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XVIII Congresso Brasileiro de Automática / 12 a 16-setembro-2010, Bonito-MS

MODULAÇÃO POR ACIONAMENTO ROTATIVO APLICADO A INVERSOR CASCATA SIMÉTRICA

ERNESTO K. LUNA

São João da Boa Vista, Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de São Paulo
Acesso Dr. João Batista, s/nº - Jardim Itália – 13872-551, São João da Boa Vista - SP
ekl@cefetsp.br

JOSÉ A. POMILIO

LCEE, DSCE, UNICAMP


Caixa Postal 6101, 13083-852, Campinas - SP
E-mails: antenor@dsce.fee.unicamp.br

Abstract This paper proposes a modulation strategy with the aim of reducing the commutation frequency in a symmetrical
cascaded multilevel inverter in comparison with traditional modulation techniques, additionally resulting an uniform distribution
of the commutations, better than in the Phase Shift modulation. Such improvements allow to increase the converter power, due to
the lower switching devices stress.

 Multilevel, Modulation Techniques, Symmetrical Cascaded Multicell Inverter and Pulse Width Modulation
Keywords

Resumo  Este artigo apresenta uma proposta de estratégia de modulação com o objetivo de reduzir a freqüência de comutação
em relação às modulações por largura pulso tradicionais, além de permitir uma melhor distribuição de pulsos, comparada com a
modulação Phase Shift, para inversores multinível em cascata simétrica. Deste modo possibilita-se o aumento de potência em di-
ferentes tipos de aplicações pela redução e equalização dos esforços nas chaves do inversor multinível.

 Multinível, Técnicas de Modulação, Inversor em Cascata Simétrica e Modulação por Largura de Pulso
Palavras-chave

1 Introdução quência fundamental, porém a resolução da tensão de


saída é baixa se comparada com um inversor de
mesmo número de níveis utilizando PWM. Por esse
Os inversores multiníveis são amplamente estu-
motivo a modulação em alta freqüência é a mais
dados e cada vez mais empregados na atualidade.
empregada.
Esses tipos de conversores são voltados normalmente
Considerando a modulação PWM, pode-se en-
para aplicações em que se exige tensão e/ou corrente
contrar diferentes realizações, Suh, et. al.(1998). Os
elevada.
quatro tipos citados com mais frequentemente na
As topologias multinível em tensão são princi-
literatura são: disposição em fase (Phase Disposition
palmente encontradas em aplicações de acionamento
- PD), disposição em oposição de fase (Phase Oppo-
de motores em média tensão industrial e para condi-
sition Disposition – POD), disposição em oposição
cionadores de energia para compensações na rede
de fase – alternativa (Alternative Phase Opposition
elétrica, sobretudo no nível de distribuição. Disposition – APOD) e fase deslocada (Phase Shifted
Neste universo de inversores multinível, o casca- – PS). Das quatro, a mais empregada é a PS por apre-
ta simétrica (Symmetrical Cascaded Multicell Inver- sentar melhor distribuição dos pulsos em um ciclo de
ter - SCI) se destaca por sua modularidade e simpli- trabalho do SCI, Rodriguez, et. al. (2002). A Figura 1
cidade, quando comparado com os inversores Diodo apresenta a modulação PWM por PD e a Figura 2
Grampeado (Diode Clamped Inverter – DCI) e Capa- apresenta a modulação PWM por PS.
citor Grampeado (Capacitor Clamped Inverter –
CCI), Holmes, et. al.(2003), Rodriguez, et. al.
5
(2002).
NÍVEIS

Também existem diversas técnicas de modula- 0 (a)


ção aplicadas aos inversores multinível. Para o SCI,
três podem ser empregadas: modulação por largura -5
0 2 4 6 8 10 12 14 16
de pulso (Pulse Width Modulation – PWM), modula- TEMPO (ms)
ção por vetores espaciais (Space Vector Modulation 5
– SVM) e modulação em Escada (Staircase Modula-
NÍVEIS

tion – SM), Holmes, et. al.(2003), Rodriguez, et. al. 0 (b)


(2002).
-5
Das técnicas de modulação citadas, duas são 0 2 4 6 8 10 12 14 16
mais freqüentemente utilizadas com SCI: modulação TEMPO (ms)
Figura 1. Modulação PWM por Phase Disposition (PD)
SM e a PWM, principalmente considerando inverso-
(a) Sinal de referencia de portadoras
res com número de níveis superior a três. A SM tra- (b) Sinal de saída do inversor de 11 níveis
balha com freqüência de comutação baixa, na fre-

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1
1. Cada interruptor acionado, que sofreu comu-
0.5
tação, só poderá ser utilizado novamente
NÍVEIS

0 (a)
-0.5 quando todas os demais que compõem o con-
-1 versor já tiverem sido utilizados. Quando não
0 2 4 6 8 10 12 14 16
TEMPO (ms) for possível (por motivo da polaridade neces-
5
sária à produção do sinal de saída desejado), o
interruptor subseqüente na ordem de aciona-
NÍVEIS

0 (b) mento deverá ser utilizado, tornando-se o úl-


timo na nova ordenação de acionamento. Para
-5
0 2 4 6 8 10 12 14 16 o interruptor que não pode ser acionado, re-
TEMPO (ms)
torna-se à tentativa para a comutação seguin-
Figura 2. Modulação PWM por Phase Shifted (PS)
(a) Sinal de referencia de portadoras
te.
(b) Sinal de saída do inversor de 11 níveis 2. Os intervalos de cada interruptor, desligado
ou ligado, deverão ser iguais ou o mais pró-
ximo possível dessa condição para garantir a
Quando se trabalha com modulação em alta fre- uniformidade dos pulsos.
qüência, e considerando os dispositivos semicondu-
tores de potência usados nestes conversores, tais
como GTOs, IGCTs e IGBTs para alta tensão, um A primeira condição garante que todas as chaves
dos problemas é a duração dos intervalos de comuta- sejam igualmente utilizadas a cada ciclo de operação
ção e a conseqüente limitação da freqüência de cha- do conversor, considerando o período do sinal de
veamento destes dispositivos, tipicamente na faixa de referência que deve ser produzido na saída do con-
centenas de Hz, contra as dezenas de kHz possível versor. O segundo enseja que a distribuição dos pul-
em IGBTs para aplicações de potência menor. Sabe- sos seja o mais uniforme no tempo.
se que o processo de comutação é grande responsável Baseado no objetivo descrito e apesar da possibi-
por perdas de potência nos interruptores e que tais lidade de um conversor composto por um número de
perdas são diretamente proporcionais à freqüência de células (NCEL) sintetizar n níveis, a utilização máxima
operação. Em última análise, é a elevação da tempe- dos níveis não seria o mais adequado do ponto de
ratura do semicondutor que limita tanto a freqüência vista dos objetivos citados.
de operação quanto a capacidade de potência do
A condição em que se têm ciclos mais uniformes
inversor.
ocorre para NCEL – 2, ou seja, apesar de ser possível
Para minimizar estes problemas, a estratégia de trabalhar com n níveis a condição de trabalho mais
modulação proposta neste artigo (denominada de adequada em relação ao esforço das chaves é a situa-
Modulação por Acionamento Rotativo - MAR), re- ção NCEL – 2. Sendo está condição é válida para
duz a freqüência de chaveamento em cada chave em qualquer SCI.
comparação com as modulações PD, POD, APOD, e
A situação NCEL – 2 implica em trabalhar com no
de modo similar à PS. Porém, em comparação a
máximo n – 4 níveis ao invés de n níveis possíveis.
última, PS, apresenta-se superior na distribuição de
Neste modo o índice de modulação M máximo para o
esforços (distribuição dos pulsos), principalmente
conversor multinível é dado por:
nas transições de níveis observadas em cada célula
do SCI. A Figura 3 apresenta um SCI de cinco célu-
las. ܰ஼ா௅ − 2
‫<ܯ‬ (1)
ܰ஼ா௅
M: Índice de modulação para o conversor multinível.

A Figura 4 apresenta as combinações para um


inversor SCI de 5 células, considerando a produção
dos 5 níveis positivos possíveis na saída. É possível
perceber que a síntese até o terceiro nível ocorre com
simetria entre os pulso e para produzir os níveis 4 e
Figura 3. Inversor cascata simétrica de 5 níveis.
5, a mesma é perdida. Isso ocorre devido às possibi-
lidades de combinações não permitirem mais rotati-
2 Estratégia da Modulação Proposta (MAR) vidade entre as células do inversor, ou seja, a comu-
tação de células é necessária mais de uma vez dentro
Para obter uma modulação com redução da fre- de um mesmo ciclo, no caso NCEL – 2 = 3, para o
qüência de chaveamento e distribuição mais unifor- inversor com 5 células.
me dos pulsos, dois aspectos devem ser tomados
como referência:

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1
0
2
1
modo a garantir maior uniformidades entre os pulsos
-1
1
0
1
do conversor.
0
-1
0
-1
As Figuras 5 (c) e (d) são, respectivamente, o
1
0
1
0
espectro do sinal de saída do inversor SCI e o espec-
-1
1 (a)
-1
1
(b) tro do sinal da quarta célula que compõem esse in-
0
-1
0
-1
versor. Percebe-se que a componente de chaveamen-
1 1
0
to do sinal do inversor é da ordem de 5,0 kHz e a PD
0
-1 -1 da Figura 5 (d) também apresenta comutação da
1 1
0 0 chave na mesma freqüência da portadora fp.
-1 -1
3 4 Na Figura 6, os mesmos parâmetros utilizados
2 3
1 2 na modulação PD são aplicados à MAR. A Figura 6
1 1
0 0 (a) apresenta a saída o inversor e a Figura 6 (b) mos-
-1 -1
1 1 tra o sinal na saída da quarta célula do inversor. Per-
0
-1
0
-1
cebe uma melhor distribuição das comutações do que
(c) (d)
1
0
1
0
ocorre na Figura 5 (b).
-1 -1
1 1 5
0 0
-1 -1

NÍVEIS
1 1
0 0 0 (a)
-1 -1
5
Acionamento para os
4 (a) -5
3 níveis 0 e 1;
1 0 0.005 0.01 0.015 0.02 0.025
0 Acionamento para os TEMPO(s)
-1 (b)
1 níveis 1 e 2;
0 1
-1 (e) Acionamento para os ← Comutação em Alta Frequência
1 (c)
níveis 2 e 3;
NÍVEIS

0
0 (b)
-1 ↑
Acionamento para os Chaveamento em Repouso
1 (d)
0 níveis 3 e 4; -1
-1
1 Acionamento para os
0 (e) 0 0.005 0.01 0.015 0.02 0.025
-1 níveis 4 e 5. TEMPO(s)
5
Figura 4. Combinações para gerar os diferentes níveis pela modu- 4 ← ≈ 60Hz
MAGNITUDE

lação proposta para um inversor de 5 módulos (obten-


3
ção de níveis positivos). (c)
2
≈ 5kHz
1
A seguir serão apresentadas comparações entre ↓
0
as modulações PWM tradicionais (PD, POD, APOD 0 1 2 3
FREQUÊNCIA (kHz)
4 5 6

e PS) e a MAR, considerando para tal um SCI de sete 0.6


← 60 Hz
MAGNITUDE

células.
0.3 (d)
≈ 5kHz

3 MAR vs. PD 0
0 1 2 3 4 5 6
FREQUÊNCIA (kHz)
Figura 5 Conversor com 7 células com modulação PDPWM;
A análise comparativa entre a PD e a modulação (a) Sinal de saída com modulação PDPWM;
proposta (MAR) pode ser estendida para a POD e a (b) Sinal de saída para 4ª células.
APOD, pois estas são muitos similares em sua pro- (c) Espectro do sinal de saída do inversor multinível
posta de composição do sinal multinível. (d) Espectro da 4ª célula do inversor multinível
O problema observado com a PD é que nesta Na Figura 6 (c) observa-se que espectro do sinal
modulação ocorre uma desigual distribuição dos de saída do inversor é o mesmo que o obtido utili-
pulsos, ou seja, um grande intervalo em que não zando a tradicional PD, porém Figura 6 (d), devido à
ocorre nenhuma comutação do inversor em contrapo- rotatividade do acionamento de cada célula do inver-
sição a outro intervalo em que deve operar com uma sor, possibilita uma melhor distribuição dos pulsos e,
elevada freqüência de comutação. No intervalo em conseqüentemente, a redução da freqüência de cha-
que ocorre a comutação, as chaves do inversor são veamento.
exigidas na freqüência da portadora (fp). Assim, para Os sinais nas outras células do inversor traba-
inversores que necessitem trabalhar com potências lham de forma similar ao apresentado na Figura 6
elevadas, o tempo de comutação pode ser o principal (b), com distribuição equilibrada dos pulsos em um
fator limitante. ciclo de trabalho do inversor, ou seja, na modulação
A Figura 5 (a) apresenta a saída de um inversor proposta a distribuição do esforço realizado pelas
com sete células com índice de modulação M = 0,71 chaves é mais bem realizada do que o observado nas
e a Figura 5 (b) mostra a operação da quarta célula tradicionais PD, POD e APOD.
do inversor, em que se percebe a distribuição desi- Ainda com relação à freqüência de comutação
gual dos pulsos. Importante perceber que o índice de das chaves nas técnicas PD, POD e APOD, no inter-
modulação M escolhido obedece a equação 1 de valo de tempo em que ocorrem as comutações, a

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freqüência de trabalho observada é igual à freqüência freqüência de aproximadamente 714,0 Hz, conforme
da portadora utilizada. equação 2.

1.5
5
1
N ÍVEIS

NÍVEIS
0 (a) 0.5 (a)

0
-5
0 0.005 0.01 0.015 0.02 0.025 -0.5
2 2.5 3 3.5 4 4.5 5 5.5 6
TEMPO(s) TEMPO (ms)
0.2
1

MAGNITUDE
0.15
N ÍV EIS

0 (b) 0.1 ≈ 5000Hz (b)



0.05
-1

0 0.005 0.01 0.015 0.02 0.025 0


0 1000 2000 3000 4000 5000 6000
TEMPO(s) FREQUÊNCIA (kHz)
5
4 ← ≈ 60Hz Figura 7. Quinta célula do conversor com PDPWM (Conversor
MAGNITUDE

3
com 7 células).
(b)
2 (a) Sinal de saída da 5ª célula;
≈ 5kHz
1 (b) Espectro do sinal de saída da 5ª célula;

0
0 1 2 3 4 5 6
FREQUÊNCIA (kHz)
0.6 1.5
← 60 Hz
MAGNITUDE

1
← ≈ 714 Hz
NÍVEIS

0.3 (d)
0.5 (a)

0
0
0 1 2 3 4 5 6
FREQUÊNCIA (kHz) -0.5
2 2.5 3 3.5 4 4.5 5 5.5 6
Figura 6 Conversor com 7 células com modulação MAR; TEMPO (ms)
(a) Sinal de saída com modulação proposta (MAR); 0.2
(b) Sinal de saída para 4ª células. ≈ 714Hz

MAGNITUDE

0.15
(c) Espectro do sinal de saída do inversor multinível
(d) Espectro da 4ª célula do inversor multinível 0.1 (b)

Para modulação proposta, MAR, e obedecendo– 0.05

se a restrição da equação 1, a freqüência de chavea- 0


0 1000 2000 3000 4000 5000 6000
mento em cada célula do inversor é dada por: FREQUÊNCIA (kHz)

Figura 8. Quinta célula do conversor com a modulação MAR


݂‫݌‬ ݂ܿ(ܲ‫)ܦ‬ (Conversor com 7 células).
݂ܿ = = (2) (a) Sinal de saída da 5ª célula;
ܰ஼ா௅ ܰ஼ா௅ (b) Espectro do sinal de saída da 5ª célula;
fc: Freqüência de chaveamento em cada célula
do inversor utilizando a modulação propos-
ta. 4 MAR vs. PS
fp: Frequência da portadora para PD
fc(PD): Frequência de chaveamento em cada célula A modulação PS apresenta uma distribuição me-
do inversor utilizando a modulação PD. lhor dos pulsos se comparada com as PD, POD e
APOD, com a vantagem de apresentar uma freqüên-
cia de comutação muito inferior às três outras formas
A análise do espectro do sinal completo muitas de PWM citadas.
vezes não evidencia as diferenças entre as modula- A Figura 9 mostra a modulação PS com os pa-
ções apresentadas, já que as componentes de mais râmetros para se obter o mesmo sinal de saída do
alta freqüência são menores do que a fundamental, conversor conforme as Figuras 5 e 6. Percebe-se que
ou seja, são componentes harmônicos da banda late- o desempenho da PS, tomando-se como base a PD,
ral. apresenta freqüência de chaveamento inferior e com
A Figura 7 mostra o sinal e a análise espectral no melhor distribuição dos pulsos.
intervalo em que ocorrem as comutações para a quin- Considerando-se a modulação propostas (MAR),
ta célula para modulação PD, ressaltando o chavea- o desempenho em relação à freqüência de chavea-
mento em alta frequência. mento é correspondente, ou seja, tanto na saída do
A Figura 8 mostra, para o mesmo intervalo de conversor como em cada célula que o compõem, a
tempo, o sinal e a análise espectral para a MAR. freqüência de chaveamento é a mesma, o que pode
Percebe-se a redução na freqüência de chaveamento ser observado comparando-se os espectros dos sinais
da célula. Para fp = 5,0 kHz obtem-se na célula uma de saída o inversor da Figura 6 (c) com a Figura 9 (c)
e os sinais da Figura 6 (d) com a Figura 9 (d).

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dos, é que os pulsos mais estreitos gerados podem ser


5
de tão estreito quanto os observados nas modulações
PD, POD e APOD. Isso, em relação às chaves do
N ÍVEIS

0 (a)
inversor, significa limitação no uso da PS, já que
-5
toda chave semicondutora apresenta um tempo de
0 0.005 0.01 0.015 0.02 0.025 resposta para ser ativada e desativada e, conforme o
TEMPO(s)
aumento da potência da aplicação, os semicondutores
têm resposta de acionamento cada vez mais lenta.
1
Por esse motivo é muito difícil aumentar a freqüência
N ÍVEIS

0 (b) de trabalho para aplicações de elevada potência.


A modulação proposta (MAR) apresenta melho-
-1
ria no processo de acionamento das células, pois
0 0.005 0.01 0.015 0.02 0.025
TEMPO(s) adota critérios na escolha da célula a ser acionada, o
5 que não ocorre com a PS. Com isso obtém-se melhor
4 ← ≈ 60Hz distribuição dos pulsos, com melhor simetria entre o
MAGNITUDE

3
2
(c) período ativo e o inativo em cada célula do inversor.
Espalhamento
1 Entorno de 5kHz

Os critérios adotados, conforme item 1 e 2 da
0
0 1 2 3 4 5 6
seção 2, ditam que em um inversor multinível uma
FREQUÊNCIA (kHz)
célula utilizada só pode tornar a ser novamente acio-
← ≈ 60Hz
nada depois que todas as demais células que com-
MAGNITUDE

0.4 põem o inversor sejam utilizadas. Analisando-se a


← ≈ 714 Hz (d)
0.2
critério adotado, percebe-se a rotatividade dos acio-
namentos que possibilita superior distribuição dos
0
0 1 2 3
FREQUÊNCIA (kHz)
4 5 6 pulsos.
Figura 9 Conversor com 7 células com modulação PSPWM; A Figura 10 compara as duas modulações, MAR
(a) Sinal de saída com modulação PSPWM; e PS, quanto à distribuição dos pulsos, utilizando-se
(b) Sinal de saída para 4ª células. os mesmos parâmetros para obtenção de mesmo sinal
(c) Espectro do sinal de saída do inversor multinível
(d) Espectro da 4ª célula do inversor multinível na saída do conversor conforme as Figuras 5 e 6. Na
Figura 10 (a) ocorre melhor distribuição dos pulsos,
Então, em ambas as formas de modulação, PS e com melhor simetria entre o ciclo ativo positivo, zero
MAR, a freqüência de chaveamento do conversor é e negativo da quarta célula do conversor. Já na mo-
dada por: dulação PS, Figura 10 (b), notam-se pulsos mais
estreitos, principalmente próximos à mudança de
݂ܿ(݅݊‫)ݒ‬ polaridade, e perda de simetria entre os ciclos ativo,
݂ܿ = ݂ܿ(ܲܵ) = (3) zero e negativo.
ܰ஼ா௅
fc(PS): Frequência de chaveamento em cada célula 1

do inversor utilizando a modulação PS.


NÍVEIS

0 (a)
fc(inv): Frequência de chaveamento na saída do
-1
inversor multinível.
0 0.005 0.01 0.015 0.02 0.025
TEMPO(s)

Apesar da PS e a MAR apresentarem a mesma 1


← (*1) (*1) →
NÍVEIS

freqüência de chaveamento em cada célula do inver- 0 (b)


(*1): Pulso estreiro, célula acio-
sor, a distribuição dos pulsos na PS apresenta pro- nada mais de uma vez sem pas-
← (*1)
-1 sar por outras antes.
blemas, principalmente quando ocorrem mudanças
0 5 10 15 20 25
nos níveis a serem sintetizados. TEMPO (ms)

Na modulação PS sempre existem intervalos de Figura 10: Para frequencia de chaveamento de 714,0 Hz
(a) Sinal de saída para 4ª células mod. proposta (MAR);
tempo em que ocorre o estreitamento dos pulsos. (b) Sinal de saída para 4ª células modulação PS.
Esse estreitamento é característica da própria técnica
de modulação. Os estreitamentos ocorrem porque O efeito observado na Figura 10 (b), modulação
uma determinada célula pode ser solicitada mais de PS, pode sugerir que os pulsos estreitos são relativa-
uma vez antes que outra seja necessária no processo mente poucos, porém, o aumento da freqüência nas
de síntese do sinal, mesmo que exista a possibilidade células também aumenta o número de pulsos estrei-
de se utilizar outra célula para obter o resultado dese- tos e a assimetria entre os ciclos fica mais evidente.
jado. O aumento da freqüência pode ser observado na
Assim, percebe-se que apesar de melhor distri- Figura 11, em que a freqüência de chaveamento fc =
buição dos pulsos, não existe um critério de ordena- fc(PS) = 2,0 kHz, evidenciando o problema de perda
ção no controle dos disparos das células do inversor de simetria entre os pulsos e o estreitamento dos
multinível. mesmo para PS, Figura 11 (b). Nota-se novamente o
Outro problema que pode ser observado na mo- melhor desempenho com a modulação proposta
dulação PS, também em relação aos pulsos sintetiza- (MAR), Figura 11 (a).

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Pulsos Uniformes e Simétricos


to do vetor é testada, comparando-se o seu estado
1
Modulação Proposta atual e novo estado que se deseja para o conversor.
N ÍVEIS

0 (a) Sendo possível sua utilização, a célula escolhida para


-1
teste é sinalizada como disponível.
0 5 10 15 20 25
TEMPO (ms) início

1
← Pulsos Estreitos
N ÍVEIS

identificação de mudança de estado:

Etapa 1
0 (b) 0 para 1 (ativação positiva)
Pulsos Assimétricos Ref -1 para 0 (ativação positiva)
-1 (sinal de referência) 1 para 0 (ativação negativa)
0 para -1 (ativação negativa)
0 5 10 15 20 25
TEMPO (ms)
Figura 11: Para frequencia de chaveamento de 2,0 kHz
(a) Sinal de saída para 4ª células mod. proposta (MAR); 1
(b) Sinal de saída para 4ª células modulação PS.

5 Algoritmo da Modulação por Acionamento vetor de ordenação


Rotativo das células (1 a n);

O algoritmo que realiza a MAR é composto por


seleciona a

Etapa 2
quatro etapas principais: célula da vez

1. Identificação de mudança de estado;


2. Verificação e teste de disponibilidade da célu-
la selecionada; Estrutura Estrutura Estrutura
de de de
3. Reordenação e configuração de acionamento; verificação verificação ... verificação
4. Liberação dos novos estados dos interrupto- para
“célula 1”
para para
“célula 2” “célula n”
res.
O algoritmo conceitual é apresentado nas Figu-
ras 12 e 13.
sim
Etapa 1 – Identificação de mudança de estado disponibilidade = ?

A etapa 1 é responsável por identificar a mudan- não


ça de estado que irá ser aplicada ao conversor multi- nova configuração da
célula disponibilizada
nível. O critério para balizar essa necessidade de seleciona próxima para o acionamento
célula da ordem
mudança pode ser o mesmo utilizado nas outras

Etapa 3
técnicas de modulação.
reordena vetor de
Nas diferentes técnicas de modulação, o proces- reordena vetor de ordenação das células
so de mudança de estado das células é baseado na ordenação das células coma a célula
com próxima da vez disponibilizada como a
necessidade de sintetizar um determinado nível, última na ordem

seguindo um sinal de referência, sendo que para cada


nível existe uma célula produzindo sempre este NÃO libera o
mesmo nível. acionamento SIM libera o
acionamento
A etapa 1 da modulação proposta tem o objetivo
de apenas identificar a necessidade de mudança de
estado no conversor. Qual célula irá ser utilizada,
depende do estado do conversor e dos princípios não
Liberação de
citados na seção 2, sendo realizado pelas etapas 2 e 3 acionamento
do algoritmo.
sim

Etapa 2 – Verificação e teste da célula


acion. para célula 1
Através de um vetor de ordenação das células,
Etapa 4

acion. para célula 2


em que cada módulo é organizado de maneira que novos estados de
acionamento das chaves
.
.
aquele que foi utilizado no passado mais recente .
acion. para célula n
passa a ser o último na ordem de prioridade para
acionamento, a cada novo acionamento a prioridade
aumenta, até que a célula volte a ser a primeira na fim
ordem de acionamento.
Figura 12 Algoritmo da estratégia de modulação proposta (MAR)
Assim, na ordenação, o primeiro elemento do
vetor é o prioritário na ordem de acionamento. Na
etapa 2, Figura 13, a célula que é o primeiro elemen-

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Caso contrário, por exemplo, a célula em teste Considerando a situação contrária, em que a cé-
tem seu estado atual como ativo, com nível positivo, lula em teste foi considerada indisponível, toma-se a
e o novo estado para o conversor necessita o aumento seguinte na ordem de prioridade para novamente
de um nível positivo, isso não é possível de ser reali- ocorrer o teste de disponibilidade para acionamento,
zado com a célula em teste, pois já está no estado laço da etapa 2 e 3.
para o qual deveria mudar. A célula é então sinaliza- Caso seja verificada nova indisponibilidade, a
da como indisponível e segue-se na busca. segunda célula, que tinha se tornado prioritária, passa
A etapa 2 do algoritmo tem por finalidade verifi- a ser a terceira na ordenação e a terceira célula da
car e testar a disponibilidade da célula prioritária na ordenação torna-se a prioritária. Ocorrendo indispo-
ordem de acionamento, com o objetivo de identificar nibilidade sucessiva, essa troca na ordenação é feita
a possibilidade de ser uso ou não para o novo estado até a última célula.
do conversor. A indisponibilidade na última célula na ordena-
ção é uma condição que só ocorre em duas situações:
o índice de modulação está ajustado para utilização
início de todas a células do inversor, para todos os níveis
possíveis de serem gerados, ou na situação em que se
deseja sintetizar um nível superior ao máximo que o
célula 1 conversor pode sintetizar, condição impossível de ser
satisfeita.
Para o caso de novos testes de células quanto à
seleciona sua disponibilidade, a configuração de acionamento
mudança de não é modificada, não sendo liberada a sua modifica-
estado
ção.

Etapa 4 – Liberação dos novos estados dos interrup-


ativação ativação
positiva negativa tores
Sendo as três etapas anteriores 1, 2 e 3 bem su-
cedidas, ou seja, novo estado identificado, célula
verifica verifica verificada e testada para acionamento e configura-
estado da estado da
célula célula
ções para a nova célula, é liberado o sinal de aciona-
mento para os interruptores.
Todo o processo se repete para um sinal de refe-
rência que necessite uma nova condição para o con-
disponível não disponível disponível não disponível versor.

6 Conclusão
fim

Figura 13 Estrutura responsável pela Etapa 2 (1 a n) Através da modulação MAR, com acionamento
rotativo de todas as células, uma a uma seqüencial-
mente, foi demonstrado que é possível a redução de
Etapa 3 – Reordenação e configuração de aciona- freqüência nas chaves, mantendo as mesmas qualida-
mento des do sinal de saída obtido com as técnicas de mo-
dulação tradicionais como a PD, POD e APOD.
Com o novo estado solicitado para o conversor e Ainda é possível obter melhor distribuição dos
considerando que na etapa 2 a célula prioritária na pulsos, com maior simetria entre ele, do que o obser-
ordem foi considerada disponível, as variáveis de vado na modulação PS
acionamento da célula são configuradas com o novo Com a redução da freqüência de chaveamento e
estado necessário para sintetizar o sinal de saída a distribuição mais uniforme das comutações, au-
requerido no conversor. Importante notar que ainda menta-se a possibilidade de acréscimo da potência
não é nesta etapa que é liberado o novo acionamento das aplicações com conversores multinível ou ainda
da célula, ocorrendo apenas a configuração do siste- o aumento da vida útil das chaves que compõem o
ma para tal. conversor.
Feita a nova configuração, a célula escolhida A redução da freqüência de chaveamento mos-
passa a ser a última na prioridade de acionamento e trou a relação direta com o número de células do
todas as outras células aumentam de um nível sua conversor e o índice de modulação a ser utilizado e
ordem de prioridade. Assim, a segunda na ordem de como esses dois parâmetros podem ser obtidos de
prioridade passa a ser a primeira e assim sucessiva- modo relativamente simples.
mente.

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XVIII Congresso Brasileiro de Automática / 12 a 16-setembro-2010, Bonito-MS

Agradecimentos

Os autores agradecem à Fundação CAPES pelo


suporte financeiro dispensado para realização desta
pesquisa até o período do segundo semestre de 2008.
Também agradecem a Faculdade de Engenharia
Elétrica e da Computação da Universidade Estadual
de Campinas (FEEC - Unicamp) por possibilitar a
realização deste trabalho.

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