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Democracia outra falácia brasileira 12/08/2006 07:07

De acordo com o célebre primeiro ministro inglês Sir Winston Churchill, a democracia é a pior
forma de governo, excetuando-se todas as outras que já foram tentadas, (“It has been said that
democracy is the worst form of government except all the others that have been tried”). Essa
citação tem sido, freqüentemente, empregada na defesa das vantagens dos sistemas democráticos
de governo. Porém, ela encerra em si mesma uma grande falácia: a de que todas as democracias
possuem outras semelhanças além do nome pelo qual são designadas.

É lógico que Churchill, ao pronunciar a célebre frase, referia-se à democracia inglesa. Infelizmente,
não existem dois sistemas democráticos idênticos em todo o planeta. Sendo as democracias
conhecidas como “o império das leis”, elas diferem na mesma medida em que diferem essas leis e
na eficácia com que são cumpridas. Mesmo, se analisarmos o sistema de governo da Grécia
antiga, concluiremos que a tão citada democracia grega era na verdade uma oligarquia, já que
apenas os chamados cidadãos gregos tinham o direito de participarem ativamente das decisões
políticas, o que excluía as mulheres, os escravos e os estrangeiros, ou seja, a maioria do povo.
Além disso, apenas os que possuíam “arete” (virtude) e capacidade de oratória eram capazes de
discursar de modo eficaz na “ágora” (praça onde eram tomadas as decisões políticas), sendo
capazes de fazerem valer suas idéias.

Quando pensamos nas diferenças existentes entre a democracia inglesa e a brasileira,


entendemos claramente a falácia existente na idéia de Churchill de que a democracia é a melhor
forma de governo. A democracia inglesa, com toda a certeza o era naqueles dias, porém a nossa...

Sendo as democracias semelhantes apenas no nome, a melhor forma de avaliarmos a sua


adequação como forma de governo é analisarmos alguns indicadores que traduzam a legitimidade
com que representam seu papel de “poder do povo”. Esses indicadores são:

1. O acesso do povo aos poderes constituídos e a eficácia de su

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2. A legitimidade das leis e a eficácia do seu cumprimento,

3. A inexistência de privilégios à margem da lei e o grau de impunidade dos transgressores da lei,

4. A natureza e a qualidade dos serviços executados com o dinheiro publico,

5. A liberdade das gentes, a igualdade de oportunidades e de tratamento dos indivíduos,

6. O grau de representatividade dos políticos em relação ao número de habitantes, e

7. A legitimidade dos partidos políticos e seus programas de governo.

Dependendo da performance desses indicadores, as diversas democracias deste planeta podem


incluir desde as mais sangrentas ditaduras e as mais injustas e corruptas administrações até a
forma de governo que Churchill tinha em mente quando pronunciou sua celebre frase. A palavra
democracia adapta-se a quase todas as formas de governo que intentem esconder-se por trás
dessa tão conveniente denominação.

Examinemos como a democracia brasileira situa-se ante os indicadores citados.

1 - O acesso do povo aos poderes constituídos e a eficácia de sua resposta às demandas


populares.

Nas democracias dignas deste nome deve existir ampla troca de idéias entre eleitores e eleitos. Os
anseios populares tornam-se plataformas políticas dos candidatos que obtêm seus votos em
função de compromissos de campanha voltados para a satisfação das demandas das
comunidades que representam. Assim, a aferição popular da eficácia da atuação dos candidatos
eleitos efetua-se pela satisfação daqueles anseios, dependendo as carreiras políticas das atuações
parlamentares ou das realizações dos mandatos. No Brasil, a comunicação eleitor – eleito deixa
bastante a desejar. Com exceção das prefeituras de pequenos municípios onde a atuação do
prefeito pode ser sentida mais diretamente, quase não há troca de idéias entre os políticos e a
população. Praticamente, o povo ignora o modo de atuação dos parlamentares, sendo expressiva
parte dos eleitores incapaz de sequer nomear a quem elegeram, mesmo poucos dias após as
eleições.

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Apenas caso escândalos, divulgando nomes, sejam noticiados pela imprensa toma a maioria dos
cidadãos conhecimento da performance de seus eleitos. Cientes dessa peculiaridade de nosso
povo, os políticos sentem-se capazes de defenderem políticas totalmente divorciadas dos
interesses daqueles que os elegeram ou mesmo votarem protegidos por essa cortina de fumaça
contra estes interesses.

2 - A legitimidade das leis e a eficácia do seu cumprimento.

Nas democracias não são as leis que fazem os costumes, mas sim os costumes é que devem
nortear o teor da legislação. Em outras palavras, a lei deve ser consuetudinária. Todavia, nota-se
em nossas inúmeras leis e regulamentos a tendência de regularem quase todas as atividades
existentes, à revelia do interesse popular, pouco sendo deixado ao bom senso e ao livre
empreendimento. Pior do que tudo, nossos políticos acostumaram-se a legislarem por exceção. O
resultado é a proliferação de leis que faz com que elas sejam praticamente desconhecidas pela
população, gerando a idéia de que existem leis que “não pegaram”. Esse efeito indesejado deve-se
em grande parte ao despreparo desses políticos e ao seu divorcio dos anseios populares. Basta
relembrarmos os anúncios existentes no interior dos coletivos que limitam o numero de
passageiros em pé e compararmos essa restrição com a realidade dos ônibus da hora do rush
para conhecermos a eficácia de nossa legislação.

Além disso, o poder executivo domina os demais, seja pela nomeação dos juizes do Supremo
Tribunal Federal, seja pelo toma lá dá cá a que se submetem os parlamentares, seja pela
inundação de medidas provisórias que sufocam os trabalhos do Congresso. A carga tributária
relaciona-se às maiores do mundo, todavia os serviços oferecidos ao povo em troca são totalmente
ineficazes quando sequer existem.

3 – A existência de privilégios à margem da lei e o grau de impunidade dos transgressores da lei.

O direito a cárcere em separado dos que possuem diploma superior,

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o cinismo de conhecido engenheiro que matou alguns habitantes do edifício que construíra e
desabou, o juiz que possui imóveis em Miami, a liberdade precoce da fraudadora do INSS que
aproveitou a prisão semi-aberta para efetuar curso superior de direito para que possa melhor
administrar a fortuna roubada, o planejamento e a execução de crimes por detentos de prisões de
insegurança máxima, as muitas contas de paraísos fiscais, os cartéis, os pontos de venda de
drogas conhecidos pelas crianças e desconhecidos pela polícia, a concessão de aposentadorias
milionárias e de isenção de imposto de renda a pessoas que nada fizeram para merecê-las e
necessitam de artifícios para que se enquadrem nos parâmetros legais que regulamentam tais
benesses, a impunidade dos suspeitos que estão próximos ao palácio do planalto, o impedimento
das investigações que os poderiam incriminar, enfim, um grande número de indicadores nos
relembram a todo instante que vivemos numa república de privilégios e impunidade disfarçada. A
morosidade da justiça também não contribui para que possamos chamar nossa forma de governo
de democrática.
4 - A natureza e a qualidade dos serviços executados com o dinheiro publico.

Os brasileiros relacionam-se entre os povos mais tributados do planeta, todavia as verbas


resultantes de tais tributos quase nunca revertem em proveito de quem os pagou. Por exemplo,
apesar da cobrança anual do IPVA, da CIDE cobrada a cada vez que se abastece um veículo, das
taxas e outros impostos e demais verbas orçamentárias, transita-se em vias, negligentemente, mal
conservadas. Mesmo assim, os governos lançam os consumidores à sanha dos pedágios cobrados
pelas muitas empresas exploradoras de vias publicas. Todos pagam a previdência social, porém, o
atendimento aos que necessitam de hospitais e ambulatórios públicos deixa muito a desejar.
Mesmo um automóvel novo tem que ser submetido à vistoria pelo Detran, no Estado do Rio de
Janeiro. Apesar de se saber, de antemão, que não serão constatadas quaisquer falhas nesses

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veículos, todos são obrigados a pagar para efetuá-las. As Escolas e Universidades públicas vivem
em greve. Em nosso país, apesar do ônus da prova caber a quem acusa, não se aceitam
documentos que não tenham sido autenticados em cartórios, mesmo os mais simples. São os
resquícios da aposição do “selo real”. Os cartórios são a expressão máxima do Estado burocrático.
Todos são tratados como criminosos e têm que provar sua inocência a todo instante. O
autoritarismo estatal chega a influenciar os hábitos da população. Até para tomar-se um cafezinho
é necessário “tirar a ficha no caixa antes”, pois se pensa que, de outra forma, fugiremos sem
pagar, apesar do valor ínfimo envolvido. Avolumam-se os gastos do governo na distribuição de
benesses a seus correligionários e na proliferação de mordomias. Para eximir-se da fiscalização, o
governo tenta proibir o legislativo de ter acesso à natureza dessas despesas. O ensino gratuito é
ineficaz a ponto de os que a ele são submetidos não serem sequer capazes de interpretarem
textos banais. Milhares de escolas públicas foram construídas para que os governos que as
erigiram pudessem firmar contratos milionários. Elas carecem de professores que as façam
funcionar, pois os salários pagos atraem para essa profissão apenas os que não conseguiram
nada melhor, excetuando-se, é claro, os que, tendo capacidade profissional que lhes possibilite
optarem por empregos mais bem remunerados, insistem meritoriamente em dedicarem-se à
sagrada tarefa de educar os que precisam movidos tão somente pelas suas qualidades de ilibado
caráter, desprendimento, espírito de sacrifício e caridade cristã. Que Deus os abençoe!

Assim, não podemos dizer que os serviços executados pelas verbas obtidas com a pesada
tributação estejam revertendo ao povo sob a forma de serviços dignos desse nome.

5 - A liberdade das gentes, a igualdade de oportunidades e de tratamento dos indivíduos.

A liberdade das gentes é ao mesmo tempo inexistente e infinita. Não temos direito à defesa da
própria vida já

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que fomos desarmados por uma legislação parcial que mantém as armas dos criminosos e elimina
a das pessoas honestas sob falsas premissas. Entretanto, existe total liberdade para que sejam
promovidas badernas, invasões e depredações de propriedades publicas e privadas. Existe
liberdade para que sejam feitos protestos. Esses mesmos protestos voltam-se, muitas vezes,
contra a liberdade de ir e vir dos cidadãos pelo bloqueio de ruas, pontes e estradas.

Não há igualdade de oportunidades, já que essa igualdade depende basicamente da educação que
é quase inexistente. Em regime democrático, todos deveriam ter igual acesso à educação
elementar e secundária de boa qualidade. Isso faria com que todos tivessem igual oportunidade na
competição pelo acesso ao ensino universitário. A idéia de que todos devem ter acesso à
Universidade existe somente em países onde a demagogia é amplamente utilizada. Sendo esse
ensino cada vez mais dispendioso e tendo que ser pago pela sociedade, (não existe ensino
gratuito), sendo o número de vagas restrito e dependendo o progresso da Nação dos resultados
das pesquisas daqueles que a ele têm acesso, a aprovação nos vestibulares tem que depender de
competição que favoreça somente os mais capacitados intelectualmente. Em nossa sociedade,
para a grande maioria, diploma significa apenas status, possibilidade de exigir maiores salários e
de ser preso em cela especial. Poucos têm o idealismo de fazer com que os conhecimentos
adquiridos revertam em benefícios sociais como frutos benéficos da pesquisa cientifica e
tecnológica.

Nem sequer a sobrevivência dos cidadãos é assegurada por nossa democracia que prioriza o
superávit primário ao invés da possibilidade de oferecer a eles oportunidade de trabalho honesto.
O desemprego ou o subemprego mutila o caráter de milhões de brasileiros. Como engabelo,
adotam-se programas sociais que lhes fornecem migalhas para que sobrevivam sem a
contrapartida de salário digno, ensino de qualidade e planejamento familiar coerente com o
crescimento econômico

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do país. A população foi acrescida de oitenta milhões de almas em apenas trinta e dois anos!

6 - O grau de representatividade dos políticos em relação ao número de habitantes.

Um eleitor de Roraima vale o mesmo que oito eleitores de S. Paulo.

7 - A legitimidade dos partidos políticos.

Em nossa democracia, o cenário descrito é amplamente facilitado pela proliferação de partidos


políticos cujos propósitos dificilmente se consegue distinguir, mesmo que se tente intensivamente.
Muito poucas pessoas sabem quantas dezenas de partidos políticos existem. Praticamente,
ninguém é capaz de identificá-los por outra coisa que não sejam as duas, três ou mais letras que
os designam. Em passado recente, o PT apresentava-se como exceção a essa regra, até o
momento em que revelou sua face oculta ao povo brasileiro, adotando em seu programa de
governo alguns propósitos existentes nos dos demais partidos (permanecer no poder a qualquer
custo, impedir investigações acerca de seus crimes e distribuir benesses aos companheiros,
mesmo que seja necessário recorrer a alianças inimagináveis).

Tente nomear os partidos políticos de memória. Se você conseguir repetir apenas os seus nomes
já terá conseguido muito. Conhecer as idéias que defendem e seus programas (se é que os têm) é
tarefa muito difícil mesmo para quem se interessa por política.

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Partido dos Aposentados Da Nação – PAN – Nº 26

Partido Comunista do Brasil – PCB - Nº 65

Partido Comunista Brasileiro – Nº 21

Partido da Causa Operária – Nº 29

Partido Democrático Trabalhista – Nº 12

Partido da Frente Liberal – Nº 25

Partido Humanista da Solidariedade – Nº 31

Partido Liberal – Nº 22
Partido do Movimento Democrático Brasileiro – Nº15

Partido da Mobilização Nacional – Nº 33

Partido Progressista – Nº 11

Partido Popular Socialista – Nº 23

Partido de Reedificação da Ordem Nacional – Nº 56

Partido Republicano Progressista – Nº 44

Partido Renovador Trabalhista Brasileiro – Nº 28

Partido Socialista Brasileiro – Nº 40

Partido Social Cristão – Nº 20

Partido da Social Democracia Brasileira – Nº 45

Partido Social Democrata Cristão – Nº 27

Partido Social Liberal – Nº 17

Partido Socialista dos Trabalhadores Unificado – Nº 16

Partido dos Trabalhadores – Nº 13

Partido Trabalhista do Brasil – Nº 70

Partido Trabalhista Brasileiro – Nº 14

Partido Trabalhista Cristão – Nº 36

Partido Trabalhista Nacional – Nº 19

Partido Verde – Nº 43

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Fica claro que partidos políticos, no Brasil, são apenas passaportes para as inacreditáveis
maravilhas da carreira política que tão bem remunera os que nela ingressam. Durante os
mandatos, muitos inclusive trocam seus partidos em busca de maiores ganhos políticos. Afinal, os
eleitores não sabiam mesmo qual era o programa de seu partido e por isso pouco se importam.

Podemos, pois, concluir que, na verdade, nossa democracia não faz jus a esse nome. Somos uma
demoligoanarquia. Democracia no nome, oligarquia para os que exercem o poder egoisticamente e
anarquia para os que sabem que a lei somente se aplica em determinadas situações às quais não
estão sujeitos.

A análise efetuada nos deixa uma séria questão: qual seria então a forma de governo adequada? A
democracia é claro. Mas a democracia de verdade e não esta que aí está. Para isso, algumas
medidas poderiam ser adotadas de modo a que nosso sistema de governo não continuasse a ser
falacioso:

Os juizes do Supremo Tribunal Federal seriam eleitos pelo voto dos advogados inscritos na OAB.
Os requisitos para ser considerado elegível para o cargo seriam estabelecidos pela OAB e
aprovados pelo Congresso Nacional. O candidato eleito continuaria a ser submetido à aprovação
do Senado Federal.

Os congressistas deveriam perceber um salário mínimo, a título simbólico, sendo-lhes assegurada


a moradia, a alimentação e o transporte gratuito, dentro de limites estipulados. Teriam que
renunciar ao mandato para que pudessem trocar de partido ou abandoná-lo. Todas as votações do
congresso teriam que ser públicas.

A reeleição dos congressistas e do presidente da república dependeria destes terem satisfeito os


seguintes requisitos mínimos:

Terem apresentado projetos de lei compatíveis com suas plataformas políticas e defendido pontos
de vista compatíveis com os assumidos em suas campanhas, mérito julgado pelo STE.

Apresentarem declaração pública de bens antes da posse e após o mandato, tornando-se


inelegíveis caso surjam discrepâncias entre os ganhos e os bens

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adquiridos.

Terem comparecido a, pelo menos, metade das sessões do parlamento ou, no caso do presidente,
ter atendido ao expediente do palácio, pelo menos, a metade dos dias úteis do mandato.

Os congressistas não poderiam gozar férias superiores ao recesso parlamentar que seria de no
máximo trinta dias, nem se ausentariam para campanhas políticas. Seu desempenho no
Congresso determinaria sua reeleição e não seus acordos secretos.

Os congressistas poderiam apenas contratar como auxiliares funcionários admitidos por concurso
para a função de assessores parlamentares.

Os delegados de polícia deveriam ser eleitos pelos habitantes de suas áreas de jurisdição.

As inúmeras polícias que existem deveriam ser unificadas, sendo seus integrantes formados em
organização específica. No momento, podemos citar de memória a existência das seguintes
polícias: militar, civil, federal, portuária, naval, ferroviária, rodoviária, SUNAB, guarda municipal,
IBAMA...

Os presídios deveriam ser transformados em cooperativas de trabalho agrícola, explorando áreas


improdutivas do território nacional. Os ganhos obtidos reverteriam integralmente para as famílias
dos presos. Os limites dessas áreas seriam minados com probabilidade elevada de impacto, não
necessitando muitos militares para que fossem evitadas fugas. Considerando os custos envolvidos
na construção de prisões de insegurança máxima e os recursos para tal, advindos da loteria
federal, mega sena, quina, dupla sena, loteca etc. muito dinheiro seria economizado. Na
construção dessas colônias penais agrícolas seria utilizado o trabalho forçado dos próprios presos.
Elas seriam guarnecidas com artilharia anti-aérea para o caso de helicópteros tentarem burlar a
vigilância.

Os condenados reconhecidamente deseducados teriam sua pena definida não em termos de


tempo, mas sim em termos de diplomação. Todos seriam obrigados a freqüentarem cursos
noturnos, ficando sua libertação na dependência de obterem sucesso em seus estudos e de
veredicto proferido por comissão específica que verificasse a adequabilidade de retornarem ao seio
da sociedade. Para isso, em cada cooperativa deveria existir uma escola noturna. Todos deveriam
obter diploma compatível com seu quoeficiente de inteligência e serem profissionalizados. A
produção agrícola desses campos poderia auxiliar a regulação dos preços de mercado. Essas
áreas seriam escolhidas por sua distância dos grandes centros, áreas essas desprovidas de
comunicação por celulares ou bloqueadas para tal.
O mesmo tratamento seria dispensado aos menores de dezesseis anos, com a diferença de que
seu trabalho seria compatível com suas idades, determinado este por comissão de profissionais
das áreas envolvidas.

O mandato presidencial deveria ser de cinco anos, sendo o presidente submetido a referendum
popular no meio do terceiro ano de seu exercício. Caso não aprovada a sua atuação, o Presidente
da Câmara dos Deputados deveria assumir de pronto o cargo, sendo convocadas novas eleições
presidenciais com a brevidade possível.

O salário dos professores dos cursos elementar e secundário deveria ser aumentado
substancialmente, a ponto de atrair qualquer universitário para o cargo. Como haveria mais
candidatos do que vagas seriam admitidos os que melhor se classificassem em concurso público.

As escolas funcionariam em tempo integral, sendo gratuitas apenas para os que percebessem
menos do que valor a ser estabelecido. Os alunos teriam que se diplomar em dois cursos
profissionalizantes. Ao invés de presídios, seriam construídas escolas. Como as prisões seriam
transformadas em colônias agrícolas penais em áreas remotas do território nacional, seria
estudada a oportunidade dos presídios serem transformados em escolas.

Alexandre 12/08/2006 07:26


Qualquer criança vista nas ruas em horário escolar deveria ser denunciada pela população e
recolhida por funcionários para tal preparados, sendo conduzida a organização a ser criada para
apurar o porque de não estarem na escola, sendo seus pais penalizados.

As benesses de nosso sistema penal que reduzem as penas dos criminosos a quase nada seriam
revistas de modo a que estes tivessem certeza de sua punição. As penas passariam a ser culpado
ou inocente, ficando o prazo de soltura dependente do comportamento do condenado e da
gravidade do crime cometido. Como cada caso é um caso, (em virtude da desigualdade que existe
entre os seres humanos), esse prazo seria constantemente reavaliado por comissão especifica de
profissionais avaliadores que julgariam a capacidade do preso poder retornar à sociedade em
liberdade condicional.

O pagamento da dívida externa (e de seus juros) deveria depender de que fossem investidos os
recursos necessários à criação de empregos de modo a que fosse assegurado o pleno emprego.

O maior salário de qualquer assalariado dos poderes executivo, legislativo e judiciário e dos
funcionários federais, estaduais e municipais ou membros de quaisquer outras organizações pagas
pela Federação, Estados ou Municípios não poderia ser superior a trinta vezes o salário percebido
pelos congressistas (salário mínimo)...

Sendo dever dos congressistas legislar, não seriam elegíveis cidadãos que não fossem capazes de
redigir e interpretar textos, mérito julgado por comissão de professores de português. Tampouco
seriam elegíveis candidatos que já tivessem sido condenados pela justiça, anteriormente.

Uma reforma política digna desse nome deveria ser implementada de modo a tornar transparente a
origem dos fundos das campanhas políticas.

O presidente do Bando Central deveria ser eleito pelo Congresso dentre candidatos que teriam que
ser, anteriormente, aprovados por comissão parlamentar específica.

Alexandre 12/08/2006 07:28


Os cartórios deveriam ser, em sua maioria, extintos, findando as infames práticas do
reconhecimento de firmas e de autenticação de cópias, resquícios do absolutismo. Tal
reconhecimento seria substituído pelo testemunho de funcionários de bancos, conforme é feito nos
EEUU. Aliás, o artigo 333 do Código de Processo Civil já determina que o ônus da prova cabe a
quem acusa. Assim, não há porque provar que não falsificamos nossa assinatura ou que nossa
identidade ou CPF são falsos.

Os bancos seriam obrigados a honrarem cheques sem fundo, caso fornecessem talões de cheques
para pessoas que emitiram mais de um.

Deveria ser instituído um programa de construção de moradias a custos simbólicos para favelados,
sendo as favelas gradualmente extintas. Essas moradias poderiam ser erigidas próximo aos locais
das grandes obras que seriam executadas com os recursos oriundos do condicionamento do
pagamento dos juros da dívida externa à obtenção de pleno emprego, de modo a oferecer salários
dignos juntamente com moradia, escola e hospital aos favelados que se candidatassem a isso.
Esses canteiros de obras teriam que incluir um plano de desmobilização a seu término, de modo a
assegurar emprego continuado aos que para lá fossem. A construção de Brasília não levou isso
em consideração, ocasionando o surgimento de um cinturão de miséria em torno do plano piloto
em poucos anos.

As emissoras de rádio e tv seriam obrigadas a adotarem código de ética por elas mesmas
controlado, de modo a que fossem estabelecidos os horários em que certos tipos de programas
poderiam ser transmitidos, sendo também obrigadas a cumprirem percentual de programas
considerados como educativos pelo Ministério da Educação e da Cultura.

Alexandre 12/08/2006 07:28


Deveriam ser autorizados mais canais de televisão gratuitos, de forma a ampliar o poder de
escolha dos telespectadores.

O jogo deveria ser explorado pelo governo em locais remotos do território nacional com o propósito
de angariarem-se recursos externos. Apenas turistas seriam autorizados a jogar. Afinal, o governo
já explora o jogo de diversas formas. Os atuais cassinos clandestinos seriam fechados.

O estatuto do desarmamento seria aplicado apenas aos bandidos e aos cidadãos condenados
judicialmente que perderiam o privilégio de portarem armas.

Ao invés de aplicarem-se multas de trânsito às viaturas infratoras, estas seriam obrigadas a


permanecerem por duas horas em local predeterminado, próximo ao local onde efetuaram a
transgressão, sendo nelas afixado cartaz esclarecedor. Os que a tal se recusassem seriam
obrigados a comparecerem a juízo especial para isso criado, ficando sujeitos a pesadas multas ou
à suspensão do privilégio de dirigir.

As viaturas com menos de dois anos de uso desde sua fabricação seriam dispensadas de vistoria,
já que isso é totalmente ilógico.
Etc. etc. etc.

Você, com toda a certeza, também já deve ter imaginado uma série de outras medidas que
poderiam nos conceder o direito de sermos conhecidos como um país democrata de fato. Todavia,
sabemos que as medidas citadas são muito difíceis de serem implementadas em
demoligoanarquias. Assim, tudo indica que continuaremos a reconhecer no termo democracia
apenas mais uma das muitas falácias a que está o povo brasileiro ora submetido.

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