Os investimentos florestais para a mitigação do aquecimento global devem ser encarados
como complementares ao esforço global para a redução de combustíveis fósseis e não como substitutos. O problema do aquecimento global e a questão da comercialização de créditos de redução de emissões (CREs) apresenta dificuldades teóricas e metodológicas bastante complexas. Os instrumentos de mercado (créditos e/ou permissões) servirão apenas como mecanismos para minimizar o problema.
A utilização da biomassa das florestas de rápido crescimento (pinus e eucalipto, por
exemplo) como texto de energia, ao invés de combustíveis fósseis, é uma alternativa para amenizar os acréscimos de carbono na atmosfera. As florestas naturais também possuem importância na contribuição no processo de fixação de carbono, em função das mesmas manterem o carbono fixado por mais tempo. Porém, se não houver um redução significativa do uso de combustíveis fósseis e da prática da queima das florestas, não serão as florestas ou projetos que envolvam a plantação destas que amenizarão os impactos ambientais do futuro.
Concluímos que a solução definitiva para o problema das mudanças climáticas e o
aquecimento global só irá acontecer com mudanças no paradigma tecnológico e de desenvolvimento e que as florestas são patrimônios valorosos de nosso país e que devem ser preservadas não apenas em função de sua capacidade de retenção de carbono, mas também por abrigarem uma infinidade de espécies animais e vegetais, armazenarem e purificarem a água, evitarem erosão e enchentes, fornecerem matéria-prima e subsistência para diversas comunidades entre outros benefícios talvez ainda nem descobertos pela ciência e que podem vir a serem indispensáveis para a humanidade. topo Bibliografia
SANQUETTA, Carlos Ribeiro. As Florestas e o Carbono . Universidade Federal do
Paraná UFPR - Curitiba, Brasil, 2002.
NOBRE, Carlos A.. A Amazônia e o Carbono Atmosférico . Revista Scientific
American, nº 6, pg. 36 – 39. Edição Novembro de 2002.
GAZETA MERCANTIL Retirada de carbono em áreas florestais . 15/08/1999.
GOLDERBERG, J. Amazônia e o Protocolo de Kyoto . Jornal O Estado de São Paulo 4
set. 2001a.
MINISTÉRIO DA CIÊNCIA E TECNOLOGIA. Estimativa da quantidade de carbono
fixado pelas florestas plantadas . (disponível na Internet 09/04/2001).
NOVAES, W. Novos impasses no clima. (disponível na Internet 1/03/2002).
REZENDE, D.; MERLIN, S. & SANTOS, M. Sequestro de Carbono – Uma experiência
concreta . Segunda edição revisada e ampliada 178p. Palmas: Instituto Ecológica, 2001.
SITES CONSULTADOS
AMBIENTE BRASIL . www.ambientebrasil.com.br. Acesso em 20/01/2003.
GREENPEACE BRASIL . www.greenpeace.org.br. Acesso em 06/02/2003.
CEBDS – Conselho Empresarial Brasileiro de Desenvolvimento Sustentável –