áreas
dentro de nós fiquem imutáveis. A destruição de fortalezas é a demolição e a remoção destas
velhas maneiras de pensar para que a Presença de Jesus Cristo possa Se manifestar através de
nós.

O QUE É UMA FORTALEZA?


"Pois, embora vivamos como homens, não lutamos segundo os padrões humanos. As
armas com as quais lutamos não são humanas; pelo contrário, são poderosas em
Deus para destruir fortalezas..." (II Cor.10:3-5).
Toda libertação vitoriosa deve começar primeiro pela remoção daquilo que defende o inimigo.
Ao falar de guerra espiritual, o apóstolo Paulo usa a palavra "fortaleza" para definir o forte onde
satanás e suas legiões se escondem e são protegidos. Estas fortalezas existem nos padrões de
pensamentos e idéias que governam indivíduos e igrejas, bem como comunidades e nações.
Antes de reivindicarmos a vitória, estas fortalezas devem ser demolidas e a armadura de
satanás eliminada. Então, as poderosas armas da Palavra e do Espírito podem efetivamente
saquear a casa de satanás.
Mas qual é o significado bíblico de "fortaleza"? No V.T., uma fortaleza era uma habitação
fortificada e usada como um meio de proteção contra o inimigo. Encontramos Davi escondido
de Saul em fortalezas no deserto, em Hores (I Sam.23:14,19). Eram estruturas físicas,
geralmente cavernas no alto de montanhas onde era muito difícil um ataque. Com esta
imagem em mente, os escritores inspirados da Bíblia adaptaram a palavra "fortaleza" para
definir as realidades espirituais que são poderosa e vigorosamente protegidas.
Uma fortaleza pode ser, para nós, a fonte de proteção contra o diabo, como é o caso do Senhor
Se tornar nossa fortaleza (Sl.18:2). Por outro lado, uma fortaleza pode ser uma fonte de defesa
para o diabo, onde atividades demoníacas ou pecaminosas são protegidas dentro de nós por
nossos pensamentos simpatizantes com o mal. As fortalezas que primeiramente vamos expor
são aquelas atitudes erradas que protegem e defendem a vida do velho eu, que
freqüentemente se tornam "habitações fortificadas" de opressão demoníaca na vida de uma
pessoa.
O apóstolo Paulo define uma fortaleza como "...argumentos e toda pretensão que se
levanta contra o conhecimento de Deus." (IICor.10:5). Uma fortaleza demoníaca é
qualquer tipo de pensamento que se exalta acima do conhecimento de Deus, pelo qual se dá
ao diabo um lugar seguro de influência no pensamento de um indivíduo.
Na maioria dos casos, não estamos falando de "possessão espiritual”. Este autor não crê que
um cristão possa ser possuído, pois, quando uma pessoa é "possessa" por demônio, ele enche
o espírito da pessoa da mesma forma que o Espírito Santo enche o espírito de um cristão.
No entanto, cristãos podem ser opressos por demônios que ocupam os sistemas de
pensamentos não regenerados, especialmente se estes pensamentos são defendidos por auto
engano ou doutrinas falsas! O pensamento de que "eu não posso ter demônios porque sou
cristão", não é verdadeiro. Um demônio não pode possuí-lo no sentido eterno e de possessão,

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mas você pode ter um demônio se não se arrepender de seus pensamentos simpatizantes com
o mal. Sua rebelião contra Deus fornece um lugar para o diabo em sua vida.
Muitos cristãos são atormentados por inúmeros tipos de medo, e embora tenham sido
aconselhados e já se tenha orado sobre eles, não houve resultados. Mais do que oração, eles
precisam de libertação. A libertação, porém, não acontecerá até que o espírito de medo seja
confrontado e amarrado, e a fortaleza do medo demolida.
Muitos crentes foram ensinados que por terem o Espírito Santo, não podem ser enganados. Isto
também não é verdade. Uma das razões do Espírito da Verdade ter sido enviado foi por causa
da facilidade de cairmos no auto engano. De fato, o próprio pensamento de que um cristão não
pode ser enganado, é um engano! Quando esta mentira, em particular, permeia a mente do
crente, suas idéias e opiniões se cristalizam e este permanece no estado de imaturidade
espiritual em que se encontrava. Todo tipo de espíritos atacarão sua alma, sabendo que estão
protegidos pela armadura dos pensamentos e doutrinas da própria pessoa!
É dificílimo quebrar o poder do auto engano religioso, pois a própria natureza da "fé" é não dar
lugar à dúvida. Uma vez que a pessoa é enganada, ela não reconhece que está enganada,
porque ela foi enganada! De tudo que pensamos que sabemos, precisamos saber muito bem
que : podemos estar errados . Se não aceitarmos esta verdade, como seremos corrigidos de
nossos erros?
Qualquer área de nosso coração ou mente que não está rendida a Jesus Cristo é um área
vulnerável ao ataque satânico. E é aqui, unicamente na vida não crucificada do pensamento
na mente do crente, que a demolição de fortalezas é de vital importância. Por isso, precisamos
atingir o que a Escritura chama de "humildade de mente" antes que a real libertação seja
possível. Quando descobrimos rebelião contra Deus em nós, não devemos nos defender ou nos
desculpar. Mas, precisamos humilhar nossos corações e nos arrepender, exercendo fé em Deus
para nos transformar.
Lembre-se, satanás se alimenta do pecado e onde houver um hábito de pecado na vida do
crente, espere achar atividade demoníaca naquela área. O hábito de pecar, geralmente se
torna o lugar de habitação do espírito que está roubando o poder e a alegria daquele crente, e
aquela habitação (ou hábito) é a fortaleza.
Você pode não concordar com a idéia de espíritos malignos freqüentarem e ocuparem atitudes
na vida de um crente, mas, certamente, você vai concordar que todos nós temos uma mente
carnal que é uma fonte de imaginações e pensamentos vãos que se exaltam acima de Deus (II
Cor.10:3-5). Tratamos com o diabo ao tratar com os sistemas carnais de pensamentos, as
fortalezas que protegem o inimigo.
Não há fortalezas, nem atitudes imperfeitas, nem processos de pensamentos errados na mente
de Cristo. Antes de ir para a Sua morte, Ele declarou, "...o príncipe deste mundo está
vindo. Ele não tem nenhum direito sobre mim" (Jo.14:30). Satanás não tinha nada em
Jesus. Nós também queremos poder dizer que satanás não tem nenhuma área secreta dentro
de nós, nada que possa abrir a porta de nossa alma para o mal. Quando as fortalezas de nossa
mente estiverem derrubadas, embora ocasionalmente possamos cair em pecado, andaremos
em grande vitória e nos tornaremos instrumentos para ajudar outros em sua libertação.
A demolição das fortalezas começa com arrependimento. Quando Jesus enviou Seus discípulos,
"...eles saíram e pregaram que o povo se arrependesse. Expulsavam muitos
demônios...os curavam." (Mc.6:12,13). Quanto à libertação de espíritos que infestam a
mente, o arrependimento precede a libertação, e esta geralmente conduz à cura de outras
áreas.
Se você já é um cristão, não importando há quanto tempo, você já teve muitas fortalezas
demolidas em sua vida. Elas foram destruídas quando você se arrependeu e veio a Jesus. A
libertação é sempre simples assim... quando a alma quer. Porém, sem alguma medida de
arrependimento, a libertação é quase sempre impossível, pois, embora o espírito possa ser
comandado a sair, se a estrutura de pensamentos do indivíduo não mudar, sua atitude errada
para com o pecado receberá aquele espírito de volta.
Um aspecto do ministério de Cristo é que "...o pensamento de muitos corações será
revelado" (Lc.2:35). Se você realmente andar com Jesus, muitas áreas dos processos de seu
pensamento serão expostas. Haverá a graça e o poder de Deus para o capacitar a se
arrepender e crer em Deus para receber a Sua virtude em sua vida. Você verá a queda das
fortalezas e a chegada da vitória. Mas, devo avisá-lo que haverá a pressão de sua carne, bem
como a do mundo das trevas, para diminuir ou fazer ignorado o que Deus está requerendo de
você. Você pode ser tentado a render-se a um pecado simbólico ou à alguma falta menor,
enquanto que o problema principal permanece bem escondido. Entenda que a energia que
gastamos para manter nossos pecados em secreto é o próprio material do qual uma fortaleza é

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construída. O demônio com o qual você está lutando, usa os seus pensamentos para proteger o
seu acesso à sua vida.
Vamos orar: Pai Celestial, há áreas em minha vida (nomeie audivelmente os pecados habituais)
que eu não submeti completamente ao meu Senhor Jesus Cristo. Senhor, perdoa-me pela
transigência. Eu também peço coragem para demolir as fortalezas sem relutância ou engano
voluntário em meu coração. Pelo poder do Espírito Santo e no Nome de Jesus, eu amarro as
influências satânicas que reforçavam a transigência (acomodação) e o pecado dentro de mim.
Submeto-me à luz do Espírito da Verdade para expor as fortalezas do pecado dentro de mim.
Pelas poderosas armas do Espírito e da Palavra, proclamo que cada fortaleza da minha vida
está derrubada! Me proponho, pela graça de Deus, a ter somente uma fortaleza dentro de
mim: a fortaleza da presença de Cristo!
Obrigado, Senhor, por me perdoar e me purificar de todos os meus pecados. E pela graça de
Deus, eu me comprometo a completar esta área até que as ruínas desta fortaleza sejam
removidas de minha mente! Obrigado, Pai. Em Nome de Jesus. Amém.

Cap. 4- UMA CASA FEITA DE PENSAMENTOS


Há fortalezas satânicas sobre países e comunidades; há fortalezas que influenciam igrejas e
indivíduos. Aonde existe uma fortaleza, ali está um padrão de pensamento induzido por
demônios.
Especificamente, é uma "casa feita de pensamentos" que se tornou um lugar de habitação
para atividade satânica.
UM AVISO ANTES DA LIBERTAÇÃO!
"Quando um espírito imundo sai de um homem, passa por lugares áridos procurando
descanso e não encontra, diz : 'Voltarei para a casa de onde saí' ." (Mat.12:43,44).
Embora a natureza de um espírito imundo seja espiritual e não física, ele busca um lugar de
habitação, uma "casa" onde ele possa "descansar". Jesus revelou que há uma dimensão na
natureza humana que pode hospedar um espírito maligno e prover um tipo de descanso. Se é
assim, temos que expor a natureza do homem e revelar o aspecto que, em nós, pode se tornar
a "construção material" para um espírito se alojar.
Primeiramente, temos que entender que um demônio não pode habitar no espírito de um
cristão verdadeiro. Pela regeneração, o espírito humano se torna a morada do Espírito Santo.
Justamente, porque o Espírito Santo está em nós, é que discernimos as invasões do inimigo.
O aspecto da natureza humana que mais se assemelha, em substância e disposição, à
natureza do mal é a vida do pensamento carnal, que é uma dimensão da alma, ou da
personalidade do homem. É no pensamento não crucificado e nas atitudes não santificadas
que os espíritos imundos, se mascarando como nossos pensamentos e se escondendo em
nossas atitudes, têm acesso às nossas vidas.
Jesus prosseguiu, "...( o espírito imundo) chegando, encontra a casa desocupada,
varrida e em ordem. Então vai e traz consigo outros sete espíritos piores do ele, e
entrando passam a viver ali. E o estado final daquele homem torna-se pior do que o
primeiro." (Mat.12:44,45).
Para ser vitorioso em batalha espiritual, sua guerra tem que ser combatida de acordo com as
Escrituras. Se você ignorar a necessidade de levar Cristo à alma libertada, há o perigo do
último estado "daquele homem" pode se tornar "pior do que o primeiro" (Mat.12:45; II
Pe.2:20). Cristo precisa entrar e ter permissão de construir a Sua casa de justiça em todas as
áreas onde antes satanás habitava. Exceto em casos de males físicos, a libertação não deveria
ser ministrada a ninguém que não quisesse submeter sua vida de pensamentos a Jesus Cristo!

TIRANDO A ARMADURA DE SATANÁS


"Quando um homem forte, bem armado, guarda sua casa, seus bens estão seguros.
Mas quando alguém mais forte o ataca e vence, tira-lhe a armadura em que confiava
e divide os despojos." (Lc.11:22,23).
Antes de sermos salvos, você e eu éramos "possessões tranqüilas" do diabo; satanás era como
um "homem forte" totalmente armado guardando o território de nossas almas. No dia de
nossa salvação, porém, "Alguém mais forte", o glorioso Senhor Jesus Cristo, atacou e
subjugou satanás e tirou sua armadura. As experiências do novo nascimento podem ser muito
variadas no nível natural, mas no campo do espírito, uma luta muito semelhante foi travada e
ganha para cada um de nós. Se pudéssemos ter enxergado no mundo espiritual, teríamos
observado o Espírito Santo trabalhando com os anjos de Deus para destruir a primeira linha de
defesa do inimigo, sua "armadura". O que era, exatamente, esta armadura que protegia o
diabo e nos mantinha fora da salvação? A armadura em que os demônios confiam, consiste de
nossos próprios pensamentos, atitudes e opiniões que concordam com o mal.

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O que Jesus descreve como "armadura", o apóstolo Paulo classifica como "fortalezas" (II
Cor.10:1-4). É importante reconhecer que, ao falar de fortalezas, o apóstolo está se dirigindo à
igreja! É tolice pensar que a nossa experiência de salvação eliminou todas as idéias e atitudes
erradas, as fortalezas que ainda estão influenciando nossas percepções e comportamentos.
Sim, as coisas velhas passaram, e verdadeiramente tudo se fez novo, mas até andarmos na
plenitude de Cristo, não podemos pensar que o processo de mudança terminou.
Estaremos identificando algumas destas fortalezas mais adiante neste capítulo. Por agora,
vamos dizer que, a nível individual, a base de nossa vitória contínua em guerra vem de nos
submetermos ao Senhor, quando Ele revelar estas fortalezas, e de concordar com Ele através
do arrependimento para derrubá-las.
É importante reconhecer que, quando falamos de fortalezas, não estamos falando de
pensamentos ao acaso ou pecados ocasionais. Mas, as fortalezas que mais nos afetam são as
que estão tão escondidas em nossos padrões de pensamento que nem as reconhecemos, ou as
identificamos como malignas. Lembre-se, em nosso texto inicial, Jesus revelou que aqueles
espíritos imundos estavam procurando "descanso" . O sentido do descanso que eles procuram
se origina em estar em harmonia com o seu ambiente. Em outras palavras, quando a nossa
vida de pensamento está em linha com incredulidade, medo, pecado habitual, o inimigo
descansa.
O processo de libertação, geralmente, envolve um tempo de conflito interior e tumultos. Isto é
um bom sinal, pois significa que a vontade do indivíduo deseja ficar livre. Devemos esperar um
tempo onde precisamos exercitar nossa autoridade em Cristo quando "resistimos " ao diabo (I
Pe. 5:9a). Paulo fala da "luta" da igreja contra os principados e potestades. Haverá um período
de luta envolvido no processo de demolir as fortalezas, pois você está quebrando o seu acordo
com o inimigo que lutará para permanecer em sua vida.

LEVANDO TODO PENSAMENTO CATIVO A CRISTO


Achamos conforto em ser cristão, mas ser cristão não nos fez perfeitos, e ainda há muitas
fortalezas em nós. Vamos identificar alguns destes fortes espirituais. Raramente, o cristão não
está limitado por, pelo menos, uma das seguintes fortalezas : incredulidade, frieza no amor,
medo, orgulho, falta de perdão, cobiça, ganância ou alguma combinação destas, ou a
possibilidade de outras não citadas acima.
Por desculpar-nos tão rapidamente, fica difícil discernir as áreas de opressão em nossas vidas.
Afinal, há nossos pensamentos, nossas atitudes, nossas percepções - justificamos e
defendemos nossos pensamentos com a mesma intensidade com que justificamos e
defendemos a nós mesmos. Como está escrito, "Porque, como ele (o homem) pensa
consigo mesmo, assim é." (Prov.23:7). Em outras palavras, a essência de quem somos está
na vida de nossos pensamentos. Portanto, antes que qualquer libertação possa
verdadeiramente ser realizada, precisamos honestamente reconhecer e confessar nossa
necessidade. Precisamos parar de fingir que "tudo está bem". Precisamos nos humilhar e
buscar ajuda. Realmente, como dissemos antes, a primeira fortaleza que Deus precisa remover
é o orgulho; pois, até que alguém queira admitir que precisa de libertação, nunca será liberto
das fortalezas.
Para reconhecer o que está errado em nós, precisamos perceber o padrão de Deus do que é
certo. Davi no enlevo, Jó na miséria e nós, entre estes dois extremos, fazemos a mesma velha
pergunta, "o que é o homem?" O escritor de Hebreus fez a mesma pergunta, mas respondeu
sob a inspiração do Espírito. "...Vemos, todavia, aquele...Jesus" (Hb.2:9). Jesus Cristo é, para
Deus, o modelo do homem da nova criação (Ef.4:23,24). Ele não é somente nosso Salvador, Ele
é o Habitante que nos conforma à Sua imagem, o Primogênito de uma família de filhos
gloriosos (Hb.2:10; Rm.8:28,29).
Mas, vamos entender que somente Jesus pode ser como Jesus. Quando nos rendemos a Ele em
crescente submissão, quando habitamos n'Ele e Sua Palavra habita em nós, Ele produz vida
que não é simplesmente "como" a Sua, mas é a Sua própria vida! Cristo Mesmo vivendo dentro
de nós cumpre o plano eterno, que é fazer o homem à Sua imagem. É a chegada em nós da
Presença do Senhor Jesus que faz poderosas as armas de nossa guerra, dando autoridade às
nossas palavras enquanto demolimos fortalezas.
Portanto, você precisa aprender a olhar objetivamente qualquer pensamento ou atitude que
não se conformem à semelhança e aos ensinos de Jesus. Aqueles pensamentos devem ser
capturados e as atitudes erradas crucificadas. Precisamos fazer caminho em nós para a vinda
do Senhor. Temos que permitir o "aumento do Seu governo" se expandir até que estejamos tão
absorvidos em Seu Espírito que não somente cremos n'Ele, mas cremos como Ele. Seu amor,
pensamentos e desejos fluem de nós.

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Consequentemente, quando buscamos identificar e destruir os fortes demoníacos, a segunda
fortaleza a ser aniquilada é a da incredulidade. É o esquema de pensamentos que nos diz
que a semelhança de Cristo é impossível; o que segura qualquer outro sinal de crescimento
espiritual. Esta mentira e as cadeias que são colocadas em nossos corações devem ser tiradas
de nossas vidas.
Assim, neste momento comece a orar em seu espírito. Deixe o Espírito Santo vir e encher o seu
coração. Se você tem a fortaleza que diz que nunca será como Cristo, ela pode começar a ser
demolida agora. Vamos orar:
Senhor Jesus, eu me submeto a Ti. Eu declaro, de acordo com a Palavra de Deus, que por
causa do Teu poder de subjugar todas as coisas a Ti, as armas da minha guerra são poderosas
para demolir fortalezas (II Cor.10:3,4).Eu me arrependo por usar a mentira de que "nunca serei
como Jesus", como desculpa para pecar e comprometer minhas convicções. No Nome de Jesus
eu renuncio à minha velha natureza pecadora, e, pela graça de Deus e o poder do Teu Espírito,
eu destruo a fortaleza da incredulidade que existe em minha mente. Por causa do sacrifício
perfeito de Jesus Cristo, eu sou nova criação. Eu creio que irei, de glória em glória, ser,
continuamente, transformado à imagem de Cristo enquanto ando com Deus.

DERROTE A FORTALEZA DO FRACASSO


Vamos ver outras fortalezas que podem estar em sua vida, ver sua origem e, o mais
importante, como elas podem ser removidas. Primeiramente, lembre-se que uma fortaleza é
uma casa feita de pensamentos. Por isso, Paulo explica que neste tipo de guerra, nossa vitória
é baseada por "...levar cativo todo pensamento, para torná-lo obediente a Cristo..." (II
Cor.10:5). Sendo nosso objetivo permitir ao Espírito de Cristo completo acesso à nossas almas,
precisamos capturar nossos pensamentos e fazei-los servos de Cristo.
Para lidar com a fortaleza do fracasso, precisamos nos arrepender de nossa maneira de viver.
Tenha em mente também que arrependimento significa "mudança", não meramente remorso, e
nosso pensamento precisa mudar. Há muitos pensamentos errôneos vagando por nossas
mentes, se alimentando de incredulidade e erro. Pensamentos do tipo, "Eu vou ser sempre um
fracasso", "Não passo de um pecador", ou "Tentei andar no Espírito, mas não funcionou",
formam as paredes , o chão e o teto - o "material de construção" da fortaleza do fracasso. Para
assegurar a vitória, você precisa capturar estes pensamentos errados.
Capture o pensamento : "Eu sou um fracasso!" Arrependa-se dele pedindo a Deus perdão
por sua incredulidade. Deixe a sua mente ser renovada pela Palavra de Deus que diz, "Posso
todas as coisas em Cristo que me fortalece" . Embora você tenha falhado e ainda falhará
no futuro, mas porque Deus está em sua vida, você pode confiantemente proclamar, "Embora
eu tenha sido um fracasso, minha suficiência vem de Deus e não de mim. Sou plenamente
capaz de fazer todas as coisas através de Cristo que me fortalece."
Prenda o pensamento: "Não passo de um pecador!" Substitua-o com a confissão de sua
fé que diz, " Embora tenha sido um pecador, sou agora um filho amado de Deus, e ainda que,
ocasionalmente, eu peque, o sangue de Cristo me purifica de toda a injustiça" (I Jo.1:9). Por
causa do sangue, o sacrifício de Cristo fez cada um de nós tão puro quanto Ele Mesmo é puro.
Você está destruindo uma fortaleza de derrota que o oprimia e está começando a substituí-la
com a divina fortaleza da fé, que é construída sobre a Palavra de Deus. Com a antiga fortaleza
exposta e os padrões de pensamento de derrota vindo a baixo, você está destruindo a fortaleza
do fracasso em sua vida. Ao continuar sendo renovado no espírito de sua mente pela Palavra
de Deus, você andará num poder tremendo e em perfeita paz. Você entrará na abençoada
fortaleza da fé.
Deixe estabelecer-se em suas atitudes o objetivo e o propósito de sua salvação : que você seja
transformado à imagem de Cristo. Não está escrito que, "Aqueles que de antemão
conheceu, também os predestinou para serem conformes à imagem de seu Filho, a
fim de que ele seja o primogênito entre muitos irmãos" ? (Rm.8:29). O mesmo Senhor
que derrotou o diabo e libertou seu coração pela salvação, ainda está trabalhando para renovar
a sua mente. Se é verdade que Ele é a nossa terra prometida, também é verdade que nós
somos a Sua terra prometida! Embora os gigantes dentro de nossos corações tenham se
oposto a nós e nos humilhado, não resistirão a Ele! Ele é o eterno Josué, o Santo que não
conhece derrota.
Ao reconhecer que nossa salvação é uma transformação contínua, e que somos transformados
de "glória em glória" à imagem de Cristo, não podemos ficar desencorajados pelas fortalezas
que vamos descobrindo; nem falhas ocasionais ou momentâneas nos enfraquecerão. Quando
encaramos nossas necessidades, nos alegramos em saber que é somente uma questão de
tempo antes que outro gigante seja removido!

30
DESTRUINDO A FORTALEZA DO MEDO!
Outra fortaleza que oprime o homem é o medo. Sua experiência diz que se você tentar algo
novo, principalmente diante de outras pessoas, ficará embaraçado e será rejeitado. Para se
opor a isso, uma série completa de reações vêm à sua mente. Você volta, quando deveria
avançar, fica silencioso, quando deveria falar! Aquele retraimento silencioso e temeroso em
você, tornou-se em uma casa feita de pensamentos onde habita um espírito de medo.
Deus não o quer prisioneiro. Portanto, vamos olhar para alguns pensamentos e experiências
que podem ter formado a estrutura desta fortaleza demoníaca. Talvez, quando bem criança,
quando tentava algo novo, a reação na sua família e em seus amigos era de ridículo. Suas
palavras impensadas foram tão fundo que , ao recuar-se pela dor, involuntariamente, você
permaneceu nesta posição de "recuo" ou "retraimento". Desde então, você se recusa a colocar-
se em situações onde possa ser vulnerável à críticas. Você pode nem se recordar dos
incidentes, mas não parou de se retrair até hoje.
Lembre-se, Jesus disse que o Pai nos perdoaria assim como perdoamos os outros. Pode até
parecer injusto, mas a sua reação para com aquilo que o feriu, estava tão longe da vontade de
Deus, quanto estavam as ações daqueles que o feriram. Na verdade, a sua reação se tornou
parte de sua natureza. Você pode ser liberto desta opressão em sua alma ao liberar e perdoar
aqueles que o feriram. No mesmo grau que você deixar passar o incidente e perdoar o seu
ofensor, assim Deus restaurará a sua alma à uma atitude equilibrada e saudável para com as
outras pessoas. Enquanto você cresce neste processo de perdão, também crescerá em amor e,
a Bíblia diz que "No amor não há medo; pelo contrário o perfeito amor expulsa o
medo..." (I Jo.4:18). A fortaleza do medo será substituída pela fortaleza do amor.
Lembre-se sempre que "A vitória começa com o nome de Jesus em nossos lábios; mas não será
consumada até que a natureza de Jesus esteja em nossos corações." Não é suficiente ter nossa
"casa varrida...e em ordem" (Mat.12:43), mas, sua vida de pensamento deve ser ocupada
pela Pessoa de Cristo. Ao persistir em entregar-se a Cristo, Ele removerá a armadura de
satanás de sua mente e mostrará o que deve ser demolido. Você verá que as armas de sua
guerra são poderosas para destruir fortalezas!
Cap. 5

TRÊS FONTES DE FORTALEZAS


Se você deseja identificar as fortalezas escondidas em sua vida, precisa somente examinar as
atitudes em seu coração. Toda a área em seu pensamento que resplandece com esperança em
Deus é uma área que está sendo liberada por Cristo. Mas qualquer sistema de pensamento
que não tem esperança, que está em desespero, é uma fortaleza que deve ser destruída.

A PRIMEIRA FONTE DE FORTALEZAS : O MUNDO


De maneira geral, as fortalezas se originam de uma de três fontes. A primeira é o próprio
mundo no qual nascemos. O fluxo constante de informações e experiências que formaram as
percepções de nossa infância é a maior fonte de fortalezas em nós. A quantidade de amor (ou
falta de amor) em nosso lar, nosso ambiente cultural, valores e pressões, assim como medo de
rejeição e exposição - mesmo nossa aparência física e inteligência, tudo se combina para
formar nosso sentido de identidade e nossa visão da vida.
Nossas almas trabalhadas com inseguranças são altamente sensíveis à críticas e elogios dos
outros. Na busca de se encontrar, estas palavras são recebidas nos corações jovens como aço
derretido que, quando esfria, fica fundido em nossas naturezas. Quantos adultos de hoje crêem
que são mentalmente lentos simplesmente porque quando crianças, absorveram, em seu auto
conceito, repreensões negativas e impensadas de professores ou pais?
Estes conceitos e limitações estão estruturados em nós a partir da infância, construídos em
nossos padrões de pensamento através de palavras e idéias dos outros. Realmente, muitas de
nossas opiniões sobre a vida são nossas porque não conhecemos nenhum outro modo de
pensar. No entanto, defendemos e protegemos nossas idéias, justificando nossas opiniões
como se fossem nascidas de nossa própria criatividade!
Um outro exemplo disto é a astrologia. Multidões de crentes estão subconscientemente presos
à características e fraquezas de seu "sígno do zodíaco". Na busca de identidade, esta mistura
de fatos enganosos e ilusões foram absorvidos por suas almas, de onde continua a se levantar,
mesmo hoje, em oposição direta à obra de Deus de transformação.
Como cristãos, a única verdade apropriada para a eternidade é a verdade de Cristo. Se não
percebermos isto, seremos somente "como [nossos] mestres" , nunca fazendo mais do que
"as obras de [nosso] pai" (Lc.6:40; Jo.8:41). "Nossos mestres" e "pais", mais que

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provavelmente, fizeram o melhor que podiam, porém, nosso objetivo não é simplesmente fazer
as obras de nossos pais, mas as de Jesus.
Assim, as Escrituras nos instruem a " atentar para o resultado" da maneira de viver de um
homem, antes de nos submetermos aos seus conceitos de vida (Hb.13:7). Considerando isso, é
óbvio que somente uma Pessoa, o Senhor Jesus Cristo, provou, por Sua ressurreição, que
conhecia os segredos da vida. Ao conquistar a morte, Ele revelou que entendia de vida.
Embora Jesus use pessoas para nos ensinar, não devemos nos tornar seguidores de meros
homens, quando estes homens, na verdade, não estão em conformidade com Cristo. Nosso
alvo deve ser a conformidade com Jesus Cristo somente. Nenhum ensino que não sustente este
propósito único deve nos dirigir!
Nesta peregrinação da alma para se encontrar, devemos entregar o que éramos a Deus, pois,
se não perdermos nossa vida para Jesus, não poderemos achá-la. Quando chegamos a Cristo,
tudo que somos, em natureza e caráter, está destinado a mudar. A Bíblia nos diz que Deus nos
providenciou um novo coração, uma nova mente, um novo espírito, uma nova natureza e, no
final, até um novo nome! (Hb.8:10, I Cor.2:16; II Cor.5:16,17; Ap.2:17). Lembre-se que quando
você nasceu de novo, recebeu o próprio Espírito de Deus, e pelo Seu Espírito você nasceu em
outro reino: o Reino dos Céus. Embora seus pés ainda estejam na terra, pelo Espírito Santo
você está unido à própria Pessoa de Jesus Cristo, que está sentado no trono de Deus. Assim,
como no corpo físico seus membros estão ligados ao seu tronco, assim o seu coração está
ligado ao poder de Deus! Você nunca está sozinho! Cristo está sempre com você! O que você
era, como pessoa, antes da salvação, você nunca mais será!
A promessa de Deus é, "Se alguém está em Cristo, é nova criação. As coisas antigas já
passaram; eis que coisas novas surgiram!" (II Cor.5:17). Tudo, até sua inteligência e
aparência estão sujeitos à mudanças para melhor. Antigos fracassos, preconceitos e atitudes
estão destinados a saírem; agora, fé e esperança devem crescer diariamente em você. Como
conseguimos tão maravilhoso novo começo? Recebemos o Espírito de Cristo em nossos
corações para nos capacitar e estudamos as palavras de Cristo para nos dirigir; e tudo que
descobrimos em nós que não é semelhante a Jesus, nós crucificamos.

A FORTALEZA DE NOSSAS EXPERIÊNCIAS


Uma outra maneira das fortalezas serem construídas em nós é através de nossas experiências
e das conclusões que tiramos delas. Estas experiências, para melhor ou para pior, são o que
chamamos de realidade. Perceba que a vida, como nós a concebemos, é baseada sobre a rede
de pensamentos e opiniões que permitimos que governem as nossas almas. Por outro lado,
Deus define realidade como a "Verdade" achada em Sua Palavra. Para irmos do nosso mundo
para a realidade de Deus, precisamos ver as palavras de Jesus como portas pelas quais
entramos no Reino eterno de Deus. No significado conjunto de todo o ensino de Jesus,
encontramos a realidade do reino de Deus. A vitória vem quando nos alinhamos com a
realidade da vida de Deus.
Para derrubar a "fortaleza de nossas experiências" é necessário que "Seja Deus verdadeiro,
e todo homem mentiroso" (Rm.3:4). O único que tem o direito de moldar nossas vidas é
Jesus Cristo. Por determinação, não podemos permitir que nada nem ninguém nos molde, nem
mesmo nossas experiências pessoais, a menos que elas sejam consistentes com as promessas
de Deus. Quem está, na verdade, governando a nossa vida, Deus ou nossas experiências? Até
o ponto que nossas experiências não estão em conformidade com a Palavra de Deus, elas
sutilmente nos ensinam que Deus não é Quem Ele diz que é. Precisamos guardar nossos
corações e as opiniões que formamos da vida, pois, a não ser que os acontecimentos de nossa
vida sejam realizados à semelhança de Cristo, eles estão incompletos.
Em outras palavras, mesmo que você não foi curado, você não deve concluir que "cura não é
para hoje". A provisão de Deus é eterna , o que significa que até que os céus e a terra passem,
Ele tem providências para a nossa cura. Com relação ao pecado, embora você repetidamente
tropece, precisa continuar acreditando em Deus para a graça de vencer. Você precisa dar lugar
à uma nova compreensão. Nunca desista da fé na Palavra de Deus! As experiências podem
parecer válidas, mas se elas têm deixado você pensar que Jesus não é o mesmo hoje do que
Ele era nos Evangelhos, a conclusão está errada. É uma fortaleza que precisa cair.

A FORTALEZA DAS DOUTRINAS ERRADAS


A terceira fonte de fortalezas vem de falsas doutrinas e ensinos de igrejas. Jesus alertou,
"Cuidado, que ninguém os engane" (Mt.24:4). Podemos ser guiados por outra pessoa, mas,
com a responsabilidade de não estarmos sendo desviados por aquela pessoa. Precisamos
conhecer e estudar a Bíblia por nós mesmos; do contrário, como podemos discernir os erros no
ensino que ouvimos? Por mais que amemos um pastor em particular, tendo sido muitas vezes

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edificados por ele, devemos humildemente pedir ao Senhor que confirme todas as doutrinas
questionáveis. Nenhum mestre é tão verdadeiro, nenhum profeta é tão puro que possamos
cegamente ser guiados por eles. Eles podem nos dirigir, mas nossos olhos devem estar bem
abertos e nossos ouvidos sensíveis à voz confirmatória de Jesus. Como está escrito, "Toda
questão deve ser decidida pelo depoimento de duas ou três testemunhas" (II
Cor.13:1). Mesmo mestres verdadeiros podem, inocentemente, comunicar doutrinas falsas. Não
importa quão sincero nosso professor de Bíblia seja, se o que estamos aprendendo não nos
dirigir para o amor de Cristo, Sua santidade, Seu poder; se não estamos sendo preparados
nestas dimensões espirituais para Jesus e, através d'Ele, para os outros, esta doutrina é uma
fortaleza que está nos limitando e nos oprimindo.
A maneira mais certa de nos assegurarmos que ninguém está nos desviando, é cuidar para não
nos desviarmos. Precisamos permanecer honestos com Deus e sensíveis ao Seu amor e à Sua
Palavra. O plano de satanás é nos fazer, de algum modo, aceitar , ou pela nossa criação,
nossas experiências ou pelos dogmas da igreja, que algumas partes da vida de Cristo não são
verdadeiras ou não são válidas no nosso caso. Todas as batalhas que enfrentamos na vida são
sobre a Palavra e se podemos ou não construir nossas vidas sobre a fidelidade e integridade
de Deus. Se permanecermos firmes nestas coisas das quais temos certeza, Deus será fiel em
nos libertar de toda fortaleza e nos guiar inteiramente ao Seu Reino.

Cap. 6- A FORTALEZA DA SEMELHANÇA DE CRISTO


A vitória começa com o Nome de Jesus em nossos lábios. É consumada com a natureza de
Jesus em nosso coração.
O MAIS ALTO PROPÓSITO DE DEUS
Muitos cristãos se engajam em batalha espiritual com a esperança de, ou aliviar suas
dificuldades, ou conseguir uma existência "normal". No entanto, o propósito de todos os
aspectos de espiritualidade, inclusive a batalha , é nos fazer conformes à imagem de Cristo.
Nada, nem adoração nem guerra, nem amor nem libertação, será realmente obtido se
perdermos o objetivo único de nossa fé: a semelhança de Cristo.
Vamos nos lembrar que o Senhor libertou os antigos hebreus do Egito para que Ele os pudesse
trazer à Terra Prometida. Da mesma forma, somos libertos do pecado, não para vivermos para
nós mesmos, mas para podermos atingir a semelhança de Cristo. Nossos objetivos devem
estar alinhados com os de Deus, pois, se a nossa natureza não mudar, certamente, vamos nos
encontrar envolvidos nos mesmos problemas que causaram nossas dificuldades primeiras.
Enquanto não quisermos ouvir isto, muitas de nossos conflitos espirituais não cessarão até que
o caráter do Senhor Jesus seja formado em nossos corações. A meta do Pai em nossa libertação
vai muito além do que simplesmente ver nossos fardos, ou o diabo fora de nossas costas.
Realmente, o propósito específico para o qual Deus dirige a cooperação de todas as coisas em
nossas vidas é a nossa conformidade "...à imagem do Seu Filho." O propósito do Pai em
nossa salvação foi que Jesus Se tornasse "...o Primogênito entre muitos irmãos"
(Rm.8:28,29). Em outras palavras, a maneira de se obter a vitória final de Deus é alcançar o
Seu objetivo final - a completa transformação à imagem de Cristo.
Há uma penetração de espírito entre Deus e nós, onde nosso espírito é totalmente saturado
com a Presença Viva do Senhor Jesus e a Sua glória flui de tal maneira em nossas vidas que
não há "...nenhuma parte... em trevas" deixada em nós. (Lc.11:36). Esta proximidade da
presença do Senhor produz uma defesa indestrutível, uma fortaleza na qual estamos
escondidos do maligno. Através Dele, entramos na excelência de Seus caminhos em nossos
relacionamentos, com o Pai e uns com os outros; assim, andaremos imunes aos incontáveis
ataques satânicos. À medida que a Sua plenitude aumenta em nós, vai se cumprindo o que
está escrito : " ...porque neste mundo somos como Ele." e "...aquele que nasceu de
Deus o protege, e o Maligno não o atinge." (I Jo.4:17; 5:18).
Precisamos entender que não é satanás que nos derrota, mas é a nossa abertura a ele. Para
subjugar totalmente o diabo precisamos andar no "esconderijo do Altíssimo" (Sal.91:1).
Satanás é tolerado com um propósito : a guerra entre o diabo e os santos de Deus os impele
para a semelhança de Cristo, onde a natureza de Cristo se torna o único lugar de repouso e
segurança. Deus permite a guerra para facilitar o Seus plano eterno que é nos fazer à Sua
imagem (Gn.1:26).
Quando percebemos que o propósito do Pai é transformar nossas vidas na vida de Cristo,
descobrimos que Deus tem uma resposta para a guerra espiritual : nos apropriar da natureza
de seu Filho! Você está perturbado por demônios, medo ou dúvida? Submeta estas áreas a
Deus, arrependa-se de sua incredulidade e renda-se à fé de Cristo que está em você. Você está
perturbado por espíritos de luxúria e vergonha? Apresente estas áreas de pecado a Deus,
arrependendo-se de sua velha natureza, contando com o perdão de Cristo e com Sua pureza de

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coração. O Pai está mais preocupado com a vinda de Seu Filho às nossas vidas do que com a
derrota de Satanás. Quem é o diabo para desafiar o Deus Vivo? A grande verdade é que
quando o diabo reconhece que seus ataques contra a sua vida não o afastam de Deus, mas o
levam para Deus, quando ele percebe que suas tentações, na realidade, forçam você a se
aproximar da virtude de Cristo, ele vai se retirar.

O OBJETIVO É A SEMELHANÇA DE CRISTO, E NÃO A GUERRA


Há um tempo , sobre o qual falaremos mais tarde neste livro, quando o Senhor nos chamará
para destruir as fortalezas do inferno sobre nossas igreja e comunidades. No entanto, há outro
tempo em que engajar em muita luta espiritual é, na realidade, uma distração para nossa
obediência a Deus. Jesus derrotou satanás no Getsêmani e na cruz não por confrontá-lo
diretamente, mas por cumprir o objetivo para o qual Ele foi chamado ao Calvário. A maior
batalha já vencida foi conseguida pela aparente morte do vencedor, sem sequer uma palavra
de repreensão contra Seu adversário! O príncipe deste mundo foi julgado e os principados e
poderes foram desarmados não por uma guerra de confronto, mas pela entrega de Jesus na
cruz.
Há ocasiões quando a sua batalha contra o diabo é, na realidade, um desvio do propósito maior
que Deus tem para você. Intercessores e capitães de guerra, tomem nota : há um demônio
cujo propósito é atrair a mente das pessoas para o inferno, o seu nome é "Foco Errado". Se
você continuamente vê espíritos malignos nas pessoas ou no mundo material que o cerca,
pode, realmente, estar lutando com este espírito. O objetivo final deste demônio é produzir
doença mental nos santos que atuam em libertação. Ouçam com muito cuidado: nós não
fomos chamados para estarmos focalizados na guerra ou no diabo, exceto onde esta guerra
impede nossa transformação imediata à imagem de Cristo. Nossa chamada é para estarmos
focalizados em Jesus. A obra do diabo, no entanto, é tirar os nossos olhos de Jesus. A primeira
arma de satanás sempre envolve desviar nossos olhos de Cristo. Vire-se para Jesus e, quase
que imediatamente, a batalha se desvanece.
Eu conheci um homem que era dono de uma companhia de discos. Além de dirigir a operação,
ele também passava muitas horas na produção ouvindo a "matriz", o disco do qual os outros
são gravados. Com os anos, seus ouvidos se tornaram rápidos para perceber as imperfeições a
serem eliminadas da matriz. Fiquei pensando que trabalhar com música devia ser muito
agradável, e lhe disse isso. Sua resposta foi esclarecedora. Ele disse, "Tenho ouvido música por
muitos anos, mas quando, em casa, eu ligo o meu sofisticado aparelho estéreo , qualquer que
seja o disco, tudo o que eu ouço são os defeitos."
Da mesma maneira que os pensamentos daquele homem eram inclinados para as imperfeições
musicais, assim Foco Errado procurará inclinar os seus pensamentos continuamente para o
inimigo. De repente, tudo que você verá são demônios. O verdadeiro dom de "discernimento
de espíritos" é um dom equilibrado que o capacita a reconhecer, pelo menos, o mesmo número
de seres angelicais quanto o de espíritos malignos. A manifestação própria deste dom tem um
foco e uma influência muito mais positivos do que o que comumente se mascara como
discernimento.
Um exemplo do equilíbrio próprio do discernimento é visto em II Reis. O exército sírio tinha
cercado uma cidade em Israel, para a tristeza do servo do profeta Eliseu. Para acalmar o seu
temor, Eliseu orou para que os olhos do servo fossem abertos. Ele, então, encorajou seu servo
dizendo, "Não temas; porque são mais os que estão conosco do que os que estão
com eles." (II Reis 6:16). Quando o Senhor abriu os olhos do servo, ele viu o que Eliseu estava
vendo: "...o monte estava cheio de cavalos e carros de fogo, em redor de Eliseu"
(v.17).
Em guerra espiritual, a batalha nunca está limitada ao "nós contra eles" como é na esfera
humana. Sempre inclui "os que estão conosco" contra "os que estão com eles". O
verdadeiro discernimento está totalmente ciente da grande multidão de anjos leais a Deus,
como da atividade no campo demoníaco - e está ciente que os exércitos angelicais do nosso
lado são mais fortes e mais numerosos do que o inimigo. Lembre-se, se você não conseguir
"ouvir a música" em seu tempo de guerra, o seu discernimento está incompleto.
Precisamos aprender que, a nível pessoal, é melhor desenvolvermos virtudes divinas do que
passar o dia orando contra o diabo. Na verdade, é a alegria do Senhor que expulsa os espíritos
de depressão. É a nossa fé viva que destrói os espíritos de incredulidade; é o amor agressivo
que lança fora o medo.
Quando nos entregamos continuamente a Cristo, submetendo-nos, pela fé, à Sua natureza e às
Suas palavras, construímos, literalmente, a impenetrável fortaleza de Sua presença ao nosso
redor. O caminho para a fortaleza do Altíssimo é simples. A vitória começa com o Nome de
Jesus em nossos lábios, e é consumada pela natureza de Jesus em nosso coração.

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Cap. 7- NO MEIO DOS SEUS INIMIGOS
Nossa paz não vem da indiferença extrema e nem de se tornar tão "espiritual" que não se
consegue perceber um problema. Ela vem de sermos tão confiantes no amor de Deus, que, a
despeito das batalhas e das dificuldades de suas circunstâncias, sabemos que " Aquele que
está em nós é maior do que aquele que está no mundo" (I Jo.4:4). Não somos dos que confiam
em si, mas dos que confiam em Deus.
O DEUS DA PAZ ESMAGARÁ SATANÁS
Para lançar uma guerra espiritual efetiva, precisamos entender de autoridade espiritual.
Autoridade espiritual não é forçar a sua vontade sobre os outros. Você tem autoridade
espiritual, se você estabeleceu a paz de Deus numa área que estava cheia de conflitos e
opressão. Portanto, para verdadeiramente sermos capazes de nos mover em autoridade,
precisamos primeiramente ter paz.
O apóstolo Paulo ensinou que, "...o Deus da paz esmagará a Satanás debaixo dos pés de
vocês." (Rom.16:20). Manter paz durante a guerra é um sopro esmagador e mortal sobre a
opressão satânica e o medo. Nossa vitória nunca vem de nossas emoções ou de nosso
intelecto. Nossa vitória vem por recusarmos julgar pelo que nossos olhos vêem ou nossos
ouvidos ouvem, e por confiar que o que Deus prometeu, acontecerá.
Nunca conheceremos a vitória plena de Cristo enquanto não pararmos de reagir humanamente
diante de nossas circunstâncias. Quando você, realmente, tem autoridade sobre algo, olhará
aquilo sem preocupação, medo ou ansiedade. Sua paz é a prova de sua vitória. A autoridade
de Jesus sobre a tempestade violenta (Mat.8:23-27) foi o exercício e a expansão de Sua paz
sobre os elementos. Ele não lutou contra a tempestade, nem teve medo mas, Ele encarou a
sua fúria e a subjugou com Sua autoridade, em perfeita paz. No tribunal de Pilatos, em meia à
uma loucura emocional trazida pelos poderes do inferno, uma tranqüilidade santa cercava
Jesus Cristo - a paz que vinha de Sua decisão de fazer a vontade de Deus, sem Se importar
com o preço.
Seu Espírito emanava uma calma que representava, perfeitamente, a paz do trono de Deus.
Em questão de momentos, não era mais Jesus que estava em julgamento, mas satanás, Pilatos
e a nação de Israel.
O arsenal de satanás consiste de itens como: medo, preocupação, dúvida, auto-piedade, etc.
Cada uma destas armas nos tira a paz e nos deixa preocupados interiormente. Você quer
discernir de onde o inimigo está vindo contra você? Na rede de seus relacionamentos, onde
você não tem paz, você tem guerra. Por outro lado, onde você tem vitória, você tem paz.
Quando satanás atira seus dardos, quanto mais paz você tiver durante a adversidade, mais
verdadeiramente estará andando na vitória de Cristo.
Paulo nos diz para não sermos "...de forma alguma... intimidados por aqueles que se
opõem a vocês. Para eles isso é sinal de destruição, mas para vocês de salvação..."
(Fil.1:28).A sua paz , a sua posição inabalável na Palavra de Deus é um sinal de que você está
corretamente posicionado em perfeita submissão à vontade de Deus. O próprio fato de não
estar "...de forma alguma...intimidado" pelo seu adversário é um sinal que você tem
autoridade sobre ele.
Paz é Espírito de Poder. Um pacificador não é meramente alguém que protesta contra a guerra;
é alguém que, interiormente está tão rendido a Cristo em espírito e propósito que pode ser
chamado de "filho de Deus". Onde ele vai, Deus vai e onde Deus vai, ele vai. É destemido,
calmo e ousado. A paz emana dele assim como luz e calor emanam do fogo.
Nas lutas da vida, sua paz é realmente uma arma. A própria confiança declara que você não
está caindo nas mentiras do diabo. Note, o primeiro passo em direção à autoridade espiritual
sobre o adversário é ter paz, a despeito das circunstâncias. Quando Jesus confrontou o diabo,
Ele não o confrontou com Suas emoções ou com medo. Sabendo que o diabo era um
mentiroso, Ele simplesmente Se recusou a ser influenciado por qualquer outra voz que não a
de Deus. Sua paz esmagou satanás, Sua autoridade, então, despedaçou a mentira, isto põe os
demônios a fugir.

DESCANSE ANTES DE DECRETAR


No Salmo 23, Davi declara, "Ainda que eu ande pelo vale da sombra da morte, não temerei mal
nenhum, porque Tu estás comigo". Há um lugar de andar com Deus onde simplesmente não
temeremos mal algum. Davi enfrentou um leão, um urso e um gigante. Neste Salmo ele estava
na "sombra da morte", mas ele "não temia mal nenhum". A confiança de Davi estava no
Senhor. Ele disse, "...pois Tu estás comigo". Porque Deus está com você, toda adversidade
se transformará em vitória enquanto você mantiver sua fé em Deus! Davi continuou,
"...Preparas-me uma mesa na presença dos meus adversários..." A batalha na qual

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você está, logo se tornará uma refeição, uma experiência que o nutrirá e o edificará
espiritualmente.
Somente a paz de Deus dominará suas reações carnais na batalha. A fonte da paz de Deus é
Deus Mesmo. "Diante do trono havia algo parecido com um mar de vidro, claro como o
cristal..." (Ap.4:6a).O mar de vidro é um símbolo: não há agitação, ondas, ansiedades
perturbando a Deus. O Senhor nunca está preocupado, apressado ou sem uma resposta. O mar
diante dele está perfeitamente quieto , totalmente calmo. Toda a nossa vitória flui de estarmos
assentados aqui com Ele. Deus é nosso Pai, a Jerusalém celestial é nossa mãe , o lugar de
nascimento de nossa nova natureza (Gl.4:26). E você? Você é um amado filho de Deus, parte
da família do Pai (Ef.2:19). Você precisa da revelação de que não está lutando para subir ao
céu; você nasceu lá, no renascimento espiritual (Jo.3:1-8). Você precisa se estabelecer e se
posicionar corretamente em seu relacionamento com o Todo poderoso.
Para aqueles que nasceram de novo, do alto, Ele diz, "...Assenta-te à minha direita, até
que eu ponha os teus inimigos debaixo dos teus pés"(Sal.110:1). Antes de sair para a
guerra, reconheça que não é de você que o diabo tem medo, é de Cristo em você! Nós
estamos assentados com Cristo nas regiões celestes (Ef.2:6). É por isso que o Espírito Santo
continua a nos falar que a adoração a Deus é a nossa primeira resposta em batalha. Posicione-
se na presença de Deus. Sente-se, descanse no conhecimento que Cristo já colocou os seus
inimigos debaixo de seus pés. Da posição de descanso, a Palavra do Senhor continua, "O
Senhor enviará de Sião o cetro do Seu poder, dizendo: Domina entre os teus
inimigos." (Sal.110:2).
O descanso precede o domínio. A paz precede o poder. Não procure dominar sobre o diabo até
que você se submeta ao domínio de Deus. O ponto central de toda vitória vem de buscarmos a
Deus até encontrá-lO, e tendo encontrado, permitir que Sua Presença encha o seu espírito com
a Sua paz. Na segurança total à Sua mão direita, enquanto descansamos em Sua vitória,
dominamos no meio de nossos inimigos.
Tradução livre e resumo do livro " Os Três Campos de Batalha" de Francis Frangipane.

GUERRA ESPIRITUAL
Pr. Joaquim de Andrade

Introdução:
"Há dois erros iguais e contrários em que nossa raça pode cair com respeito aos diabos. Um é
não acreditar na sua existência. O outro é acreditar e sentir um interesse excessivo e insalubre
neles." (C.S. Lewis, Screwtape Letters, p.3)

Creio que hoje mais do que nunca se cumprem estas palavras de C.S. Lewis, temos igrejas que
nem acreditam no diabo e por outro lado temos igrejas que acreditam demais no diabo. Você
está em guerra, não estamos vivendo uma vida de Disneylandia espiritual, esta guerra
acontece 24 horas por dia, Satanás não descansa, não tira férias, não passa mais tarde.

Hoje a Igreja vive uma diferente perseguição de Satanás, pois hoje ele está agindo dentro da
Igreja. Durante muitos anos ele agiu fora da Igreja, mandando matar os cristãos, mas hoje ele
está matando os cristãos com as mais variadas heresias. Pastores estão exorcizando cidades,
crentes estão sendo possuídos por demônios.

"Para que Satanás não alcance vantagem sobre nós,


pois não lhe ignoramos os desígnios." (2 Co 2:11)

I - QUEM É O INIMIGO: Satanás e seus anjos

A.) Terminologia bíblica: Satanás é achado em 7 livros do A.T., e por cada autor do N.T.:

Satanás:
a.) A.T. hb. satan, "adversário" do verbo "ficar em emboscada (como inimigo); opor-se"; satã é
usado 15 de 23 vezes para a pessoa de Satanás.
b.) N.T. gg. satanás é quase sempre o grande adversário de Deus e do homem - o Diabo; das
36 vezes, só três não se referem absolutamente à pessoa de Satanás. (Mt 16:23; Mc 8:33: Jo
6:70).
Diabo: gg. diábolos, 33 vezes, "caluniador, difamador".
Outros nomes de Satanás: Nos nomes vemos o caráter de Satanás:
"O grande dragão, a antiga serpente, que se chama diabo e Satanás,

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"O sedutor de todo mundo" Ap. 12:9;
"Acusador dos nossos irmãos , Ap.12:10:
"Lúcifer" ou "a estrela da manhã" Is.14:12 (cf. 2 Co 11:14: anjo de luz)
"Belzebu" maioral dos demônios - Mt 12:24
"Maligno" Mt 13:38
"Belial" - "sem lei; anárquico; desordenado" 2 Co 6:15
"Tentador" - Mt 4:3; 1 Ts 3:5
"Inimigo" Mt 13:28,29
"Homicida" Jo 8:44
"O Pai da mentira" Jo 8:44
"O deus deste século" - 2 Co 4:4
"O Príncipe da potestade do ar" Ef. 2:2
"O Príncipe deste mundo" Jo 14:30; 16:11
"O Abadom" (Hb); "Apoliom" (gg) Ap. 9:11
destruidor; exterminador" (Abadom = sheol ou hades 3 vezes; a morte 2 vezes; provavelmente
aqui "o anjo do abismo", o rei dos demônios.

Demônios, gg. daímon 5 vezes: daimónion 60 vezes vb. daimonízomai 13 vezes: fora de 10
vezes, todos os usos ficam nos Evangelhos. Geralmente = seres espirituais e maus (às vezes,
deuses dos pagãos); provavelmente os demônios sãos os anjos de Satanás que caíram com
ele.

Os demônios tem personalidade; inteligência (2 Co 11:3); vontade (2 Tm 2:26); emoções (Ap


12:17)
Eles sabem da sua condenação
(Mt 8:29; Lc 8:28-31)
Alguns já estão encarcerados no abismo e alguns destes serão libertados na grande tribulação
(2 Pe 2:4; Jd 6; Ap 9:14; 16:14: Lc 8:31, etc.)
Eles conhecem a Jesus (Mt 8:29: Mc 1:24)
Eles tem suas doutrinas e promovem doutrinas falsas (1Tm 4:1-3)
Podem habitar em homens e animais (Mc 4:24; 5:13)
Eles podem causar doenças (Mt 9:33; cf. Jo 2:7)
Alguns poderosos enganam as nações
(Dn 10:13; Ap 16:13,14; Is 24:21)
B. Caráter e Atividade de Satanás:

1.) A pessoa de Satanás (Ez 28:12,17; Is 14:12-15)


No mundo antigo, um rei freqüentemente foi deificado e visto como o mediador entre a sua
cidade-país (i.é., Tiro, Babilônia, Roma) e o deus nacional. Nestas passagens, os profetas falam
não somente ao rei, mas ao deus-espírito atrás do rei.
Satanás foi criado "querubim da guarda ungido, o sinete da perfeição, formoso, poderoso, mas
finito.
Ele caiu por causa do orgulho (Is. 14:12-14; Ez 28:15-17 cf.. I Tm 3:6)
O que Satanás tem, é dado, permitido e limitado pelo Deus soberano.
"O Diabo acha que ele está livre; mas ele tem um freio na boca e Deus segura as rédeas"(B.B.
Warfield).

2.) Posição de Satanás:


Ele ainda tem acesso ao trono de Deus.
(Jo 1:6; 2:1; Zc 3:1-6; Lc 22:31; Ap 12:7-10)
Ele reina sobre a hierarquia dos demônios.
(Mt 25:4; Ef 6:12: Ap 12:7)
Ele reina sobre este mundo.
(Lc 4:5,6; 2 Co 4:3;4; Ef 2:1-3; I Jo 5:19-20)
3.) Atividade do Diabo e seus anjos:

Tentar: (Gn 3:1; Mt 4:11; 16:23; Lc 22:31; At 5:3; I Co 7:5; I Tm 3:6,7; I Jo 2:16)
Confundir, enganar, contrafazer, imitar ( I Co 10:20; 2 Co 4:3,4; 11:13-15 (anjo de luz); 2 Ts 2:9;
Ap 16:13s; 20:3)
Destruir - (Lc 8:12 (tirar a Palavra); I Pe 5:8; Ap 12:13-17)

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Habitação: "possessão demoníaca" não comunica bem o conceito do gg. daimonizomenos (Mt
15:22) = "endemoninhado", que é um estado de passividade humana causada pelos demônios;
o controle de alguma forma dum demônio (cf. Mt 12:22-28, 43-45)
Especificamente contra os cristãos: tenta-os a mentir (At 5:3); à imoralidade (1 Co 7:5); semeia
o joio para enganar e atrapalhar (Mt 13:38s; 1 Ts 2:18); perseguição (Ap 2:10); difamação e
calúnia (Ap 12:10); cria problemas físicos (2 Co 12:7-10)
Qual a diferença entre Opressão Satânica e Possessão Demoníaca?

Possessão é Demoníaca e Opressão é Satânica:


Na Possessão a vítima é dominada pelo demônio, corpo, alma e espírito.

O crente que estiver andando com Deus em fé e obediência não pode ser possuído de um
espírito demoníaco, cf: (Ap 3:20; Rm 12:1;2; II Co 5:17; Jo 3:3-5; Ef 1:13-14; Jo 14:23-30; Jo
14:16; II Co 2:16: 12-13; 1 Co 3:16-18; 1 Co 6:19-20; Rm 8:9-10; 1 Jo 5:19; Jo 14:30).

Opressão - todos os cristão são alvos de Satanás para cairmos numa vida de pecado, por isso
muitos cristãos podem sofrer, cf. (E 6:13; Tg 4:7)

Obsessão demoníaca - é um ataque mais intenso de ataque demoníaco (II Co 12:7-10)

II - QUEM É O VENCEDOR? O poder do Sangue de Cristo

A.) O que Cristo fez na cruz: 17 cumprimentos

"Porque Jesus Cristo é Deus e homem, a Sua morte na cruz tem valor infinito para todos que
crêem" (F.Schaeffer)
Substituição: Ele morreu no nosso lugar (Lv 1:4; Mt 20:28; Tm 5:6-8; 2 Co 5:15-21; 1 Pe 3:18)
Redenção: pagou o preço para libertar-nos (At 20:28; Rm 3:24; Ef 1:7; 1 Pe 1:18-19)
Propiciação: satisfez a ira santa de Deus contra os pecados (Rm 3:25; Hb 2:17; 1 Jo 2:2)
Reconciliação: o homem pode ser amigo de Deus (Rm 5:10,11; 2 Co 5:18-21; Ef 1:10; 2:16)
Justificação: a justiça de Cristo é imputada a nós (At 13:39; Rm 3:19-26; 5:9; 8:30,31; 2 Co
5:21; Ef 1:4)
Base do perdão dos pecados antes da cruz (Rm 3:25; Hb 9:15; 10:1-14)
O fim da lei Mosaica; agora há "a lei de Cristo", a lei do Espírito. Rm 3:19-28; 6:14; 8:2-4; 10:4;
13:8s; 2 Co 3:6-17: Gl 3:19-25; Fp 3:3; Cl 2:14; I Jo 3:23)
Base da adoção como filhos e herdeiros maduros - Rm 8:14-17; Gl 3:23-26; 4:1-7.
Base da obra do Espírito Santo em nós - Jo 3:1-7; 16:8-11; I Co 12:13; Ef 1:13-14; 4:30; 5:18)
Base da santificação - posicional e experimental - I Co 1:2; 6:11; Ef 5:26-27; I Ts 4:3; I Pe 1:15-
16.
O juízo da natureza pecaminosa: quebrou o poder controlador do pecado; podemos viver vidas
que agradam a Deus. Rm 6:1-14; Gl 5:13-25.
Base do perdão dos pecados do crente: filhos que caem da comunhão com Deus devido ao
pecado. Rm 8:1s; I Jo 1:7; 2:2.
Jesus é o primogênito do processo da morte, ressurreição, ascensão e glorificação que nós
seguiremos (I Co 15:12-23; Cl 1:18; I Ts 4:13-17: Hb 2:9-15; I Jo 3:1,2.)
Base da redenção da natureza. Rm 8:18-22; Is 65:17-25; Ap 21:1s.
Base da purificação das coisas no céu - Hb 9:22-24 (cf. 8:1-5; 9:11)
A cruz é a base do juízo dos incrédulos - o dom da salvação rejeitado - Jo 16:8-11, cf. Jo 3:14-
18,36; 2 Ts 1:6-11; Ap 20:11-15.
Na cruz, o pecado, a morte e Satanás foram vencidos:
o pecado - I Jo 5:18-19; cf. n.11 acima
a morte - Jo 5:24-27; I Co 15:55-57; Hb 2:14-15; Ap 20:14
Satanás e os demônios - Jo 12:31-33; Hb 2:14,15; Ap 20:10
B. Os Juízos de Satanás e seus anjos:

Satanás e os anjos perderam sua posição no céu (Ez 28:16)


Ele foi julgado profeticamente no jardim do Éden
(Gn 3:16)
Cristo veio a primeira vez para destruir as obras do maligno. (I Jo 3:8; 5:18; Cl 2:14,15)
Quando Cristo voltar, Satanás receberá um castigo temporário dum mil anos no abismo (Ap
20:1-3)

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No fim do milênio, no juízo final, Satanás e os seus anjos serão lançados no lago de fogo e
enxofre para eternidade. (Ap 20:10)

III - COMO DEVEMOS LUTAR?


Três passos à vitória

A. Observações Iniciais:
1.. Satanás é feroz: "A razão pela qual muitos cristãos falham por toda vida é esta: eles sub-
estimam o poder do inimigo. Temos um inimigo terrível com quem temos que lutar. Não deixa
Satanás nos enganar. Pois assim estaremos mortos! Isto é guerra. Quase tudo que nos rodeia
(neste mundo) nos desvia de Deus. Não saltamos do Egito ao trono de Deus num pulo só. Há
um deserto, uma viagem, e há inimigos na terra." (D.L.Moody, cf. I Pe 5:8)

2.. Satanás é finito: não é onipotente, onipresente ou onisciente. Geralmente, no sentido


direto, o diabo e os seus demônios não nos tentam diariamente. Claro, o mundo está
controlado espiritual e moralmente por satanás. Mas tentação vem principalmente da nossa
própria carne: cobiça, orgulho, concupiscência, falta de auto-controle, etc. (Tg 1:13-16; 4:1-8)

3.. Satanás e os demônios são limitados por Deus: O Senhor os permitem ser ativos, mas
a graça que restrita não deixa-os fazem tudo que quiserem (Jó 1:6 , 2:7; Lc 22:31; 2 Co 12:7-9).
Em qualquer situação. "...Deus é fiel, e não permitirá que sejais tentados além das vossas
forças... (mas) com a tentação vos proverá livramento..." (I Co 10:13). Cristo, nosso Sumo-
Sacerdote, constantemente intercede por nós - Jo 17:15; Hb 7:25: I Jo 2:1-2.

Passo Um: Pureza


1. Cristo adquiriu nossa pureza na cruz. Apesar de falhas nas nossas vidas - das quais satanás
gosta de nos acusar (Zc 3:1-5; Ap 12:10) - somos posicionalmente puros, vestidos na justiça de
Jesus Cristo. Satanás não pode tocar nossa salvação, nem nos separar do amor de Deus (Rm
8:38,39); temos uma posição de aceitação e autoridade em Jesus Cristo. (Rm 8:1; Ef 1:6)

2.. Mas devemos buscar a santidade, experimentalmente realizando Sua chamada alta. O
pecado na vida nos destrói, abrindo a porta para opressão.

Seja santificado pela Palavra - Jo 17:17: 2 Tm 3:16


Confessar e renunciar tudo na nossa vida contra Deus - Ef 4:27; I Ts 4:3 cf. Êx 20:4-6.
Nada disponhais para a carne - Rm 13:12-14
Chegai-vos a Deus - Tg 4:8
Passo dois: As armas de Deus
1.. Revesti-vos de toda a armadura de Deus, cada peça tem propósito para lutar, e sugere
como satanás ataca.
o largo cinto da verdade
a couraça da justiça
calçai os pés com a preparação do evangelho
o escudo da fé
o capacete da salvação

2. A espada do Espírito = a Palavra de Deus (Mt 4:4)

3. O poder conquistador da oração:


no nome de Jesus - Jo 14:13,14'; 15:7;16; 16:23-27
com consciência pura - Tg 4:2,3; 5:16; I Jo 3:21s.
poder do Espírito Santo - Rm 8:26s; Ef 6:18; Jd 20s
com fé - Hb 11:1-6; Mc 11:22-24; Tg 1:5-8; 5:14,15
com perseverança - Ef 6:18; Cl 4:2; Lc 11:5-10
às vezes com jejum - At 13:2-3; 14:23; Mc 9:29

Passo três: Como Vencer Satanás e os demônios


1.. Seja sempre sóbrio e vigilante - 1 Pe 5:8-9a

2.. Quando você confrontar a presença satânica, não seja tolo. Tome cuidado - Jd 9; 2 Pe 2:10s;
At 19:12-17

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3.. Reconheça a sua autoridade em Jesus Cristo - Lc 9:1; 10:1-20; At 5:16; 8:7; 16:16-18; I Jo
4:4; Mc 16:17.

4.. Também; os demônios crêem e tremem - Tg 2:19


5.. Imediatamente, no nome de Jesus, peça que o Senhor quebre os poderes de Satanás e os
demônios e limpe a situação. Lembre-se que o Sangue de Cristo é a prova que Satanás foi
conquistado na cruz, e que o seu juízo foi selado.

6. Em casos graves, ache outros irmãos logo que possível. Junte-se com eles para orar e resistir
ao maligno. Não tente exorcizar ou confrontar sozinho um demônio, exceto quando é difícil de
achar ajuda. Nos casos de habitação demoníaca, seria sábio em procurar líderes cristãos que
tem experiência nisso. Entretanto, você, bem preparado, pode exorcizar sozinho.

7. "Sujeitai-vos pois à Deus, resisti ao diabo, e ele fugirá de vós"(Tg 4:7)

"Eles, pois o (Acusador) venceram por causa do sangue do Cordeiro e por causa da palavra do
testemunho que deram, e mesmo em face de morte, não amaram a própria vida". (Ap 12:11)

ESCOLA DE ORAÇÃO
Escola de Oração é uma série de estudos sobre a arte de orar. Visa o treinamento dos
"Guerreiros de Oração" para uma vida de efetiva vitória, como intercessores. Não tem a
pretensão de ensinar a orar, pois o Espírito de Deus é Quem nos ensina. Porém Ele só faz,
quando oramos. Aprendemos a orar, orando; o Espírito vem em nosso auxílio.
Deus levanta em toda a terra um exército de Guerreiros de Oração. Filhos e filhas que estão
dispostos a atender ao chamado do Espírito Santo para a Ele se oferecerem como canais de
intercessão na terra, como cumprimento final dos propósitos de Deus para Sua Igreja e para o
mundo; Guerreiros que estão conscientes de que dispõem apenas da sua geração para cumprir
os propósitos do Pai em suas vidas.
As forças de intercessão, o espírito de súplica e a luta espiritual se movem no seio da Igreja. É
o chamado Divino, nesta última hora, para que venha à luz, através da oração, o maior
avivamento de que a Igreja já foi testemunha.
Quando Deus nos chamou de volta ao Brasil, depois de quinze anos de trabalho missionário em
África, permanecemos a sós em Sua presença por três semanas, a fim de receber Suas
instruções para este novo ministério. Um dos seus primeiros comandos foi: "Comece treinando
mil intercessores". Hoje, milhares têm confessado: "Eu sou um Guerreiro de Oração". Mas
dizemos: "Você é candidato!" Cremos que quando mil verdadeiros "guerreiros de oração" forem
levantados pelo Espírito de Deus e treinados, coisas grandiosas acontecerão, para a glória de
Deus. Nosso coração geme e suspira por um mover real de Deus que afete a Nação, mude o
caráter dos filhos de Deus e arranque os perdidos do inferno.
Estamos trazendo o ensino, de acordo com a luz que, pela graça de Deus, temos recebido, para
lançar as bases bíblicas do treinamento. Mas só o Espírito de Deus nos transformará em
verdadeiros Guerreiros de Oração, capazes de responder ao Seu mover em nosso coração, a
qualquer hora do dia ou da noite, para esta grande batalha que é a Intercessão.
Temos ministrados vários seminários sobre a Palavra de Deus revelada, visando despertar a
Igreja para encarnar a realidade do que somos em Cristo Jesus. Só assim teremos intercessores
em condições de abalar os fundamentos do inferno, orando numa posição de força em Cristo
Jesus, cheios de Espírito Santo e lançando mão da autoridade outorgada por Jesus à Sua Igreja.
O presente livro. "Comunhão e Princípios da Fé", é o primeiro da série "Escola de
Oração." Foi escrito em 1989, mas só agora vai para a gráfica. Têm sido muitos os pedidos de
livros contendo os ensinos transmitidos em diversos seminários, porém há "um tempo para
cada propósito". Trata da base da vida de oração em várias de suas facetas. Está dividido em
três partes: Comunhão, como a mola mestra para toda oração; Importância da Fé, como o
fundamento para qualquer oração respondida e Princípios de Fé que alimentam a comunhão
e a fé em Deus. Outras publicações virão, abordando outros aspectos da vida de oração, como
Tipos de Oração, Intercessão, Batalha Espiritual e Jejum, todas visando o treinamento do
poderoso exército de Deus, formado por servos e servas pertencentes a todas as
denominações, em todas as Nações da terra. Exército este que se levanta na autoridade de
Cristo, assumindo sua nova identidade nEle, como canal transparente da vida e do amor de
Deus, com o objetivo de saquear o inferno e povoar o Céu.

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Todos estes estudos são baseados em seminários transmitidos pela Televisão no programa "A
Palavra da Fé," visando solidificar o ensino apresentado no vídeo. Fitas-cassete e de vídeo,
com os referidos estudos, podem ser adquiridos através do escritório do Ministério Palavra da
Fé ou seus distribuidores. Nossa oração é que essas verdades bíblicas, apresentadas no papel,
no cassete e no vídeo, se constituam em bênção para a reprodução de vidas inteiramente
devotadas a Deus e à implantação do Seu Reino aqui na terra, e que em tudo seja Deus
glorificado.
Introdução
A oração é a chave para o sucesso e o segredo da vitória no trabalho de Deus e na vida
pessoal. A oração é a mais poderosa arma contra os poderes das trevas; é a chave que abre os
tesouros dos Céus para os homens. Portanto, para que cada esforço no Reino de Deus
seja bem sucedido, deve ser gerado, regado e sustentado pela oração.
Tudo quanto fazemos deve ser permeado pela oração fervorosa, que resulta de uma intimidade
com Deus, cultivada no exercício da comunhão diária. Atrás do sucesso, da vitória e realizações
na obra de Deus, está uma vida que conhece essa intimidade com Seu Senhor, desenvolvida
nas longas horas de estreita comunhão em Sua presença. Todo sucesso na vida cristã é
proporcional ao tempo empregado em oração. Dez por cento de oração, dez por cento de
sucesso; vinte por cento de oração, vinte por cento de sucesso; cem por cento de oração, cem
por cento de sucesso.
A Bíblia deixa claro, de Gênesis a Apocalipse, que a oração é o caminho de acesso à
presença e ao coração de Deus. Todos os instrumentos poderosos de Deus são homens e
mulheres que se devotam à oração. Mergulhados nela, os santos do Velho Testamento
venceram. Jesus mesmo levou uma vida de oração na terra, afastando-se muitas vezes da
multidão, após um dia de intenso trabalho, para estar a sós com o Pai ou para passar a noite
em comunhão com Ele.
Os apóstolos sabiam o que é perseverar na vida de oração, em tempos de crise ou de bonança,
nas reuniões da Igreja ou na solidão das prisões. Os cristãos primitivos conheciam a disciplina
da oração e o poder desencadeado por ela, salvando pescadores, abrindo prisões, fazendo
tremer o lugar e enchendo-os de ousadia para desafiarem os poderes das trevas com a
pregação do Evangelho de Cristo.
Todos os servos de Deus, grandemente usados por Ele, aprenderam a andar sobre joelhos e a
encontrar sua direção e poder a sós com o Pai. Todos os mártires partiram desta vida com uma
oração nos lábios, indo ao encontro dAquele com Quem aprenderam a viver. A oração tem sido
o caminho palmilhado por todos aqueles que conhecem a Deus, por todos quantos se levantam
acima da dimensão da carne e do mundo e retiram do reino espiritual os recursos para uma
vida santa e poderosa.
Lucas fala sempre do "... dever de orar sempre e nunca esmorecer" (Lc. 18:1). Paulo ordena:
"Orai sem cessar" (1Ts. 5:17). E o mesmo apóstolo aconselha aos cristão de Éfeso: "... orando
em todo o tempo no Espírito e para isto vigiando com toda a perseverança e súplica por todos
os santos" (Ef. 6:18). Mas, levantam-se as perguntas: Como orar sempre? Como ter uma vida
cem por cento de oração? É possível alguém orar sem cessar?
Oração é muito mais que abrir a boca e usar o nome de Deus, dizendo algumas palavras saídas
da mente. É um modo de viver. Oração é um diálogo entre duas pessoas que se amam, e
muito mais: é uma comunicação entre nosso espírito recriado e o Espírito de Deus. É a
expressão que resulta de um relacionamento íntimo com o Senhor residente em nosso coração,
pelo Seu próprio Espírito.
Se o espírito do homem é seu verdadeiro ser, e se o Espírito Santo reside neste espírito, a
comunhão com Deus pode e deve ser permanente: vinte e quatro horas por dia. Nosso espírito
não dorme. O corpo é que precisa de repouso. Assim sendo, até nas horas de sono a ligação
com Deus pode ser mantida, pois o Espírito Santo que reside no crente, também não dorme.
Desde que a consciência dessa presença santa seja conservada e alimentada, a atmosfera de
oração pode ser mantida o tempo todo. Podemos, perfeitamente, estar com alguém,
trabalhando no mesmo lugar, em ocupações diferentes e, mesmo sem conversar, manter a
comunhão e a consciência de sua presença. Em qualquer momento que seja necessário,
dirigimo-lhes a palavra, sabendo que haverá uma pronta resposta. O mesmo pode acontecer
em nosso relacionamento com Deus. Mesmo concentrados em algum trabalho, estamos
conscientes de que Ele está em nós, é parte de nós e, em qualquer ocasião, poderemos dirigir-
lhe a palavra, mesmo em pensamento, e Ele nos ouvirá.
Um exemplo do que acabamos de dizer encontra-se nos capítulos um e dois de Neemias.
Neemias ouvira um relatório do estado deplorável em que Jerusalém se encontrava, e ficara
triste. O povo estava em miséria, os muro derribados e as portas queimadas. Ele se separou
para orar e jejuar.

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"Tendo eu ouvido estas palavras, assentei-me e chorei, e lamentei por alguns dias; e estive
jejuando e orando perante o Deus dos Céus" (Ne. 1:4).
Mas, depois disto, ele seguiu normalmente sua rotina de trabalho e apresentou-se à mesa do
rei, para servi-lo. Era um dia de trabalho normal. Seu tempo estava nas mãos de Deus.
Neemias havia feito esta oração: "Concede que seja bem sucedido hoje teu servo, e dá-lhe
mercê perante este homem (o rei) (Ne. 1:11). Portanto, não havia o que temer; tinha apenas
que esperar que o Deus que tem Seus ouvidos atentos ao clamor do justo, viesse em seu
auxílio.
Ainda que eficiente na execução de suas tarefas, Neemias não conseguiu esconder a tristeza
que invadia seu coração. O rei indagou o motivo do seu semblante carregado, e ele tremeu.
Não deveria estar triste diante do rei. Contudo, com a ousadia que os homens de Deus
experimentam em horas de desafio, ele confessou a razão do seu pesar:
"Disseram-me: os restantes que não foram levados para o exílio e se acham lá na província,
estão em grande miséria e desprezo; os muros de Jerusalém estão derribados, e as suas portas
queimadas de fogo" (Ne. 2:3).
A oração da manhã foi logo respondida. Ele encontrou graça aos olhos do rei, que lhe
perguntou: "Que me pedes agora?" (Ne. 2:4). O coração de Neemias estava de joelhos na
presença de Deus e, como que num relâmpago, ele oro. "Então orei ao Deus dos Céus"
(Ne.. 2:4)u. Era uma oração "relâmpago"; a resposta também foi "relâmpago". Ninguém
percebeu que ele estava orando e Deus respondendo, mas era isto que estava acontecendo.
Ele buscou o que responder ao rei, Deus colocou em seus lábios a petição, e o rei deu a
Neemias tudo quanto ele pediu (2:8). Ele estava longe de saber que era usado para ser o canal
do cumprimento de uma das tremendas profecias de Daniel. Aquela era a data exata do início
das setenta semanas proféticas:
"Setenta semanas estão determinadas sobre o teu povo, e sobre a tua santa cidade para fazer
cessar a transgressão... Sabe, e entende: desde a saída da ordem para restaurar e para
edificar Jerusalém, até o Ungido, ao Príncipe, sete semanas e sessenta e duas semanas..."
(Dn. 9:24,25). (Grifo nosso).
Nossa comunhão com Deus transcende as palavras e não se limita ao mundo dos sentidos ou
da mente. Há uma ligação espiritual entre o nosso espírito e Espírito de Deus. Deus está no
reino do invisível, do espiritual, oculto aos olhos humanos e fora do mundo dos sentidos
contudo é absolutamente real. Nós estamos aqui na terra, somos visíveis, presos em um corpo
material, porém nosso verdadeiro eu é nosso espírito. Há uma comunhão entre nosso espírito e
o Espírito de Deus. Sua vida flui dentro e através de nós. Conversamos e comungamos com
Ele, até mesmo sem palavras. É por isso que podemos levar uma vida de oração como um
modo natural de viver. Assim como respiramos naturalmente, podemos viver na atmosfera da
oração, na presença de Deus, onde quer que seja. Não importa, Deus vive em nós e nós
vivemos nEle, e estamos unidos a Ele para sempre. Nossa vida pode ser uma oração e o
experimentar constante das delícias de se viver na presença de Jeová, nosso Deus.
Proclamação
" Digo-Te, Senhor: Tu és o meu Senhor; outro bem não possuo, senão a Ti somente. Tu és a
porção da minha herança e do meu cálice; Tu és o arrimo da minha sorte... É mui linda a minha
herança.
Senhor, tenho-Te posto continuamente diante de mim; porquanto está à minha mão direita,
não serei abalado. Portanto está alegre o meu coração, e se regozija a minha alma; até o meu
corpo repousará seguro. Tu me farás conhecer a vereda da vida; na Tua presença há plenitude
de alegria, à Tua mão direita há delícias perpetuamente."
(Salmo 16:2,5,6,7,8,9,11)

1 - Oração e Comunhão
Nossa vida inteira deve ser estabelecida sobre o fundamento de uma comunhão
pessoal, profunda e íntima com Deus. Uma ligação permanente, que não conhece
barreiras. "Aquele que se une ao Senhor é um espírito com Ele" (1 Co. 6:17). Ao colocar em nós
o Seu Espírito, Deus estava tornando possível uma comunhão constante conosco. Oração e
comunhão não podem ser separadas Oração é Comunhão, e não meras palavras.
Às vezes ouvimos a definição: "Orar é falar com Deus". Definição muito simplista. Podemos fala
com alguém e isso não significar nada para nós. Falamos até com um desconhecido e logo nos
esquecemos do fato. Nem todo o que comunga, conversa. Comunhão fala de ligação de amor,
de afinidade, convivência, comunicação, diálogo... É assim que podemos dizer que oração é o
encontro do Pai celeste com Seu filho, numa comunhão de amor.
O Significado da Palavra

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A palavra "comunhão" (no grego, koinonia), significa "compartilhar", "coisas em comum".
Manter comunhão com Deus, portanto, exige identificação com Ele, ter coisas em comum com
Deus. Mas, como podemos ter coisas em comum com um Deus tão santo, maior que tudo
quanto nossa mente possa imaginar?
Deus jamais se identificaria com nosso pecado, a fim de comungar conosco! Então Ele realizou
um milagre maior que o da criação do homem: em Cristo, pelo seu Espírito, Deus recria
nosso espírito morto e planta nele Sua semente, Sua natureza, Sua vida, e nos
transforma em santuários onde, pelo Seu Espírito, Ele habita e mantém comunhão
conosco ( 1 Pe. 1:23; 1Co. 3:6). Deus opera em nós o Novo Nascimento, que é a recriação do
nosso espírito, pelo Espírito Santo, mediante o preço da redenção que Jesus pagou por nós na
cruz do Calvário. Assim como a vida de Deus que estava em Adão foi morta pela semente do
pecado que entrou em seu espírito, nós somos vivificados pela semente de Deus, que é a Sua
Palavra, em nosso espírito (Ef. 2:1-6). A vida do pecado morre em nós e a vida de Deus passa a
fluir.
Pela recriação do nosso espírito (Novo testamento) passamos a ter algo em
comum com Deus: Sua vida em nós. E está vida é Jesus. Quando Ele entra em nosso
coração, a vida entra. "E o testemunho é este: que Deus nos deu a vida eterna; e está vida
está no Seu Filho. Aquele que tem o Filho tem a vida..." (1 Jo. 5:11,12). Está vida reside em
nosso espírito. Porque Deus é o Espírito e nos faz semelhantes a Ele, podemos ter comunhão.
Somos seres espirituais. A vida de Deus agora está em nós. E essa vida que entrou em nosso
espírito é da mesma qualidade da que está nEle. A palavra grega traduzida por "vida" em
nossa Bíblia, é ZOE. W.E. Vine, em seu Dicionário Expositivo das Palavras do Novo Testamento
(Expository Dictionary of new Testament Words, assim comenta:
"ZOE é usada no Novo Testamento significando vida como um princípio, vida no sentido
absoluto, vida como Deus a tem, aquela que o Pai tem em si mesmo (Jo. 5:26) e a qual o Filho
manifestou no mundo (1 Jo. 1:2). Em conseqüência da queda o homem se alienou dessa vida
(Ef. 4:18), e se tornou participante dela através da fé no senhor Jesus Cristo (jo. 3:15), que se
torna o seu autor para todos os que confiam nEle (At. 3:15), de quem é dito, portanto ser a
vida do crente (Cl. 3:40), porque a vida que Ele dá, Ele mantém (Jo. 6:35). Vida eterna é uma
possessão atual do crente por causa do relacionamento com Cristo (Jo. 5:24; 1 Jo. 3:14), que
um dia estenderá seu domínio na esfera do corpo, é assegurado pela ressurreição de Cristo (2
Co. 5:4; 2 Tm. 1 :10); essa vida não é meramente um princípio de poder e mobilidade, pois tem
associações morais, as quais são inseparáveis dela, como justiça e santidade".
A Posição de Filhos
É essa vida de Deus em nosso espírito recriado e habilitado pelo Espírito Santo, que nos coloca
na posição de comunhão. Alcançamos, então, a posição de filhos. O Pai celeste nos gerou
herdeiros da Sua própria vida. Mas seu propósito não é apenas que alcancemos a posição de
filhos. Uma vez filhos, Ele quer levar-nos ao verdadeiro relacionamento de Pai e filho,
em comunhão de amor e completa identidade.
A posição de filhos garante-nos o direito de desfrutar o lugar de comunhão. Mas é o
cultivo dessa comunhão que nos leva a gozar os privilégios e responsabilidades da posição de
filhos. Deus nos gera em Cristo a fim de viver em nós, pelo Seu Espírito, mantendo conosco um
relacionamento pessoal, íntimo e profundo, expressando-se em nós e através de nós aqui na
terra. Somos chamados a participar de Sua própria vida, e isso só se tornará uma realidade na
experiência de cada dia, na proporção do tempo usado no exercício da oração e na meditação
da Palavra, numa atitude de absoluta rendição e obediência.
Nossa verdadeira felicidade como filhos, só encontra expressão quando andamos na presença
de Deus, em comunhão. Quando a atitude e o tempo para tal nos faltam, a vida se enche de
conflitos. Os conflitos e inquietações do coração são um claro sintoma de falta de
relacionamento íntimo com Deus. Quando a comunhão é mantida, há uma paz interior, uma
força, uma serenidade de espírito, e nos tornamos cada vez mais identificados com Cristo,
refletindo em nosso viver Sua própria imagem.
O Espírito Santo e a Comunhão
Se comunhão com Deus implica em ser coisas em comum com Ele, à medida que crescemos
na semelhança com Jesus é que a ligação se intensifica. E Deus nos deu o Seu Espírito
exatamente para possibilitar esse crescimento. A versão amplificada da Bíblia assim, traduz 2
Coríntios 3:18:
"Todos nós com o rosto descoberto, (porque nós) continuamos a contemplar (na Palavra de
Deus) como em um espelho, a glória do Senhor, estamos sendo constantemente transfigurados
na Sua própria imagem num sempre crescente esplendor, de um degrau de glória a outro,
(pois isso) vem do Senhor (que é) o Espírito".

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O Espírito Santo é quem torna Jesus real em nossa experiência; é Quem nos leva à presença do
Pai; é Quem nos assiste em nossa vida de oração; é Quem Jesus enviou para estar conosco e
em nós, assistindo-nos em nossa vida de comunhão com Deus e no desempenho do serviço
cristão. Ele habita em nosso espírito e é aí que a comunhão e as comunicações de Deus se
tornam uma realidade.
Há uma grande necessidade de crescermos na comunhão e na intimidade do Espírito Santo,
aprendendo a discernir Seus impulsos e Sua voz em nosso espírito, movendo-nos de acordo
com eles. Nossa afinidade com Deus crescerá à medida que nos submetermos ao Seu Espírito.
E o alvo do Espírito é levar-nos para Deus, transformar-nos cada vez mais na
imagem do Senhor Jesus, até que alcancemos a estrutura do Varão Perfeito (Ef.
4:13).
2- Comunhão, o Propósito de Deus em Cristo
A consciência de Deus em nossa vida é algo que precisa ser desenvolvido. O instrumento para
esse desenvolvimento chama-se Palavra de Deus. Todo fundamento para a comunhão com
Deus está na Sua Palavra revelada. Os pontos a seguir mostram o plano Divino de manter uma
comunhão de amor com o homem redimido. Jesus deu-se si mesmo por nós: "Graça a vós
outros e paz da parte de Deus nosso Pai, e do Senhor Jesus Cristo, o qual Se entregou a si
mesmo pelos nossos pecados, para nos desarraigar deste mundo perverso, segundo a vontade
de nosso Deus e Pai" (Gl. 1:3-4).
Se Cristo renunciou a glória junto ao pai, tornou-Se homem, viveu como servo e Se entregou à
morte em nosso lugar, o que não fará por nós, Seus discípulos agora? Romanos 8:32 declara
taxativamente: "Aquele que não poupou a Seu próprio filho, antes por todos nós O entregou,
porventura não nos dará graciosamente com Ele todas as coisas?" Sim, quem dá a vida, dá
tudo. Quem é capaz de morrer por nós, tudo fará a nosso favor.
A maioria das pessoas pensa em Jesus Cristo apenas como Salvador, como se a razão primeira
de Sua vinda tenha sido libertar-nos da condenação do inferno. As o que Ele veio fazer foi
infinitamente maior e mais glorioso do que isso. Jesus veio restaurar a vida de Deus em
nós, possibilitando restaurar, também, a comunhão perdida no Éden. Ele veio permitir-
nos voltar a viver sob o Seu senhorio e gozar a glória de sermos Sua propriedade exclusiva,
vivendo para o louvor da Sua glória. Ele tem direitos sobre nós e sabe como cuidar bem da Sua
propriedade. Cada um de nós custou um preço muito alto para Jesus (1 Pe. 1:18-19; 1Co. 6:20;
7:23). Ele tem prazer em cumular de bênção aquele que é Seu, para que o mundo saiba que
Deus nos ama como filhos, do mesmo modo como amou Jesus (Jo. 17:23). Que maravilha! O
amor que Deus nos tem não é menor do que o amor que tem por Jesus. Você já pensou nisso?
Nossa comunhão com Ele, pois, será uma resposta a esse amor que tudo deu quando
nos outorgou Seu Filho amado.
Por que insistir neste ponto? Porque disto depende o sucesso na vida de oração. O segredo de
tudo reside em nosso conhecimento de Deus e das realidades da vida em Cristo, por causa da
Sua morte na cruz.
Chamados à comunhão de Jesus Cristo
"Sempre dou graças a Deus por vós, pela graça de Deus que vos foi dada em Cristo Jesus;
porque em tudo fostes enriquecidos nEle... de maneira que nenhum dom vos falta, enquanto
aguardais a manifestação de nosso Senhor Jesus... Fiel é Deus, pelo qual fostes chamados à
comunhão de Seu Filho Jesus Cristo nosso Senhor" (1 Co. 1:4-9).
Confesse em voz alta:
- Em tudo fui enriquecido em Cristo
- Não me falta dom algum
- Sou chamado à comunhão de Jesus Cristo
Tudo visa nossa comunhão com Deus. Ter tudo em comum com Deus e expressar sua
qualidade de vida na terra. Nossa vida deve ser semelhante à de Jesus, e temos tudo para
que assim seja. Quando Paulo afirma que o Senhor deu tudo, fala de tudo quanto é necessário
para sermos semelhantes a Jesus. Quanto mais a vida Divina se manifesta em nós, maior o
nível de comunhão. E a primeira chamada que Deus nos faz, a suprema vocação que tem para
cada um de nós, é a intimidade do Seu coração; viver aqui na terra como Jesus viveu; falar,
pensar, sentir, amar, ver, agir como Ele o fez durante Sua vida aqui na terra. Tudo está ao
nosso alcance, como expressão do Seu amor e graça, para que esse tipo de vida deixe de ser
um sonho e se transforme numa realidade do dia-a-dia.
A Comunhão traz o Conhecimento da Vontade Divina
"E esta é a comunhão que temos nEle, que, se pedirmos alguma coisa segundo a Sua vontade,
Ele nos houve" (1 Jo. 5:14).
É conhecendo a Deus e Sua Palavra, que conhecemos Sua vontade. O que Lhe agrada torna-se-
nos conhecido, por causa da comunhão que mantemos com Ele. Logo, só pediremos o que Ele

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deseja dar, pois sabemos que a vontade de Deus é sempre o melhor para nossa vida. Nossas
orações serão respondidas, porque estarão em linha com a Sua vontade revelada".
A comunhão produz fruto
"Permanecei em Mim, e Eu permanecerei em vós; como a vara de si mesma não pode dar
fruto, se não permanecer na videira, assim também vós, se não permanecerdes em Mim" (Jo.
15:4).
Quanto mais comungamos com Deus, tanto mais frutíferos, nos tornamos. Estamos em Cristo e
nEle permanecemos (comunhão) para produzir o fruto de Sua vida. E esse fruto depende da
permanência em Cristo. Permanência nEle significa viver em íntima comunhão com ele
, para que Sua vida flua livremente através da nossa.
Jesus usa no capítulo 15 de João, a figura de uma árvore. Das raízes brota a seiva, a vida. A
vida que é transmitida aos ramos é da mesma qualidade da que está na raiz e na árvore toda.
Há uma comunicação constante, uma verdadeira comunhão e fluir de vida comum. Os frutos
que os ramos produzem são o resultado do tipo de vida que brota da raiz; expressam a
natureza da árvore.
Eis aí o retrato fiel do que deve ser nosso relacionamento com o Senhor que, pela Sua Palavra,
mediante a operação do Seu Espírito, nos gerou como filhos de Deus, participantes da natureza
Divina. Se fomos gerados nEle e estamos ligados a Ele pela comunhão que o Espírito Santo em
nós possibilita, Sua vida nos enche o ser inteiro e se expressa através do nosso corpo. Os frutos
que vamos produzir expressarão o fruto do Espírito, pois essa é a qualidade de vida que nos
deu origem e que nos alimenta. Gálatas 5:22,23 declara:
"Mas o fruto do Espírito é: amor, alegria, paz, longanimidade, benignidade, bondade,
fidelidade, mansidão, domínio próprio. Contra essas coisas não há lei".
Esse fruto fala da natureza da vida que o produz. É o fruto da vida de Cristo. Se Ele está em
nós, quanto mais comungamos com Ele, tanto mais o Fruto de Sua vida se manifestará em nós.
O amor de Deus e não o ódio maligno se fará presente; a alegria do Senhor será a nossa força
e o abatimento e a tristeza não terão morada em nós; a paz que é residente em nosso coração
- pois Jesus é o Príncipe da Paz - não deixará lugar para a inquietação, discórdia, confusão e
toda sorte de desarmonia. O fruto de Sua vida e natureza serão presentes e se
manifestarão através de nós.
Pensemos num perdido. Qual a vontade de Deus para ele? Que ele seja salvo. Você sabe disso
e começa a orar por ele para que se arrependa dos seus pecados e receba a Cristo como
Senhor de sua vida. O que você está, realmente, fazendo? Está entrando em linha com a
vontade de Deus, para que ela se manifeste aqui na terra. Mas você também vai e fala-lhe de
Cristo e ele nasce de novo. Mais um filho para Deus é gerado na terra, mais um fruto da vida
de Jesus é produzido e você foi o canal para que isso acontecesse.
Tudo quanto Deus faz na terra é através de canais humanos. Por causa da comunhão,
você sabe o que está no coração de Deus, e se torna tanto o canal de intercessão, como de
proclamação das boas novas aos pedidos. Sua ligação com Deus, sua comunhão, é o abrir do
ser inteiro para Ele, a fim de que Sua vida se manifeste através de você e o Seu Fruto brote
aqui na terra. No presente caso, o fruto é a salvação do perdido. E não é o Corpo de Cristo. E é
através do Corpo que as obras são realizadas e todo o fruto se manifesta.
Onde está uma parte desse Corpo, está um canal da vida de Deus. E é através desse
canal que a bondade, compaixão, misericórdia, graça e glória Divinas são manifestas. Há, pois,
que responder ao desafio de intensificar a comunhão, deixando o canal sempre limpo. Quanto
maior a comunhão, maior a transparência, e o fruto do Espírito de Cristo brotará
naturalmente em sua vida.
A Comunhão leva ao crescimento do conhecimento de Deus.
"Não cessamos de orar por vós, e de pedir que sejas cheios do pleno conhecimento de Sua
vontade, em toda sabedoria e entendimento espiritual; para que possais andar de maneira
digna do Senhor, agradando-Lhe em tudo, frutificando em toda obra, e crescendo no
conhecimento de Deus (Cl. 1:9,10).
Cada dia temos diante de nós um novo desafio para o crescimento. A comunhão leva-nos a
produzir fruto, pelo poder de Deus operando em nós. Ao abrirmos a boca para orar, esse poder
entrará imediatamente em operação.
Deus precisa de um exército que tenha a firme determinação de não permitir que coisa alguma
interfira em sua comunhão com Ele e Sua Palavra, seja qual for o preço. E Ele precisa desse
exército agora, enquanto estamos aqui na terra. Seu tempo, seu amor e sua vida para Deus,
são intocáveis. Ele precisa de um povo capaz de tomar uma decisão de qualidade e ater-se
firmemente a ela. Deus precisa de gente que faça opção por verdades como esta: "Deus é o
supremo bem da minha vida, e a crescente comunhão com Ele não pode ser
quebrada."

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3- Comunhão com um Deus Residente
Na história dos relacionamentos de Deus com o homem, vários níveis têm sido
experimentados. Desde que o homem pecou, a comunhão com Deus foi quebrada. Poucos
foram aqueles, de Adão a Abraão, de quem foi dito que experimentaram a presença e a
comunhão com Deus. Sabemos de Abel, cujo sacrifício agradou ao Senhor; de Enoque, que
andou com Deus e foi traslado; de Noé, que achou graça aos olhos de Deus e foi poupado do
juízo que veio sobre a terra.
Com Abraão, Deus começa uma nova história do Seu amor para com o homem. Com o
propósito de redimir o ser humano, Deus faz com Abraão aliança, querendo assim viver e ter
comunhão com ele. É um romance de amor entre Deus e o homem feito à sua imagem, para
sua glória.
Há diversos níveis de comunhão, no relacionamento com Deus. Israel saiu do Egito e
peregrinou no deserto. É-nos-dito que Deus estava no meio do Seu povo. Ele estava presente
através da nuvem e da coluna de fogo, bem como no Tabernáculo, no meio do povo. Deus
estava com o povo. A presença da Arca, contendo as tábuas da aliança, conhecidas como os
dez mandamentos, atestava a presença de Deus. Ali Ele falava com Moisés.
Deus pelejava as batalhas de Israel. Lutava pelo povo, era seu escudo e proteção. Em toda a
história de Israel, Deus Se colocava ao seu lado, tomava seu lugar, defendia, protegia,
libertava e assegurava vitória, sempre que o povo obedecia a Sua voz. Deus não apenas
estava com o povo, mas era pelo povo.
Nossa experiência com Deus na Nova Aliança, ultrapassa o que de melhor havia na Velha. No
Novo Testamento, Deus está também conosco, no meio de nós. Sua presença é manifesta
no meio da Igreja. Jesus mesmo declarou: "E eis que estou convosco todos os dias..." (Mt.
28:20).
Deus também é por nós. E "Se Deus é por nós, quem será contra nós?" (Rm. 8:31). Ele está
do nosso lado e luta por nós. Mas, mais do que isto, por causa de Cristo Jesus e da Nova
Aliança, Ele vive em nós, pelo Seu Espírito. Deus tornou-Se parte de nós, um conosco, pois
"Quem se une ao Senhor é um só espírito com Ele" (1Co. 6:17). Nossa experiência é:
Deus está conosco, Deus é por nós, e Deus está em nós.
Comungamos com um Deus que, pelo seu Espírito, é residente no coração de todo aquele que
nasceu de novo, recebendo em seu espírito a própria vida de Deus. Jesus declarou: "Se alguém
me ama, meu Pai o amará, e viveremos para ele e faremos nele morada" (Jo. 14:23). Paulo
acrescenta: "Não sabeis que sois santuário de Deus, e que o Espírito de Deus habita em vós?"
(1Co. 3:16). É assim que o Pai, o Filho e o Espírito Santo são residentes no cristão.
Deus não pode estar mais perto de nós do que está agora, pois vive em nós.
Devemos, pois, cultivar a consciência dessa presença, a fim de mantermos uma constante
comunhão com Ele. Nossa comunhão é com aquele que transferiu Sua residência na terra, do
Templo de Jerusalém para o Templo do nosso espírito.
Podemos Manter Comunhão com Deus
"O que temos visto e ouvido anunciamos a vós outros, para que vós igualmente mantenhais
comunhão conosco. Ora, a nossa comunhão é com o Pai e com Seu Filho Jesus Cristo" (1 Jo.
1:3).
Que realidade gloriosa! Podemos manter comunhão com o Pai! Se somos filhos, Ele é Pai; e
porque é Pai, nós podemos chegar diante dEle com intimidade. Não podemos entrar na
presença do Presidente da República na hora que nos apraz. Há muito protocolo a ser vencido
até que isso aconteça. Mas o filho do Presidente passaria por cima de tudo e nada bloquearia o
acesso à presença do seu pai. Esse filho não estaria buscando o Presidente; estaria buscando
seu pai.
Não é maravilhoso que Deus pode ser Deus para o mundo, mas para nós é o Pai cheio de
amor? Ele é o Senhor do Universo, o Todo-Poderoso, Aquele que habita em luz inacessível,
sublime, eterno, o Supremo. Mas sendo tão infinito, que não se pode descrever, Ele vem, pelo
Seu Espírito, elevar-nos à posição de filhos, gerados em Cristo, dando-nos livre acesso à
intimidade do Seu coração de Pai.
A razão porque podemos ter comunhão com Deus é que Ele, pela nossa fé em Cristo e
operação do Seu Espírito, nos fez filhos Seus (Jo. 1:12). Deus não se rebaixou para comungar
com o pecado. O que Ele fez foi recriar-nos, para que tivéssemos uma nova vida, Sua
própria vida em nós, e pudéssemos assim comungar com Ele. Jesus veio trazer ao nosso
espírito a vida santa de Deus, gerar-nos de novo de uma nova semente, a fim de que
pudéssemos ter condições de comungar com o Pai, na posição de filhos.
Só podemos ter comunhão com quem temos afinidades, semelhanças. Hoje, pelo novo
nascimento em Cristo, temos coisas em comum com Deus, e o caminho do Santo dos Santos
nos está aberto. Aleluia! Somos filhos, pois a vida Divina está em nós e flui em nós. Esta é a

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realidade escondida atrás da palavra "comunhão". Deus desceu a terra, na pessoa do Seu Filho
Jesus Cristo, e plantou a Sua vida dentro dos homens que lhe abriram o coração,
estabelecendo em seus corações uma habitação a fim de, pelo Seu Espírito, viver neles e
transformá-los dia-a-dia, até que sejam outra vez o reflexo da Sua glória na terra,
transparecendo aquilo que Ele é.
Filhos transparentes! Quando Deus criou o homem, criou-o transparente. Olhando-se para ele,
via-se a glória de Deus. O caráter, a vida que emanava dele atestavam sua origem Divina.
Exatamente como acontecia com Jesus. Olhando para Ele os homens viram estampada sem
Seu ser a glória de Deus invisível, e Ele podia declarar: "Quem me vê a mim, vê o Pai." Foi o
pecado que tornou o homem opaco. Olhando para o pecador, que desolação! Onde estão a
glória e a santidade primeiras? O homem tem descido às profundezas das trevas, e somos
todos testemunhas de onde pode chegar a distorção satânica da personalidade humana,
escrava do pecado. É aí, portanto, que brilha forte a glória do plano de Redenção, expressão da
graça indizível de um Deus todo amor e misericórdia, que perdoa, restaura e sanifica.
Cristo veio restaurar a vida de Deus em nós e tornar-nos transparentes. Glória, pois, a
Ele eternamente! O homem redimido, pela operação desse poder tremendo do Espírito Santo,
pode hoje elevar-se ao reino do espírito e viver a vida de Deus na terra, manifestando Seu
caráter, Sua natureza, Sua vida, Sua glória!
Levantemo-nos em fé, e tomemos posse da nossa herança. Fomos chamados e redimidos para
uma vida em comunhão com Deus. O coração do Pai está aberto para nós.
Extraído do Livro Comunhão e Princípios da Fé
Pra. Valnice Milhomens Coelho Direitos reservados à autora

O PODER DA INTERCESSÃO
Introdução
Quando o Senhor me enviou de volta ao Brasil, depois de serví-lo por quinze anos em
Moçambique e África do Sul, disse-me, num lugar de oração, que começasse treinando mil
intercessores. Anseio por ver os verdadeiros mil guerreiros que Ele está forjando no Brasil.
Quando Deus tiver em nossa Pátria mil pessoas que encarnem o espírito de intercessão que
estava em Moisés, Abraão e Daniel, os fundamentos da nação serão abalados pelo poderoso
avivamento pelo qual gememos. E creio com todas as forças do meu coração, que Deus vai
fazer isto. Ele seleciona Seus soldados valentes, que não depõem as armas até ver o poder de
Deus manifesto na Terra. Ele quer esse espírito e não vai nos dar descanso até ver Seu plano
consumado.
Deus está levantando um exército de intercessores muito grande. Há um santo reboliço nos
arraiais de Deus em toda a Terra e grupos se mobilizam para intercederem cada vez mais. E
curiosamente, esse exército está encarnando o espírito de um guerreiro.
Queremos deixar muito claro que quando usamos o termo guerreiro de oração, não falamos de
uma organização ou um grupo, mas falamos de uma identidade.
O que é um guerreiro de oração? É um combatente espiritual. Deus mesmo está conosco como
um "poderoso guerreiro" (Jr. 20:11a). A palavra no hebraico aí, é gibbor. Ela aparece 159 vezes
no Velho Testamento, sendo a primeira em Gn. 6:4. Significa: "poderoso; por implicação,
guerreiro; campeão, chefe, gigante, homem valoroso, valente, forte". O Dicionário Expositório
de Vine comenta:
"No contexto de batalha, a palavra é melhor entendida para referir-se à categoria de
guerreiros. O gibbor é um guerreiro provado; especialmente quando usado em combinação
com chayil ("força")". (A versão revisada da JUERP traduz por "homens valorosos" (Js. 1:14),
enquanto a da SBB por "homem valente" e a Bíblia de Jerusalém por "homens de guerra".)
"Davi, que se provou um guerreiro, atraiu "valentes" para seu bando enquanto era perseguido
por Saul (2 Sm. 23). Quando ele subiu ao trono como rei, esses homens se tornaram parte do
corpo militar de elite.
O rei simbolizava a força do reino. Ele tinha que liderar suas tropas em batalha, e como
comandante esperava-se que fosse um "herói" (1 Sm. 18:7). O rei é descrito como um herói:
"Cinge a espada no teu flanco, herói, cinge a tua glória e a tua majestade" (Sl. 45:3 - SBB). A
expectativa messiânica incluía a esperança de que o Messias fosse um "poderoso" (Is. 9:6)".
(Nas versões portuguesas traduz-se por Deus Forte).
"O Deus de Israel é um Deus poderoso, forte (Is. 10:21). Ele tem o poder de libertar: "O Senhor
teu Deus está no meio de ti, poderoso para salvar-te; Ele Se deleitará em ti com alegria;
renovar-te-á no Seu amor, regozijar-se-á em ti com júbilo" (Sf. 3:17). A tocante confissão de
Jeremias (32:17) ressalta o poder de Deus na criação (v.17) e na redenção (v. 18). A resposta à
enfática pergunta "Quem é o Rei da glória", no Salmo 24, é: "O Senhor forte e poderoso, o
Senhor, poderoso nas batalhas" (v. 8).

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A Septuaginta (versão grega do V.T.) dá as seguintes traduções: dunatos (poderoso, forte,
potente, capaz de governar) e ischuros (forte, poderoso, potente). A SBB dá estes sentidos:
"forte, valente, homem valoroso, guerreiro".
Há 487 referências no Velho Testamento a exército, sendo que cerca de 270 retratam um dos
nomes de Deus, Jeová Sabaoth, o Senhor dos Exércitos. Este é o último nome de Deus que o
Velho Testamento nos dá e aparece em dias de crise, quando o povo precisava de uma
intervenção dos exércitos do Altíssimo. A partir dos livros de Samuel, o nome aparece, sendo
mais freqüente nos Salmos e livros proféticos. A primeira referência está em 1 Samuel 1:3,
dizendo que Elcana e Ana subiam cada ano da sua cidade a Siló "a adorar e a sacrificar ao
Senhor dos Exércitos". A segunda menção é na súplica de Ana, a favor de um filho: "E fez um
voto dizendo: Senhor dos Exércitos, se benignamente atentares para a aflição da tua serva,
e de mim te lembrares, e da tua serva te não esqueceres, e lhe deres um filho varão, ao
Senhor o darei por todos os dias da sua vida..." (1 Sm. 1:11).
Pelo que vemos, Samuel é o primeiro a registrar o nome de Jeová Sabaoth. Sua mãe o usa e
depois ele o faz, referindo-se à uma situação de guerra, diante de Saul: "Assim diz o Senhor
dos Exércitos: Castigarei a Amaleque pelo que fez a Israel; ter-se oposto a Israel no caminho,
quando este subia do Egito. Vai, pois, agora e fere a Amaleque, e destrói totalmente a tudo o
que tiver; nada lhe poupes..." (1 Sm. 15:2,3).
Ora, Amaleque é um símbolo de Satanás, que se opõe ao povo de Deus e tenta destruí-lo, mas
o Senhor disse a Moisés:
"Escreve isto para memória num livro, e repete-o a Josué; porque Eu hei de riscar totalmente a
memória de Amaleque de debaixo do Céu. E Moisés edificou um altar, e lhe chamou: O Senhor
é minha bandeira (Jeová Nissi). E disse: Porquanto o Senhor jurou, haverá guerra do Senhor
contra Amaleque de geração em geração" (Ex. 17:14-16) (Conf. Dt. 25:15-19).
Jeová Sabaoth e Jeová Nissi, caminham juntos e são nomes de Deus que apontam para a
realidade de um confronto espiritual, de geração em geração, do povo de Deus na terra contra
Satanás. Mas não estamos sozinhos. O Senhor tem Suas hostes incontáveis de anjos, que são
Seus exércitos de guerreiros, trabalhando sempre a favor dos santos. E no meio das batalhas
Ele é nosso Nissi, nossa vitória, nossa bandeira. De fato Ele está conosco "como poderoso
guerreiro" (gibbor).
Vivemos dias proféticos, quando profecias milenares se cumprem diante dos nossos olhos.
Nunca a Igreja esteve tão consciente da realidade espiritual que influencia a vida terrena, tanto
no Reino de Deus quanto no de Satanás. Sentimos na carne o grande confronto entre os
poderes da luz e das trevas. Parece que o adversário reuniu todas as suas forças e poderes
malignos, para um golpe de desespero, tentando conquistar o que pode durante o tempo que
lhe resta. Por outro lado, os Céus se têm aberto e há um derramar do Espírito de Deus e luzes
são compartilhadas com os guerreiros do Senhor, que recebem as estratégias de guerra para
vencer o inimigo. Deus levanta hoje um exército de guerreiros espirituais a quem equipa e
dirige para saquear o inferno e povoar o Céu. A profecia de Joel, que se refere aos tempos do
fim, declara:
"O Senhor levanta a Sua voz diante do Seu exército (chayil); porque muitíssimo grande (rab) é
o Seu arraial; porque é poderoso quem executa as Suas ordens; sim, grande é o Dia do
Senhor" (Joel 2:11).
Chayil quer dizer uma força, exército, virtude, valor, capaz, grandes forças, poder, riqueza,
valente, virtuoso, digno.
Rab quer dizer "abundante (em quantidade, tamanho, idade, número, qualidade)". Isso
demonstra que Deus levanta um exército capaz, qualificado com Sua habilidade divina,
amadurecido, ousado, digno, virtuoso, possuidor de todos os recursos de toda ordem para
fazer a batalha, grande em número e poder. E agora a voz de comando se faz ouvir:
"Proclamai isto entre as nações, apregoai guerra santa; suscitai os valentes (gibbor); cheguem-
se, subam todos os homens de guerra. Forjai espadas das vossas relhas de arado, e lanças das
vossas podadeiras; diga o fraco: Eu sou forte (gibbor). Apressai-vos, e vinde, todos os povos
em redor, e congregai-vos; para ali, ó Senhor, faze descer os teus valentes (gibbor) Joel 3:9-
11)."
O Senhor dos Exércitos é um guerreiro (gibbor) e suscita os Seus guerreiros (gibbor) e até
mesmo o que se acha fraco diga: "Sou um guerreiro!"(gibbor) Ele tem os Seus valentes, Seus
guerreiros e os mobiliza para que sejam devidamente treinados e participem da batalha final
contra os poderes do inferno.
Ora, como o confronto é espiritual, o treinamento também o é. Portanto, temos vindo ao longo
dos últimos sete anos e meio instruindo o povo de Deus, em geral, e os intercessores, em
particular, na vida de comunhão com Ele e obediência à Sua Palavra, na dependência do
Espírito Santo e autoridade do Senhor Jesus, buscando conformar-se com Sua imagem. Este

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livro sobre intercessão é mais uma ferramenta no objetivo de treinar os guerreiros de oração. É
o quarto da série Escola de Oração. Todavia, não podemos tornar alguém guerreiro, nem sou
um guerreiro de oração se não encarnar o espírito de combatente espiritual; nem mesmo
ensiná-lo a interceder. Estamos estudando sobre intercessão, crendo que o Mestre, doce
Espírito, à medida que você se expõe a Ele e à Palavra, separando-se para orar por outros, irá
tomar sua mão, onde você se encontra agora, e levá-lo a uma nova dimensão.
Não se preocupe tanto com seu nível hoje. Comece onde está, e o Espírito irá conduzi-lo passo
a passo, até chegar à plenitude, e você será um intercessor como Moisés, Paulo e tantos
outros, seguindo as pegadas de Jesus. Oramos para que Deus tome a sua vida enquanto lê e
estuda este livro, e o mesmo Espírito lhe traga a luz e entendimento que as palavras não
podem transmitir.
Os livros que temos escrito na área de oração, visam treinar guerreiros, que serão parte do
exército que Deus levanta nesta última geração. Tais guerreiros aprenderão a entrar no reino
do espírito e retirar de lá as manifestações do poder de Deus e trazê-las aqui para a Terra, a
fim de alterar as circunstâncias contrárias ao Seu propósito. Meu coração geme, chora e luta,
orando pelo levantamento deste exército. E a palavra de ordem para o ano em curso, é esta:
Intercessão. Mas não nesse nivelzinho a que estamos habituados. Falamos da intercessão que
confronta os poderes do inferno, em guerra espiritual e dores de parto que trazem filhos à luz,
pelo poder do Espírito Santo. A formação de Cristo, em Sua plenitude, no coração dos homens,
é o alvo supremo dessa intercessão. Ela nos tomará e levar-nos-á a entrar no trabalho de alma,
até que os planos de Deus para com os filhos dos homens venham à luz e Ele seja glorificado.

Tipos de Oração
Oração é algo sério, específico, objetivo, e segue regras e princípios estabelecidos na Palavra
de Deus. É a tentativa de orar em desarmonia com eles que resulta em uma experiência
frustrante de não ver as orações e súplicas respondidas. Paulo declara em Efésios 6:18:
"Com toda oração e súplica, orando em todo o tempo no espírito e para isto vigiando
com toda a perseverança e súplica por todos os santos."
A Bíblia de Jerusalém traduz: "Com orações e súplicas de toda a sorte orai em todo o tempo..."
A tradução de J. B. Phillips diz: "Orai sempre com toda a sorte de orações..."; a Bíblia
Amplificada traduz: "Orai em todo tempo - em cada ocasião, em cada época - no espírito, com
toda (maneira de) oração e súplica."
Há diversos tipos ou espécies de oração e cada um deles segue princípios claros. Há regras
estabelecidas na Palavra de Deus para esses diferentes tipos de oração. E é aqui onde há
grande confusão. Costumamos definir nosso relacionamento com Deus em uma palavra:
oração. Tudo o que Lhe dizemos ou pedimos chamamos "oração". Sim, tudo é oração. É
preciso, contudo, saber: Há diversos tipos de oração. Há orações que não buscam
necessariamente alguma coisa de Deus. Outras visam alterar uma circunstância em nossa vida
ou na vida de terceiros. A todas elas Deus deseja ouvir.
"Ó Tu que escutas as orações, a Ti virão todos os homens" (Sl. 65:2), pois "A oração
dos retos é o Seu contentamento" (Pv. 15:8b).
No segundo livro da série Escola de Oração, intitulado Tipos de Oração, abordamos o
assunto. Aqui vamos apenas citar a existência dos mesmos, com uma breve definição, a título
de uma rápida lembrança. A quem não estudou o referido livro, recomendamos fazê-lo, a fim
de tirar melhor proveito deste.

Níveis de Oração

Poderíamos classificar as orações em três níveis diferentes: Deus, nós e os outros. Dentro de
cada um desses níveis há diversos tipos de oração:

1 - Deus como centro das nossas orações


Há orações que são dirigidas a Deus, visando Deus mesmo, o que Ele é, o que Ele faz e o que
Ele nos tem feito. Outra coisa não buscamos, senão apresentar-Lhe nossa gratidão, louvor e
adoração. Dentro deste nível temos três tipos de oração:
1º - Ações de Graça - A expressão do nosso reconhecimento e gratidão a Deus pelo que Ele
nos tem feito. Basicamente é a oração que expressa gratidão a Deus pelas bênçãos que Ele
tem derramado sobre nós.
2º - Louvor - A oração de louvor é um passo além das ações de graça. São expressões de
louvor a Deus pelo que Ele faz. Louvar é reunir todos os feitos de Deus e expressá-los em
palavras, numa atitude de exaltação e glorificação ao Seu Nome, que é digno de ser louvado.

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3º - Adoração - O tipo de oração que exalta a Deus pelo que Ele é. É a entrada no Santo dos
Santos para responder ao amor do Pai. Ali nada fala do homem, mas dEle. É o reconhecimento
do que Ele é. É a resposta do nosso amor ao amor Divino.
2 - Nós mesmos como o centro das orações
Aqui vamos a Deus para apresentar necessidades pessoais. Embora falando com Deus, o foco
da atenção é a satisfação de nossas necessidades. Vamos a Deus em busca de uma resposta
para a alteração de alguma circunstância em nossa vida. Nesse nível temos também três tipos
de oração:
1º - Petição - É "um pedido formal a um poder maior". É a apresentação a Deus de um
pedido, visando satisfazer uma necessidade pessoal, tendo como base uma promessa de Deus.
Nesse tipo de oração já temos o conhecimento de qual é a Sua vontade, pelo que o pedido será
feito em fé, com a certeza da resposta, antes mesmo da sua manifestação, de acordo com
Marcos 11:24.
2º - Consagração ou Dedicação - É uma atitude de submissão à vontade de Deus. Essa
oração é para as ocasiões em que a vontade de Deus é desconhecida. Exige espera,
consagração e inteira disposição de conhecer e seguir a vontade do Pai.
3º - Entrega - É a transferência de um cuidado ou inquietação para Deus. É lançar o cuidado
sobre o Senhor, com um conseqüente descanso. Essa oração é feita quando um cuidado, um
problema ou inquietação nos bate à porta.
3 - Os outros como centro das nossas orações
Aqui vamos a Deus como sacerdotes, como intercessores, levando a necessidade de outra
pessoa. Nosso motivo primeiro é ver as circunstâncias alteradas na vida de outrem. Esta é a
oração de intercessão. Interceder é colocar-se no lugar de outro e pleitear a sua causa.
Formas de Oração
Todos os tipos de oração podem ser levados a Deus de três formas: Através da oração privada,
da oração de concordância ou da oração coletiva.
1 - Oração Privada (Mt. 6:6). Cada filho de Deus tem direito de entrar em Sua presença, com
confiança, e apresentar-Lhe a oração da fé (Hb. 4:16). Nessa forma de oração só o Espírito de
Deus é testemunha. Ela pode ser feita apenas no coração, ou em palavras audíveis.
2 - Oração de Concordância (Mt. 18:18-20). Aqui, dois ou três se reúnem em comum acordo
sobre o que pedem a Deus. Há um poder liberado através da concordância, de acordo com Dt.
32:30.
3 - Oração Coletiva (At. 4:23-31) - Esta é feita quando o Corpo se une em oração. É uma
oração de concordância com um número maior. Quando um corpo de cristãos levanta sua voz a
Deus, unânime, não só na palavra ou expressão, mas no mesmo espírito, como na Igreja de
Jerusalém, há uma grande liberação do poder de Deus.

Recursos de Auxílio à Oração


Toda vida e manifestação do poder de Deus é o resultado da união entre o Espírito Santo e a
Palavra de Deus. Esses dois grandes recursos à nossa disposição para o exercício espiritual da
oração, levam-nos a uma experiência feliz em nosso relacionamento com Deus. Seu poder
começa a ser demonstrado em grande medida em nossas vidas e na vida daqueles por quem
intercedemos. Esses recursos são: o uso da Palavra e a dependência do Espírito Santo na
oração.
1 - Orando a Palavra - Orar a Palavra é tomar a promessa de Deus e levá-la de volta a Ele,
através da oração, no espírito de Isaías 62:6-7. Quem ora a Palavra já começa com a resposta.
A vontade de Deus é a Sua Palavra e toda oração de acordo com Sua vontade, Ele ouve. A
Palavra elevada a Deus em oração, não voltará vazia (Is. 55:10-11).
2 - Orando no Espírito (1 Co. 14:14; Ef. 6:18; Jd. 20). Em áreas conhecidas pela mente,
podemos aplicar a Palavra escrita, orando de acordo com o nosso entendimento. Mas, quando
chegamos ao limite da mente, o Espírito Santo vem em nosso auxílio (Rm. 8:26-27). Podemos
orar no espírito, pelo Espírito de Deus, e isso, para além de um recurso tremendo, pois oramos
em linha com o coração do Pai, é uma arma poderosa contra as forças das trevas.

Armas de Combate na Oração


A oração tem terríveis inimigos no reino das trevas, mas Deus nos deu os recursos inesgotáveis
da Sua graça para nos conduzir em triunfo. Daniel 10:12-21 revela o conflito espiritual para
impedir a resposta às nossas orações. Efésios 6:10-18 deixa claro que a oração tem seu lado
de batalha, mas 2 Coríntios 10:4-5 revela-nos que temos armas, da parte de Deus, para vencer
essa batalha. Jesus nos deu autoridade de ligar e desligar (Mt. 18:18). Podemos lançar mão
dessa autoridade e declarar guerra às forças de Satanás, enfrentando-as:
1 - Na autoridade do nome de Jesus, a Quem tudo está sujeito (Lc. 19:10 e Mc. 16:17).

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2- Com a arma de combate, que é a Palavra de Deus (Ef. 6:17).
3 - Sob a cobertura do sangue de Cristo e no poder do Espírito Santo (Ap. 12:11 e Lc. 4:14). O
inimigo será vencido por um poder maior (Mt. 12:29), pois "Maior é Aquele que está em
nós..."(1 Jo. 4:4).
Enfrentamos o inimigo falando diretamente a ele, exercendo nossa fé na obra do Calvário.
"Resisti ao diabo e ele fugirá de vós" (Tg. 4:7).

Vitória Pessoal
Antes que você possa ser um intercessor bem sucedido, precisa aprender a andar em vitória e
a encontrar resposta para as suas próprias orações. Eis porque recomendamos que primeiro
sejam estudados os diversos tipos de oração.
Todo conhecimento deve ser posto em prática, para que produza seu efeito. Temos
aconselhado os guerreiros a se exercitarem no uso dos diversos tipos de oração, gastando uma
hora com Deus, de forma organizada, a fim de ajudar a formação de um hábito e disciplina de
orar de acordo com os princípios estabelecidos pela Palavra de Deus. Sugerimos o uso da Roda
de Oração, que está no apêndice deste livro.
Extraído do Livro O Poder da Intercessão

O QUE É ORAÇÃO?
Pedi, e dar-se-vos-á; buscai, e encontrareis; batei, e abrir-se-vos-á.
Porque, aquele que pede, recebe; e, o que busca, encontra;
e, ao que bate, abrir-se-lhe-á. E qual de entre vós é o homem que,
pedindo-lhe pão o seu filho, lhe dará uma pedra?
E, pedindo-lhe peixe, lhe dará uma serpente? Se vós, pois, sendo maus,
sabeis dar boas coisas aos vossos filhos, quanto mais vosso Pai,
que está nos céus, dará bens aos que lhe pedirem? "
(Mateus 7.8-11)

Através da oração, alcançamos grandes vitórias, inexplicáveis para a lógica humana. Todos os
que oram e confiam a Deus os seus problemas, pedindo ao Senhor, com fé, mediante sua
vontade, são recompensados pelo Todo-poderoso. O Catecismo Maior de Westminster diz: "A
oração é a oferta de nossos desejos a Deus, em nome de Cristo." A oração não deve ser
apenas "simples palavras", e sim a expressão profunda da nossa alma, em comunicação real
com nosso Criador. É comum vermos pessoas fazendo distinção sobre o "sagrado" e o
"secular", mas para o cristão não deve haver divisão. Tudo que ele fizer deve ser sagrado, ou
seja, deve faze-lo para glória de Deus, tudo deve ser um ato de oração.

Orar é conversar com Deus.


É manter um diálogo com o Pai celestial, em linguagem clara, e quanto mais simples melhor.
Em oração falamo-lhe quais são as nossas necessidades, enfermidades e dificuldades, não
esquecendo de agradecer-lhe por mais um dia de vida, e por todas as bênçãos que Ele nos
concedeu. Assim sentiremos no coração a resposta, através do nosso espírito, que se comunica
com o Espírito de Deus. "O mesmo Espírito testifica com o nosso espírito que somos filhos de
Deus. (Leia Romanos 8.16).

A Bíblia registra que Daniel, apesar de estar cativo na Babilônia, uma terra muito distante de
sua pátria, orava três vezes ao dia, voltado para Jerusalém, a cidade de Deus, e por isso
alcançou grandes vitórias em sua vida. "Daniel, pois, quando soube que o edito estava
assinado, entrou em sua casa (ora havia no seu quarto janelas abertas do lado de Jerusalém), e
três vezes no dia se punha de joelhos, e orava, e dava graças diante do seu Deus, como
também antes costumava fazer." (Daniel 6. 10) Por causa de sua Lealdade e intimidade com o
Deus vivo, foi lançado na cova dos leões, que nada lhe fizeram. O rei Dario, que era seu amigo,
não dormiu naquela noite, imaginando que Daniel havia sido devorado pelas feras. "E
chegando-se à cova, chamou por Daniel com voz triste, e, falando o rei, disse a Daniel: servo
do Deus vivo, dar-se-ia o caso que o teu Deus a quem tu serves, tenha podido dos leões? Então
Daniel falou ao rei: Ó rei, vive para sempre! O meu Deus enviou o seu anjo, e fechou a boca
dos leões, para que não me fizessem dano, porque foi achada em mim inocência diante dele; e
também contra ti, ó rei, não tenho cometido delito algum." (Daniel 6.20-22)

Como vimos, Daniel "costumava" orar, ou seja ele perseverava em oração. Há uma grande
diferença entre a persistência perseverante e a exigência impaciente e egoísta. Quando você

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exige está se portando semelhantemente a uma "criança teimosa", que provavelmente se
irritará por não conseguir imediatamente o que pediu.

A escritura também nos exorta a interceder sinceramente uns pelos outros. Interceder é pedir
a Deus que aja na vida de outra pessoa, e isto é um privilégio de todo crente. A intercessão
sincera é uma das maneiras para melhor alcançarmos a compreensão da vontade de Deus,
pois faz-nos olhar para além das nossas necessidades, para aquilo que Deus quer para a
humanidade. "Confessai as vossas culpas uns aos outros, e orai uns pelos outros, para que
sareis. A oração feita por um justo pode muito em seus efeitos." (Tiago 5.16)

Orar é ouvir o que Deus fala com você.


Orar é também ouvir quando Deus fala com você. Deus se comunica conosco através da Bíblia
sagrada, e não pode haver oração significativa se não a lermos. Isto é muito importante porque
quando oramos devemos discernir a vontade e a direção de Deus, e fazer nossa petição
segundo elas. A Palavra de Deus (Bíblia) é o guia básico para a compreensão da sua vontade, e
não adianta fazer nenhuma petição fora da vontade Divina, que fatalmente não seremos
atendidos. - "Pedis, e não recebeis, porque pedis mal, para o gastardes em vossos deleites."
(Tiago 4:3) Deus também nos fala através de seu Espírito. Sem nenhuma razão aparente
podemos ser levados a conclusão de uma determinada situação, ou lembrar de algo há muito
esquecido, porém necessário naquela ocasião. Podemos sentir a presença do Espírito Santo,
enchendo nossa alma e trazendo paz em relação a um problema, avivando nossa consciência
sobre alguma determinada situação, ou cobrando a solução de alguma coisa mal resolvida.
Orar, portanto, envolve comunicação e comunhão com Deus, e leva a pessoa a ver a vida
numa perspectiva mais ampla, considerando a eternidade, e a compreender tudo mais
claramente.

Orar é ter comunhão com Deus.


Paulo e Silas oravam e cantavam hinos a Deus, apesar de terem apanhado publicamente. Se
não fosse a comunhão com Deus, eles certamente estariam tristes e chorosos, em vez de
alegres ! "E a multidão se levantou unida contra eles, e os magistrados, rasgando-lhes as
vestes, mandaram açoitá-los com varas. E, havendo-lhes dado muitos açoites, os lançaram na
prisão, mandando ao carcereiro que os guardasse com segurança. O qual, tendo recebido tal
ordem, os lançou no cárcere interior, e lhes segurou os pés no tronco. E, perto da meia-noite,
Paulo e Silas oravam e cantavam hinos a Deus, e os outros presos os escutavam." (Atos 16:22-
25)

Quando oramos falamos com o Deus Trino e Uno, e podemos dirigir-nos individualmente à cada
uma das três pessoas da Trindade, ou ao próprio Deus Trino e Uno. No Pai Nosso, quando
dizemos "Pai Nosso que estais nos céus" (Mateus 6.9), estamos nos dirigindo ao Deus Pai.
Quando pedimos à Cristo que perdoe os nossos pecados, estamos nos dirigindo ao Deus Filho "
E apedrejaram a Estêvão que em invocação dizia: Senhor Jesus, recebe o meu espírito. E,
pondo-se de joelhos, clamou com grande voz: Senhor, não lhes imputes este pecado. E, tendo
dito isto, adormeceu." (Atos 7.59,60) Quando pedimos ao Espírito Santo que nos encha com
seu poder e força, estamos falando ao Deus Espírito Santo. "Mas vós, amados, edificando-vos a
vós mesmos sobre a vossa santíssima fé, orando no Espírito Santo." (Judas 20) Quando
clamamos: "Ó Deus, ajuda-me!", estamos falando às três pessoas da Santíssima Trindade.

Orar não é rezar.


Como já foi dito anteriormente, orar é conversar com Deus, é dialogar com Ele. É um processo
espontâneo, que flui normalmente, como se conversássemos com um amigo muito chegado,
ou um familiar muito querido. O Espírito Santo é o inspirador das palavras que dizemos em
cada oração que fazemos. Por isso usamos termos que jamais empregamos em orações
anteriores, e nem havíamos premeditado. Isto é o que agrada a Deus, pois assim estamos
fugindo das vãs repetições. - "E, orando, não useis de vãs repetições, como os gentios, que
pensam que por muito falarem serão ouvidos." (Mateus 6:7)
Quando os discípulos pediram a Jesus que lhes ensinasse a orar, o Mestre lhes respondeu: "Pai
nosso, que estás nos céus, santificado seja o teu nome; venha o teu reino, seja feita a tua
vontade, assim na terra como no céu; o pão nosso de cada dia nos dá hoje; e perdoa-nos as
nossas dívidas, assim como nós perdoamos aos nossos devedores; e não nos induzas à
tentação; mas livra-nos do mal; porque teu é o reino, e o poder, e a glória, para sempre.
Amém". (Mateus 6.9-13). Esta é a única oração ensinada por Jesus, e ainda hoje é utilizada
pela Igreja, apesar dela ser mais um modelo de como devemos orar, e não propriamente uma

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oração a ser recitada. As demais orações, utilizadas quotidianamente, são consideradas rezas,
ou seja, são citações elaboradas por alguém, que são repetidas milhões de vezes, e
certamente não agradam a Deus, pois se tornam "vãs" repetições. Quem as recita o faz
mecanicamente, distanciando-se do objetivo principal da oração que é conversar e ter
comunhão com Deus.

Orar é dizer a Deus: "Que assim seja!"


Todas as nossas orações terminam com a palavra amém. Isto não significa que estamos
apenas sinalizando o final de nossa petição. Amém é uma palavra bíblica que simboliza a
afirmação na crença de que Deus ouviu nossa oração. Amém é uma afirmação de fé no poder
de Deus para atender nossas orações. É submeter a nossa vontade a Deus, com um : "Que
assim seja!".

Como devemos orar?


1. De joelhos - "Por causa disto me ponho de joelhos perante o Pai de nosso Senhor Jesus
Cristo," (Efésios 3.14). Muitos consideram esta a melhor maneira de se conversar com Deus,
pois é uma demonstração de submissão, reverência e humildade. Assim oraram Salomão (1
Reis 8.54), Elias (1 Reis 18.42), Esdras (Esdras 9.5), Daniel (Daniel 6. 10), Jesus (Lucas 22.41),
Pedro (Atos 9.40) e Paulo (Atos 20.36).

2. De pé - " E pôs-se Jeosafá em pé na congregação de Judá e de Jerusalém, na casa do


SENHOR, diante do pátio novo. E disse: Ah! SENHOR Deus de nossos pais, porventura não és tu
Deus nos céus? Não és tu que dominas sobre todos os reinos das nações? Na tua mão há força
e potência, e não há quem te possa resistir. (2 Crônicas 20.5,6). Josafá, rei de Judá, em pé,
diante do povo, orou a Deus, e consegui a vitória, pois Deus fez com que os que vinham contra
ele se desentendessem e se acabassem entre si. Os crentes hoje costumam orar em pé, no
início, durante e no fim dos cultos, e também tem conseguido vitória.

3. Em particular - " Mas tu, quando orares, entra no teu aposento e, fechando a tua porta, ora a
teu Pai que está em secreto; e teu Pai, que vê em secreto, te recompensará publicamente."
(Mateus 6.6). Jesus, em seu Sermão da Montanha, enfatizou que a oração feita em particular é
ouvida pelo Senhor, que vê secretamente. Esta é a melhor maneira do crente estar a sós com
Deus e contar para Ele as suas angústias e vissicitudes da vida, sem que ninguém saiba pelo
que passa. E a oportunidade que você tem de confiar somente ao Senhor um problema de
difícil solução.

4. Em família - " E, considerando ele nisto, foi à casa de Maria, mãe de João, que tinha por
sobrenome Marcos, onde muitos estavam reunidos e oravam. (Atos 12.12). A igreja em
Jerusalém enfrentava uma das maiores lutas de sua história. Herodes, rei dos judeus, prendeu
dois de seus principais líderes: Tiago e Pedro. A popularidade deste monarca estava baixa. Ele
julgou que a perseguição aos cristãos iria ajudá-lo a recobrar seu prestígio. Mandou matar,
primeiramente, a Tiago, para sentir a reação do povo. Foi um "sucesso" ! Todo mundo o
parabenizou. Então, ele marcou a data da morte de Pedro: um dia após o encerramento da
Páscoa, quando todos os judeus se preparavam para retomar aos seus países de origem. Com
este acontecimento, Herodes conseguiria o ápice de sua popularidade. Atos 12.5 registra:
"Pedro, pois, era guardado na prisão" ; mas a igreja fazia contínua oração por ele a Deus".
Aqueles primeiros cristãos ainda não tinham um templo- sede para se reunirem. Utilizavam as
casas dos irmãos em Cristo, para cultuarem ao Senhor. Oravam exatamente na residência de
Maria, mãe do evangelista Marcos (escritor do segundo evangelho), quando um anjo de Deus,
em resposta às suas orações, visitou o cárcere, onde estava preso o apóstolo Pedro, e o
libertou. Hoje, nós chamamos esta reunião de oração em família, ou seja, entre pais e filhos, de
culto doméstico. Os lares evangélicos que se reúnem diariamente, para orar, são felizes e
harmoniosos. Os cônjuges são unido, os filhos obedientes, além da saúde e prosperidade que
desfrutam.

Quando orar ?
1. Ao deitar-se. - Depois de um dia estafante, principalmente em uma cidade grande, onde se
enfrenta perigos mil, é dever do crente orar ao deitar, à noite, e agradecer a Deus os grandes
livramentos, ou seja, a proteção contra os assaltos, as batidas de carro no trânsito, os
atropelamentos; pela saúde e por tudo que lhe aconteceu, pois a Bíblia recomenda: "Dando
sempre graças por tudo a nosso Deus e Pai, em nome de nosso Senhor Jesus Cristo" (Efésios
5.20).

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2. Ao levantar-se. - As nossas vidas estão entregues nas mãos de Deus. Por isso, é nosso dever,
ao iniciarmos o novo dia, orar, para que o Senhor mande os seus anjos, a fim de nos livrar de
todos os perigos, conforme lemos no Salmo 91.1 1: "Porque aos seus anjos dará ordem a teu
respeito, para te guardarem em todos os teus caminhos".

3. Sempre - " Orai sem cessar. Em tudo dai graças, porque esta é a vontade de Deus em Cristo
Jesus para convosco. (1 Tessalonicenses 5.17,18). Quem vive em total dependência de Deus,
através da oração, é sempre vitorioso. Orar sempre significa viver as 24 horas do dia em
constante comunhão com Deus. E deitar-se, levantar-se, trabalhar, viajar, etc., com o
pensamento voltado para as coisas espirituais, e tudo que fizermos que seja bem feito e com
objetivo de glorificar o nome de Nosso Senhor Jesus Cristo.

ORAÇÃO

Mt 7:7, Lc 11:9-13
Pedi esforço talvez pequeno.
Buscai esforço mais diligente.
Batei o ápice do esforço.
Obs.: Pedir, indica o desejo do objeto, buscar, o objeto está pedindo, bater, que o objeto está
trancado.
Não basta pedir; é mister buscar o que pedimos. Não basta buscar; é preciso bater à
porta trancada. Aquele que busca tal diligência receberá aquilo que deseja.
Jesus mostra a necessidade de diligência, de desejo intenso e de perseverança na
oração. Aquele que não é intenso nas coisas espirituais dificilmente dessa maneira, portanto a
oração faz parte, necessariamente, de nossa vida espiritual.
Pedir é receber buscar é encontrar bater é entrar Tiago 4:3.
Aquele cuja vida espiritual já é bem desenvolvida evita pedir mal. A verdadeira oração
deve estar sintonizada com Deus; e é esse tipo de oração que sempre recebe a resposta certa.
As promessas de Deus são tão grandes, tão vastas, tão enfáticas e tão iluminadas.
1. A resposta de Deus às nossas orações (subentende) serve de um agente que redunda na
glória de Deus. O Senhor de forma alguma, responderá à oração que é contrária à sua glória.
2. A oração deve ser feita em nome do Senhor Jesus Cristo
(Jo 14:13,14; Jo 16:23-24), não porém como forma litúrgica; mais sim por sermos seus
discípulos, por recebermos o seu nome, por estarmos identificados com Ele. Somente aqueles
que estiverem verdadeiramente imersos no Espírito de Cristo é que sentirão a inclinação de
orar por aquelas coisas que realmente são espiritualmente benéficas para eles mesmos ou
para seus semelhantes contribuindo para a causa de Cristo.
Cada indivíduo tem um destino a cumprir, agora e por toda eternidade.
Ex: Jovem solteira pede um marido, sendo que, neste estado servirá melhor ao Senhor.
Ex: Homem pede dinheiro e poder porém se o tiver, não saberá usá-lo; sua missão
requer que ele lute pela sua sobrevivência material.
A oração ajuda o desenvolvimento espiritual do crente, e muitas orações, mesmo
aquelas feitas pelos espiritualmente fracos, são miraculosamente respondidas.
1. Oração como submissão, como entrega às mãos de Deus.
2. Oração como ato de adoração.
3. Oração como ato criador.
4. Oração no A.T.
5. Ensinamento de Jesus na oração.
6. Ensinamento de Paulo sobre a oração.
7. Outros conceitos, o N.T. a respeito da oração.
Precisamos de Deus e a sua ajuda nos vem através da oração, mas só é possível quando a
alma crente se encontra em estado de submissão a Deus (Cristo). Toda oração deve estar
alicerçada na fé, por isso devemos pedir crendo; na certeza que Ele fará aquilo que lhe
solicitamos. (Mt 21:22). A oração é um ato da alma, mediante a qual nos pomos sob os
cuidados de Deus. A oração é um campo de provas, onde podemos aprender sobre Deus.
A oração faz parte da liturgia, a qual faz parte da adoração coletiva, e faz parte também da
adoração individual. A oração incorpora em si as atitudes essenciais da adoração, da confiança
em Deus, o louvor devido às obras divinas entre os homens. Quando a oração transcende ao
mero ato de pedir, torna-se um ato de adoração em sua própria essência.
A oração vale-se do poder criador de Deus, pelo que também se diz: A oração modifica as
coisas. Na oração colocamos nas mãos de Deus na ordem as coisas presentes para que elas

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sejam modificadas. Essa modificação talvez exija antes de tudo, a nossa própria (modificação)
transformação moral. Todavia a oração também pode criar novas situações nas circunstâncias
extremas, ou diferenças em atitude em outras pessoas ao quais podem modificar os
acontecimentos. Quando a oração é um genuíno exercício da alma, isso nos põe sob o controle
do poder criador de Deus. Isso também nos torna mais sensíveis para com a vontade de Deus,
para com as necessidades alheias e para com as nossas próprias necessidades, diminuindo
nossos desejos por coisas meramente físicas. Por conseguinte, em seu poder criador a oração
(é devidamente usada) eleva o
inteiro tom espiritual de nossas vidas.
Quando a oração é devidamente usada, ela se torna uma maneira de adorar ao Senhor, se o
servimos com nossas vidas. A oração cria grande receptividade entre as pessoas, e é dessa
maneira que, com grande freqüência, nossas orações são respondidas, sem a necessidade de
qualquer milagre.
A oração reconhece a personalidade e o poder de Deus, bem como o seu interesse pelos
homens.
a) A oração é um meio de comunhão entre Deus e o homem.
b) A oração é uma intercessão em benefício próprio e em benefício de outros em que o crente
busca a melhoria espiritual e material.
Abraão Gn 18:1 (Por sodoma).
Moisés Ex 32:10-12 (Por Israel).
Jó 42:8-10 (Pelos amigos).
Petições individuais Sl 31; 86; 123; 142.
Oração por meio de louvor Sl 113, 118.
Perdão Sl 51
Comunhão Sl 63
Proteção Sl 119
Louvando ao Senhor Sl 103
Ato de devoções Esd 7:27, 8:22; Ne 2:4; 4:4,9;
Dan 9:4-19
Mt 7:7-11 Explanação no princípio. Pág. 1. A verdadeira oração é espiritual e não formal
Mat 6:5-8.
Há grande poder na oração, pelo que também deve ser usada perseveramente. Mc 11:23,24 e
Mt 17:20.

A oração deve ser feita com fé Mt 17:20.


A oração deve ser perseverante Lc 18:1-8.
A oração envolver coisas práticas e terrenas Mt 7:7-11 e 6:11.

A oração visa também elevadas realidades espirituais. Jo 17:1.


 A oração pode solicitar força espiritual Mt 6:13.
 A oração tem por escopo o avanço na direção do reino de Deus sobre a terra e sua eventual
inauguração
Mt 6:10,13. O próprio Jesus nos deixou o exemplo mais elevado de uma vida de oração Lc
5:15, 6:12;
Jo 12:20-28; Jo 17:6-19.
a) Tal como Jesus Paulo deixou grande exemplo de orações práticas. Col 1:3, 4:12; Fil 1:4;
Tes 1:2; Dm 1:9 e Filemon 4.
b) A oração consiste de adoração particular Ef 5:19,
Col 3:16 e coletiva.
c) Faz intercessão por todos os homens I Tm 2:1 e o Espírito Santo em favor de todos os
homens; Rm 8:26. E de Cristo em favor dos homens Rm 8:34.
d) A oração é exigente pois requer perseverança.
Rm 15:30, Col 4:12, Ef 6:18, I Ts 5:17.
e) A oração é uma expressão de ações de graças
Rm 1:8ss.
f) A oração aprofunda nossa comunhão com Deus
II Co 12:7ss.
g) A oração visa o crescimento espiritual de outros crentes. Ef 1:18ss e Ef 3:13ss.
h) A oração solicita a salvação dos perdidos I Tm 2:4.
i) A oração é feita no Espírito Ef 6:18.
j) A oração chega mesmo a ser um dom do E.S.
I Co 14:14-16.

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Oração coletiva Atos Tg 5:13-18. Igreja Cristã nasceu dentro da atmosfera da oração.
At 1:4.
Em resposta da oração é o que o Espírito Santo veio sobre a Comunidade da Igreja. At 1:4 e
2:4.
b) Em período de crise Igreja apelou para a oração -
At 4:21ss.

A Igreja Cristã mediante seus líderes, sempre se dedicou à oração. Atos 9:4, 10:9, 16:25,
28:8.
A oração deve ser praticada em favor da comunidade (Heb 4:14-16; Heb 5:7-10; Atos
20:28,36 e 21:5).
A oração é possível por causa do nosso grande Sumo Sacerdote - Heb 4:14-16; Heb 5:7-
10.
A oração é um meio de entrarmos em nossos privilégios espirituais em Cristo - Heb
10:19s.
A oração nos confere sabedoria espiritual - Tg 1:5-8.
A oração deve ser oferecida com base nas motivações certas, pois não pode servir ao
egoísmo e ao pecado - Tg 4:1-3.

(A oração deve ser ousada, e assim será eficaz - I Jo 3:21ss.

A oração pode curar o corpo e deve ser usada com essa finalidade - Tg 5:13-18.

Obs.: satanás treme quando vê o mais fraco santo de joelho, e isso porque a oração apela para
o poder divino, que transcende a todo poder humano.

QUE É ORAR?

A oração é o desejo sincero da alma.


A oração é o enunciado de um suspiro, o cair de uma lágrima.
A oração é a linguagem mais simples, que os lábios infantis podem experimentar.
A oração é o clamor mais sublime que atinge a Majestade nas alturas.
A oração é o hábito vital do crente. É a sua atmosfera nativa.
A oração é a voz contrita do pecador, que retorna dos seus maus caminhos.

FATOS A CONSIDERAR
Jo 16:24
1. A oração abre o caminho de acesso ao Pai, a fonte de todo o bem estar - Heb 4:16.
2. A oração é ajudada pelo Espírito (II Tess 3:5) e isso através de Cristo - Ef 2:18.
3. Ela ajuda os homens a atingirem seus destinos, mediante o cumprimento de suas
respectivas missões - Col 4:2-4.
4. A oração é um ato de criação, pois pode alterar tanto as pessoas quanto as circunstâncias.
5. Jesus deixou o exemplo; Ele vivia em constante oração - Mt 14:23.
6. A oração é um meio de crescimento espiritual, pois ela existe não meramente para pedirmos
coisas, mas por si mesma é um exercício espiritual que ajuda a alma crescer.
7. Ver Ef 6:18.
8. A alegria é o benefício central que resulta da oração
(Jo 15:11; Tel 4:4; Gl 5:22).
Fil 4:6 - Não devemos ansiar por coisa alguma porque a vinda do Senhor esta próxima,
havendo ainda à nossa disposição o recurso da oração, que é um poder criativo, que pode
alterar os acontecimentos e conferir-mos forças para enfrentar a adversidade. Por meio da
oração, a força espiritual se faz presente, porquanto põe à nossa disposição o mesmo Senhor,
que algum dia retornará.
A oração contínua serve de salvaguarda contra toda e qualquer ansiedade.
A oração antes de tudo, envolve a atitude de esperar em Deus; em seguida, indica ele
que, em nossa debilidade, rogamos a sua ajuda; e, finalmente, fica esclarecido que devemos
deixar bem claro aquilo que queremos de Deus, confiando que Ele nos atenderá os pedidos. E
paralelamente a tudo isso deve haver atitude de ação de graça.
A oração serve de elemento disciplinado e de determinador da vontade de Deus.

56
Pois, antes de mais nada, a oração age como fator de disciplina. Portanto, na qualidade
de uma disciplina, a oração nos impedirá de sermos egoístas em nossos alvos, e, portanto, em
nossas solicitações.

Leituras:
Gn 18:23-32; Gn 32:24-30; 2 Sm 7:18-29; I Rs 8:22-61;
Lc 11:1-13; Lc 18:1-8; Jo 17.

Referências Gerais:
Primeira menção - Gn 4:26.
Sua necessidade universal - Sl 65:2; Is 56:7; Lc 11:2.
O Espírito Santo ajuda na mesma - Rm 8:26,27.
Orações dos Santos, Preciosas - Ap 5:8.
Sobem até Deus como incenso - Ap 8:3.
Esboço do Ensino Bíblico a Respeito de: Ordenada - Is 55:6; Mt 7:7; Fp 4:6.

A ser feita:
A Deus, Sl 5:2; Mt 4:10.
A Cristo, Lc 23:42; At 7:59.
Ao Espírito Santo, II Ts 3:5.
Por meio de Cristo (Lc 23:42) Ef 2:18; Hb 10:19.
Deus ouve-a, Sl 10:17, Sl 65:2.

É descrita como:
Dobrar os joelhos, Ef 3:14.
Olhar para cima, Sl 5:3.
Elevar a alma, Sl 25:1.
Elevar o coração, Lm 3:41.
Derramar o coração, Sl 62:8.
Derramar a alma, I Sm 1:15.
Invocar o nome do Senhor, Gn 12:8; Sl 116:4; At 22:16.
Clamar a Deus, Sl 27:7; Sl 34:6.
Achegar-se a Deus, Sl 73:28; Hb 10:22.
Clamar ao céu, II Cr 32:20.
Implorar ao Senhor, Ex 32:11.
Buscar a Deus, Jó 8:5.
Buscar a face do Senhor, Sl 27:8.
Fazer súplicas, Jó 8:5; Jr 36:7.
Aceitável por meio de Cristo, Jo 14:13-14, 15:16, 16:23-24.
É necessária a graça revificadora à mesma, Sl 80:18.

O Espírito Santo:
Prometido como Espírito de Oração, Zc 12:10.
Como Espírito de adoção, conduz à mesma Rm 8:15; Gl 4:6.
Ajuda nossas fraquezas em oração, Rm 8:26.
Evidência da conversão, At 9:11.
Dos justos, muito pode em seus efeitos, Tg 5:16.
Dos retos, em deleite para Deus, Pv 15:8.
Para bênçãos temporais, Gn 28:20; Pv 30:8; Mt 6:11.
Para misericórdia e graça em ocasião de necessidade,
Hb 4:16.
Modelo de oração, Mt 6:9-13.
Vãs repetições em oração, é proibida, Mt 6:7.
Ostentação na oração, é proibida, Mt 6:7.

Acompanhada de:
Arrependimento, I Rs 8:33, Jr 36:7.
Confissão, Ne 1:4, Dn 9:4-11.
Auto-humilhação, Gn 18:27.
Choro, Jr 31:9, Os 12:4.
Jejum, Ne 1:4, Dn 9:3, At 13:3.
Vigilância, Lc 21:36, I Pe 4:7.

57
Louvor, Sl 66:17.
Ações de graças, Fp 4:6, Cl 4:2.
Pleiteada à base de:
As promessas de Deus, Gn 32:9-12, Ex 32:13, I Rs 8:26,
Sl 119:49.
O pacto com Deus, Jr 14:21.
À fidelidade de Deus, Sl 143:1.
A misericórdia de Deus, Sl 51:1, Dn 9:18.
Levantemo-nos cedo para orar, Sl 5:3, Sl 119:147.
Busquemos o ensino divino para orar, Lc 11:1.
Não desanimemos em orar, Lc 18:1.
Continuemos sempre em oração.
Evitemos seus obstáculos, I Pe 3:7.
Apropriada nas aflições, Is 26:16; Tg 5:13.
A brevidade do tempo, um motivo à oração, I Pe 4:7.

Posturas em oração:
De pé, I Rs 8:22; Mc 11:25.
Prostrado, Sl 95:6.
Ajoelhado, II Cr 6:13; Sl 95:6; Lc 22:41; At 20:39.
De bruços, Nm 16:22; Is 5:14; I Cr 21:16; Mt 26:39.
De mãos espalmadas, Is 1:15.
De mãos levantadas, Sl 28:2; Lm 2:19; I Tm 2:8.
As promessas de Deus encorajam-nos à oração, Is 65:24;
Zc 13:9; Lc 11:9-10; Jo 14:13,14.
A experiência das misericórdias passadas incentivam-nos à oração. Sl 4:1; Sl 116:2.

Imposta:
I Cr 16:11 - (Os 14:2) Mt 7:7 - Mt 26:41 - Lc 18:1 -
Jo 16:24 - Ef 6:18 - (Fp 4:6 - Cl 4:2) - I Ts 5:17 -
(I Tm 2:8) - Tg 5:13.

Orações respondidas:
Deus as dá, Sl 99:6; 118:5; 138:3.
Cristo as dá, Jo 4:10,14; 14:14.
Cristo recebe-as, Jo 11:42; Hb 5:7.

Outorgadas:
Mediante a graça de Deus, Is 30:19.
Algumas vezes imediatamente, Is 65:24; Dn 9:21,23, 10:12.
Algumas vezes depois de certa demora, Lc 18:7.
Algumas vezes diferentes de nossos desejos, 2 Co 12:8-9.
Além de toda expectativa, Jr 33:3, Ef 3:20.
Prometidas, Is 58:9, Jr 29:12, Mt 7:7.
Prometidas especialmente em tempos de dificuldades,
Sl 50:15, Sl 91:15.

Recebidas por aqueles que:


Buscam a Deus, Sl 34:4.
Buscam a Deus de todo coração, Jr 29:12,13.
Esperam em Deus, Sl 40:1.
Voltam a Deus, 2 Cr 7:14; Jó 22:23,27.
Pedem em fé, Mt 21:22; Tg 5:15.
Pedem em nome de Cristo, Jo 14:13.
Pedem segundo a vontade de Deus, I Jo 5:14.
Invocam a Deus em verdade, Sl 145:18.
Temem a Deus, Sl 145:19.
Põem seu amor a Deus, Sl 91:14,15.
Guardam os mandamentos de Deus, I Jo 3:22.
Invocam a Deus, sob opressão, Is 19:20.
Invocam a Deus, sob aflição, Sl 18:6, 106:44; Is 30:19,20.
Permanecem em Cristo, Jo 15:7.

58
Humilham-se, II Cr 7:14; Sl 9:12.
São retos, Sl 34:15; Tg 5:16.
São pobres e necessitados, Is 41:17.

Os Santos
Tem-nas garantidas, I Jo 5:15.
Amam a Deus por esse motivo, Sl 116:1.
Bendizem a Deus por esse motivo, Sl 66:20.
Louvam a Deus por esse motivo, Sl 116:17; Sl 118:21.
Um motivo para a oração contínua, Sl 116:2.

Negadas aqueles que:


Pedem com maus motivos, Tg 4:3.
Contemplam a vaidade no coração, Sl 66:18.
Vivem em pecado, Is 59:2; Jo 9:31.
Servem a Deus indignamente, Ml 1:7-9.
Abandonam a Deus, Jr 14:10,12.
Rejeitam a chamada de Deus, Pv 1:24, 25,28.
Não ouvem a lei, Pv 28:9; Zc 7:11-13.
São mudos ao clamor dos pobres, Pv 21:13.
São homicidas, Is 1:15, 59:3.
São idólatras, Jr 11:11-14; Ez 8:15-18.
São duvidosos, Tg 1:6-7.
São hipócritas, Jó 27:8-9.
São orgulhosos, Jó 35:12,13.
São justos aos próprios olhos, Lc 18:11, 12, 14.
São inimigos dos santos, Sl 18:40-41.
Oprimem cruelmente aos santos, (Sl 18) Mq 3:2-4.

Exemplificadas
Abraão, Gn 17:20.
Ló, Gn 19:19-21.
O servo de Abraão, Gn 24:15-27.
(Moisés) Jacó, Gn 32:24-30.
Os israelitas, Ex 2:23-24.
Moisés, Ex 17:4-6, 11-13, Ex 32:11-14.
Sansão, Jz 15:18,19.
Ana, I Sm 1:27.
Samuel, I Sm 7:9.
Salomão, I Rs 13:6.
Elias, I Rs 18:36-38; Tg 5:17,18.
Eliseu, II Rs 4:33-35.
Jeocaz, II Rs 13:4.
Ezequias, II Rs 19:20.
Jabez, I Cr 4:10.
Ana, 2 Cr 14:11,12.
Josafá, II Cr 20:6-17.
Manassés, II Cr 33:13-19.
Esdras, Ed 8:21-28.
Neemias, 4:9-15; Jó 42:10.
Davi, Sl 18:6.
Jeremias, Lm 3:55-56.
Daniel, Dn 9:20-23.
Jonas, 2:2-10.
Zacarias, Lc 1:13.
O cego, Lc 18:38, 41-43.
O ladrão na cruz, Lc 23:42,43.
Os apóstolos, At 4:29-31.
Cornélio, At 10:4,31.
Os crentes primitivos, At 12:5-7.
Paulo e Silas, At 16:25,26.
Paulo, At 28:8.

59
Resposta recusada:
Exemplificada:
Saul, I Sm 28:15.
Os anciãos de Israel, Ez 20:3.
Os fariseus, Mt 23:14.

Promessas de resposta:
Sl 91:15 (Is 41:17)
Is 58:9
Is 65:24
Zc 13:9
Lc 11:9
Jo 15:7.

Causas de fracasso na oração:


Desobediência, Dt 1:45; I Sm 14:37, 28:6.
Pecado secreto, Sl 66:18.
Indiferença, Pv 1:28.
Negligência quanto à misericórdia, Pv 21:13.
Desprezo à lei, Pv 28:9.
Culpa de sangue, Is 1:15.
Iniquidade, Is 59:2; Mq 3:4.
Teimosia, Zc 7:13.
Instabilidade, Tg 1:6,7.
Auto-indulgência, Tg 4:3.

Oração verdadeira ouvida.


Jó 34:28; Sl 4:3; Sl 18:6; Sl 34:17; Pv 15:29; Mq 7:7;
Zc 10:6.

Oração Pública e em Família.


Aceitável a Deus, Is 56:7.
Deus promete ouvi-la, II Cr 7:14-10.
Deus promete abençoá-la, Ex 20:24.
Santifica-a com sua (promete) presença, Mt 18:20.
Atende-a, Mt 12:9; Lc 4:16.
Promete respondê-la, Mt 18:19.
Sua forma instituída, Lc 11:2.
Não deve ser feita em língua desconhecida, I Co 14:14.
Os santos se deleitam na mesma, Sl 42:4; Sl 122:1; Zc 8:21.
Exortação à mesma, Hb 10:25.
Exortemos os outros a assim orarem, Sl 95:6; Zc 8:21.
Cristo prometeu este presente a mesma, Mt 18:20.
Castigo contra sua negligência, Jr 10:25.

Exemplificada:
Abraão, Gn 12:5,8.
Jacó, Gn 35:2,3,7.
Josué, Js 7:6-9.
Davi, I Cr 29:10-19.
Salomão, II Cr 6.
Josafá, II Cr 20:15-13.
Jesuá, Ne 9.
Os Judeus, Lc 1:10.
Os crentes primitivos, At 2:46, 4:24, 12:5-12.
Pedro, At 3:1.
Doutores e profetas de Antioquia, At 13:3.
Paulo, At 16:16.
Mt 18:19; Lc 1:10; At 1:14; At 4:24; At 12:12; At 21:5.

Condições de orações bem sucedidas:

60
Contrição = II Cr 7:14.
Todo coração, Jr 29:13; Lm 3:41.
Fé, Mc 11:24.
Retidão, Tg 5:16.
Obediência, I Jo 3:22.

Deve ser oferecida.


No Espírito Santo, Ef 6:18, Jd 20.
Com fé, Mt 21:22; Tg 1:6.
Na plena certeza de fé, Hb 10:22.
Com espírito perdoador, Mt 6:12.
Com coração preparado, Jó 11:13.
Com coração contrito, Hb 10:22.
Com toda a alma, Sl 42:4.
Com o espírito e com entendimento, Jo 4:22-24; I Co 14:15.
Com confiança em Deus, Sl 56:9; Sl 86:7; I Jo 5:14.
Com submissão a Deus, Lc 22:42.
Com lábios sem fingimento, Sl 17:1; Sl 55:1,2; Sl 61:1.
Com desejo de ser ouvido, Ne 1:6; Sl 17:1; Sl 55:1,2;
Sl 61:1.
Com desejo de ser respondido, Sl 27:7, 102:2, 108:6,
Sl 143:1.
Com deliberação, Ec 5:2.
Com santidade, I Tm 2:8.
Com humildade, II Cr 7:14, 33:12.
Com verdade, Sl 145:18, Jo 4:24.
Com ousadia, Hb 4:16.
Com intensidade, I Ts 3:10; Tg 5:17.
Com importunação, Gn 32:26; Lc 11:8,9, 18:1-7.
Noite e dia, I Tm 5:5.
Sem cessar, I Ts 5:17.
Em todos os lugares, I Tm 2:8.
Em tudo, Fp 4:6.

Orações notáveis.
Abraão por sodoma, Gn 18:23.
Jacó em Peniel, Gn 32:24.
Davi por não poder edificar o templo, II Sm 7:18.
Salomão em gibiá, I Rs 3:6.
Salomão na dedicação do templo, I Rs 8:22.
Ezequias, na invasão de Senaqueribe, II Rs 19:15
(I Cr 17:16).
Esdras pelo pecado do povo, Ed 9-6.
Daniel pelos judeus cativos, Dn 9:4.
Oração de Habacuque, Hc 3:1.
Oração do Senhor, Mt 6:9.
Oração sacerdotal de Cristo, Jo 17:1.
Paulo, pelos Efésios, Ef 3:14.

Exemplos de orações breves:


Elias no Carmelo, I Rs 18:36-37.
Jabez, I Cr 4:10.
Ezequias quando enfermo, Is 38:2,3.
O publicano, Lc 18:13.
Jesus na cruz, Lc 23:34.
O ladrão moribundo, Lc 23:42.
Estevão, At 7:60.
Brevidade imposta, Ec 5:2; Mt 6:7; Mt 23:14.
Apelos especiais oferecidos em oração: Gn 18:32; Gn 39:9; Nm 14:13; II Rs 20:3; Sl 71:18; Jr
14:20; Dn 9:18.

Posturas em oração.

61
Inclinando-se, Gn 21:26; Ex 4:31, 12:27, 34:8.
Ajoelhando-se, I Rs 8:54; II Co 6:13; Ed 9:5; Sl 95:6; Is 45:23; Dn 6:10; Lc 22:41; At 7:60, 9:40,
20:36, 21:5; Ef 3:14.
De rosto em terra perante o Senhor, Nm 20:6; Js 5:14; I Rs 18:42; II Cr 20:18; Mt 26:39.

Oração secreta.
Cristo usava-o constantemente, Mt 14:23, 26:36-39; Mc 1:35; Lc 9:18,29.
Ordenada, Mt 6:6.

Deve ser feita:


À tarde, pela manhã e ao meio dia, Sl 55:17.
Dia e noite, Sl 88:1.
Sem cessar, I Ts 5:17.
Será ouvida, Jó 22:27.
Será abertamente recompensada, Mt 6:6.
Evidência da conversão, At 9:11.

Exemplificada.
Ló, Gn 19:20.
Elizeu, Gn 24:12.
Jacó, Gn 32:9-12.
Gideão, Jz 6:22, 36, 39.
Ana, I Sm 1:10.
Davi, II Sm 7:18-29.
Ezequias, II Rs 20:2.
Isaías, II Rs 20:11.
Manassés, II Cr 33:18, 19.
Esdras, Ed 9:5, 6.
Neemias, Ne 2:4.
Jeremias, Jr 32:10-25.
Daniel, Dn 9:3, 17.
Jonas, Jn 2:1.
Habacuque, Hc 1,2.
Ana, Lc 2:37.
Paulo, At 9:11.
Pedro, At 9:4, 10,9.
Moisés, Dt 9:25.
Samuel, I Sm 15:11.
Elias, I Rs 17:19,20.
Daniel, Dn 6:10.
Pedro, At 10:9.
Cornélio, At 10:30.

Devoções particulares de Cristo.


Devoções materiais, Mc 1:35.
Devoções noturnas, Mc 6:46, 47.
Comunhão solitária, Lc 5:15, 16.
Orações de noite inteira, Lc 5:15, 16.
Só com os discípulos perto, Lc 9:18.
No jardim do Jetsêmani, Lc 22:41,42.

Orações públicas de Cristo.


Mt 11:25; Lc 3:21; Jo 11:41, 17:1.

Pedidos de oração.
I Sm 7:8, 12:9; I Rs 13:6; At 8:24; Rm 15:30; Ef 6:19; I Ts 5:25; II Ts 3:1; Hb 13:18.

Orações tolas.
Nm 11:15; I Rs 19:4; Jr 4:3; Mt 20:21.

Oração pedindo alimento.


Gn 28:20; Pv 30:8; Mt 6:11.

62
A favor da Igreja.
Jo 17:20; Ef 1:10, 3:14; Fp 1:4; Cl 1:3, 4:12; I Ts 1:2.

Importunação em oração.
Abraão, Gn 18:32.
Jacó, Gn 32:26.
Moisés, Dt 9:18.
A mulher Siro-fenicia, Mt 15:27.
Jesus, Lc 22:44.
O nobre de cafarnaum, Jo 4:49.
A igreja primitiva, At 12:5.
Elias, Tg 5:17.

Exortações especiais à oração.


I Rs 3:5; Zc 10:1; Mt 7:8, 21:22; Lc 11:9; Jo 14:13, 15:7, 16:24; Tg 1:5; I Jo 5:14.

EXPLANAÇÕES SOBRE A ORAÇÃO.


Mt 21:22
Porquanto a oração é aquele exercício que nos dá a grande oportunidade de exercemos
a fé. A oração cria a atmosfera onde a fé pode ser mais facilmente exercitada.
A fé é a expressão de nossa natureza mais elevada em comunhão com Deus, através do
Espírito não se tratando de simples crença. A fé é um princípio dinâmico que se agarra ao
poder de Deus e que aplica esse poder à vida diária. Ao mesmo tempo, esse poder de Deus (e
que aplica esse poder) que é tão somente uma manifestação de sua vida divina, torna-se parte
da nossa existência. Utilizamo-nos desse poder, mas ao mesmo tempo ele nos transforma e se
torna parte de nós mesmos. A fé, pois, é uma expressão da vida espiritual que existe em
Cristo, a não meramente um instrumento que deva ser usado.
A oração encoraja e se utiliza da fé, sendo, por isso mesmo, uma influência poderosa.
Tal como qualquer outra força, a fé não opera a menos que seja ligada (Olhe Mc 11:25). Mt
6:14 - Jesus ilustrou, com essa declaração, o fato que uma influência negativa pode arruinar a
ação positiva da oração e da fé, e que nenhuma influência negativa é tão intensa como o ódio
aos outros, ou um espírito que não se dispõe a perdoar. Jesus jamais poderia ter realizado o
que realizou se tivesse odiado a seus semelhantes, se guardasse ressentimentos, ou se de
qualquer outra maneira tivesse exibido a natureza algemada do homem, o canal de ligação
com o Pai, na vida de Cristo, era mantido desimpedido e limpo. Os homens, ao se odiarem uns
aos outros, têm entupido esse canal, e é por isso que quase não pode fluir qualquer poder, por
meio deles, capaz de “remover” as montanhas que surgem em suas vidas. A oração portanto
foi dada como um meio do crente exercer o grande poder da fé. A oração serve de meio tanto
para o exercício da fé como para o desenvolvimento da fé. A fé é impedida, se não mesmo
completamente extinta, quando nutrimos pensamentos negativos e maus acerca de outros.
Aquele que abriga ódio em seu peito contra outrem, talvez possa falar em tons piedosos, mas
não poderá exercer a verdadeira fé. Tal poder só se manifesta na vida correta, isenta de malícia
que espera unicamente em Deus, e que por isso mesmo está se desenvolvendo
espiritualmente.
Mt 6:5-8 - Era a posição usual da oração, e isso não era ostentação da parte dos que
oravam. Naqueles tempos, ajoelhar-se é que seria considerado ato de ostentação. Os judeus
punham-se de pé para orar, voltados de frente para o templo ou para o lugar mais santo
(quando estavam no templo). Ver I Sm 1:26; I RS 8:22. Também eram empregadas outras
posições, como ajoelhar-se, prostrar-se. A prática da oração em pé continuou na igreja
primitiva.
Aqueles homens selecionavam os lugares públicos para orar. Chegada a hora da oração,
oravam onde se encontravam, sem nenhum peso de sua hipocrisia, mas até com orgulho.
Provavelmente o costume de orar em horas certas começou bem cedo na história do judeus.
Ex: Dn 6:10,11.
Mt 6:6 - Quarto - grego: Depósito ou despensa do administrador da casa. Lugar onde
ninguém suspeitaria encontrar alguém orando. Mas tarde, a palavra passou a ser usada para
indicar qualquer sala privada no interior da residência.
Em secreto: Havia uma crença que Deus habitava no lugar mais remoto e secreto do
templo, o lugar mais santo (Heb 9:3), onde o sumo sacerdote podia entrar, uma vez por ano.
Mt 6:7 - Repetições: Os adoradores de Baal, no Carmelo, e os adoradores de Diana, em
Êfeso, são exemplos antigos. Os pagãos, antigos ou modernos, são exemplos disso, pois

63
pensam que cansando seus deuses com repetições conseguirão o que lhes pediu; mas os
paternostros e Ave-Marias não são diferentes. Na história dos judeus conta-se que alguns deles
imitavam o estilo das orações pagãs.
Pelo seu muito falar 1: Pensavam que Deus considerava o número das orações
proferidas para aquilatar o valor da oração.
2: Pensavam que o acúmulo de orações repetidas tinha o efeito de cansar os ouvidos de
Deus obrigando-o a responder.
Mt 6:8 - Não vos assemelheis, pois a eles:...
1- É uma forma pagã.
2- É absurda.
3- Deus é Pai que cuida de seus filhos, e não precisa ser pressionado para responder às
suas orações.
4- Deus conhece as necessidades de seus filhos antes que eles orem ou repitam suas
petições. Oramos a um ser bem-informado, pronto a acudir àqueles que se valem dele.

QUAL A NECESSIDADE DA ORAÇÃO?

1º A oração leva-nos a perceber mais claramente os nossos desejos e necessidades espirituais.


2º A verdadeira oração nos desenvolve no espírito, nas forças espirituais, por que nos
encontramos em lugar secreto.
3º A oração nos dá o exercício espiritual de que precisamos, especialmente no tocante à nossa
dependência de Deus.
4º A oração dá ou cria mais fé. Quando chegam as respostas e benção de Deus, aumenta a
nossa fé.
5º A oração também poder servir de escola da alma para ensinar a vontade de Deus na vida.

Mc 11:23,24 e Mt 17:20
Monte: Esta declaração é uma hipérbole.
No tocante a acontecimentos físicos reais, o próprio Jesus não tentou mover literalmente
um monte. Mas no terreno espiritual ele arredou, muitos obstáculos gigantescos. É que Jesus
não estabeleceu limites ao poder da fé e da oração. Todo bem que vem a um homem, virá se
ele for homem dotado de verdadeira fé.
A fé é uma relação com Deus no nível da alma, mediante o que o homem é
espiritualizado, podendo receber a benção divina.
Quando alguém se “entrega a Cristo”, para que todo o seu ser seja absorvido por ele,
pois para o tal “o viver é Cristo”. Sl 2:20; Fl 2:21, então esse homem terá o poder divino a fluir
em sua vida. O homem espiritualizado é aquele que confia, é aquele que ora segundo a
vontade divina e não de modo humano e egoísta.
O homem que ora verdadeiramente, ora com sua alma; e quando seus lábios estão
silentes, ainda assim o Espírito Santo intercede por ele com gemidos que ultrapassam ao poder
de expressão da humanidade. Desse modo um homem, no nível da alma, pode “orar sem
cessar” I Tes 5:17. É a oração eficaz e fervorosa do homem reto que muito vale, Tg 5:4-6.
Obs: Meditemos por um momento na presença espiritual conosco. Se Deus está
conosco, por intermédio de seu Espírito, então pensemos no que isso significa para o poder da
oração. Então eu oro. E quando oro o poder espiritual toma conta de mim, ultrapassando em
muito às minhas forças e poderes. Esse poder espiritual faz a obra.
Mt 17:20 - Pequenez da vossa fé.
Jesus usou esse termo por diversas vezes para mostrar a debilidade humana em confiar,
aceitar e aplicar a “fé de milagres”.
Mt 6:30 - Fala contra a ansiedade por causa das necessidades da vida, como alimentos,
vestes, etc...
Mt 8:26 - Aqui se fala do medo dos discípulos em meio à grande tempestade no mar.
Mt 14 - Pedro falhou ao tentar andar sobre o mar.
Mt 16:8 - Cuidaram muito da provisão de alimentos e não entenderam o ensino de Jesus
acerca do fermento dos fariseus.
Mt 17:20 - Temos realmente um outro uso da expressão, o que forma um total de seis
ocorrências; mas aqui a forma da palavra é um substantivo, única ocorrência desta espécie no
N.T. Jesus não quis dizer que os discípulos não tinham fé, e, sim que a fé deles ainda era débil,
realmente fraca demais para realizar um milagre daquela envergadura. Não exerceram a “fé de
milagres”, pelo menos nessa oportunidade.
“Fé como grão de mostarda”. O grão de mostarda não era, realmente, a menor de todas
as sementes, no sentido botânico estrito, embora seja semente minúscula, em comparação ao

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tamanho da planta que produz. Jesus ilustrou, portanto, o poder da fé, que pode produzir muito
além do grau que seria de esperar: o grão de mostarda é insignificante, mas o seu resultado é
notável. A semente de mostarda tem em si mesma, o potencial de produzir uma grande planta.
Grão de mostarda era uma expressão proverbial para indicar qualquer coisa minúscula;
mas o resultado desse grão não podia ser reputado pequeno ou insignificante. Sem dúvida
Jesus subentendeu a qualidade de fé, isto é, indicou que a fé deve vir de Deus e ser posta em
Deus, como produto da personalidade de Deus. O indivíduo que possuísse essa fé, ainda que
em quantidade mínima, pode fazer grandes coisas e até mesmo remover montanhas.
Nos tempos de Jesus os rabinos que se destacassem pela sua inteligência, intuição ou
caráter eram apelidados de “removedor de montanhas”.
Jesus tinha essa idéia em mente, aqueles que participam da verdadeira fé em Deus, que
participam do desenvolvimento espiritual por ele exigido, e que estão no processo de serem
transformados à imagem de Cristo, são os autênticos “removedores de montanhas”.
Geralmente as pessoas enfrentam “montanhas” todos os dias, na experiência humana.

Lc 18:1-8
Lc 18:2 - Juizes. Os juizes deveriam ser pessoas que tivessem as qualidades...
sabedoria, mansidão
(ou modéstia), temor (isto é de Deus) e ódio a mamom
(ou dinheiro), amor à verdade, amor ao gênero humano, e ser senhor de um bom nome. Porém
nesta passagem o juiz não tinha nenhuma dessas qualificações.
Lc 18:3 - Viúva. Aqui aparece como símbolo daqueles que precisam ser defendidos
contra a exploração alheia, alguém relativamente sem defesa, verdadeiramente dependente
da bondade de terceiros para a sua sobrevivência. Uma das mais vigorosas acusações de Jesus
contra a classe eclesiástica de seus dias é que aquelas autoridades religiosas defraudaram às
viúvas, furtando-lhes a sua herança, apresentando acusações, injustas contra elas, apossando-
se assim de suas propriedades. O caso em foco fica subentendido como um caso de opressão
contra a viúva.
Lc 18:6 - Devemos seguir o exemplo dessa mulher, orando de maneira incessante,
aprendemos a lição difícil que as respostas às nossas orações pode ser adiada, e que talvez
isso requeira uma entrega absoluta e a determinação de obter respostas para as nossas
orações. E as razões para tanto são alistadas abaixo:
1º O motivo dessa demora não é que Deus deixe de entender-nos, ou que relute em responder-
nos. A demora não visa ao benefício de Deus, e, sim o nosso.
2º A oração disciplina é, por si só, um ótimo edificador do caráter cristão, que nos ensina a
buscar o mundo lá do alto, que só se preocupa em conservar o contacto com as coisas divinas,
em existência terrena de outra forma dolorosa. A prática da oração deve ser complementada
pela prática da meditação, porquanto esses dois exercícios se completam, e formam os lados
da “expressividade” e da “atenção” de um exercício espiritual. Espera-se que, durante a
meditação, Deus empregue nossas faculdades intuitivas a fim de informar-nos sobre a resposta
que procuramos, no homem interior. Algumas pessoas chegam a passar por experiências
místicas nesse exercício, e recebem respostas mais vívidas do que a intuição geralmente lhes
propicia.
3º Deus adia as respostas às nossas orações a fim de que nossos motivos e alvos sejam
purificados. Nada recebemos porque pedimos erradamente, por motivos egoísticos, de forma
ignorante ou estúpida.
4º Deus demora em responder-nos a fim de que o nosso desejo seja intensificado, e então, com
o desejo intensificado, a busca se torna automaticamente mais intensa, e assim, o resultado
final pode ser muito mais completo e satisfatório do que de outra maneira. Assim acontece no
caso da oração. Trata-se de uma disciplina; é uma maneira de obter um novo vislumbre do
destino e do propósito de existência, embora seja um caminho árduo, porquanto essas coisas
só em suas mais claras perspectivas para aqueles que as desejam acima de tudo, e que não
aceitam recusa às suas orações.
5º É possível que somente por meio de uma busca tão apaixonada assim é que a maldade
deste mundo possa ser vencida, porque conforme já se tem dito de determinados esportes: “A
melhor arma é o ataque”. A arma da paciência, acrescentada à fé, torna-se uma força
poderosa. Podemos cobiçar respostas imediatas, fáceis e baratas, que nada tenham em si
mesmas senão alguma vantagem ou conforto egoísticos, quer para mente, quer para o corpo.
A vida entretanto é uma escola, e muitas lições de amor e de sofrimento precisam ser
aprendidas ainda. O sofrimento torna a alma mais profunda, e o propósito central dessa
existência terrena é justamente aprofundar a alma. Talvez desejamos usar a oração como se

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fora a chamada “lâmpada de Aladim”, mas Deus estabeleceu outras regras para a resposta na
oração.
6º Em seguida voltamos a atenção para os resultados da oração, e vemos que assim como o
lar se torna mais querido quando a viagem de volta ao mesmo é mais longa e acidentada,
assim também o resultado final da oração é mais precioso quando sofremos a fim de obtê-lo. O
próprio sofrimento nos transforma e pessoas diferentes, mais capazes de buscar e de obter
alvos dignos. Mas eis que então nos lembramos da oração de Jesus, feita no horto do
Getsêmani, por três vezes repetida e proferida em agonia. Outrossim, precisamos aprender
ainda uma outra lição muito difícil: a oração nem sempre é respondida, a despeito da diligência
de nossa busca. Contudo, se a alma se desenvolveu nesse processo, isso, por si só, já é uma
resposta aceitável, e então podemos deixar o resto nas mãos de Deus. E assim podemos
perceber a mão de Deus a proteger-nos bem como os seus propósitos a guiar-nos
perenemente. Então somos prostrados mas não destruídos; ficamos exaustos, mas não
totalmente vencidos; falhamos, e apesar disso os desígnios e propósitos de Deus para as
nossas vidas são cumpridos. Todavia a nossa fé jamais falha, porque cremos que apesar de
tudo, em última análise, nos sobrevirá o bem.

Lc 18:7 - Mas Deus se demora a fim de testar a nossa fé, a fim de ensinar-nos melhor
nos discipulado; e além disso, de acordo com o elemento tempo, ele sabe o momento mais
vantajoso para nós, sem importar se sabemos disso ou não.
Lc 18:8 - A aplicação geral desta parábola é que temos o dever de exercer aquele
mesmo tipo de fé e de oração persistente da viúva pobre. Ela não ficou desanimada ante a
demora, mal voltava cada vez maior insistência, solicitando que se reconhecesse o direito de
sua causa e que se tomasse ação justa a respeito. E a persistência dela foi tão intensa que até
mesmo um juiz indiferente e sem escrúpulos não foi capaz de resistir às suas solicitações. Deus
também pode demorar-se e suprir-nos a resposta, sem esperar que esta seja vazada em
termos gerais, a saber, concernente a todos os acontecimentos de nossas vidas ou seja vazada
em termos específicos, fazendo justiça em casos de perseguição contra nós. O que é certo é
que os adiamentos de Deus são efetuados de acordo com a sabedoria porquanto há um
momento para todas as coisas. O socorro eventual de Deus entretanto, é algo que nos está
absolutamente assegurado.

Um dos primeiros assuntos com os quais um crente entra em contato é a oração. Através dela
ele se comunica com Deus e começa o caminhar da vida cristã. Ele aprende que Deus
responde as orações e espera que isso aconteça. Ocorre, porém, que muitas vezes vem a
frustração porque sua experiência não corresponde ao ensino. Onde estará o erro?

Sabemos que não há dificuldades em Deus. Suas promessas são fiéis e verdadeiras. Acontece
que o desconhecimento dos princípios que regem a vida de oração, pode estar na causa do
fracasso e das orações não respondidas. A solução, portanto, é descobrir esses princípios e
orar de acordo com eles, para que a vitória se transforme na experiência do dia a dia.

Este é o segundo livro da série Escola de Oração, que estamos apresentando. Nosso objetivo é
treinar um verdadeiro exército na vida da oração, até que nosso País inteiro se transforme num
santuário. Todos os livros desta série visam, em particular, os Guerreiros da Oração.

Quando Deus nos enviou de volta ao Brasil, a primeira ordem dada no local de jejum e oração,
foi para treinar intercessores. Temos ministrado sobre o assunto, mas agora escrevemos os
manuais de treinamento crendo numa resposta de milhares.

Quando a igreja aprender a orar, Satanás terá que sair do caminho. A solução dos problemas
do Brasil será gerada por esse exército de intercessores, dessa Igreja em armas. Mas cada um
precisa aprender como encontrar vitória pessoal, antes que torne um intercessor bem
sucedido. Daí porque começamos com Comunhão e Princípios de Fé e agora lançamos Tipos de
Oração, esperando depois oferecer outros títulos complementares: Orando a Palavra,
Intercessão, Batalha Espiritual e Jejum e Oração.

Enquanto estudamos sobre oração, estamos antevendo algo que há de acontecer em nosso
País, que abalará suas estruturas. Você já pensou o que será o Brasil transformado num
Santuário? Um país onde o incenso do louvor e da adoração subirá constantemente a Deus,
onde cada lar será um núcleo de oração? Tudo começará por você e por nós, numa cadeia que
irá crescendo até que a visão se transforme numa realidade.

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Nada, absolutamente nada, acontece na terra sem que seja resultado de oração, e não existe
maneira de nos aproximarmos de Deus, de entrarmos no Reino do espírito e trazermos as
bênçãos espirituais para a realidade material, sem ser através da oração. Então convém
investir no desenvolvimento da arte de orar.

Estamos orando para que Deus use antes estudos transmitidos pela televisão, fitas-cassete,
vídeo e página impressa. Nós cremos no mover do Espírito de Deus em toda a terra, e
queremos convidá-lo a responder ao desafio de oração por todo País e as nações do planeta.
Que tal construímos paredes de oração em volta de cada vila, em cada aldeia, cada município,
cada cidade, cada estado, do País inteiro, cobrindo está nação com as nossas orações?

Todavia, antes que isso se faça, antes que alguém se torne um intercessor efetivo, precisa
saber como resolver seus próprios problemas. Antes que alguém se torne um guerreiro, que
entre em tremendas batalhas contra principados, potestades e domínios do mal, para afetar
cidades inteiras, vilas, estados e nações, é preciso conhecer a Deus e aprender a descobrir o
segredo de viver com Ele, tendo suas próprias orações respondidas.

Oramos para que o presente estudo seja uma bênção na sua vida. Certamente não podemos
ensinar-lhe a orar. Estamos apenas falando sobre oração. Cremos, porém, que enquanto você
se expõe ao que a Bíblia diz sobre a matéria e se dispõe a orar, o Espírito Santo, que é o Mestre
da oração, virá em seu auxílio e tornará sua vida com Deus cada vez mais real.

Introdução: Ao iniciarmos a presente série nos programas de televisão, "A Palavra da Fé",
lançamos um desafio que agora vai para a página impressa: Precisamos encontrar uma posição
em Deus na qual venhamos a ter todas as nossas orações respondidas.

Você gostaria de ver todas as usas orações respondidas? Muitas vezes, ensinando-se sobre
oração, costuma-se dizer que existem três respostas que Deus dá às nossas petições: "sim",
"não" e "espera". Mas amado, existe uma possibilidade de aprendermos a orar de tal maneira
que a resposta para todas as nossas orações seja "sim." Há uma posição em Deus que nos leva
a orar em linha com o que está em Seu coração e, consequentemente, receber uma resposta
positiva.

Quem vai semear sem planejar a colheita? Qual o agricultor que lança a semente na terra e
nada espera de volta? Que pescador vai ao mar sem planos de trazer as redes cheias? Quem
vai ao trabalho e não conta com seu salário? Quem leva a petição ou caso ao tribunal ou
alguma repartição, sem esperar deferimento? Mas evidentemente existem leis que governam
todas essas coisas, desde o semear ao relacionamento com os homens e suas instituições. O
mesmo ocorre na vida de oração, e se nós apreendermos a fluir com tais leis e princípios,
teremos a alegria de ver as nossas orações respondidas. Jesus declarou: "Até agora nada
tendes pedido em meu nome; pedi e recebereis para que a vossa alegria seja completa" (Jo.
16:24).

Olhando para os Evangelhos, não encontramos Jesus fazendo provisão para o fracasso, mas
para a vitória. Deus é maravilhoso, Ele é um bom Deus, tem prazer no bem e prosperidade dos
Seus filhos (Sl. 35:27) a quem ama tanto e deu Jesus para atraí-los de volta para Si, em
comunhão de amor! Ora, "Aquele que não poupou a Seu próprio Filho, antes, por todos nós O
entregou, porventura não nos dará graciosamente com Ele todas as coisas?" (Rm. 8:32).

A oração é aquele meio de comunicação que Deus mesmo estabeleceu para que os homens se
relacionem com Ele. No primeiro livro desta série, já falamos bastante sobre essa comunicação
e comunhão de amor. Deus é uma pessoa! Coloque isso no seu Espírito: Deus é uma pessoa! O
que ocorre quando você cumprimenta alguém com quem se encontra? Ele responde ao seu
"bom-dia", seu aperto de ma, seu abraço, sua palavra, seu sorriso? É claro que sim. Por quê?
Ele é uma pessoa e tanto se comunica quanto responde à comunicação de outra pessoa.

Pois bem, você é uma pessoa e Deus é uma pessoa. Quando você se relaciona com uma
pessoa, você espera em resposta. Ora, Deus também é uma pessoa. Quando eu digo "bom-dia,
Senhor", espero uma resposta. Quando sorrio para Ele, ou falo com Ele, espero uma resposta.
Quando Lhe faço uma pergunta, ou consulta, espero que Ele me responda, porque Ele é uma

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pessoa, apesar de não ter corpo como o meu e meu espírito estar limitado dentro de um corpo
material.

Ora, onde existe um relacionamento entre duas pessoas, há uma comunicação e uma
comunhão. E como gostaríamos de lhe poder transmitir uma convicção: Oração, mais que tudo,
é a comunicação íntima entre duas pessoas que se amam, Deus e você. É um relacionamento
que transcende palavras.

Muitas vezes a Igreja pensa em oração em termos de fórmulas religiosas, palavras rebuscadas,
maneiras afetadas, ritual vazio, destituído de vida e calor humano. Uma mera formalidade
religiosa. No entanto há um nível de oração que difere de tudo isso e se torna uma gloriosa
aventura de fé.

Quando você se relaciona com as pessoas, existe uma espontaneidade. Por que não agir assim
com Deus? Há muitos que quando voltam para Deus parecem ter engolido um cabo de
vassoura. Ficam estáticos, imóveis. Mas Ele é uma pessoa amada, muito querida, razão da
vida, que vive em nós, está conosco, é um conosco, se é que temos provado o novo
nascimento. Portanto, falando de oração, não pensamos em fórmulas, mas em relacionamento.

Como relacionar-se com o Pai, como ouvir Sua voz? Como se comunicar com Ele de tal maneira
que o Céu desça à terra e você comece a viver na atmosfera celestial? Quando você nasce de
novo se torna do Reino e, embora seus olhos físicos não possam ver Deus como você vê seu
vizinho e apertar a Sua mão como o faz com seu irmão, há um relacionamento espiritual e
você pode chegar a um estágio de comunhão com Ele tão íntimo, que Ele se tornará a pessoa
mais real que você conhece, até mais do que seu marido ou mulher, ou irmão ou pai.

Não conheço na terra alguém mais real que o meu Senhor. Quando olho para os homens vejo
corpos e, mesmo conversando, não sei quanto de si mesmos estão passando, mas com Deus é
diferente. Ele é real! Posso ter uma intimidade constante com Ele, um relacionamento
transparente, sincero e verdadeiro, pois ninguém me conhece como Ele e, no Seu amor e
graça, revela-Se ao meu coração e posso andar com Ele como um filho anda com seu pai.

Encontrei-me com Jesus no dia 20 de junho de 1963, numa tardinha. Ali entendi, naquele
encontro, que esse Deus passou a ser o meu Senhor, a viver em mim e cuidar de mim. Eu era
apenas uma adolescente de quinze anos, mas durante essas quase três décadas vivendo com
Ele, nunca tive uma única necessidade que não fosse satisfeita pelo veículo da oração, pelo
que posso me levantar e dizer: Deus é fiel às Suas promessas e sei e tenho provado que Ele
responde as nossas orações.
Não posso ensinar-lhe a orar, mas vamos estudar sobre oração. O Espírito Santo, o Mestre, está
aí com você e vamos entrar em concordância com Ele, submetendo-nos à sua direção e luz,
para que o presente estudo seja tão simples que até uma criança possa entender e entrar em
um relacionamento com o Pai, que resulte em uma vida de oração bem sucedida. E minha
súplica a Deus e que você, amado leitor, para quem está matéria foi preparada com tanto
amor e regada de oração, seja levado a uma nova dimensão no seu relacionamento com o Pai
e tenha a alegria desejada por Jesus de ver suas orações respondidas.

Mergulhemos na gloriosa aventura da oração, como um modo de viver, até que este País seja
tomado de norte a sul, leste a oeste, por grupos de oração nos lares, nos templos, nas escolas,
nos hospitais, nas fábricas, nos escritórios, nos parlamentos, enfim, em todos os lares, pois é
pela intercessão que Deus se manifestará em nossa Pátria e mudará o rumo da História.

1- A Harmonia Com as Leis do Reino


Tudo é simples na vida de oração, contudo exige alguma coisa, pois estamos lidando com um
Reino, que é espiritual. Todo Reino tem uma constituição que governa suas leis, princípios e
instituições. O mesmo ocorre no reino de Deus. Aliás os homens têm apenas seguido padrões
Divinos sobre a justiça, apesar de todos os desvios e corrupções. Pois bem, a Bíblia, Palavra de
Deus, é a Constituição do Seu Reino, ao qual pertencemos por direito de nascimento espiritual
em Cristo.

Você tem verificado na vida do nosso próprio País, que todas as leis e atitudes, até mesmo do
Presidente, devem estar de acordo com a Constituição da República e ela é a base para o
julgamento de todas as leis e atitudes. Até a autoridade maior não pode agir contrária a ela.

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Existem instituições que velam pela sua observância. "Toda verdade é paralela". Aplicando ao
Reino espiritual, diríamos que o segredo das orações respondidas afirmativamente, é orar de
acordo com a Constituição do Reino. Isso que dizer se orarmos de acordo com as cláusulas
constitucionais do Reino, não há como não receber o devido deferimento.

Se as coisas são assim, como cremos que de fato são, coloca-se diante de nós um grande
desafio: Aprender os princípios e leis que governam o Reino de Deus; conhecer bem a sua
Constituição para agir de acordo com ela e ir a Deus também de acordo com o que nela está
escrito, pois Ele não muda e os anjos não aceitam suborno.

Jesus diante do túmulo de Lázaro, levantando os olhos para o Céu, disse: "Pai, graças te dou
me ouviste. Aliás, Eu sabia que sempre me ouves..." (Jo. 11:41,42). Que maravilha! Esse estudo
visa exatamente isto: Levar-nos a uma posição em que possamos dizer como Jesus, nosso
padrão em tudo: "Pai, graças te dou porque sempre me escutas." A convicção do Salmista é a
mesma: "Ó, Tu que escutas as orações, a Ti virão todos os homens" (Sl. 65:2).

A maioria das pessoas não sabem o que é oração. Pensa que é ficar repetindo coisas
decoradas, sem nelas colocar o entendimento e o coração. Outros acham que orar é
choramingar diante de Deus, usando expressões de auto-compaixão: "Pobre de mim! Sou um
coitado! Um sofredor!" Há quem julgue que oração é ir a Deus sua listinha do supermercado,
apresentando todas as suas necessidades. Outros ainda afirmam que orar é simplesmente
"falar com Deus." Acontece que você pode falar com uma pessoa, sem se envolver com ela.
Orar é mais do que tudo isso.

Definições de Oração
Oração não se define, nem se ensina. Só há um meio de conhecê-la e aprendê-la: Orando.
Assim como aprendemos a nadar, nadando, aprendemos a orar, orando. Quando duas pessoas
convivem, o relacionamento se torna natural. O mesmo ocorre em nossa vivência com Deus.
Mas elaboraremos sobre o assunto, dando algumas definições, numa tentativa de transmitir a
importância do assunto em pauta.

Como vimos no primeiro livro desta série, Comunhão e Princípios da Fé, oração é um modo de
viver. A nossa vida deve ser uma oração. Mas aqui vão alguns pensamentos sobre está
fascinante matéria:

Oração é uma comunicação entre nosso espírito recriado e o Espírito de Deus que em nós
habita. É a expressão que resulta de um relacionamento íntimo com o Senhor residente em
nosso coração, pelo Seu Espírito.

A oração é a chave para o sucesso em cada área da vida. 100% de oração, 100% de sucesso. É
possível orar o tempo todo? Sim. Dia e noite. Durante o dia você pode, conscientemente,
conservar a ligação. Nas horas de sono, também. Nosso espírito não dorme. O corpo é que
dorme. Podemos por a cabeça no travesseiro orando: "Espírito de Deus, ministra ao meu
espírito nas horas de sono", e Ele o fará.

Oração é a comunhão com Deus. Nossa vida inteira deve ser estabelecida sobre o fundamento
de uma comunhão pessoal, profunda e íntima com Deus. Uma ligação permanente (I CO. 6:17).
Oração é um encontro do Pai celeste com Seu filho, numa comunhão de amor.

Oração é comunicação com um Deus pessoal e digno de confiança. Deus é uma pessoa! Deus
é digno de confiança! Ele é um Deus pessoal que Se relaciona conosco numa base pessoal.
Nosso olhos de carne não O vêem, mas Ele é real e se comunica com Seus filhos.

Oração é comunhão com um Deus residente no cristão. No Velho Testamento, Deus estava no
meio do povo, era pelo povo, mas não estava no povo. No Novo Testamento, Deus não
somente está em nosso meio, é por nós, mas está em nós, pelo Seu Espírito residente em
nosso espírito.

Oração é o primeiro passo para o conhecimento de Jesus. "Todo aquele que invocar o nome do
Senhor, será salvo" (Rm. 10:13). O homem vai a Jesus pela oração, e todo o seu andar com Ele
é firmado na oração.

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Oração é reconhecer a presença de Deus. É o meio de conhecê-Lo inteiramente e lançar mão
de Suas promessas. Não O vemos, mas O reconhecemos. É ter consciência de Deus. É trazer a
alma sobre os joelhos, é o caminho para o homem entender o plano Divino para sua vida.

Oração transcende palavras. Uma atitude para com Deus, pode ser uma oração. Um
pensamento pode ser uma prece. Um descanso em Deus é uma forma de oração. O estar na
Sua presença, em silêncio, um inclinar-se, uma lágrima, um suspiro, uma exclamação, um
sentimento, tudo pode ser uma forma de oração.

Você pode desenvolver um relacionamento tão íntimo com o Pai, que onde você vai, a
consciência de Sua presença não se aparta de você. Na rua, na fábrica, na escola, em casa,
num transporte, numa loja, na feira, em qualquer lugar a consciência de que Ele está presente
lhe acompanhará e você, embora vivendo na terra, estará em comunhão com o Céu.
Há diversos Tipos de Oração
Já está claro que oração é um modo de viver; que a vida pode ser uma oração; o dia pode
abrigar uma única oração consciente, que se inicia ao despertar e termina ao adormecer, mas
o relacionamento com Deus, como um modo de viver, tem várias facetas. Dissemos existirem
leis e princípios que governam a vida de oração. Então voltemo-nos para a Palavra e
examinaremos a matéria.

Paulo declara em Efésios 6:18:

"Com toda a oração e súplica, orando em todo o tempo no Espírito e para isto vigiando com
toda a perseverança e súplica para todos os santos" (Ef. 6:18).

"Com orações e súplicas de toda a sorte, orai em todo o tempo , no Espírito, e para isso vigiai
com toda a perseverança e súplica por todos os santos" (Bíblia de Jerusalém).

"Orai sempre com toda a espécie de orações espirituais, e não esquecendo em vossas orações
todos os irmãos e irmãs" (J.B. Philips).

"Use cada tipo de oração e súplica" (Goodspeed).

"Pela instrumentalidade de cada oração e súplica" (Wuest).

"Orai em todo tempo (em cada ocasião, em cada época) no Espírito, com toda a maneira de
oração e súplica" (Amplificada).

Lendo o texto acima chegamos a uma conclusão: Apesar de todo o nosso relacionamento com
Deus ser definido numa palavra, oração, há diversos tipos de oração. E é aqui onde nossa
ignorância é grande, o que explica a falta de resposta para a maioria das orações. Essa é uma
arte da qual muito se fala e pouco se conhece. Todavia, para que a oração seja respondida,
deve ser feita de acordo com o princípios estabelecidos na Palavra de Deus.

Quando você vai semear, planta sementes. Toda semeadura é feita com sementes, mas
existem vários tipos de semente e cada uma delas produz de acordo com sua espécie, seu tipo.
Se alguém que arroz, planta sementes de arroz. Se quer milho, planta sementes de milho. Se
alguém quer laranjas e plantar sementes de abacate, nunca chegará lá.

Olhemos para outra ilustração: Você entra em uma farmácia. O que encontra? Medicamentos.
Para que servem? Para curar enfermidades. Mas há diferentes tipos de medicamentos, para
diferentes tipos de enfermidades. Só se alcança resultado positivo, quando se usa o
medicamento específico para a doença específica, pois cada um tem certos tipos de
propriedades destinadas a debelarem um certo tipo de mal. Cada tipo de remédio foi
preparado para sarar um tipo específico de enfermidade. Seria uma loucura alguém dizer:
"Qualquer remédio serve para qualquer doença." Se alguém está com hepatite e toma iodo, é
fatal.

O Brasil é conhecido pelo futebol. É um País que gosta de esporte. Há muitas modalidades de
esporte, mas cada uma segue regras estabelecidas. Suponhamos que em uma das copas
mundiais, os jogadores brasileiros decidissem usar regras de voleibol no jogo de futebol. O que
aconteceria? Uma terrível bagunça! Uma verdadeira confusão!

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Pois bem, há muita desordem na vida de oração, porque as pessoas ainda não entenderam que
existem diversos tipos de oração com princípios distintos e resultados específicos. Se, por
exemplo, você precisa de alimento, fará uma oração que obedece a princípios que diferem
daquela que faria por um filho que está perdido, ou daquela que busca conhecer a direção de
Deus para uma decisão na vida. Se você quer expressar gratidão a Deus por uma bênção, será
diferente do modo de agir em se tratando da expulsão de um demônio. Você ora por uma
necessidade pessoal seguindo princípios diferentes daqueles que obedecem a intercessão por
uma outra pessoa, e assim por diante.

O Desafio do Aprendizado e Oração


Como oração é comunicação com Deus, nunca saberemos tudo e cada dia seremos chamados
a crescer no conhecimento dessa arte. Desde que me encontrei com Cristo, no dia 20 de junho
de 1963, dediquei-me à oração. Umas das maiores preocupações, logo no início da vida cristã,
era manter a vida devocional. Durante os seis anos de seminário esforcei-me para sempre ter a
vida de oração como prioridade. No trabalho da Igreja e, mais tarde, em África, no campo
missionário, mantinha a ênfase na importância de uma vida aos pés do Mestre. Mas a fome de
Deus tem sido algo crescente e insaciável em meu coração. Isso me lança numa busca
constante de Deus e da Palavra para aprender os segredos da vida com Ele.

Em 1980, em Moçambique, adoeci mortalmente. Fui curada enquanto voava para a cidade da
Beira para Maputo, a caminho da África do Sul, em busca de socorro médico. No ano seguinte,
no dia do meu aniversário, olhando para trás fiz um balanço da minha vida. Estava em crise.
Era a única missionária evangélica num País comunista e em guerra, fome e miséria. Cada
pessoa que levava para o hospital morria na mesma semana. Não posso esquecer no dia em
que estava novamente no necrotério, dando banho no cadáver enregelado de uma criança
que, de tão raquítica, cabia na palma de minha mão. Um mês atrás estivera ali dando banho no
cadáver de sua mãe, preparando-o para a sepultura. Meu coração gemeu: "Ó Deus, onde está
o teu poder? Sinto-me tão impotente nesta África assolada por tantos males!"

Naquele dia de aniversário chorei muito diante de Deus. Clamei: "Quero conhecer-Te como não
Te conheço agora. Revoluciona a minha vida e o meu ministério."

Voltei-me para a Bíblia e para a oração, mais do que nunca. Fizera um voto: "Gastarei mais
tempo contigo." O Novo Ano chegara e, com ele, desafios de conhecer a Deus. Resolvera ler o
Velho Testamento durante aquele ano duas vezes e o Novo doze, o que fiz, tudo regado com
muita oração, especialmente nas madrugadas.

Passei por toda a Bíblia marcando e colorindo assuntos. Todos os princípios numa cor, as
promessas em outra, os mandamentos em outra, as orações em outra, as expressões de louvor
e adoração em outra e assim por diante. Marquei no Livro dos Salmos e em toda a Bíblia as
expressões que falam dos atributos de Deus, minha resposta a Ele e tudo o que Ele faz. Usava,
então, os versículos coloridos como fonte de orações e louvor e adoração. Ao mesmo tempo
comecei a treinar os alunos do Instituto Teológico, do qual era Diretora, em orações de louvor e
adoração. Mas quantas vezes o vocabulário se esgotava e meu coração queria ir além! Que
fome de Deus!

Foi um ano das mais revolucionárias mudanças em minha vida. O Senhor estava me ensinando
os princípios que governam os diversos tipos de oração. Certo sábado estivera visitando os
membros da Igreja e examinei os olhos de uma senhora com conjuntivite. No sábado acordei
de madrugada sem poder abrir os meus. Estava com conjuntivite. Os olhos pareciam duas
bolas. Como a situação médica do país era difícil, havia estudado como aplicar tratamentos
naturais. Portanto, fui à cozinha e preparei o tratamento indicado: cataplasma de cenoura
ralada com argila. Deitei-me com a tal venda nos olhos e liguei o gravador no Evangelho de
Mateus.

Às 6:00hs. Removi o cataplasma, mas não havia alteração, pois o processo natural é lento.
Continuei ouvindo a leitura. O versículo 21 do capítulo 21 entrou como flecha em meu espírito.
"Se tiverdes fé..." Pulei da cama e disse: "Senhor Jesus, impõe tuas mãos sobre meus olhos
agora mesmo. Eu creio!" Comecei a louvá-Lo. Sabia, que sabia, que estava curada. E estava.

Fui para a Igreja naquela manhã, bastante eufórica! Um jovem logo me abordou: "Irmã, um
colega, discutindo comigo sobre a existência de Deus, disse-me: "Dê-me uma prova de que

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Jesus está vivo." Respondi: "Tenho uma fresquinha. Às 6:00 da manhã de hoje pedi-Lhe que
impusesse as mãos sobre meus olhos com conjuntivite e me curasse. Olhe para eles.
Completamente limpos!" Aprendi a apropriar-me das promessas.

Cerca de dois meses mais tarde, minha empregada adoeceu. No terceiro dia da sua ausência,
estava orando em meu escritório, com o rosto em terra: Senhor, preciso da minha empregada."
A voz suave do Espírito veio ao meu coração e me assustou: "Levanta-te, vai lá e a unge-a com
o óleo em nome do Senhor." Levantei a cabeça rápido como uma bala, abri os olhos, ainda
sobre os joelhos, de braços cruzados, e bradei: "O quê?" A palavra veio a segunda vez.
Repliquei: "Mas eu nunca fiz isso! Nem sei como se faz!" Mas obedeci. Tomei um vidrinho e
coloquei óleo nele e entrei no carro, tremendo. Isso não fazia parte dos hábitos da Igreja a que
pertencia, nem seria por ela aprovado.

Encontrei a empregada com febre, dores na coluna, deitada numa esteira. Pela primeira vez
em minha vida, impus as mãos sobre um enfermo, após ungí-lo, e gritei: "Coluna, sê separa,
em nome de Jesus!" Cura instantânea! Fiquei abismada! Mas a fé se levantou. Era um novo
passo na vida da oração.

Fazia três anos que orávamos por um lugar para a construção de uma casa para uma das
congregações. Construção bem simples. Ela se reunia numa escola, mas o governo comunista
havia proibido e agora os cultos eram feitos no fundo de um quintal. Estávamos reunidos e abri
a boca para orar mais uma vez. No meio da oração fui subitamente interrompida por uma forte
impressão de que Deus não era o problema e mudei a forma de orar, dizendo: "Satanás, Deus
quer que tenhamos um terreno; não é Ele quem o está segurando; és tu. Eu te ordeno: tira tua
mão do lugar e solta nosso terreno, em nome de Jesus! Solta-o agora!" Era um domingo à
tarde. Na quinta-feira voltei àquela vila e fui informada de que haviam surgido dois terrenos. E
o mais curioso é que um deles pertencia a uma irmã que estava orando conosco todo aquele
tempo. Aprendi mais um princípio na vida da oração.

Não demorou muito e eu estava em meu escritório estudando orar em línguas. Era o segundo
dia consecutivo. Não tinha ouvido ninguém orar assim, mas meu coração ansiava fazê-lo. De
repente, enquanto estudava e analisava textos em várias traduções da Bíblia, bem longe de
uma experiência emocional, meu espírito explodiu, para minha surpresa, em orações e
cânticos em outras línguas não aprendidas com minha mente. Começava ali um fluxo
ininterrupto de orações no Espírito. Um tremendo recurso para a vida de oração e adoração a
Deus. Era mais um passo.

Em meio a experiências como essas, alguém me enviou uma série de fitas cassete de Kenneth
Hagin, contendo um Seminário sobre Oração. Ali ele falava sobre diversos tipos de oração.
Comi as fitas e ouvi-as várias vezes. Como ministraram ao meu espírito! Confirmavam o que
vinha descobrindo sobre princípios que governam diferentes tipos de oração, acelerando outras
conclusões. Até hoje não deixei de estudar sobre o assunto. Não há limite no conhecimento das
coisas de Deus. Considero indispensável o discernimento das diversas necessidades e dos
princípios que governam os diferentes tipos de oração, para que haja uma resposta adequada.
Sempre que assimilamos os princípios do Reino de Deus, tão claramente expressos na Bíblia,
iluminados pelo Espírito, teremos condições de tudo fazer em perfeita harmonia com eles e,
conseqüentemente usufruir de todas as bênçãos que Ele nos reserva.

2 - Resenha dos Tipos de Oração


Oração é algo sério, específico, objetivo, e segue as regras e princípios da Palavra de Deus. É a
tentativa de orar em desarmonia com eles que resulta em uma experiência frustrante de não
ver as orações e súplicas respondidas.

O assunto sobre oração é bastante vasto na Bíblia, pois implica em toda a vivência cristã.
Contudo buscaremos encontrar uma visão panorâmica da matéria, com o fim de conhecer as
principais diretrizes.

Vamos aqui apresentar, em forma de esboço, antes de descermos às particulares, um resumo


dos diversos tipos, formas, recursos e armas de oração, a fim de facilitar o aprendizado.
Assimile-os bem e isso facilitará a análise de cada necessidade de oração surgida, a fim de que
você possa ir a Deus de acordo com os princípios que Ele estabeleceu.

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I - TIPOS E NÍVEIS DE ORAÇÃO

"Oh! Tu que escutas as orações, a Ti virão todos o homens, pois a oração dos retos é o Teu
contentamento!" (Sl. 65:2; Pv. 15:8b).

Poderíamos classificar as orações em três níveis: Deus, Nós e os Outros. Dentro dos três níveis,
temos sete tipos de oração: Três no nível de Deus, três no nível pessoal e um no nível do outro.
Vamos esboçá-los:

A. Deus como centro das nossas orações

Há certa orações que são dirigidas a Deus, por causa de Deus mesmo, o que Ele é, o que Ele
faz e o que tem feito por nós. Outra coisa não busco, senão apresentar-Lhe minha gratidão,
louvor e adoração. O motivo do meu relacionamento, da minha oração, não sou eu, nem uma
necessidade minha, não é o outro ou sua necessidade, mas é Deus. Quero me concentrar nEle.
Dentro desse nível, temos três tipos de oração: ações de graça, louvor e adoração.

1. Ações de graça
É a expressão do nosso reconhecimento e gratidão a Deus pelo que Ele nos tem feito. Estamos
encantados com suas dádivas que nos beneficiam. Basicamente é a oração que expressa
gratidão a Deus pelas bênçãos que Ele tem derramado sobre nós.

2. Louvor
A oração de louvor é um passo além das ações de graça. São expressões de louvor e exaltação
a Deus, não necessariamente pelo que Ele me faz, mas pelo que Ele faz como um todo pelos
outros ou no universo. Sua criação, Seus poderosos feitos. O louvor, portanto, se concentra nas
obras de Deus. Louvar é reunir todos os feitos de Deus e expressá-los em palavras, numa
atitude de exaltação e glorificação ao Seu Nome, que é digno de ser louvado.

3. Adoração
O tipo de oração que exalta a Deus pelo que Ele é. Concentra-se no caráter de Deus, nos Seus
atributos, na Sua Pessoa. É a entrada no Santo dos Santos, para responder ao amor de Deus.
Ali nada fala do homem, mas de Deus. É o reconhecimento do que Deus é. É a resposta do
nosso amor ao amor Divino.

O Salmo 100 apresenta os três tipos de oração no nível de Deus: "celebrai com júbilo ao
Senhor, todas as terras. Servi ao Senhor com alegria, apresentai-vos diante dEle com cântico.
Sabei que o Senhor é Deus... entrai por suas portas com ações de graça, (ações de graça) e
nos seus átrios com hinos de louvor; (louvor) rendei-lhe graças e bendizei-lhe o nome". Porque
o Senhor é bom, a Sua misericórdia dura para sempre" (adoração) (Sl. 100:1,2,4).

O Salmo 95 também apresenta essa progressão. "Vinde, cantemos ao Senhor, com júbilo,
celebremos o Rochedo da nossa salvação. Saiamos ao seu encontro, com ações de graça
(ações de graça), vitoriemo-lo com Salmos (Louvor). Porque o Senhor é o Deus supremo, e o
grande rei acima de todos os deuses..." (Sl. 95:1-3). Lendo o restante do Salmo, vemos que
prossegue na adoração, ressaltando os atributos de Deus.

Começo agradecendo, passo para o louvor e termino amando a Deus, adorando a Deus. E
adoração é a forma mais elevada de oração. No Velho Testamento só o Sumo Sacerdote podia
chegar ao lugar de adoração, o Santo dos Santos. Mas glória a Deus que hoje não é assim.
Todos nós temos acesso àquele luar onde só Deus e nós nos encontramos, o lugar de
plenitude.

Esse nível de Deus é o que deve dominar a nossa vida. Quando falamos de orar como um
modo de viver, referimo-nos a este nível. O tempo todo com uma atitude de gratidão, de louvor
e adoração. É um relacionamento. Logo ao despertar, você vai agradecendo a Deus o sono, a
cama, a casa, a água, o alimento, tudo. Nada de reclamações, de murmuração, mas de
exaltação. Já se levanta dizendo: "Este é o dia que o Senhor fez; regozijemo-nos e alegremo-
nos nele. (Sl. 118:24)."

Esses três tipos de oração você pode fazer o tempo todo.

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B - Nós mesmos como o centro das nossas orações
Aqui vou a Deus por causa de uma necessidade pessoal. Existe alguma circunstância em minha
vida precisando ser alterada, alguma decisão a tomar ou algum fardo sobre meus ombros.
Embora falando com Deus, o foco da atenção é a satisfação de necessidades pessoais. Busco
uma resposta para a alteração de alguma circunstância em minha vida que está fora dos
padrões de Deus para mim. Nesse nível temos também três tipos de oração: Petição, Entrega e
Consagração.

1. Petição ou Súplica
É "um pedido formal a um poder maior." É a apresentação a Deus de um pedido, visando
satisfazer uma necessidade pessoal, tendo como base uma promessa de Deus. Nesse tipo de
oração, já tenho o conhecimento de qual é a vontade de Deus, pelo que o pedido será feito em
fé, com a certeza da resposta, antes mesmo da sua manifestação, de acordo com Marcos
11:24: "Por isso vos digo que tudo quanto em oração pedirdes, crede que recebestes, e será
assim convosco".

2. Consagração ou Dedicação
É uma atitude de submissão à vontade de Deus. Essa oração é para as ocasiões em que a
vontade de Deus é desconhecida. Há uma circunstância em que preciso de direção; não sei o
plano de Deus para aquele assunto, em particular. Aqui exige espera , consagração e inteira
disposição de conhecer e seguir a vontade do Pai. É mais uma atitude de rendição, busca e
submissão, com o propósito de obediência quando a direção vier.

3. Entrega
é a transferência de um cuidado ou inquietação da minha alma, para Deus. Há uma
circunstância em que os cuidados, problemas e inquietações da vida e batem à porta, então
assumo uma atitude de transferência destes para Quem tem condições de carregá-los: meu
Deus. Está é a oração em que lanço os fardos sobre o Senhor, com um conseqüente descanso.

C. Os outros como centro das nossas orações

Intercessão:
Aqui vou a Deus como sacerdote, como intercessor, levando a necessidade de outra pessoa.
Interceder e colocar-se no lugar de outro e pleitear a sua causa como se fosse própria. O
motivo primeiro deste tipo de oração é ver a circunstâncias alteradas na vida de outrem. Exige
bem mais do que os outros tipos e merecerá um estudo à parte.

II - FORMAS DE ORAÇÃO
Há três formas pelas quais você pode apresentar todos os tipos de oração: Privada,
concordância e coletiva.

A. Oração privada (a sós)


"Tu, porém, quando orares, entra no teu quarto, e, fechada a porta, orarás a teu Pai que está
em secreto; e teu Pai que vê em secreto, te recompensará" (Mt. 6:6). Aqui fala do
relacionamento pessoal. Não indica necessariamente que sempre que se ora deva-se estar só,
fisicamente, pois alguém pode se isolar com o Pai no meio da multidão, tendo o coração
totalmente voltado para Deus, e pode estar no meio da multidão, mesmo estando sozinho.

B. Oração de concordância (dois ou três)


"Em verdade vos digo que se dois dentre vós, sobre a terra, concordarem a respeito de
qualquer coisa que porventura pediram, ser-lhes-á concedida por meu Pai que está nos Céus.
Porque onde estiverem dois os três reunidos em meu nome, ali estou no meio deles" (Mt.
18:19,20)

a oração de concordância é aquela quando duas pessoas, de comum acordo, na mesma fé e no


mesmo pensamento, apresentam uma questão a Deus, dentro da Sua Vontade.

C. Oração coletiva (o grupo)


"Ouvindo isto, unânimes levantaram a voz a Deus e disseram..." (At. 4:24)

A oração coletiva é a de concordância multiplicada. É quando um grupo se une, no mesmo


parecer, e apresentam juntos a sua petição. Há um poder tremendo neste tipo de oração.

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Qualquer dos sete tipos de oração pode ser apresentado usando uma dessas formas.

III - RECURSOS DA ORAÇÃO


Há dois tremendos recursos na oração: O Espírito Santo e a Palavra de Deus. Os dois sempre
caminham juntos. A palavra é a semente e o Espírito libera a vida que nela está.

A. Orando a Palavra (respaldando a oração com o que está escrito).

Toda oração, para que alcance seu efeito, tem que ser respaldada pela Palavra. Quem ora a
palavra, já começa com a resposta. Quando uma petição é apresentada invocando as cláusulas
da Constituição, não há outra alternativa, senão a resposta. O advogado da acusação não tem
chance de ordenar, se você estiver dentro da Lei. Igualmente o Diabo não tem condições de
roubar as suas bênçãos, se você apresenta suas orações de acordo com a Palavra. Logo, a
Palavra é uma tremenda arma da oração e um recurso efetivo.

B. Orando no Espírito (oração em línguas).


O Espírito conhece a vontade de Deus, e é Ele quem nos dá consciência da Sua presença. Nem
sempre sabemos orar como convém, todavia o Espírito conhece todas as coisas, portanto se
oramos movidos pelo Espírito, oramos bem.

Existem aqui dois aspectos: Um é aquela dependência do Espírito, quando Ele se move em nós.
Outro é quando oramos em línguas e em todos os tipos de oração, podemos orar a Palavra e
orar em línguas.

IV - ARMAS DE COMBATE NA ORAÇÃO

A. A autoridade de Ligar e Desligar

"Em verdade vos digo que tudo o que ligardes na terra, terá sido ligado no Céu, e tudo o que
desligardes na terra, terá sido desligado no Céu" (Mt. 18:18).

A oração tem duas facetas: o encontro com Deus e a oposição satânica. O adversário sempre
tenta roubar nossas bênçãos e se interpor no caminho entre nós e o Pai. Ligar e desligar fala da
autoridade que temos em Cristo para resistir as forças que se nos opõem na vida de oração.

B. O Nome de Jesus Cristo


Ao nome de Jesus todo joelho tem que dobrar. Ele tanto nos ordenou ir a Deus levando nossas
orações em Seu nome (Jo. 14:13,14), como nos deu autoridade de enfrentar Satanás também
em Seu nome (Mc. 16:17). Jesus é a porta que nos abre os tesouros da graça e tranca os
poderes do inferno.

C. A Espada do Espírito - A Palavra

A Palavra de Deus é tanto fonte das nossas orações, como arma de combate contra as forças
das trevas. Ela é a espada do Espírito. Como tal, é arma para combater as interferências e
maquinações inimigas.

D. O Sangue de Jesus

Apocalipse nos informa que os santos vencem, tanto pela Palavra, quanto pelo sangue do
Cordeiro (Ap. 12:11). O sangue bendito garante nossa cobertura e atesta que Satanás não tem
reivindicações sobre a nossa vida e pertencemos a Jesus.

Colocada está breve introdução aos diversos tipos, formas, recursos e armas de oração, vamos
agora estudar cada um deles, buscando a luz do Espírito de Deus para que revolucione nossa
vida de oração e nos lance numa nova dimensão na vida com Ele.

Extraído do Livro Tipos de Oração

Creio que ao orarmos publicamente, muitos de nós não têm a noção exata se está edificando
ou enfadando aqueles que nos ouvem enquanto nos dirigimos a Deus. Em oposição a orações

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estudadas e formais, muitas vezes divagamos em nossas vãs repetições. Noutra situação é
difícil dizer "AMÉM!", quando malmente se consegue ouvir o que foi dito pelo que ora. Queira
Deus que aqueles que oram publicamente possam ser acompanhados, em atitude de
adoração, e ao final, a congregação possa dizer com convicção e para a glória do Senhor:
"ASSIM SEJA!".

ORAÇÃO PÚBLICA

Seria muito desejar que nossos corações fossem, de tal forma, movidos pelo senso das coisas
divinas e tão intimamente empenhados quando adoramos a Deus, que pequenas
circunstâncias não tivessem o poder de nos interromper ou desconcentrar, ou de nos fazer
achar o culto enfadonho e o tempo que empregamos nele, tedioso. Mas, como nossas
debilidades são grandes e muitas, e o inimigo de nossas almas é vigilante para nos descompor,
se aqueles que dirigem as reuniões de oração não tomarem cuidado, elas poderão tornar-se
um peso e uma ocasião de pecado.

A Duração das Orações Públicas

A principal falta de algumas boas orações é que elas são muito longas; não que eu ache que
devemos orar pelo relógio e limitar-nos precisamente a um certo número de minutos, mas é
melhor que os ouvintes desejem que a oração seja mais longa, do que passem metade do
tempo desejando que ela acabe.

Isto freqüentemente se deve a uma delonga desnecessária sobre cada circunstância que se
apresenta, bem como repetições das mesmas coisas.
Se tivermos nos estendido nas súplicas por bênçãos espirituais, é melhor ser breve e sumário
na intercessão por outros. Ou se a disposição de nossos espíritos, ou as circunstâncias nos
conduzam a ser mais extensos e minuciosos em expor os casos de outros perante o Senhor,
deveríamos nos lembrar desta intenção, no início da oração.

Existem, sem dúvida, épocas em que o Senhor se agrada em favorecer aqueles que oram, com
peculiar liberdade. Eles falam porque sentem. Eles tem um espírito lutador e tem dificuldades
para desistir.

Quando este é o caso, aqueles que se juntam a eles raramente se cansam, apesar da oração
exceder os limites usuais. Mas eu creio que algumas vezes acontece, tanto na oração quanto
na pregação, de nos prolongarmos quando na realidade temos pouco a dizer.

Orações longas deveriam ser, de maneira geral, evitadas, especialmente onde muitas pessoas
orarão sucessivamente, do contrário, mesmo ouvintes espirituais não conseguirão manter sua
atenção. E aqui eu gostaria de notar uma impropriedade que nos defrontamos: quando uma
pessoa dá a expectativa que está para concluir sua oração, e alguma coisa, não considerada
no devido tempo, ocorre naquele instante a sua mente, e o conduz como se começasse de
novo. Mas, a menos que seja um assunto de singular importância, seria melhor que fosse
omitido.

Pregando nas Orações Públicas

As orações de alguns bons homens são mais como pregações do que orações. Eles antes
expressam a mente do Senhor para o povo, do que os desejos do povo para o Senhor. Na
verdade, isto dificilmente pode ser chamado oração. Poderia, em outra ocasião, fazer parte de
um bom sermão, mas proporcionará pouca ajuda àqueles que desejam orar com seus
corações.

A oração deve ser concisa e composta de suspiros ao Senhor, tanto de confissão, petição como
de adoração. Não deveria ser somente bíblica e evangélica, mas experimental; expressão
simples e natural dos desejos e sentimentos da alma. Assim será se o coração estiver vívido e
envolvido no dever. Deve ser assim, se a edificação de outros é o alvo em vista.

Método nas Orações Públicas

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Muitos livros tem sido escritos para assistir no dom e exercício da oração, e muitas sugestões
úteis podem ser obtidas deles. Mas uma cuidadosa atenção ao método neles recomendados,
transmite um ar de estudo e formalidade, e ofende aquela simplicidade tão essencialmente
necessária a uma boa oração, cuja falta nenhum grau de habilidade pode compensar. É
possível aprender a orar mecanicamente e por hábito; mas dificilmente é possível fazer isto
com aceitação e benefício de outros

Quando as muitas partes de invocação, adoração, confissão, petição, etc., seguem-se numa
ordem estabelecida, a mente do ouvinte geralmente vai antes da voz do orador, e podemos
formar uma suposição razoável do que se seguirá.

Por conta disso, freqüentemente achamos que pessoas incultas, que tiveram pouca ou
nenhuma ajuda de livros, ou antes, não foram agrilhoados por eles, podem orar com unção e
aroma, num modo impremeditado, enquanto que as orações das pessoas de mais habilidades,
talvez mesmo os próprios ministros, são, apesar de acuradas e regulares, tão secas e formais,
proporcionando pouco prazer ou proveito para a mente espiritual. O espírito de oração é o fruto
e o sinal do espírito de adoção.

Os discursos estudados com os quais alguns se aproximam do trono da graça, nos lembram o
exemplo de um estranho que chega a porta de um homem importante. Ele bate e espera,
entrega seu cartão e passa por uma seqüência cerimonial antes de conseguir entrada,
enquanto que uma criança da família sem cerimônia alguma, entra livremente, quando deseja,
porque sabe que ele está em casa.

É verdade que devemos sempre nos aproximar do Senhor com grande humilhação de espírito e
um senso de nossa indignidade. Mas este espírito não é sempre melhor expresso ou promovido
por uma enumeração pomposa dos nomes e títulos de Deus, ou pela fixação em nossas
mentes, de antemão, da ordem exata que propusemos arranjar as diversas partes de nossa
oração.

Alguma atenção em relação ao método pode ser apropriada, com o objetivo de nos prevenir
das repetições, e pessoas simples podem ser defeituosas nisso, às vezes; mas este defeito não
será tão cansativo e desagradável quanto uma precisão estudada e artificial.

Peculiaridades de Maneira na Oração Pública

Muitas pessoas, talvez a maioria que oram em publico, tem alguma palavra ou expressão
favorita a qual recorre, muito freqüentemente, em suas orações, e a usam, repetidamente,
como uma mera expletiva, não tendo, necessariamente, conexão com o sentido daquilo que
elas estão falando.

A mais desagradável é quando o nome do bendito Deus, em adição a um ou mais epítetos, tais
como Grande, Glorioso, Santo, Todo-Poderoso, etc., é introduzido, com tal freqüência e
desnecessariamente que, nem indica uma justa reverência na pessoa que faz uso dela, nem
estimula reverência naqueles que a ouvem.

Eu não direi que isto é tomar o nome de Deus em vão, no sentido usual da frase. É, entretanto,
uma grande impropriedade e deveria ser evitada. Seria bom se aqueles que usam expressões
redundantes, tivessem um amigo que lhes avisassem para que pudessem, com um pouco de
cuidado, serem restringidos; e dificilmente alguém percebe as pequenas peculiaridades que
podem, inadvertidamente, adotar, a menos que sejam avisados sobre elas.

Do mesmo modo, existem muitas coisas no que se refere a voz e a maneira de orar, que uma
pessoa pode, com a devida atenção, corrigir em si mesma, e que, se corrigidas de modo geral,
poderiam tornar reuniões de oração mais agradáveis do que algumas vezes são.

Falar muito alto é uma falta, quando o tamanho do lugar e o número de ouvintes não o
requeiram. O objetivo de se falar em publico é ser ouvido, e quando para se conseguir este
objetivo é necessário uma elevação do tom de voz, é, freqüentemente, prejudicial ao orador e
é mais provável que confunda o ouvinte do que atraia sua atenção. Considero porém que deva
ser levada em consideração a constituição física, bem como o fervor, que dispõe algumas
pessoas a falar mais alto do que outras. Apesar disso, elas farão bem em conterem-se tanto

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quanto puderem. Pode parecer indicar grande zelo e um coração zeloso, contudo, geralmente
são fogo falso. Pode imaginar estar falando "com poder", mas uma pessoa que é favorecida
com a presença do Senhor pode orar com poder numa voz moderada; por outro lado, pode-se
ter muito pouco poder do Espírito, apesar de se poder ouvir a voz na rua e na vizinhança.

O outro extremo, de falar muito baixo, não é tão freqüente, mas se não somos ouvidos,
devemos mantermos calados

Fatiga o espírito e enfada, estar ouvindo, por qualquer tempo, uma voz muito baixa. Algumas
palavras ou sentenças serão perdidas, o que tornará aquilo que é ouvido, menos inteligível e
deleitável. Se o orador pode ser ouvido pela pessoa que está mais distante dele, o resto o
ouvirá com certeza.

Do mesmo modo, o tom da voz deve ser considerado. Alguns tem um tom de voz, quando
oram, tão diferente de seu modo usual de falar, que seus amigos mais próximos, se não
habituados a ele, dificilmente os reconheceria por sua voz. Algumas vezes o tom é mudado,
talvez mais de uma vez, de modo que se nossos olhos não nos der mais informações do que
nossos ouvidos, pensaremos que duas ou três pessoas estão falando por turnos. É uma pena
que, apesar de entendermos o que é dito, possamos ser tão facilmente desconcertados por
uma entrega inabilitada. Isto é freqüente e provavelmente o será, na presente fraqueza e
imperfeição da natureza do estado humano. Lamentamos que cristãos sinceros são algumas
vezes forçados a confessar: "Ele é um bom homem, e suas orações, quanto a sua substância,
são espirituais e judiciosas, mas há algo tão desagradável na maneira de entregá-la, que fico
sempre inquieto ao ouvi-lo".

Informalidade na Oração Pública

O contrário disto, e ainda mais ofensivo, é o costume que alguns tem de conversar com o
Senhor na oração. É a sua voz natural, de fato, mas com expressões que usariam somente em
ocasiões mais familiares e triviais. A voz humana é capaz de tantas inflexões e variações, que
pode adaptar-se a diferentes sensações de mente, como alegria, tristeza, medo, desejo, etc. Se
um homem estiver suplicando por sua vida, ou expressando seu agradecimento a um rei por
um perdão recebido, o senso comum e decoro o ensinariam a maneira apropriada; e qualquer
um que não entendesse sua língua, saberia pelo som da sua voz, que ele não estaria fazendo
uma barganha ou contando uma história. Quanto mais quando falamos com o Rei dos reis,
deveria a consideração de Sua glória, de nossa própria vileza e da importância dos assuntos
que estivermos tratando diante dEle, nos afetar com um ar de seriedade e reverência e nos
prevenir de falar com Ele como se Ele fosse um de nós! A liberdade, a qual somos chamados
pelo Evangelho, não nos encoraja a tal atrevimento e familiaridade, da mesma forma que seria
impróprio usá-las a um semelhante, que esteja um pouco acima de nós, no que diz respeito a
honra do mundo.

Eu me alegrarei se estas sugestões forem de algum serviço àqueles que desejam adorar a
Deus em espírito e verdade, e que desejam que qualquer coisa que tenha tendência a sufocar
o espírito de devoção, tanto em nós mesmos quanto em outros, deva ser evitada.
"Senhor, Ensina-nos a Orar"
"De uma feita, estava Jesus orando em certo lugar; quando terminou, um dos seus discípulos
pediu; Senhor, ensina-nos a orar como também João ensinou aos seus discípulos" (Lucas 11:1).
A oração é importante. Todos os que querem seguir o Senhor sabem que a oração é parte
essencial da vida do discípulo. Entretanto, poucos oram e muitas vezes, quando oramos,
parece que lutamos para nos expressarmos a Deus. Embora possa parecer que a oração
deveria vir a nossa boca como uma expressão confortável de nossa fé e confiança em Deus,
ela freqüentemente parece difícil, talvez ineficaz.
Os primeiros seguidores de Jesus observaram seus hábitos de oração. Eles o viram
freqüentemente procurando um lugar deserto para falar com seu Pai. Numa ocasião dessas,
eles pediram sua ajuda. Também desejamos comunicar- nos com Deus como seu filho estava
fazendo. "Senhor, ensina-nos a orar" (Lucas 11:1).

Jesus fez como eles pediram. Ele os ensinou como orar, tanto por suas palavras como por seu
exemplo. Ele orava freqüentemente, fervorosamente e com grande fé naquele que estava
ouvindo aquelas orações. Através do exemplo de sua vida, ele está ainda nos ensinando a orar.

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Palavras de oração
A resposta imediata de Jesus ao pedido dos apóstolos é encontrada em Lucas 11:2-4
Então, ele os ensinou: Quando orardes, dizei: Pai, santificado seja o teu nome; venha o teu
reino; o pão nosso cotidiano dá-nos de dia em dia; perdoa-nos os nossos pecados, pois também
perdoamos a todo o que nos deve. E não nos deixes cair em tentação.

Nem esta oração, nem a semelhante encontrada em Mateus 6:9-13, são destinadas a repetição
palavra por palavra. Jesus não estava ensinando palavras para serem memorizadas e
recitadas; ele estava ensinando a orar. Ele deu um exemplo que mostra que tipo de coisas
devemos incluir em nossas orações. Devemos:

1. Reverenciar e glorificar a Deus: "Pai, santificado seja o teu nome". Grandes orações de
grandes homens e mulheres são sempre proferidas com grande respeito a Deus. Quando
Moisés, Ana, Davi, Daniel, Neemias e outras importantes personagens da era do Velho
Testamento oraram, começaram com declarações de genuína reverência a Deus, como criador
e comandante do universo.

2. Buscar a vontade de Deus: "Venha o teu reino". A oração não é um instrumento para
manipular Deus para que faça nossa vontade. Aqui, Jesus orou pelo reino de Deus, sabendo
que esse reino só poderia vir com todo o seu poder através da avenida de sua própria morte.
Aqui, como na oração agonizante no Getsêmani, Jesus colocou a vontade do Pai acima de seus
próprios interesses: "Todavia, não seja como eu quero, e sim como tu queres" (Mateus 26:39).
Quando vemos a oração como nada mais do que uma oportunidade de fazer pedidos a Deus,
colocamos a vontade do servo indevidamente acima da vontade do Senhor. Deveremos sempre
procurar fazer a vontade de Deus.

3. Reconhecer nossa dependência de Deus para as necessidades físicas: "O pão nosso
cotidiano dá-nos de dia em dia". Esta não é uma exigência de abundância e riqueza. Jesus nem
praticou, nem ensinou a noção materialista de que o discípulo pode "dizer e exigir" o que quer
na oração. Diferentemente das orações de certas pessoas hoje em dia, que se aproximam de
Deus como pirralhos mal criados exigindo tudo o que querem, Jesus mostrou aqui uma
dependência de Deus para as necessidades básicas da existência diária. Precisamos de Deus
todos os dias.

4. Reconhecer nossa dependência de Deus para as bênçãos espirituais: "Perdoa-nos os nossos


pecados, pois também nós perdoamos a todo o que nos deve. E não nos deixeis cair em
tentação". Encontramos algumas lições valiosas no versículo 4. Primeiro, precisamos do
perdão. As palavras de João 8:7 e Romanos 3:23 nos recordam nossa culpa. Pecamos.
Necessitamos do perdão. Só Deus tem o direito e o poder para perdoar (Marcos 2:7). Segundo,
precisamos perdoar. Nossa comunhão com Deus é condicionada a várias coisas, incluindo-se
como tratamos as outras pessoas. Quem se recusa a perdoar outro ser humano simplesmente
não será perdoado por Deus (Mateus 6:14-15; 18:15-35). Terceiro, precisamos do auxílio de
Deus para que não pequemos. Deus não é apenas um guarda-livros registrando os pecados
cometidos e apagando-os depois. Ele tem poder para nos auxiliar a derrotar o inimigo. Paulo
garantiu que há um jeito de escapar de cada tentação (1 Coríntios 10:13). Jesus "é poderoso
para socorrer os que são tentados" (Hebreus 2:18). Ele nos deixou um exemplo perfeito de
obediência para encorajar nossa fidelidade (1 Pedro 2:21-24). Na hora de sua mais difícil
tentação, Jesus voltou-se para seu Pai em oração fervorosa. Depois daquelas orações ele saiu
do Getsêmani preparado para suportar o poder das trevas, e sofreu o ridículo e a morte para
cumprir a vontade de seu Pai. Jesus encontrou o auxílio necessário quando apelou para seu Pai,
em oração.

Exemplos de oração
Pouco é registrado das palavras específicas com que Jesus orou. Podemos aprender muito
simplesmente observando quando, onde e por quê Jesus orou.
1. Quando Jesus orou? Ele orou em horas de grandes provações, tais como o exemplo já citado
de suas orações no Getsêmani, poucas horas antes de sua morte. Ele orou momentos antes de
grandes decisões. Lucas 6:12-16 conta o dia em que Jesus escolheu os doze homens aos quais
seria dada a responsabilidade de levar o evangelho ao mundo. Note o que ele fez antes de
selecioná-los; "Retirou-se para o monte, a fim de orar, e passou a noite orando a Deus" (Lucas
6:12). Ele orou antes de grandes obras. Quando Jesus se preparou para ressuscitar Lázaro

79
dentre os mortos, ele primeiro se dirigiu ao seu Pai, em oração (João 11:41-43). Ele orou
quando sua obra terminou (João 17:4).

2. Onde Jesus orou? Embora as orações de Jesus nunca fossem limitadas pelo tempo ou pelo
espaço, é claro que ele freqüentemente procurou um lugar e uma hora livre e sem interrupções
para falar com seu Pai em oração. Ele freqüentemente subiu a montes, ou saiu para um jardim,
e tipicamente escolheu a noite ou o amanhecer, quando haveria menos distração com o
mundo apressado. Tais hábitos eram tão típicos da vida de Cristo que Judas sabia exatamente
onde encontrá-lo embora só estivesse estado em Jerusalém poucos dias (João 18:1-3).

3. Por que Jesus orou? As circunstâncias das orações de Jesus sugerem motivos imediatos para
oração: tentações, provações, tristeza, momentos decisivos, etc. Mas estes são realmente
apenas o reflexo de uma razão maior pela qual Jesus orou. Jesus valorizava sua comunhão com
o Pai. Como alguém que entendia melhor do que qualquer outro homem jamais entendeu o
privilégio de andar com Deus, Jesus queria manter essa íntima relação com seu Pai. Tendo a
escolha entre multidões de homens e seu Pai, Jesus freqüentemente escolheu a companhia de
Deus. Quando tinha que escolher entre o sono e a oração, Jesus encontrava o profundo
rejuvenescimento de que necessitava, não no descanso físico, mas na conversa espiritual com
seu Pai.. Estas orações de Jesus nos ensinam algumas lições muito valiosas sobre o privilégio
de sermos chamados filhos de Deus.

O que os discípulos aprenderam?


Os apóstolos pediram instruções sobre como orar. Jesus deu-lhes mais do que palavras, quando
mostrou um exemplo consistente de fé em suas orações. Teriam eles aprendido? Dois breves
episódios na parte inicial do livro de Atos mostram que eles aprenderam a importância da
oração.
Depois que Pedro e João foram perseguidos e passaram algum tempo na prisão por causa de
sua pregação, eles encontraram outros cristãos e oraram juntos com confiança, pedindo
coragem para continuar sua obra (Atos 4:23-31). Sua citação da poderosa mensagem do Salmo
2 mostra que eles entenderam que o poder da oração é encontrado no poder daquele que
ouve essas orações: o Deus que se assenta nos céus.

Quando confrontados com as necessidades físicas das viúvas na igreja de Jerusalém, os


apóstolos reconheceram a importância desse serviço e guiaram a igreja na seleção de homens
adequados para cuidar do assunto. Mas note, no texto, a razão pela qual os próprios apóstolos
não desviaram sua atenção: "E, quanto a nós, nos consagraremos à oração e ao ministério da
palavra" (Atos 6:4). O cuidado das viúvas não era para ser negligenciado, mas os apóstolos
cuidadosamente reservaram tempo em suas vidas para a oração. Eles tinham aprendido bem a
importante lição do exemplo de Jesus e de seus hábitos de oração.

A oração
A oração é o único canal de comunicação entre o homem e Deus. Através dela mantemos
comunhão com o nosso Senhor Jesus Cristo.

Quando fazemos uma oração sincera e honesta, estamos abrindo o nosso coração diante do
Senhor; esta é a oração em espírito e em verdade da qual a Bíblia fala. Ao orarmos assim,
ficamos percebendo as nossas maiores necessidades e o quanto somos dependentes de Deus,
além de desenvolvermos forças espirituais que nos garantem vitória nas tentações.

Como a oração é uma expressão da alma humana para com o Seu Criador, não é necessário
que ela seja erudita ou sofisticada, com lindas palavras, pois Deus sabe exatamente quem
somos e o que desejamos. Precisa ser simples e objetiva, imbuída com o máximo de
humildade.

A oração só será eficaz, ou seja, receberá a resposta se, ao falarmos com Deus, tivermos
absoluta certeza de que Ele está com os Seus ouvidos atentos aos nossos clamores. Se isto não
acontecer na hora em que estamos orando, nossas palavras serão vãs. Por isso mesmo, o
ambiente no qual devemos orar deve ser propício, a fim de podermos nos concentrar naquilo
que estamos fazendo, com todo o fervor do coração.

Quando o Senhor Jesus ensinou aos Seus discípulos a oração do Pai Nosso, não era a Sua
intenção que nós a usássemos literalmente todas as vezes que desejássemos falar com Deus.

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Pelo contrário; Ele quis deixar o modelo de como devemos nos comunicar com o nosso Pai
Celestial.

Características de uma oração


São muitos os aspectos de uma oração, mas vamos simplificá-los e dividi-los em três partes:
1a) Adoração
2a) Pedido
3a) Agradecimento

A adoração
A adoração é essencial para que se possa entrar na presença de Deus em oração. Ela
enriquece a nossa humildade, além de mostrar a sinceridade da alma, dignificando, honrando
e magnificando ainda mais o nosso Senhor e Deus. Ao entrarmos na presença do Senhor
adorando, estamos reconhecendo a Sua santidade.

Eis alguns exemplos de orações que alcançaram os objetivos:

- A oração de Ezequias (2 Reis 19.14-19).


- A oração de Elias (1 Reis 18.36).
- A oração de Davi (Salmos 8.9-19).
- A oração do Senhor Jesus (Mateus 6.9).
- A oração da Igreja Primitiva (Atos 4.24-31).
- A oração do leproso (Mateus 8.2).
- A oração de uma mulher cananéia (Mateus 15.22).
- A oração de Jairo (Marcos 5.22,23).
Em todas essas orações verificamos que a adoração foi a primeira coisa que se fez.

Neste mundo vil, onde não existe uma só pessoa perfeita, há honrarias por parte daqueles que
se consideram inferiores para com os seus superiores. Por exemplo: os juízes são honrados
com um "meritíssimo"; os presidentes, senadores, deputados, governadores, prefeitos, etc, são
tratados com um "excelência". Com muito maior razão devemos entrar na presença de Deus
com todas as honras, glórias e louvores que pudermos dar, pois Ele e somente Ele é digno de
toda a nossa adoração!

Nossa adoração também provoca milagres extraordinários em nossas vidas. Foi o que
aconteceu com os apóstolos Paulo e Silas, quando estiveram presos e agrilhoados. Eles
começaram a orar e cantar louvores a Deus, enquanto os companheiros de prisão escutavam.
De repente, por volta da meia-noite, sobreveio um terremoto, o qual sacudiu os alicerces da
prisão. Abriram-se todas as portas e soltaram-se as cadeias de todos que ali se encontravam
(Atos 16.24-26).

A verdade é que os louvores ministrados a Deus são o Seu alimento. Assim como o perfume
das flores atrai as abelhas, nosso louvor e adoração, tal qual incenso, atrai a presença de Deus
até nós. Por isso mesmo, antes de fazermos qualquer pedido ao Senhor, devemos atraí-Lo com
os nossos louvores.

Os pedidos
O Senhor Jesus, antes de nos ensinar a oração do Pai Nosso, afirmou:
"...porque Deus, o vosso Pai, sabe o de que tendes necessidade, antes que lho peçais".
(Mateus 6.8)

Realmente, todos os nossos pedidos são conhecidos de Deus antes mesmo de os externarmos,
mas é necessário que peçamos, porque enquanto fazemos nossos pedidos, estamos também
despertando a nossa fé, na busca de um contato maior com Deus. Ao recebermos as respostas
às nossas orações, o Senhor recebe ainda mais glórias de nossa parte. Daí, quanto mais
pedirmos, mais receberemos e mais glorificaremos ao Senhor. Esta é a razão pela qual o
Senhor Jesus disse:

"E tudo quanto pedirdes em meu nome, isso farei, a fim de que o Pai seja glorificado no Filho".
(João 14.13)
Nossos pedidos vêm glorificar ao nosso Pai através do nosso Salvador Jesus.

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O que pedir e o que não pedir
Nossos pedidos diante de Deus não têm valor algum se não tiverem um objetivo. Temos que
considerar se glorificarão a Deus através de nós em Jesus, ou se servirão apenas para nos
afastar ainda mais dEle, isto é, com os prazeres da carne.

Tiago nos admoesta a respeito disso, dizendo:


"De onde procedem guerras e contendas, que há entre vós? De onde, senão dos prazeres que
militam na vossa carne? Cobiçais, e nada tendes; matais e invejais, e nada podeis obter; viveis
a lutar e a fazer guerras. Nada tendes, porque não pedis; pedis, e não recebeis, porque pedis
mal, para esbanjardes em vossos prazeres. Infiéis, não compreendeis que a amizade do mundo
é inimiga de Deus? Aquele, pois, que quiser ser amigo do mundo, constitui-se inimigo de
Deus".
(Tiago 4.1-4)

Quantas vezes insistimos com Deus a respeito de alguma coisa, achando que é boa para nós e,
quando recebemos, ficamos arrepen-didos?

Todos os pedidos que fizermos a Deus precisam estar de acordo com a Escritura Sagrada e
sempre "segundo a vontade de Deus". Por exemplo: A cura de uma enfermidade é a vontade
de Deus. Está determinado na Bíblia e o próprio Jesus ministrou-a para tantos quantos
chegaram até Ele. A vida financeira abençoada é uma promessa de Deus e do Senhor Jesus
(Malaquias 3.10; João 10.10). A paz celestial também é da inteira vontade de Deus; Ele quer
que nós a gozemos. Resumindo, podemos falar com Deus e pedir tudo o que se encontra
dentro desses parâmetros:

a) Bênção física - cura divina;


b) Bênção financeira - suprimento amplo para as nossas necessidades materiais;
c) Bênção espiritual - que é a salvação eterna em Cristo Jesus.
Muitos são aqueles que vivem a pedir uma bênção. Ficam, no entanto, esperando por isso a
vida toda e não a alcançam.

Por quê?
Existem milhares de bênçãos prometidas na Bíblia e, se não explicitarmos o que realmente
desejamos, o Senhor ficará sem poder nos atender. Se queremos um salário melhor, temos de
dizer para Deus: "Senhor, eu quero um salário de X por mês". Se nossa vontade é que o Senhor
nos dê um carro novo, devemos estabelecer sua marca e modelo. Precisamos saber pedir, a
fim de podermos saber receber!

Os agradecimentos
Esta parte tão importante da oração dispensa qualquer comentário, haja vista que um
sentimento de "graças a Deus" nunca será dispensado por aqueles que experimentam as Suas
bênçãos. Quando agradecemos ao Senhor antecipadamente por um pedido, estamos provando
a Ele nossa fé.

Nada do que foi esplanado teria valor se não usássemos a chave para sermos atendidos, a qual
é o nome do Senhor Jesus Cristo. Disse Jesus:
"E tudo quanto pedirdes em meu nome, isso farei...".
(João 14.13)
Deus- Pai nos atende por causa do nome do Seu Filho Jesus. Este nome é o segredo do milagre
nosso de cada dia!

BATALHA ESPIRITUAL
TEMA: A REALIDADE DA GUERRA ESPIRITUAL PESSOAL
Texto Básico: Daniel 1:1-19
INTRODUÇÃO:
Vivemos num conflito espiritual sem tréguas. Satanás não tira férias, nem folga nos finais de
semana. Ele sempre está planejando contra nós, mesmo quando sofremos alguma perda. Ele
não respeita o nosso luto ou sofrimento, é neste estágio de maior vulnerabilidade emocional e
psicológica, que ele desfere os seus golpes malignos. Satanás não conhece o que é luta limpa.

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Ele é mau, perverso e destruidor. Precisamos, portanto, conhecer os seus desígnios para que
ele não leve vantagem sobre nós. (2 Co. 2:10b-11)
Escolhemos o livro de Daniel para mostrar com clareza as estratégias sinistras do diabo, a fim
de varrer de sua memória à LEI DE DEUS, contextualizando-o à cultura babilônica.

1. PARTE HISTÓRICA:
AUTOR: Daniel, membro da família real, nascido em Jerusalém, em 623 a.C., aproximadamente
durante a reforma do Rei Josias e no princípio do Ministério de Jeremias. Foi levado à Babilônia,
por ocasião do 1 exílio, em 605 a.C. pelo monarca Nabucodunozor que não dispunha de
número suficiente de cultos para a cúpula governamental. Por isso o Rei levou jovens
saudáveis, de boa aparência e de alto nível cultural.

2. CENÁRIO RELIGIOSO DE JUDÁ:


Época mais sombria do judaísmo. Todos os alicerces da sua fé pareciam ter desaparecido. A
cidade escolhida por Deus fora arrasada, o Templo projetado e habitado pelo Senhor, tornara-
se um montão de cinzas e o povo fora levado cativo à terra idólatra da Babilônia. Foi nesse
período que surgiram as sinagogas onde os judeus adoravam e liam a TORÄ. Da fé judaica só
restavam as Escrituras com as promessas da aliança do Senhor para com os antepassados.
3. CENÁRIO RELIGIOSO DA BABILÔNIA:
A religião da Babilônia centralizou-se em Bel Merodaque (Marduque) num grande templo. Ele
era o senhor ou Bel (cognato de Baal), do panteão dos deuses da Babilônia. Anualmente, os
sacerdotes traziam todos os deuses ou estátuas por ocasião da festa de Nisã, ao templo de
Merodaque (deus supremo).
Nabucodonozor não se mostrou apenas um gênio militar, amante do luxo, edificador de
monumentos,jardins e canais, mas também um homem muito religioso.
4. ESTRATÉGIAS SINISTRAS E DESTRUIDORAS DE SATANÁS:
MUDANÇA DE NOMES: (Vs.7)
Sutileza maligna: Eles precisavam de cidadania babilônica.
Propósito: Varrer da memória deles o nome de "Jeová" , e consagrá-los aos deuses da
Babilônia.
DANIEL: "Deus é meu juiz" = Betessazar: "Bel proteja a sua vida"
HANANIAS: : Jeová é gracioso" = Sadraque: "Servo de Aku" (deus lua)
MISAEL: "Quem é igual a Deus?" = Mesaque: "Quem é igual a Aku?"
AZARIAS: "Jeová ajuda" = Abede-Nego: "Servo de Nego = deus da sabedoria ou estrela da
manhã.
ALIMENTAÇÃO: (Vs.5-6)
Sutileza maligna: alimentá-los com a comida do Rei
Propósito: Fazê-los pecar contra à Lei de Deus e entorpecer a mente (Oz.4:11).
EDUCAÇÃO:
Sutileza maligna: Ensiná-los a cultura e a língua dos caldeus.
Propósito: Contradizer os retos ensinos da Lei de Deus e construir sofismas (argumentos,
teorias e razões da mente).
(2 Co.10:4-5) "As armas da nossa batalha espiritual não físicas (armas de carne e sangue), mas
elas são poderosas em Deus, para demolição de fortalezas, refutando argumentos, teorias e
razões, e todo orgulho que se levanta contra a verdade e conhecimento de Deus, levando todo
pensamento e propósito cativo a obediência de Cristo" (Amp.)
5. PASSOS PARA A VITÓRIA:
DETERMINAÇÃO (resolução, decisão, coragem, afoiteza): (Vs.8-13)
Resultado: Saúde e robustez (Vs.15)
PRUDÊNCIA (virtude que faz prever e procura evitar as inconveniências e os perigos:
cautela, precaução):
Resultado: Sabedoria e inteligência 10 vezes mais (Vs.17-20)
FIDELIDADE (mesmo em face à morte): (Dn.3 e 6)
Resultado: A exaltação de Deus e livramento

TEMA: O PERFIL DO GUERREIRO


Texto básico: 1 Samuel 16:18
Exército de Deus
INTRODUÇÃO
Indiscutivelmente vivemos os últimos dias que antecedem o regresso do Senhor Jesus para
arrebatar a Sua Igreja. Teólogos, leigos e, até a ciência, atestam unânimes que nos
aproximamos do fim de todas as coisas. CRISTO JESUS ESTÁ VOLTANDO! Sua noiva se

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prepara com todo esmero para as bodas, desejando-a com o coração repleto de amor e
ansiedade (maranata). A criação de Deus também geme (Rm.8:20-22), aguardando o
momento da libertação do cativeiro da corrupção a que foi sujeito. A palavra profética cumpre-
se, aceleradamente, diante dos olhos perplexos daqueles que a acompanham.

Não há dúvida, O FIM SE APROXIMA! "O dia do Senhor vem, já está próximo: dia ardente
como fornalha; todos os soberbos serão como restolho; mas para os que temem o nome do
Senhor nascerá o sol da justiça trazendo salvação em suas asas..." (Ml.4:1,2).
Estamos diante do momento mais importante de toda história da Igreja: "Os dias do fim",
profetizado pelo apóstolo Paulo como tempo difíceis (II Tm.3:1-9).
Há crises pôr todos os lados e em todas as áreas: crises morais, sociais, existenciais,
emocionais, políticas, econômicas, espirituais, etc. . Satanás tem levado o homem e o planeta
Terra a conhecer o caos. Mas em meio a este quadro degradante, uma notícia animadora:
DEUS LEVANTA O SEU EXÉRCITO com poder e glória, com força e ousadia para se opor e
resistir ao avanço do mal em todas as suas formas.
Saiba-se em toda a terra e nas profundezas do inferno que os GUERREIROS DO SENHOR
DOS EXÉRCITOS marcham pôr toda a parte, armados de toda a força do Espírito Santo, com a
Palavra do todo poderoso que não pode falhar, cheios da autoridade de Jesus, o comandante
em chefe, que os constituiu, sobre as nações e os reinos, para arrancar e derribar, para destruir
e arruinar, e também, para edificar e plantar (Jr.1:10).
VOCÊ FAZ PARTE DESTE EXÉRCITO?
O general lhe convida para engrossar as fileiras do Seu Exército e tornar-se um herói de guerra
condecorado. Nunca você conhecerá a derrota mas somente a vitória! (Rm.8:37).

CARACTERÍSTICAS DO EXÉRCITO DE DEUS


Joel 2:1-11

1. NUMEROSO
"Como a alva espalhada sobre os montes, vem um povo grande... (vs. 2b)
"O Senhor levanta a Sua voz diante do Seu Exército; porque muitíssimo grande é o Seu arraial"
(vs. 11 a)
O número dos salvos multiplica-se em toda Terra. A voz do Espírito conclama a todos para a
grande batalha do fim. Satanás enlouquece com o altissonante som de triunfo da marcha dos
guerreiros. Há um povo numeroso e forte na Terra, que luta as guerras do Senhor.

2. UNGIDO
"A frente d'Ele vai um fogo devorador, atrás, uma chama que abrasa... nada lhe escapa". (vs.3)

O Senhor dos Exércitos precisa de homens e mulheres ungidos nesta última hora. O Espírito
Santo está sendo derramado em toda terra, sobre as denominações e grupos, conhecidos ou
não. Estamos no contexto da promessa profética de Joel 2:28 - "Nos últimos dias derramarei do
meu Espírito sobre toda a carne..."
Há uma grande revolução espiritual na igreja do Senhor Jesus que aterroriza o inferno. Satanás
convulsiona, sem nada poder fazer, diante da unção que está sobre o Exército de Deus. Com
ela os guerreiros despedaçam o jugo do opressor e libertam as vidas, transportando-as do
Império das trevas para o reino de Deus. (Is.10:27)
3. VELOZ
"... como cavaleiros assim correm. Estrondeando como carros, vêm, saltando pêlos cumes dos
montes... como um povo poderoso posto em ordem de combate". (vs.4-5)
Não há tempo a perder. "Os dias passam rapidamente e nós voamos" (Sl. 90) "já vai alta a
noite e o dia se aproxima ..." . Tudo o que temos para fazer, temos de faze-lo depressa. É
tempo de atacar o reino das trevas de tal maneira que, em frações de segundos, já o tenhamos
arrasado, quando ainda seus planos estão sendo elaborados.

4. TEMIDO
"Diante deles tremem os povos e todos os rostos empalidecem" (vs.6)
"Diante deles treme a terra e os céus se abalam (vs.10)
Nos dias de Josué, sucessor de Moisés, quando este enviou espias para investigar a terra de
Canaã e especialmente a cidade de Jericó, Raabe a prostituta disse-lhes: "Os moradores da
terra estão desmaiados de temor diante de vós pôr causa dos feitos do Senhor no mar
vermelho e perante os reis dos Amorreus, Ogue e Seon, os quais destruístes. Desmaiou-nos o

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coração e em ninguém mais há ânimo algum, pôr causa da vossa presença: porque o Senhor
vosso Deus é Deus em cima nos céus e em abaixo na terra" (Jr.2:9-11).
O inferno treme diante do EXÉRCITO DE DEUS. O Espírito de combate é derramado sobre a
Igreja de tal maneira que, os principados e as potestades infernais empalidecem e fogem, ao
ouvir o grito de guerra dos COMBATENTES!
Nota importante: Lembre-se que um guerreiro somente é temido, quando ele teme ao
seu comandante e em todas as suas obras há fidelidade. (Ex.23:20-23 - Dt.11:22-25)

5. CORAJOSO
"Correm como valentes, como homens de guerra sobem os muros"( vs.7a - Nm.4,6)
Covardes e medrosos não pertencem ao Exército de Deus. "Deus não nos deu espírito de
medo, mas de ousadia..."II Tm.1:7. O medo é fé negativa. O diabo sente-se à vontade na área
do medo e da covardia, pois sua estratégia consiste em amedrontar e intimidar as pessoas.
(Sl.27:1-3 ; Js.1:9 ; Jr.1:8 ; Dt.20:1-4).

6. DISCIPLINADO
"...Vai cada um no seu caminho, e não se desvia da sua fileira. Não empurram uns aos outros;
cada um segue o seu caminho" (vs.7b-8).
Não há espírito de competição entre os guerreiros do Senhor. Cada um está plenamente
satisfeito na posição onde foi colocado. Jesus, o nosso comandante designa a função de cada
soldado e este a efetua. A um é dado visão, a outro revelação, palavra profética, estratégias de
combate, ministério de libertação, etc.

7. INVASOR E PODEROSO
"Assaltam a cidade, correm pêlos muros, sobem as casas; pelas janelas entram como
ladrão"(vs.9).
"Poderoso é quem executa as suas ordens"... (vs.11b).
Invasor
O Reino de Deus é tomado de assalto (Mt.11:12). Através da intercessão, espiritualmente
poderosa, guiada pelo Espírito Santo, podemos atacar de surpresa o reino espiritual da
maldade; de maneira tal que veremos suas fortalezas e fortificações caírem pelo poder do
braço do Senhor que se moverá contra os inimigo (Jr.1:19).
Deus está a procura de filhos ousados e intrépidos, chamados "os santos invasores da última
hora", que apressadamente marchem pelas avenidas das cidades, para redimi-las de toda a
maldição, tomando-as da mão do diabo e entregando-as ao senhorio de Jesus (Pv.28:1 ; Dt.31:6
; II Cr.32:7).
Poderoso
A obediência, incondicional, aos princípios e mandamentos estabelecidos nas Escrituras, bem
como a execução dos mesmos, transforma o soldados de Cristo num poderoso guerreiro (Joel
2:11b).
REALIDADE PRÁTICA: CONHECIMENTO PROGRESSIVO DA PALAVRA PRODUZ:
EXULTAÇÃO (Jr.9:24)
OBEDIÊNCIA (Jo.7:16,17 ; Pv.4:5 ; Js.1:8)
INTIMIDADE (Sl.25:14 ; Nm.12:6,8)
LIBERTAÇÃO (Jo.8:31,32)
VIDA (ZOE) (I Jo.5:11; Jo.17:3; Cl.1:10;11 Pv.2:3-5)
SABEDORIA (Pv.1:7 ; Pv.2:3-5)
FÉ (Rm.10:17 ; 10:8,9)

A POSIÇÃO DO GUERREIRO
DIANTE DE DEUS - À SUA DIREITA, EM CRISTO - Ef. 2:6
DIANTE DOS HOMENS - COMO EMBAIXADORES - II Cor. 5:20
DIANTE DE SATANÁS - ACIMA - Ef. 1:21; 2:6; Luc. 10:19.
Um guerreiro é um soldado, um combatente, um campeão, portanto, um vencedor (Tm.2:3).
Sua real posição é assentado nos lugares celestiais em Cristo Jesus, "ACIMA" de todo
principados, potestades, poder, domínio e de todo nome que se possa referir (Ef.1:21 ; 2:6 ;
Lc.10:19).
Um soldado é parte integrante de um corpo que pode ser chamado de guarnição,
destacamento, batalhão ou regimento. "ALERTA". É o estado natural do guerreiro. (I Co.16:13)
diz: "Vigiai, estai firmes na fé, portai-vos varonilmente, fortalecei-vos" - isto é, manter uma
atenção preventiva quanto a qualquer movimento do inimigo. Pôr outro lado A postura ofensiva
do guerreiro é de ousadia como leão (Pv.28:1).

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"A vitória só se torna realidade experimental na vida daqueles que estão dispostos a usar suas
armas". "...Poderoso são os que executam a Sua Palavra" (Jr.2:11b). Ainda no livro de Joel 2:2b
e 5b, encontramos duas característica marcantes do Exército de Deus: "Um povo grande e
poderoso em ordem de combate".

GRANDE - Pois mais são os que estão conosco... (I Rs.6:16).

PODEROSO - Pois maior é aquele que está em nós ... (I Jo.4:4).


Nunca digas: estou só; pois o Senhor Jesus afirma categoricamente, "Eis que estou convosco,
todos os dias, até a consumação dos séculos"(Mt.28:20).
Nunca digas: não posso- pois está escrito "Tudo posso naquele que me fortalece" (Fl.4:13).

Há diversidade de dons, ministérios e operações, más o Espírito é o mesmo. Os desejosos dos


dons, ministérios e operações do Espírito Santo devem procurar abundar, crescer, militar para
a edificação da Igreja (I Cor. 4 a 7); (14:12).
VEJAMOS OBJETIVAMENTE AS DIVERSAS POSIÇÕES A SEREM OCUPADAS NO EXÉRCITO
DE DEUS.
1. INFANTARIA
São aqueles que estão na linha de frente, basicamente no corpo a corpo com o inimigo:
destruindo potestade, expulsando demônios, invadindo pessoalmente, o território do inimigo,
pisando neste território e tomando posse em nome do grande general (JEOVÁ SHABAOTH) - O
SENHOR DOS EXÉRCITOS.
Sua principal função tática: Lançar-se violentamente sobre o inimigo para prendê-lo e elimina-
lo (Jl.2:9 ; Mt.12:29)

2. ARTILHARIA
É composta pelo grupo que utiliza armas de longo alcance como: Intercessão, Combate
espiritual em grande escala, Fé sobrenatural e Palavras de autoridade. Ex. Abraão (Gn19:29) ;
Elizeu (II Rs6:18) ; Jesus (Mt.8:8b) ; Fé (Mt.17:20b).
O objetivo principal da artilharia é enfraquecer as forças inimigas, atingindo alvos selecionados
como: principados, potestades, dominadores deste mundo tenebroso (II Co.10:4,5 ; Ef.6:12).
Nocauteadas as fortalezas inimigas, o trabalho é facilitado para os que estão na linha de
frente, os quais, despojarão o inimigo, tomando-lhe as vidas preciosas e transportando-as para
o reino da luz. "Os presos se tirarão do valente e a presa do tirano fugirá porque Eu
contenderei com os que contendem contigo e salvarei os teus filhos" (Is.49:25).
3. REGIMENTO MOTORIZADO
São os agrupamentos que utilizam os grandes equipamentos de guerra para atingir as grandes
massas. Ex. O Rádio, a Televisão, os grandes seminários, os navios, etc. Seu objetivo principal é
lançar de uma só vez toneladas de sementes da Palavra de Deus.
"Tu anunciador de boas novas... ergue a tua voz fortemente, levanta-a, não temas,
dize as cidades... eis aí está o vosso Deus" (Is.40:9).
Deus falou: "A terra se encherá do conhecimento e da glória do Senhor como as
águas cobrem o mar" (Hab.2:14). É evidente que este fato não se dará automaticamente;
Deus conclama a mim e a você para engrossar as fileiras daqueles que manifestarão a Sua
glória na terra.
Ex: Gideões, Adhonep, Sociedade Bíblica do Brasil, Ministério Palavra da Fé, Ministério Vinde,
Fundação Renascer, etc.

4. ENGENHARIA
É o grupo dotado de uma capacidade especial para engendrar meios através dos quais é
aumentado, facilitando e ampliando o poder de fogo do Exército de Deus. São as técnicas e
táticas especiais do Espírito Santo - O grande Ensinador - que nos leva a resultados
surpreendentes.
Deus sempre levantou e treinou os seus engenheiros de guerra.
Ex: Moisés (Ex.17:11 ; Josué (Js.10:12b) ; Jônatas (I Sm.14:6) Josafá (II Cr.20:22a) ; Paulo e Silas
(At.16:25,26).

5. COMUNICAÇÕES
Os elementos deste agrupamento tem como missão promover o apoio de comunicação
necessária àqueles que o recorrem ou dele dependem.
Existe tanto as COMUNICAÇÕES ATIVAS, que dão diretrizes de ataque; quanto as PASSIVAS que
visam preservar do perigo eminente. Em ambos os casos, Deus utiliza com freqüência a Sua

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Palavra (Hb.1:1) - Ex: A estratégia através de Jaaziel ( II Cr.20:14-17) ; Aviso através de Elizeu
(II Rs.6:9).

6. INTENDÊNCIA
Visa promover o suprimento regular e extraordinário, tanto da necessidade básicas de
sobrevivência e bem-estar do soldado, quanto dos equipamentos pôr ele utilizados. Ex.: Davi,
antes de se tornar rei, assistia seus irmãos na frente de batalha com mantimentos (I Sm.17:15-
18) Josué, antes de se tornar o grande conquistador de Canaã auxiliava Moisés como vemos
em Êxodo 17:9.
Deus fala de forma imperativa: "Levai as cargas uns dos outros, e assim cumprireis a lei de
Cristo"(Gl.6:2).
No contexto da intendência destacamos de forma especial o SERVIÇO DE SAÚDE que cuida do
tratamento e recuperação dos feridos.
As evidências são claras quanto a existência de uma guerra espiritual entre o Cordeiro que
esteve morto mas vive para sempre, e o príncipe das trevas que já foi derrotado e será preso
para sempre.
Num combate há sempre aqueles que, pôr um ou outro motivo, são feridos e necessitam de
cuidados especiais.
Dentro deste contexto, o nosso general, trás um ensinamento pôr parábola em Lucas 10:34-37.
Aqui, o caminho é o mundo; o viajante é o pecador caído; o Sacerdote e o Levita representam
as religiões; o Samaritano é o servo de Deus; a hospedeira é a Igreja. Ao concluir esta
parábola, Jesus fez a seguinte afirmação: "Vai tu e faze o mesmo".

OS SETE MANDAMENTOS DO GUERREIRO


1. DEVOÇÃO.
O ato de devoção implica numa consagração plena do devoto ao Seu Senhor acompanhado de
um verdadeiro fervor (Jo.4:34)

2. DISCIPLINA
É a submissão, voluntária e plena, do soldado ao seu capitão, com vistas ao estabelecimento e
permanência da ordem que convém ao bom funcionamento do Exército.

3. DEDICAÇÃO
É a atitude sacrificial de servir a causa tomada como sua (At.20:24).

4. DISCRIÇÃO
É a modéstia peculiar ao humilde. Mesmo que seja dotado de grande habilidade e sabedoria,
reserva-se nos atos e palavras, não se fazendo sentir ou notar com intensidade.

5. DOMÍNIO PRÓPRIO
Virtude daquele que modera suas emoções, apetites e paixões. É o controle do temperamento
que só se alcança pela mediação do Espírito Santo de Deus.

6. DINAMISMO
É a capacidade de aumentar o raio de ação sempre que se fizer necessário, ou seja, é a
disposição de sempre estabelecer e conquistar novos alvos.

7. DILIGÊNCIA
É o esforço, quase sobrenatural, para atingir um alvo estabelecido, superando todas as
expectativas, tanto quantitativas quanto qualitativas.
Estes mandamentos são a base deste Exército vitorioso de Deus que qualificamos com uma só
palavra: DISCIPLINADO.
"Vai cada um no seu caminho, e não se desvia da sua fileira" (Jl.2:7b).
a) NO ESPÍRITO
"O nosso espírito se alimenta da Palavra de Deus e da oração".
Uma boa dieta bíblica diária indispensável para o crescimento espiritual. A Palavra de Deus traz
vida para o espírito, refrigério para a alma e saúde para o corpo.
A ignorância com respeito as Escritura, produz enfraquecimento e morte espiritual.
Paulo escreve à Timóteo, exortando-o à prática do estudo da Palavra. "Toda Escritura é
inspirada pôr Deus e útil para o ensino, para a repreensão, para a correção, para a educação
na justiça, afim de que o homem de Deus seja perfeito e perfeitamente habilitado para toda
boa obra" (II Tm.3:14-17).

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b) NA ALMA (Emoções, mente e vontade)
"A lei do Senhor é perfeita e restaura a alma... " (Sl.19:7a)
Quando nos submetermos à Palavra de Deus em santo temor e tremor e cremos nela de todo o
coração, ela vai assumindo dos nossos sentimentos, de maneira que o ódio, a mágoa, a
amargura, o ressentimento, a inveja, o ciúme, etc.; Vão sendo subjugados e expulsos, dando
lugar ao fruto do Espírito.
A MENTE DO GUERREIRO
Esta é, de fato, o maior campo de batalha. Se não conseguirmos vencer esta batalha interior,
jamais conseguiremos vencer as guerras do Senhor.
Para este fim, o Espírito Santo já providenciou um tremendo equipamento chamado capacete
da salvação; enchendo nossa mente com as gloriosas promessas de Deus, não haverá lugar
em nossos pensamentos para o medo ou a dúvida, os quais geram a queda e a derrota.
NO CORPO
Nosso corpo é o veículo através do qual o agente do poder de Deus opera aqui na terra, pôr
isso devemos apresenta-lo em sacrifício vivo, santo e agradável a Deus (Rm.12:1). Isto implica
num desvencilhar-se das "...obras das trevas, para revestir-se das armas da luz" (Rm.13:12).
A Bíblia chama isso de santificação (I Pe.1:15-20)
1) Ser separado de tudo que é contrário à mente de Deus, pertencente a este sistema mundial
(Is.58:6)
2) Ser separado para o uso exclusivo de Deus.
É impossível que Deus abençoe e use plenamente os seus filhos, quando estes têm
compromisso ou cumplicidade com mal (Os.10:12,13) ; (Mt.12:30).

SINAIS DO GUERREIRO
"Ide pôr todo o mundo, e pregai o Evangelho a toda criatura. E estes sinais hão de seguir os
que crerem." (Marc. 16:15) EM MEU NOME:
EXPULSARÃO DEMÔNIOS
FALARÃO NOVAS LÍNGUAS
PEGARÃO EM SERPENTES
E quando BEBEREM ALGUMA COISA MORTÍFERA não lhes fará mal algum.
IMPORÃO AS MÃOS SOBRE OS ENFERMOS E ELES SERÃO CURADOS (Mc.16:15-17-18).
Cada guerreiro; não importa sua raça, cultura, classe social, sexo ou nacionalidade, é um
convocado e enviado do Senhor Jesus, a continuar o seu ministério aqui na terra (Jo.20:21).
Implantar o Reino de Deus é a tarefa principal da Igreja. E o Espírito Santo está na terra, como
fonte de poder, unção e graça, para capacitar a Igreja, a fim de que ela cumpra essa tão
grande tarefa.
EIS OS SINAIS QUE ATESTAM O DISCIPULADO:
"CURAI OS ENFERMOS, LIMPAI OS LEPROSOS, RESSUSCITAI MORTOS, EXPULSAI OS DEMÔNIOS.
DE GRAÇA RECEBESTES DE GRASÇA DAI."(Mt.10:8)
"Eis que vos dei autoridade para pisardes serpentes e escorpiões e sobre todo o poder do
inimigo, e nada absolutamente vos causará dano" (Lc.10:19).
SATANÁS - NOMES E TÍTULOS
01) Satanás adversário (Mt.4:10)
02) Diabo caluniador (I Pe.5:8)
03) Dragão antiga serpente (Ap.12:9)
04 Anjo do abismo abadom eapollyon (Ap.9:11)
05) Ladrão (Jo.10:10)
06) Homicida e pai da mentira (Gn.4:8 ; Jo.8:44)
07) Tentador (I Ts.3:5)
08) Anjo da luz (II Co.11:14,15)
09) Estrela caída (Is.14:12)
10) Passarinheiro (Sl.91:3)
11) Aves (Mt.13:4)
12) Semeador de joio (Mt.13:25)
13) Maligno (Mt.13:15)
14) Lobo (Jo.10:12)
15) Leão que ruge (I Pe.5:8)
16) Belial (II Sm.23:6 ; II Co.6:15)
17) Belzebu (Mt.12:24)
18) Príncipe deste mundo título (trilogia satânica: fama e poder) Jo.12:31;16:11
19) deus deste século título (II Co.4:4)
20) Príncipe da potestade do ar (Ef.2:1,2)

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ATIVIDADES DE SATANÁS
Interiormente:
1- Introduzir ensinos e heresias (I Tm.4:1)
2- Tentar levar cristãos ao mundanismo (Tt.2:11-14)
3- Fazer esfriar o amor entre os irmãos tornando-os egoístas (Mt.24:12,14)
4- Criar facções e dissenções nos lares e Igrejas (Tg.3:14-16)
5- Espírito de incredulidade e engano (Hb.3:12,13)
6- Aprisionar e corromper as mentes com vãs filosofias (II Co.10:4,5)
Exteriormente:
1- Promover rebelião total no governo, trabalho, Igreja, escola e lares
2- Perseguição de muitos irmãos em Cristo
3- Deficiências físicas (Mt.12:22 ; Mc.3:10)
4- Agitação, confusão (divulgação de escândalos)
5- Proliferação de seitas
6- Milagres de mentira (promove transferência de doença e não cura)

O LIMITADO PODER DE SATANÁS


1- Ao afligir os santos
"Disse: o Senhor a satanás; eis que tudo quanto ele tem está em teu poder, somente contra
sua vida não estendas a tua mão. E satanás saiu da presença do Senhor" (Jó. 1:12)
2- Pode ser dominado pela graça divina
"E o Deus de paz em breve esmagará debaixo de vossos pés a satanás. A graça do nosso
Senhor Jesus seja convosco"(Rm16:20)
"Então ele me disse: a minha graça te baste, porque o poder se aperfeiçoa na fraqueza" (II
Co.12:9).
3- Há limite em suas tentações
"Não vos sobreveio tentação que não fosse humana, mas Deus é fiel, e não permitirá que sejais
tentado além das vossas forças; pelo contrário, juntamente com a tentação, vos proverá
livramento, de sorte que a possa suportar" (I Co.10:13).
4- Satanás sabe quando está derrotado
"Sujeitai-vos portanto a Deus, mas resisti ao diabo, e ele fugirá de vós" (Tg.4:7).
5- Seu tempo é curto
"Pôr isso festejai, ó céus, e vós os que nele habitais. Ai da terra e do mar, pois o diabo desceu
até vós, cheio de grande cólera, sabendo que pouco tempo lhe resta" (Ap.12:12).

A DERROTA DE SATANÁS
1- No Éden.
"Então o Senhor disse à serpente: visto que isto fizeste, maldita és entre todos os animais
domésticos, e o és entre todos os animais selváticos; rastejarás sobre o teu ventre, e comerás
pó todos os dias da tua vida. Porei inimizade entre ti (satanás) e a mulher (Maria); entre a tua
descendência e o seu descendente (Jesus). Este te ferirá a cabeça e tu lhe ferirás o calcanhar
(morte na cruz)" (Gn.3:14,15).
2- Na tentação (Mt.4)
3- Durante seu ministério (I Jo.3:8)
4- Na cruz (Cl.2:15)
5- Na Sua vinda (II Ts.2:8 ; Ap.20:10)
CONCLUSÃO
A vitória de Jesus sobre satanás e todos os seus anjos é também a nossa vitória. Podemos
subjugar o poder e a força do inimigo no Seu Nome que domina sobre todo nome e todas as
coisas no céu, na terra e debaixo da terra.

1- FALAR NOVAS LÍNGUAS


Há quatro tipos de línguas:
1. Línguas para edificação (Jd.20 ; I Co.14:2-4 ; Is.28:11,12)
2. Línguas para interpretação (I Co.12:10)
3. Línguas como sinal para os incrédulos (I Co.14:22)
4. Línguas para intercessão (Ef.6:18)
ORAR NO ESPÍRITO SANTO É: orar em línguas e orar a Palavra
"Porque se eu orar em outra línguas (desconhecida) o meu espírito ora de fato, mas a minha
mente fica infrutífera. Que farei pois? Orarei com o meu espírito (pelo Espírito Santo dentro de
mim); mas também orarei com a minha mente (inteligentemente vou orar a Palavra de Deus)".

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2- PEGAR EM SERPENTES
Isso significa: segurar, deter, amarrar os príncipes de satanás que governam sobre cidades e
nações pelo Poder do Nome de Jesus. É necessário portanto, salientar que após o recebimento
da unção do Espírito Santo, como fonte geradora do poder explosivo de Deus, estamos
habilitados a lutar com estes príncipes malignos que operam no mundo atual de maneira
terrível e destruidora (Lc.10:19).
CRISTO É O CABEÇA DE TODOS (Ef.1:21; Cl.1:16 ; 2:10)
A IGREJA E OS PRINCIPADOS (Ef.3:10)
3- IMPOR MÃOS SOBRE OS ENFERMOS
A ENFERMIDADE É BÊNÇÃO OU MALDIÇÃO?
Vejamos:
1. Deus chama a enfermidade de cativeiro.
"O Senhor virou o cativeiro de Jó, quando orava pêlos seus amigos" (Jó 42:10).
2. Jesus chama a enfermidade de prisão.
"Não convinha soltar desata prisão... a qual há dezoito anos satanás tinha presa?"(Lc.13:16)
3. O Espírito Santo chama a enfermidade de opressão.
"Como Deus ungiu a Jesus de Nazaré com Espírito Santo e poder, o qual andou fazendo o bem
e curando a todos os oprimidos do diabo" (At.10:38).
Conclusão
Na cruz do calvário Jesus levou nossos pecados, mas também levou nossas dores e
enfermidades e pelas suas feridas fomos sarados (Is.53:4,5)
A COMISSÃO DE IMPOR AS MÃOS AINDA ESTÁ EM VIGOR.
Quem vai impor as mãos? Todos os que crêem.
Um crente, contudo, é mais do que uma pessoa que meramente concorda com a Palavra de
Deus. Um crente sempre põe a Palavra em atividade. Adquirir a promessa é sempre uma
questão de Fé e Obediência.

A GUERRA TRIDIMENSIONAL DO GUERREIRO

Quer os cristãos reconheçam ou não, a verdade é que todos estamos engajados numa guerra
tridimensional contra o mundo, satanás e a carne.

1. MUNDO
O termo mundo, conforme usado na Bíblia, vem da palavra "KOSMOS" e significa:
a) O Planeta Terra "...O mundo foi feito pôr intermédio dele..." (Jo.1:10)
"O Deus que fez o mundo e tudo o que nele existe..." (At.17:24)
b) Os habitantes da Terra - "Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o Seu Filho
unigênito..." (Jo.3:16)
"Se o mundo vos odeia, sabei que, primeiro do que a vós outros, me odiou a mim" (Jo.15:18).
c) O sistema mundial - "...o mundo inteiro jaz no maligno" (I Jo.5:19).

O SISTEMA MUNDIAL
Está pronto para funcionar sem Deus, contrariando tudo que é verdadeiro em Jesus Cristo.
O sistema mundial é composto de "belos conceito" de cultura, música, arte, filosofia,
conhecimento, atividades sociais, ciência, política. religião e prazer. Aparentemente essas
coisas não são más em si mesmas, porém satanás as entrelaça de tal maneira a fim de que o
homem se envolva diretamente com elas ao ponto de afastar-se de um verdadeiro
relacionamento com Deus e com as coisas espirituais.
A ORIGEM DO SISTEMA MUNDIAL
No jardim do Édem o homem (Adão) deu a Satanás o título de propriedade da vida do homem e
da própria terra. Antes de Adão rejeitar a Deus, não havia um sistema mundial alheio a Deus;
havia só o planeta terra e o homem como seu regente.
Adão tinha recebido AUTORIDADE sobre a TERRA, incluindo suas criaturas e seus elementos
(Gn. 1:26-28). Era uma procuração com plenos poderes. Quando Adão decidiu rejeitar a Deus e
seguir a Satanás, a posse legal da humanidade, dos animais e da Terra, foi transferida para ele
(Rm 8:19-23).
Tudo isto só seria retomado quando o pecado que causou a transferência de posse para
Satanás, fosse destruído. Em Lucas 4:5, Satanás mostra a Jesus os reinos e as glórias deste
mundo, talvez numa visão panorâmica cinematográfica de grande beleza. Jesus não discutiu o
direito que satanás tinha sobre o mundo; Ele sabia que Adão o havia dado legalmente.
Satanás, o arqui-inimigo, de posse da terra, não perdeu tempo e começou a montar todo
sistema mundial com o propósito de levar o homem para longe de Deus. Uma das partes

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fundamentais do sistema mundial é a religião, que supõe que o homem pode fazer alguma
coisa para merecer a aceitação de Deus. (Ef. 2:8-9)
Como por exemplo, vejamos Caim e Abel (Gn 4:3-8):
Abel - aproximou-se de Deus trazendo o sacrifício de animal apontado como substituto pelo
pecado.
Caim - trouxe o fruto de suas próprias obras e não foi aceito. Seu orgulho inflamou-se a ponto
de assassinar Abel, seu irmão, que representava a verdade de Deus.
A história aponta crimes bárbaros praticados em nome de um falso cristianismo e da religião. O
sistema mundial começou com princípios de orgulho, egocentrismo, rejeição à verdade de
Deus e violência.
Quando Satanás não pode alcançar o homem, mediante tentações, para que ele cometa
pecados grosseiros da carne, ele muda para as avenidas inocentes da: Educação, Carreiras
Profissionais, Fama, Dinheiro, etc.; afim de que elas ocupem o primeiro lugar em nossas
afeições, tomando o lugar de prioridade que só cabe a Jesus Cristo.
"Não ameis o mundo nem as coisas que no mundo há. Se alguém ama o mundo, o amor do Pai
não está nele; porque tudo o que há no mundo, a concupiscência da carne, a concupiscência
dos olhos e a soberba da vida não procede do Pai, mas procede do mundo" (I Jo. 2:15-16).
"Cobiçais, e nada tendes; matais e invejais, e nada podeis; viveis a lutar e a fazer guerras.
Nada tendes porque não pedis; pedis e não recebeis porque pedis mal, para esbanjardes em
vossos prazeres. Não, compreendeis que a amizade do mundo é inimiga de Deus? Aquele, pois,
que quiser ser amigo de mundo, constitui-se inimigo de Deus" (Tg. 4:2-4). (A força da
ganância).
A amizade com o mundo é inimizade com Deus, porque a filosofia de vida do mundo é
contrária ao ponto de vista de Deus. LEMBRE-SE: NÃO HÁ TERRENO NEUTRO. Ou nossa
devoção caminha para Cristo ou para as coisas materiais.

2. SATANÁS
De acordo com a Bíblia é chamado de: Príncipe deste mundo
"Chegou o momento de ser julgado este mundo, e agora o seu príncipe será expulso" (Jo.
12:31).
"... aí vem o príncipe deste mundo; e ele nada tem em mim" (Jo. 14:30)
"... o príncipe deste mundo já está julgado" (Jo. 16:11)
Príncipe no grego (ARCHON) significa: Potentado político que está em constante trabalho de
influência no governo humano e seu sistemas políticos.
P.S. Não quero dizer com isto, que todo governo seja totalmente mal ou imoral, mas que
Satanás é capaz de manipular todas as formas de governo para seus propósitos. Ex.: Em Daniel
10:13, o príncipe do reino da Pérsia resistia ao anjo que trás a resposta de Deus a Daniel. Neste
tempo a Pérsia dominava o mundo. A força espiritual que controlava o rei da pérsia resistiu ao
anjo por três semanas. De acordo com esta passagem concluímos que está se travando
constantemente uma batalha invisível pôr trás dos acontecimentos mundiais. (Ef. 6:12) - O
Exército organizado de demônios pôr trás do sistema mundial.

PRÍNCIPE DA POTESTADE DO AR
"Ele vos deu vida, estando vós mortos em vossos delitos e pecados, nos quais andastes
outrora, segundo o curso deste mundo, segundo o príncipe da potestade do ar, que agora atua
nos filhos da desobediência" (Ef. 2:1-2).
Toda pessoa sem Cristo está espiritualmente morta e governada, diretamente pôr este príncipe
do ar.
Satanás governa a atmosfera dos pensamentos, idéias, planos e práticas deste sistema
mundial ímpio. Ele deu origem ao conceito de lavagem cerebral, muito antes que os
governantes humanos a usassem para manipular seus prisioneiros de guerra.

NESTE PAPEL, SATANÁS INJETA SEU VENENO:


NA EDUCAÇÃO
Permeia o mundo atual, a síndrome da permissividade. o diabo apoderou-se de homens como;
FREUD, SPOCK, DEWEY, e outros para distorcer os conceitos fundamentais da disciplina,
respeito a autoridade dos pais e moralidade.
vejamos a teoria de:
FREUD - "Os problemas do homem desde a infância até a idade adulta, são resultados de
repressão"
A BÍBLIA DIZ: "Corrige a teu filho e te dará descanso, dará delícias à tua alma"(Prov. 29:17).

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DEWEY E SPOCK - "Não reprima a criança, mas deixe-a a vontade para satisfazer todos os
seus impulsos, e ainda, em hipótese alguma use a vara da disciplina".
A BÍBLIA DIZ: "A estultícia está ligada ao coração da criança, mas a vara da disciplina a
afastará dela"(Prov. 22:15)
"O que retém a vara da disciplina aborrece a seu filho, mas o que o ama cedo o
disciplina"(Prov. 13: 240).
NEIL - Diz que: "A criança nasce boa mas a instrução moral, crenças costumes, atitudes, a
torna má"
A BÍBLIA DIZ: "Ensina a criança no caminho que deve andar, e ainda quando for velho não se
desviará dele"(Prov. 22:6)
CONCLUSÃO: Os frutos da permissividade são: crise de violência mundial, alienação dos filhos
e a trágica desintegração das famílias.
NA FILOSOFIA
A contaminação das idéias explosivas de alguns filósofos do século XVIII e XIX, conhecidíssimos
em todo o mundo, têm sido tão devastadoras que atingiram completamente o pensamento do
século XX.
Todos eles foram instrumentos de satanás para desviar o homem das Eternas verdades de
Deus. Ex: HEGEL (filósofo alemão) ensinou que o Estado não teria que obedecer as leis morais,
nem os governos tinham de manter acordos (Hítler a seguiu com perfeição)
Hegel apresentou também, o pensamento relativo que baseia-se na mutabilidade, negando os
absolutos (verdades imutáveis).
Carl Max, o pai do comunismo materialista, ensinou que tudo que existe surgiu como
resultado incessante entre as forças da natureza. Tudo é produto de acidente acumulado. não
há lei, não há Deus. há somente matéria e força na natureza.
Lênine, fundador do ateísmo, dizia sempre quando se referia a religião: "é o ópio do povo".
NOS VEÍCULOS DE MASSA /CINEMA E TELEVISÃO - A permissividade nestes meios de
comunicação é alarmante.
Os filmes campeões de bilheteria, são os que falam de violência sexo e ocultismo.
NA MODA - Satanás procura de todas as maneiras trazer a sensualidade para a vestimenta do
homem e principalmente da mulher. Ele usa, subtilmente, a televisão para propagar seus
moldes indecentes afim de desviar-nos de tudo que a Bíblia ensina sobre vestir com decência
( I Tim. 2:9).
NA MÚSICA - Satanás trabalha de modo minucioso na área da música. A capacidade da
música de excitar e incitar não é novidade. Ela produz as mais variadas emoções. A música
Rock, tem o objetivo de empurrar suas mensagens com maior força e utiliza da mudança de
rítimos, levando os ouvintes a verdadeiros atos de selvageria.
CONCLUSÃO: Estamos sendo bombardeados de todos os lados pôr uma avalanche de
pensamentos idéias e costumes do sistema mundial ora instalado. O objetivo de satanás é
ganhar o apoio do pensamento dos crentes, para afasta-los do ponto de vista divino (II Cor.
10:4e5 ; I Jo. 4:4).
A PAZ DA MENTE, ESTABILIDADE E PODER, são para aqueles que concordam com Deus.
O DEUS DESTE SÉCULO
"....nos quais o deus deste século cegou o entendimento dos incrédulos,. para que não lhes
resplandeça a luz do Evangelho da glória de Cristo o qual é a imagem de Deus (IICor. 4:4).
No Grego AION significa: (O pensamento predominante de uma determinada era). Também se
refere a atividade de satanás em relação a religião. Ela é seu trunfo para cegar as mentes à
verdade. Ele é na verdade o deus de todos que não seguem a Jesus.
Todas as formas religiosas, ritos, tradições humanas, preconceitos, dogmas, etc. que
substituem o padrão bíblico para a vida cristã, são inspirações de satanás afim de que o
homem não chegue a experimentar o novo nascimento em Cristo Jesus, e seja apenas
reformado e não recriado.
É maravilhoso saber contudo, que satanás não pode cegar permanentemente as mentes
daqueles que têm sede de conhecer a Deus. Se o homem verdadeiramente se aproximar de
Deus, Ele derramará luz suficiente para que este O encontre, e seja alcançado pôr sua
misericórdia.
"Buscar-me-eis e Me achareis, quando me buscardes de todo o vosso coração"(Jer. 29:13).
3-A CARNE
Talvez seja o pior inimigo a ser vencido. A carne é o instrumento inclinado ao pecado e está
sujeita ao pecado. É um princípio que opera em nós desde o momento que nascemos
fisicamente. Este princípio está em REBELIÃO contra Deus, é egocêntrico e deseja agir de seu
próprio modo. (Rom. 8:5a9).

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É também parte inseparável do nosso corpo material que não pode ser erradicada até que
recebamos nossos corpos transformados (I Jo. 1:8a10). Embora não possa ser erradicada no
momento, seu poder de operar na vida do cristão foi neutralizado pôr estarmos unidos a Cristo
em sua morte. A carne já não tem o direito de reinar, e seu poder está quebrado em nossas
vidas quando consideramos isto como verdadeiro, (Rom 6:1a14) e cremos que Deus já rompeu
o poder do pecado e da carne sobre nós. Deixemos pois o Espírito livre para tornar esta vitória
uma realidade em nossa experiência diária.
"Agora pois, nenhuma condenação há para os que estão em Cristo Jesus, que não andam
segundo a carne, más segundo o Espírito. Porque a lei do Espírito da vida em Cristo Jesus te
livrou da lei do pecado e da morte. Porquanto o que fora impossível a lei, no que estava
enferma pela carne, isso fez Deus enviando seu próprio Filho em semelhança de carne
pecaminosa e, com efeito, condenou Deus, na carne o pecado". (Rom 8:1a3).
AS OBRAS DA CARNE DIVISÃO POR GRUPOS:
a) SEXO PECADOS MORAIS
PROSTITUIÇÃO (Pornéia) todo intercurso do sexo fora do casamento.
IMPUREZA Pensamentos e atitudes impuros. Ex: homossexualismo,
lesbianismo, masturbação, torpeza sexual,
pornografia, conversação suja, etc.
LASCÍVIA Desejo descontrolado de realizar os desejos da carne
Ex. sensualidade (no olhar, nas roupas), ciúmes,
promiscuidade, fantasias sexuais, violência sexual.
b) RELIGIOSIDADE PECADOS ESPIRITUAIS
FEITIÇARIA Bruxaria (pharmakia). prática da magia e do ocultismo em associação com drogas.
IDOLATRIA Tudo que colocamos a frente de Cristo, como centro de atenção e devoção. Pode ser
o namorado, a namorada, a profissão, os filhos, a casa, o emprego, o marido, a mulher, roupas,
a denominação, o automóvel, o líder, etc.
c) RELACIONAMENTOS PECADOS SOCIAIS
INIMIZADES Desavenças com pessoas, intrigas
PORFIAS Disputa ou contenda de palavras, debates, insistência, obstinação, etc.
CIÚMES Receio ou despeito de que certos afetos alheios não sejam exclusivamente para nós
(emulação, invejas)
IRAS Paixão que incita contra alguém, Cólera, raiva, ódio, desejo de vingança.
DISCÓRDIAS (egoísmo) Discordância, desarmonia.
DISSENÇÕES (divisão) Causar conflitos e tomar partido.
FACÇÕES (heresias) Desviar com falsas doutrinas e formar seitas.
INVEJAS Atitudes de descontentamento que levam o indivíduo a desejar o que o outro tem.
d) ORGIAS PECADOS CONTRA SI MESMO
BEBEDICES Perda da consciência normal pelo uso de álcool ou drogas
GLUTONARIAS Buscar escapar a realidade mediante procura excessiva de entretimento.
CONCLUSÃO : Há outras formas de obras da carne que não estão nesta lista, todas elas
contrariam os princípios estabelecidos pôr Deus na sua Palavra para o cristão. E todos aqueles
que consentem em viver habitualmente nesta obras, evidenciam o fato de que nunca
receberam a nova natureza.
Quando o Espírito Santo está em nós, não podemos estar felizes com o pecado. O verdadeiro
cristão pode experimentar estas obras da carne, mas ele sentirá desejo de livrar-se delas
levando-as imediatamente para a cruz. "E os que são de Cristo Jesus crucificaram a carne, com
as suas paixões e concuspiscências" (Gl. 5:24)

COMO VENCER ESSES INIMIGOS

TRÊS PONTOS IMPORTANTES PARA SEREM SEGUIDOS


1- RECONHECER A GUERRA
A guerra espiritual, está sendo travada, e todos se acham envolvidos nela, quer queiram ou
não, quer concordem ou não com esta tese. Ela não afeta apenas alguns crentes, nem dura só
algum tempo. Todos os crentes estão envolvidos nela, nas 24 horas do dia, nos sete dias da
semana e nos trezentos e sessenta e cinco dias do ano.
Estamos engajados nesta batalha quer tenhamos consciência disto ou não.
A Palavra de Deus nos adverte que aqui na terra não é lugar de descanso (Mq.2:10).
Satanás não tira folga nos finais de semana nem nos feriados. Ele não diminui seus ataques,
nem quando passamos pôr alguma perda. Pelo contrário, aí é que ele lança fogo cerrado. Para
ele não existe misericórdia, nem compaixão; ele não sabe o que significa luta limpa. É

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totalmente maligno. Portanto reconheça que está na guerra e isso já é o começo da vitória,
pois descobrir as táticas do inimigo é o mesmo que estar na luz e o diabo só opera em trevas.
LEMBRE-SE : (a ignorância é a maior arma contra a vitória).
A Bíblia ensina que precisamos estar alerta. Temos que manter os olhos sempre em Jesus, mas
também no diabo. Ela ainda nos afirma que não podemos ignorar os seus desígnios (II Co.2:11)
e que precisamos ficar firmes contra as suas ciladas.
QUEM SÃO ESSES INIMIGOS?
São seres invisíveis que pensam, conversam, escutam, observam e planejam estratégias. Não
são como muitos pregam: meras vibrações ruins, energias negativas do Universo ou o lado
escuro da força.
PARA ALCANÇAR SUCESSO
Procure identificar suas estratégias e as formas padronizadas de agir contra você, sua família e
Igreja.
Saiba que ele é maligno, mau, destruidor e conhece profundamente o ser humano, e tem
milhares de anos de experiência.
P.S. Observe para onde vão as suas tendências. Ele atacará exatamente aí.
2- REJEITAR OS ATAQUES DO DIABO
Este é o aspecto passivo da luta.
Quando percebermos o que satanás está querendo fazer, ignoremos deliberadamente essa
atuação dele e procuremos evita-la.
Ex: (I Tim. 6:11) Paulo exorta Timóteo a fugir das tentações das riquezas. (II Tm.2:22 ).
Paulo diz a Timóteo: "Foge dos paixões da mocidade..."
Devemos rejeitar de maneira absoluta as tentativas de satanás de nos levar a queda, mesmo
que isto nos leve a perder posições, empregos, amigos etc.
Ex: José do Egito; Daniel e sua companheiros na Babilônia.
Obs: A retirada pode parecer que o diabo está levando vantagem. É tática de guerra, para um
fortalecimento maior e uma preparação adequada para o ataque fatal (Ef. 6:10).
3. RESISTIR AOS ATAQUES DO DIABO
Este é o aspecto ativo da luta espiritual.
A Bíblia diz: "...resisti ao diabo e ele fugirá de vós".
Para que esta resistência se torne eficaz é necessário:
"Fortalecer-se no Senhor e na força do seu poder".
É imperativo que deixemos o Senhor conceder-nos Sua força. Sem ela, não temos
probabilidades contra o incrível poder de satanás. A força humana é totalmente inútil contra
seus ataques e engenhosos esquemas.
O sentido original do texto (Ef. 6:10) é: Devemos estar constantemente permitindo que
sejamos fortalecidos no Senhor. Ele promove o fortalecimento e nós o usufruímos em nossas
vidas.
As vitaminas necessárias e indispensáveis para o nosso fortalecimento estão na Palavra de
Deus. O Senhor e Sua Palavra são a mesma coisa.
O analfabetismo bíblico tem levado a Igreja a atrofia e ao raquitismo espiritual. É importante
observar que o conhecimento e a prática da Palavra de Deus em nossas vidas, são os meios
pêlos quais alcançamos a força de Deus.
O QUE SIGNIFICA SER FORTALECIDO NO SEU PODER?
"Jesus, cheio do Espírito Santo, voltou ao Jordão, e foi guiado pelo mesmo Espírito no deserto"
(Lc. 4:1).
Isto significa viver numa total dependência do Espírito Santo para o provimento de todas as
necessidades, sejam elas espirituais, materiais, emocionais ou físicas.
"Enchei-vos do Espírito" (Ef.5:18), significa no original grego (estar continuamente cheio do
Espírito). Isto acontece quando, voluntariamente, entregamos o controle de nós mesmos ao
Espírito, para que Ele capacite nossa personalidade "Andai no Espírito, e jamais satisfareis a
concupiscência da carne". (Gl. 5:16)
COMO PODEMOS FAZER ISTO?
1 - Saber que o Espírito Santo ocupou residência permanente em nós no momento em que
recebemos Jesus (Rm. 8:9)
2 - Saber que o pecado entristece o Espírito, mas não o leva a deixar-nos (Hb. 13:15; Ef. 4:30).
3 - Saber que uma coisa é o Espírito Santo habitar em nós e outra coisa é controlar-nos.
4 - Decidir de uma vez pôr todas ceder ao Espírito Santo o título de posse de nossas vidas, pois
se Deus nos deu vida eterna, introduziu-nos em sua família para sempre, que nos fez seus
herdeiros, reis e sacerdotes, podemos confiar-lhe a guarda de nossas vidas e Ele saberá como
dirigi-las (Rm. 12:1).
REVESTIR-SE DE TODA A ARMADURA DE DEUS (Ef. 6:10-18)

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O diabo usa os ardis de nossa personalidade, os apetites da carne e os impulsos físicos
naturais, afim de conspirar contra nós, quando os mesmo não estão sendo controlados pelo
Espírito Santo. Pôr isso Precisamos da Armadura de Deus.
O que realmente está pôr trás desses impulsos quando eles escapam ao controle? Nossa
própria carne em busca de satisfação e as hostes malignas estimulando-a com desejos não
naturais.
VIGILÂNCIA é a palavra chave neste conflito espiritual. O diabo está sempre procurando uma
oportunidade, onde a ARMADURA escorregue para arremessar seus dardos inflamados.
O ARSENAL DO EXÉRCITO

É O CONJUNTO DE ARMAS OFENSIVAS E DEFENSIVAS QUE ESTÃO A DISPOSIÇÃO DO


GUERREIRO.
Essas armas não são carnais, não são humanas ou materiais, mas "são poderosas em Deus
para destruir as fortalezas inimigas e para livrar e proteger aqueles que as usam" (II Cor. 10:4-
5).
Ao longo da Bíblia esse arsenal toma diversos nomes, a saber:
ARMAS DA LUZ (Rm. 13:12)
ARMAS DA JUSTIÇA (II Cor. 6:7)
ARMAS PODEROSAS EM DEUS (II Cor. 10:4)
ARMADURA DE DEUS (Ef. 6:11)
Toda arma é composta de MECANISMO E PROJÉTIL; no reino do espírito não podia ser
diferente. Vejamos:
MECANISMO
EM NOME DE JESUS - É a base forte e segura onde a ARMA ESPIRITUAL se apoia, sem este
mecanismo a arma espiritual é vulnerável (Pv. 18:10 - Sl. 20:7).
PROJÉTIL
A PALAVRA DE DEUS - É o projétil utilizado contra o inimigo, pois ela é viva e eficaz, é mais
penetrante do que qualquer espada de dois gumes (Hb. 4:12).
ARMAS DEFENSIVAS
O NOME DE JESUS - É a torre de escape, o abrigo onde o justo está em segurança ( Pv.
18:10 ); é o "Esconderijo do Altíssimo" conforme a declaração categórica de Salmo 91:1-14.
A PALAVRA DE DEUS - Proteção contra os ataques de satanás (Pv. 1:33).
Proteção contra o pecado (Sl. 119:11).
Proteção contra as enfermidades (Sl. 107:20).
O CINTO DA VERDADE - Pavês e Escudo, segurança absoluta contra o laço do passarinheiro e
da peste perniciosa (Sl. 91:3,4).
A COURAÇA DA JUSTIÇA - Vestimenta protetora contra as acusações dos nosso adversário
(Rm. 8:33).
O CALÇADO DO EVANGELHO DA PAZ - O único que ilumina o caminho e livra do tropeço (Sl.
119:105,165).
O ESCUDO DA FÉ - Apaga todos os dardos inflamados do maligno (Ef. 6:16); garante a
segurança dos que o utilizam "Crede no vosso Deus e estareis seguros" (II Cr. 20:20b).
O CAPACETE DA SALVAÇÃO - É a proteção mental da Esperança da Salvação contida em
todas as promessas de Deus (I Ts. 5:18).
A ORAÇÃO - Promove livramento imediato ao ser acionada "Ele Me invocará e Eu lhe
responderei, estarei com ele na angústia, livrá-lo-ei e o glorificarei" (Sl. 91:15).
ARMAS OFENSIVAS
O NOME DE JESUS - Simplesmente IMBATÍVEL diante das armas convencionais do inimigo (II
Sm. 17:45). Diante deste Nome os demônios se dobram, os enfermos são curados, os mortos
ressuscitam, vidas são libertas, o impossível é possível, pois este NOME está acima de todo
nome que se possa nomear no Céu, na Terra ou debaixo da Terra (Fl. 2:9,10).
O SANGUE DE JESUS - Plenamente eficaz contra o pecado (I Jo. 1:7); poderoso contra satanás
(Ap. 12:11).
O CINTO DA VERDADE - Também é arma de ataque, pois nada pode contra a verdade (II Co.
13:8), é instrumento libertador (Jo. 8:32).
A COURAÇA DA JUSTIÇA - Arma habilidosa contra os inimigos, inclusive contra a morte (Pv.
10:2 - 11:6).
O CALÇADO DO EVANGELHO - Poderoso para tirar da ruína, do perigo, poupar, libertar,
redimir, curar, pois tudo isso significa salvar e só o Evangelho é o Poder de Deus para salvar
todo aquele que crê (Rm 1:16).
A FÉ - Ao contrário do que se pensa, a Fé é muito mais uma arma de ataque do que de defesa;
senão vejamos: Poderosíssima contra a impureza (At. 15:9); Conta a injustiça (Rm. 3:28);

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Contra a queda (Rm. 11:20); Contra a maldição (Gl. 3:9); e ainda é descrita como: A vitória que
vence o mundo (I Jo. 5:4).
A ESPADA DO ESPÍRITO - É a Palavra de Deus; com ela sujeitamos o inimigo, arrasamos a
impiedade, ela é como raio preparado para matar o inimigo (Dt. 33:29; Sl. 17:13 - Ez. 21:15).
ORAÇÃO
Quando a Bíblia diz "Orando em todo o tempo", é o mesmo que dizer que a oração mantém as
armas carregadas, prontas para entrar em ação. O Sl. 18 afirma que quando o nosso clamor
penetra os ouvidos de Deus, Ele se levanta do trono, muito zangado, não conosco, mas com os
nossos inimigos. Do Seu nariz sai fumaça, da Sua boca saia fogo, despede as Suas setas e
espalha os inimigos, multiplica os Seus raios e os desbarata. Aleluia!
A oração é fundamental para a vitória sobre o diabo. Quando acionada em fé, coloca em ação
as armas imbatíveis do Deus Todo-Poderoso a nosso favor (Is. 64:4). Satanás não suporta a
Palavra de Deus remetida contra ele pôr um coração que crê no poder e na verdade objetiva do
Evangelho (Tg. 4:7).
A VITÓRIA É DE DEUS, E NOSSA, SOMENTE QUANDO RESOLVEMOS USAR AS ARMAS
ESPIRITUAIS NUMA CONFRONTAÇÃO DIRETA COM O INIMIGO.
Quando não usadas, as armas não provocam baixas nas colunas inimigas, nem ganham a
guerra, pôr isso o Espírito Santo insiste: "Participa como bom soldado...combate o bom
combate da fé...toma a Armadura de Deus...resiste ao diabo...". A ordem já foi dada, LEMBRE-
SE:
"...PODEROSOS SÃO OS QUE EXECUTAM A SUA PALAVRA" (Joel 2:11b).

ORAÇÕES NÃO RESPONDIDAS


São inúmeras as vezes que Deus promete responder a oração; Porém, muitas orações não são
respondidas.
A Palavra de Deus traz luz sobre esse assunto; São muitas as razões de impedimento e por isso
muitas vezes não conseguimos diagnosticar as causas e consequentemente não tratamos
diante de Deus. Dessa forma nossa fé é abalada e enfraquecemos.
Todas essas causas são pecados – A bíblia nos diz isso claramente, mencionando
alguns pecados
1 ) Pedimos para satisfazer nosso ego
O nosso prazer tem que ser o Senhor; quando o nosso prazer é agradar a nós mesmos ( O bem
estar pessoal, a vaidade , o egoísmo etc. ) a motivação está errada, o coração está errado.
Tiago 4:3 - Pedis e não recebeis , porque pedis mal, para esbanjardes em vossos prazeres.
Para vencer esse inimigo Deus nos deu o principal mandamento:
Mateus 22:37 - Amarás o Senhor teu Deus de todo o teu coração ( espírito ) de todo o teu
entendimento ( alma ) e de toda tua força ( corpo ) e ao seu próximo como a si mesmo. - Se
essa palavra não for vida em nós, pediremos para o nosso próprio deleite.
2 ) Idolatria
Deus não responde a oração quando temos ídolos no coração, pelo contrário, Ele vai permitir
que andemos segundo o desejo do nosso coração
Ezequiel 14 : 3 e 4 - Filho do homem, estes homens levantaram os seus ídolos dentro do seu
coração, tropeço para a iniquidade que sempre têm eles diante de si; acaso, permitirei que eles
me interroguem ? Portanto, fala com eles e dizei-lhes: Assim diz o Senhor Deus: Qualquer
homem da casa de Israel que levantar os seus ídolos dentro do seu coração, e tem tal tropeço
para a sua iniquidade, e vier ao profeta, eu, o Senhor vindo ele, lhe responderei segundo a
multidão dos seus ídolos.
Essa é a razão de muitas pessoas terem andado nos seus próprios caminhos, até estarem
completamente destruídas; só então buscam verdadeiramente a Deus e estão dispostas a
deixar os seus ídolos –
ex: amor ao mundo, profissão, status, namoro, filhos, dinheiro, etc.
Mateus 6: 24 – Ninguém pode servir a dois senhores; porque há de aborrecer-se de um e
amar ao outro, ou se devotará a um e desprezará ao outro. Não podeis servir a Deus e as
riquezas.
A idolatria não só destrói o indivíduo, mas, traz todo tipo de destruição sobre a nação.
3 ) Avareza
O avarento ora (clama), mas não é ouvido.

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Provérbios 21:13 – O que tapa o ouvido ao clamor do pobre também clamará e não será
ouvido.
• Avarento não tem a Deus como seu provedor. O medo da falta demonstra que não tem
fé em Deus para suprir suas necessidades.
• Uma vez que o Espírito Santo nos convence desse pecado, devemos nos arrepender.
• Vencemos esse inimigo, aplicando na nossa vida a Palavra de Deus – dizimando,
ofertando e socorrendo o necessitado.
É dando que se recebe.
Lucas 6:38 – Daí, e dar-se-vos-à; boa medida, recalcada, sacudida, transbordante,
generosamente vos darão; porque com a medida com que tiverdes medido vos medirão
também.
Socorrer o necessitado.
Tiago 2:15,16 – Se um irmão ou irmã estiverem carecidos de roupa e necessitados do
alimento cotidiano, e qualquer dentre vós lhes disser : Ide em paz, aquecei-vos e fartai-vos,
sem , contudo, lhes dar o necessário par o corpo, qual é o proveito disso?
Dizimando e ofertando.
Malaquias 3:10 – Trazei todos os dízimos à casa do Tesouro, para que haja mantimento na
minha casa; e provai-me nisto, diz o Senhor dos Exércitos, se Eu não vos abrir as janelas do
céu e não derramar sobre vos benção sem medida.
4 ) Falta de perdão
A falta de perdão bloqueia as bênçãos de Deus na nossa vida. – Veja que não se trata de Deus
não querer abençoar, mas de que a falta do perdão impede de que as bênçãos cheguem até
nós.
• Para que Deus possa nos abençoar, respondendo nossas orações, Ele nos ordena que
perdoemos como somos perdoados
Colossenses 3:13 – Suportai-vos uns aos outros, perdoai-vos mutuamente, caso alguém
tenha motivo de queixa contra outrem. Assim como o Senhor vos perdoou assim também
perdoai vós.
Marcos 11:25,26 - E, quando estiverdes orando, se tendes alguma coisa contra alguém,
perdoai, para que o vosso Pai celestial vos perdoe as vossas ofensas. Mas, se não
perdoardes, também vosso Pai celestial não vos perdoará as vossas ofensas.
• Falta de perdão bloqueia as promessas de Deus.
Mateus 5:23,24 – Se, pois, ao trazeres ao altar a tua oferta, ali te lembrares de que teu
irmão tem alguma coisa contra ti, deixa perante o altar a tua oferta, vai primeiro
reconciliar-te com teu irmão ; e, então, voltando, faze a tua oferta.
• Se perdoamos somos perdoados, se não perdoamos não somos perdoados.
Mateus 6:14,15 – Porque, se perdoardes aos homens as suas ofensas, também vosso Pai
celeste vos perdoará; se, porém, não perdoardes aos homens as suas ofensas, tampouco
vosso Pai vos perdoará as vossas ofensas.
• Se retemos o perdão satanás alcança vantagem sobre nós.
II Coríntios 2:10,11 – A quem perdoais alguma coisa, também eu perdôo; porque, de fato,
o que tenho perdoado (se alguma coisa tenho perdoado), por causa de vós o fiz na
presença de Cristo; para que satanás não alcance vantagem sobre nós, pois não lhe
ignoramos os desígnios.
• A falta de perdão nos mantém em escravidão – se não perdoarmos seremos entregues
aos verdugos (espíritos atormentadores). Esses demônios lançam na mente da pessoa,
pensamentos e sentimento de amargura, rejeição, ressentimento, mágoa, ira, contenda,
dissensão , vingança, etc.
Mateus 18:23 a 35 – (Parábola do credor incompassivo)
• Não há limites para o número de vezes que devemos perdoar.
Mateus 18:22 – Respondeu-lhes Jesus: Não te digo que até sete vezes, mas até setenta
vezes sete.
• Perdoe como Deus perdoa. Deus não se lembra (trazer de volta, lançar em face) de um
pecado perdoado.
Isaías 43:25 – Eu, eu mesmo, sou o que apago as tuas transgressões por amos de mim e
dos teus pecados não me lembro.
Miquéias 7:18
Salmos 103:12
• O amor cobre uma multidão de pecados.
I Pedro 4:8 – Acima de tudo, porém, tende amor intenso uns para com os outros, porque o
amor cobre multidão de pecados.

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A palavra de Deus não diz para perdoarmos, quando sentimos vontade; pelo contrário, ela nos
ordena a perdoar. Pois Deus sabe que até que façamos, a nossa alma (sentimento, emoção e
vontade) estão presos. Por isso, temos que tomar a decisão de perdoar, como Deus nos
perdoa.
Portanto, perdoar não é sentimento, é decisão.
Após tomarmos a decisão de perdoar, aí, sim , teremos a nossa comunhão com o Senhor
restaurada e a Graça fluirá suficiente para permanecermos, firmes., resistindo aos ataques do
inimigo, de nos manter presos em raízes de amargura, (rejeição, ressentimento, ira, contenda,
dissensão, mágoas e vinganças).
Antes de tomarmos a decisão de perdoar, estamos debaixo do poder de escravidão do pecado .
Mas, em Cristo somos libertos do poder do pecado - isso é graça.
Romanos 6:14 – Porque o pecado não terá domínio sobre vós; pois não estais debaixo da lei,
e sim da graça.
Uma vez que o pecado não tem mais domínio sobre nós, podemos então obedecer a justiça.
Romanos 6:18 – Uma vez libertados do pecado, fostes feitos servos da justiça.
Permaneçamos firmes declarando o perdão , abençoando a vida e resistindo com a Palavra,
todo ataque na nossa mente, trazendo a mente cativa ao conhecimento de Cristo.
5 ) Problemas Conjugais
I Pedro 3:7 - Maridos , vós , igualmente, vivei a vida comum do lar, com discernimento ; e,
tendo consideração para com a vossa mulher como parte mais frágil, tratai-a com dignidade,
porque sois, juntamente , herdeiros da mesma graça de vida, para que não se interrompam as
vossas orações.
Marido e mulher são igualmente participantes da mesma graça de vida em Cristo Jesus. No
casamento são feitas uma só carne - Esta união deve ser preservada em santidade e unidade
para que as orações não sejam interrompidas. O Plano de Deus, para o homem e a mulher
desde o principio é encher a terra, subjuga-la e dominar sobre todos seres vivente .
Gênesis 1:28 – E Deus os abençoou e lhes disse: Sede fecundo, multiplicai-vos, enchei a terra
e sujeitai-a; dominai sobre os peixes do mar ; sobre as aves do céus e sobre todo animal que
rasteja pela terra .
Esse plano é para o homem e a mulher, como uma-só-carne.
Quando Adão estava sozinho, Deus ordenara a ele que apenas cultivasse e guardasse o jardim.
Gênesis 2:15 – Tomou, pois, o Senhor Deus ao homem e o colocou no jardim do Éden para o
cultivar e o guardar.
Juntos: Adão e Eva, deveriam encher a terra, subjuga-la e dominar sobre todos seres viventes
( inclusive os que rastejam = serpente )
Gênesis 1:28 – E Deus os abençoou e lhes disse: Sede fecundo, multiplicai-vos, enchei a terra
e sujeitai-a; dominai sobre os peixes do mar; sobre as aves do céus e sobre todo animal que
rasteja pela terra.
Eles se fortalecem, um ao outro, criando uma unidade mais forte que cada um deles
individualmente
Ex: Adão + Eva = Uma-só-carne
Ferro + Carbono = Aço
Deus estabelece o Sinergismo em uma–só-carne – Sinergismo significa que o total é maior que
a soma das partes .
Pelo projeto de Deus o poder e a habilidade deles combinados era maior.
Levíticos 26:8 – Cinco de vós perseguirão a cem, e cem dentre vós perseguirão a dez mil, e
os vossos inimigos cairão à espada diante de vós.
Que plano, e provisão maravilhosa Deus tem para o casamento. Quando temos essa revelação
em nosso espírito, não vamos permitir que satanás nos roube.
Satanás sabe desse plano, por isso procura interromper as orações de um casal, trazendo toda
sorte de contenda e divisão.
As portas do inferno não [prevalecem contra duas pessoas que oram em concordância,
aliançadas com Deus e entre si
6 ) Incredulidade
Deus diz que não responde a oração do incrédulo . Incredulidade é falta de fé. E sem fé é
impossível agradar a Deus.
Hebreus 11: 6
Tiago 1:6 a 7 - Peça, porém, com fé, em nada duvidando; pois o que duvida é semelhante à
onda do mar, impelida e agitada pelo vento. Não suponha esse homem que alcançará do
Senhor alguma coisa.
7 ) Desobediência
Provérbios 28:9 - O que desvia os ouvidos de ouvir a lei, até a sua oração será abominável

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Deus diz à nação de Israel para não subir a pelejar, e eles desobedecem e sobem. ( Deus não
responde as orações )
Deuteronômio 1:42 a 45 ( V.45 – Tornaste-vos, pois, e chorastes perante o Senhor, porém o
Senhor não os ouviu não inclinou os ouvidos a vós outros.
Saul desobedece ao Senhor e quando ora o Senhor não responde. (Saul então vai consultar a
vidente, desobedecendo mais uma vez. V.7 )
I Samuel 14:37 e 28:6 e 7
Zacarias 7: 13 – Visto que eu clamei, e eles não me ouviram, eles também clamaram, e eu
não ao ouvi disse o Senhor dos Exércitos.)
8 ) Soberba
I Pedro 5: 5 - Deus resiste aos soberbos, contudo, aos humildes concede sua graça
Jó 35: 12 - Clamam, porém Ele não responde, pôr causa da arrogância dos maus.
9. Pecados
Todo pecado faz separação entre Deus e o homem. Para termos uma comunhão constante,
temos que estar sempre nos arrependendo e confessando os nossos pecados, isto é, nos
humilhando perante Deus.
Isaías 59:1 e 2 - Eis que a mão do Senhor não está encolhida, para que não possa salvar;
nem surdo o seu ouvido, para não poder ouvir. Mas, as vossas iniquidades fazem separação
entre vós e o vosso Deus, e os vossos pecados encobrem o seu rosto de vós, para que vós não
ouça.
João 9:31 - Sabemos que Deus não atende a pecadores; mas, pelo contrário, se alguém teme
a Deus e pratica a sua vontade, a este atende.
Temos que ter uma consciência tenra para com Deus – Hebreus 10:22
O Espirito Santo nos convencerá do pecado, da justiça e do juízo.
Quando permanecemos muito tempo no pecado o nosso coração endurece.
O evangelho de Jesus Cristo é o evangelho do arrependimento.
Mateus 9:13 b – Pois não vim chamar justos, e sim pecadores ao arrependimento
Uma vez que fomos contaminados com o pecado, a nossa natureza carnal é pecaminosa, a
iniquidade está em nós. O nosso estilo de vida deve ser de arrependimento. O Senhor é
llongânimo para nos levar ao arrependimento.
II Pedro 3:9 - Não retarda o Senhor a sua promessa como alguns a julgam demorada; pelo
contrário, ele é longânimo para convosco, não querendo que nenhum pereça, senão que todos
cheguem ao arrependimento.
A nova natureza que temos em Cristo , ela é espiritual e não peca, mas, como ainda estamos
neste corpo de carne, a luta entre o espírito e a carne é constante.
Jesus diz em Lucas 13:3 a 5 - Eu vo-lo afirmo, se, porém, não vos arrependerdes , todos
igualmente perecereis.
Pelo arrependimento temos a nossa comunhão com Deus restaurada e nossas orações
respondidas.
Coração quebrantado e contrito o Senhor não despreza.
Mateus 9:13 b - … pois não vim chamar justos, e sim pecadores ao arrependimento.
I João 2: 9 - Se confessarmos os nossos pecados, ele é fiel e justo para nos perdoar os
pecados e nos purificar de toda injustiça.
Só o sangue de Jesus tem poder para apagar os nossos pecados.
Hebreus 8:10 e 12 -V.12 - Para com as suas iniquidades usarei de misericórdia e dos seus
pecados jamais me lembrarei.
Esse texto fala da nova aliança que temos em Cristo e ele se repete em
Hebreus 10:16 e 17.
I João 1: 9
Graças a Deus que estamos na era da graça , temos a oportunidade de nos arrepender.
Que Deus nos conceda espirito de arrependimento. O arrependimento é um dom de Deus.

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ORAÇÃO DE GUERRA
Pai Celestial, eu me ajoelho em adoração e louvor diante de Ti. Eu me cubro com o sangue do
Senhor Jesus Cristo para me proteger durante este período de oração. Eu me submeto a Ti
completamente e sem reservas em todos os setores de minha vida. Eu tomo posição contra
toda tentativa de satanás, que possa me impedir de me dirigir exclusivamente ao Deus vivo e
verdadeiro, recusando-me a qualquer envolvimento com satanás em minha oração.
Satanás, eu te ordeno, em Nome do Senhor Jesus Cristo, que saias da minha presença com
todos os seus demônios, e coloco o Sangue do Senhor Jesus Cristo entre nós.
Pai Celestial, eu Te adoro e Te louvo. Reconheço que és digno de receber toda a honra, a glória
e o louvor. Renovo minha fidelidade à Ti, e oro para que o bendito Espírito Santo me capacite
neste período de oração. Sinto-me grato Pai Celestial, por teres me amado desde a eternidade
"passada" , por teres enviado o seu Filho Senhor Jesus Cristo à este mundo para morrer como
meu substituto a fim de que eu fosse redimido. Sinto-me grato, porque o Senhor Jesus Cristo
veio como meu representante e porque através d'Ele Tu me perdoaste completamente; deste-
me a Vida Eterna, deste-me a Justiça Prefeita do Senhor, de modo que eu estou agora
justificado. Sinto-me grato, porque n'Ele me fizeste completo e porque Te oferecestes à mim,
para ser minha ajuda e força diária.
Pai Celestial, vem e abre os meus olhos para que possa ver como Tua provisão é completa para
este novo dia. Em nome do Senhor Jesus Cristo, assumirei meu lugar com Cristo nos lugares
Celestiais, com todos os principados e potestades (poderes das trevas e espíritos malignos) sob
os meus pés. Sinto-me grato porque a vitória que o Senhor Jesus Cristo obteve para mim na
Cruz e na Sua ressurreição foi-me dada, portanto, eu declaro que todos os principados,
potestades e espíritos malignos, são-me sujeitos no nome do Senhor Jesus Cristo.
Sinto-me grato pela armadura que me providenciastes. Eu e cinjo com a verdade, revisto-me
da Couraça da Justiça, calço as sandálias da paz e coloco o capacete da salvação. Levanto o
escudo da Fé contra todos dardos inflamados do inimigo e, tomo em minha mão a Espada do
Espírito que é a Palavra de Deus, e uso-a contra todas as forças do mal em minha vida; eu me
revisto desta armadura, vivendo em completa dependência de Ti.
Sinto-me grato porque o Senhor Jesus Cristo desfez todos os principados, os desmascarou e
triunfou sobre eles n'Ele mesmo. Reivindico toda essa vitória para minha vida hoje. Rejeito em
minha vida, todas as insinuações, acusações e tentações de satanás. Afirmo que a Palavra de
Deus é verdadeira e faço a escolha de viver em obediência à Ti e em comunhão Contigo. Abre
meus olhos e mostra-me as áreas de minha vida que não te agradam. Opera em minha vida,
para que não haja nela nenhuma base para satanás tomar posição segura contra mim. Mostra-
me qualquer área de fraqueza, toda e qualquer área de minha vida que devo modificar algo
para Te ser agradável.
Pela Fé, e na dependência de Ti, eu me dispo do velho homem, e permaneço dentro de toda a
Vitória da Crucificação, onde fui purificado da velha natureza. Eu me revisto do novo homem, e
permaneço dentro de toda a Vitória da Ressurreição e a provisão que Ele fez por mim ali, para
viver acima do pecado. Portanto, neste dia, eu me desvencilho da velha natureza com meu
egoísmo, e me revisto da nova natureza com o Seu amor. Eu me desvencilho da velha natureza
com seu medo e me revisto da nova natureza com Sua força. Hoje me desvencilho da velha
natureza com todas as suas concupiscências e me revisto da nova natureza com toda a sua
justiça e pureza.
Sob todos os aspectos, eu me coloco na vitória da ascensão e glorificação do Filho de Deus,
onde todos os principados e potestades lhe foram sujeitos, e eu reivindico o meu lugar em
Cristo vitorioso com Ele sobre todos os inimigos de minha alma. Bendito Espírito Santo, eu te
peço que me enchas, entra em minha vida, derruba todos os ídolos e expulsa todos os
inimigos.
Sinto-me grato Pai Celestial, pela expressão da tua vontade para minha vida diária, conforme
me mostrastes na tua palavra. Por isso, reivindico toda a vontade de Deus para hoje; sinto-me
grato por me teres abençoado com todas as bênçãos espirituais nos lugares celestiais em

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Cristo Jesus. Sinto-me grato porque Tu me criastes para uma esperança viva, através da
ressurreição de Jesus Cristo dentre os mortos. Sinto-me grato porque tu fizestes uma provisão,
tal que, hoje eu posso viver cheio do Espírito de Deus com amor, alegria e autocontrole em
minha vida. Eu reconheço que esta ´e a tua vontade para mim, e por isso, rejeito e resisto a
todas as tentativas de satanás e seus demônios de me roubarem a vontade de Deus. Recuso-
me no dia de hoje, a crer em meus próprios sentimentos, e levanto o escudo da fé contra todas
as acusações e todas as insinuações que satanás venha a colocar em minha mente,. Eu
reclamo a plenitude da vontade de Deus para o dia de hoje.
Em nome do Senhor Jesus Cristo, eu me submeto completamente à Ei, Pai Celestial, como um
sacrifico vivo. Eu faço a escolha de não me conformar com este mundo. Eu faço a escolha de
ser transformado pela renovação da minha mente e, peço que, Tu me mostras a Tua vontade e
me capacites a andar em toda plenitude da vontade de Deus para o dia de hoje.
Sinto-me grato Pai Celestial, porque as armas de nosso conflito não são carnais, mas poderosas
para através de Deus, derrubar as fortalezas, para desfazer as imaginações e todas as coisas
ativas que, se exaltaram contra o conhecimento de Deus, trazendo cativo cada pensamento
em obediência ao Senhor Jesus Cristo. Portanto, em minha própria vida no dia de hoje eu
derrubo as fortalezas de satanás e esmago os planos que ele armou contra mim. Eu derrubo as
fortalezas de satanás contra a minha mente à Ti bendito Espírito Santo. Eu afirmo Pai Celestial,
que tu não nos concedeste o espírito de temor, mas de poder, amor e de moderação. Eu
derrubo e esmago as fortalezas que satanás levantou contra as minha emoções no dia de hoje,
e entrego as minhas emoções à Ti. Eu esmago as fortalezas que satanás levantou contra a
minha vontade no dia de hoje, e as entrego à Ti, fazendo a escolha de tomar as decisões da fé
que são convenientes. Eu esmago as fortalezas que satanás armou contra o meu corpo hoje, e
entrego meu corpo à Ti, reconhecendo que sou o teu templo, e me regozijo em Tua
misericórdia e Tua bondade.
Pai Celestial, peço agora que, através deste dia Tu me vivifiques; mostra-me como satanás está
impedindo, tentando, meditando, dissimulando e distorcendo a verdade em minha vida.
Capacita-me a ser a espécie de pessoa que te seja agradável. Capacita-me a ser agressivo na
oração. Capacita-me a ser mentalmente agressivo e a pensar os Teus pensamentos, de acordo
contigo, e a dar-te o teu lugar de direito em minha vida.
Novamente, eu me cubro com o Sangue do Senhor Jesus Cristo, e oro para que Tu, bendito
Espírito Santo, coloques toda a obra da crucificação, toda a obra da ressurreição, toda a obra
da glorificação e toda o obra do pentecostes em minha vida no dia de hoje. Eu me submeto à
Ti. Eu me recuso a ser desencorajado. Tu és o Deus de toda a esperança; Tu tens provado o Teu
poder, ressuscitando Jesus Cristo dos mortos, e eu reivindico de todas as maneiras à Tua
vitória, sobre todas as forças satânicas em minha vida, e rejeito a essas forças. Eu oro em
nome no Senhor Jesus Cristo, com ação de graças.
Amém.

Submissão – Um Princípio de Deus


Introdução
Estudar sobre Autoridade Espiritual pode parecer a alguns que se trata de um tema seco,
mas a essência da própria espiritualidade está na relação certa de obediência a Deus. O
Senhor age a partir do seu trono que está estabelecido sobre a sua autoridade. Isto é básico e
coloca tudo como Deus quer. Louvar, orar, jejuar ou fazer qualquer coisa sem submissão não
tem valor para Deus. É mecânico e sem vida.
I. Princípio Divino
Deus é autoridade em si mesmo, e tudo que no mundo (cosmos) existe é sustentado pela
palavra do poder de sua autoridade (Hb 1.3). Nada sobrepuja a autoridade de Deus no
universo. Logo, é indispensável, para todo aquele que deseja cooperar com o Senhor,
conhecer a autoridade de Deus. Entrar em contado com a autoridade do Senhor é o
mesmo que entrar em sintonia direta com Deus. "A maior das exigências que Deus faz ao
homem não é a de carregar a cruz, servir, fazer ofertas, ou negar-se a si mesmo. A maior
das exigências é que Obedeça".
"Tem porventura o Senhor tanto prazer em holocausto e sacrifícios quanto em que se
obedeça a sua palavra? Eis que o obedecer é melhor do que o sacrificar, e o atender
melhor do que a gordura de carneiros. Porque a rebelião é como o pecado de feitiçaria, e
a obstinação é como idolatria e culto a ídolos do lar. Visto que rejeitaste a palavra do
Senhor, ele também te rejeitou a ti, para que não sejas rei." 1Sm 15.22-23
Diante disso, rejeitar uma ordem de Deus é o mesmo que ir contra o próprio Deus. No

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Reino de Deus está implícita a Dependência. Dependência a tudo que o Senhor determina,
isto é, sendo-lhe completamente submisso. Jesus prega o Evangelho do Reino porque
conhece o problema principal do homem: a sua independência para com Deus. Na
independência está implícita a Rebeldia. E o evangelho do reino ataca a causa, levando o
homem à dependência do Senhor e, conseqüentemente, a torná-lo salvo e regenerado. O
evangelho do reino é a única maneira de recuperar um rebelde.
II. Princípio Satânico
"O arcanjo transformou-se em Satanás quando tentou usurpar a autoridade de Deus,
competir com Deus, e assim se tornou um adversário de Deus. Foi a rebeldia que
provocou a queda de Satanás" (Is 14.12-15; Ez 28.13-17). A intenção de Satanás de
estabelecer o seu trono acima do trono de Deus foi o que violou a autoridade do Senhor. O
princípio de rebelião é passado a todos os homens depois da queda de Adão. Este
princípio o Senhor abomina: é como feitiçaria.
Sempre que alguém peca contra a autoridade de Deus, peca diretamente contra o Senhor.
Não podemos permitir espaço para rebeldia em nossas vidas. Temos que vivê-las em
completa santidade, assim como Jesus, que em nada foi rebelde ao Pai. Ele vivia, como
vive, para agradar ao Pai e em tudo lhe ser submisso.
III. Autoridade Delegada: Rm 13.1
O princípio de autoridade delegada é que rege todas as relações do homem com o
homem, bem como do homem para com Deus. Todas as coisas estão debaixo deste
princípio, nada está solto. Este é um princípio de ordem e paz, nunca de confusão. Deus
assim criou todas as coisas , mas ao rebelar-se, Lúcifer gerou a confusão. E, pior, está
levando todos os homens a viverem debaixo do princípio de rebelião.
Como funciona o princípio de autoridade delegada? Na Trindade temos que o Pai é igual ao
Filho, que é igual ao Espírito Santo. Na essência os três são iguais. Todavia, o Pai, o Filho e
o Espírito Santo são diferentes nas funções.
O Pai enviou o Filho (Jo 4.34).
O Filho veio (Jo 16.28).
O Filho foi obediente ao Pai (Jo 8.29).
O Filho enviou o Espírito Santo (Jo 15,26;14.26).
O Espírito Santo veio (At 2.16-17).
O Espírito Santo é obediente ao Filho (Jo 16.12-15).
A Trindade é a fonte de toda a verdade. Este princípio divino é encontrado em todas as
relações estabelecidas por Deus. Temos que numa família o pai é igual â mãe, que é igual
aos filhos. O ocorre que na família, o pai é o cabeça e a mãe a ajudadora. Eles são iguais,
têm o mesmo valor para o Senhor, mas têm funções diferentes.
Há uma tendência de se pensar que se submeter é ser inferior. Jesus nunca foi inferior ou
menor que o Pai pelo simples fato de lhe ser submisso. Pelo contrário, Jesus Cristo tem o
nome que está acima de todo nome (Fp 2.9). Temos que entender que entre iguais há uma
relação de autoridade e submissão. Isto faz parte da ordem divina. As autoridades
delegadas estão em todas as áreas de nossas vidas. Um discípulo do Senhor deve, onde
estiver, procurar saber quem é a autoridade delegada para a ela se submeter.
A. Deus Delega Autoridades em Todas as Áreas da Vida:
• Civil: Rm 13.1-3.
• Trabalho: Ef 6.5-6; Tt 2.9-10; 1 Tm 6.1-2.
• Família: Ef 5.22-24; 6.1-4.
• Igreja: 1Co 12.28
Todo discípulo do Senhor, onde estiver, procura saber quem é a autoridade, para a ela se
submeter. Não há espaço para o "super- espiritual".

B. O Problema do Super- Espiritual:

Quem é este ? É aquele que aparenta espiritualidade, mas esconde uma grande rebelião e
que traz muito dano ao corpo de Cristo. O super-espiritual costuma dizer: "Eu só obedeço
a Cristo, o Senhor. Não estou sujeito a nenhum homem!" Isto é loucura. Toda vez que se
diz "Deus, quero te obedecer", o Senhor responde bem claro e preciso: "Ótimo! Então,
obedeça ao teu marido, teu pai, teu chefe, teu pastor!" Aí aparece o super-espiritual
declarando: "Não, eu só obedeço ao Senhor, a ninguém mais. Só obedeço o que tu me
falares pessoalmente!" E, o Pai, responde com toda firmeza: "Mas o meu desejo é que me
obedeças através deles". Regularmente escutamos esta outra resposta: "Você não sabe
quem é o meu marido, pai, chefe". Ou ainda: "Meu marido é um alcoólatra, meu pai é

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incrédulo…"

É inadmissível declarar obediência a Deus e não às autoridades por Ele delegadas.


Sempre que obedecemos às autoridades delegadas estamos submissos a Deus, estamos
agradando ao Pai. Obedecer somente quando se concorda não é espírito de submissão. É
rebeldia e independência. Importa que, concordando ou não com a ordem, a obedeçamos
de coração. É assim que se age perante Deus.

Enquanto não reconhecemos as autoridades delegadas sobre nós, não chegaremos à


maturidade nem ao alvo. Precisamos de guias que nos levem pelas mãos, para que não
fiquemos no caminho, sem atingirmos o alvo: "...jazem nas estradas de todos os
caminhos, como o antílope na rede" (Is 51.17-20). Os homens esperam que a igreja
apareça e os tome pelas mãos, guiando-os, levando-os pelo caminho em que devem
andar.
IV. Submissão, um Princípio de Deus
A. O que é Submissão?

Não é mera obediência externa, nem tão pouco quando controlado. Submissão é prestar
obediência inteligente a uma autoridade delegada. É exteriorizar um espírito submisso,
mesmo quando ninguém está por perto. É renunciar à opinião própria quando se opõe à
orientação daqueles que exercem autoridade sobre nós.

Quando é que aprendemos o que é a submissão? Quando é que nos convertemos?


Quando aceitamos o senhorio de Cristo sobre nossas vidas. Quando verdadeiramente
renuncio a tudo o que tenho, nego a mim mesmo , tomo a cruz e sigo ao Senhor. Sigo
submisso às direções e orientações que recebo das autoridades delegadas. "Tende em vós
o mesmo sentimento que houve também em Cristo Jesus", "antes a si mesmo se
esvaziou"... "a si mesmo se humilhou", "tornando-se obediente até a morte, e morte de
cruz" (Fp 2 5-8). Só existe um caminho para a submissão, andar como Cristo andou (1Jo
2.6). Ele é o nosso modelo. E, "embora sendo Filho (Jesus homem), aprendeu a obediência
pelas coisas que sofreu" (Hb 5.8).

Sem submissão jamais chegaremos ao alvo. Nem estaremos sendo cooperadores do Senhor.
Se alguém é independente, rebelde, não é membro do corpo, pois sendo membro será sempre
dependente, submisso. Como pode um membro subsistir no corpo se não se submeter às
ordens da cabeça? Assim também nós não podemos subsistir no corpo de Cristo se não formos
sujeitos as autoridades delegadas. Quando uma mulher não se submete ao seu marido, ou
quando um filho não obedece ao seu pai, ou quando o empregado não acata a ordem de seu
chefe, ou quando o discípulo não se submete aos autoridades, é porque estão cheios de si
mesmos. Quem está cheio de Cristo está cheio de obediência. O evangelho do reino aniquila
com a independência do homem, bem como com a rebeldia: faz do homem um Ser submisso.

B. Os Frutos da Sujeição.
Quando o homem vive no princípio de submissão às autoridades delegadas por Deus, ele
desfruta de benefícios desejados por todos os homens, a saber:
1. paz, ordem e harmonia no corpo de Cristo;
2. edificação e formação de vidas;
3. unidade e saúde na igreja;
4. cobertura e proteção espiritual.
V. Autoridades Delegadas na Igreja.
A igreja de Cristo é governada por Cristo e, não, pelo povo. Não existe democracia na igreja,
porque a igreja não é do povo, é de Deus. O que existe é a teocracia: o governo de Deus
através de suas autoridades delegadas.
É impossível edificar a alguém que não se submete à autoridade. Não há nada mais
frustrante do que apascentar "cabras e bodes". Um filho espiritual obedece naturalmente.
A. Quem são as Autoridades Delegadas na Igreja?
1. Cristo : Ef 1.20-22.
2. Palavra : Mt 7.24; Jo 15.10; Cl 3.16-17. Ninguém pode dizer que é submisso a Cristo e sua
igreja se não obedece à palavra do Senhor.
3. Apóstolos : At 2.42; 20.17; 2Ts 3.4,6,10,12; 2Co 11.34; 16.1; Tt 1.5. Os apóstolos

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determinavam a doutrina e usavam amplamente a autoridade que Deus lhes havia
outorgado. A igreja continua necessitando desse ministério. Continua precisando que os
apóstolos ordenem tudo, estabeleçam o reino de Deus com clareza e firmeza.
4. Pastores : Ef 4.11, 1Tm 5.17. Estes, como os apóstolos, profetas e evangelistas, são
ministérios específicos de governo e têm a responsabilidade de manterem o ensino, a
visão, a doutrina sempre firmemente claros, cuidando para que não percam sua
consistência, e fiquem fofos.
5. Paterna : Ef 5.22-24; 6.1-3; 1Co 11.3. O homem é o cabeça, autoridade delegada por
Deus no seu lar, isto porque o Senhor assim o constitui para o desenvolvimento harmônico
da família. O homem não deve ser "ditador" nem tão pouco um "frouxo". Ele deve ordenar,
governar sua casa dentro dos princípios divinos, com amor. O cabeça deve sempre
procurar escutar o ponto de vista de sua esposa. E a mulher deve deixar com o marido a
responsabilidade da decisão. A mulher e os filhos precisam da proteção e da autoridade do
esposo e pai em todas as áreas de suas vidas. É assim que Deus determinou, mesmo que
ele, marido ou pai, seja incrédulo.
6. Guias : 1Co 16.16; 1Ts 5.12-13; Hb 13.17. Todos devem estar ligados por "juntas" ou
"ligamentos", no corpo de Cristo (1Co 12.12-13). São estes que nos unem ao corpo, nos
presidem e nos fazem conhecer as ordens do cabeça, nos ensinam e nos conduzem,
guiando-nos no caminho do Senhor , sem necessariamente serem pastores. Isto faz um
corpo coeso e firme.
7. Uns Aos Outros : Ef 5.21; 1Pe 5.5. Isto embeleza a casa de Deus. Livra a igreja de uma
hierarquia religiosa. Todos se comunicam entre si compartilhando a palavra do Senhor,
aconselhando ou mesmo corrigindo uns aos outros.
B. Estar Sob Autoridade Realça a Personalidade

Ser submisso não aniquila, nem castra a personalidade de ninguém. Pelo contrário, realça
a vida de qualquer um. Cristo foi o tempo todo submisso, humilde, sempre servindo. E o
que ocorreu com Ele? Jesus Cristo recebeu o nome que está acima de todo nome (Fp 2.9).

"As palavras que vos digo não vos digo por mim mesmo" (Jo 14.10). Os escribas eram
"papagaios", mas Jesus tinha autoridade porque estava sob a autoridade do Pai (Mc 1.22).
A autoridade que tinha para perdoar os pecados vinha da submissão ao Pai (Mc 2.10). A
autoridade dinâmica que Jesus teve extrapolou as tradições. Teve coragem para isto,
porque estava sempre sob a autoridade do Pai (ex.: os cambistas no templo, Jo 2.13-16).

Deus quer uma família de muitos filhos semelhantes a Jesus, por isso nos coloca a todos
sob o seu princípio de Autoridade e Submissão. Aleluia!
VI. Qual é o Propósito da Autoridade na Igreja?
Para cumprir a grande comissão: "Ide, fazei discípulos…" (Mt 28.19-20). A autoridade
está para ensinar, educar na justiça, instar, aconselhar, ordenar, corrigir, consolar,
repreender, disciplinar, animar e abençoar (2Tm 2.2; 3.14-17; 4.1-4; Tt 2.11-15; 3.8-
11).
VII. Ser Autoridade Delegada Por Deus
Somente aquele que está sob autoridade na igreja poderá receber autoridade. Não é
possível ser autoridade e ser independente. O exemplo é o que respalda a autoridade.
No mundo, "os governadores dos povos os dominam" e "os maiorais exercem autoridades
sobre eles" (Mt 20.25). Além do mais, são sempre servidos. No Reino de Deus,
paradoxalmente, é bem diferente: a autoridade é para servir: "quem quiser ser grande
entre vós. será o que vos sirva" (Mt 20.26-27). A motivação da autoridade deve ser
sempre o serviço. Não podemos usar a autoridade que recebemos em benefício próprio.
VIII. Conclusão
O princípio da autoridade deve ser respeitado e vivido quotidianamente, pois é um
princípio de Deus que, praticado, é uma bênção. Abandonado, não respeitado, poderá
redundar em maldição. Davi, submisso à autoridade de Deus, foi, por Ele, considerado o
homem segundo o seu coração. Foi uma bênção.
"Todo homem esteja sujeito ás autoridades superiores; porque não há autoridade que não
proceda de Deus; e as autoridades que existem foram por ele instituídas." Rm 13.1

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