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Segundo Eric Maskin, um dos três vencedores do Prêmio Nobel de Economia de 2007,
"Sociedades não devem contar com as forças do mercado para proteger o ambiente ou fornecer
um sistema de saúde de qualidade para todos os cidadãos (…) O mercado não funciona muito
bem quando se trata de bens públicos", disse Maskin.[7] Pesquisas mais atualizadas no campo da
teoria econômica, como as de Stiglitz, já deixaram claro que a mão invisível, que asseguraria que
os recursos fossem alocados com a Eficiência de Pareto no sistema produtivo só funciona em
determinadas condições ideais. Como a competição nunca é totalmente livre, a relação de oferta e
demanda gera efeitos sociais que não são resolvidos naturalmente pela dinâmica da economia de
mercado. Os economistas norte-americanos Leonid Hurwicz, Eric Maskin e Roger Myerson
ganharam em 2007 o Prêmio Nobel de Economia por criarem as bases de uma teoria que
determina quando os mercados estão funcionando de forma eficaz. "A clássica metáfora de Adam
Smith sobre a mão invisível refere-se a como o mercado, sob condições ideais, garante uma
alocação eficiente de recursos escassos. Mas, na prática, as condições normalmente não são
ideais. Por exemplo, a competição não é completamente livre, os consumidores não são
perfeitamente informados e a produção e o consumo desejáveis privadamente podem gerar
custos e benefícios sociais", explicou a nota da Real Academia Sueca de Ciências[8]
Tendo isso em mente, o projeto novo-desenvolvimentista não objetiva pavimentar a estrada que
poderia levar o Brasil a ter uma economia centralizada, com um Estado forte e um mercado fraco,
nem construir o caminho para a direção oposta, em que o mercado comandará unicamente a
economia, com um Estado fraco.
Contudo, entre esses dois extremos existem muitas opções. Avaliamos que a melhor delas é
aquela em que seriam constituídos um Estado forte que estimula o florescimento de um mercado
forte.
A economia social de mercado busca um meio termo entre o socialismo e o capitalismo, ou seja, é
uma economia mista e objetiva manter simultaneamente altos índices de crescimento econômico,
baixa inflação, baixo desemprego, boas condições de trabalho, seguridade social, e serviços
públicos mediante a aplicação controlada da intervenção estatal.
O termo Soziale Marktwirtschaft (economia social de mercado, em alemão) foi criado em 1946 na
Alemanha por Alfred Müller-Armack[10] e foi o regime econômico adotado por esse país, no pós
Segunda Guerra Mundial.
Para dar à economia a maior liberdade possível, permitindo que a mão invisível do mercado
funcione (onde ela funciona, e para os que nela ainda crêem)[11] surgiu a idéia de "o tanto de
estado necessário, o mínimo de Estado possível". Isso difere, num ponto crucial, da minarquia,
porque essa não leva em consideração o tanto de Estado necessário . (Stiglitz não acredita na
existência de uma mão invisível, na maioria dos casos: (…) "a razão pela qual a mão invisível é
invisível é por que ela não existe ou, quando existe, está paralítica")[11] Joseph E. Stiglitz, na
introdução à sua Aula Magna, por ocasião do recebimento do Prêmio Nobel (Estocolmo, 8 de dezembro de 2001)..[11]
Para que isso funcione, o Estado precisa criar um marco legal eficiente, o que é fundamental para
qualquer tipo de negócio. E se faz necessário que os membros do Poder Judiciário e do Poder
Legislativo sigam rigorosamente o marco legal. A corrupção corrói esse marco legal e traz
prejuízos incalculáveis para o desenvolvimento econômico de um país.
A pessoa economicamente inativa, seja por sua idade, seja por doença ou desemprego, precisa de
segurança social. Isso deixa não só o cidadão, mas toda a sociedade, mais tranqüilos e melhor
equipados para produzir, na sua vocação.