De: Miguel Gomes de Oliveira Paixão e Irma Aparecida Consorti Paixão
A/C: Sul América Saúde Dr. Erivelton Volpi Diretoria Clínica do Hospital e Maternidade Christovão da Gama Gerência de Enfermagem
Venho através desta manifestar alguns fatos acontecidos durante o
período de internação de minha esposa nesta instituição.
No dia 28 de novembro de 2009, iria realizar uma cirurgia com o Dr.
Erivelton, e foi recomendado estar presente no Hospital por volta das 09h00min. Assim o fizemos, dando entrada no quarto por volta das 11h00min da manhã.
Chegando ao quarto, minha esposa e meu filho verificaram que não
havia papel higiênico nem a toalha, informaram à equipe que providenciaram apenas o papel higiênico. Iniciaram-se então os preparos intra-hospitalares para a cirurgia. Verificaram a pressão e informaram que estava 180X120mmHg. Não foi medicada.
Dr. Erivelton passou no quarto por volta das 12h20min informando a
eles que não iria realizar a cirurgia, pois a pressão arterial não havia diminuído mesmo com a medicação injetável. No momento eles não perceberam a informação recebida e aguardaram as condutas que foram de encaminhá-la para um clinico para acompanhar a evolução da pressão.
Foi solicitado para minha esposa que trouxesse a medicação de uso
dela (Balcor), pois, não havia no hospital. Meu filho trouxe e foi administrado, por volta das 19h00min.
No período noturno entraram no quarto por volta das 22h15min para
verificar a pressão e administrar a medicação Lexotan, retornaram por volta das 5h15min da manhã do dia 29/11 para medir novamente a pressão, verificaram que estava 180X120mmHg, achando que estava errado pediu para outra pessoa verificar e foi constatado que estava 170X110mmHg. A conversa entre as auxiliares de enfermagem neste momento não mantinha o foco no que estavam fazendo nem na paciente e sim em suas vontades de alimentação (segundo elas “gostariam de comer macarrão”).
Segundo minha esposa, a face das duas era de uma boa noite de sono, o que não aconteceu com ela.
No período da manhã minha nora, que é Enfermeira, veio ficar como
acompanhante de minha esposa, pois a mesma se encontrava muito ansiosa e chorosa após uma conversa comigo por telefone, achando que não teria alta. Minha nora solicitou no posto de enfermagem para verificar o prontuário de minha esposa e para seu espanto constatou alguns fatos:
• A pressão verificada no momento da internação não foi de
180X120mmHg e sim de 220X120mmHg, e não foi medicada;
• No prontuário a enfermeira do noturno anotou que minha
esposa havia ido ao Centro Cirúrgico, onde a cirurgia foi suspensa devido a PA alta – minha esposa não foi para o Centro Cirúrgico, e em nenhum momento saiu do quarto;
• Não foram seguidas as orientações feitas pelo cardiologista e
pelo anestesista nas cartas deixadas na recepção do Hospital no momento da internação.
A partir daqui fiz alguns questionamentos com meu filho e minha
nora, que são Enfermeiros, professores de Faculdade e trabalham com este perfil de paciente, após a explicação e indignação que eles apresentaram faço os seguintes questionamentos:
• Qual a medicação injetável que informaram ao cirurgião que
minha esposa havia tomado? Informo que ela não foi medicada desde o momento da internação até as 19h00min.
• Minha esposa deveria ter sido medicada com a pressão de
220X120mmHg? - Sabendo que mesma tem histórico prévio de um Acidente Vascular Encefálico Isquêmico recente (menos de 3 meses) e uma internação, também, recente por pneumonia e que a pressão não baixou em nenhum momento, não deveria ter sido feita alguma medicação?
• Por que a enfermeira do noturno não questionou minha esposa
sobre o ocorrido colhendo informações reais, e não apenas se ela estava urinando e evacuando?
• Por que não foram seguidas as orientações dos especialistas
(cardiologista e anestesista) que constavam nas cartas?
• Qual foi a assistência prestada no intervalo entre 22h15min e
5h15min, para uma paciente, que se encontrava sozinha no quarto com pressão arterial descompensada?
Solicito respostas a Diretoria Clínica e a Gerência de Enfermagem
sobre os fatos aqui ocorridos.
Estou encaminhando conforme descrito acima, cópia ao convênio e
para o Dr. Erivelton, informo que contei com a colaboração de meu filho e minha nora para a elaboração desta carta em função dos questionamentos técnicos aqui envolvidos e que ambos estão a disposição para demais esclarecimentos. Aguardo retorno,