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Direito Penal IV

Nádia Gomes Barboza

Professor Guilherme Marinho

Terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

CRIMES CONTRA O PATRIMÔNIO

Para uma corrente patrimônio é tudo aquilo que tem utilidade para alguém.
Enquanto que para outra corrente é aquilo que representa ou tem valor
econômico, portanto nem tudo que tem utilidade para alguém tem valor
econômico, então não pode ser objeto de furto.

Utilidade é diferente de valor afetivo/sentimental. Para uma terceira


corrente este também pode ser objeto de furto. Mas para parte da primeira
corrente não.

Tudo que tem valor histórico, também tem valor econômico.

Essas correntes vão consolidar um direito máximo, contrario a ultima ratio.


O entendimento não deve ser assim.

FURTO (ART. 155)

Art. 155 - Subtrair, para si ou para outrem, coisa alheia móvel:

Bem Jurídico: patrimônio (no sentido de algo com valor econômico)

Sujeito ativo: qualquer pessoa que não tem propriedade sobre o bem, se a
coisa for comum o crime é o do art. 156.

Sujeito passivo: proprietário (unanime), possuidor (maioria, o professor


entende que em alguns casos), detentor (minoria, o professor entende que
não). (Na maioria dos casos não a dano patrimonial para os dois últimos por
isso há divergência, quando há benfeitoria, ou quando é furtado algo
alugado com reversão pecuniária ao dono, pode se considerar o possuidor).

Tipo objetivo: subtrair.

Não existe presença de violência nem grave ameaça, pois se tiver será
roubo (Art.157).

O dolo está no subtrair.

Elemento subjetivo do dolo: para si ou para outrem.

Sem especial fim de agir não há crime.


Furto de uso, quando não tem intensão de se manter o produto.

Coisa é o objeto material, palpável. A Coisa deve ser móvel, mesmo que sua
natureza jurídica da coisa seja imóvel (avião, barco).

Consumação: 3 correntes, as duas primeiras mais condicionais.

1ª consuma quando temos a posse mansa e tranquila da coisa, antes disso


há mera tentativa.

2ª que haverá consumação quando o agente retirar a coisa da esfera de


proteção ou vigilância de alguém (da vítima).

3ª existe consumação quando a coisa é retirada da vítima, tornado a


tentativa quase impossível.

Só existe tentativa quando o crime é plurissubsistente, que depende de


vários atos, e, portanto barrando um desses a o impedimento do crime.

No Brasil predomina a ideia de que, coisas com mero valor sentimental não
qualificam furto.

Subtração de cheque => a maioria dos tribunais entende que a subtração


de cheque qualifica furto, o professor acha que é claro que não.

A justificativa primeira é que o objeto pode servir para a prática de


estelionato, outra é a de que a vitima terá que desembolsar tachas para
retirar o cheque de circulação e por fim, a última explicação, que a vítima
experimentará dissabores para evitar a circulação do cheque (terá que ir a
policia, ao banco, ao CDL, para evitar que o cheque circule).

Porque esta errada: o bem jurídico é a coisa que tem valor econômico, em
nenhuma das explicações isto é mencionado. O cheque representa um
valor, mas o valor dele é inexistente. Portanto a segunda corrente considera
que não ocorre nada com a subtração de cheque (o professor entende
assim).

A primeira justificativa cai quando não há uso do cheque para estelionato,


antecipação de crime não existe. Se ocorrer divide-se em mais duas
correntes: furto + estelionato, ou apenas estelionato (crime fim) absorvendo
furto (crime meio).

A segunda justificativa é refutada pelo fato de que o sujeito, quando é


furtado, e faz a ocorrência, ao levar este documento ao banco ele isentado
de taxas. E quando alguém subtrai o cheque, ele subtrai a coisa sem valor e
não a taxa, pois pode não haver taxa, e ainda que você ligue o fato à taxa,
ela demasiado baixa (princípio da insignificância).

A terceira justificativa cai por tratar da tranquilidade da vitima e não de


valor patrimonial.

Subtração de cadáver => dois crimes: Art.155 furto ou Art.211


Considerasse que se o cadáver tiver valor econômico é furto, se não é o
crime do art. 211.

Há valor econômico, por exemplo, o cadáver de uma faculdade de medicina,


uma múmia.

Subtração de objetos enterrados com o cadáver => Coisas abandonadas


não podem ser furtadas. Considera-se que enterrar coisas com cadáver é
abandono. Há no máximo crime de violação de sepultura (Art.210). Mas se o
objeto compõe o mausoléu ou o túmulo é furto.

Furto de uso=> Uma corrente diz que existirá furto de uso quando
demonstrada a inexistência do especial fim de agir, e para isso devem
concorrer os seguintes requisitos:

1) Que a vítima não saiba da subtração antes de a coisa ser devolvida.

2) Que a coisa seja devolvida no estado em que foi encontrada.

3) Que haja a rápida devolução da coisa.

(Requisitos variados de acordo com o entendimento de cada um, nas outras


correntes, sendo esta mais rígida).

A infração desse caso é cível, pedindo indenização por um possível


desgaste.

Próxima aula: Furto Famélico.

Segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

Furto de uso => não é crime.

Dois elementos subjetivos dolo no verbo subtrair, e interesse de agir para si


e para outrem. Se o agente subtrai, mas não para si ou para outrem,
inexiste realização de todos os elementos não caracterizando furto.

Furto Famélico =>

Existe quando alguém tem necessidades urgentes pra sobreviver e pratica o


crime para esse fim. Trata-se de Estado de necessidade, o fato é típico, mas
não é antijurídico. (O fato deve ser típico, antijurídico e culpável). Na
verdade não há tipicidade material na maioria dos casos, pelo princípio da
insignificância.

Parágrafos =>

§ 1º - A pena aumenta-se de um terço, se o crime é praticado durante


o repouso noturno.
No direito brasileiro considera-se noite o período entre o por e o nascer do
sol. Porém repouso noturno não é o mesmo tempo, deve-se para delimita-lo
observar o costume do local onde acontece o fato. (Ex.: Em Belo Horizonte
as 20hrs não é repouso noturno, mas em algumas cidades do interior as
20hrs já estão todos dormindo, embora nesses).Deve-se observar uma
menor vigilância.

1ª corrente, repouso noturno acontece apenas se o furto se der em casa


habitada com pessoas repousando, se havia no caso redução grande da
vigilância.

2ª Um segundo entendimento, mais equivocado, é o de pessoas repousando


ou não, porque é equivocado: quando eles não estão repousando não a
diminuição da vigilância.

3ª Pra uma terceira corrente não importa o local do furto nem se as pessoas
estão repousando naquele momento nele, mas sim há habitantes neste
lugar e se as pessoas que habitam a “vizinhança” estão repousando,
mesmo que o lugar furtado esteja vazio (Ex.: Escritório).

§ 2º - Se o criminoso é primário, e é de pequeno valor a coisa


furtada, o juiz pode substituir a pena de reclusão pela de detenção,
diminuí-la de um a dois terços, ou aplicar somente a pena de multa.

Primeiro requisito é ser primário, não ter contra si sentença condenatória


penal transitada em julgado. Segundo requisito é ter pequeno valor. Vai
contra o princípio da insignificância. A jurisprudência (em maioria) entende
que o pequeno valor referido no paragrafo segundo vai até, e não
ultrapassando, o salário mínimo. O Princípio da insignificância se aplicaria
para valores muito baixos, que é limitado por cada juiz, não há valor fixado.

Se o valor é insignificante para o fisco, porque seria interessante para o


direito penal.

Contrabando é diferente de descaminho, contrabando é de produtos


proibidos e descaminho não.

Quando no artigo usam a palavra pode, quer dizer na verdade que ele é
obrigado a aplicar, nesses casos, um ou outro.

§ 3º - Equipara-se à coisa móvel a energia elétrica ou qualquer outra


que tenha valor econômico.

Energia elétrica ou qualquer outra energia. O chamado “gato”, portanto é o


crime positivado no paragrafo acima, é roubo de energia elétrica.

Pode ser furtada a energia genética dos reprodutores, no caso, por


exemplo, de animais. (ver exposição dos motivos).

Para “tv a gato” a conduta é ilícita mas atípica. Motivos:

1ª corrente
1. Em razão do verbo: subtrair, o sujeito não subtrai o sinal, mas capta-
o.

2. Não é forma de energia, é um sinal (embora haja discussão, inútil,


quanto à tv a cabo que dispara energia por ele, porém não a dolo de
furtar, e mesmo assim a quantidade de energia é tão baixa que o
valor, pela energia, é insignificante.)

3. Não houve perda patrimonial para empresa, ela apenas deixa de


ganhar.

2ª corrente

A Segunda corrente entende que é crime de estelionato, pois houve fraude,


o que não porque ela não esta perdendo, mas deixando de ganhar.

Art. 171 - Obter, para si ou para outrem, vantagem ilícita, em


prejuízo alheio, induzindo ou mantendo alguém em erro, mediante
artifício, ardil, ou qualquer outro meio fraudulento.

3ª Uma terceira parcela, menor entende que é violação de direito autoral.

Art. 184. Violar direitos de autor e os que lhe são conexos.

4ª Pra ultima corrente o crime realmente é de furto com aplicação no


paragrafo terceiro, por entendimento do TJ, (que não trás qualquer
justificativa).

Art. 93, inciso IX, da CC/88 trás a nulidade da sentença sem justificativa.

Enfim, a operadora pode tomar os meios para que se interrompa essa


situação e reparação, mas não configura crime, embora seja ilegal.

Furto qualificado=>

§ 4º - A pena é de reclusão de dois a oito anos, e multa, se o crime é


cometido:

I - com destruição ou rompimento de obstáculo à subtração da coisa;

II - com abuso de confiança, ou mediante fraude, escalada ou


destreza;

III - com emprego de chave falsa;

IV - mediante concurso de duas ou mais pessoas

I - Romper é estragar, destruição é a fazer desaparecer como coisa (Ex.:


Detonar uma porta continua sendo madeira, mas não é mais porta).
Entende-se que essa coisa destruída ou estragada não pode ser a coisa
subtraída, mas sim um obstáculo para realização do crime. (Ex.: quebrar o
vidro de um carro para furtá-lo, a primeira corrente entende que não é
qualificado porque o vidro seria o próprio carro e sua existência para
satisfação de desejos mais “fúteis”, a segunda corrente entende que há
furto qualificado porque o vidro, embora tenha mais funções supérfluas
existe a característica de proteger, de garantir segurança ao veículo, sendo
então obstáculo (corrente majoritária). Há que se fazer a interpretação
sociológica, pois a interpretação gramatical não é a primeira nem a última a
ser usada no direito penal.

Quando o vidro é quebrado para que se leve um objeto que se encontra no


interior do veiculo:

Para a primeira corrente entende-se que se não qualifica para levar o carro,
que é de maior valor econômico, não a porque qualificar para objetos
menores. Para a segunda corrente, ambos os furtos são qualificados, tanto
do próprio carro quanto dos objetos em seu inteiro, observado os princípios
atrelados como da insignificância.

Terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

II – confiança = relação de confiança entre duas pessoas. A coisa não esta


vigiada por existir esta relação. Autores defendem que é pressuposto muito
tempo de convivência para se tiver confiança, se roubar e não havia
confiança não é qualificado.

No estelionato engana-se a vítima e ela mesma entrega a coisa, já na


fraude enga-se a pessoa para lhe subtrair a coisa.

Tudo o aquilo que exigir esforço físico é escalada (Ex.: rapel), porque
quando existem lugares em que não se chega de maneira convencional
possuem menos vigilância (entrar pela janela do decimo andar).

Túnel = furto mediante fraude

Destreza é uma habilidade que o sujeito tem que nem todos possuem, e
que mesmo mediante treino é difícil de desenvolver.

III - Chave falsa

Chave verdadeira (diferente da chave original) = objeto feito para funcionar


determinado mecanismo de fechadura.

Para uma primeira corrente tudo que for empregado para este fim, mas não
foi construído para o determinado mecanismo é chave falsa. Para outra é
entendido que tudo que não foi feito pra funcionar naquele mecanismo de
fechadura é falsa, mas a chave verdadeira obtida por meios ilícitos também
o é (Professor não concorda com essa corrente).

IV – Para a primeira corrente não importa se ouve apenas participação,


ambas as pessoas respondem pelo furto qualificado. Para outra não haveria
qualificadora em caso de apenas participação, em avaliação teleológica,
pois não houve facilitação por meio do participe, para se qualificar é
necessário haver duas pessoas ou mais no local participando do ato.

§ 5º - A pena é de reclusão de 3 (três) a 8 (oito) anos, se a subtração for de


veículo automotor que venha a ser transportado para outro Estado ou para o
exterior.

Veículo automotor não é só carro, pode ser ter, aeronave, barco que
possuam motor mecânico. Deve-se romper os limites estaduais ou
nacionais. Se não há essa transposição efetivamente não é aplicada essa
qualificadora, nem mesmo sua tentativa. Aplica-se a qualificadora também
para o DF. Se não há intensão do agente de levar para outro estado, se está
lá por acidente e é preso, não incide a qualificadora, embora fique a cargo
do réu provar que não possuía animus.

Roubo

Roubo Próprio =>

Art. 157 - Subtrair coisa móvel alheia, para si ou para outrem,


mediante grave ameaça ou violência a pessoa, ou depois de havê-la,
por qualquer meio, reduzido à impossibilidade de resistência:

155 + 147, 129/121, 146.

Crime complexo e pluriofensivo: ofende mais de um bem jurídico –


patrimônio, liberdade, integridade física, liberdade pessoal.

Tudo que se aplica no furto núcleo do tipo, sobre sujeitos, tentativa e


consumação se aplica ao roubo.

Ameaça não é violência, usar uma arma só é violência se ela for utilizada.

Não é necessário que exista a arma para acontecer a ameaça, apenas que o
agente queira que a vitima acredite nisso, e isso realmente aconteça.

Forçar alguém, por constrangimento ilegal, a fazer algo que não queira
(emprego de sonífero) é considerado furto, pois foi reduzida a capacidade
de resistência da vitima.

É possível roubo famélico, hipótese de necessidade para o furto, não é


aceito pela jurisprudência, embora seja claramente previsto. Parte da
doutrina (o professor também), é contra, pois não a vedação legal para isso,
pois o art. 24 se aplica a todos os demais.

Unanimidade de que não aplicação de insignificância em bens jurídicos


diferentes do patrimônio. Uma corrente minoritária pensa que pode-se
destrinchar a união de artigos, usar o principio da insignificância no furto
(patrimonial) e condenasse pelo crime complementar ( 147, 129/121, 146).
Roubo impróprio (violência ou grave ameaça aplicada depois da subtração)
=>

§ 1º - Na mesma pena incorre quem, logo depois de subtraída a


coisa, emprega violência contra pessoa ou grave ameaça, a fim de
assegurar a impunidade do crime ou a detenção da coisa para si ou
para terceiro.

Não se emprega violência antes ou durante o crime, mas para garantir o


crime.

1º problema: o que é “subtraída”

Entende-se primeiro que é o mero desapossamento.

2º problema: até quando pode se empregar violência ou grave ameaça para


qualificar?

Ler doutrina e procurar casos – tentativa de roubo impróprio.

§ 2º - A pena aumenta-se de um terço até metade:

I - se a violência ou ameaça é exercida com emprego de arma;

II - se há o concurso de duas ou mais pessoas;

III - se a vítima está em serviço de transporte de valores e o agente


conhece tal circunstância.

IV - se a subtração for de veículo automotor que venha a ser


transportado para outro Estado ou para o exterior;

V - se o agente mantém a vítima em seu poder, restringindo sua


liberdade.

I - Arma é qualquer objeto construído fabricado para o emprego de ataque e


defesa. Arma imprópria é qualquer objeto utilizado para ataque.

As características da arma são intimidar e lesar, da primeira nasce o crime


de roubo, do seguinte a qualificação. Por isso arma de brinquedo, ou arma
estragada ou sem munição, como não pode lesar não qualificam para uma
corrente minoritária. Para a majoritária a arma estragada ou sem munição
entram, por serem de fato armas, como qualificadora.

segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

II – Mesmo do furto paragrafo 4º inciso 4.

III – O trabalho da vitima deve ser o transporte de valores e o agente deve


ter certeza desta situação. O uso da palavra “Valores” não se refere apenas
a dinheiro, mas qualquer coisa que possua valor econômico com joias. O
Boy de empresa não conta como transportador de valores, pois essa não é a
sua função exclusiva.

IV- Mesmo do furto 155 paragrafo 5º.

V – Pra uma corrente qualquer lapso do tempo em que a liberdade da vitima


é privada conta este inciso, para outra só haverá a incidência se a
supressão da liberdade durar mais tempo que o próprio roubo.

Sequestro relâmpago => Para a primeira corrente incidia roubo. Para a


segunda não há roubo, pois o cartão não possui valor, ele obterá valor se
conseguir a senha e para isso deve cometer o crime de extorsão.

Art. 158 - Constranger alguém, mediante violência ou grave ameaça, e com o


intuito de obter para si ou para outrem indevida vantagem econômica, a
fazer, tolerar que se faça ou deixar fazer alguma coisa:

Para uma terceira corrente a extorsão em concurso de crimes com


sequestro. Para uma quarta corrente havia o crime extorsão mediante
sequestro.

Porém, depois de 2009, criou-se um novo paragrafo no crime de extorsão


para ser previsão para este:

(Art.158) § 3o Se o crime é cometido mediante a restrição da


liberdade da vítima, e essa condição é necessária para a obtenção da
vantagem econômica, a pena é de reclusão, de 6 (seis) a 12 (doze)
anos, além da multa; se resulta lesão corporal grave ou morte,
aplicam-se as penas previstas no art. 159, §§ 2o e 3o,
respectivamente.

Porém se o agente levar os bens que se encontram com a vítima


configura TAMBÉM de roubo. Para a jurisprudência há concurso
material e as penas são somadas, não configuram crimes da mesma
espécie para eles porque não é o mesmo crime praticado mais de
uma vez. Porém para a doutrina são crimes da mesma espécie por
ofenderem o mesmo bem jurídico, configurando crime continuado.
Art. 71 - Quando o agente, mediante mais de uma ação ou omissão,
pratica dois ou mais crimes da mesma espécie e, pelas condições de
tempo, lugar, maneira de execução e outras semelhantes, devem os
subsequentes ser havidos como continuação do primeiro, aplica-se-
lhe a pena de um só dos crimes, se idênticas, ou a mais grave, se
diversas, aumentada, em qualquer caso, de um sexto a dois terços.

No crime de extorsão não importa se o agente consegue a vantagem


econômica, basta que ele ameace a vítima para isso.
§ 3º Se da violência resulta lesão corporal grave, a pena é de reclusão, de
sete a quinze anos, além da multa; se resulta morte, a reclusão é de vinte a
trinta anos, sem prejuízo da multa.
Se houve a consumação da subtração e da lesão aplica-se o Art. 157,
paragrafo 3º, primeira parte.

Se houve a consumação da subtração e a tentativa da lesão aplica-se o


art.157 caput.

Se houve tentativa da subtração e da lesão aplicasse o 157 c/c (combinado)


com o art. 14, inciso II

Se houve tentativa de subtração e lesão consumada na maioria das decisão


aplica-se o 157, paragrafo 3, 1 parte; porem o professor acha que a
segunda corrente é a que deveser seguido a mesma providencia do interior.

A segunda parte do paragrafo terceiro é o chamado crime de latrocínio (mas


não usa esse nome):

Se houve consumação da subtração e da consumada aplica-se 157,


paragrafo terceiro, segunda parte.

Se houve consumação da subtração e tentativa de morte aplica-se 157,


paragrafo de terceiro, segunda parte c/c 14, II

Se houve tentativa de ambos, aplica-se o mesmo que o item anterior porem


com pena menos por não haver dano consumado.

Se houve tentativa da subtração e consumação da morte aplica-se o mesmo


que o primeiro caso, pela súmula 610 do STF (majoritária). Para uma
segunda corrente houve tentativa de latrocínio e, portanto se aplica o
mesmo que dos dois casos anteriores. Para uma terceira aplica-se o crime
de homicídio, 121, paragrafo segundo, inciso V; pois não haveria
consumação do roubo (professor a acha incorreta).

Não há necessidade para a configuração do roubo que a vitima seja a


mesma que sofre ameaça. Pode haver latrocínio mesmo que uma pessoa
morra e não tenha nada haver com o fato, basta que da violência
empregada resulte na morte de alguém.

No caso do parceiro ser morto por consequência dessa violência ocorre


ERRO NA EXECUÇÃO, Art. 73.

Art. 73 - Quando, por acidente ou erro no uso dos meios de


execução, o agente, ao invés de atingir a pessoa que pretendia
ofender, atinge pessoa diversa, responde como se tivesse praticado
o crime contra aquela, atendendo-se ao disposto no § 3º do art. 20
deste Código. No caso de ser também atingida a pessoa que o
agente pretendia ofender, aplica-se a regra do art. 70 deste Código.

Porem se ele pretende matar o parceiro para ficar com o produto do crime,
há roubo em relação a vitima e homicídio, 121 paragrafo segundo inciso v
em relação ao parceiro , pois morte foi causada para assegurar o roubo.
Extorsão

Crime pluriofensivo, ofende mais de um bem jurídico.

Sujeito ativo: Qualquer pessoa pode cometê-lo.

Sujeito passivo: quem te condição de compreender a ameaça. Não pode ser


qualquer pessoa deve ter a capacidade de compreender e de se
autodeterminar.

Ocorre o mesmo que o constrangimento ilegal porem há outro determinado


fim de agir, aqui a é vantagem econômica, no caso do estupro a conjunção
carnal, nos demais casos constrangimento ilegal.

Consumação: quando vitima começa a realizar a conduta exigida pelo


agente. Independe da vantagem econômica. Aqui mora a grande diferença
do crime de roubo, pois lá deve haver a diminuição do patrimônio da vitima,
um dano patrimonial em algum momento. Na extorsão não, pois o verbo
tipo é constranger. Porem deve se considerar também a lesão ao bem
jurídico, por isso aplica-se, para que não haja uso de intepretação literal,
que há tentativa quando há extorsão, mas não há perda patrimonial para a
vítima.

Terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

(Art.158)§ 1º - Se o crime é cometido por duas ou mais pessoas, ou


com emprego de arma, aumenta-se a pena de um terço até metade.

O mesmo aplicado a concurso de pessoas e emprego de arma no caso de


furto. A Sumula que considerava arma a de brinquedo foi cancelada.

§ 2º - Aplica-se à extorsão praticada mediante violência o disposto no


§ 3º do artigo anterior. Vide Lei nº 8.072, de 25.7.90

§ 3o Se o crime é cometido mediante a restrição da liberdade da


vítima, e essa condição é necessária para a obtenção da vantagem
econômica, a pena é de reclusão, de 6 (seis) a 12 (doze) anos, além
da multa; se resulta lesão corporal grave ou morte, aplicam-se as
penas previstas no art. 159, §§ 2o e 3o, respectivamente. (Incluído
pela Lei nº 11.923, de 2009)

O mesmo observado no furto e roubo.

Extorsão mediante sequestro

Art. 159 - Sequestrar pessoa com o fim de obter, para si ou para outrem,
qualquer vantagem, como condição ou preço do resgate: Vide Lei nº 8.072,
de 25.7.90

Quando não existir privação da liberdade por tempo juridicamente relevante


não configura.
Estamos em um delito contra o patrimônio e não contra a pessoa, então em
tese poderia configurar crime quando houvesse pagamento de resgate.

Sujeito ativo: qualquer pessoa.

O dolo está no verbo. O agente quer privar a liberdade da vitima, mas com
o fim de obter vantagem, então a mera privação de liberdade sem esse fim
é outro crime e não extorsão.

Para uma corrente vale qualquer vantagem obtida, pois além de estar isso
escrito e parte que fala de condição já que preço (vantagem econômica vem
em seguida), o professor não concorda, pois é crime quando o patrimônio
então é vantagem econômica; por isso preço é quando se tratar de dinheiro
e condição quando algo é economicamente vantajoso (propriedades, joias).

Além de se tratar de uma espécie de extorsão, que tem art. falando de


vantagem econômica.

§ 1° Se o sequestro dura mais de vinte e quatro horas, se o


sequestrado é menor de dezoito anos, ou se o crime é cometido por
bando ou quadrilha: (qualificadora)

O crime é permanente, se no perdurar do cárcere a pessoa completar 18


anos ou 60 anos também se qualifica de qualquer maneira.

§ 1o Se o seqüestro dura mais de 24 (vinte e quatro) horas, se o


seqüestrado é menor de 18 (dezoito) ou maior de 60 (sessenta)
anos, ou se o crime é cometido por bando ou quadrilha.

Na quadrilha há um comando no bando não. A quadrilha possui hierarquia.


A formação da quadrilha é um ato preparatório para a prática de um crime.
A partir do momento que se reúnem com a ideia de associação permanente
o delito de quadrilha esta consumado, independentemente de pratica do
crime posteriormente. Quando ela pratica o crime responde por dois delitos,
quadrilha e, nesse caso, extorsão mediante sequestro.

É possível que exista figura qualificada mesmo respondendo por dois


crimes? Haveria punição dupla? Pra uma corrente majoritária, aplica-se
concurso material e não pode haver dupla punição.

§ 3º - Se resulta a morte:

§ 4º - Se o crime é cometido em concurso, o concorrente que o


denunciar à autoridade, facilitando a libertação do sequestrado, terá
sua pena reduzida de um a dois terços.

(Delação premiada) – O Estado não oferece proteção, apenas redução de


pena.

Para a sua aplicação existe a condição que essa delação traga alguma
facilitação para a libertação da vítima. O juiz avaliara o grau de facilitação
para fazer a proporcional diminuição de pena.
Extorsão indireta

Art. 160 - Exigir ou receber, como garantia de dívida, abusando da


situação de alguém, documento que pode dar causa a procedimento
criminal contra a vítima ou contra terceiro:

Bem jurídico protegido: liberdade (portanto mais um crime em lugar errado


no código).

Basta exigir ou receber (não é necessário nesse caso propor) algo que
prove, como garantia da divida, que a vitima ou terceiro cometeu um crime.
Tudo que prova algo é documento. Tudo que tenha potencialidade de
instaurar um procedimento criminal contra alguém. Procedimento não é
processo; um inquérito policial bastaria para configurar.

Sujeito ativo: credor

Sujeito passivo: devedor

Crime instantâneo que se consuma num momento determinado.

(crime continuado existe mais de um crime)

Crimes de USURPAÇÃO

Alteração de limites

Art. 161 - Suprimir ou deslocar tapume, marco, ou qualquer


outro sinal indicativo de linha divisória, para apropriar-se, no
todo ou em parte, de coisa imóvel alheia:

Esbulho possessório

II - Invade, com violência a pessoa ou grave ameaça, ou


mediante concurso de mais de duas pessoas, terreno ou
edifício alheio, para o fim de esbulho possessório.

Esbulho é tomar imóvel ou terras de outra pessoa. O professor entende que


o esbulho quando a terra não está sendo usada para produção, não esta
sendo utilizada para sua função social, é legitima desde que se use para
produção, para moradia e seu sustento.

Crimes de APROPRIAÇÃO INDÉBITA.

Apropriação indébita

Art. 168 - Apropriar-se de coisa alheia móvel, de que tem a


posse ou a detenção:

Crime contra o patrimônio. Crime próprio, portanto:


Sujeito ativo: possuidor direto. (QUEM ESTA SEGURANDO A COISA NO
MOMENTO)

Possuidor é diferente de proprietário.

CONCEITOS NO CÓDIGO CIVIL

Art. 1.196. Considera-se possuidor todo aquele que tem de fato o exercício,
pleno ou não, de algum dos poderes inerentes à propriedade.

Art. 1.197. A posse direta, de pessoa que tem a coisa em seu poder,
temporariamente, em virtude de direito pessoal, ou real, não anula a indireta,
de quem aquela foi havida, podendo o possuidor direto defender a sua posse
contra o indireto.

Art. 1.198. Considera-se detentor aquele que, achando-se em relação de


dependência para com outro, conserva a posse em nome deste e em
cumprimento de ordens ou instruções suas.

Parágrafo único. Aquele que começou a comportar-se do modo como


prescreve este artigo, em relação ao bem e à outra pessoa, presume-se
detentor, até que prove o contrário.

Sujeito passivo: proprietário.

Consumação: de difícil determinação, pois é apenas uma alteração do


status em relação a coisa, mas se define quando o possuidor ou detentor
passa agir com animus domini, ou como se proprietário fosse.

Os critérios para determinação são:

• Quando há prazo pra devolução, o agente não devolve a coisa e


continua a utiliza-la. (não basta, pois, além disso, é necessário o
animus, mas é critério)

• Quando não há prazo consumasse quando decorrer tempo suficiente


para a devolução. (Tempo suficiente é determinado para cada fim,
cada caso)

Dado o empréstimo é feito dá-se normalmente transito livre a pessoa com o


bem, por isso a tentativa é de difícil, para que isso ocorra o transito deve ser
limitado, como no caso de carro oficial.

A apropriação deve ser de coisa móvel, pois se é de coisa móvel configura


ou esbulho possessório, ou apenas ilícito civil.

Para esse crime é mister que a posse do bem seja licita (emprestada por
exemplo) , se for ilícita o crime é de furto.

segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

§ 1º - A pena é aumentada de um terço, quando o agente recebeu a


coisa:

I - em depósito necessário; ART. 647 (CC)


II - na qualidade de tutor, curador, síndico, liquidatário,
inventariante, testamenteiro ou depositário judicial;

Tutores = responsáveis por menores.

Curadores = responsáveis por maiores incapazes.

Sindico = responsável por regularização da massa falida de uma empresa.

Liquidatário = o mesmo papel de sindico, mas com instituições financeiras.

Inventariante =

Testamenteiro = Instituto muito pouco usado, é o que dá cumprimento ao


testamento.

Depositário judicial = nomeado pro juiz e não qualificado por lei.

III - em razão de ofício, emprego ou profissão.

Ofício = Trabalho que não depende do curso superior.

Emprego = relação empregatícia.

Profissão = Exige formação superior (Ex.: Advogado trabalhista que se


apropria do ganho da causa)

Há confusão entre furto e apropriação indébita. Sempre que a posse ou


detenção forem vigiadas e o sujeito ficar com a coisa o crime é de furto, se
não for vigiado o crime é de apropriação indébita. Vigiado no sentido de
controlado e não de observado vinte e quatro horas (por nota, ou por GPS,
prestação de contas diárias). EX.: frentista que via embora com o dinheiro
pago é considerado roubo, pois ele presta contas no final do dia, ou seja, é
vigiado. No caso de posse de um notebook para trabalho, concedido por
empresa, tomar como seu é apropriação indébita, pois o objeto não é
vigiado.

Apropriação indébita previdenciária (Incluído pela Lei nº 9.983, de 2000)

Art. 168-A. Deixar de repassar à previdência social as contribuições


recolhidas dos contribuintes, no prazo e forma legal ou
convencional:

§ 2o É extinta a punibilidade se o agente, espontaneamente, declara,


confessa e efetua o pagamento das contribuições, importâncias ou
valores e presta as informações devidas à previdência social, na
forma definida em lei ou regulamento, antes do início da ação fiscal.

ESTELIONATO

Art. 171 - Obter, para si ou para outrem, vantagem ilícita, em


prejuízo alheio, induzindo ou mantendo alguém em erro, mediante
artifício, ardil, ou qualquer outro meio fraudulento:

Bem Jurídico: patrimônio


Sujeito ativo: qualquer pessoa

Sujeito passivo: qualquer pessoa

Não é necessário que a vítima seja a mesma que terá o dano patrimônio
como nos outros casos, o enganado pode não ser o dono da coisa que o
sujeito está levando. A coisa não é subtraída, o verbo é “obter”, ele ganha
algo que alguém está perdendo, porque o agente induz ou matem em erro.

Se não há vantagem sem prejuízo alheio não existe crime de estelionato.

Além do dolo de obter ele tem o especial fim de agir para si ou para outrem
o valor ou coisa.

Vantagem ilícita que possua valor econômico uma vez que o crime é contra
o patrimônio.

O agente induz a pessoa a perceber realidade inexistente, matem em erro


ou se aproveita do erro da vitima.

Artifício: menos expediente em relação ao ardil.

Ardil: cria-se um ambiente para a prática do delito.

Ex.: golpe do bilhete premiado

Torpeza bilateral = a potencial vitima tenta se aproveitar da


humildade, enquanto o falso humilde quer o dinheiro da pessoa.

É considerado que agora existe o crime de fraude por parte do agente


mesmo que haja torpeza bilateral.

Consumação: obtenção da vantagem.

Tentativa: sempre possível, pois é plurisubsistente.

Na maioria das vezes o crime de estelionato exige falsificação de


documento

(Art. 297) falsificação de documento público.

Pra uma corrente então acontece concurso material ( as penas são


somadas). Para outra o crime de estelionato seria absorvido e, portanto
ocorreria apenas o 297. Para outra se matem isso também mas por outro o
motivo, o da pena ser maior neste crime. Para outros o crime é do art. 171
porque esse é o crime fim (esta é a opinião do professor).

Terça-feira, 1 de março de 2011

§ 1º - Se o criminoso é primário, e é de pequeno valor o prejuízo, o juiz pode


aplicar a pena conforme o disposto no art. 155, § 2º.

§ 2º - Nas mesmas penas incorre quem:


Disposição de coisa alheia como própria

I - vende, permuta, dá em pagamento, em locação ou em garantia coisa


alheia como própria;

Alienação ou oneração fraudulenta de coisa própria

II - vende, permuta, dá em pagamento ou em garantia coisa própria


inalienável, gravada de ônus ou litigiosa, ou imóvel que prometeu vender a
terceiro, mediante pagamento em prestações, silenciando sobre qualquer
dessas circunstâncias;

Defraudação de penhor

III - defrauda, mediante alienação não consentida pelo credor ou por outro
modo, a garantia pignoratícia, quando tem a posse do objeto empenhado;

Fraude na entrega de coisa

IV - defrauda substância, qualidade ou quantidade de coisa que deve


entregar a alguém;

Fraude para recebimento de indenização ou valor de seguro

V - destrói, total ou parcialmente, ou oculta coisa própria, ou lesa o próprio


corpo ou a saúde, ou agrava as conseqüências da lesão ou doença, com o
intuito de haver indenização ou valor de seguro;

Fraude no pagamento por meio de cheque

VI - emite cheque, sem suficiente provisão de fundos em poder do sacado, ou


lhe frustra o pagamento.

§ 3º - A pena aumenta-se de um terço, se o crime é cometido em detrimento


de entidade de direito público ou de instituto de economia popular,
assistência social ou beneficência.

No destrato comercial não há crime, pois não há fraude. O pressuposto


desse crime é a vontade de enganar.

Pagamento para prostituição. Para a primeira corrente a relação comercial


não é tutelada pelo direito, portanto não é licita então não há crime. Para a
segunda corrente ( que o professor concorda) há crime pois não há
proibição legal para a prostituição, apenas no caso exploração de
prostituição alheia, sendo assim ilícito. (majoritária).

Pagamento de jogo com cheque sem fundo ou frustra o cheque, não há


crime, pois como jogo é ilícito (se não organizado pelo estado) não direito
de cobrança da divida.

Outras fraudes

Art. 176 - Tomar refeição em restaurante, alojar-se em hotel ou


utilizar-se de meio de transporte sem dispor de recursos para efetua
o pagamento:
Parágrafo único - Somente se procede mediante representação, e o
juiz pode, conforme as circunstâncias, deixar de aplicar a pena.

Se ocorrer com animus jocandi, ou se a pessoa possuir o recurso para


efetuar o pagamento, mas não o fazer, não há crime.

Receptação

Art. 180 - Adquirir, receber, transportar, conduzir ou ocultar, em


proveito próprio ou alheio, coisa que sabe ser produto de crime, ou
influir para que terceiro, de boa-fé, a adquira, receba ou oculte:

Bem jurídico tutelado: patrimônio (professor não concorda)

Sujeito ativo: qualquer pessoa

Crime acessório, pois depende da ocorrência de um crime anterior, um


crime principal.

Sujeito passivo: Possui o mesmo sujeito passivo do crime anterior. A vítima


do crime anterior é também da receptação.

Neste caso o bem jurídico já foi lesado no crime anterior por isso não seria
crime contra o patrimônio a receptação. No caso o bem jurídico tutelado
seria a paz pública.

Aquele que adquiri a própria coisa que foi roubada não pratica receptação.
Na opinião isolada do professor se o crime tutelasse a paz publica a pessoa
vitima do primeiro crime de furto ou roubo que adquirisse a própria coisa
cometeria crime de receptação.

Dois tipos de receptação

Receptação própria:

Adquirir, receber, transportar, conduzir ou ocultar, em proveito


próprio ou alheio, coisa que sabe ser produto de crime.

Receptação imprópria:

ou influir para que terceiro, de boa-fé, a adquira, receba ou oculte:

No tipo misto alternativo não importa o numero de condutas vai influir um


único crime

No tipo misto cumulativo a cada conduta prevista haverá tantos crimes


quanto as condutas praticadas

No caso da receptação própria apenas o crime é do tipo misto alternativo;


porém em relação a receptação própria e imprópria, no crime como um todo
, as duas especiais são cumulativos.

Verbo:
Adquirir = > obter de maneira onerosa onde a conduta é ativa.

Receber = >obter de maneira gratuita onde a conduta é passiva.

Transportar => deslocar de um lugar a outro.

Conduzir => também é transportar só que o conduzir é guiar.

Ocultar = > esconder

Nas duas primeiras modalidades o crime é instantâneo, pois o momento


consumativo é certo.

Nas demais o crime é permanente por quando perdurar a ação do verbo, a


consumação se alonga no tempo.

Segunda-feira, 14 de março de 2011

Receptação própria => o agente vai influenciar o terceiro qualquer, esse


terceiro não sabe que essa coisa é produto de crime, mas quem influencia.

Tipo misto cumulativo =>

Consumação da receptação imprópria =>

Para uma corrente dá-se quando o agente pratica o ato de influenciar, ainda
que terceiro de boa-fé não se sinta influenciado. Para segunda corrente
além de um ato que influencia o terceiro de boa-fé deve se sentir
influenciado. Se não se sentir, houve tentativa. Para uma terceira corrente
muito minoritária (do professor) pra consumar o terceiro de boa-fé deve
pratica ruma das condutas receber tentar ou adquirir, se não o fizer houve
tentativa.

§ 1º receptação qualificada =>

§ 1º - Adquirir, receber, transportar, conduzir, ocultar, ter em


depósito, desmontar, montar, remontar, vender, expor à venda, ou
de qualquer forma utilizar, em proveito próprio ou alheio, no
exercício de atividade comercial ou industrial, coisa que deve saber
ser produto de crime.

Para a primeira corrente, há Dolo eventual, em detrimento do caput, onde


há dolo direto. Portanto o a pena do parágrafo primeiro inconstitucional,
uma vez que o dolo eventual (“situação menos grave”) tem pena maior que
a de dolo direto. Portanto deve se desconsiderar a pena de 3 a 8; e aplicar
de 1 a 4. (O professor acha a corrente errada).

Para a segunda corrente, o dolo esta na conduta e com o potencial


conhecimento de ilicitude, a pena maior ocorre por ser crime próprio e não
em virtude do dolo, pois depende da atividade que ele exerce. (corrente
majoritária, com a qual o professor concorda).
§ 2º - Equipara-se à atividade comercial, para efeito do parágrafo
anterior, qualquer forma de comércio irregular ou clandestino,
inclusive o exercício em residência.

Necessário para que não se haja possibilidade de alegar não ter pessoa
jurídica constituída, e assim não ter atividade comercial, para se fugir da
qualificadora.

§3º Receptação culposa =>

§ 3º - Adquirir ou receber coisa que, por sua natureza ou pela


desproporção entre o valor e o preço, ou pela condição de quem a
oferece, deve presumir-se obtida por meio criminoso.

3 hipóteses:

1. Pela natureza da coisa.

Neste caso independe do preço, mesmo que ele seja proporcional ao


real valor do bem. Se receptar a pessoa deve provar que não havia
como saber que era produto de crime.

2. Pela desproporção entre o valor e o preço.

3. Pela condição de quem oferece. Quando é improvável que o individuo


por sua condição provavelmente não poderia ter condição de possuir
o bem.

§ 4º - A receptação é punível, ainda que desconhecido ou isento de


pena o autor do crime de que proveio a coisa.

Não há necessidade de ter havido a identificação de quem realizou o crime


principal, mas o importante é ciência através de prova que é produto de
crime. (Primeira Parte). Por causa da segunda parte o Damázio diz que o
crime é Fato típico e ilícito apenas, sem necessidade de culpabilidade, que
seria pressuposto da aplicação de pena. Damázio diz que quem considera
crime fato típico ilícito e culpável é causalista (grande bobagem, pois para a
teoria causal da ação o dolo está na culpabilidade, não se analisa o
elemento subjetivo). Na teoria causa fato típico e ilícito é Tipo objetivo, pois
sem o elemento subjetivo da culpa não havia crime, hoje se chama injusto
penal, portanto não há prática de crime.

Para que alguém responda por receptação o fato principal deve ser típico e
ilícito, mas não necessariamente culpável.

E se o fato principal for típico, mas não for ilícito, e houver receptação?
(nenhum autor fala sobre isso).
Ex.: Furto em estado de necessidade (por fome), então não há crime, fato
típico mas não ilícito, porem se tenta vender o produto (para que se tenha
dinheiro para comer).

PESQUISAR BASES TEÓRICAS PARA RESPOSTA – Próxima aula.

§ 5º - Na hipótese do § 3º, se o criminoso é primário, pode o juiz,


tendo em consideração as circunstâncias, deixar de aplicar a pena.
Na receptação dolosa aplica-se o disposto no § 2º do art. 155.

Dois requisitos pra aplicação = > ser primário e circunstâncias (quais?). a


Jurisprudência coloca por exemplo de circunstancias pequeno valo, culpa
levíssima, bons antecedentes. A Diferença entre primário e bons
antecedentes. A Maioria dos autores considera a mesma coisa. Porém para
alguns juízes depois do período de 5 anos, quando o autor do crime “volta a
se tornar primário”, não pode ser considerado bom antecedente.

§ 6º - Tratando-se de bens e instalações do patrimônio da União,


Estado, Município, empresa concessionária de serviços públicos ou
sociedade de economia mista, a pena prevista no caput deste artigo
aplica-se em dobro.

Só pode ser aplicada no crime do caput.

terça-feira, 15 de março de 2011

excusas absolutória => causas de absolvição de pena. O crime existe, a


pena não.

Art. 181 - É isento de pena quem comete qualquer dos crimes


previstos neste título, em prejuízo:

I - do cônjuge, na constância da sociedade conjugal;

II - de ascendente ou descendente, seja o parentesco legítimo ou


ilegítimo, seja civil ou natural.

Esquema desenhado

Separação de fato => 181

Separação judicial ou cartorária => 182

Conversão da ação incondicionada=>

Art. 182 - Somente se procede mediante representação, se o crime


previsto neste título é cometido em prejuízo:

I - do cônjuge desquitado ou judicialmente separado;

II - de irmão, legítimo ou ilegítimo; agora todo parentesco é legitimo

III - de tio ou sobrinho, com quem o agente coabita.


Para uma corrente não se aplica ao convivente (aquele com quem se
encontra em união estável), pois a lei usa o termo cônjuge (opinião do
mirabete). Está errado, pois o código apenas não tem a previsão pelo fato
de ter sido escrito, o código, em 1940, onde não havia hipótese dessa
condição.

Para a primeira corrente não pode se conjugar os art. 226, §3º da


constituição com estes artigos, pois segundo eles o primeiro é de matéria
civil, está errado porque é de matéria constitucional.

Parentesco em qualquer grau se a vitima não for maior de 60 pois entraria


no estatuto do idoso.

O 182 só se aplica a ação pública incondicionada.

Não se aplica os dois art. Anteriores =>

Art. 183 - Não se aplica o disposto nos dois artigos anteriores:

I - se o crime é de roubo ou de extorsão, ou, em geral, quando haja


emprego de grave ameaça ou violência à pessoa;

II - ao estranho que participa do crime.

III - se o crime é praticado contra pessoa com idade igual ou superior


a 60 (sessenta) anos.

Titulo terceiro – crimes contra a propriedade material

Crimes contra a propriedade intelectual

O direito autoral tem dois aspectos o patrimonial e o de personalidade.

Art. 184. Violar direitos de autor e os que lhe são conexos:

Segundo o professor é inconstitucional pelo fato de ferir o princípio da


legalidade. Não há lei anterior explicando, é um artigo penal que configura
lei penal em branco, uma vez que não explicita o que é violar, pois só
regulamentada pela lei 9.610.

Segunda-feira, 21 de março de 2011

§ 1o Se a violação consistir em reprodução total ou parcial, com


intuito de lucro direto ou indireto, por qualquer meio ou processo, de
obra intelectual, interpretação, execução ou fonograma, sem
autorização expressa do autor, do artista intérprete ou executante,
do produtor, conforme o caso, ou de quem os represente.

Faltam observações

Uma minoritária que entende que vídeo fonograma está fora do paragrafo
primeiro, enquanto a segunda entende que qualquer tipo de fonograma se
adequa ao paragrafo primeiro.
§ 2o Na mesma pena do § 1o incorre quem, com o intuito de lucro
direto ou indireto, distribui, vende, expõe à venda, aluga, introduz
no País, adquire, oculta, tem em depósito, original ou cópia de obra
intelectual ou fonograma reproduzido com violação do direito de
autor, do direito de artista intérprete ou executante ou do direito do
produtor de fonograma, ou, ainda, aluga original ou cópia de obra
intelectual ou fonograma, sem a expressa autorização dos titulares
dos direitos ou de quem os represente.

Quem reproduz se adequa ao paragrafo primeiro, quem vende ao paragrafo


segundo.

§ 3o Se a violação consistir no oferecimento ao público, mediante


cabo, fibra ótica, satélite, ondas ou qualquer outro sistema que
permita ao usuário realizar a seleção da obra ou produção para
recebê-la em um tempo e lugar previamente determinados por quem
formula a demanda, com intuito de lucro, direto ou indireto, sem
autorização expressa, conforme o caso, do autor, do artista
intérprete ou executante, do produtor de fonograma, ou de quem os
represente.

Aplica-se aos donos de bares, em geral, quando contratam o serviço, sem


autorização do fornecedor, para captar clientes.

Obra inédita é aquela que ainda não foi a publico, a obra original não, pode
vir de obra editada, porém quem apresentou a nova versão deve ter
autorização.

§ 4o O disposto nos §§ 1o, 2o e 3o não se aplica quando se tratar de


exceção ou limitação ao direito de autor ou os que lhe são conexos,
em conformidade com o previsto na Lei nº 9.610, de 19 de fevereiro
de 1998, nem a cópia de obra intelectual ou fonograma, em um só
exemplar, para uso privado do copista, sem intuito de lucro direto ou
indireto.

Quando a cópia é pra uso privado do copista não há crime, mas aquele que
está copiando , como possui lucro direto, está incorrendo em crime.

Há previsão no art.186 dos três tipo de ação (pública incondicionada,


publica condicionada e privada) para estes crimes.

segunda-feira, 28 de março de 2011

CRIMES CONTRA O SENTIMENTO RELIGIOSO E RESPEITO AOS


MORTOS

Art. 209 - Impedir ou perturbar enterro ou cerimônia funerária:

Sujeito ativo: qualquer pessoa.

Sujeito passivo: a coletividade, em específico da família.


Duas condutas impedir (não deixar acontecer) e perturbar (atrapalhar),
tanto faz um ou outro

Enterro é colocar o caixão na cova.

Cerimonia funerária pode ser velório, o momento da cremação, o momento


de oração.

O que tem que ficar claro é que o agente que perturbar e impedir para
ofender o respeito aos mortos mesmo que indiretamente, já que não
respeita os atos.

A tentativa de impedir é sempre possível porque sempre será uma conduta


plurisubsistente, o atrapalhar depende da forma que a conduta.

Art. 210 - Violar ou profanar sepultura ou urna funerária:

Violar é abrir

Profanar é um ato que tente humilhar.

Sepultura é onde o sujeito está, o cadáver.

Tumba funerária é uma urna ossaria, onde se depositam as cinzas pós


cremação.

SA, SP e bem jurídico são os mesmos dos anteriores.

Obs.: coisas enterradas com o defunto são abandonadas, se subtrair estes


itens o agente só responderá por crime de violação de sepultura, salvo se o
lugar onde está depositado o corpo seja propriedade privada.

Art. 211 - Destruir, subtrair ou ocultar cadáver ou parte dele:

BJ, SA e SP a mesma coisa do 209

Cadáver é um corpo humano sem vida, mas que ainda guarde


características e forma humanas.

Destruir aqui é fazer desaparecer as características humanas.

Subtrair é deslocar o corpo, dizem os autores que só incide esse tipo penal
se ainda não houve o enterro.

Ocultar é esconder.

Este crime é comum de acontece em concurso material com o crime de


homicídio, como forma de ocultação de vestígio.

Admite tentativa, pois todas as condutas são plurisubsistente

Art. 212 - Vilipendiar cadáver ou suas cinzas

Vilipendiar também tem conotação e humilhar, ofender.


Cadáver aqui tem conotação diferente, pois não é necessário ter forma
humana, pode ser inclusive a ossada, além das cinzas

Dos crimes contra a dignidade sexual

A dignidade da pessoa humana pressupõe o respeito à integridade física e


psíquica e a vida das pessoas. (conceito breve para a análise dos crimes
contra a dignidade sexual).

art. 213. Constranger alguém, mediante violência ou grave ameaça,


a ter conjunção carnal ou a praticar ou permitir que com ele se
pratique outro ato libidinoso:

Conjunção carnal é um termo médico que significa a penetração parcial ou


total do pênis na vagina.

De acordo com os julgados se a mulher não demonstra ser contra o ato


absolve-se o agente. Embora seja necessário provar isso, e como é difícil a
presunção é a favor da mulher.

Se a mulher é que constrange não há crime se a ereção é natural, porem se


for causada artificialmente há crime.

Amarrar é considerado emprego de violência, bem como o emprego de


arma.

Antes para a primeira corrente existia o concepção que que a o


constrangimento feito pela mulher é o de constrangimento ilegal, quando
ainda existia o crime desmembrado em 213 e 214, pois não se adequava
nem a um nem ao outro.

Para a segunda corrente o crime praticado pela mulher configurava o crime


de atentado violento ao pudor, o do art.214. (era a corrente que o professor
seguia).

Crime é apenas o ato de constranger, portanto não é necessário que o


agente pratique a conjunção carnal.

Bem jurídico: dignidade sexual.

Sujeito ativo e passivo: qualquer pessoa.

Constranger é obrigar, determinar.

Temos um crime de constrangimento ilegal com fins sexuais. (é a distinção


entre 213 e 146).

A vítima pode ter conduta ativa ou passiva, aqui não importa, pois o crime
incide nessas duas hipóteses.

Ato libidinoso é aquele que envolve pratica de ato sexual.


terça-feira, 29 de março de 2011

(matéria do inicio)

§1º

Se a vitima é menor de 18 e maior de 14.

Se for maior de 14 o crime é do 217-A.

Art. 217-A. Ter conjunção carnal ou praticar outro ato libidinoso com
menor de 14 (catorze) anos.

§ 1o Incorre na mesma pena quem pratica as ações descritas no


caput com alguém que, por enfermidade ou deficiência mental, não
tem o necessário discernimento para a prática do ato, ou que, por
qualquer outra causa, não pode oferecer resistência.

Quando se fala em estupro de vulnerável não é necessário que exista


violência ou grave ameaça.

Como não há mais presunção, deve-se analisar se a vitima era ou não


vulnerável.

Art. 225. Nos crimes definidos nos Capítulos I e II deste Título,


procede-se mediante ação penal pública condicionada à
representação.

Parágrafo único. Procede-se, entretanto, mediante ação penal


pública incondicionada se a vítima é menor de 18 (dezoito) anos ou
pessoa vulnerável.

Violação sexual mediante fraude

Art. 215. Ter conjunção carnal ou praticar outro ato libidinoso com
alguém, mediante fraude ou outro meio que impeça ou dificulte a
livre manifestação de vontade da vítima:

Segunda-feira, 4 de abril de 2011

Assédio Sexual

Art. 216-A. Constranger alguém com o intuito de obter vantagem ou


favorecimento sexual, prevalecendo-se o agente da sua condição de
superior hierárquico ou ascendência inerentes ao exercício de
emprego, cargo ou função.

Bem jurídico tutelado: dignidade sexual/ liberdade sexual (213, 214 e 216-A
- especificamente o segundo).

SA: qualquer pessoa

Não necessidade da pratica efetiva do ato libidinoso, basta o


constrangimento, ainda que a vítima não pratique nenhum ato. Não há
emprego de violência ou grave ameaça, pois configuraria tentativa (ou
próprio crime) de estupro. O Ato é mero exaurimento.
Para que exista o crime é necessária a superioridade hierárquica (estrutura
estatal, sempre em direito publico) ou ascendência profissional (pode se dar
na esfera publica e na privada). Deve haver a relação de subordinação
laboral entre agente e vítima. A ascendência deve ser em relação à pessoa
que é vítima. Para existir o assedio sexual o agente abusa da sua condição
de superior, portanto não há crime se há uma aproximação afetiva.

Tentativa: na maioria das vezes por ser praticado verbalmente, não há


possibilidade de tentativa. Porem ser for fracionado, há a possibilidade, se
é feito por bilhete que não chega a vitima por exemplo.

Se a ameaça de perda do emprego o crime é de assédio sexual, e não de


estupro, pois a grave ameaça do crime de estupro é falta e total ausência
de alternativas, de escolhas, e neste (assédio) há escolha.

§ 2o A pena é aumentada em até um terço se a vítima é menor de 18


(dezoito) anos.

Sempre que houver relação de trabalho, legal ou ilegal, há a possibilidade


de ocorrência do crime (aqui se desconsidera o conceito do direito do
trabalho).

Art. 218. Induzir alguém menor de 14 (catorze) anos a satisfazer a


lascívia de outrem.

(Teoria monista do concurso de pessoas não é considerado aqui).

Art. 218-A. Praticar, na presença de alguém menor de 14 (catorze)


anos, ou induzi-lo a presenciar, conjunção carnal ou outro ato
libidinoso, a fim de satisfazer lascívia própria ou de outrem.

Deve ter o especial fim de agir.

Art. 218-B. Submeter, induzir ou atrair à prostituição ou outra forma


de exploração sexual alguém menor de 18 (dezoito) anos ou que, por
enfermidade ou deficiência mental, não tem o necessário
discernimento para a prática do ato, facilitá-la, impedir ou dificultar
que a abandone:

Art. 225. Nos crimes definidos nos Capítulos I e II deste Título,


procede-se mediante ação penal pública condicionada à
representação.

Parágrafo único. Procede-se, entretanto, mediante ação penal


pública incondicionada se a vítima é menor de 18 (dezoito) anos ou
pessoa vulnerável.

Sumula 608

Súmula 608
NO CRIME DE ESTUPRO, PRATICADO MEDIANTE VIOLÊNCIA REAL, A AÇÃO PENAL É
PÚBLICA INCONDICIONADA.

Terça-feira, 5 de abril de 2011

A reforma do art. Vai contra a sumula, alguns autores acreditam que ela
continua valendo, o professor acha que não por uma série de motivos.

(pegar os motivos com alguma – final da aula passada).

Para os processos que ainda vão se iniciar, a sumula 608 não é mais valida.
( sumula não vinculante é apenas orientação). Perde qualquer forma de
aplicação.

226

Art. 226. A pena é aumentada:

I - de quarta parte, se o crime é cometido com o concurso de 2


(duas) ou mais pessoas;

II - de metade, se o agente é ascendente, padrasto ou


madrasta, tio, irmão, cônjuge, companheiro, tutor, curador,
preceptor ou empregador da vítima ou por qualquer outro
título tem autoridade sobre ela;

III - se o agente é casado.

Não pode aplicar o aumento da pena, no crime de assédio sexual quando é


empregador, pois esta condição é elementar do crime. Mentores espirituais
e similares geraram aumento de pena, enquadrado como “qualquer outro
titulo de autoridade”.

233

Art. 233 - Praticar ato obsceno em lugar público, ou aberto ou


exposto ao público:

Bem jurídico protegido: a moral sexual (publica)

Sa: qualquer pessoa

Sp: sociedade, coletividade

Ato obsceno é qualquer ano que tenha conotação sexual, incluindo gestos,
sexo em publico, ou nudez.

Tudo depende da conotação no caso concreto, deve haver o especial fim de


agir de ofender, de chocar.

234
Art. 234 - Fazer, importar, exportar, adquirir ou ter sob sua
guarda, para fim de comércio, de distribuição ou de exposição
pública, escrito, desenho, pintura, estampa ou qualquer
objeto obsceno:

Parágrafo único - Incorre na mesma pena quem:

I - vende, distribui ou expõe à venda ou ao público qualquer


dos objetos referidos neste artigo;

II - realiza, em lugar público ou acessível ao público,


representação teatral, ou exibição cinematográfica de caráter
obsceno, ou qualquer outro espetáculo, que tenha o mesmo
caráter;

III - realiza, em lugar público ou acessível ao público, ou pelo


rádio, audição ou recitação de caráter obsceno.

Não está mais de acordo com a realidade.

229

Art. 229. Manter, por conta própria ou de terceiro,


estabelecimento em que ocorra exploração sexual, haja, ou
não, intuito de lucro ou mediação direta do proprietário ou
gerente

O problema da não aplicação deste art. E a corrupção, para que os agentes


policiais façam vista grossa.

234-A

Art. 234-A. Nos crimes previstos neste Título a pena é


aumentada: (Incluído pela Lei nº 12.015, de 2009)

I – (VETADO); (Incluído pela Lei nº 12.015, de 2009)

II – (VETADO); (Incluído pela Lei nº 12.015, de 2009)

III - de metade, se do crime resultar gravidez; e

IV - de um sexto até a metade, se o agente transmite à vitima


doença sexualmente transmissível de que sabe ou deveria
saber ser portador.

Paralelo com o art. 130 quando ocorre o crime e efetiva contaminação


ocorre o inciso quarto deste artigo, se não houve a contaminação ocorre o
crime contra a dignidade sexual em concurso com o crime do art.130 já que
este é crime de perigo.

286

Art. 286 - Incitar, publicamente, a prática de crime:

Bem jurídico: paz publica


sa: qualquer pessoa

SP: sociedade

Vem se falando que a paz publica não seria bem jurídico pois seria um
conceito muito abstrato.

Incita é incentivar, ou levar a fazer alguma coisa. Neste crime quando deve
se incentivar algum crime especificamente e não genericamente.

É possível tentativa, pois é plurissubisistente.

287

Art. 287 - Fazer, publicamente, apologia de fato criminoso ou


de autor de crime:

sa, sp e bj são os mesmos.

Apologia é elogio veemente. Neste caso deve se elogiar um fato especifico e


que este fato seja criminoso.

288

Art. 288 - Associarem-se mais de três pessoas, em quadrilha


ou bando, para o fim de cometer crimes:

Parágrafo único - A pena aplica-se em dobro, se a quadrilha


ou bando é armado.

sa, sp e bj são os mesmos.

Devem se associar no mínimo 4 pessoas, permanentemente, para praticar


crimes continuamente.

Crime de concurso necessário, pois necessita de 4 ou mais pessoas para


existir. É um ato preparatório, tipificado pelo legislado como crime (para o
professor não há sentido).É um crime plurisubjetivo, a conduta plural é
elementar do crime.

É possível a participação nos crimes de concurso necessário, mas jamais


coautoria, uma vez que é exatamente necessária a pluralidade de pessoas.

Quadrilha existe hierarquia, um comando e no bando não há. Nisso consiste


a diferença entre elas e não se uma é na cidade e outra no interior.

Quando há pratica de um crime só há também concurso de pessoas para


este crime. Quando a reunião é para a execução de CRIMES há o crime do
288.

Se a reunião é feita para a realização de contravenções (EX.: jogo do bicho)


não ocorre o crime do 288, pois ele fala apenas de crimes e não de infraçõe
spenais.
O menor também é pessoa, se ele participar da reunião, será contado para
a configuração do crime de quadrilha ou bando, respondendo os maiores
por este crime. O menor responde pelo ano infracional correspondente a
quadrilha.

A consumação se dá quando as pessoas aderirem a reunião.

Não há tentativa segundo o que o professor pensa.

O Crime de quadrilha é autônomo, pelo crime posterior só responde quem


tiver alguma participação efetiva.

No caso do paragrafo único existe o entendimento de que basta que um


esteja armado; que a maioria esteja armada; que todos devem estar
armados; e o de que deve ter uma arma que venha a ser efetiva na pratica
do crime que se propõe a praticar.

No concurso material de crimes quando há sobreposição de causas de


aumento de pena iguais, existe o entendimento que sejam aplicadas ambas
as penas aumentadas. A Corrente minoritária acha que deve se aplicar o
aumento apenas no de formação por seria aplicar duas vezes a punição
aplicando por exemplo só o 288, paragrafo único + 157, em vez de 288 pu
+ 157, §2, I e II.

segunda-feira, 11 de abril de 2011

289

Art. 289 - Falsificar, fabricando-a ou alterando-a, moeda metálica ou


papel-moeda de curso legal no país ou no estrangeiro:

Pena - reclusão, de três a doze anos, e multa.

§ 1º - Nas mesmas penas incorre quem, por conta própria ou alheia,


importa ou exporta, adquire, vende, troca, cede, empresta, guarda ou
introduz na circulação moeda falsa.

§ 2º - Quem, tendo recebido de boa-fé, como verdadeira, moeda falsa


ou alterada, a restitui à circulação, depois de conhecer a falsidade, é
punido com detenção, de seis meses a dois anos, e multa.

§ 3º - É punido com reclusão, de três a quinze anos, e multa, o


funcionário público ou diretor, gerente, ou fiscal de banco de emissão que
fabrica, emite ou autoriza a fabricação ou emissão:

I - de moeda com título ou peso inferior ao determinado em lei;

II - de papel-moeda em quantidade superior à autorizada.

§ 4º - Nas mesmas penas incorre quem desvia e faz circular moeda,


cuja circulação não estava ainda autorizada.
Moeda falsa

SA: qualquer um que saiba fabricar moeda falsa

SP: o estado

No fabricar o sujeito cria algo que não existia, no alterar se transforma e


muda coisa que já existia. Não importa de que país é a moeda. Se a
falsificação for grosseira, se trata de crime impossível. Quando se fala de
crime contar a fé pública deve-se necessariamente enganar.

O crime se consuma quando o agente termina o processo de falsificação,


não dependendo que ela entre em circulação. Este crime é sempre
plurissubisistente, se ele iniciou a falsificação mas não terminou, cabe
tentativa.

297

Art. 297 - Falsificar, no todo ou em parte, documento público, ou


alterar documento público verdadeiro:

Bem jurídico: como no anterior a fé pública

SA: qualquer um

SP: o Estado

Três condutas:

Falsificar no todo é criar um documento que não existia ( conhecido como


contrafação integral)

Falsificar em parte se dará em documentos complexos, que tem partes


interdependentes, o sujeito pega uma dessas partes e a falsifica.

Alterar documento público verdadeiro se dá em documentos simples.

Para o professor as duas últimas condutas são a mesma coisa.

Todo documento tem conteúdo, que deve ser analisado sobre dois
enfoques: conteúdo formal e conteúdo substancial.

O conteúdo é uma única coisa posso analisar que este conteúdo de forma
ao documento não interessando seu conteúdo; ou analisar não pela sua
forma, mas pela substancia.

Na falsificação de documento, chamado falso material, ( assim como o


art.298; falso ideal se trata do de falsidade ideológica art. 299), o crime se
consuma quando o agente termina de criar ou alterar o documento, sendo
também plurissubisistente cabendo tentativa.

A Falsificação grosseira também haverá crime impossível.


Documento público é aquele elaborado por um servidor público no exercício
de suas atribuições e de acordo com as formalidades legais.

Se o agente cria um documento que não era para existir ou se ele não tem
legitimidade para cria-lo ou altera-lo o crime é de falso material.

§2º documentos privados equiparados a públicos

298

Art. 298 - Falsificar, no todo ou em parte, documento particular ou


alterar documento particular verdadeiro:

Tudo que se aplica ao 297 se aplica aqui

Documento particular é todo aquele que não é público.

O documento particular é a manifestação da vontade ou exposição de fato


feita de maneira escrita cujo autor é certo ou determinável e que tenha
relevância jurídica.

Documento é qualquer coisa que demonstre um fato ou indício. Para o


direito penal, além desses quesitos, deve ser necessariamente escrito.

Consumação e tentativa é igualmente aplicada

A jurisprudência vem entendendo que para há ocorrências dos crimes de


falso material deverá existir potencialidade de causar dano, se esta não
existe não há crime.

Alguns julgados dizem que se o agente não usar não há crime, estes
extrapolam o artigo.

299

Art. 299 - Omitir, em documento público ou particular, declaração


que dele devia constar, ou nele inserir ou fazer inserir declaração
falsa ou diversa da que devia ser escrita, com o fim de prejudicar
direito, criar obrigação ou alterar a verdade sobre fato juridicamente
relevante:

Três formas:

Omitir

Nele inserir

Fazer inserir

No crime de falsidade ideológica o agente esta criando o documento ou


alterando-o, e neste caso ele possui a legitimidade de fazê-lo. Sendo assim
o que importa é o conteúdo substancial, a ideia que consiste o documento é
falsa, mas a forma é verdadeira pela legitimidade do agente.
Quando se preenche um cheque de terceiro que já está assinado é crime de
falso material, falsificação de documento público, pois a pessoa não tinha
legitimidade e o documento não era pra existir.

Para haver o crime de falsidade ideológica, que não existe nos crimes de
falso material, é o especial fim de agir. Se não existir uma dessas
finalidades estabelecidas no art. Não há crime.

terça-feira, 12 de abril de 2011

304

USO DE DOCUMENTO FALSO

Art. 304 - Fazer uso de qualquer dos papéis falsificados ou alterados,


a que se referem os arts. 297 a 302:

BJ: fé pública

SA: qualquer pessoa

SP: Estado, coletividade

Muitas vezes a mesma pessoa que falsifica usa o documento, sendo assim a
jurisprudência entende que ela respondera apenas por um só dos delitos,
para uns pelo art. 297 ( ou um dos outros citados), responderá pela
falsificação é não pelo uso, o primeiro absolveria o uso. A segunda corrente
acha que o ante fato é punível, ou seja, será punido apenas pelo uso. Na
pratica não a diferença, pois as penas de ambos os crimes são as mesmas.
O Professor entende de acordo com a segunda corrente, pois ninguém
falsifica um documento para guarda-lo, sendo assim o crime meio seria a
falsificação.

Fazer uso é dar a destinação específica ao documento.

Relativo à CNH entende a uma corrente que o mero portar o documento


falso configura crime, enquanto que na direção do veiculo automotor, uma
vez que o código de transito exige. A segunda corrente o mero porte não é
crime e subdivide em que configura crime apenas quando for solicitado, ou
quando é apresentado com exigência. A Majoritária é a de que tanto faz se
o policial exigiu ou solicitou.

307

FALSA IDENTIDADE

Art. 307 - Atribuir-se ou atribuir a terceiro falsa identidade para


obter vantagem, em proveito próprio ou alheio, ou para causar dano
a outrem:

Pena - detenção, de três meses a um ano, ou multa, se o fato não constitui


elemento de crime mais grave.
BJ: fé pública

SA: qualquer pessoa

SP: Estado, coletividade

Atribuir a si ou a outrem falsa identidade é irrogar identidade que não é


dele, podendo ser anto fictícia como substituição de pessoa.

Só haverá o crime de falsa identidade se não for elemento de crime mais


grave, se a atribuição da falsa identidade for, por exemplo, para estelionato
o crime de falsa identidade é crime meio, e é absorvido pelo de estelionato.
Portanto este crime é considerado por muitos como subsidiário, para o
professor é de consunção, na pratica dá no mesmo.

Aqui não existe apenas o dolo, para que exista o delito é necessário o
especial fim de agir , de tirar proveito ou causar dano.

Aqui o documento pode ser verdadeiro ou falso, pois a identidade será falsa
de qualquer maneira.

Quando ocorre na mesma conduta o crime um de falsificação, do crime do


304 do 307, existe uma corrente que acredita que o crime é o do 297,
outros do 304, para esta não pode ser o crime do 307 , pois este ultimo
seria subsidiário. A Falsificação em relação aos demais sempre será o crime
meio, por isso a imputação correto é do 307, independentemente das penas
atribuídas.

O documento pode ser tanto publico como privado.

Art. 308 - Usar, como próprio, passaporte, título de eleitor,


caderneta de reservista ou qualquer documento de identidade alheia
ou ceder a outrem, para que dele se utilize, documento dessa
natureza, próprio ou de terceiro:

Pena - detenção, de quatro meses a dois anos, e multa, se o fato não constitui
elemento de crime mais grave.

Se é documento falso, só pode ser o do 307, se for particular, só pode ser


307, pois o 308 se refere apenas a documentos públicos.

No 307 sempre deve haver o especial fim de agir.

Quando não houver o especial fim de agir de atribuir a si identidade falsa,


mas usar o documento como se fosse próprio para se beneficiar dessa
condição o crime é do 308 (Ex.: pra demosntrar ter habilitação ou visto para
o exterior). Quando os documentos possuírem os mesmos benefícios o
crime é de falsa identidade, pois as condições são iguais.

O 308 tem duas condutas:

O que usa é autor na primeira parte.


E o que cede é autor na segundo parte.

-\ \ -

DOS CRIMES CONTRA A ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA

O ramo que cuida é o direito administrativo, que se preocupa com o estudo


da estrutura e da função executiva do estado, desenvolvida pelo executivo
ou também pelo legislativo e judiciário (dentro do âmbito de suas
atribuições). O direito penal quando fala em administração publica tem
visão muito mais ampla, abrangendo as ter áreas de atuação, os três
poderes. São crimes diretamente relativos ao servidor ou a qualquer pessoa
que atente contra a administração.

O capitulo i configura os crimes funcionais (realizados por funcionário


publico, ou como se diz hoje servidor)

Os crimes funcionais se dividem em próprios, que são aqueles que só são


delitos porque praticados por um servidor, e impróprio, em que a conduta é
criminosa, mas quando praticada por um servidor, altera-se a capitulação.

PECULATO

Art. 312 - Apropriar-se o funcionário público de dinheiro, valor


ou qualquer outro bem móvel, público ou particular, de que
tem a posse em razão do cargo, ou desviá-lo, em proveito
próprio ou alheio:

Se retirada a elementar de ser servidor o crime desparece oc crime é


próprio se nçao

Funcionário público

Art. 327 - Considera-se funcionário público, para os efeitos


penais, quem, embora transitoriamente ou sem remuneração,
exerce cargo, emprego ou função pública.

§ 1º - Equipara-se a funcionário público quem exerce cargo,


emprego ou função em entidade paraestatal, e quem trabalha
para empresa prestadora de serviço contratada ou
conveniada para a execução de atividade típica da
Administração Pública.

Sempre se comunicam quando elementares do crime (art.30)

SP: o Estado e secundariamente o particular quando for lesado no seu


patrimônio

segunda-feira, 25 de abril de 2011

312

Art. 312 - Apropriar-se o funcionário público de dinheiro, valor ou


qualquer outro bem móvel, público ou particular, de que tem a posse
em razão do cargo, ou desviá-lo, em proveito próprio
Peculato apropriação esta na primeira parte e peculato desvio na segunda
parte.

Ambos tem em comum que para que exista o crime o pressuposto é a posse
ou detenção da coisa de forma licita, ou seja ele possui ou detém por sua
função ( que é de administração publica) e em razão do cargo.

Cargo se refere a cargo, emprego e função no direito administrativo. Não há


distinção entre eles para o direito penal.

Tendo a posse ou a detenção ele inverte seu status. Mas só chegou até ele
porque está entre suas atribuições legais, se não é o crime do art. 313.

Se consuma quando o agente passa agir com se fosse dono da coisa.

É possível a tentativa em algumas hipóteses, mas é difícil, porque


geralmente a posse ou detenção é livre, pois a pessoa geralmente não tem
limitações para o transito com coisa.

O crime de peculato é contra (o bem jurídico) a administração pública, a


moralidade e probidade pública, não é o crime patrimonial, a proteção do
patrimônio aqui é secundária.

O princípio da insignificância é possível contra o patrimônio, mas não contra


a moralidade administrativa. Logo a maioria da doutrina acha que não cabe
aplicar este princípio.

Apropriar é passa a agira com animus domini.

No peculato desvio. Desviar é dar destinação diversa a coisa. Todo


patrimônio publico ou particular tem uma destinação. Quando a coisa é
empregada para outra finalidade o crime se consome.

A jurisprudência é unanime no sentido de que desvios ocasionais não geram


crimes de peculato.

O professor explica que isso é absurdo porque existem dois crimes no


artigo: no peculato desvio a pessoa não esta na primeira parte, se a pessoa
comete desvio ocasional está na segunda parte, pois se fosse perpétuo
seria peculato apropriação que é a primeira parte.

§ 1º - Aplica-se a mesma pena, se o funcionário público, embora não


tendo a posse do dinheiro, valor ou bem, o subtrai, ou concorre para
que seja subtraído, em proveito próprio ou alheio, valendo-se de
facilidade que lhe proporciona a qualidade de funcionário.

Peculato furto: ele não tem a posse ou detenção, mas aproveita da posição
que ocupa para praticar o furto. Mas é obrigatória usar da facilidade
proporcionada pelo cargo, se não será o crime de furto do art. 155.

Aquele que auxiliar o funcionário responderá com se o fosse por força do


art. 30 e da comunicabilidade deste crime.
§ 2º - Se o funcionário concorre culposamente para o crime de
outrem:

Peculato culposo. Neste caso pode ser qualquer crime, funcional ou não, em
que ocorra negligencia, imprudência ou imperícia do funcionário e que estas
sejam decisivas para a ocorrência do crime.

313

PECULATO MEDIANTE ERRO DE OUTREM

Art. 313 - Apropriar-se de dinheiro ou qualquer utilidade que, no


exercício do cargo, recebeu por erro de outrem:

Bem jurídico é o mesmo

Sujeito passivo e ativo também

Alguns autores o chamam de peculato de estelionato, eles estão muito


equivocados, pois pra que isso ocorresse a tipificação no crime de
estelionato se fosse retirado a necessidade de ser funcionário publico, o que
não ocorre.

É um crime funcional improprio porque tenho outro tipo penal relativo a


outro (art.169).

Neste crime alguém deve errar, seja particular ou outro funcionário ou ele
próprio, mas depois de percebido o erro ele mantem a coisa com ele. O erro
pode recair sobre a obrigação ( de entregar), sobre a coisa entregue ou
sobre a pessoa a que se faz a entrega.

316

CONCUSSÃO

Art. 316 - Exigir, para si ou para outrem, direta ou indiretamente,


ainda que fora da função ou antes de assumi-la, mas em razão dela,
vantagem indevida:

2 bens jurídicos: moralidade administrativa e liberdade pessoal

Sujeito ativo: funcionário público (embora seja muito praticado por ficais e
policiais).

Sujeito passivo: administração publica e particular que teve sua liberdade


cerceada.

Exigir é o que não da escolha, neste caso não dá ao particular liberdade de


escolha.

A vantagem pode ser qualquer uma. O que importa aqui é que o agente
faça a vítima temer, não importando se a exigência é expressa ou tácita.
Tem caráter de ameaça mesmo que seja apenas dar a entender que a
pessoa terá problemas caso não ofereça a vantagem.

A exigência pode ser feita diretamente (feita pelo funcionário) ou


indiretamente (por terceiro). Se essa pessoa (o terceiro) souber do fato ela
responde também por concussão.

Fora da função o agente pode estar de férias, licenciado, suspenso, ou


qualquer outra forma em que ele não esteja exercendo sua função como
servidor.

Antes de exercê-lo é nomeado, mas ainda empossado.

Cabe a tentativa na foram escrita, e também no caso de terceiro que não


realiza. Há autores que não consideram a possiblidade de tentativa, pois
quando o crime é contra a administração publica mesmo que não ocorra
efetivamente o delito já ouve violação da probidade ou moralidade pública.
Corrente significativa, muitos autores adotam.

EXCESSO DE EXAÇÃO

§ 1º - Se o funcionário exige tributo ou contribuição social que sabe


ou deveria saber indevido, ou, quando devido, emprega na cobrança
meio vexatório ou gravoso, que a lei não autoriza:

Exação é a cobrança de tributos

Tributo, segundo o código tributário, pode ser imposto (aquilo que o cidadão
deve pagar ao estado sem nenhuma contra prestação ou serviço atribuído –
IPVA, IPTU IR); Taxa (aquilo que se deve pagar por serviço prestado) e
contribuição de melhoria ( cobrança por valorização da realização de
alguma melhoria).

Lei penal em branco, pois exige definição do CT.

Empréstimo compulsório não é crime, pois não está previsto.

Dolo está sempre na conduta típica, no núcleo do tipo.

A exação é indevida por vários motivos: porque o contribuinte já recolheu,


pela não existência do fato gerador, porque o tributo ou contribuição social
não são devidos pelos contribuintes, porque excede o valor legal.

Hoje este crime é mais raro, com os registros informatizados. Se há dolo de


exigir algo indevido, existirá o crime.

Terça-feira, 26 de abril de 2011

O crime se consuma se é uma exigência oral no momento dela, e nesse


caso não há possibilidade de tentativa, pois é unisubsistente, se é por
escrito 2 entendimentos: se não chegar ao conhecimento da vitima não há
consumação mas há tentativa, para outra corrente não pois o mero ato
ofende a moralidade e probidade pública.

Meio vexatório é o que provoca vergonha, gravoso é o em quem há mais


dispêndio para

O funcionário está cobrando tributo ou contribuição social para o Estado,


porem ele se excede neste ato, diferente da concussão onde ele exige
vantagem para si ou para outrem, estando fora do exercício da sua função,
e neste (excesso de exação) ele a está exercendo.

2º - Se o funcionário desvia, em proveito próprio ou de outrem, o


que recebeu indevidamente para recolher aos cofres públicos:

Excesso de exação qualificada, aplicada apenas ao § 1º e não ao caput.

(No §1º) Na primeira parte os tributos são indevidos, na segunda são


devidos, porém o meio de cobrança é vexatório ou gravoso. Se ele recebe o
que é indevido e antes de levar aos cofres publico embolsar, ele se adequa
ao paragrafo 2º. Entretanto se ele comete os atos em ordem contraria,
levando primeiro aos cofres públicos e depois embolsando ele esta
cometendo excesso de exação em concurso material com peculato, e não o
crime do §2º.

317

CORRUPÇÃO PASSIVA

Art. 317 - Solicitar ou receber, para si ou para outrem, direta ou


indiretamente, ainda que fora da função ou antes de assumi-la, mas
em razão dela, vantagem indevida, ou aceitar promessa de tal
vantagem:

Bem jurídicos sujeito ativo são os mesmos, porém diferente dos anteriores
apenas a administração publica é sujeito passivo uma vez que neste tipo
fica subentendido a existência de negociação e não de exigência.

Corrupção passiva art.317 Corrupção ativa art.333


Solicitar -
Receber Oferecer
Aceitar (Promessa) Prometer

No caso de se solicitar, a mera oferta da negociação já caracteriza


corrupção passiva (para o funcionário publico que ofertou). Para quem
aceitou a conduta é atípica, pois não há paralelo para a solicitação. Porém
se a oferta parte pela pessoa que não é funcionário público, mas para ele,
configura corrupção ativa para quem está ofertando, e no caso de aceitar ou
receber, corrupção passiva para o funcionário.
Há necessidade neste caso do especial fim de agir e o dolo da conduta. Ele
pode agir pessoalmente ou por interposta pessoa, ou seja, direta ou
indiretamente.

Vantagem indevida tem duas correntes de interpretação: pra uma é a


vantagem econômica, para outros qualquer vantagem. A Primeira corrente
assim entende por ser a única maneira de diferenciar este tipo da
prevaricação (art.319).

Este tipo tem por finalidade inibir a pratica de negociação usando o cargo
público, que pode ser tácita ou explicita.

O normal é que a negociação, tácita ou explicita, se dê antes do ato


criminoso, porém se o agente pratica o ato já pensando em receber
vantagem futura, também configura crime, mesmo que depois a negociação
não se concretize.

A corrupção passiva própria o agente esta negociando um ato ilegal, na


impropria ele esta negociando ato legal.

§ 1º - A pena é aumentada de um terço, se, em consequência da


vantagem ou promessa, o funcionário retarda ou deixa de praticar
qualquer ato de ofício ou o pratica infringindo dever funcional.

Corrupção passiva própria exaurida

Negociação de ato ilegal em que houve realmente a pratica ilegal ou deixa


de praticar ato que deveria. Nesse caso esse ato se dá posteriormente a
negociação, da consumação do delito, tratando da concretização dessa
negociação. Se há negociação, mas mesmo negociando, esta negociação
não é concretizada ocorre apenas o crime do caput.

§ 2º - Se o funcionário pratica, deixa de praticar ou retarda ato de


ofício, com infração de dever funcional, cedendo a pedido ou
influência de outrem:

Aqui não há vantagem, é o “crime do puxa saco”. No “cedendo a pedido”


Existe a solicitação de um particular ou outro funcionário público que é visto
tal como particular, pois não está nos exercício de suas funções. No
“influencia” não há pedido nenhum.

segunda-feira, 2 de maio de 2011

318

FACILITAÇÃO DE CONTRABANDO OU DESCAMINHO

Art. 318 - Facilitar, com infração de dever funcional, a prática de


contrabando ou descaminho (art. 334):

Contrabando ou descaminho
Art. 334 Importar ou exportar mercadoria proibida ou iludir, no todo
ou em parte, o pagamento de direito ou imposto devido pela
entrada, pela saída ou pelo consumo de mercadoria:

Contrabando é importar ou exportar mercadoria proibida.

Descaminho é iludir, no todo ou em parte, o pagamento de direito ou


imposto devido.

Não seria iludir e sim ilidir.

Esse crime é praticado por particular contra a administração pública.

Mas se for um servidor a praticar o contrabando ou descaminho não será


considerado como servidor, pois estará afastado da sua atividade, sendo um
particular.

BJ: administração pública

Sujeito ativo: particular

Sujeito passivo: administração pública.

Importar é trazer a mercadoria para o Brasil.

Se consuma quando atravessa fronteira, mar territorial ou espaço aéreo


correspondente.

Exportar é levar para fora do Brasil.

Se consuma no sentido contrario

Descaminho. Quando o agente não paga ou paga parte e não o total para
entrar ou sair com a mercadoria há consumação.

É possível ter tentativa, pois a conduta é sempre plurissubisistente.

Voltando ao 318

BJ: administração pública

Sujeito ativo: o funcionário público.

Sujeito passivo: a administração pública

Crime próprio duas vezes: cometido pelo funcionário publico, e mais o que
tem como função coibir esse tipo de conduta de contrabando e descaminho.

Facilitar pode ser de duas formas: por meio de uma ação ou por meio de
omissão

Ação quando remover barreiras

Omissão quando deixa, por exemplo passar mais malas por “camaradagem
ou preguiça”, “finge que eu não vi”.
319

PREVARICAÇÃO

Art. 319 - Retardar ou deixar de praticar, indevidamente, ato de


ofício, ou praticá-lo contra disposição expressa de lei, para satisfazer
interesse ou sentimento pessoal:

Bj SA e SP são so memso

Na segunda conduta

Retardar é praticar o ato, mas fora do tempo que deveria ter praticado, com
o especial fim de agir de satisfazer interesse ou sentimento pessoal.

Deixar de praticar é não praticar o ato.

Praticá-lo contra a disposição expressa da lei: é empregar um ato de ofício


ou atividade quando não poderia o fazer por vedação legal.

Se consuma quando tem prazo do dia seguinte ao vencimento, se não há


esgotado tempo razoável para sua pratica.

Sentimento pode ser nobre ou torpe.

Só há tentativas nos partes que configuram crime comissivo.

Como distinguir corrupção passiva própria (vantagem) da prevaricação


(interesse).

317 – Vantagem -pessoal

-profissional

319 – Interesse - econômica

A primeira corrente entende que pode haver qualquer interesse ou


vantagem, de qualquer tipo a segunda corrente acha que corrupção passiva
própria é vantagem econômica, e na prevaricação será qualquer uma que
não seja econômica.

A corrente majoritária diz que ambos os termos tem a mesma conotação,


mas na corrupção sempre haverá um terceiro negociando ou negociará um
ato e no 319 não existe esse terceiro, e portanto não negociação do ato, e
nisso consiste a diferença.

319-A

Art. 319-A. Deixar o Diretor de Penitenciária e/ou agente público, de


cumprir seu dever de vedar ao preso o acesso a aparelho telefônico,
de rádio ou similar, que permita a comunicação com outros presos
ou com o ambiente externo:
Rádio aqui se entende o usado para comunicação.

O crime é omissivo, pois se a entrada for autorizada o crime é outro


(favorecimento real).

Art. 349-A. Ingressar, promover, intermediar, auxiliar ou facilitar a


entrada de aparelho telefônico de comunicação móvel, de rádio ou
similar, sem autorização legal, em estabelecimento prisional.

Se o crime é cometido pelo prório servidor, porem despido de sua condição


de servidor, o crime é o do 349-A se for por terceiro é do 319-A

320

CONDESCENDÊNCIA CRIMINOSA

Art. 320 - Deixar o funcionário, por indulgência, de responsabilizar


subordinado que cometeu infração no exercício do cargo ou, quando
lhe falte competência, não levar o fato ao conhecimento da
autoridade competente:

321

ADVOCACIA ADMINISTRATIVA

Art. 321 - Patrocinar, direta ou indiretamente, interesse privado


perante a administração pública, valendo-se da qualidade de
funcionário:

Patrocinar é defender interesses.

Diretamente quando faz pessoalmente, indiretamente quando usa de


interposta pessoa.

Interesse privado pode ser de uma pessoa natural ou jurídica, de uma


pessoa ou de um grupo de pessoas.

Utilizar da sua função cargo ou emprego para patrocina interesse

Se houve pagamento na corrupção passivo o ato negociado é função do


servidor, no caso da advocacia administrativa ele advoga por não possuir
essas funções e precisa do exercício delas em seu favor.

Qualquer ato que ele tenha praticado pelo interesse privado sobre a
administração consuma o crime, não necessitando de satisfação do
interesse.

Não se pode confundir zelo com advocacia administrativa.

Não interessando se é legal ou ilegal, mas se for na ultima hipótese trata o


paragrafo primeiro que é a forma qualificada.
Parágrafo único - Se o interesse é ilegítimo:

Terça-feira, 3 de maio de 2011

RESISTÊNCIA

Art. 329. Opor-se à execução de ato legal, mediante violência ou


ameaça a funcionário competente para executá-lo ou a quem lhe
esteja prestando auxílio: Pena – detenção, de dois meses a dois
anos.

§ 1° Se o ato, em razão da resistência, não se executa: Pena –


reclusão, de um a três anos.

§ 2° As penas deste artigo são aplicáveis sem prejuízo das


correspondentes à violência.

Sujeito passivo: Administração pública, secundariamente o funcionário


público e/ou os funcionários prestando serviço para o funcionário público.

O ato deve ser legal. Para tanto, deve ser substancialmente e formalmente
legal. Substancialmente legal ≠ Justiça. Então, se o ato for ilegal, pode
haver a resistência, desde que o cidadão saiba da ilegalidade do ato. Caso
ele não saiba da ilegalidade, pode ser punido, já que o seu dolo era de
resistir.

Violência: Agressão física

Ameaça: Violência moral

A funcionário: ou seja, à pessoa, não à coisa

Ou a quem lhe esteja prestando auxílio: Particular que, no caso, está agindo
em nome do Estado (polícia pede ajuda a civis para carregar algo, etc.)

Tentativa: Se for plurissubsistente, é possível.

Havendo lesão ou morte, as penas são somadas

DESOBEDIÊNCIA

Art. 330. Desobedecer a ordem legal de funcionário público: Pena –


detenção, de quinze dias a seis meses, e multa.

Bem jurídico:

Sujeito ativo: particular

Sujeito passivo: administração pública


Desobedecer: não acatar a ordem. Ela pode ser para fazer ou não fazer. A
desobediência é o tipo contrário, ou seja, a de não fazer é fazer, e a de fazer
é não fazer.

Consumação: Se a ordem for não fazer, é consumado quando se faz. Mas


quando é fazer, se tem prazo, é no dia seguinte ao vencimento do prazo; se
não tiver prazo é quando houver transcorrido tempo suficiente para o
fazimento do ato.

Tentativa: É permitido, desde que seja plurissubsistente (obviamente, em


caso de crime comissivo. Não há tentativa de crime omissivo)

segunda-feira, 9 de maio de 2011

desacato contra outro servidor

DESACATO

Art. 331 - Desacatar funcionário público no exercício da função ou


em razão dela:

Três entendimentos: 1) não é possível, pois como ele está agindo fora da sal
função, é considerado um particular no momento da pratica do ato. 2)
(Majoritária) entende que funcionário pode desacatar seu superior
hierárquico, mas o superior não praticaria contra o subordinado. 3) ambos
podem cometer desacato.

Desacatar significa ofender, e essa ofensa geralmente é uma injuria, mas


pode ser qualquer crime (calunia, injuria ou difamação).

Se a ofensa se dá no mesmo lugar em que trabalha, o crime é desacato, não


importando se ele escute ou tome conhecimento. Se for por telefone, ou
qualquer meio de comunicação, e qualquer um lugar que não seja o
ambiente de trabalho, é injuria, calúnia ou difamação.

Há necessidade, de que o agente tenha ciência de que ele é funcionário


público, e de que ele queira menosprezar o funcionário.

Dois tipos de desacato

Desacato in officio

O servidor está exercendo sua função, então o desacato se dá na ocasião do


trabalho do servidor.
Desacato Propter oficium

Em razão de sua função, embora o servidor não esteja exercendo sua


função no momento.

É muito difícil falar em tentativa de desacato, se for em forma escrita e


interceptada talvez.

segunda-feira, 23 de maio de 2011

TRÁFICO DE INFLUÊNCIA

Art. 332 - Solicitar, exigir, cobrar ou obter, para si ou para outrem,


vantagem ou promessa de vantagem, a pretexto de influir em ato
praticado por funcionário público no exercício da função:

BJ: prestigio da administração publica

S.A.: particular, mas pode ser praticado pelo servidor que não está agindo
nas suas atividades.

O agente engana a vitima dizendo que pode influenciar determinada


circunstância, mas não pode.

Solicitar, exigir, cobrar =>

basta a conduta a vantagem é mero exaurimento do crime.

Parágrafo único - A pena é aumentada da metade, se o agente alega ou insinua que


a vantagem é também destinada ao funcionário.

Ao envolver outro servidor na mentira, aplica-se o paragrafo único.

DOS CRIMES CONTRA A ADMINISTRAÇÃO DA JUSTIÇA

DENUNCIAÇÃO CALUNIOSA

Art. 339. Dar causa à instauração de investigação policial, de


processo judicial, instauração de investigação administrativa,
inquérito civil ou ação de improbidade administrativa contra alguém,
imputando-lhe crime de que o sabe inocente:

§ 1º - A pena é aumentada de sexta parte, se o agente se serve de


anonimato ou de nome suposto.

§ 2º - A pena é diminuída de metade, se a imputação é de prática de


contravenção.

Não há um conceito certo de justiça.

BJ: eficácia da apuração de delitos.

S.A.: qualquer pessoa, incluindo juiz, promotor, delegado de polícia.


S.P.: administração pública, Estado e o particular que é lesado pela conduta
do agente.

Dar causa pode ser feita de varias formas, mas o importante é o agente ter
vontade de fazer acontecer contra alguém que anda cometeu.

Investigação policial=>

Segundo a maioria só pode se falar nisso quando há instauração de


inquérito, qualquer outra providencia anterior a isso não é considerado.

Para outra corrente sempre que a policia tomar providências relacionadas a


apurar fatos há investigação policial.

1º função: formar a opinio delicti do Ministério Público.

2ª função: dar base à denúncia.

Para o professor a segunda corrente é a correta.

Processo judicial=>

Não só criminal como civil.

Inquérito civil => é um procedimento administrativo instaurado pelo MP


para embasar futura ação civil pública.

Ação de improbidade => se da àqueles que têm cargos em comissão ou


eletivos.

Se for imputação de contravenção, e não crime, a pena é reduzida pelo


paragrafo segundo.

terça-feira, 24 de maio de 2011

COMUNICAÇÃO FALSA DE CRIME OU DE CONTRAVENÇÃO

Art. 340 - Provocar a ação de autoridade, comunicando-lhe a


ocorrência de crime ou de contravenção que sabe não se ter
verificado:

BJ: igual (e eficácia das investigações)

S.A.: qualquer pessoa

S.P.: Estado

O agente não imputa fato a ninguém, ele simplesmente da a noticia do


crime ou contravenção, provocando ação da autoridade.

Consumação: quando a autoridade começa a ação

Tentativa: Sim. Se a autoridade desconfia e não pratica nenhuma conduta


no sentido da apuração do fato houve tentativa.
AUTO-ACUSAÇÃO FALSA

Art. 341 - Acusar-se, perante a autoridade, de crime inexistente ou


praticado por outrem:

BJ: igual (eficácia das investigações)

S.A.: qualquer pessoa

S.P.: Estado

(na segunda parte crime acessório, só existe delito se houve crime


praticado por outro).

FALSO TESTEMUNHO OU FALSA PERÍCIA

Art. 342. Fazer afirmação falsa, ou negar ou calar a verdade como


testemunha, perito, contador, tradutor ou intérprete em processo
judicial, ou administrativo, inquérito policial, ou em juízo arbitral:

Crime comum é aquele que pode ser praticado por qualquer pessoa. Crime
próprio pode haver partição e tarefas ou terceiro que pratique toda a
conduta, no crime de mão própria o agente deve praticar ele mesmo toda a
conduta; não se admite coautoria, pois só a pessoa tem domínio fato,
aceitando apenas participe (induzimento instigação e auxilio), mas jamais o
domínio do fato.

BJ: administração da justiça

S.A.: crime de mão própria, somente o perito nomeado pode cometer este
crime.

S.P.: Estado

§ 1o As penas aumentam-se de um sexto a um terço, se o crime é


praticado mediante suborno ou se cometido com o fim de obter
prova destinada a produzir efeito em processo penal, ou em
processo civil em que for parte entidade da administração pública
direta ou indireta.

A primeira seria a “corrupção passiva” da testemunha, se for em processo


PENAL a pena é aumentada.

§ 2o O fato deixa de ser punível se, antes da sentença no processo


em que ocorreu o ilícito, o agente se retrata ou declara a verdade.

FAVORECIMENTO REAL E PESSOAL

Art. 348 - Auxiliar a subtrair-se à ação de autoridade pública autor de


crime a que é cominada pena de reclusão:

Pena - detenção, de um a seis meses, e multa.


§ 1º - Se ao crime não é cominada pena de reclusão:

Pena - detenção, de quinze dias a três meses, e multa.

§ 2º - Se quem presta o auxílio é ascendente, descendente, cônjuge


ou irmão do criminoso, fica isento de pena.

Quando o sujeito participa de um crime incide nas penas a este cominada,


na medida de sua culpabilidade, ou seja, de acordo com sua maior ou
menor participação ele será punido. Existem casos em que o auxilio ao
criminoso ocorre após o delito, então se fala em favorecimento pessoal.
Esse crime é previsto no art. 348 do Código Penal e o comete aquele que
auxilia a subtrair-se à ação da autoridade pública autor de crime a que é
cominada pena de reclusão. Exemplos: o sujeito que ajuda o assaltante a se
esconder da Polícia após o cometimento do crime; o sujeito que desvia a
atenção de Policiais para que o criminoso fuja etc. Nesse caso a pessoa que
ajuda incide nas penas de 01 a 06 meses de detenção e mais o pagamento
de multa. Esse crime é chamado de favorecimento pessoal, porque o sujeito
estará sempre prestando um auxilio ao criminoso para que ele fuja, se
esconda ou evite a ação da autoridade que o busca. Se houver promessa de
ajuda antes do sujeito cometer o crime, já haverá participação no crime e
não simples favorecimento pessoal. Exemplo: o sujeito promete ao outro
que o esconderá após o cometimento do roubo. É evidente que aqui o
sujeito que prometeu ajuda vai responder como participe do roubo, crime
mais grave e não por mero favorecimento pessoal, que constitui delito de
menor potencial ofensivo. No caso da pessoa que fornecer ajuda for pai,
mãe, avós, filhos, netos, cônjuges ou irmãos do criminoso, fica isento de
pena. A lei não permite que se amplie esse rol para incluir, por exemplo,
sogros, tios, primos e etc. Só os ascendentes, descendentes, cônjuges ou
irmãos do criminoso ficam isentos de pena, outras pessoas fora desse rol
não estarão. Nesse caso, a lei considerou os laços afetivos existentes entre
essas pessoas. Realmente, não teria sentido e seria desumano punir uma
mãe que auxiliou o filho a fugir da Polícia, após ele ter cometido um crime.
No entanto, se essa mesma mãe está ciente do cometimento do delito pelo
filho e está de acordo com a conduta delituosa, responderá como participe
do crime cometido pelo filho. Uma coisa é o parente não saber previamente
do crime cometido pelo ente querido e buscar ajuda-lo posteriormente e
outra é ter ciência prévia e aquiescer no tocante a ele, caso em que é visto
como participe do crime, sendo punido com pena mais grave. Quanto ao
delito de favorecimento real, é aquele praticado por quem ajuda o criminoso
a tornar seguro o proveito do crime, cuja pena é de 01 a 06 meses de
detenção e mais o pagamento de multa. Exemplos: o sujeito que guarda o
objeto furtado por outrem ou o enterra, com vistas a auxiliar o autor do
furto. Diverso será o crime, se o sujeito comprar o objeto furtado, pois
incidirá nas penas da receptação e não no favorecimento real. Nesse tipo de
crime, não importa que quem tenha guardado o produto do crime seja pai,
mãe, filho, cônjuge ou irmão, a lei não dá nenhuma colher de chá aqui como
ocorre no primeiro caso – favorecimento pessoal – e a pessoa vai ser punida
pelo auxilio prestado. Assim, é bom ter muita cautela aos pedidos suspeitos
de ajuda para não acabar processado e punido

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