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Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP)

(William Okubo, CRB-8/6331, SP, Brasil)

INSTITUTO ARTE NA ESCOLA

3x3: 3 artistas, 3 dimensões: Marcelo Lago, Maurício Bentes, Luiz Pizarro /


Instituto Arte na Escola ; autoria de Solange Utuari ; coordenação de Mirian
Celeste Martins e Gisa Picosque. – São Paulo : Instituto Arte na Escola, 2006.
(DVDteca Arte na Escola – Material educativo para professor-propositor ; 98)

Foco: MC-5/2006 Mediação Cultural


Contém: 1 DVD ; Glossário ; Bibliografia
ISBN 85-7762-029-8

1. Artes - Estudo e ensino 2. Escultura 3. Relação público e obra 4. Lago,


Marcelo 5. Bentes, Maurício 6. Pizarro, Luiz I. Utuari, Solange II. Martins,
Mirian Celeste III. Picosque, Gisa IV. Título V. Série

CDD-700.7

Créditos
MATERIAIS EDUCATIVOS DVDTECA ARTE NA ESCOLA
Organização: Instituto Arte na Escola
Coordenação: Mirian Celeste Martins
Gisa Picosque
Projeto gráfico e direção de arte: Oliva Teles Comunicação

MAPA RIZOMÁTICO
Copyright: Instituto Arte na Escola
Concepção: Mirian Celeste Martins
Gisa Picosque
Concepção gráfica: Bia Fioretti

3x3: 3 artistas, 3 dimensões: Marcelo Lago, Maurício Bentes, Luiz Pizarro


Copyright: Instituto Arte na Escola
Autor deste material: Solange Utuari
Revisão de textos: Soletra Assessoria em Língua Portuguesa
Diagramação e arte final: Jorge Monge
Autorização de imagens: Ludmilla Picosque Baltazar
Fotolito, impressão e acabamento: Indusplan Express
Tiragem: 200 exemplares
DVD
3x3: 3 artistas, 3 dimensões: Marcelo Lago,
Maurício Bentes, Luiz Pizarro

Ficha técnica
Gênero: Documentário com depoimentos de artistas e do crí-
tico de arte Alair Gomes.
Palavras-chave: Artista-curador; contato com o público; pro-
vocar o espectador; poética do efêmero; ativar sentidos; diálo-
go com a matéria; escultura; espaço; Geração 80.
Foco: Mediação Cultural.
Tema: A exposição: 3x3: 3 artistas, 3 dimensões desde o seu
conceito curatorial, a organização, a montagem e as obras dos
artistas em processo de criação.
Artistas abordados: Maurício Bentes, Marcelo Lago, Luiz
Pizarro e Franz Weissmann.
Indicação: A partir da 7ª série do Ensino Fundamental.
Direção: Malu de Martino.
Realização/Produção: Doc-Vídeo Produções.
Ano de produção: 1998.
Duração: 23’.

Sinopse
A exposição 3x3: 3 artistas, 3 dimensões realizada na Casa de
Cultura Laura Alvim em 1988, na cidade do Rio de Janeiro,
aponta os caminhos da arte nos anos 80. A partir das produ-
ções de Marcelo Lago, Luiz Pizarro e Maurício Bentes, o
documentário revela as relações entre obra, espaço e público.
Apresenta também os artistas trabalhando em seus ateliês,
cenas da montagem da exposição, depoimento do crítico de arte
Alair Gomes e entrevistas com transeuntes sobre escultores e
esculturas. Os artistas falam dos seus processos de criação, a
materialidade de suas obras, conceitos de arte contemporânea,
intervenções no espaço expositivo e suas intenções de provo-
car experiências estéticas.

Trama inventiva
Museus, galerias e instituições culturais abrigam exposições,
acolhem visitantes. Curador, museólogo, formas de expor,
montagem, ação educativa e professor mostram as obras aos
caminhantes, oferecendo acesso, afetando-os. Olhos-corpos
sensíveis se movem dentro das obras e ao redor delas. O visi-
tante vive a vida lenta. Experiência estética: múltiplas sensa-
ções, percepções, reflexões. Às vezes, a experiência é solitá-
ria, em seu próprio ritmo. Algumas vezes, é compartilhada com
outros numa visita mediada. Seja como for, a mediação propõe
um acasalamento entre a carne do nosso corpo e a carne das
obras de arte, também na escola. Neste documentário, tudo
parece mirar para o território Mediação Cultural da cartogra-
fia. Na geografia dos passos, celebremos a vida cultural!

O passeio da câmera
No espaço das ruas, pessoas são convidadas a lembrar de
nomes de escultores e a pensar sobre uma questão: o que você
sente ao ver uma escultura? Desde o início, é possível perce-
ber como o documentário, assim como os artistas, preocupa-
se com as relações entre a obra de arte, o público e o contexto
onde está situada.
Efeitos de imagens e música também preparam o nosso olhar
para entrar no espaço e acompanhar os preparativos da mon-
tagem da exposição 3x3: 3 artistas, 3 dimensões, na Casa de
Cultura Laura Alvim/Rio de Janeiro, em 1988.
Nos ateliês e na galeria, vemos os artistas produzindo seus tra-
balhos. Maurício Bentes fala do seu trabalho com a luz. O fogo
é sua fonte de interesse e aquece os argumentos do artista. O
ferro é aquecido para dar forma às idéias de Bentes, fragmentos
2
material educativo para o professor-propositor
3X3: 3 ARTISTAS, 3 DIMENSÕES: MARCELO LAGO, MAURÍCIO BENTES, LUIZ PIZARRO

de luzes que atravessam sua escultura. Luiz Pizarro fala de seu


trabalho de intervenção no espaço, onde transforma objetos, ga-
lhos e troncos, até mesmo a escultura de Franz Weissmann que
se encontra no espaço do centro cultural, envolvendo-os por fil-
me plástico. Cores, linhas de ferro, madeira são criadas por
Marcelo Lago, que relata também seu processo de criação.
O crítico de arte Alair Gomes nos aproxima da proposta da
exposição e da articulação desses três artistas na relação es-
paço e obra.
Alocamos esse documentário no território de Mediação Cul-
tural, uma vez que focaliza a intenção dos artistas-curadores
em provocar o espectador, buscando o contato com o público
na montagem de uma exposição. Além disso, o documentário
se conecta com outros territórios. Podemos perceber a poética
da Materialidade, o Processo de Criação de cada artista, as
relações entre Forma-Conteúdo nos elementos da visualidade,
especialmente o espaço. No território de Saberes Estéticos e
Culturais, podemos refletir sobre a arte nos anos 80 e as polí-
ticas culturais; escultura e intervenções em Linguagens Artís-
ticas e outras possibilidades que podem ser criadas por você.

Sobre os artistas
Luiz Pizarro (Rio de Janeiro/RJ, 1958)
Luiz Pizarro estuda na Escola de Artes Visuais do Parque Lage1 ,
local em que atua como artista participando da exposição Como
vai você, Geração 80? 2, com Marcelo Lago, Maurício Bentes,
Leonilson, Leda Catunda, Beatriz Milhazes, Tunga, Nuno Ra-
mos, entre outros. Nessa escola, também trilha o caminho de
professor do Núcleo de Pintura. Sua primeira exposição indivi-
dual acontece em 1984. No mesmo ano, integra o Ateliê da Lapa
com Angelo Venosa, Daniel Senise e João Magalhães.
Participa da exposição 3x3: 3 artistas, 3 dimensões envolven-
do com filme plástico elementos como troncos e galhos de ár-
vores. Para ele: “as formas já estão aí. Eu simplesmente as
reconheço. Eu não as penso antes, eu as reconheço e quase
3
que roubo esta forma da natureza”. No jardim em frente ao
centro cultural, a escultura do artista Franz Weissmann, um dos
mais representativos artistas brasileiros na linguagem da es-
cultura abstrata, também recebe a intervenção de Pizarro que
a envolve com material transparente.
O artista expõe na 18ª e 21ª Bienal Internacional de São Paulo e
participa das exposições A imagem do som de Gilberto Gil, no Paço
Imperial/RJ em 2000, Onde está você, Geração 80? no Centro
Cultural Banco do Brasil – CCBB/RJ em 2004, além de diversas
coletivas no Brasil e no exterior. Em trabalhos mais recentes, Luiz
Pizarro discute a apropriação cultural a partir de gravuras de ar-
tistas viajantes europeus do século 16 e 17, cobrindo-as por uma
grossa camada de cera. As estranhas imagens “constituem me-
táforas para o conflito inerente aos choques entre culturas”3.

Marcelo Lago (Rio de Janeiro/RJ, 1958)


Com sua formação iniciada na Escola de Artes Visuais do Par-
que Lage, na Oficina de Escultura do Ingá e no grupo de estu-
dos do artista plástico Paulo Garcez, Marcelo Lago tem se pre-
ocupado com a experiência frente ao objeto. Para ele4 : “o sig-
nificado não está no objeto em si, é o conhecimento adquirido
pelo espectador-participante-criador, através do processo do
pensamento, que se origina na experiência (objeto). Os obje-
tos só têm a finalidade de servir de referência”.
Na exposição apresentada no documentário, Marcelo Lago ocupa
o espaço com esculturas que redesenham a fachada do prédio.
Cores, linhas e formas fazem convites, instigam a curiosidade, pro-
vocam o público a entrar e contemplar arte e ambiente integrados.
Atuante desde a década de 80, Marcelo Lago realiza sua pri-
meira exposição individual em 1993, com Grafismos visuais e
continua participando de exposições importantes com interven-
ções no espaço e provocações feitas ao público. Suas obras
também ocupam espaços públicos como o Metrô Barra Fun-
da/São Paulo e Paço Imperial/RJ, onde em 2005 realiza im-
portante individual: Memórias, sonhos e reflexões, três insta-
lações com uma referência direta a C. G. Jung.
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material educativo para o professor-propositor
3X3: 3 ARTISTAS, 3 DIMENSÕES: MARCELO LAGO, MAURÍCIO BENTES, LUIZ PIZARRO

Maurício Bentes (Rio de Janeiro/RJ, 1958 - Rio de Janeiro/RJ, 2003)


Formado em economia, é na Escola de Artes Visuais do Parque
Lage que Maurício Bentes inicia no universo artístico, realizando
sua primeira exposição individual em 1982. Nas participações nas
exposições nacionais e internacionais, dentre elas Como vai você,
Geração 80? e a Bienal de São Paulo (em duas edições), em suas
obras públicas e intervenções, o seu trabalho envolve a luz como
materialidade vital. Diz ele: “Esta fixação em cima da luz, em cima
da energia, faz parte também dessa pesquisa de descobrir alter-
nativas e novos caminhos de trabalho dentro das artes plásticas.”
Lâmpadas, placas de ferro, cerâmica, alimento, calor, luz e o
fogo que aquece a vontade de criar. Maurício Bentes fala neste
documentário sobre a importância do fogo no seu trabalho, fonte
de calor que transforma materiais e revela a luz, elemento que
atrai, motiva experiências e relações simbólicas que provocam
diferentes leituras. Em 3x3: 3 artistas, 3 dimensões, apresenta
esculturas que exibem a poética da materialidade da luz na
intenção de despertar o olhar do fruidor que transita na praia
de Ipanema em frente à Casa de Cultura Laura Alvim.
Em suas obras, explora efeitos de luz e sombra, texturas, arte
efêmera, materiais perecíveis e cria imagens enigmáticas.
Bentes teve uma curta trajetória com sua morte prematura em
2003, mas marcou o cenário das artes visuais com sua produ-
ção inovadora em que explora materiais e idéias, sempre aten-
to ao espectador como co-partícipe. Nas obras5 O banquete,
no Parque Lage, em 1988, na Semana Antropofágica no Galpão
das Artes, em 1990, ou no evento de inauguração da exposição
Paixão do olhar, no Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro -
MAM/RJ, em 1993, o público é convocado a comer para criar
a própria escultura, deixando que a luz vaze e tome o espaço.

Os olhos da arte
Se mudanças no conceito de obras de arte andam juntas com
mudanças nos esquemas espaciais genéricos, também a re-
lação do espectador com as obras se modifica.
Alberto Tassinari6
5
Luiz Pizarro - Para que lado fica o Paraíso?, 1995

Envolvidos no desejo de atrair o espectador quase como uma


aranha que alicia sua presa para neste envolvimento consumi-
la, o artista cria a sua obra. Para a estudiosa de processos de
criação, Cecília Almeida Salles7 : “a relação comunicativa é in-
trínseca ao ato criativo. Está inserido em todo processo cria-
tivo o desejo de ser lido, escutado, visto ou assistido”. A rup-
tura do suporte, a pesquisa por novos materiais, as propostas
de interação entre arte e público são criações de artistas como
Lygia Clark e Hélio Oiticica que levam essa relação comunica-
tiva ao extremo, considerando-se propositores, como diz ela8 :
Nós somos os propositores: nós somos o molde, cabe a
você soprar dentro dele o sentido da nossa existência. Nós
somos os propositores: nossa proposição é o diálogo. Sós,
não existimos. Estamos à sua mercê. Nós somos os
propositores: enterramos a obra de arte como tal e cha-
mamos você para que o pensamento viva através de sua
ação. Nós somos os propositores: não lhe propomos nem
o passado nem o futuro, mas o agora.
Na Casa de Cultura Laura Alvim/RJ9 , Luiz Pizarro, Maurício
Bentes e Marcelo Lago convidam os transeuntes a entrar no es-
paço expositivo, provocando estranhamentos na invasão da facha-
da e da praia em frente à galeria e na intervenção na obra de Franz
Weissmann que ocupa a calçada. Nada é feito de modo aleatório,
envolve não só a retina do espectador, mas também a sua cognição.
“Eu estava vindo, atravessando e vi. Achei forte. Não sei o que
é…”, diz o entrevistado no documentário, que também envolve
transeuntes, questionando-os sobre esculturas e escultores.
Para o crítico de arte Alair Gomes, houve uma “planificação
6
material educativo para o professor-propositor
3X3: 3 ARTISTAS, 3 DIMENSÕES: MARCELO LAGO, MAURÍCIO BENTES, LUIZ PIZARRO

Marcelo Lago
Memórias, sonhos e
reflexões
Detalhe da Instalação
Coleção Gilberto
Chateaubriand - MAM/RJ

cuidadosa da exposição que vai facilitar enormemente o conta-


to da obra exposta com o grande público. Vai ser complementada
pelo caráter de intervenção que todos os três artistas resolve-
ram imprimir à exposição”. A escultura contemporânea explo-
de na espacialidade e Lago, Pizarro e Bentes, como produtores
de arte e curadores, seguem suas propostas, desafiam mate-
riais, tempo e espaço, dimensões e escalas, e inventam uma
espacialidade outra. Não é o lugar que se torna adequado às
obras e sim as obras que interagem com o ambiente e dese-
jam interagir com o público.
Estranhamento, aceitação, participação ou repulsa movem
o espectador e o convidam a participar de uma experiên-
cia estética. Nesse sentido, o espaço do museu, casas de
cultura e galerias são mais que locais para expor peças de arte.
Podem se tornar ambientes para o pensamento estético, soci-
7
al, político, ampliando visões de mundo e fazendo com que ar-
tistas e público reflitam sobre a complexidade humana. Espa-
ços públicos que apresentam e nutrem contextos culturais.
Pensar o espaço de exposição como um lugar para ativar
culturalmente obras de arte merece um meticuloso plane-
jamento, no qual o ato de expor supera a simples idéia de
mostrar ao outro. A estrutura física do espaço expositivo, o
desenho museográfico da exposição, a montagem e as própri-
as obras provocam a leitura do público e demonstram o desejo
de envolvê-los numa relação vívida, participativa e interacional.
Afinal, “a arte já não se propõe a fornecer uma imagem da Beleza
natural nem quer proporcionar o pacificado prazer da contem-
plação de formas harmônicas”, como diz Umberto Eco10.
A emoção, a sensação e o pensar que ela [a obra de arte]
provoca em nós são ressonâncias internas provocadas
pelas sutilezas da própria linguagem. Quando estamos
diante de uma obra, a recriamos em nós. A contemplação
de uma produção artística nunca é passiva, algo de nós
penetra na obra ao mesmo tempo que somos por ela inva-
didos e despertados para novas sensibilidades.11
Viver a interação com obras de arte, permitir que a obra nos
habite, exige espaços de disponibilidade interna e, muitas ve-
zes, momentos privilegiados de acesso. Momentos presentes
na ação mediadora de artistas, curadores, críticos de arte, profis-
sionais que trabalham em instituições culturais e, além de outros,
como professores atentos e sensíveis que, em meio a todos eles
e aos seus alunos, possam gerar contatos. Para Ana Claudia de
Oliveira12, para quem “entra-se na obra não só pelos olhos”,
na acepção desse vocábulo, do latim contactu, está o ato
de exercer o sentido do tato. Para que esse entre em ação,
diz-nos previamente a palavra, é necessário estar com,
ou seja, em certas condições de conjugação exigidas pela
obra para o receptor fruí-la. Ainda, esse contato previsto
só pode ser de uma espécie, o do tipo contágio que impli-
ca estar na e com a obra.
Somos capturados nas teias dos artistas e suas obras, em “comTATO”,
vivendo a obra entre o definível e o indefinível, entre o que conhece-
mos e o que não compreendemos, entre medos e ousadias, entre a
8 segurança e o mergulho na experiência estética e estésica.
material educativo para o professor-propositor
3X3: 3 ARTISTAS, 3 DIMENSÕES: MARCELO LAGO, MAURÍCIO BENTES, LUIZ PIZARRO

O passeio dos olhos do professor


Convidamos você a iniciar um diário de bordo a partir de suas ano-
tações sobre o documentário. Uma pauta do olhar poderá ajudá-lo:

O que o documentário desperta em você?


Como você vê as obras dos três artistas? Quais as seme-
lhanças e as diferenças entre as proposições de cada um?
O que é possível perceber das intervenções no espaço
expositivo? E do interesse pela relação com o público?
O que as entrevistas evidenciam para você? Seus alunos
dariam as mesmas respostas que os transeuntes?
Há questões específicas quando uma exposição é em um
museu ou em uma casa de cultura? Quais?
Vários aspectos são apontados no documentário. Qual de-
les mais toca você? Como ampliam seu olhar? Provocam
estranhamento?
Quais momentos do documentário podem despertar maior
curiosidade nos alunos?
O documentário o leva a pensar sobre a exposição de traba-
lhos na escola?

Desenhos, frases e palavras anotadas criam um mapa de


potencialidades para você pensar em proposições pedagógicas. Por
quais caminhos você poderia iniciar um projeto com seus alunos?

Percursos com desafios estéticos


São muitas as possíveis idéias. O planejamento de uma expo-
sição; as relações entre artista, obra, espaço e público; e a
espacialidade problematizam questões sobre mediação,
curadoria e as linguagens contemporâneas da arte. Levando
em conta a sensibilidade, o interesse e a motivação que o
documentário pode gerar, apresentamos possíveis percursos
9
intervenções, apropriação,
objetos escultóricos, instalação

meios
Casa de Cultura Laura Alvim/RJ, Escola de Artes artes novos
o ato de expor Visuais do Parque Lage – EAV Parque Lage/RJ meios visuais
tradicionais
contato com o público, montagem, espaços sociais do saber poética do vídeo
desenho museográfico, a leitura do público, pintura, escultura,
estrutura física do espaço expositivo desenho, gravura cinema
artista-curador, crítico de arte, tridimensionalidade, ambiência
fundador de casa de cultura

relações entre elementos


agentes
da visualidade
Mediação Linguagens
Cultural Artísticas elementos da
formação de público visualidade linha, forma, cor, luz, espaço

relação público e obra, educação do olhar ,


experiência estética e estésica, provocar o espectador,
impacto frente à obra, relação transeunte/obra
Forma - Conteúdo

Saberes
Estéticos e
Culturais
Materialidade

poética do efêmero,
política cultural criação de instituições, políticas públicas
dimensão simbólica da matéria,
poética da transformação
história da arte arte contemporânea, Geração 80
poética da materialidade

procedimentos técnicos inventivos, Processo de sociologia da arte artista e sociedade


subversão de usos, experimentação,
transgredir a matéria
Criação

procedimentos
suporte potências criadoras percepção, provocação mental, atitude lúdica,
Zarpando coleta sensorial, ativar sentidos
ruptura do suporte, pesquisa
de outros meios e suportes
ação criadora poética pessoal, intenção criativa,
inquietude, diálogo com a matéria

qual FOCO?
ambiência de trabalho ateliê, amigos, filiação a grupos de artistas

qual CONTEÚDO?
o que PESQUISAR?
de trabalho impulsionadores de projetos, convidando você a
recriar e inventar as sugestões aqui expostas, que não seguem
uma ordem linear.

O passeio dos olhos dos alunos


Algumas possíveis proposições:
Percursos de criação, escolhas de materiais, ocupação do
espaço expositivo e curadoria são alguns bons conteúdos para
gerar boas conversas sobre a arte contemporânea e como o
público pode reagir a essas produções e espaços. Em 3x3: 3
artistas, 3 dimensões, os artistas criam a partir do espaço e,
dessa forma, interferem no ambiente da Casa de Cultura
Laura Alvim. Para começar a experimentar este processo de
criação, uma idéia interessante é preparar o espaço onde será
exibido este documentário, mudando o posicionamento ha-
bitual das cadeiras ou propondo que os alunos tragam pe-
quenos objetos para fazer interferências. A proposta é mu-
dar as aparências desses objetos, produzindo outras textu-
ras, cores ou formas. Tecidos, plásticos, papéis e outros
materiais disponíveis podem ser explorados. Esse movimen-
to, além de provocar expectativas entre os alunos, pode tra-
zer elementos para a conversa após a exibição.
No início do documentário, as pessoas são abordadas e
questionadas sobre como sentem a linguagem da escultura
e quais os artistas mais conhecidos. Propor esse tipo de
questionamento pode animar uma conversa sobre o reper-
tório dos alunos. O que você sente ao ver uma escultura?
Você conhece algum escultor? Uma enquete pode ser feita
na escola: dirigentes, funcionários, professores, familiares
e alunos de outras classes podem participar. Como desdo-
bramento, os alunos podem pesquisar imagens de escultu-
ras e, em sala de aula, trocá-las entre eles, e assim ampliar
o conhecimento a respeito de escultores e suas obras. A
exposição dessas imagens nutrirá o olhar dos alunos e pro-
vocará mais conversas após a exibição do documentário.
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material educativo para o professor-propositor
3X3: 3 ARTISTAS, 3 DIMENSÕES: MARCELO LAGO, MAURÍCIO BENTES, LUIZ PIZARRO

No documentário, há imagens que se apresentam com


distorções de cores e formas. Esse aspecto pode gerar dis-
cussões sobre a linguagem do vídeo e os recursos tecnológicos
usados na produção de imagens na década de 80. O que os
alunos sabem desse período? Músicas, videoclipes e fotos
podem ampliar o olhar sobre produções artísticas neste tem-
po histórico e social. Após a apresentação do documentário,
é interessante propor diálogos nos quais os alunos possam
expressar suas percepções sobre as imagens mostradas.
Como cada artista escolhe os seus materiais e também como
preparam os espaços para receber as esculturas e o público?
Quais perguntas o documentário levanta para os alunos? O
que instiga a curiosidade deles?
A partir do documentário, muitas outras idéias podem surgir, a
fim de trazer questões para dentro da escola, iniciando o diário
de bordo dos alunos e dando continuidade ao seu. Para onde o
projeto pode seguir?

Desvelando a poética pessoal


O convite é para que seus alunos sejam produtores, pesquisando
e construindo suas poéticas ao longo do percurso, focalizando,
especialmente, a mediação, potencializando os espaços de
exposições. A liberdade em escolher a linguagem artística, os
materiais, os temas, faz parte desse processo.
A luz é fundamental na obra de Bentes, já que, por meio
desse material, ele relata a relação entre o homem e a luz.
Para os alunos, qual o significado da luz? Como eles repre-
sentariam este valor? Uma série de trabalhos pode ser fei-
ta pelos alunos que optarem por esta sugestão, focalizando
contrastes entre luz e sombra em desenhos ou em escultu-
ras com efeitos de luz, utilizando pequenas lâmpadas à pi-
lha, encontradas em objetos como lanternas, brinquedos e
outros. Esses materiais não custam muito e podem ser
adquiridos em bazares, lojas de objetos usados ou, até
mesmo, em meio aos guardados dos próprios alunos.
13
A transformação de objetos proposta por Marcelo Lago pode
também gerar uma série de trabalhos. A escolha de objetos
é um primeiro passo que envolve também possíveis atribui-
ções de significados à ação de recobri-los com filme plásti-
co ou outras matérias.
Com as obras produzidas, os alunos podem intervir no espaço
da escola. O planejamento pode começar por pequenos esbo-
ços, partindo para grandes esculturas ou para sutis interven-
ções na fachada ou na calçada da escola. A ação de mediação
pode ser iniciada com a observação cuidadosa de como essas
intervenções são percebidas pelos transeuntes.

Ampliando o olhar
O espaço de arte apresentado neste documentário é a Casa
de Cultura Laura Alvim, que foi fundada por ela. Moradora
da casa, desde os 4 anos, Laura tornou o sonho de transformá-
la de espaço cultural em uma realidade. Em sua cidade ou
bairro, há casas de cultura? O que oferecem? Preocupam-se
em estabelecer relações entre arte e público? Uma boa idéia
é promover uma visita com seus alunos para conhecer a pro-
dução cultural realizada nesses espaços públicos.
Os alunos já foram a alguma exposição? O que podem lem-
brar sobre ela? Obras expostas, montagem, iluminação,
textos de parede, plaquetas com informações sobre as
obras, a interação pessoal com esse espaço podem reto-
mar experiências vividas e ampliar possibilidades de
compreendê-las pelos aspectos da mediação, da curadoria,
do ato de expor, dos agentes culturais envolvidos, etc.
A criação de uma exposição virtual pelos alunos, através de
uma maquete, ou mesmo por meio de uma apresentação em
Power point, pode desafiá-los a compreender a idéia do fio
condutor que potencializa conexões entre as obras escolhidas.
Quais materiais poderiam ser utilizados para criar interven-
ções no espaço da escola? Esticar barbantes ou fios de lã
no corredor ou sala de aula, fazendo com que as pessoas
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material educativo para o professor-propositor
3X3: 3 ARTISTAS, 3 DIMENSÕES: MARCELO LAGO, MAURÍCIO BENTES, LUIZ PIZARRO

alterem a forma de percorrer esses espaços e, ao mesmo


tempo, criar uma escultura coletiva, por exemplo. Como des-
dobramento, os alunos podem fazer entrevistas com as
pessoas que participaram da intervenção para saber como
sentiram esta experiência.
Como o artista produz e pensa a forma de expor suas obras?
Um debate sobre este assunto pode amadurecer o olhar dos
alunos sobre as relações obra/espaço/público. Catálogos
de exposições e/ou entrevistas com artistas ou profissio-
nais envolvidos em instituições culturais podem aprofundar
a compreensão de conceitos como curadoria, crítica de arte,
museologia e mediação.
A problematização sobre a espacialidade pode ampliar o
olhar sobre a escultura, enquanto linguagem que lida com
materialidades muito diversas, com relações que envolvem
dentro/fora, vazio/cheio, aberto/fechado, luz/sombra,
escala e superfície, convexidade/concavidade.

Conhecendo pela pesquisa


Qual o papel de um curador? E de um crítico de arte? E de
um historiador? Uma pesquisa sobre esses profissionais
pode revelar suas funções e importância na mediação com
o público, seja numa exposição, seja em artigos sobre arte
em jornais e revistas.
A pesquisa na internet ou em livros de arte contemporânea
pode ser apresentada pelos alunos, usando como recursos
criações inventadas para que os demais alunos tenham
“comTATO” com as obras dos artistas: Maurício Bentes, fa-
lecido em 2003, e seus trabalhos com a luz, o fogo e o calor;
Marcelo Lago e seu Grafismo no plano e outras obras mais
recentes, com teor autobiográfico; Luiz Pizarro que continua
trabalhando com a transformação de matérias e de idéias.
Escultores como Calder, Bruno Giorgi, Giacometti, Rodin são
lembrados pelos entrevistados no documentário. Assim
como Franz Weissmann (há na DVDteca Arte na Escola um
15
documentário sobre seu trabalho), esses escultores e outros
lembrados pelos seus alunos podem gerar pesquisas, bus-
cando conceituar a linguagem da escultura e sua história.
Em junho de 1984, na Escola de Artes Visuais do Parque Lage/
RJ, aconteceu a exposição Como vai você, Geração 80?. Foram
cento e vinte e três artistas, muitos dos quais se destacam, atu-
almente, no cenário brasileiro das artes plásticas. Depois de 20
anos, uma outra exposição Onde está você, Geração 80?, em
2004, no Centro Cultural Banco do Brasil - CCBB/RJ e no
Museu de Arte Moderna - MAM/SP, procurou mostrar que os
artistas surgidos naquele momento continuam produzindo, en-
tre eles está Luiz Pizarro que participou das duas exposições.
Que relações podem ser feitas entre essas duas mostras, o que
mudou na arte brasileira e na produção de Pizarro?
Na DVDteca Arte na Escola, há outro material sobre Maurí-
cio Bentes. Em 1988, o artista convida o público a com-
partilhar da criação artística, comendo a escultura, isto é,
alimentando-se das formas circulares do queijo e deixan-
do ver, aos poucos, a luz, as lâmpadas fluorescentes que
se encontravam quase ocultas no núcleo da escultura.
Podemos perceber uma arte efêmera, com materiais pe-
recíveis como o queijo, mas que traz consigo, em sua for-
ma e materialidade, a idéia de eternidade causada pelo
significado espiritual da luz e pela presença da tecnologia;
a lâmpada ilumina o espaço de exposição que se transfor-
ma. Não é mais um lugar para apenas olhar uma escultura,
a contemplação envolve também outros sentidos. Olfato,
visão e paladar são convocados para essa experiência.
A música também é uma linguagem artística que reflete as
idéias de jovens artistas, expressando suas visões de mun-
do na década de 80. Entre esses artistas, está Cazuza13 que
marcou uma geração com sua poesia e idéias críticas. O que
os alunos podem ler no trecho da letra de Ideologia?
Pois aquele garoto que ia mudar o mundo
(Mudar o mundo)
Agora assiste a tudo em cima do muro
16
material educativo para o professor-propositor
3X3: 3 ARTISTAS, 3 DIMENSÕES: MARCELO LAGO, MAURÍCIO BENTES, LUIZ PIZARRO

(em cima do muro)


Meus heróis morreram de overdose
Meus inimigos estão no poder
Ideologia
Eu quero uma pra viver
Ideologia
Eu quero uma pra viver
Assim como o artista Luiz Pizarro envolve objetos e árvo-
res com materiais plásticos, outros artistas também fazem
intervenções. As tendências artísticas nascidas da Earth
art propõem assumir o próprio meio ambiente como suporte
ou material. Artistas como Christo e Jeanne-Claude, por
exemplo, criam suas interferências pelo mundo, empaco-
tando ou envolvendo coisas como árvores, prédios, ilhas,
pontes e, dessa maneira, transformam temporariamente
paisagens. Que outros artistas interferem temporariamen-
te na paisagem?

Amarrações de sentidos: portfólio


Os alunos podem se tornar curadores de uma exposição sobre
o projeto, montando um portfólio coletivo com todas as expe-
riências vividas, como se fosse um catálogo. Também pode ser
criado um portfólio individual sobre todo o projeto, contendo
um texto reflexivo de abertura que possibilite que cada aluno
veja melhor sua produção.
Todos os cuidados de um curador devem ser observados na monta-
gem da exposição. O fio condutor, a criação do título, os diálogos
entre as obras com leituras comparativas, o desenho museográfico,
a comunicação visual, as etiquetas e sinalizações, os convites, o folder
e até um pequeno catálogo podem ser produzidos, sem esquecer
os mediadores/monitores para acolher os visitantes. Lembre-se de
fazer fotografias dos estudantes ao lado de suas obras.

Valorizando a processualidade
As experiências, as informações e os saberes construídos pe-
los alunos e por você precisam ser avaliados como modo de
valorizar e repensar toda processualidade vivida, percebendo
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os “encontros” com realidades antes “distantes, externas e
estranhas”. O que foi mais significativo em relação aos espa-
ços de exposições e às obras dos três artistas? O que se mo-
difica ao organizarem e apreciarem exposições? Essas e outras
questões, além da leitura dos portfólios dos alunos, podem
ajudá-lo a perceber também o que ficou mais forte para você e
o que transformaria em projetos, a partir deste documentário,
com outra turma de alunos.
Uma visita à DVDteca Arte na Escola potencializará novos
projetos e novas viagens pelo universo da arte.

Glossário
Curadoria educativa – o termo tem sido utilizado por Luiz Guilherme Ver-
gara em seu trabalho frente ao Museu de Arte Contemporânea de Niterói
e no Centro de Arte Hélio Oiticica/RJ. Não implica apenas na escolha das
imagens que são apresentadas aos alunos, mas, também, no trabalho de
seleção que lida com ênfases e exclusões, de combinação e de recorte.
Ampliar o olhar, mais profundo e inquieto, para além do simples reconhe-
cimento de autorias, a curadoria educativa pode despertar a fruição, não
somente centrada na imagem, mas em uma experiência, um caminho que
leve a pensar a vida, a linguagem da arte, provocando leitores de signos.
O professor-propositor prepara esse percurso ativando culturalmente obras
e artistas de todos os tempos, lugares e etnias. Fonte: GRUPO de Pesqui-
sa: Mediação Arte/Cultura/Público. Revista Mediação: Provocações Es-
téticas. São Paulo, v.1, d.1, out. 2005, p. 125.
Earth art – também conhecida como land art ou earthworks, surgiu nos Estados
Unidos no final dos anos 60 como forma de ampliar as fronteiras da arte. Propõe
explorar espaços alternativos e faz interferências em objetos, elementos naturais
ou paisagens. Fonte: DEMPSEY, Amy. Estilos, escolas e movimentos: guia enci-
clopédico da arte moderna. São Paulo: Cosac & Naify, 2003, p. 260-262.
Experiência estética e estesia – ao contrário da anestesia - a impossibi-
lidade ou a incapacidade de sentir, a estesia é, assim como a palavra esté-
tica, originada do grego aisthesis, que significa basicamente a capacidade
sensível do ser humano para perceber e organizar os estímulos que lhe al-
cançam o corpo. Fonte: DUARTE JR., João Francisco. O sentido dos senti-
dos: a educação (do) sensível. Curitiba: Criar Edições, 2001, p. 136-137.
Mediação – “Mediar é estar entre. (...) Ultrapassando a idéia de media-
ção como ponte, compreendê-la como um estar entre implica em uma ação
fundamentada e que se aperfeiçoa na consciente percepção da atuação
do mediador que está entre muitos: as obras e as conexões com as outras
obras apresentadas, o museu ou a instituição cultural, o artista, o curador,
o museógrafo, o desenho museográfico da exposição e os textos de pare-
18 de que acolhem ou afastam, a mídia e o mercado de arte que valorizam
material educativo para o professor-propositor
3X3: 3 ARTISTAS, 3 DIMENSÕES: MARCELO LAGO, MAURÍCIO BENTES, LUIZ PIZARRO

certas obras e descartam outras, o historiador e o crítico que a interpre-


tam e a contextualizam, os materiais educativos e os mediadores (monitores
ou professores) que privilegiam obras em suas curadorias educativas, a
qualidade das reproduções fotográficas que mostramos (xerox, transpa-
rências, slides ou apresentações em Power point) com qualidade, dimen-
sões e informações diversas, o patrimônio cultural de nossa comunidade,
a expectativa da escola e dos demais professores, além de todos os que
estão conosco como fruidores, assim como nós mediadores, também re-
pletos de outros dentro de nós, como vozes internas que fazem parte de
nosso repertório pessoal e cultural.” Fonte: GRUPO de Pesquisa: Media-
ção Arte/Cultura/Público. Revista Mediação: Provocações Estéticas. São
Paulo, v.1, d.1, out. 2005, p. 55.

Bibliografia
COSTA, Cristina. Questões de arte: a natureza do belo, da percepção e
do prazer estético. São Paulo: Moderna,1999.
DEMPSEY, Amy. Estilos, escolas e movimentos: guia enciclopédico da arte
moderna. São Paulo: Cosac & Naify, 2003.
ECO, Umberto (org.). História da beleza. Rio de Janeiro: Record, 2004.
FARIAS, Agnaldo. Arte brasileira hoje. São Paulo: Publifolha, 2002. (Folha explica).
GRUPO de Pesquisa: Mediação Arte/Cultura/Público. Revista Mediação:
Provocações Estéticas. São Paulo, v.1, d.1, out. 2005.
MARTINS, Mirian Celeste; PICOSQUE, Gisa; GUERRA, M. Terezinha Telles.
A língua do mundo: poetizar, fruir e conhecer arte. São Paulo: FTD, 1998.
MEIRA, Marly. Filosofia da criação: reflexões sobre o sentido do sensível.
Porto Alegre: Mediação, 2003.
PILLAR, Analice Dutra (org.). A educação do olhar no ensino das artes.
Porto Alegre: Mediação, 1999.
SALLES, Cecília Almeida: Gesto inacabado: processo de criação artísti-
ca. São Paulo: Fapesp: Annablume, 1998.
TASSINARI, Alberto. O espaço moderno. São Paulo: Cosac & Naify, 2001.
Seleção de endereços sobre arte na rede internet
Os sites abaixo foram acessados em 15 maio 2006.
ARTE CONTEMPORÂNEA. Disponível em: <www.canalcontemporaneo.art.br>
ARTE E MUSEU. Disponível em: <www.artenaescola.org.br>.
BENTES, Maurício. Disponível em: <www.niteroi-artes.gov.br/
mauriciobentes.html>.
CASA DE CULTURA LAURA ALVIM. Disponível em: <www.citybrazil.com.br/
rj/riodejaneiro/cultura.htm>.
LAGO, Marcelo. Disponível em: <www.marcelolago.com.br>.
PIZARRO, Luiz. Disponível em: <http://galeria.anitaschwartz.com.br/
bio.asp?id=14>.
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Notas
1
A escola, que completa 30 anos em 2005, se mantém como o principal núcleo
brasileiro de formação em artes visuais, um fórum de reflexão e debate sobre
os principais problemas da arte atual. Freqüentaram seus cursos muitos dos
mais importantes nomes da produção artística contemporânea do país, confe-
rindo à escola projeção internacional. Fonte: <www.annamarianiemeyer.com.br/
eventos.htm>. Acesso em 30 ago. 2005.
2
Esta exposição teve a participação de cento e vinte jovens artistas que
buscavam a contraposição da arte conceitual dos anos 70, revitalizando a
linguagem da pintura no cenário da arte brasileira. Na DVDteca Arte na
Escola, você encontra o documentário Tela s/ tinta (Geração 80) que aborda
o grupo chamado Geração 80 e documentários sobre os artistas Maurício
Bentes, Leonilson, Leda Catunda, Tunga, Nuno Ramos, entre outros
3
Fonte: <www.mac.usp.br/exposicoes/98/migratorio/pizarro.html>.
Acesso em 15 maio 2006.
4
Fonte: <www.marcelolago.com.br>. Acesso em 15 maio 2006.
5
No documentário Maurício Bentes: esculturas, na DVDteca Arte na Es-
cola, você pode ver o registro destas exposições.
6
Alberto TASSINARI, O espaço moderno, p. 143.
7
Cecília Almeida SALLES, Gesto inacabado: processo de criação artísti-
ca, p. 48.
8
Lygia CLARK. Lygia Clark. Barcelona: Fundació Antoni Tàpies, 1998, p. 233.
9
Nascida do sonho de Laura Agostini Alvim, o centro cultural ocupa a casa
em que viveu desde os 4 anos de idade, na Av. Vieira Souto, 176, em
Ipanema/Rio de Janeiro. Construída entre 1906 e 1913, sem um estilo es-
pecífico, a casa de cultura começa a funcionar em 1986. Hoje lá se encon-
tram: galeria de arte, cinema, música, teatro, museu dividido em três espa-
ços: “o primeiro, ocupado por roupas e objetos pessoais de Laura Alvim; o
segundo dedicado ao pai de Laura, o médico Álvaro Freire Villalba Alvim,
que trouxe para o Brasil o primeiro aparelho de raio-x; e o terceiro espaço,
ocupado por Angelo Agostini, avô materno de Laura, que tornou-se conhe-
cido como caricaturista e pintor, retratando de forma jocosa, políticos do
segundo reinado e início da República. Fonte: <www.citybrazil.com.br/rj/
riodejaneiro/cultura.htm>. Acesso em 15 maio 2006.
10
Umberto ECO (org.). História da beleza, p. 415.
11
Mirian Celeste MARTINS, et al, A língua do mundo: poetizar, fruir e
conhecer arte, p. 75.
12
Ana Claudia de OLIVEIRA, Convocações multissensoriais da arte do sé-
culo XX. In: Analice Dutra PILLAR (org.). A educação do olhar no ensino
das artes, p. 95.
13
Ideologia tem a parceria de Cazuza com Roberto Frejat. Está disponível
em: <www.cazuza.com.br>. Acesso em 15 maio 2006.

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