à Economia
Tatiana Boulhosa
E-book 4
E-book
Introdução à Economia
4
Neste E-book:
Introdução���������������������������������������������������� 5
Estrutura da Análise
Macroeconômica��������������������������������������� 8
Instrumentos da Política
Macroeconômica��������������������������������������10
Noções de Contabilidade Nacional����13
Fluxo da Atividade Econômica:
Produto e Renda���������������������������������������15
Fluxo Básico da Economia ��������������������17
Fluxo da Atividade Econômica������������18
Fluxo Real e Fluxo Monetário ��������������19
Produto Nacional Bruto (PNB)�������������21
Produto Nacional Bruto Nominal e
Real �������������������������������������������������������������� 22
Produto Nacional Per Capita��������������� 23
Produto Interno Bruto (PIB)�����������������24
Produto Interno Bruto Nominal e
Produto Interno Bruto Real������������������ 25
2
O Produto Nacional Bruto e o Bem-
estar Nacional�������������������������������������������26
O Papel das Taxas de Juros������������������ 27
Taxas de Juros Nominal e Taxas de
Juros Real���������������������������������������������������28
Setor Externo ��������������������������������������������29
Fundamentos do Comércio
Internacional: a Teoria das
Vantagens Comparativas����������������������30
Determinação da Taxa de Câmbio�����31
Regimes Cambiais��������������������������������������������31
Desvalorização Cambial �����������������������������������32
Fatores Determinantes do
Comportamento das Exportações
e Importações E Exportações�������������� 33
Inflação �������������������������������������������������������36
Inflação de Demanda����������������������������������������36
Inflação de Custos �������������������������������������������36
Inflação Inercial�����������������������������������������������37
Efeitos Provocados por Taxas Elevadas de
Inflação������������������������������������������������������������37
Considerações finais������������������������������39
Síntese����������������������������������������������������������41
3
Objetivo(s) de aprendizagem:
Objetivos da Política Macroeconômica
• Estabilidade de preços;
• Crescimento econômico.
4
INTRODUÇÃO
A macroeconomia nos dá uma visão do panorama
econômico de um país. Em vez de observar o com-
portamento dos negócios individuais e dos consu-
midores, como faz a microeconomia, ela tem como
objetivo acompanhar as tendências econômicas ge-
rais, como: níveis de emprego, crescimento econômi-
co, balanço de pagamentos e inflação. O estudo da
economia mundial é, essencialmente, uma pesquisa
macroeconômica.
5
Assim como um motorista pisa ou não no acelerador
para ampliar ou reduzir a velocidade de um veículo,
um banco central regula a economia, aumentando ou
diminuindo a oferta de moeda em circulação. Ele atua
para impedir que a economia fique superaquecida
ou esfrie demais, visando a estimular o crescimento
econômico.
6
como a inflação e o desemprego, são geralmente
resultado de decisões macroeconômicas.
Saiba mais
As questões relacionadas ao nível de emprego e
inflação são consideradas conjunturais.
ESTRUTURA
DA ANÁLISE
MACROECONÔMICA
A macroeconomia foca a economia como se ela fos-
se constituída por uma parte real e uma parte mo-
netária, divididas em quadro mercados, sendo eles:
mercado de bens e serviços, mercado de trabalho,
mercado financeiro e mercado cambial.
8
lar a relação de troca, ou seja, o preço relativo entre
diferentes moedas. Incorpora-se, então, no estudo
da macroeconomia, o mercado cambial.
Saiba mais
Parte real da economia: mercado de bens e ser-
viços e mercado de trabalho.
9
INSTRUMENTOS
DA POLÍTICA
MACROECONÔMICA
Por sua vez, a atuação do governo se dá mediante os
seguintes instrumentos de política macroeconômica:
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• Fixação da taxa de reservas;
• Fixação da taxa de redesconto;
• Controles seletivos de crédito.
11
Fique atento
Os instrumentos de política monetária são: polí-
tica fiscal, política monetária, política cambial e
comercial, e política de rendas (controle de pre-
ços e salários).
12
NOÇÕES DE
CONTABILIDADE
NACIONAL
Podcast 1
13
• Conta corrente do governo, que retrata as receitas
e despesas do setor público; e
• Conta do resto do mundo, que resume as relações
econômicas entre o Brasil e o resto do mundo.
Fique atento
A contabilidade social procura definir e medir os
principais agregados a partir de valores já realiza-
dos ou efetivados.
14
FLUXO DA
ATIVIDADE
ECONÔMICA:
PRODUTO E RENDA
A expressão fluxo circular da atividade econômica
retrata a maneira pela qual a economia se movimenta
como um todo; são aspectos diretamente relacio-
nados ao nosso dia a dia e sobre os quais nunca
refletimos, pelo menos, até agora.
Podcast 2
15
Saiba mais
O fluxo circular da atividade econômica retrata
a maneira pela qual a economia se movimenta
como um todo, são aspectos relacionados ao
nosso dia a dia.
16
FLUXO BÁSICO DA
ECONOMIA
Imaginemos, inicialmente, uma sociedade simples,
na qual existam apenas dois setores: famílias e em-
presas. As empresas oferecem mão de obra para as
empresas, que utilizam a para a produção de bens e
serviços, remunerando-os sob a forma de salários,
com esses salários elas adquirem bens e serviços
das empresas. O fluxo dessas operações é apresen-
tado na figura 1:
17
FLUXO DA
ATIVIDADE
ECONÔMICA
Imaginemos agora que as famílias são detentoras
de outros fatores de produção, além da mão de obra,
tais como construções, máquinas e equipamentos,
recursos naturais etc., que esses fatores sejam uti-
lizados, direta ou indiretamente, para a produção
de bens e serviços, conforme mostrado na figura 2:
18
FLUXO REAL E
FLUXO MONETÁRIO
Devemos observar que o fluxo da atividade econô-
mica ou fluxo circular de renda – como também é
conhecido – é composto de outros dois fluxos: fluxos
real e monetário.
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Fluxo Real
20
PRODUTO NACIONAL
BRUTO (PNB)
O Produto Nacional Bruto (PNB) é dado pelo valor de
mercado de todos os bens e serviços finais produ-
zidos na economia, em um dado período de tempo
(geralmente um ano). O Produto Nacional Bruto é a
medida básica da atividade econômica.
21
PRODUTO NACIONAL
BRUTO NOMINAL E
REAL
O PNB NOMINAL: mede o valor da produção aos
preços prevalecentes no período durante o qual o
bem é produzido.
22
PRODUTO NACIONAL
PER CAPITA
O PNB Per Capita é obtido dividindo-se o PNB pela
população.
𝑃𝑃𝑃𝑃𝑃𝑃
PNB Per Capita =
𝑃𝑃𝑃𝑃𝑃𝑃𝑃𝑃𝑃𝑃𝑃𝑃çã𝑜𝑜
23
PRODUTO INTERNO
BRUTO (PIB)
Refere-se ao valor agregado de todos os bens e servi-
ços finais produzidos dentro do território econômico
do país, independentemente da nacionalidade dos
proprietários das unidades produtoras desses bens
e serviços. Exclui transações internacionais, isto é,
ele medido a preços de mercado.
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PRODUTO INTERNO
BRUTO NOMINAL E
PRODUTO INTERNO
BRUTO REAL
O PIB nominal refere-se ao valor do PIB calculado a
preços correntes, ou seja, no ano em que o produto
foi produzido e comercializado.
25
O PRODUTO
NACIONAL BRUTO
E O BEM-ESTAR
NACIONAL
O Produto Nacional é importante porque, além de
permitir avaliar o desempenho da economia em di-
ferentes períodos, o PNB é um indicador, ainda que
discutível, do bem-estar da sociedade. Isso signifi-
ca dizer que ele deve ser olhado com certa reserva
quando utilizado para se fazer análises a respeito do
crescimento econômico, desenvolvimento econômi-
co e evolução no bem-estar nacional. Isso porque,
embora esteja fortemente relacionado, o PNB não
deve ser confundido com o bem-estar nacional, de-
vido a algumas limitações, tais como:
• O PNB, ignora muitas transações não monetárias.
• O PNB não registra a economia informal.
• O PNB não considera os custos sociais derivado
da produção, tais como a poluição, a destruição do
meio ambiente, etc.
• Na soma do PNB desconsidera-se a diferença
na distribuição de renda entre os vários grupos da
sociedade.
26
O PAPEL DAS TAXAS
DE JUROS
A taxa de juros tem um papel fundamental nas de-
cisões econômicas do governo.
27
TAXAS DE JUROS
NOMINAL E TAXAS
DE JUROS REAL
As taxas de juros nominais constituem-se de um
pagamento expresso em porcentagem, mensal, tri-
mestral, anual etc., que um tomador de empréstimo
faz junto a algum agente, em troca do uso de uma
quantia de dinheiro e, se não houver inflação no pe-
ríodo, a taxa de juros nominal será igual à taxa de
juros real desse mesmo período de tempo.
28
SETOR EXTERNO
A existência do comércio internacional faculta aos
países o aproveitamento de suas aptidões, empre-
gando seus recursos na produção daqueles bens de
custos relativamente mais baixos e trocando-os por
bens de custos relativamente mais altos.
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FUNDAMENTOS
DO COMÉRCIO
INTERNACIONAL:
A TEORIA DAS
VANTAGENS
COMPARATIVAS
Com base no princípio das vantagens comparativas,
sugere-se que cada país deve especializar-se na pro-
dução daquela mercadoria em que é relativamente
mais eficiente (ou que tenha um custo relativamente
menor), dessa forma, essa será a mercadoria a ser
exportada.
Por outro lado, esse mesmo país deverá importar
aqueles bens cuja produção implica em um custo
relativamente maior, cuja produção é relativamente
menos eficiente.
30
DETERMINAÇÃO DA
TAXA DE CÂMBIO
A taxa de câmbio é o preço, em moeda nacional, de
uma unidade de moeda estrangeira.
Regimes Cambiais
31
• Flutuação suja (dirty floating): no Brasil, utiliza-se
hoje um sistema misto, denominado dirty floating
(flutuação suja). Nesse tipo de sistema, a taxa de
câmbio continua sendo determinada pelo mercado.
Entretanto, o banco central intervém, tentando bali-
zar os movimentos desejados da taxa de câmbio,
procurando limitar sua instabilidade.
• Regime de bandas: nesse tipo de sistema, a taxa
de câmbio flutua dentro de um intervalo com limites
máximos e mínimos, também chamado de banda.
Desvalorização Cambial
A um aumento no preço da moeda estrangeira dá-se
o nome de desvalorização cambial. Assim, o termo
desvalorização cambial significa que a moeda na-
cional passa a valer menos em termos de moeda
estrangeira. Reciprocamente, uma diminuição no
preço da moeda estrangeira denomina-se valoriza-
ção cambial.
32
FATORES
DETERMINANTES DO
COMPORTAMENTO
DAS EXPORTAÇÕES
E IMPORTAÇÕES E
EXPORTAÇÕES
Podcast 3
Importações
Renda nacional: um aumento da produção e da
renda nacional significa que o país está crescendo e
que demandará mais produtos importados, na forma
de bens de consumo, de matérias-primas e de bens
de capital. Nesse caso, existe uma relação direta
entre renda nacional e importações.
Taxa de câmbio: uma desvalorização cambial fará
que os importadores paguem mais pelos mesmos
produtos antes importados, acabando por desesti-
mular as importações que, apesar de manter seus
preços em dólares, exigirão mais reais por dólar de
produto importado. Nesse caso, existe uma relação
inversa entre desvalorização cambial e importações.
33
Preços externos: a elevação dos preços (em dó-
lares) dos produtos importados provavelmente pro-
vocará uma diminuição das importações brasileiras.
Preços dos produtos produzidos internamente:
uma elevação dos preços dos produtos produzidos
internamente estimulará a substituição desses produ-
tos por produtos similares produzidos externamente,
elevando as importações.
Barreiras tarifárias e não tarifárias às importações:
a imposição de barreiras tarifárias e não tarifárias
às importações pode ocasionar uma diminuição de
produtos importados.
Exportações
• Renda Mundial: um aumento na renda mundial
deverá estimular o comércio internacional. Em conse-
quência, as exportações nacionais também deverão
aumentar.
• Taxa de câmbio: uma desvalorização cambial deve
estimular as exportações, uma vez que os exporta-
dores receberão mais reais por dólar de mercadoria
exportada. Além disso, os importadores poderão
comprar mais mercadoria produzidas internamente
pela mesma quantidade de dólares.
• Preços externos: uma elevação nos preços ex-
ternos dos produtos exportados deverá elevar as
exportações.
• Preços internos: um aumento nos preços internos
dos produtos exportáveis poderá estimular o au-
34
mento das vendas no mercado interno, diminuindo
as importações.
• Incentivos às exportações: incentivos às exporta-
ções, sejam de ordem fiscal (isenção de impostos),
creditícios (o produtor nacional consegue financia-
mento a juros subsidiados), ou de natureza burocrá-
tica, podem estimular as exportações.
35
INFLAÇÃO
Podcast 4
Inflação de Demanda
A inflação de demanda diz respeito ao excesso de
demanda agregada em relação à produção disponível
de bens e serviços.
Inflação de Custos
A inflação de custos, que tem como causa os fatores
não-monetários, comparativamente à inflação de
demanda. Em outras palavras, a inflação de custos
pode ser associada a uma inflação de oferta. O nível
de demanda permanece o mesmo, mas os custos
de certos insumos importantes aumentaram e a eles
são repassados aos preços dos produtos.
36
Inflação Inercial
Se, em um dado momento, os agentes econômicos
adaptam as suas expectativas à determinada taxa
de inflação, a taxa de inflação esperada passa a ser
denominada taxa de inflação pela inércia.
37
Se a elevação dos preços internos se dá em um ritmo
superior ao do aumento de preços internacionais,
os produtos produzidos internamente podem ficar
mais caros que os bens produzidos externamente.
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CONSIDERAÇÕES
FINAIS
A macroeconomia é o ramo da teoria econômica que
trata da evolução da economia como um todo, anali-
sando a determinação e o comportamento dos gran-
des agregados, como renda, produto nacional bruto,
taxas de juros, inflação, balanço de pagamentos.
39
Seja como for, felizmente ou não, os principais fato-
res econômicos a influenciar nossa vida cotidiana,
como a inflação e o desemprego, são geralmente
resultado de decisões macroeconômicas.
40
Síntese
Referências
MANKIW, N. Gregory. Introdução à Economia. 5. ed.
São Paulo: Cengage Learning, 2009.