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A previdência social brasileira: Um esquema fraudulento de pirâmide

Olá amigos.. recebi alguns dias atrás esse artigo sobre a previdência social brasileira, mas já havia
dito no início do blog que não iríamos tecer grandes discussões a respeito do tema.. Porém, as
informações trazidas pelo autor do texto nos dá a oportunidade de revisar alguns conteúdos.
Lembrando que não queremos aqui entrar no mérito da questão.. apenas expor de uma forma clara e
objetiva os elementos trazidos pelo autor.. Espero que leiam, pois asa informações contidas aqui é
de interesse de todos.. concurseiros ou não.

Valeu!!!

Natália Castro

Vamos ao texto então: (nossas observações estão em vermelho)

1 - A PIRÂMIDE

Praticamente todas as pessoas já ouviram falar no esquema da pirâmide, mas não custa nada
lembrar como funciona esse esquema fraudulento que, segundo análise, causa prejuízo em 84% dos
participantes.

A pirâmide, segundo a wikipedia[1], é um modelo comercial não-sustentável que envolve


basicamente a permuta de dinheiro pelo recrutamento de outras pessoas para o esquema sem que
qualquer produto ou serviço seja entregue. A idéia básica por trás do golpe é que o indivíduo faz
um único pagamento, mas recebe a promessa de que, de alguma forma, irá receber benefícios
exponenciais de outras pessoas como recompensa. Claramente, a falha fundamental é que não há
benefício final; o dinheiro simplesmente percorre a cadeia, e somente o idealizador do golpe (ou,
na melhor das hipóteses, umas poucas pessoas) ganham trapaceando seus seguidores.

Pondo esse esquema em prática, uma pessoa ganha uma certa quantia de um grupo de pessoas, e
esse grupo de pessoas ganharia a mesma quantia de um segundo grupo de pessoas, que depois
ganhariam a mesma quantia de um terceiro grupo de pessoas, e assim sucessivamente.

O problema óbvio desse esquema de pirâmide é que ele cresce em progressão geométrica — ou
seja, se são necessárias, em tese, seis pessoas para se pagar a quantia acertada para uma pessoa,
serão necessárias trinta e seis pessoas para se pagar a quantia acertada para o grupo de seis, e assim
por diante.

Em um esquema de pirâmide em que seis pessoas suportam uma, o décimo-terceiro grupo já seria
maior que toda a população mundial (esse grupo seria composto por pouco mais de 13 bilhões de
pessoas, mais que o dobro da população mundial).

Logo, é um esquema absolutamente fraudulento, posto que é insustentável[2].


Por conta disso, a maioria dos países do mundo editou leis que declaram esse tipo de esquema
ilegal. No Brasil, a Lei Contra a Economia Popular[3] (Lei nº 1.521/51) tipifica esse crime no seu
art. 2º, inciso IX, assim disposto:
Art. 2º. São crimes desta natureza:

IX - obter ou tentar obter ganhos ilícitos em detrimento do povo ou de


número indeterminado de pessoas mediante especulações ou processos
fraudulentos ("bola de neve", "cadeias", "pichardismo" e quaisquer outros
equivalentes);

Mas, por incrível que pareça, enquanto particulares não podem praticar esse esquema, o governo
pode sem o menor problema, através de um órgão chamado Instituto Nacional da Seguridade
Social. O nome desse esquema de pirâmide é "previdência social".

Bom, a própria definição de pirâmide que o autor nos fornece diz que apenas o idealizador do
GOLPE lucra com o esquema. Não vejo onde deva se encaixar o INSS como o idealizador dessa
golpe, já que um dos fundamentos do RGPS é a não obtenção de lucro. Ora, é do conhecimento de
todos que o défict previdenciário aumenta a cada ano, já que o recolhimento das contribuições
previdenciárias são insuficientes para o pagamentos dos benefícios, não vejo (minha modesta
opinião, portanto vc pode pensar diferente de mim) como a Previdencia social pode se enquadrar
como um esquema fraudulento de pirâmide.

2 - A PREVIDÊNCIA SOCIAL BRASILEIRA

A previdência social é um seguro público, coletivo, compulsório, mediante contribuição e que visa
cobrir os seguintes riscos: incapacidade, idade avançada, tempo de contribuição, encargos de
família, morte e reclusão[4].

Sendo um seguro público, coletivo, e compulsório, ele é administrado pelo governo e todos os
trabalhadores economicamente ativos devem aderir a ele de maneira forçada, sob pena de crime,
tipificado no Código Penal no art. 337-A, com pena de dois a cinco anos, além de multa e do
pagamento da quantia principal devida.

Aqui cabe um comentário importante e uma breve revisão sobre os crimes contra a Previdência
Social:

Perceba que o autor define o crime tipificado no art. 337-A do código penal como um crime
cometido "por todos os trabalhadores economicamente ativos", mas há um equivoco nesse
argumento. O crime descrito em tal artigo não se refere aos "trabalhadores ativos" e sim, aos
empregadores que sonegarem as contribuições previdenciárias de seus empregados. O que o
código penal intenciona é que o empregado não fique prejudicado e deixe de receber seu benefício
por falta de pagamento de contribuições por parte de seus empregadores. O crime é esse mesmo..
"sonegação de contribuição previdenciária" e não como diz o autor, um crime por não filiação ao
RGPS. Segue abaixo a íntegra desse artigo:
Art. 337-A. Suprimir ou reduzir contribuição social previdenciária e qualquer acessório,
mediante as seguintes condutas187:
I – omitir de folha de pagamento da empresa ou de documento de informações
previsto pela legislação previdenciária segurados empregado, empresário, trabalhador
avulso ou trabalhador autônomo ou a este equiparado que lhe prestem serviços;
II – deixar de lançar mensalmente nos títulos próprios da contabilidade da empresa as
quantias descontadas dos segurados ou as devidas pelo empregador ou pelo tomador
de serviços;
III – omitir, total ou parcialmente, receitas ou lucros auferidos, remunerações pagas ou
creditadas e demais fatos geradores de contribuições sociais previdenciárias:
Pena – reclusão, de 2 (dois) a 5 (cinco) anos, e multa.

É facultado ao juiz deixar de aplicar a pena ou aplicar somente a pena de multa, se o réu tiver
bons antecedentes e for primário. Essa pena também poderá ser reduzida de um terço até a metade
se forem cumpridos os seguintes requisitos:

1) o empregador não for pessoa jurídica;

2) a folha mensal de pagamentos não ultrapasse o valor de R$ 2. 841,77

No crime de sonegação previdenciária pode ser extinta a punibilidade se o agente


espontaneamente confessa as contribuições ou valores e presta as informações devidas à PS
(mesmo que não efetua o pagamento) ou se a qualquer tempo, efetuar o pagamento integral dos
débitos oriundos de tributos e contribuições sociais, inclusive acessórios. No último caso, essa
extinção de punibilidade é utilizada tanto para o crime de sonegação de contribuição
previdenciária quanto para o crime de apropriação indébita e foi dada pela Lei No 11.941/09, arts.
67 e 69.

Nesse crime, quem propõe a ação penal é o Ministério Público Federal e quem julga é a Justiça
Federal.

A Constituição diz que o seguro é pago mediante contribuição, o que é um eufemismo, pois
contribuição é um termo que pressupõe voluntariedade, ou seja, a pessoa contribui para alguma
coisa, em tese, apenas se ela quiser, o que não é o caso. Portanto, a melhor palavra para esse
pagamento seria imposto, pois é uma imposição estatal o seu pagamento, mas vamos manter a
palavra original para não confundir o leitor.

A previdência social brasileira concede hoje dez tipos de benefícios: (i) auxílio-doença; (ii) auxílio-
acidente; (iii) aposentadoria por invalidez; (iv) aposentadoria por idade; (v) aposentadoria por
tempo de contribuição; (vi) aposentadoria especial; (vii) salário-maternidade; (viii) salário-família;
(ix) pensão por morte; e (x) auxílio-reclusão.

Divide-se hoje em dois regimes: (i) o regime geral de previdência social, para os trabalhadores do
setor privado; e (ii) regime próprio de previdência social, para os trabalhadores do setor público.

Como vimos no nosso mapinha sobre regimes previdenciários, o RGPS não abrange apenas
"trabalhadores do setor privado". O exclusivamente comissionado, o servidor público sem regime
próprio e o empregado público também são abrangidos por esse regime.

O custo do sistema previdenciário brasileiro é pago por quatro entes: (i) pelos trabalhadores (através
de contribuição sobre o quanto ganha, que vai de 7,65% a 20% do salário-de-contribuição,
dependendo do tipo de segurado); (ii) pelas empresas empregadoras (através de uma série de
tributos, como COFINS, CSLL, SAT, entre outros), (iii) por parte da receita proveniente de loterias
e (iv) pelo Governo.

Aqui vamos dá uma pausa para revisar um pouco de custeio:

Eu particularmente desconheço essa contribuição de 7,65% sobre o SC. Na guia início colocamos
os dados atualizados, mas vamos repetir aqui: estão obrigados ao pagamento dessas contribuições
previdenciárias, os segurados, a empresa ou entidade a ela equiparada e o empregador doméstico.

Para os segurados: (empregado, doméstico e avulso)


até 1106,90 - 8% sobre o SC
de 1106,91 até 1844,83 - 9% sobre o SC
de 1844,84 até 3689,66 - 11% sobre o SC.

Para o segurado CI temos algumas situações:

1) O CI por conta propria, a pessoa física cooperada a cooperativa de trabalho, o CI que presta
serviço a entidade beneficiente de assistência social isenta das contribuções sociais, o CI que
presta serviço a outro CI ou a produtor rural pessoa física ou a missão diplomática e repartição
consular de carreiras estrangeiras: todos eles contribuem com 20% sobre o SC;

2) O CI que presta serviço a empresa em geral, a empresa por intermédio de cooperativa de


trabalho, o CI cooperada a cooperativa de produção e o CI que trabalhe por conta própria optante
pela inclusão previdenciária: todos eles contribuem com 11% sobre o salário mínimo;

3) O MEI contribue com 5% sobre o salário mínimo. Atualizado esse ano.

O segurado facultativo contribue com 20% sobre um valor por ele declarado, respeitando o teto do
RGPS ou com 11% sobre o salário mínimo se optante pela inclusão previdenciária.

O segurado especial contribue sobre a receita bruta da comercialização da produção rural com
uma aliquota de 2%.
Pelo princípio da equidade na forma de participação no custeio, quem ganha mais paga mais, quem
ganha menos paga menos. Definitivamente, não vemos a PS como uma FRAUDE contra a
população brasileira.

3 - A PREVIDÊNCIA SOCIAL BRASILEIRA E O ESQUEMA DE PIRÂMIDE NO


SETOR PRIVADO

Como visto, o regime de aposentadoria dos trabalhadores privados é o regime geral de previdência
social. Esse regime é pago por eles e pelas empresas que os contratam. No caso de trabalhadores
autônomos, os próprios pagam a sua previdência.

Onde tem trabalhadores autônomos o termo mais correto seria contribuinte individual, já que foi
extinta a categoria de autônomo por força da Lei No 9876/99

O espírito do sistema é o seguinte: o trabalhador de hoje paga pela aposentadoria do aposentado


atual para que, quando ele se aposente, o trabalhador do futuro pague por sua aposentadoria.

Agora vejam a semelhança entre esse sistema e a pirâmide fraudulenta: na pirâmide, um grupo
originário, que não desembolsou absolutamente nada, recebe uma certa quantia de outro grupo
(necessariamente maior), e esse grupo fica na expectativa de que outro grupo, ainda maior, pague a
mesma quantia ao grupo intermediário, e assim sucessivamente. No sistema previdenciário, um
grupo original de aposentados passou a receber uma aposentadoria sem ter pago qualquer
quantia[5], às custas do grupo de trabalhadores ativos da época, e esses trabalhadores ativos da
época se aposentaram, esperando que os trabalhadores ativos posteriores pagasse suas
aposentadorias, sendo que esse último grupo, como visto, precisa ser muito grande para poder
suportar esse pagamento.

Vamos revisar um pouco da história da PS brasileira:

A origem da PS no Brasil deu-se pela lei Eloy Chaves (doutrina majoritária). Essa lei instituiu as
CAP's (caixas de aposentadorias e pensões) que eram organizadas por empresas e garantia aos
trabalhadores ferroviários os beneficios de aposentadoria ordinária, aposentadoria por invalidez,
pensão por morte e assistência médica. Após as CAP's vieram os institutos, também por categorias,
como o IAPM (instituto de aposentadoria e pensões dos marítimos), o IAPC (comerciários) , o
IAPB (bancários), entre outros. O decreto - lei No 72 unificou todos os institutos e em 1967 criou o
INPS (Instituto Nacional da PS).

Como expomos acima, desconheço esse primeiro grupo que recebeu beneficio sem contribuir para
o sistema, mas insistirei nas pesquisas. O autor nos fornece um dado de uma americana e não de
um aposentado brasileiro.

Ora, sem que haja uma progressão geométrica no número de trabalhadores entre uma geração e
outra, esse sistema invariavelmente quebrará. E efetivamente não há como esse sistema não
quebrar, por dois motivos: (i) a geração seguinte em regra não cresce suficientemente e (ii) mesmo
que crescesse, essa geração precisaria ocupar empregos em uma taxa próxima dos 100%, e a
economia de um país pode não crescer o suficiente para absorver toda a mão-de-obra disponível.

Como é de conhecimento de todos, o ultimo censo realizado pelo IBGE averigou que o Brasil está
envelhecendo e que em algumas décadas a população de idosos poderá ultrapassar a de ativos, o
que faz com que o regime de repartição simples adotado não só no Brasil, mas em diversos países
se torne dentro de pouco tempo um sistema ineficaz. Veja bem, eu disse INEFICAZ e não
FRAUDULENTO.

Ainda sobre a questão da geração de empregos, o IPEA[6] afirma que, de acordo com os estudos do
IBGE, a população brasileira chegará ao seu pico populacional em 2030, com cerca de 206 milhões
de habitantes. A partir dessa data, o país tenderá a possuir uma população estável de cerca de 200
milhões de pessoas, e a sociedade envelhecerá como um todo. De acordo com essas projeções, em
2030 estima-se que haverá 1,1 trabalhadores economicamente ativos para cada aposentado. Ou
seja, praticamente haverá um trabalhador por aposentado. Isso significa, de fato, que uma pessoa
terá de trabalhar por duas, o que inviabiliza qualquer sistema previdenciário, concebido
originalmente para funcionar em um sistema de dois trabalhadores por aposentado.

O sistema previdenciário, portanto, é um sistema fraudulento de pirâmide que nunca deveria ter sido
criado, e que levará, inevitavelmente, a uma falência do Estado brasileiro, até porque nos tempos
atuais, sem essa proporção de 1:1 entre trabalhadores e aposentados, o déficit entre o que é
arrecadado e gasto pela previdência passa dos R$ 42 bilhões anuais[7].

4 - A PREVIDÊNCIA SOCIAL BRASILEIRA E O ESQUEMA DE PIRÂMIDE NO SETOR


PÚBLICO

A questão do servidor público sempre foi muito controversa no âmbito do direito previdenciário.
Como o trabalhador privado não recebe pelo estado, fica muito fácil individualizar a quantia paga
por esse trabalhador e ver qual o destino dessa quantia, no caso o INSS. Já o servidor público
recebe seu ordenado da mesma fonte para a qual terá de pagar a sua contribuição. Do ponto de vista
administrativo, o que o governo fazia era simplesmente descontar a contribuição do pagamento do
servidor na fonte. Ou seja, o servidor efetivamente pagava sua contribuição, mas esse dinheiro não
ia para qualquer fundo, deixando ainda mais claro nesse caso o caráter piramidal desse esquema,
pois o desconto do futuro servidor daria espaço no orçamento para o pagamento do antigo servidor.

Como é sabido, os privilégios do setor público são flagrantes no Brasil, e um desses privilégios era
a aposentadoria integral e paridade com o servidor ativo, até que a EC 41/2003 (a segunda reforma
da previdência) acabou com esse expediente. Essa emenda cria um teto para o servidor público, e o
que excedesse essa quantia só seria pago por fundos de pensão pagos por fora pelo servidor. Esses
fundos seriam criados por lei. A lei até hoje não foi elaborada e o servidor público hoje se aposenta
pela média das contribuições, acabando por se aposentar com salário quase integral e com reajuste
pela inflação.

Essa ultima afirmação do autor cabe um comentário relevante: O aposentado pelos RPPSs se
aposentam com a média dos 80% maiores SC de toda sua vida laborativa, assim como no RGPS.
Não incide fator previdenciário pq nesse regime existe a exigência de uma idade mínima
juntamente com o TC para o requerimento do benefício. O índice de reajuste tanto para os RPPSs
quanto para o RGPS é o INPC.

Obviamente que a conta aqui fecha menos ainda. Estima-se que a quantia gasta pelo INSS para o
aposentados da iniciativa privada é a mesma gasta pelo governo para os aposentados servidores
públicos, só que o primeiro corresponde a 22 milhões de pessoas, e o segundo a dois milhões de
pessoas, ou seja, os servidores públicos aposentados correspondem a 10% dos beneficiários do
INSS, mas consomem a mesma coisa, o que significa que, na média, um servidor público
aposentado ganha dez vezes mais que um trabalhador da iniciativa privada.

5 - OUTRAS CRÍTICAS À PREVIDÊNCIA SOCIAL BRASILEIRA

Além de ser um esquema fraudulento de pirâmide, ou seja, inerentemente imoral e ineficaz, a


previdência social possui outras distorções flagrantes que são ignoradas pelo grande público.

O grande economista Milton Friedman, da Escola Econômica de Chicago[8], em grande ensaio[9],


prova que o sistema previdenciário redistribui dinheiro dos pobres para os ricos. De fato, pessoas
das camadas mais pobres da sociedade tendem, na média, a viver menos que os mais ricos, pois em
regra vivem em condições mais insalubres e têm menos acesso a medicamentos, serviços de saúde e
alimentos. Como visto, pobres e ricos proporcionalmente pagam a mesma coisa, mas como o
dinheiro pago não retorna diretamente para o pagador, e sim vai para o sistema, só retornando caso
o pagador envelheça ou tenha algum tipo de sinistro, em média pessoas mais ricas tendem a se
beneficiar da previdência por mais tempo que pessoas pobres.

Além disso, servidores públicos, que já recebem, em virtude de sindicatos e grupos de pressão,
salários mais altos por menos trabalho, recebem aposentadoria muito superior à do setor privado
contribuindo muito menos para o sistema.

Por fim, além de ineficiente, a previdência social é um verdadeiro antro de pessoas inescrupulosas
ávidas por desviar recursos para fins próprios. Provavelmente é a instituição mais fraudulenta do
Brasil.

Recorrentemente funcionários do INSS descobrem que beneficiários já faleceram e recebem por


eles. Pessoas fantasmas também são inventadas, junto ao sistema, para fins de desvio, entre outras
fraudes.
E isso ocorre por um motivo muito simples: dinheiro que é de todos, no Brasil, é dinheiro de
ninguém.

Bom, nem vamos comentar as acusações proferidas pelo autor, mas vale ressaltar que o INSS retira
da linha de probreza milhares de pessoas todos os anos. Idosos, deficientes físicos, e os que não
puderem se sustentar nem ter seu sustento provido por sua família, esses sim SEM NENHUMA
CONTRIBUIÇÃO PARA O SISTEMA), podem recorrer aos benefícios assistenciais como o BPC,
por exemplo.
6 - CONCLUSÃO

Esse esquema fraudulento ruirá, pois um esquema de pirâmide não subsiste sem que a sua base
cresça e, como vimos, a população brasileira tende a crescer menos e, por fim, se estabilizar, isso
sem contar que a previdência já é deficitária hoje, mas por enquanto consegue subsistir com o
desvio de impostos para esse fim.

A previdência social simplesmente quebrará o Brasil. Pessoas como este autor, que ainda é jovem,
não terá a oportunidade de se aposentar, pelo menos não por esse sistema fraudulento.
Estatistas em geral defendem a manutenção desse sistema, ao invés do seu rompimento, pois a
existência do INSS faz com que os burocratas tenham verdadeiro poder de vida e morte sobre
grande parcela da população, além de ser uma fonte de corrupção.

Para a manutenção desse sistema, estatistas realistas em regra defendem o aumento da idade
mínima para aposentadoria, que hoje se encontra em 65 anos para homens e 60 para mulheres. A
continuar essa tendência, em alguns anos o IBGE, em estudo "científico", afirmará que a
expectativa de vida no Brasil é de mais de 80 anos e a idade mínima de aposentadoria cada vez mais
aumentará, até o momento em que poucos privilegiados poderão curtir o final da vida sem precisar
trabalhar. Até mesmo no exterior essa solução, que é paliativa, tem sido adotada.

Aqui há outro equívoco por conta do autor. O aumento da idade mínima para a aposentadoria a
qual o autor se refere não está vinculo ao beneficio de aposentadoria por idade como ele afirma,
que hj é sim de 65 anos de idade para homens e de 60 anos de idade para mulheres. A idade
mínima a ser implantada seria para o benefício de aposentadoria por TC, para que assim
pudessemos falar em fim do fator previdenciário.

Essa, decididamente, não é a solução. E pior: alguns políticos, sem a menor noção de economia,
administração pública ou finanças, tem apresentado propostas, no Congresso Nacional, que
aumentam cada vez mais o rombo no sistema previdenciário piramidal, como o fim do fator
previdenciário e o aumento exponencial do salário mínimo.

Um sistema ético e eficiente passa necessariamente por um sistema de aposentadoria por


capitalização, ou seja, o que o trabalhador paga para esse sistema falido não seria descontado,
podendo o próprio trabalhador decidir se quer aplicar em um fundo de pensão privado com boas
taxas de investimento, sabendo que o dinheiro que vai ser aplicado lá será retornado para ele e
podendo se aposentar cedo, ou se quer gastar essa quantia no consumo, responsabilizando-se pela
falta de dinheiro no futuro.

Mas como fazer essa transição em um sistema que já possui um déficit de oitenta bilhões de reais
anuais? Como ficam os atuais aposentados, cuja maioria é verdadeira vítima de fraude?
Essa é uma questão, até o momento, sem resposta, mas uma coisa é certa: quando essa bomba-
relógio explodir, não haverá dinheiro para ninguém, seja para os aposentados de hoje ou os de
amanhã.
Pra encerrarmos, não comentaremos a respeito do futuro da PS, já que o nosso objetivo é
esclarecer apenas alguns dados do artigo. A opinião do autor não nos cabe julgar. Que a PS
brasileira precisa de uma nova perspectiva, isso todos nós sabemos, mas um debate com
informações corretas seria mais interessante.

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