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ESTRATÉGIAS DA IMPESSOALIDADE

NOS DISCURSOS CIENTÍFICO E TECNOLÓGICO

Maria Margarida de Andrade (UPM)

INTRODUÇÃO

A sociedade desenvolve, continuamente, a partir do sistema primeiro que lhe fornece a linguagem humana,
sistemas de segundos sentidos, que se adaptam a vários contextos verbais e situacionais. A significância da
linguagem humana resulta da articulação de duas ordens interrelacionadas: a significância semiótica, isto é, da
língua como sistema de signos e da significância semântica, ou seja, da enunciação, do discurso, que se
fundamenta na capacidade da linguagem de servir de interpretante dos outros sistemas semióticos. a
linguagem, nos seus aspectos multifuncionais, é o reflexo da cultura de uma sociedade, ao mesmo tempo que
faz parte dela. Na sua função de veículo de idéias e pensamentos, a linguagem se desdobra em vários tipos de
discurso, de acordo com o contexto verbal e situacional e a finalidade da comunicação.

Neste trabalho será enfocado o discurso científico-tecnológico dentre as múltiplas possibilidades discursivas:
discurso publicitário, jurídico, político, religioso, pedagógico, jornalístico, literário, burocrático etc.

Os discursos cognitivo,
referencial, objetivo e seus sujeitos

Ao contrário do discurso social, que é conduzido por um Sujeito coletivo, o discurso cognitivo, individual, situa-
se na perspectiva do enunciador (emissor) que o produz, enquanto o discurso referencial depende do
enunciatário (receptor) que o decodifica.

O Sujeito do discurso cognitivo é, de certa forma, o mesmo do discurso referencial.

A dupla função do discurso cognitivo consiste de, ao mesmo tempo, um fazer, que objetiva aumentar
quantitativa ou qualitativamente o SABER e um fazer-saber, ou seja, produzir saber com a finalidade de sua
comunicação a um actante implicitamente proposto ¾ o enunciatário.

Caracteriza-se assim um processo cumulativo de produção e transmissão do conhecimento, por meio de


procedimentos de constatação de objetos semióticos e de fazer persuasivo.

No que se refere ao sujeito do discurso, Pais (1984, p. 59) ensina:

Se consideramos que o sujeito que produz tais discursos [de enunciação de codificação e de
enunciação de decodificação] seja como enunciador, seja como enunciatário ¾ e ele é, reafirmamos,
sempre enunciatário dos discursos que ele mesmo emite ¾ somos levado a reconhecer que o sujeito
produz seus discursos e, simultaneamente, que o sujeito é produzido por seus discursos.[1]

O discurso objetivo, despersonalizado, portanto, objetivado, é mais que a simples ocultação do sujeito, é o
resultado de um processo de manipulação dialética, fruto da aquisição de competência. Ele se caracteriza pelo
fazer persuasivo e pelo fazer interpretativo, no qual se baseia e se sustenta.

DISCURSO CIENTÍFICO E DISCURSO TECNOLÓGICO

Segundo Pais (2002) a cultura, que compreende recortes culturais, sistemas de valores, visão de mundo, e a
ciência lato sensu, que implica a aplicação de um saber a um fazer, são indissociáveis em todas as sociedades
humanas. Ciência e tecnologia são processos de produção inseridos no processo maior, o processo histórico da
cultura.

Note-se que a diferença entre pesquisa científica e pesquisa tecnológica é apenas gradual. Não há linha
demarcatória entre ambas, ressalvando-se que a pesquisa tecnológica deve se justificar por uma necessidade
prática, sem a preocupação de resolver problemas correlatos. Por isto não considera importante o rigor e a
exatidão das etapas intermediárias da pesquisa: o que interessa é o resultado final.
Considerando-se que muitas vezes a pesquisa científica visa a finalidades práticas e que pesquisas tecnológicas
podem, colateralmente, chegar a resultados gerais, não se pode, em certos casos, discernir uma da outra.
Desde o início do século XX deixou de haver o critério de divisão das ciências em pura e aplicada.

Da mesma forma que as pesquisas científica e tecnológica devem ser produzidas segundo procedimentos
metodológicos específicos, os textos que relatam suas etapas e conclusões devem ser expressos de forma
lógica e racional.

Os resultados de qualquer observação ou experiência científica e tecnológica devem ser transmitidos numa
linguagem em que se adotam definições precisas de cada termo empregado, de forma que seu significado seja
o mesmo para todos os cientistas ou tecnólogos.

Deduz-se daí que os discursos científico e tecnológico obedecem aos mesmos parâmetros; ambos devem
adotar um vocabulário composto por palavras de sentido denotativo, da linguagem geral, a par de certo
número de termos e expressões que exprimem as relações formais necessárias, específicas de cada universo de
discurso. Exclui-se qualquer tipo de conotação, de maneira que cada palavra ou frase indique uma única e
mesma coisa ou processo, que possa ser verdadeira ou falsa, sem uma terceira possibilidade.

Os textos dos discursos científico e tecnológico, ou seja, a forma lingüística com que são apresentados os
resultados das pesquisas, contendo as análises teóricas, relatórios de observação e especificação de como fazê-
la deve ser consistente, coerente, lógica. A Lógica é a ciência dos argumentos corretos, com os quais se
formulam raciocínios acertados.

Nos termos da semiótica greimasiana, o universo de discurso científico caracteriza-se como poder-fazer-saber,
ao passo que o universo de discurso tecnológico é caracterizado pelo poder-saber-fazer. (PAIS, 1993, p. 407)

Diz Vargas (1985), que desde o surgimento da ciência moderna, no século XVII, a marca da correção dos
textos científico e tecnológico está na ‘logicidade’, e aponta como um dos requisitos fundamentais:

Adoção de um estilo onde são afastados, ao máximo, todos os fatores subjetivos e pessoais dos
significados¾ o que não se resume somente na adoção de frases na terceira pessoa ou do uso do
plural impessoal, mas, numa atitude muito dificilmente definível, porém, perfeitamente denotada
pela expressão: honestidade científica. (VARGAS, 1985, p. 90)

DISCURSO E IDEOLOGIA

Não existe texto neutro, sem ideologia, entendida como o conjunto de idéias, opiniões, valores, crenças, enfim,
“visão de mundo”. O caráter ideológico de qualquer discurso pode ser comprovado por um simples silogismo:
qualquer discurso é situacional, isto é, pertence a uma situação histórico-social-cultural, que emerge, explícita
ou implicitamente nas entrelinhas do texto. Rossi-Landi (1985, p. 145) afirma:

Um discurso serve-se da linguagem na forma concreta dessa ou daquela língua, isto é, de uma
estrutura sempre historicamente bastante determinada, social por definição, e portanto sempre
ideologizada como produto e ideologicamente como instrumento.

Temas, figuras, valores, juízos, visões de mundo, permanentemente construídas e desconstruídas, existentes
no contexto social, subjazem à interpretação do discurso, denunciando a realidade histórico-social-cultural de
onde provêm. Interpretar implica confrontar sentidos, estabelecer relações entre o que está explícito no texto
com o que não está escrito nele, mas que são elementos subjacentes.

Contudo, não são os discursos que se definem por seus contextos culturais, mas, ao contrário, são os contextos
culturais, ou seja, as culturas, que se definem por meio de interpretações conotativas dos discursos. (GREIMAS,
1978, p. 215).

A linguagem está sempre carregada de ideologia; os sentidos confrontam-se, a significação não é estática,
evolui no confronto de natureza histórico-social. O enunciador não comunica apenas, não informa somente, ou
persuade o interlocutor, mas sempre pretende sugerir, propor ou impor, ainda que de maneira implícita, seus
pontos de vista, suas convicções, sua visão de mundo, estabelecendo um confronto ideológico com o seu
enunciatário. Por sua vez, o enunciatário pode aceitar, discutir ou contestar as idéias e conceitos explícitos ou
implícitos no texto que decodifica. Pais (1984, p. 49) esclarece:

A visão de mundo constantemente reconstruída é o resultado, a cada momento, do


funcionamento concomitante dos diversos sistemas semióticos que integram a mesma
macrossemiótica e da produtividade de seus discursos. [2]
A observação revela que no exame de um texto, o que mais se destaca é a ideologia política, “talvez porque ter
uma posição política seja imprescindível para o exercício de uma cidadania”(BORBA, 2003, p. 308).

Um texto que emprega termos como: operariado, proletário, mais-valia, opressores/oprimidos, revela
claramente a ideologia política de tendência marxista. Claro que, semanticamente há gradações nos
significados, por exemplo: operariado é um termo mais politicamente engajado, enquanto operário tende a ser
mais neutro, o que não ocorre com proletário e proletariado.

MANIPULAÇÃO DIALÉTICA

Uma característica fundamental do discurso lingüístico, qualquer que seja ele, é depender do enunciador que o
produz, que, contudo, opera sua subjetivação e relativização. Para obter esses resultados, o enunciador do
discurso científico lança mão de procedimentos complexos, que se traduzem por uma manipulação dialética.

Greimas (1976, p. 35) afirma:

A manipulação dialética, que consiste em tomar o discurso cognitivo para transformá-lo em


discurso referencial, suscetível de engendrar um novo discurso cognitivo, é um dos elementos
constitutivos da definição do progresso científico.

Os mecanismos de manipulação dialética produzem mudanças formais no discurso científico, pela


utilização de recursos que têm por objetivo torná-lo “neutro”, impessoal, tais como o emprego das formas
impessoais do verbo, da voz passiva, e determinadas expressões que o despersonalizam. Procura-se, tanto
quanto possível, separar o enunciado da instância da enunciação, a fim de que pareça como discurso, não da
pessoa, mas como discurso objetivo, que não pertence a ninguém, cujo sujeito seria a ciência, a fazer-se por si
mesma.

Por meio de artifícios retóricos que constituem a manipulação dialética, um mesmo discurso torna-se
suscetível de mudar de estatuto formal e adquirir uma significação localizada diferente. A esse respeito,
Greimas (1976, p. 35) diz:

Compreende-se melhor, então, o mecanismo da manipulação dialética, que dá conta das


sucessivas mudanças do estatuto formal do discurso científico. Enquanto fazer cognitivo, é um
processo criador do saber; enquanto fazer-saber, apresenta-se como uma operação de transferência
do saber, considerado como objeto consolidado, porque é o resultado do fazer cognitivo, e se dá
como discurso objetivo; enquanto objeto adquirido pelo enunciatário eventual, muda de estatuto
para aparecer como discurso referencial, que, uma vez decifrado, poderá servir de suporte a novo
discurso cognitivo.

As mudanças do estatuto formal do discurso, operadas pela manipulação dialética podem ser esquematizadas
assim:

fazer cognitivo =
processo criador;
refere-se ao enunciador;

fazer-saber = operação de
Manipulação dialética transferência do saber
refere-se ao enunciado;

objeto adquirido = texto concretizado,


decifrado pelo enunciatário.

A despersonalização do discurso

O discurso científico (e também o tecnológico) para ser aceito como verdadeiro procura parecer que não
é um discurso, mas o enunciado das relações necessárias entre as coisas.

A ciência não é neutra nem objetiva, como pretendiam os positivistas, mas ela é política, ainda que não
partidária. Nem sempre os valores implícitos nesta afirmação podem ser cientificamente demonstrados, mas
são eles função do estatuto semiótico que lhes confere a sociedade. Nestes termos, o discurso científico tem
como ideologia necessária “dizer a verdade”, que se pode entender como “poder dizer a verdade”, o que na
prática se traduz por “fazer de maneira que as coisas que são ditas sejam consideradas como verdadeiras”.
(PAIS, 1993, p. 519).
Desse modo, o discurso científico tende a se fazer passar, a qualquer custo, por um discurso objetivo e
socioletal, cujo sujeito seria, ao mesmo tempo, um actante coletivo e alguém; o pesquisador-locutor seria
apenas o autor-delegado.

Na escolha do Sujeito do discurso acha-se implícita uma série de valores sociais, éticos e morais. O emprego da
1ª pessoa revela a presença do emissor no texto, criando um efeito de subjetividade, enquanto a 3ª pessoa
empresta ao texto certa objetividade. O “eu” e o “tu” representam o enunciador e o enunciatário, que se
revezam na situação de enunciação.

A despersonalização do discurso procura camuflar o sujeito do discurso cognitivo para que ele “pareça”
impessoal e objetivo. O sujeito da enunciação é eliminado pelas construções impessoais ou “socializado”, pelo
emprego da 1ª pessoal do plural – “nós”. No primeiro caso, tem-se o emprego da 3ª pessoa, o “se” impessoal,
configurando a existência de um sujeito não definido e de um saber oculto, mas verdadeiro; no segundo caso, o
saber é anunciado como verdadeiro, mas o sujeito “falso”, pois a 1ª pessoa do plural nem sempre corresponde
a um sujeito coletivo ou plural, pois representa, na maioria das vezes, apenas um artifício retórico. Na
realidade, nós e vós não são exatamente o plural de eu e tu. De acordo com Maingueneau (1996, p. 12), nós e
vós são pessoas ampliadas: nós designa eu+outros; vós, tu+outros, o que explica a possibilidade de interpelar
um único indivíduo por vós: trata-se de uma ampliação de pessoa e não de uma adição de unidades.

Certas expressões, tais como: “nitidamente caracterizado”; “geralmente considerados” e outras,


dificultam a distinção dos níveis discursivos, pois o sujeito do discurso cognitivo é, de certo modo, o mesmo
sujeito do discurso referencial.

Além da impessoalidade, operada por meio das formas impessoais do verbo, há outros procedimentos
que permitem fazer “desaparecer” o sujeito individual. Exemplos: “fez-se...”; “procedeu-se à classificação”;
“buscou-se neste trabalho”; “conclui-se que...”. O sujeito também “desaparece” por meio do emprego de certas
expressões: “o problema aqui apresentado” e outras. Quando se afirma “o problema colocou-se no lugar de...”
o problema assume, ao mesmo tempo, as posições de sujeito e de objeto, ocultando, na medida do possível, as
marcas de enunciação e da estrutura da comunicação.

Adimitindo-se que a ciência, em sentido lato, é um fato social, universal, deduz-se obviamente que a
personalização e a subjetivação são procedimentos contrários ao espírito da universalidade científica. Desse
modo, soam absolutamente inadequados, embora metodologicamente aceitos pelos conservadores, o emprego
do sujeito na 1ª pessoa do singular ou plural.

Equivocadamente, há quem afirme que o emprego da 1ª pessoa empresta ao texto certa “emoção e
sensibilidade” e representa uma tomada de posição nítida e clara do autor, com relação às idéias e conceitos
nele apresentados.

Em primeiro lugar, “emoção e sensibilidade” não são atributos desejáveis nos textos científicos e tecnológicos,
que exigem o emprego de linguagem denotativa, referencial. Em segundo lugar, não é necessário o emprego
da 1ª pessoa para que o enunciador mostre a consistência de seus argumentos, a firmeza de uma tomada de
posição. Sabe-se que o sujeito que enuncia o discurso também se revela nele, independentemente de ser
pessoal ou impessoal.

Assim, não se pode considerar adequadas as expressões que tendem à subjetivação do discurso, como: meu
(nosso) trabalho; do meu (nosso) ponto de vista; minhas (nossas) conclusões; minha (nossa) pesquisa, que
dão idéia de posse e particularização do trabalho científico. O sujeito explícito pelo pronome pessoal “eu” ou
“nós” pode sugerir a idéia de que o pesquisador é o “dono” do assunto. A impessoalidade, ao contrário,
reafirma a idéia de pesquisa como fato social, universal, indicando que qualquer pesquisador que aborde o
mesmo tema e siga os mesmos procedimentos metodológicos chegará às mesmas conclusões. Entre outras
desvantagens, o emprego da 1ª pessoa do plural, dificulta muito a concordância gramatical e gera
ambigüidades no texto.

Do mesmo modo, não se apresentam justificativas para a escolha do tema baseadas em razões subjetivas,
experiência e gosto pessoal, que circunscrevem a pesquisa às preferências individuais, longe do ideal
universalizante da ciência. Na verdade, a justificativa da escolha do tema é pessoal, como todo o trabalho deve
ser, mas pessoal não significa subjetivo. Claro que a escolha de um tema deve priorizar o gosto e a experiência
anterior do pesquisador, porém tais requisitos óbvios não devem ser indicados, pelo emprego de expressões
como: “em minha experiência de...” ou “minha experiência no estudo de...” ou “minha prática no exercício do
magistério (ou outro cargo ou função)” ou ainda “o tema sempre despertou meu interesse” etc.

CONCLUSÃO

Para descrever as estratégias usadas com o objetivo de despersonalizar o sujeito do discurso


tecnológico-científico e seus resultados na interpretação do texto, procurou-se abordar, ainda que
superficialmente, os parâmetros a que se submete tal tipo de discurso.
Com base na opinião de autores consagrados, foi demonstrado que a escolha do sujeito expresso pela
1ª pessoa do singular ou plural ou o sujeito impessoal, caracterizado pelo pronome “se” impessoal, revela os
valores éticos, sociais e culturais subjacentes ao texto, ao mesmo tempo que produz efeitos de subjetividade
ou objetividade no discurso, demonstrando, ainda, traços da personalidade e estados emocionais do Sujeito.

Conclui-se que, mais que preferência estilística, o emprego da 1ª pessoa ou da impessoalidade no


discurso tecnológico-científico implica uma extensa rede de valores sociais e individuais subjacentes, incluindo a
particularização ou universalização da pesquisa científica/tecnológica.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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ROSSI-LANDI, Ferruccio. A linguagem como trabalho e como mercado: uma teoria da produção e da alienação
lingüísticas. Tradução de Aurora Fornoni Bernadini. São Paulo: Difel, 1985.

VARGAS, Milton. Metodologia da pesquisa tecnológica. Rio de Janeiro: Globo, 1985.


[1] “si nous considérons que le sujet du discours produit de tels discours [l’énontiation de l’encodage et le
énontiation du décodage] soit comme énonciateur , soit comme énontiataire ¾ et il est, rappelons-le, toujours
énonciataire des discours qu’il émet lui-même ¾ nous serons amenés à reconnaître que le sujet produit ses
discours et, simultanément, que le sujet est produit par ses discours”.

[2] Ainsi, la vision de monde, constamment reconstruite, est le résultat, à chaque moment, du fonctionnement
concomitant des divers systèmes sémiotiques qui intègrent la même macrosémiotique et de la productivité de
leurs discours”.

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