Вы находитесь на странице: 1из 7

HISTÓRIA DA EDUCAÇÃO

ANTIGUIDADE GREGA: A PAIDÉIA

• Diversas unidades políticas autônomas (Cidades-Estado)


• Embora autônomas, formavam uma mesma civilização em razão de idioma e religião em comum, além de
similaridades.
• Helenos e bárbaros.

Civilização Micênica:
• Período: Século XX a XII a.C.
• Reuniu vários povos, dentre os quais os aqueus, que viviam como comunidade primitiva.
Os guerreiros adquiriram importância maior formando aristocracia militar.
No final daquele século, a invasão dos bárbaros dórios mergulhou a Grécia num período de obscuridade até o século
IX a.C. Muitos aqueus fugiram para a Ásia Menor, onde fundaram colônias e prosperaram pelo comércio.

Período Homérico:
• Período: Século XII a VIII a.C.
• Assim chamado porque naquela época teria vivido Homero (talvez IX a VIII a.C.). Predominava a concepção mítica
do mundo (sobrenatural - divino). Mitos gregos recebiam forma poética e eram transmitidos oralmente em praça
pública pelos aedos e rapsodos, dentre eles Homero – provável autor das epopéias Elíada e Odisséia. Não se pode
afirmar que Homero existiu com certeza.

Período Arcaico:
• Período: Séc VIII a VI a.C.
• Ocorreram grandes transformações nas relações sociais e políticas, proporcionando a lenta passagem da
predominância do mundo mítico para a reflexão mais racionalizada e a discussão. Nesse processo foi introduzido a
escrita (já existente no período micênico, mas desapareceu com a invasão dórica), a utilização de moedas, a lei
escrita por legisladores, a formação de cidades-estado (póleis) e o surgimento dos primeiros filósofos.
No final do período arcaico, várias lutas denunciavam a crise social e política que resultou do conflito entre a
aristocracia rural e os comerciantes em ascensão. As leis escritas favoreceram o acesso dos ricos comerciantes ao
poder e no final do séc. VI a.C. as reformas de Clístenes deram condições para o nascimento, no séc. seguinte, de
uma nova ordem política: a Democracia. A polis se constituiu com a autonomia da palavra, não mais a palavra
mágica dos mitos, mas a palavra humana do conflito, da argumentação. Finalmente surgiu o filósofo. Estes
pensadores, entre eles Tales e Pitágoras, também eram responsáveis por uma “física” nascente e pela formalização
da matemática e da geometria.

• Período Clássico:
• Período: Séc V a IV a.C.
• Representou o apogeu da civilização grega.A esplêndida produção das artes, literatura e filosofia delineou
definitivamente o que viria a ser herança cultural do mundo ocidental. O auge da democracia é representado por
Péricles (séc. V A.C.), estratego (comandante militar) de Atenas. Tratava-se de uma democracia escravista, onde
apenas homens livres eram cidadãos, sendo apenas 10% que tinham o poder de decidir por todos (o restante era
escravo, mulheres e estrangeiros).

Período Helenístico:
• Período: Séc III a II a.C.
• Período que registrou-se a decadência política. A Grécia nunca consistiu em uma unidade política, mas em cidades-
estado que ora se rivalizavam em poder e influência, ora se uniam contra inimigos em comum, como a ameaça persa.
Ainda no período clássico as desavenças entre Esparta e Atenas culminaram em guerra, saindo derrotada Atenas.
Daí aproveitou-se o rei Felipe da Macedônia para conquistar cidades gregas. Mais tarde seu filho Alexandre expandiu
suas conquistas pela Ásia e África, formando um império. Mas mesmo tendo a Grécia sido dominada, sua civilização
não foi destruída. Após a morte precoce de Alexandre o Grande, em 323 a.C., o império se fragmentou, e por volta
dos séc. II e I a.C. os romanos não só se apropriaram do território mas assimilaram as expressões culturais gregas.
Essa fusão deu origem ao que se chama cultura helenística.

Educação:
A educação grega estava centrada na formação integral – corpo e espírito -, embora, de fato, a ênfase se deslocasse
ora mais para o preparo militar ou esportivo, ora para o debate intelectual, conforme a época e o lugar.
Quando ainda não existia a escrita a educação era ministrada pela própria família, conforme tradição religiosa.
Quando se constituiu aristocracia dos senhores de terras, de formação guerreira, os jovens de elite eram confiados a
preceptores. Apenas com o surgimento das póleis é que surgiram as primeiras escolas, principalmente no período
clássico, quando a instituição escolar já se encontrava estabelecida.
Mesmo que de certa forma essa ampliação do acesso a escola representasse uma democratização da cultura, ela
ainda não era para acesso a todos, e sim à elite, filhos dos nobres e comerciantes enriquecidos.
Na sociedade escravagista grega, o ócio digno significava gozar de tempo livre, privilégio daqueles que não
precisavam cuidar da própria subsistência, refere-se ao ocupar-se com funções nobres de pensar, governar,
guerrear. Não por acaso, a palavra grega para escola (schole) significava inicialmente “lugar do ócio”.
A educação física, antes predominantemente guerreira, militar, passou a ser orientada para os esportes. O hipismo
constituía um esporte elegante e restrito a poucos.
Nas escolas, voltadas mais para formação esportiva que para intelectual, o ensino de letras e cálculos demorou um
pouco para se difundir, apenas no séc. VI a.C. ou V a.C. se tornara mais freqüente. A inversão total do pólo de
formação física para espiritual ocorreu no ensino superior, devido influência dos filósofos.

• Paidéia:
A ênfase dada à formação integral deu origem ao conceito de complexa definição, a Paidéia. É um ideal de formação
constante no mundo grego.
Inicialmente, a palavra paidéia (de paidos - criança) significava simplesmente "criação de meninos". Mas, como
veremos, este significado inicial da palavra está muito longe do elevado sentido que mais tarde adquiriu.
O termo também significa a própria cultura construída a partir da educação. Era o ideal que os gregos cultivavam do
mundo, para si e para sua juventude. Uma vez que o governo próprio era muito valorizado pelos gregos, a Paidéia
combinava ethos (hábitos) que o fizessem ser digno e bom tanto como governado quanto como governante. O
objetivo não era ensinar ofícios, mas sim treinar a liberdade e nobreza. Paidéia também pode ser encarada como o
legado deixado de uma geração para outra na sociedade.
Um pedagogo - um escravo, na época - conduzia o jovem, com sua lanterna ilumina(dor(a)), até aos centros ou
assembléias, onde ocorriam as discussões que envolviam pensamentos críticos, criativos, resgates de cultura,
valorização da experiência dos anciãos etc.
Supõe-se que, no processo sócio-histórico, esse mesmo pedagogo libertou-se, talvez de tanto dialogar nos
acompanhamentos do jovem até as assembléias, tornando-se um personagem da paidéia, e seu consuma(dor).
Mas, se até então o objectivo fundamental da educação era a formação aristocrática do homem individual como Kalos
agathos ("Belo e Bom"), a partir do século V a.C., exige-se algo mais da educação. Para além de formar o homem, a
educação deve ainda formar o cidadão. A antiga educação, baseada na ginástica, na música e na gramática deixa de
ser suficiente.
É então que o ideal educativo grego aparece como paidéia, formação geral que tem por tarefa construir o homem
como homem e como cidadão. Platão define paidéia da seguinte forma "(...) a essência de toda a verdadeira
educação ou paidéia é a que dá ao homem o desejo e a ânsia de se tornar um cidadão perfeito e o ensina a mandar
e a obedecer, tendo a justiça como fundamento" (cit. in Jaeger, 1995: 147)
Do significado original da palavra paidéia como criação de meninos, o conceito alarga-se para, no século IV a.C.,
adquirir a forma cristalizada e definitiva com que foi consagrado como ideal educativo da Grécia clássica.
Como diz Jaeger (1995), os gregos deram o nome de paidéia a "todas as formas e criações espirituais e ao tesouro
completo da sua tradição, tal como nós o designamos por Bildung ou pela palavra latina, cultura." Daí que, para
traduzir o termo paidéia "não se possa evitar o emprego de expressões modernas como civilização, tradição,
literatura, ou educação; nenhuma delas coincidindo, porém, com o que os gregos entendiam por paidéia. Cada um
daqueles termos se limita a exprimir um aspecto daquele conceito global. Para abranger o campo total do conceito
grego, teríamos de empregá-los todos de uma só vez." (Jaeger, 1995: 1).
Na sua abrangência, o conceito de paideia não designa unicamente a técnica própria para, desde cedo, preparar a
criança para a vida adulta. A ampliação do conceito fez com que ele passasse também a designar o resultado do
processo educativo que se prolonga por toda vida, muito para além dos anos escolares.
A paidéia, vem por isso a significar "cultura entendida no sentido perfectivo que a palavra tem hoje entre nós: o
estado de um espírito plenamente desenvolvido, tendo desabrochado todas as suas virtualidades, o do homem
tornado verdadeiramente homem" (Marrou, 1966: 158).

As origens de Homero, “educador da Grécia”


Na época aristocrática guerreira,a educação visava sobretudo à formação militar do nobre.A criança nobre
permanecia em casa até os 7 anos, quando era enviada aos palácios de outros nobres a fim de aprender, como
escudeiro, o ideal cavalheiresco. Também contratavam preceptores para formação integral baseada no afeto e no
exemplo.

Dois modelos de educação: Esparta e Atenas


Como as póleis eram autônomas politicamente, também o modo de educar variou entre elas. Por questões didáticas
vamos privilegiar dois modelos radicalmente diferentes: o de Esparta, cidade militarizada, e o de Atenas, iniciadora do
ideal democrático. Um era baseado no conformismo e no estatismo e o outro na concepção da Paidéia, de formação
humana livre e nutrida de experiências diversas, sociais mas também culturais e antropológicas.

Educação Espartana
Esparta se localizava na península de Peloponeso. Após a fase heróica, ainda valorizava as atividades guerreiras,
desenvolvendo uma educação severa, orientada para formação militar. Por volta de IX A.C. Licurgo organizou o
Estado e a Educação. De início os costumes não eram tão rudes, e o preparo militar era entremeado com a formação
esportiva e musical.
Os cuidados com o corpo começaram com uma política de eugenia – prática de melhoria da espécie – que
recomendava fortalecerem as mulheres para elas gerarem filhos robustos e sadios, bem como abandonar as crianças
deficientes ou frágeis demais. Após permanecerem com a família até os 7 anos, as crianças recebiam do estado uma
educação pública e obrigatória. Viviam em comunidades constituídas por grupos de acordo com a idade, e
supervisionados. Como todos os gregos, os espartanos estudavam música, canto e dança coletivos. Até os 12 anos
as atividades lúdicas predominavam. Depois aumentava o rigor e a educação física era um verdadeiro treino militar.
Educação moral. Eles não eram dados a refinamentos intelectuais, aliás a palavra laconismo que significa maneira
breve, concisa de falar ou escrever deriva de Lacônia, região onde viviam os espartanos. De toda a Grécia, eram as
cidades de Lacônia que ofereciam maior atenção às mulheres que participavam de atividades físicas.

Educação Ateniense
Segundo o historiador grego Tucídides (séc. V a.C.) Atenas foi a “escola de toda a Grécia”.
No final do séc. VI a.C. já terminado o período arcaico, surgem formas simples de escolas. O ensino não se tornou
obrigatório nem era gratuito.
A educação se iniciava aos 7 anos. A criança do sexo feminino ficava no gineceu, onde se dedicavam aos afazeres
domésticos.
Se fosse menino, desligava-se da autoridade materna para iniciar a alfabetização e a educação física e musical. Era
sempre acompanhado por um escravo, conhecido como pedagogo.
O menino era levado à palestra para praticar exercícios físicos sob orientação de pedótriba e era iniciado na
competição de cinco modalidades, pentatlo.
A educação musical era extremamente valorizada, e o pedagogo conduzia a criança ao citarista. A música abrangia a
educação artística em geral.
O ensino elementar de leitura e escrita recebeu por muito tempo menos atenção que as práticas esportivas e a
música. Conforme aumentou a exigência de formação intelectual, delinearam-se três níveis de educação: elementar,
secundária e superior.
O gramático, também chamado de didáscalo, reunia em qualquer canto um grupo de alunos para lhes ensinas leitura
e escrita. Os métodos dificultavam a aprendizagem, em que se acentuavam o recurso da silabação, repetição,
memorização, declamação e aprendiam de cor poemas e fábulas. Escreviam em tabuinhas enceradas e os cálculos
eram feitos com ajuda dos ábacos e dos dedos.
A educação elementar completava-se aos 13 anos. As crianças mais pobres saiam em busca de um ofício enquanto
as de família rica prosseguiam os estudos e se encaminhavam para o ginásio. Com o tempo as atividades musicais
se direcionaram para discussões literárias, abrindo espaço para assuntos gerais como matemática, geometria e
astronomia , sobretudo sob influência dos filósofos.
Dos 16 aos 18 anos a educação assumiu uma dimensão cívica de preparação militar, instituição que se desenvolveu
no séc. IV a.C. e é conhecida como efebia, mas após abolição do serviço militar em Atenas a efebia passou a
constituir a escola que se ensinavam filosofia e literatura.
Apenas com os sofistas teve início uma espécie de educação superior, que também se dedicavam a
profissionalização dos mestres e à didádica.
Não havia ensino profissionalizante.

Educação no período helenístico


No fim do século IV a.C. iniciou-se a decadência das cidades-estado até a perda total da autonomia.A cultura
helênica fundiu-se às civilizações que a dominaram, dando origem ao helenismo.
No período helenístico, a antiga Paidéia torna-se enciclopédia – educação geral – e consiste nos conhecimentos
exigidos para formação da pessoa culta. Diminuiu-se o tempo dedicado ao exercício físico conforme aumentava
estudos teóricos.
No ensino elementar era orientado pelo gramático, e no secundário ampliou-se a função do retor. Surgiu as sete artes
liberais: três disciplinas humanísticas (gramática, retórica e dialética) e quatro científicas (aritmética, música,
geometria e astronomia). Acrescenta-se a filosofia e a teologia na era Cristã.
Da junção da Academia e do Liceu surgiu a Universidade de Atenas.
1) APRESENTE E EXPLIQUE ALGUNS FATORES QUE PERMITIRAM AOS GREGOS UM GRANDE
DESENVOLVIMENTO INTELECTUAL.
No Período Homérico (século XII a VIII a.C.) predominava a concepção mítica do mundo (sobrenatural - divino),
já no Período Arcaico (século VIII a VI a.C.) ocorreram grandes transformações nas relações sociais e políticas,
proporcionando a lenta passagem da predominância do mundo mítico para a reflexão mais racionalizada e a
discussão. Nesse processo foi introduzido a escrita (já existente no período micênico, mas desapareceu com a
invasão dórica), a utilização de moedas, a lei escrita por legisladores, a formação de cidades-estado (póleis) e o
surgimento dos primeiros filósofos. As reformas de Clístenes deram condições para o nascimento, no séc. V a.C.,
de uma nova ordem política: a Democracia. A polis se constituiu com a autonomia da palavra, não mais a palavra
mágica dos mitos, mas a palavra humana do conflito, da argumentação. Finalmente surgiu o filósofo. Estes
pensadores, entre eles Tales e Pitágoras, também eram responsáveis por uma “física” nascente e pela
formalização da matemática e da geometria. O Período Clássico (séc V a IV a.C.) representou o apogeu da
civilização grega com a esplêndida produção das artes, literatura e filosofia que delineou definitivamente o que
viria a ser herança cultural do mundo ocidental.

2) CARACTERIZE O CONCEITO GREGO DE FORMAÇÃO INTEGRAL. DÊ EXEMPLOS.


A educação grega estava centrada na formação integral – corpo e espírito -, embora, de fato, a ênfase se
deslocasse ora mais para o preparo militar ou esportivo, ora para o debate intelectual, conforme a época e o
lugar. Estudava educação física, musica, dança e teatro, e linguagem, memória (leitura), matemática (aritmética),
geometria e astronomia.

3) EXPLIQUE O CONCEITO DE PAIDÉIA.


A ênfase dada à formação integral deu origem ao conceito de complexa definição, a Paidéia. É um ideal de
formação constante no mundo grego.
Inicialmente, a palavra paidéia (de paidos - criança) significava simplesmente "criação de meninos". Mas, como
veremos, este significado inicial da palavra está muito longe do elevado sentido que mais tarde adquiriu.
O termo também significa a própria cultura construída a partir da educação. Era o ideal que os gregos cultivavam
do mundo, para si e para sua juventude. Uma vez que o governo próprio era muito valorizado pelos gregos, a
Paidéia combinava ethos (hábitos) que o fizessem ser digno e bom tanto como governado quanto como
governante. O objetivo não era ensinar ofícios, mas sim treinar a liberdade e nobreza. Paidéia também pode ser
encarada como o legado deixado de uma geração para outra na sociedade.

4) FALE RESUMIDAMENTE SOBRE A EDUCAÇÃO ESPARTANA.


Esparta se localizava na península de Peloponeso. Após a fase heróica, ainda valorizava as atividades
guerreiras, desenvolvendo uma educação severa, orientada para formação militar. Por volta de IX A.C. Licurgo
organizou o Estado e a Educação. De início os costumes não eram tão rudes, e o preparo militar era entremeado
com a formação esportiva e musical. Após permanecerem com a família até os 7 anos, as crianças recebiam do
estado uma educação pública e obrigatória. Viviam em comunidades constituídas por grupos de acordo com a
idade, e supervisionados. Como todos os gregos, os espartanos estudavam música, canto e dança coletivos. Até
os 12 anos as atividades lúdicas predominavam. Depois aumentava o rigor e a educação física era um verdadeiro
treino militar. Educação moral. Eles não eram dados a refinamentos intelectuais, aliás a palavra laconismo que
significa maneira breve, concisa de falar ou escrever deriva de Lacônia, região onde viviam os espartanos. De
toda a Grécia, eram as cidades de Lacônia que ofereciam maior atenção às mulheres que participavam de
atividades físicas.

5) EM ATENAS DESENVOLVEU-SE TRÊS NÍVEIS DE EDUCAÇÃO: ELEMENTAR, SECUNDÁRIO E SUPERIOR.


EXPLIQUE CADA UM DELES.
O gramático, também chamado de didáscalo, reunia em qualquer canto um grupo de alunos para lhes ensinas
leitura e escrita. Os métodos dificultavam a aprendizagem, em que se acentuavam o recurso da silabação,
repetição, memorização, declamação e aprendiam de cor poemas e fábulas. Escreviam em tabuinhas enceradas
e os cálculos eram feitos com ajuda dos ábacos e dos dedos.
A educação elementar completava-se aos 13 anos. As crianças mais pobres saiam em busca de um ofício
enquanto as de família rica prosseguiam os estudos e se encaminhavam para o ginásio. Com o tempo as
atividades musicais se direcionaram para discussões literárias, abrindo espaço para assuntos gerais como
matemática, geometria e astronomia , sobretudo sob influência dos filósofos.
Dos 16 aos 18 anos a educação assumiu uma dimensão cívica de preparação militar, instituição que se
desenvolveu no séc. IV a.C. e é conhecida como efebia, mas após abolição do serviço militar em Atenas a efebia
passou a constituir a escola que se ensinavam filosofia e literatura.
Apenas com os sofistas teve início uma espécie de educação superior, que também se dedicavam a
profissionalização dos mestres e à didática.
IDADE MÉDIA: A EDUCAÇÃO MEDIADA PELA FÉ

• Idade Média: de 476 (queda do Império Romano do Ocidente) a 1453 (tomada de Constantinopla pelos turcos);
• Império Romano do Oriente (ou Império Bizantino): de 395 a 1453.
• Expansão Islâmica: iniciada no séc. VII; na Europa, o último reduto islâmico em Granada (Espanha) foi
reconquistado pelos cristãos em 1492.

Este período apresenta uma divisão, a saber:

• ALTA IDADE MÉDIA (século V ao século IX) - fase marcada pelo processo de formação do feudalismo.
• BAIXA IDADE MÉDIA (século XII ao século XIV) - fase caracterizada pela crise do feudalismo.

Período do século V ao século IX é caracterizado pela formação do Sistema Feudal. Neste período observam-se os
seguintes processos históricos: a formação dos Reinos Bárbaros, com destaque para o Reino Franco; o Império
Bizantino (parte oriental do Império Romano), e a expansão do Mundo Árabe.

Reinos Bárbaros
Para os romanos, "bárbaro" era todo aquele povo que não possuía uma cultura greco-romana e que, portanto, não vivia
sob o domínio de sua civilização.

ALTA IDADE MÉDIA


• Predominavam os Reinos Feudais: caracterizados por vida pobre, pela ruralização, sociedade estamental (clero,
nobreza, servos)
• Império Bizantino (no território hoje ocupado pela Turquia)
• Império Muçulmano
• Feudalismo
• Império Carolíngio
• Único fator em comum na “bagunça” da Europa Medieval é a Igreja.

O REINO FRANCO
A história do Reino Franco desenvolve-se sob duas dinastias:
• Dinastia dos Merovíngios (século V ao século VIII): rei indolente, Pepino o Breve;
• Dinastia dos Carolíngios (século VIII ao século IX): Carlos Martel e Carlos Magno.
• Carlos Magno (780 a 860) criou:
• Escolas Palatinas: próximas ao palácio (voltadas para a nobreza e incluíam as sete artes liberais trivium –
gramática, retórica e dialética - e quadrivium – aritmética, geometria, astronomia e música)
• Escolas Monacais: próximas aos mosteiros (voltadas inicialmente para os monges em regime de internato)
• Escolas Catedrais: próximas às igrejas (ensino secundário, voltadas para a nobreza e para o povo)
• Escolas Paroquiais: ensino elementar e religioso.
• Escolas Seculares: o latim foi substituído pela língua nacional, e em vez do trivium e do quadrivium foram
enfatizadas as noções de história, geografia e ciências naturais, contestando o ensino religioso.
• Universidades: nasceu na Igreja, mas depois se dividiu para Universitas, grupo de pessoas que dominavam
determinado assunto ou ofício - qualquer assembléia corporativa, seja de marceneiro ou sapateiro, mas no caso é
“universidade dos mestres e estudantes”, que procuravam ampliar os estudos de filosofia, leis e medicina e exigia-se
provas para se tornar bacharel, licenciado ou doutor. A universidade mais antiga que se tem notícia é a de Salerno,
na Itália, no séc. X. No séc. seguinte surgiram a Universidade de Bolonha, também na Itália e ao longo da Idade
Média foram fundadas mais de oitenta na Europa Ocidental.
• Corporações de Ofício: os servos libertos ocupavam diversos ofícios (alfaiate, ferreiro, sapateiro) mas com a
sociedade mais exigente foi implantado as corporações de ofício onde, para cada ofício, nada podia ser produzido
sem regulamentação rigorosa: material, processo de fabricação, preço do produto, horário de trabalho e condições de
aprendizagem. Para alguém possuir uma oficina, precisava de dinheiro e provar ser capaz de produzir sua obra-
prima. Se aprovado, pagava uma taxa, recebia um título de mestre e licença para montar o negócio. Os aprendizes
ficavam na casa do mestre sem pagamentos e eram alimentados por ele até serem submetidos ao exame para se
tornarem companheiros ou oficiais, podendo então trabalhar por conta própria. Ás vezes viajavam para outras terras
para conhecer novos processos de trabalho, até se submeterem ao exame e abrir uma oficina. Com o passar do
tempo essas taxas passaram a ser tão altas que só os filhos dos mestres tinham acessos às provas de ofício.

EDUCAÇÃO DA MULHER NA IDADE MÉDIA


• As mulheres não tinham acesso à educação formal.
• A mulher pobre trabalhava duramente ao lado do marido e, como ele, permanecia analfabeta.
• As meninas nobres só aprendiam alguma coisa quando estudavam em seu próprio castelo. Estudavam música,
religião e rudimentos das artes liberais, além de trabalhos manuais femininos.
• As meninas burguesas só tiveram acesso à educação quando surgiram as escolas seculares.
• Já os mosteiros recebiam meninas de 6 ou 7 anos a fim de aprenderem a ler, escrever e aprender artes de miniatura
e cópia de manuscritos e serem consagradas a Deus. Algumas estudavam latim, grego, filosofia e teologia.
• Já os monges beneditinos ocupavam-se especialmente com a educação da mulher, criando escolas não só para
internas, mas para aquelas que não se tornariam religiosas.

PATRÍSTICA
A filosofia dos Padres da Igreja teve início no período de decadência do Império Romano.
Patrística é o nome dado à filosofia cristã dos primeiros sete séculos, elaborada pelos Padres da Igreja, os primeiros
teóricos —- daí "Patrística" —- e consiste na elaboração doutrinal das verdades de fé do Cristianismo e na sua defesa
contra os ataques dos "pagãos" e contra as heresias.

A Patrística divide-se geralmente em três períodos:


• até o ano 200 dedicou-se à defesa do Cristianismo contra seus adversários (padres apologistas, como São
Justino Mártir, etc.).
• até o ano 450 é o período em que surgem os primeiros grandes sistemas de filosofia cristã (Santo Agostinho,
Clemente Alexandrino, etc.).
• até o século VIII reelaboram-se as doutrinas já formuladas e de cunho original (Boécio, etc.).

Esta divisão da Literatura Patrística em três períodos é geralmente feita, mais didaticamente, da seguinte forma:
Período ante-niceno - corresponde ao período anterior ao Concílio Ecumênico de Nicéia (324 d.C). Geralmente
compreende os escritos surgidos entre o século I e início do IV século.
Período niceno - corresponde ao período entre os anos anteriores até alguns imediatamente posteriores ao Concílio
Ecumênico de Nicéia (324 d.C). Geralmente compreende os escritos surgidos entre o início do IV século até o final
deste.
Período pós-niceno - corresponde ao período compreendido entre os V e VIII séculos.
O legado da Patrística foi passado à Escolástica.

ESCOLÁSTICA
A Escolástica (ou Escolasticismo) é uma linha dentro da filosofia medieval, de acentos notadamente cristãos, surgida da
necessidade de responder às exigências da fé, ensinada pela Igreja, considerada então como a guardiã dos valores
espirituais e morais de toda a Cristandade. Por assim dizer, responsável pela unidade de toda a Europa, que comungava
da mesma fé. Esta linha vai do começo do século IX até ao fim do século XVI, ou seja, até ao fim da Idade Média. Este
pensamento cristão deve o seu nome às artes ensinadas na altura pelos escolásticos nas escolas medievais. Estas artes
podiam ser divididas em Trivium (gramática, retórica e dialéctica) e Quadrivium (aritmética, geometria, astronomia e
música). A escolástica resulta essencialmente do aprofundar da filosofia.
A Filosofia que até então possuía traços marcadamente clássicos e helenísticos, sofreu influências da cultura judaica e
cristã, a partir do século V, quando pensadores cristãos perceberam a necessidade de aprofundar uma fé que estava
amadurecendo, em uma tentativa de harmonizá-la com as exigências do pensamento filosófico. Alguns temas que antes
não faziam parte do universo do pensamento grego, tais como: Providência e Revelação Divina e Criação a partir do
nada passaram a fazer parte de temáticas filosóficas. A Escolástica possui uma constante de natureza neoplatônica, que
conciliava elementos da filosofia de Platão com valores de ordem espiritual, reinterpretadas pelo Ocidente cristão. E
mesmo quando Tomás de Aquino introduz elementos da filosofia de Aristóteles no pensamento escolástico, esta
constante neoplatônica ainda é presente.
Basicamente, a questão chave que vai atravessar todo o pensamento escolástico é a harmonização de duas esferas: a
fé e a razão. O pensamento de Agostinho, mais conservador, defende uma subordinação maior da razão em relação à
fé, por crer que esta venha restaurar a condição decaída da razão humana. Enquanto que a linha de Tomás de Aquino
defende uma certa autonomia da razão na obtenção de respostas, por força da inovação do aristotelismo, apesar de em
nenhum momento negar tal subordinação da razão à fé.
Para a Escolástica, algumas fontes eram fundamentais no aprofundamento de sua reflexão, por exemplo os filósofos
antigos, as Sagradas Escrituras e os Padres da Igreja, autores dos primeiros séculos cristãos que tinham sobre si a
autoridade de fé e de santidade.

IMPÉRIO BIZANTINO (Igreja Ortodoxa Grega)


• Período: 416 a 1453
• Local: Constantinopla (Istambul) – região da divisão entre oriente e ocidente.
• Grande entreposto comercial – cosmopolita
• Riqueza cultural
• 1054 acontece a “Cisma do Ocidente” – fundação da Igreja Ortodoxa Grega
• Monarquia hereditária absoluta
• Sociedade dividida: existe ascensão social (grande atividade comercial)
• Compilação do Direito Romano Corpus Junis Civilis.

IMPÉRIO ISLÂMICO
• Local: península ibérica
• Região desértica
• Não havia estados organizados
• Sociedades tribais
• Nômades (comerciantes): beduínos
• Yatreb (Meca): Centro comercial-religioso
• Medina
• Se organizavam no oásis
• Religião politeísta
• Veio Maomé – profeta islâmico da tribo Coraixita que estudou judaísmo e cristianismo no século VII 622 – que pregou
monoteísmo – Alá e o livro sagrado Alcorão.
• Educação
• Casas da Sabedoria (centro de estudos+biblioteca – com livros de diversas culturas vindas da Índia, China, Grécia e
Alexandria).
• Escolas primárias só para ensino árabe e do alcorão.
• Desenvolveram:
• MEDICINA
• ARQUITETURA
• MATEMÁTICA
• ASTRONOMIA
• ASTROLOGIA
• CARTOGRAFIA
• GEOGRAFIA

Вам также может понравиться