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Pedido de vista do ministro Ayres Britto adiou a conclusão do julgamento de um recurso interposto pela empresa
de indenização que a condenou ao pagamento de danos materiais a um consumidor de seus cigarros.
A questão começou a ser apreciada pelo Plenário do STF em análise a um recurso extraordinário. Foi a primeira
indenização por males causados pelo tabagismo chegou ao Supremo.
Ontem (15), após o voto do relator Março Aurélio, também votaram os ministros Dias Toffoli, Joaquim Barbosa e C
incompetência dos juizados especiais para o julgamento da causa. Pediu vista dos autos o ministro Ayres Britto.
O caso é oriundo de um Juizado Especial de São Paulo, passando depois por uma das Turmas Recursais
obteve uma indenização de 40 salários mínimos (teto).
Originariamente, o recurso refere-se a uma ação indenizatória movida por Antonio Glugosky contra a empresa So
por danos materiais em razão dos males que o consumo de cigarros teria causado à sua saúde, entre eles a depe
Até agora, os ministros analisaram questão específica quanto à competência do Supremo para reexaminar decisõ
Ayres Britto pediu vista dos autos em relação a este ponto da discussão. O debate foi iniciado pelo relator
competência da matéria contida no recurso é do Supremo e não do Superior Tribunal de Justiça.
Segundo ele, na situação concreta é inviável a submissão da controvérsia ao STJ como ocorre quanto aos acórdã
caso envolve o artigo 98, inciso I, da Constituição Federal, sobre a atribuição dos Juizados Especiais, que deve atua
complexidade e em infrações penais de menor potencial ofensivo. Além disso, o valor da ação não pode exceder
Os ministros avaliaram que a hipótese diz respeito à controvérsia de grande complexidade. Para assentar a respo
estão em jogo valores a gerar complexidade, disse o relator, ao citar, a legitimidade da comercialização do cigarro
e ao cobrar tributos, a manifestação de vontade do cidadão ao usar o produto e a possível responsabilidade de qu
saúde dos consumidores.
Para o ministro Março Aurélio, a atividade exercida pela empresa mostra-se legítima, pois autorizada por lei, tend
impostos.
Ele avaliou que "se o consumo de certo produto gera, ante a repercussão no organismo humano, direito à indeniz
simplicidade das causas próprias aos juizados especiais. (RE nº 537427 - com informações do STF).
* Antonio alegou que, por aproximadamente 44 anos, teria fumado cigarros produzidos pela Souza Cruz, que ele
propaganda da empresa seria enganosa.
* O fundamento jurídico do pedido indenizatório está baseado em responsabilidade civil objetiva, porque a publicid
37 e 38 do Código de Defesa do Consumidor).
http://www.jusbrasil.com.br/noticias/2376107/chega-ao-stf-o-primeiro-caso-sobre-ind... 19/09/2010
Chega ao STF o primeiro caso sobre indenização a um fumante :: Notícias JusBrasil Página 2 de 2
* A empresa sustenta que Antonio não forneceu qualquer indicação da maneira pela qual a Souza Cruz teria, em
consumidor tem responsabilidade pelas consequências de sua própria decisão de fumar.
* Em sua defesa, a Souza Cruz também sustenta a incompetência absoluta do Juizado Especial de pequenas
ponto de vista fático-probatório.
* A empresa sustenta ainda que não existe responsabilidade objetiva da empresa porque: a) o cigarro não é um p
ao consumo de cigarro têm sido largamente divulgados há décadas e, portanto, são razoavelmente esperados; c)
omissão (artigos 37 e 38, do CDC).
http://www.jusbrasil.com.br/noticias/2376107/chega-ao-stf-o-primeiro-caso-sobre-ind... 19/09/2010