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26/02/2008
Unidade I
3. Herança de pessoa viva não faz direito adquirido, faz mera e simples
expectativa de direito.
1. Quando se dá a transmissão?
→A transmissão se dá de imediato após a morte. Art. 1.784 c/c art. 1.791,
parágrafo único, C.C/2002 - ...herança, desde logo...
No C.C. de 1916, art. 684 c/c art.1.572 - ...transmite os bens aos herdeiros
legítimos e testamentários.
Conforme o art. 80, C.C./2002 – são imóveis os bens: “ o direito à sucessão
aberta”.
2. Como?
→Abre-se a sucessão conforme a lei vigente à época da abertura.
Ex: antes de 11/01/03 será o Código Civil de 1916, após será o Código Civil de
2002.
3. Onde?
→Domicílio do de cujus.
Competência: último domicílio do de cujus.
Art. 1785, CC; art. 70, CC; art. 96, CPC; art. 5º, XXXI (vale a lei mais
vantajosa)
4. Quem?
→Herdeiros legítimos e testamentários, conforme art. 1784, CC
Herdeiro necessário: descendentes, ascendentes e cônjuge (herdeiro que tem
preferência).
No C.C/ 1916 era herdeiro necessário somente os descendentes e ascendentes.
No RS o companheiro é considerado, pela maioria, herdeiro necessário.
50% Legítima
Ex. 1:
Avô------Avó
↓
Filha – 1ª a falecer = 1ª sucessão (patrimônio de R$200.000,00)
↓ ↓
neto neta – 2ª a falecer = 2ª sucessão (patrimonio de R$50.000,00)
• Na primeira sucessão metade do patrimônio para cada filho, ou seja, 100
Não são todos paraos“neta”
bens epatrimo-niais
100 para o “neto”.
que são transmitidos.
• Na segunda sucessão a “neta” tem patrimônio de 150 (100 herdado da
D. Obrigacional
mãe+50 patrimônio dela). Herda o patrimônio os avós, sendo 75 para cada.
D. Reais
Ex.
↓ 2:
- Usufruto1ª a falecer é a “neta” (50)
- Uso 2ª a falecer é a “filha” (200) + 50 herdado da “neta” = 250 que será herdado
exemplo:pelo filho.
caseiro
- Art. 520, C.C./02
Ex. 3:
Exemplos:
1)Bem • em condomínio:
O legista não tem comoprefe-
verificar quem morreu primeiro. Neste caso, usá-se
rência dea comoriência,
venda do imóvel. Os tanto faz qual sucessão abre primeiro.
sendo assim,
filhos não levamda oNeta-
Sucessão direito
Avó de(25) e Avô (25)
preferência se um dos condô-minos
Sucessão da Filha- Filho (200)
quiser vender a sua parte.
2)Aluguel de imóvel - transfere, ou
subloca, ou paga a recisão 10/03/2008
contratual (multa).
5. O que vai ser transmitido? Direitos que não se
Se o dono quiser vender o imóvel transmitem:
os herdeiros não terão direito, D. da Personalidade
rescindindo o contrato. D. Fundamentais
3) Promessa de compra e venda- D. Políticos
pré-contrato – transmite. D. de Família puro.
D. Família
D. Sucessões
II. Legitimidade Sucessória ou Capacidade para suceder: (≠ de capacidade civil)
====
⇓
Patrimônio de R$300.000
[ ] Nascituro (300.000 reservado
até nascer)
Exemplo:
→ Os descendentes herdam.
Exercício:
Celso, viúvo, falece em 10/03/2007, por homicídio doloso cometido por seu primogênito.
Celso deixa como herdeiros apenas seus dois filhos: Handel e Adler.
Foi proposta denúncia pelo MP na data de 25/05/2007 e ainda não há sentença
condenatória.
O processo de inventário foi aberto em 15/04/2007 no qual Handel foi nomeado
inventariante, tendo em vista que Adler é menor impúbere com 5 anos de idade. Não há
testamento conhecido. Celso deixa entre móveis e imóveis um patrimônio de R$ 30.000,00.
Levando em consideração o caso responda de forma fundamentada e citando o basamento
legal.
a) Adler possui algum direito de ação para receber sozinho a herança? Qual?
⇒ Sim, tem direito ação – Ação de indigno. Art. 1.814, I c/c art. 1.815
b) Qual o prazo que dispõe Adler para promover a ação? Contando a partir do quê?
⇒ 4 anos a partir da abertura da sucessão. Porém, o prazo decadencial e prescricional não
recai sobre o menor, sendo assim, será contado a partir da capacidade relativa (16 anos) -
Art. 1815, parágrafo único c/c art. 3º, art. 198, I e art. 208.
c) Caso Handel tivesse filhos estes seriam chamados a suceder?
⇒ Sim, pois os efeitos são pessoais. Art. 1.816, caput.
d) Teria Handel direito de administrar os bens que recaíssem sob o patrimônio de seus
filhos menores?
⇒ Não, pois não poderá administrar e usufruir os bens herdados pelos filhos. Art. 1.816,
parágrafo único.
e) Sabendo que entre os bens há um apartamento alugado quem teria direito aos aluguéis
auferidos pelo espólio no período. Por quê?
⇒ Sim, teria direito. Para tanto, Handel deverá devolver os valores do aluguel até a
sentença declará-lo indigno. A sentença tem efeito declaratório, retroagindo seus efeitos até
a abertura da sucessão.
18/03/2008
Expressa
→ Testamento – Deve ser depois do fato, antes da morte, devendo ser
prevista a reabilitação no testamento. Ex. “Reabilito-o, ... perdoando pelo
fato do dia tal...”
Acaba a reabilitação com outra ação não prevista.
Sendo prevista a reabilitação acaba com o direito de ação dos demais
herdeiros e procedência da ação de indigno.
→ Escritura pública
Tácita: somente por testamento. Não perdoa totalmente. Este não dispensa a
ação de indignidade.
O testamento com reabilitação tácita poderá excluir, na ação de indignidade,
o “indigno” do direito aos bens restantes.
25/03/2008
Nas cláusulas do testamento deverá constar o porquê e provas para facilitar a
ação de deserdação futuramente promovida pelos outros herdeiros.
Causas que levam a deserdação:
I - Mesmos casos de indignidade (art. 1.814)
II - Ofensa física dolosa (art. 1.962)
III - Injúria grave (injúria + violência)
IV - Relação ilícita (não é apenas e somente relação sexual e, sim, qualquer
ato ilícito).
V - Desamparo ($): desamparar economicamente vítima de alienação
mental ou grave enfermidade (requisitos do tipo).
Tácita: atos que indicam de maneira clara que o herdeiro aceitou. Ex: deu entrada no
processo de inventário. Está administrando os bens do de cujus.
Formas:
Escritura Pública: em qualquer lugar, mas tem custas.
Termo nos autos: na comarca onde corre o processo e não tem custas.
⇒A renúncia, da mesma forma que a aceitação, deve ser pura e simples, ou seja, não
admite condição e prazo. É irretratável e irrevogável. Art. 1.812- a renúncia é
definitiva.
⇒Só é admitida a renúncia se não prejudicar menor.
Efeitos da renúncia:
Avó (morre)
1ª classe 50% Filha Filho (renuncia) 50%
2ª classe neta neto → ficam sem nada!!!
Exemplo 1.
morre (100)
1ª classe morre renuncia
2ª classe 50% 50%
quando abre a sucessão
Exemplo 2.
morre (100)
1ª classe morre renuncia
2ª classe
↓ ↓ ↓ ↓
25 25 25 25
Exemplo 3.
morre (100)
1ª classe morre renuncia
2ª classe
Após a abertura da sucessão – herda !!!
Viva um minuto da abertura da sucessão irá herdar.
Diferenças entre:
Renúncia: o herdeiro renuncia e não escolhe para quem vai os bens que
renuncia. Regras dos efeitos da renuncia. Se escolher ele não renunciou, ou
seja, ele fez uma renúncia translativa ou fez uma cessação de direitos
hereditários. A diferença são os sujeitos. O que muda é o termo técnico para
saber para que abriu mão da herança. A renúncia pura é sempre gratuita, não
paga imposto de transmissão. A transmissão é onerosa quando está fazendo
uma cessão de direitos. Se a transmissão for gratuita entende-se como
doação.
⇒ Neste caso ela poderá doar tudo o que recebeu de herança, ou seja, os
100.000 herdados. O limite de doação é de 150.000.
Não é 50% do que recebeu da herança e sim 50% do patrimônio. Isto para
não reduzir a insolvência.
Processo de vacância:
2ª fase: Arrecadação dos bens. art. 1.142, CPC e art. 1.151, CPC
Fase mais complicada, pois não se desenrola exatamente como está previsto no CPC.
Na lei, o curador e o juiz vão até o local onde se encontram os bens e fazem uma
relação dos bens do falecido, lavrando um auto circunstanciado (peça importante da
vacância). Descrição dos bens com valores aproximados.
Na prática, o curador e o oficial fazem a relação dos bens, mas, hoje em dia, o curador
é quem leva a relação dos bens.
30d 30d
01/04/2008
⇒ Bens vacantes - a União, estados, municípios e o DF não podem fazer o que quiser
com os bens. Estes deverão ser utilizados em fundações destinados ao ensino
universitário.
Se o bem for dinheiro ou crédito ou bem móvel de pequeno valor é utilizado para
pagamento de precatório. Isto com fiscalização do MP.
Exercício:
07/04/2008
Avaliações:
2ª prova – 16/06
Trabalho – 26/05
Peça – 30/06
Unidade II
2. Da Sucessão Legítima
O art. 1.829 c/c art. 1.790 traz a ordem correta da vocação hereditária. O art. 1829 trata do
cônjuge enquanto o art. 1790 do companheiro. Por força do art. 1.790, o companheiro só
receberia sozinho se não houvessem nem colaterais. É um tratamento desigualitário que o
companheiro só receba em último lugar e o cônjuge em terceiro.
O art. 1.829 é contraditório ao art. 1.790 com relação ao cônjuge e companheiro.
À revelia do art. 1790, o companheiro tem que ser colocado no mesmo grau hierárquico do
cônjuge. No entendimento do TJ-RS, deve-se equiparar o companheiro com todas as
classes.
Sucessão daquele herdeiro que recebe a herança porque ele é “ele”, por direito próprio que
ele tem como tal. Recebe porque é direito dele, não recebe em nome de outra pessoa, mas
por direito dele mesmo.
1º Exemplo:
2º Exemplo:
Patrimônio do casal: 100.000
Comunhão Universal de Bens
Meação do esposa: 50.000
1º) Faz a meação a Meação dela. Eram casados em Comunhão Universal de Bens. Depois
divide 50 pelos 4 filhos dela (50 ÷ 4 = 12,5).
2º) Abre a sucessão do marido. Divide 50 pelos 5 filhos dele (50 ÷ 5 = 10)
3º Exemplo:
Já estavam mortos
↑
======
(1) (1) (2) (2) (2) (1) = 7 cabeças ÷ 400 = 57,14
x x x x x x ↓
57 57 57 57 57 57 multiplica pelo nº de cabeças
114 114 114
Patrimônio de 400.000
Não deixou descendentes, nem ascendentes.
Não casou, portanto, não há Meação.
Deixa herança para herdeiros colaterais de 2º grau (irmãos)
São 5 herdeiros e 7 cabeças.
Irmãos germanos valem 2.
Nos herdeiros colaterais há discriminação, uns são mais irmãos que os outros.
São discriminados porque é como se a herança subisse, dividisse e descesse.
÷2 ÷2
40 40
total: 90 90
O companheiro não pode concorrer na herança junto com os filhos com bens fora da união.
Sucessão de bem particular: 100 ÷ 2 = 50 para cada um
Metade do bem comum: se ela concorrer somente com filhos dele, cabe a ela metade do
que cabe a cada um dos filhos dele.
Se fosse filhos dela também valeria o mesmo.
Exemplo:
14/04/2008
A pessoa não herda porque ela é “ela” e tem direito de herdar. Herda porque
representa alguém que já faleceu e teria direito a receber a herança.
Art. 1.851, C.C. – “Pré-morto”
Pai falece antes da abertura da sucessão do avô. Netos representam o pai “pré-morto”.
Sempre tem que fazer a sucessão por grau: desce até o 1º grau.
Os que estão abaixo sobem para representar. Tem que garantir que os herdeiros em
linha reta representem o “pré-morto”, garantindo a estirpe do “pré-morto” o direito a
representação.
Os filhos sobem 1 grau para representar o pai “pré-morto”. As cabeças do que
representam vale igual.
2º Exemplo:
b) Colateral:
2ºgrau
100 “pré-morto” 33 “pré-morto”
3º grau → Herdam por representação
16,6 16,6 33 (adjudica)
Exemplo:
→ Sucessão A
São duas sucessões: abre uma sucessão, divide e depois abre a outra.
Na sucessão por representação, os formais de partilha já saem no nome de quem
está representando.
Na sucessão por sucessão, os formais de partilha saem no nome do espólio do
morto, somando com o patrimônio dele e depois faz a sucessão.
Não é possível representar herdeiro renunciante (se renunciou e morreu, não pode
representar).
Poderá representar o indigno, pois os efeitos são pessoais.
Poderá representar o herdeiro ausente (não se sabe onde está).
Exemplo:
→ Sucessão A
→ Indigno
⇓
CASOS PRÁTICOS
a) Descendente:
Houve na história do Direito de Família uma divisão entre os descendentes
legítimos versus ilegítimos (espúrios). Essa era o tratamento do Código Civil de 1916.
Os filhos espúrios eram de duas naturezas: adulterinos (homem ou mulher casados
tinham fora do casamento filho fruto do adultério) e incestuosos (filhos de pai com
filha, mãe com filho, irmãos, avô com neta...).
Tratamento do Direito Sucessório dado a essas pessoas:
O filho adulterino recebia 50% do que recebia o filho legítimo.
O filho incestuoso não tinha direito a herança.
A lei 6515/77 acabou com a discriminação entre os filhos, exigindo tratamento
igualitário. Essa lei já recepciona um entendimento jurisprudencial de que não poderia
haver diferença entre os filhos.
A CF/88 no art. 277, §6º prega e exige a igualdade entre os filhos, recepcionando o
entendimento já estava corrente.
Os filhos nascidos por reprodução assistida após a morte do titular tem o mesmo
tratamento jurídico dado aos filhos incestuosos: não herdam nada.
É filho, mas sem direito a sucessão. Tem todos os direitos de família (alimentos,
pensão), mas nenhum direito sucessório.
Filhos adotivos: O C.C./1916 tinha o art. 1.605 que dizia: “Da-se aos filhos
adotivos o mesmo tratamento que um filho natural”.
O filho adotivo ganhava a metade que um filho legitimo para fins de direito
sucessório.
A lei 6515/77 e o art. 227, §6º, CF/88 resolvem, dizendo que não pode haver
tratamento discriminatório ao filho adotado.
O art. 1.626 C.C/2002, diz que o filho adotado receberá da família que o adotou,
mas não receberá nada da família co-sangüinea.
Tem que ser adoção – não pode ser “pegar para criar”, paternidade sócio-afetiva,
adoção à brasileira, guarda. Tem que ser filiação civil concedida pela adoção.
→ Viúvo falece
1ºgrau (50%) (50%)
2ºgrau
→ exclui
Essa sucessão se dará em 1º grau: regra do art. 1.833. Se tiver um mais próximo,
elimino os mais distantes.
Tendo um descendente, será ele chamado a suceder.
O art. 1.829, I tem que estar em todas as fundamentações de sucessão em linha reta.
Em alguns casos, concorrerá com o cônjuge ou o companheiro.
No art. 1.829, I: descendentes são os primeiros e herdarão por direito próprio.
Quanto vão herdar? O art. 1.834 diz que partilharão por cabeça, tendo o mesmo valor:
partes iguais.
Exemplo 2:
→ Viúvo falece
1ºgrau (50) (50) → “pré-morto”
2ºgrau
25 25
R$ 100
20 20 20 20 20
Exemplo 4:
falece
1/6 1/6 1/6
1/6
Sucessão em 1º grau.
Descendentes em linha reta sobem quantos graus precisar. Não existindo limite de grau
para subir em se tratando de linha reta descendente.
Fundamentação: art. 1.829, I; art. 1.834 e art. 1.835
Exemplo 5:
falece
1/5 1/5 1/5 1/5 1/5
Exemplo 6:
falece
½ ½
1º grau 1/2 “renunciou” “indigno”
2º grau
1/4 1/4
29/04/2008
b) Ascendentes:
Em 2º lugar na ordem da vocação hereditária, sendo chamados a suceder se não
houver descendentes.
Art. 1.829, II → Direito
Art. 1.836 → Partilha em linha
Art. 1.852 → Não há direito de representação
O art. 1.829, II sempre estará presente quando houver sucessão em linha reta
ascendente (ele é que concede o direito).
Independente do regime, o cônjuge/companheiro (por força do art. 1.790) vai
concorrer com ascendente.
Exemplo 1:
Exemplo 3:
25 25 50
2º grau === ===→ “pré-morto”
1º grau
“pré-morto” ==========→ “pré-morto”
Metade da herança vai para cada linha.
Fundamentação: art. 1.829, II + art. 1.836
Enquanto houver um naquele grau, não subo para o próximo e nem permito a eles
descerem.
As regras da indignidade e da representação também valem aqui.
Exemplo 4:
Exemplo 1:
“pré-morto” ======= “pré-morto”
50% 50%
Não tem ascendente nem descendentes vivos, nem cônjuge ou companheiro: chama-se os
colaterais.
Irmãos são colaterais de 2º grau. Recebem a herança por cabeça.
O art. 1.829, IV deve estar presente sempre que a sucessão for de colaterais.
Exemplo 2:
“pré-morto”
=======
↓ ↓ ↓ ↓ ↓ ↓
vale 1 vale 2 falece vale 2 vale 1 vale 1
irmão unilateral
irmãos bilaterais irmãos unilaterais
Exemplo 3:
“pré-morto”
=======
pré-morto
2ºgrau (1) (2) falece (2) (1) (1)
3º grau
(1) (1)
sobem p/ representar
O único caso possível de representação de colateral é filho de irmão falecido concorre com
outros irmãos. (art. 1.853)
Se eliminar todos os irmãos, os sobrinhos passam a herdar, não por representação, mas por
direito próprio.
Exemplo 4:
=======
2ºgrau (1) (2) falece (2) (1) (1)
3º grau
(1) (2) (2) (2) (1) (1)
05/05/2008
Sucessão colateral em casos que não sejam irmãos:
Se eliminar todo o 2º grau (irmãos), o art. 1.843 começa a tratar de outros colaterais que
não sejam irmãos.
Exemplo 1:
=======
2ºgrau falece
3º grau
(1) (1) (2) (2) (2) (2) (1) (1)
4º grau
→ não podem representar.
↓
Salvo na concorrência entre irmãos em que há direito de representação, nos outros graus
não há.
Exemplo 1:
=========
se a tia estivesse viva
herdaria tudo- 3º grau
⇓
herda porque é primo: 4º grau sucede
Exemplo 2:
=========
(2) (1)
Divide por 3 a herança deste. 2/3 para o primo-irmão e 1/3 para o outro.
SUCESSÃO DO CÔNJUGE:
Regras Gerais:
1ª) Antes de dizer se o cônjuge terá direito a concorrer ou não, terá que preencher
alguns requisitos:
Não pode estar separado judicialmente na data da abertura da sucessão. O
que rompe o vínculo conjugal é o divórcio. Se estiver divorciado, nem
cônjuge mais é, nem se encaixa aqui.
Não pode estar separado de fato há mais de 2 anos porque configura
divórcio direto.
Esses dois requisitos estão previstos no art. 1.830. Este dispositivo é mentiroso
porque fala dos 2 requisitos e faz a ressalva: “salvo se um der culpa”. Independe
quem deu culpa, é objetivo o requisito. Não se considera a parte final do artigo que
fala em culpa.
Se estiver separada de fato há 1 ano irá herdar desde que não esteja configurado de
que ela está em outra União estável. Não pode contituir duas relações.
2ª) Reabilitação:
06/05/2008
Família Sucessões
Comunhão Universal Meação --------
Comunhão Parcial Meação de bens comuns Participação nos bens
particulares.
Comunicação de aqüestos Meação dos aqüestos Participação nos aqüestos
Separação de bens ---------- Participação nos bens
voluntária particulares.
Separação de bens ------------ ----------
obrigatória
Comunhão universal: o cônjuge receberá a meação que é dele por direito, mas nada de
herança. Meação de tudo, exceto dos bens gravados com cláusula de incomunicabilidade ou
inalienabilidade.
Comunhão parcial de bens: o cônjuge sobrevivente tem direito à meação dos bens comuns
(metade do patrimônio comum é dele). Se houver bens particulares, o cônjuge leva
participação nos bens particulares, se não houver, não leva nada.
Se concorrer com filhos comuns, leva parte igual, mas no mínimo ¼.
Exemplo:
Regime: Comunhão Parcial de Bens
Bem particular – 100 – não comunica Bem comum – 200 – comunica
Bem particular: 33 33
Bem comum: 50 50
Herança (total): 83 83
Tema:
Comunhão parcial
Bem comum – 200 Bem particular – 50
=======
(R)
↓ 10 10 10 10
Não herda 25 25 25 25
Exemplo 1:
== ==
2ª classe
1ª classe ===========
33 33
===→ 100 - meação
= 200 33 - herança
Comunhão universal de bens
Exemplo 2:
== ==
2ª classe 12,5 12,5 25
1ª classe ===========
===→ 100 - meação
= 200 50
Comunhão universal de bens
Exemplo 3:
Comunhão Parcial de Bens
Próprio – 100
Comum – 200
=========
66 66
=====
Meação: 100
Herança: 200
Cace a ela 1/3 de 200 = 66
Concorrendo com ascendente, como não importa o regime de bens do casamento (ela herda
sempre), também não importa sobre o que ela herda (a natureza dos bens deixados de
herança). Separa a meação e ela concorre sobre todo restante dos bens.
Ascendente concorre com qualquer regime e sobre qualquer natureza de bem.
Exemplo 4 e 5:
Separação Total de Bens
Particular dele: 2 milhão
1 milhão(1/2) ← =========
1ª) Até o dia 29 de dezembro de 1994: O óbito do companheiro se deu até essa data.
Legislação aplicável: nenhuma
Súmula 380 do STF
Até 1994 o direito a meação era reservado exclusivamente aos bens adquiridos na
constância da união com prova de esforço comum. A súmula não fala em herança:
não tem direito a nada.
O que mudou?
Art. 1.790
Inconstitucionalidade:
O TJ-RS entende de forma pacífica que o art. 1.790 é inconstitucional, pois segundo
esse artigo, o companheiro só receberá herança não havendo parentes, concorrendo
até mesmo com colaterais (tios e sobrinhos do falecido).
O entendimento do TJ é que se o companheiro é herdeiro necessário, como o
cônjuge, deve ficar em 3º lugar, recebendo a herança sozinho se não houver
descendentes ou ascendentes.
No TJ-RS não se aplica o art. 1.790 quando o companheiro concorrer com
colaterias. O companheiro leva tudo e o tio/sobrinho não leva nada, a revelia do art.
1.790.
Caput:
Inverte a regra do cônjuge.
Os bens dos quais o companheiro não colaborou (bens comuns), não bota a mão na
herança.
Bens adquiridos onerosamente na constância = bens comuns.
Exemplo 1:
Exemplo 2:
Exemplo:
=========
Posição do TJ-RS:
III- “outros parentes” entende-se ascendentes.
Os descendentes estão nos incisos I e II.
Companheiro não concorre com colateral.
Analogia só pode ser usada quando não há disposição expressa. Tem que buscar
interpretação constitucionalizada e buscar equiparação.
27/05/2008
Unidade III
SUCESSÃO TESTAMENTÁRIA
3.1.1. Histórico
Sucessão testamentária acontece quando alguém expressa algo, seu último desejo,
querendo que aconteça quando ele não estiver mais aqui.
No direito romano, o testamento era considerado o ato mais importante na vida de
um cidadão romano. Junto com o testamento, se passava a cidadania romana.
A lei determinava que, falecendo o pai, o filho mais velho assumia sua condição.
Essa era a sucessão legítima.
Fazia testamento quando não tinha filho homem ou quando tinha e não queria que
ele assumisse a sua posição.
O testamento transmitia tudo: patrimônio, cidadania, poder.
O testamento era comicial: reunia o maior número de pessoas que conseguisse
(quanto mais gente ouvia, mais legitimidade o ato tinha) e dizia para quem iria transmitir a
herança. Simbolicamente dava o seu anel a essa pessoa.
Quando ele deixasse de existir como cidadão, o sucessor assumia o seu lugar. O
testamento vale acima de qualquer coisa. Se deixar para alguém, esse alguém leva.
Hoje, testamento e lei convivem.
O fato de fazer testamento não significa que não haja legítima.
A regra se inverteu hoje: no Direito romano, o testamento preponderava sobre a lei.
Hoje a tem preponderância: o testamento vale até o limite da lei. Se o testamento entrar em
conflito com o que diz a lei, vale a lei.
Pode determinar o que cada herdeiro necessário vai levar da legítima, desde que
respeite a proteção.
Bem de raiz = imóvel
3.2. Testamento
3.2.1. Caracteríticas:
1º) É um negócio jurídico. Rege-se pelas leis do Código Civil, parte geral, que tratam
de negócio.
Testamento é um negócio que se faz sozinho.
2º) Unilateral: É um negócio porque depende de aceite.
Pode dispor do bem dos outros, desde que até o momento da morte esse bem será
seu. O testamento será válido se quando eu falecer esse bem integrar o meu
patrimônio.
É unilateral porque apenas uma das vontades define o conteúdo. O outro só diz se
aceita ou não.
3º) Personalíssimo: Não pode testar com procuração. É um dos poucos atos
personalíssimos que existem. Art. 1.858, C.C.
4º) Gratuito: Aquele que faz o ato não pode cobrar nada de quem beneficia – se não
configura pacto sucessório.
Não posso exigir nada daquela pessoa a quem estou beneficiando agora, posso
exigir no futuro. Não pode ser eu o beneficiário.
5º) Solene: A falta de um dos requisitos/formalidades acarreta a inexistência. Os demais
atos são formais. A falta de requisito acarreta a nulidade.
Testamento e o casamento: falta dos requisitos acarreta inexistência.
Revogável: art. 1.858, C.C.
02/06/2008
Característica:
3º) Idade para testar: foi reduzida para 16 anos. Mesmo aquele que não tem capacidade
civil poderá testar.
4º) O testamento pelo C.C. de 1916 era ato eminentemente patrimonial, ou seja, deveria
haver cláusula patrimonial. Deveria ter um bem para testar. Caso não tivesse um
bem não podia testar, só se tivesse bem de raiz. Isto até 2002.
No C.C. de 2002, o testamento deixou de ser um ato eminentemente patrimonial.
O C.C. de 1916 também permitia, porém, só era válida a cláusula se estivesse bem
patrimonial testado.
Tipos de testamento:
Testamentos:
Testemunhas:
1916 2002
Público Público: 05 02
♣ Ordinários Privado Privado: 05 03
(art. 1.862) Cerrado Cerrado: 05 02
Marítimo
♣ Especiais Aeronáutico Art. 1.888 – art. 1.892
(art. 1.886) Militar – Art. 1.893 – art. 1.896
Ordinários:
a) Público: feito por escritura pública. Escrito pelo tabelião no livro de notas.
Requisitos: os mesmos da escritura pública, acrescido de 2 testemunhas.
Qualquer lugar é hábil para fazer o testamento, sendo necessário R.G. e taxa para o
testamento por escritura pública.
A publicidade é do ato, não é do conteúdo!!!
É o testamento que pode ser feito pelo analfabeto, pois o tabelião tem fé pública.
O testador que não souber ou não puder assina por arrogo (alguém que assina por
ele, tendo mesma validade).
b) Particular: (privado) art. 1.876
Escrito pelo próprio testador ou por quem ele desejar.
Segue o padrão ata (nº de página, sem parágrafo, sem linha, rubricada cada página).
Pode ser em qualquer língua. São 3 testemunhas (desde que todas conheçam a
língua). Só é válido quando as 3 testemunhas disserem em juízo sobre o ato.
03/06/2008
c) Cerrado: art. 1.868
Realizado em 2 fases:
Cédula (particular): condição – feito pelo próprio testador por escrito,
manuscrito ou meio mecânico. Pode ser feito em qualquer língua.
3.2.6. Beneficiários: