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Artigo Inédito

Regeneração da papila interdentária após


cirurgia de aumento de coroa

Marly Kimie Sonohara Gonzalez*, Sebastião Luiz Aguiar Greghi**,


Luiz Fernando Pegoraro***, Ana Lúcia Pompéia Fraga de Almeida****

Palavras-chave Resumo
Papila interdentária. O objetivo deste estudo clínico foi monitorar longitudinalmente a regeneração
Cirurgia de Aumento de coroa. da papila interdentária (PI) após cirurgia de aumento de coroa. Um total de 30
Processo de reparo. dentes pré-molares, em 23 pacientes (idade media 32,5 anos) sem doença
periodontal, foi selecionado com coroa clínica curta ou com invasão do espaço
da distância biológica pela cárie, fratura dentária ou término cervical pré-exis-
tente. Os procedimentos cirúrgicos realizados foram incisão, rebatimento de
retalho total, ressecção óssea e sutura do retalho. Os parâmetros clínicos, como
presença de placa e sangramento gengival nos sítios mesial e distal do pré-mo-
lar, e presença de cratera gengival, aspecto “stippling” e “dobra” nas PI, foram
avaliados antes da cirurgia e nos períodos pós-operatórios de 1, 2, 3, 4, 5, 6
e 12 meses. Os resultados evidenciaram alterações morfológicas na PI durante
todo período pós-operatório. A porcentagem média inicial de PI com aspecto
“stippling” foi de 18,2%, reduzindo para 9,2% no primeiro mês pós-cirúrgico,
e aumentando significantemente para 80,8%, aos 12 meses. A porcentagem
média inicial de PI com cratera gengival e “dobra” de 49,0% e 63,9% aumen-
tou significantemente para 76,0% e 100,0% um mês após cirurgia, e reduziu
significantemente para 11,4% e 32,9%, aos 12 meses, respectivamente. Os
autores sugeriram a utilização da “dobra” como um parâmetro que permita ao
profissional monitorar clinicamente a regeneração da PI.

* Professora Adjunto, Departamento de Odontologia,


Universidade Estadual de Maringá (UEM), Paraná.
** Professor Associado, Departamento de Prótese,
Disciplina de Periodontia, Faculdade de Odontologia
de Bauru (USP), São Paulo.
*** Professor Titular, Departamento de Prótese,
Faculdade de Odontologia de Bauru (USP), SP.
**** Periodontista, Hospital de Reabilitação de Anomalias
CranioFaciais, Universidade de São Paulo, Bauru-SP.

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Regeneração da papila interdentária após cirurgia de aumento de coroa

Introdução formação completa da PI com ganho de inserção


A regeneração da papila interdentária (PI) clínica.
representa um grande desafio na periodontia, A cirurgia ressectiva de aumento de coroa Na
principalmente em áreas tratadas cirurgicamente. cirurgia ressectiva de aumento de coroa, indicada
Durante a realização de procedimentos cirúrgicos para melhorar a retenção da coroa protética ou
a retalho, a PI pode ser rebatida juntamente com para recuperar espaço para distância biológica,
o retalho ou excisada, total ou parcialmente, para os retalhos rebatidos permitem acesso à crista
obter acesso à crista óssea proximal. A exposição óssea para realização da osteotomia, expondo
da porção mais coronal do espaço interdentá- estrutura dentária saudável coronal à crista ós-
rio (“buraco negro”) 18,19
freqüentemente ocorre sea, suficiente para a execução de procedimentos
após sutura das margens proximais dos retalhos restauradores9. Apesar dessa técnica cirúrgica ser
vestibular e lingual. Nestes casos, observa-se que amplamente utilizada, nenhuma avaliação foi re-
a altura da PI pré-cirúrgica foi reduzida . A partir 6
alizada para compreender os eventos clínicos da
desta posição, a margem gengival interdentária formação da PI. O objetivo do presente estudo
tende a migrar em direção coronal durante os clínico foi monitorar longitudinalmente a regene-
períodos de reparação para restabelecer a sua ração da PI após cirurgia de aumento de coroa,
altura e função6,15. A altura clínica, que correspon- por um período de 12 meses.
de à medida do tecido gengival supra-ósseo 11,20

(medida do vértice da PI até crista óssea), pode Material e Métodos


variar, em média, de 3,6 a 5,0mm . Microscopi- 3
Esta pesquisa clínica foi aprovada pelo Comi-
camente, a sua altura inclui a soma das medidas tê de Ética em Pesquisa em Seres Humanos da
da inserção conjuntiva, epitélio juncional e sulco Faculdade de Odontologia de Bauru – USP. Cada
gengival5. A PI, constituída por um tecido conjun- paciente recebeu uma carta com informações e
tivo denso coberto pelos epitélios oral (externa- esclarecimentos sobre os procedimentos a serem
mente), juncional e sulcular (internamente), atua executados e assinou um termo de consentimento
como uma barreira biológica protetora do perio- livre e esclarecido em concordância para participar
donto de suporte subjacente, e também, contribui da pesquisa. Um total de 30 dentes pré-molares
para a estética dento-facial18. em 23 pacientes (7 homens e 16 mulheres, com
A regeneração da PI após cirurgia a retalho idade média de 32,5 anos) foram selecionados
foi primeiramente relatada após tratamento de com coroa clínica curta ou com invasão do espa-
bolsas periodontais, sem recontorno ósseo 10,16,17
. ço para distância biológica pela cárie, fratura den-
Inicialmente, depressões ou crateras gengivais tária ou término cervical pré-existente2, distantes
foram descritas nos períodos iniciais pós-cirúrgi- da crista óssea alveolar até 2mm7. Os critérios
cos. Após controle de placa meticuloso, as cra- de exclusão estabelecidos foram: presença de
teras gengivais desapareceram, resultando na doença periodontal4; quantidade de mucosa ce-

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ratinizada vestibular <2mm12; alterações sistêmi- tera gengival, aspecto “stippling” e “dobra” foram
cas que pudessem comprometer o processo de expressos em porcentagem do número de sítios
reparo10; gestante e lactante13; fumante; usuário examinados. Após obtenção dos valores percen-
de imunossupressores, anticonvulsivante ou blo- tuais, diferenças significantes foram verificadas
queadores de cálcio ; e terapia cirúrgica na área
13
pelo Teste de McNemar.
nos últimos doze meses . Após preparo inicial, a
15

presença de placa bacteriana foi evidenciada com Resultados


solução de verde de malaquita a 1% e o índice Nenhuma complicação periodontal foi obser-
de sangramento gengival após sondagem perio- vada após cirurgia. Durante todo período de ava-
dontal1 foram analisados nos sítios mesial (M) e liação, 28 pré-molares (21 pacientes) foram exa-
distal (D) do pré-molar. A avaliação clínica da PI minados em todos os períodos pós-operatórios.
incluiu análise visual da presença de cratera gen- A porcentagem média inicial de sítios com
gival (forma côncava), aspecto “stippling” (ponti- placa bacteriana nos sítios M e D foi de 86,7%,
lhado casca de laranja) e “dobra”. A presença de reduzindo significantemente para 41,0%, aos 12
cratera gengival e “dobra” foi analisada numa vista meses. Da mesma forma, houve uma redução
vestibular, enquanto a presença do aspecto “stip- significante da porcentagem média de sítios com
pling”, numa vista oclusal, após secagem com ar sangramento gengival de 59,3% para 8,7%.
da seringa tríplice. Em seguida, os procedimentos De acordo com a Tabela 1, a porcentagem
cirúrgicos realizados foram incisão intra-sulcular/ média inicial de PI com cratera gengival (Figura
ou bisel interno, retalho total vestibular e lingual, 1) aumentou significantemente de 49,0% para
debridamento, osteotomia/osteoplastia e sutura 76,0% após 1 mês da cirurgia. Durante 12 meses,
dos retalhos9, pelo menos, 2mm coronal à crista as crateras gengivais gradualmente foram repara-
óssea. Cimento cirúrgico não foi utilizado sobre a das, estando presentes em apenas 11,4% das
área. Cada paciente realizou bochecho com so- PI examinadas. A porcentagem média de PI com
lução de clorexidina a 0,12% durante 15 dias e aspecto “stippling” (Figura 2) foi de 18,2% antes
as suturas foram removidas após uma semana. da cirurgia e 9,2% após 1 mês. A partir desse
Novas coroas provisórias foram confeccionadas e período, esse aspecto tornou-se mais freqüente,
cimentadas após a segunda semana pós-cirúrgi- totalizando 80,8% das PI, aos 12 meses. A por-
ca. Os controles profissionais de placa bacteriana centagem média inicial de PI com “dobra” (Figura
foram realizados semanalmente no primeiro mês 3) foi de 63,9%. No primeiro mês pós-operatório,
e mensalmente até o sexto mês. A reavaliação todas as PI apresentaram “dobra” e, aos 12 me-
clínica da PI e presença de placa e sangramento ses, sua presença atingiu 32,9% das PI.
gengival foi realizada após 1, 2, 3, 4, 5, 6 e 12
meses da cirurgia. O número de sítios com placa Discussão
e sangramento gengival, e número de PI com cra- Os resultados encontrados no presente estu-

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Regeneração da papila interdentária após cirurgia de aumento de coroa

Tabela 1 - Distribuição das papilas interdentárias com cratera gengival, aspecto “stippling” e “dobra” na fase pré-cirúrgica e de
controle pós-operatório de 1, 2, 3, 4, 5, 6 e 12 meses, em porcentagem.

Fase Cratera gengival Aspecto “Stippling” “Dobra”


Pré-cirúrgica 49,0 18,2 63,9
1 mês 76,0* 9,2 100,0*

2 meses 48,8 15,2 96,0*

3 meses 35,5 21,2 88,2*

4 meses 26,3 20,7 80,9


5 meses 30,1 31,9 79,1

6 meses 33,9 51,0 68,0

12 meses 11,4* 80,8* 32,9*


* Estatisticamente significante em relação à fase pré-cirúrgica (p<0,05).

do demonstraram alterações na forma, aspecto e 76,0% no primeiro mês pós-cirúrgico. Essa de-
contorno da PI durante todo período de repara- pressão pode ocorrer devido à incisão que separa
ção após cirurgia de aumento de coroa. a PI em segmento V e L18. Apesar deste tipo de
A cratera gengival, descrita como uma depres- incisão ter sido realizado em todas as áreas pro-
são visível no tecido interdentário no sentido ves- ximais, a cratera gengival não foi evidenciada em
tíbulo-lingual , esteve presente em 49,0% das PI
10
todas as PI.
na fase pré-cirúrgica. A sua presença pode estar Isso demonstra que outros fatores relaciona-
relacionada à localização e extensão do contato dos aos procedimentos cirúrgicos (tipo de reta-
proximal mais para apical e/ou lingual; ao con- lho, recontorno ósseo e tipo de sutura), morfo-
torno convexo da superfície proximal; à desadap- logia gengival e óssea, dificuldade e habilidade
tação marginal da restauração/coroa provisória; técnica do profissional na manipulação dos reta-
ao acúmulo de placa bacteriana ou à localização lhos podem influenciar no contorno da PI nos pri-
do término cervical dentro do espaço da distância meiros meses de reparação. Por isso, a presença
biológica. A confecção de novas restaurações/ de cratera gengival pode ser considerada como
coroas provisórias com adaptação da margem um estágio inicial da formação da PI.
cervical, localização do contato mais para oclusal Nos períodos de avaliação, as crateras gengi-
e vestibular e contorno proximal plano ou ligei- vais apresentaram 3 comportamentos: algumas
ramente côncavo permitiu criar um espaço ade- PI adquiriram forma plana, outras adquiriram for-
quado para regeneração da PI. A porcentagem ma convexa e algumas, não modificaram a sua
média de PI com cratera gengival aumentou para forma côncava inicial19. A porcentagem média de

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Figura 1 - Cratera gengival. Numa vista vestibular, observam-se crateras Figura 2 - Aspecto da papila interdentária. Numa vista oclusal, as pa-
gengivais nas papilas interdentárias mesiais e distais dos pré-molares. pilas mesial do primeiro pré-molar e distal do segundo pré-molar apre-
sentam-se com aspecto liso e brilhante e a papila interdentária entre
pré-molares mostra-se com aspecto “stippling”.

Figura 3 - “Dobra” na papila interdentária. Numa vista vestibular, a Figura 4 - Numa vista proximal da papila interdentária no modelo de
papila mesial do primeiro pré-molar apresenta um contorno uniforme e gesso, a “dobra” representa um achatamento mais acentuado da sua
biselado no sentido ocluso-gengival, enquanto a papila distal exibe uma porção vestibular (linha pontilhada).
“dobra” (seta) na sua porção mais coronal.

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PI com cratera gengival reduziu significantemen- base até o seu vértice, quando observada numa
te para 11,4% aos 12 meses. Dessa forma, as vista vestibular. Contudo, 63,9% das PI apresen-
crateras gengivais apresentam uma tendência de taram um contorno vestibular com “dobra” na
reparação, sem interferir no restabelecimento da sua porção mais coronal, na fase pré-cirúrgica.
saúde gengival . A sua presença nos períodos
10
Este sinal clínico na PI representa uma marca ho-
pós-operatórios tardios deve ser analisada cuida- rizontal bem definida e localizada apical ao seu
dosamente, pois pode representar a área do col vértice da PI. Num modelo de gesso, a “dobra”
devido à proximidade com o contato proximal . 8
corresponde a um achatamento mais pronuncia-
Mesmo que o aspecto “stippling” seja uma do na sua porção vestibular (Figura 4). A sua
característica clínica que nem sempre está pre- presença na fase pré-cirúrgica poderia estar re-
sente na gengiva inserida saudável , este estudo 8
lacionada ao término cervical invadindo espaço
procurou avaliar o seu comportamento durante da distância biológica, contorno proximal ina-
processo de reparo. No primeiro mês pós-cirúr- dequado ou desadaptação marginal das coroas
gico, esse aspecto foi evidente em 9,2% das PI, provisórias. Após um mês da cirurgia, todas as
demonstrando que os procedimentos cirúrgicos PI apresentaram “dobra”. Isso demonstra que a
realizados não alteraram essa característica te- “dobra” pode ser um sinal clínico esperado du-
cidual. Durante reparação, houve um aumento rante o estágio inicial de formação da PI após
gradual do aspecto “stippling” nas PI (80,8%). cirurgia de aumento de coroa, ao contrário da
Isso sugere que as PI restabeleceram suas ca- presença da cratera gengival e ausência do as-
racterísticas saudáveis após maturação do tecido pecto “stippling”. Aos 12 meses, houve redução
conjuntivo gengival ou que refletiram a localiza- significante na porcentagem de PI com “dobra”
ção do contato proximal. Quando dois dentes para 39,2%. O seu desaparecimento pode ser
adjacentes não apresentam contato proximal ou explicado pelo deslocamento coronal do tecido
quando da perda de um dente, a gengiva inseri- gengival, para restabelecer a altura total da PI.
da está presente em toda a extensão vestíbulo- Fatores como aumento da rugosidade superfi-
lingual . No presente estudo, como os contatos
8
cial das restaurações/coroas provisórias durante
proximais foram localizados mais para oclusal, todo o período de avaliação clínica, permitindo
distantes do vértice gengival, 80,8% das PI mos- acúmulo de placa; subcontorno proximal que re-
traram aspecto “stippling”. Na presença da área sultou na localização do contato mais para oclu-
do col, relacionado ao contato proximal, o epité- sal; e regeneração incompleta da PI podem estar
lio que cobre o tecido conjuntivo gengival não é relacionados com a presença da “dobra” ao final
ceratinizado8 e, portanto, não apresenta aspecto de 12 meses.
“stippling”. Diferente de se estabelecer medidas médias
A PI clinicamente normal e saudável revela fixas da distância da crista óssea até contato
um contorno uniforme e biselado desde a sua proximal para prever a regeneração da PI3,11, o

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presente estudo procurou avaliar parâmetros sugerem que a persistência da “dobra” na PI após
que permitam ao profissional compreender os cirurgia de aumento de coroa representa um sinal
fenômenos clínicos da regeneração da PI após clínico da regeneração incompleta da PI.
cirurgia a retalho.
Nenhum relato ou estudo clínico tem sido Conclusões
encontrado na literatura sobre a presença da Os eventos clínicos que ocorrem durante a
“dobra”, ou qualquer alteração morfológica na PI regeneração da PI após cirurgia de aumento de
após cirurgia de aumento de coroa. O processo coroa envolvem, principalmente, alterações no
de regeneração da PI pode ser compreendido cli- contorno vestíbulo-lingual do tecido interdentá-
nicamente como migração coronal do tecido gen- rio. A “dobra” pode ser considerada como um
gival
6,15
, associado às alterações morfológicas no parâmetro clínico que permita ao profissional
sentido vestíbulo-lingual. Dessa forma, os autores monitorar a completa regeneração da PI.

Regeneration of the interdental papilla following


surgical crown lengthening
ABSTRACT

The aim of this clinical study was to longitudinally observe the regeneration of the interdental papilla (IP)
following surgical crown lengthening. A total of 30 premolars from 23 patients (mean age 32.5 years)
without periodontal disease were selected, which presented short clinical crown or loss of biological
width due to caries, tooth fracture or preexisting cervical preparation. The surgical procedures comprised
incision, full-thickness flap, osseous resection and flap suture. The clinical parameters included presence
of plaque and gingival bleeding at the mesial and distal aspects of the premolar and presence of gingival
crater, stippling aspect and “folding” of the IP, before surgery and at postoperative periods of 1, 2, 3, 4,
5, 6 and 12 months. The results revealed morphological changes in the IP throughout the postoperative
period. The initial mean percentage of IP with stippling aspect was 18.2%, was reduced to 9.2% at the
first postoperative month, and significantly increased to 80.8% at 12 months. The initial mean percentages
of IP with gingival crater and “folding”, namely 49.0% and 63.9%, were significantly increased to 76.0%
and 100.0% at one month after surgery and significantly reduced to 11.4% and 32.9% after 12 months,
respectively. The authors suggested utilization of “folding” as a parameter that allows the professionals to
clinically observe the regeneration of the IP.

KEY WORDS: Interdental papilla. Crown lengthening surgery. Healing process.

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Regeneração da papila interdentária após cirurgia de aumento de coroa

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Endereço para correspondência

Marly Kimie Sonohara Gonzalez


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