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ERNESTO K. LUNA
São João da Boa Vista, Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de São Paulo
Acesso Dr. João Batista, s/nº - Jardim Itália – 13872-551, São João da Boa Vista - SP
ekl@cefetsp.br
JOSÉ A. POMILIO
Abstract This paper proposes a modulation strategy with the aim of reducing the commutation frequency in a symmetrical
cascaded multilevel inverter in comparison with traditional modulation techniques, additionally resulting an uniform distribution
of the commutations, better than in the Phase Shift modulation. Such improvements allow to increase the converter power, due to
the lower switching devices stress.
Multilevel, Modulation Techniques, Symmetrical Cascaded Multicell Inverter and Pulse Width Modulation
Keywords
Resumo Este artigo apresenta uma proposta de estratégia de modulação com o objetivo de reduzir a freqüência de comutação
em relação às modulações por largura pulso tradicionais, além de permitir uma melhor distribuição de pulsos, comparada com a
modulação Phase Shift, para inversores multinível em cascata simétrica. Deste modo possibilita-se o aumento de potência em di-
ferentes tipos de aplicações pela redução e equalização dos esforços nas chaves do inversor multinível.
Multinível, Técnicas de Modulação, Inversor em Cascata Simétrica e Modulação por Largura de Pulso
Palavras-chave
158
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1
1. Cada interruptor acionado, que sofreu comu-
0.5
tação, só poderá ser utilizado novamente
NÍVEIS
0 (a)
-0.5 quando todas os demais que compõem o con-
-1 versor já tiverem sido utilizados. Quando não
0 2 4 6 8 10 12 14 16
TEMPO (ms) for possível (por motivo da polaridade neces-
5
sária à produção do sinal de saída desejado), o
interruptor subseqüente na ordem de aciona-
NÍVEIS
159
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1
0
2
1
modo a garantir maior uniformidades entre os pulsos
-1
1
0
1
do conversor.
0
-1
0
-1
As Figuras 5 (c) e (d) são, respectivamente, o
1
0
1
0
espectro do sinal de saída do inversor SCI e o espec-
-1
1 (a)
-1
1
(b) tro do sinal da quarta célula que compõem esse in-
0
-1
0
-1
versor. Percebe-se que a componente de chaveamen-
1 1
0
to do sinal do inversor é da ordem de 5,0 kHz e a PD
0
-1 -1 da Figura 5 (d) também apresenta comutação da
1 1
0 0 chave na mesma freqüência da portadora fp.
-1 -1
3 4 Na Figura 6, os mesmos parâmetros utilizados
2 3
1 2 na modulação PD são aplicados à MAR. A Figura 6
1 1
0 0 (a) apresenta a saída o inversor e a Figura 6 (b) mos-
-1 -1
1 1 tra o sinal na saída da quarta célula do inversor. Per-
0
-1
0
-1
cebe uma melhor distribuição das comutações do que
(c) (d)
1
0
1
0
ocorre na Figura 5 (b).
-1 -1
1 1 5
0 0
-1 -1
NÍVEIS
1 1
0 0 0 (a)
-1 -1
5
Acionamento para os
4 (a) -5
3 níveis 0 e 1;
1 0 0.005 0.01 0.015 0.02 0.025
0 Acionamento para os TEMPO(s)
-1 (b)
1 níveis 1 e 2;
0 1
-1 (e) Acionamento para os ← Comutação em Alta Frequência
1 (c)
níveis 2 e 3;
NÍVEIS
0
0 (b)
-1 ↑
Acionamento para os Chaveamento em Repouso
1 (d)
0 níveis 3 e 4; -1
-1
1 Acionamento para os
0 (e) 0 0.005 0.01 0.015 0.02 0.025
-1 níveis 4 e 5. TEMPO(s)
5
Figura 4. Combinações para gerar os diferentes níveis pela modu- 4 ← ≈ 60Hz
MAGNITUDE
células.
0.3 (d)
≈ 5kHz
↓
3 MAR vs. PD 0
0 1 2 3 4 5 6
FREQUÊNCIA (kHz)
Figura 5 Conversor com 7 células com modulação PDPWM;
A análise comparativa entre a PD e a modulação (a) Sinal de saída com modulação PDPWM;
proposta (MAR) pode ser estendida para a POD e a (b) Sinal de saída para 4ª células.
APOD, pois estas são muitos similares em sua pro- (c) Espectro do sinal de saída do inversor multinível
posta de composição do sinal multinível. (d) Espectro da 4ª célula do inversor multinível
O problema observado com a PD é que nesta Na Figura 6 (c) observa-se que espectro do sinal
modulação ocorre uma desigual distribuição dos de saída do inversor é o mesmo que o obtido utili-
pulsos, ou seja, um grande intervalo em que não zando a tradicional PD, porém Figura 6 (d), devido à
ocorre nenhuma comutação do inversor em contrapo- rotatividade do acionamento de cada célula do inver-
sição a outro intervalo em que deve operar com uma sor, possibilita uma melhor distribuição dos pulsos e,
elevada freqüência de comutação. No intervalo em conseqüentemente, a redução da freqüência de cha-
que ocorre a comutação, as chaves do inversor são veamento.
exigidas na freqüência da portadora (fp). Assim, para Os sinais nas outras células do inversor traba-
inversores que necessitem trabalhar com potências lham de forma similar ao apresentado na Figura 6
elevadas, o tempo de comutação pode ser o principal (b), com distribuição equilibrada dos pulsos em um
fator limitante. ciclo de trabalho do inversor, ou seja, na modulação
A Figura 5 (a) apresenta a saída de um inversor proposta a distribuição do esforço realizado pelas
com sete células com índice de modulação M = 0,71 chaves é mais bem realizada do que o observado nas
e a Figura 5 (b) mostra a operação da quarta célula tradicionais PD, POD e APOD.
do inversor, em que se percebe a distribuição desi- Ainda com relação à freqüência de comutação
gual dos pulsos. Importante perceber que o índice de das chaves nas técnicas PD, POD e APOD, no inter-
modulação M escolhido obedece a equação 1 de valo de tempo em que ocorrem as comutações, a
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XVIII Congresso Brasileiro de Automática / 12 a 16-setembro-2010, Bonito-MS
freqüência de trabalho observada é igual à freqüência freqüência de aproximadamente 714,0 Hz, conforme
da portadora utilizada. equação 2.
1.5
5
1
N ÍVEIS
NÍVEIS
0 (a) 0.5 (a)
0
-5
0 0.005 0.01 0.015 0.02 0.025 -0.5
2 2.5 3 3.5 4 4.5 5 5.5 6
TEMPO(s) TEMPO (ms)
0.2
1
MAGNITUDE
0.15
N ÍV EIS
3
com 7 células).
(b)
2 (a) Sinal de saída da 5ª célula;
≈ 5kHz
1 (b) Espectro do sinal de saída da 5ª célula;
↓
0
0 1 2 3 4 5 6
FREQUÊNCIA (kHz)
0.6 1.5
← 60 Hz
MAGNITUDE
1
← ≈ 714 Hz
NÍVEIS
0.3 (d)
0.5 (a)
0
0
0 1 2 3 4 5 6
FREQUÊNCIA (kHz) -0.5
2 2.5 3 3.5 4 4.5 5 5.5 6
Figura 6 Conversor com 7 células com modulação MAR; TEMPO (ms)
(a) Sinal de saída com modulação proposta (MAR); 0.2
(b) Sinal de saída para 4ª células. ≈ 714Hz
↓
MAGNITUDE
0.15
(c) Espectro do sinal de saída do inversor multinível
(d) Espectro da 4ª célula do inversor multinível 0.1 (b)
161
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0 (a)
inversor, significa limitação no uso da PS, já que
-5
toda chave semicondutora apresenta um tempo de
0 0.005 0.01 0.015 0.02 0.025 resposta para ser ativada e desativada e, conforme o
TEMPO(s)
aumento da potência da aplicação, os semicondutores
têm resposta de acionamento cada vez mais lenta.
1
Por esse motivo é muito difícil aumentar a freqüência
N ÍVEIS
3
2
(c) período ativo e o inativo em cada célula do inversor.
Espalhamento
1 Entorno de 5kHz
↓
Os critérios adotados, conforme item 1 e 2 da
0
0 1 2 3 4 5 6
seção 2, ditam que em um inversor multinível uma
FREQUÊNCIA (kHz)
célula utilizada só pode tornar a ser novamente acio-
← ≈ 60Hz
nada depois que todas as demais células que com-
MAGNITUDE
0 (a)
fc(inv): Frequência de chaveamento na saída do
-1
inversor multinível.
0 0.005 0.01 0.015 0.02 0.025
TEMPO(s)
Na modulação PS sempre existem intervalos de Figura 10: Para frequencia de chaveamento de 714,0 Hz
(a) Sinal de saída para 4ª células mod. proposta (MAR);
tempo em que ocorre o estreitamento dos pulsos. (b) Sinal de saída para 4ª células modulação PS.
Esse estreitamento é característica da própria técnica
de modulação. Os estreitamentos ocorrem porque O efeito observado na Figura 10 (b), modulação
uma determinada célula pode ser solicitada mais de PS, pode sugerir que os pulsos estreitos são relativa-
uma vez antes que outra seja necessária no processo mente poucos, porém, o aumento da freqüência nas
de síntese do sinal, mesmo que exista a possibilidade células também aumenta o número de pulsos estrei-
de se utilizar outra célula para obter o resultado dese- tos e a assimetria entre os ciclos fica mais evidente.
jado. O aumento da freqüência pode ser observado na
Assim, percebe-se que apesar de melhor distri- Figura 11, em que a freqüência de chaveamento fc =
buição dos pulsos, não existe um critério de ordena- fc(PS) = 2,0 kHz, evidenciando o problema de perda
ção no controle dos disparos das células do inversor de simetria entre os pulsos e o estreitamento dos
multinível. mesmo para PS, Figura 11 (b). Nota-se novamente o
Outro problema que pode ser observado na mo- melhor desempenho com a modulação proposta
dulação PS, também em relação aos pulsos sintetiza- (MAR), Figura 11 (a).
162
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1
← Pulsos Estreitos
N ÍVEIS
Etapa 1
0 (b) 0 para 1 (ativação positiva)
Pulsos Assimétricos Ref -1 para 0 (ativação positiva)
-1 (sinal de referência) 1 para 0 (ativação negativa)
0 para -1 (ativação negativa)
0 5 10 15 20 25
TEMPO (ms)
Figura 11: Para frequencia de chaveamento de 2,0 kHz
(a) Sinal de saída para 4ª células mod. proposta (MAR); 1
(b) Sinal de saída para 4ª células modulação PS.
Etapa 2
quatro etapas principais: célula da vez
Etapa 3
técnicas de modulação.
reordena vetor de
Nas diferentes técnicas de modulação, o proces- reordena vetor de ordenação das células
so de mudança de estado das células é baseado na ordenação das células coma a célula
com próxima da vez disponibilizada como a
necessidade de sintetizar um determinado nível, última na ordem
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Caso contrário, por exemplo, a célula em teste Considerando a situação contrária, em que a cé-
tem seu estado atual como ativo, com nível positivo, lula em teste foi considerada indisponível, toma-se a
e o novo estado para o conversor necessita o aumento seguinte na ordem de prioridade para novamente
de um nível positivo, isso não é possível de ser reali- ocorrer o teste de disponibilidade para acionamento,
zado com a célula em teste, pois já está no estado laço da etapa 2 e 3.
para o qual deveria mudar. A célula é então sinaliza- Caso seja verificada nova indisponibilidade, a
da como indisponível e segue-se na busca. segunda célula, que tinha se tornado prioritária, passa
A etapa 2 do algoritmo tem por finalidade verifi- a ser a terceira na ordenação e a terceira célula da
car e testar a disponibilidade da célula prioritária na ordenação torna-se a prioritária. Ocorrendo indispo-
ordem de acionamento, com o objetivo de identificar nibilidade sucessiva, essa troca na ordenação é feita
a possibilidade de ser uso ou não para o novo estado até a última célula.
do conversor. A indisponibilidade na última célula na ordena-
ção é uma condição que só ocorre em duas situações:
o índice de modulação está ajustado para utilização
início de todas a células do inversor, para todos os níveis
possíveis de serem gerados, ou na situação em que se
deseja sintetizar um nível superior ao máximo que o
célula 1 conversor pode sintetizar, condição impossível de ser
satisfeita.
Para o caso de novos testes de células quanto à
seleciona sua disponibilidade, a configuração de acionamento
mudança de não é modificada, não sendo liberada a sua modifica-
estado
ção.
6 Conclusão
fim
Figura 13 Estrutura responsável pela Etapa 2 (1 a n) Através da modulação MAR, com acionamento
rotativo de todas as células, uma a uma seqüencial-
mente, foi demonstrado que é possível a redução de
Etapa 3 – Reordenação e configuração de aciona- freqüência nas chaves, mantendo as mesmas qualida-
mento des do sinal de saída obtido com as técnicas de mo-
dulação tradicionais como a PD, POD e APOD.
Com o novo estado solicitado para o conversor e Ainda é possível obter melhor distribuição dos
considerando que na etapa 2 a célula prioritária na pulsos, com maior simetria entre ele, do que o obser-
ordem foi considerada disponível, as variáveis de vado na modulação PS
acionamento da célula são configuradas com o novo Com a redução da freqüência de chaveamento e
estado necessário para sintetizar o sinal de saída a distribuição mais uniforme das comutações, au-
requerido no conversor. Importante notar que ainda menta-se a possibilidade de acréscimo da potência
não é nesta etapa que é liberado o novo acionamento das aplicações com conversores multinível ou ainda
da célula, ocorrendo apenas a configuração do siste- o aumento da vida útil das chaves que compõem o
ma para tal. conversor.
Feita a nova configuração, a célula escolhida A redução da freqüência de chaveamento mos-
passa a ser a última na prioridade de acionamento e trou a relação direta com o número de células do
todas as outras células aumentam de um nível sua conversor e o índice de modulação a ser utilizado e
ordem de prioridade. Assim, a segunda na ordem de como esses dois parâmetros podem ser obtidos de
prioridade passa a ser a primeira e assim sucessiva- modo relativamente simples.
mente.
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Agradecimentos
Referências Bibliográficas
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