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Introdução

à Economia
Tatiana Boulhosa

E-book 4
E-book
Introdução à Economia
4

Neste E-book:
Introdução���������������������������������������������������� 5
Estrutura da Análise
Macroeconômica��������������������������������������� 8
Instrumentos da Política
Macroeconômica��������������������������������������10
Noções de Contabilidade Nacional����13
Fluxo da Atividade Econômica:
Produto e Renda���������������������������������������15
Fluxo Básico da Economia ��������������������17
Fluxo da Atividade Econômica������������18
Fluxo Real e Fluxo Monetário ��������������19
Produto Nacional Bruto (PNB)�������������21
Produto Nacional Bruto Nominal e
Real �������������������������������������������������������������� 22
Produto Nacional Per Capita��������������� 23
Produto Interno Bruto (PIB)�����������������24
Produto Interno Bruto Nominal e
Produto Interno Bruto Real������������������ 25

2
O Produto Nacional Bruto e o Bem-
estar Nacional�������������������������������������������26
O Papel das Taxas de Juros������������������ 27
Taxas de Juros Nominal e Taxas de
Juros Real���������������������������������������������������28
Setor Externo ��������������������������������������������29
Fundamentos do Comércio
Internacional: a Teoria das
Vantagens Comparativas����������������������30
Determinação da Taxa de Câmbio�����31
Regimes Cambiais��������������������������������������������31
Desvalorização Cambial �����������������������������������32

Fatores Determinantes do
Comportamento das Exportações
e Importações E Exportações�������������� 33
Inflação �������������������������������������������������������36
Inflação de Demanda����������������������������������������36
Inflação de Custos �������������������������������������������36
Inflação Inercial�����������������������������������������������37
Efeitos Provocados por Taxas Elevadas de
Inflação������������������������������������������������������������37

Considerações finais������������������������������39
Síntese����������������������������������������������������������41

3
Objetivo(s) de aprendizagem:
Objetivos da Política Macroeconômica

Os objetivos da política macroeconômica são:

• Alto nível de emprego;

• Estabilidade de preços;

• Distribuição de renda socialmente justa;

• Crescimento econômico.

4
INTRODUÇÃO
A macroeconomia nos dá uma visão do panorama
econômico de um país. Em vez de observar o com-
portamento dos negócios individuais e dos consu-
midores, como faz a microeconomia, ela tem como
objetivo acompanhar as tendências econômicas ge-
rais, como: níveis de emprego, crescimento econômi-
co, balanço de pagamentos e inflação. O estudo da
economia mundial é, essencialmente, uma pesquisa
macroeconômica.

Assim como a velocidade de uma máquina é regu-


lada por seu suprimento de combustível, a macroe-
conomia e influenciada pela oferta de dinheiro em
dada economia. Esta, por sua vez, recebe influência
principalmente da política monetária, que controla
a oferta de dinheiro de uma nação, e pela política
fiscal, que cuida das receitas e despesas do governo.
O controle de uma economia está essencialmente
nas mãos do banco central de cada país e de seu
governo, porque eles tomam conta do dinheiro que
proporciona o combustível para manter a economia
funcionando.

A política monetária – o controle da oferta de di-


nheiro de uma nação – geralmente é administrada
pelo banco central de cada país ou região e regulam
suas bases monetárias com os objetivos básicos
de promover o crescimento econômico e manter a
inflação sob controle.

5
Assim como um motorista pisa ou não no acelerador
para ampliar ou reduzir a velocidade de um veículo,
um banco central regula a economia, aumentando ou
diminuindo a oferta de moeda em circulação. Ele atua
para impedir que a economia fique superaquecida
ou esfrie demais, visando a estimular o crescimento
econômico.

A política monetária é fundamentalmente um jogo


de aproximação. Apenas da tendência nos noticiá-
rios econômicos de se concentrarem nas últimas
estatísticas do governo, não há um único indicador
que nos aponte a rapidez com que uma economia
está crescendo. E não há como saber a rapidez com
que a economia vai reagir às mudanças políticas
ou fiscais que podem levar meses ou anos para ser
implementadas. Em geral, os bancos centrais tentam
manter um olho na inflação, que é criada por uma
economia superaquecida; e outro no desemprego,
resultado do desaquecimento.

A economia também pode ser controlada por meio


de uma política fiscal, basicamente os tributos e os
gastos do governo. Assim como a saúde econômica
de uma família é influenciada pelas receitas e pelos
hábitos de despesas dos pais, a saúde econômica
de uma nação é influenciada pelas políticas fiscais
do governo, tais como a tributação, as despesas e
os empréstimos tomados.

Seja como for, felizmente ou não, os principais fato-


res econômicos a influenciar nossa vida cotidiana,

6
como a inflação e o desemprego, são geralmente
resultado de decisões macroeconômicas.

Diante disso, este módulo contempla os objetivos


da política macroeconômica, a estrutura da análise
macroeconômica, os instrumentos da política ma-
croeconômica, o fluxo básico a economia, fluxo de
atividade econômica, e além de conceitos macro-
econômicos, como PNB, PIB, o papel das taxas de
juros, e inflação.

Saiba mais
As questões relacionadas ao nível de emprego e
inflação são consideradas conjunturais.
ESTRUTURA
DA ANÁLISE
MACROECONÔMICA
A macroeconomia foca a economia como se ela fos-
se constituída por uma parte real e uma parte mo-
netária, divididas em quadro mercados, sendo eles:
mercado de bens e serviços, mercado de trabalho,
mercado financeiro e mercado cambial.

Dessa forma, ao tentar responder como tem se com-


portado o mercado de bens e serviços, soma-se to-
dos os bens produzidos pela economia, durante certo
período de tempo, e define-se o que chamamos de
produto nacional.
De modo semelhante, o marcado de trabalho também
representa uma soma de todos os tipos de trabalho
existentes na economia.

No mercado monetário, a análise será desenvolvida


numa economia cujas trocas são efetuadas utilizan-
do-se sempre um elemento comum. Esse elemento
comum é o que chamamos de moeda.

Um país realiza uma série de transações com o res-


to do mundo que se constituem em mercadorias,
serviços e transações financeiras. Para torná-las
viáveis, os preços dos diferentes países devem ser
comparados e sua moeda deve ser convertida na
moeda dos outros. A taxa de câmbio permite calcu-

8
lar a relação de troca, ou seja, o preço relativo entre
diferentes moedas. Incorpora-se, então, no estudo
da macroeconomia, o mercado cambial.

Saiba mais
Parte real da economia: mercado de bens e ser-
viços e mercado de trabalho.

Parte monetária da economia: mercado monetá-


rio, mercado de títulos, mercado de divisas.

9
INSTRUMENTOS
DA POLÍTICA
MACROECONÔMICA
Por sua vez, a atuação do governo se dá mediante os
seguintes instrumentos de política macroeconômica:

Política fiscal: refere-se à ação do governo com re-


lação aos seus gastos e receitas (impostos e taxas).
Se o objetivo da política tributária for obter maior
crescimento e emprego, as medidas fiscais utilizadas
serão o aumento do gasto público e/ou a redução
da carga tributária, com a finalidade de estimular o
consumo e o investimento.

Se o objetivo for o de reduzir a inflação, as medidas


fiscais serão para diminuir os gastos governamen-
tais e aumentar a carga tributária, com a finalidade
de inibir o consumo e o investimento, diminuindo,
assim, a demanda agregada da economia.

Política monetária: pode ser definida como o conjun-


to de medidas adotadas pelo governo com o objetivo
de controlar a oferta de moeda, os níveis das taxas
de juros e o crédito, de forma a assegurar a liquidez
do sistema econômico.

Os principais instrumentos de política monetária são:


• O controle direto da quantidade de dinheiro em
circulação (emissões);
• Operações no mercado aberto;

10
• Fixação da taxa de reservas;
• Fixação da taxa de redesconto;
• Controles seletivos de crédito.

Se o objetivo do governo for o crescimento econômi-


co, o governo deverá aumentar o estoque monetário
(ou comprando títulos públicos, ou diminuindo a taxa
de reserva, por exemplo). Se o objetivo for o controle
da inflação, o governo deverá diminuir o estoque mo-
netário (aumentando a taxa de reserva compulsória,
ou vendendo títulos no open Market, por exemplo).

Política cambial: baseia-se na administração da taxa


(ou taxas) de câmbio e no controle de operações
cambiais. Apesar de estar indiretamente ligada à
política monetária, destaca-se desta por atuar mais
diretamente sobre todas as variáveis relacionadas
às transações econômicas com o exterior.

Política comercial internacional: refere-se a ações


por parte do governo que estimulam ou inibem o co-
mercio exterior. Podem ser de ordem fiscal (como a
aplicação de tarifas sobre o preço internacional dos
produtos importados), quantitativas (como a fixação
de cotas de importação) ou burocráticas (tais como
os certificados de origem e vistos consulares).

Política de rendas: política de interferência do go-


verno na formulação de preço, por meio de contro-
les diretos sobre salários, lucros e preços dos bens
intermediários e finais.

11
Fique atento
Os instrumentos de política monetária são: polí-
tica fiscal, política monetária, política cambial e
comercial, e política de rendas (controle de pre-
ços e salários).

12
NOÇÕES DE
CONTABILIDADE
NACIONAL
Podcast 1 

A exemplo do que ocorre com uma empresa, a con-


tabilização das atividades internas e externas de
um país, desenvolvidas em um determinado período
de tempo, normalmente um ano, é de fundamental
importância porque é a partir dessa contabilidade,
denominada Contabilidade Nacional, que surgem
informações para a formulação e execução da polí-
tica econômica. Portanto, estuda-se a contabilidade
nacional não apenas para medir o desempenho da
economia, mas sim porque ela evidencia as relações
entre três variáveis macroeconômicas básicas: pro-
duto, renda e despesa.

A contabilidade nacional é composta de cinco contas


básicas conhecidas como:
• Conta de produção, que equivale à identidade entre
produto nacional e despesa nacional;
• Conta de apropriação, que mostra como a renda é
distribuída entre consumo e poupança;
• Conta capital, que é equivalente à identidade entre
poupança e investimento;

13
• Conta corrente do governo, que retrata as receitas
e despesas do setor público; e
• Conta do resto do mundo, que resume as relações
econômicas entre o Brasil e o resto do mundo.

Essas contas constituem a medida oficial do fluxo


de produto e renda da economia.

A contabilidade nacional é basicamente uma me-


todologia para registrar e quantificar os agregados
macroeconômicos de uma forma sistemática e co-
erente. Esse é o objetivo central da elaboração de
um sistema de contas nacionais, que representa e
quantifica a economia de um país.

Fique atento
A contabilidade social procura definir e medir os
principais agregados a partir de valores já realiza-
dos ou efetivados.

14
FLUXO DA
ATIVIDADE
ECONÔMICA:
PRODUTO E RENDA
A expressão fluxo circular da atividade econômica
retrata a maneira pela qual a economia se movimenta
como um todo; são aspectos diretamente relacio-
nados ao nosso dia a dia e sobre os quais nunca
refletimos, pelo menos, até agora.

A economia, nos dias atuais, se caracteriza por uma


quantidade infinita e contínua de transações entre as
pessoas, empresas, e pessoas e empresas, signifi-
cando que todas as unidades econômicas transacio-
nam entre si. O fluxo circular da atividade econômica
a seguir mostra, de forma simplificada, a maneira
pela qual pessoas e empresas interagem na econo-
mia, cada qual buscando atingir deferentes objetivo:
as empresas procurando maximizar seus lucros e as
pessoas procurando maximizar a satisfação de seus
desejos e necessidades.

Podcast 2 

15
Saiba mais
O fluxo circular da atividade econômica retrata
a maneira pela qual a economia se movimenta
como um todo, são aspectos relacionados ao
nosso dia a dia.

16
FLUXO BÁSICO DA
ECONOMIA
Imaginemos, inicialmente, uma sociedade simples,
na qual existam apenas dois setores: famílias e em-
presas. As empresas oferecem mão de obra para as
empresas, que utilizam a para a produção de bens e
serviços, remunerando-os sob a forma de salários,
com esses salários elas adquirem bens e serviços
das empresas. O fluxo dessas operações é apresen-
tado na figura 1:

Figura 1: Fluxo básico da economia.

17
FLUXO DA
ATIVIDADE
ECONÔMICA
Imaginemos agora que as famílias são detentoras
de outros fatores de produção, além da mão de obra,
tais como construções, máquinas e equipamentos,
recursos naturais etc., que esses fatores sejam uti-
lizados, direta ou indiretamente, para a produção
de bens e serviços, conforme mostrado na figura 2:

Figura 2: Fluxo da atividade econômica.

18
FLUXO REAL E
FLUXO MONETÁRIO
Devemos observar que o fluxo da atividade econô-
mica ou fluxo circular de renda – como também é
conhecido – é composto de outros dois fluxos: fluxos
real e monetário.

No fluxo real, as empresas contratam mão de obra,


compram matérias-primas e bens de investimentos,
e produzem bens que são, posteriormente, vendi-
dos a outras empresas que transformam o produto
ainda mais, até que o produto final seja vendido ao
consumidor.

Sendo assim, define-se fluxo real como o movimento


dos recursos produtivos, bens e serviços entre os
diversos agentes econômicos.

No fluxo monetário, como contrapartida monetária


dos fluxos reais, temos os fluxos monetários. Toda
vez que um bem ou serviço é transferido de um agen-
te para outro, são efetuados pagamentos em troca
deles. O fluxo monetário, consequentemente, gira
em direção contrária ao fluxo real.

19
Fluxo Real

Figura 3: Fluxo real e Fluxo monetário.

20
PRODUTO NACIONAL
BRUTO (PNB)
O Produto Nacional Bruto (PNB) é dado pelo valor de
mercado de todos os bens e serviços finais produ-
zidos na economia, em um dado período de tempo
(geralmente um ano). O Produto Nacional Bruto é a
medida básica da atividade econômica.

Por outro lado, o bem estar geral de uma nação de-


pende, basicamente:
• Da quantidade de recursos disponíveis; e
• Da eficiência na utilização desses recursos na pro-
dução de bens e serviços.

Portanto, quanto maior a quantidade de recursos dis-


poníveis e a eficiência na sua utilização, maior será o
produto nacional gerado e, consequentemente, maior
deverá ser o nível de bem-estar geral da nação, já que
maior será o conjunto e opções oferecidas aos con-
sumidores no atendimento de suas necessidades.

Assim, em linhas gerais, o Produto Nacional Bruto


é um indicador, ainda que discutível, do bem-estar
da sociedade. Além disso, o cômputo do PNB é im-
portante porque permite avaliar o desempenho da
economia em diferentes períodos.

21
PRODUTO NACIONAL
BRUTO NOMINAL E
REAL
O PNB NOMINAL: mede o valor da produção aos
preços prevalecentes no período durante o qual o
bem é produzido.

O PNB REAL: mede o valor da produção em qualquer


período aos preços de um ano-base. Ele nos dá uma
estimativa da variação real ou física na produção
entre anos específicos.

22
PRODUTO NACIONAL
PER CAPITA
O PNB Per Capita é obtido dividindo-se o PNB pela
população.

𝑃𝑃𝑃𝑃𝑃𝑃
PNB Per Capita =
𝑃𝑃𝑃𝑃𝑃𝑃𝑃𝑃𝑃𝑃𝑃𝑃çã𝑜𝑜

23
PRODUTO INTERNO
BRUTO (PIB)
Refere-se ao valor agregado de todos os bens e servi-
ços finais produzidos dentro do território econômico
do país, independentemente da nacionalidade dos
proprietários das unidades produtoras desses bens
e serviços. Exclui transações internacionais, isto é,
ele medido a preços de mercado.

24
PRODUTO INTERNO
BRUTO NOMINAL E
PRODUTO INTERNO
BRUTO REAL
O PIB nominal refere-se ao valor do PIB calculado a
preços correntes, ou seja, no ano em que o produto
foi produzido e comercializado.

Já o PIB real é calculado a preços constantes, no


qual é escolhido um ano-base, eliminando assim o
efeito da inflação.

25
O PRODUTO
NACIONAL BRUTO
E O BEM-ESTAR
NACIONAL
O Produto Nacional é importante porque, além de
permitir avaliar o desempenho da economia em di-
ferentes períodos, o PNB é um indicador, ainda que
discutível, do bem-estar da sociedade. Isso signifi-
ca dizer que ele deve ser olhado com certa reserva
quando utilizado para se fazer análises a respeito do
crescimento econômico, desenvolvimento econômi-
co e evolução no bem-estar nacional. Isso porque,
embora esteja fortemente relacionado, o PNB não
deve ser confundido com o bem-estar nacional, de-
vido a algumas limitações, tais como:
• O PNB, ignora muitas transações não monetárias.
• O PNB não registra a economia informal.
• O PNB não considera os custos sociais derivado
da produção, tais como a poluição, a destruição do
meio ambiente, etc.
• Na soma do PNB desconsidera-se a diferença
na distribuição de renda entre os vários grupos da
sociedade.

26
O PAPEL DAS TAXAS
DE JUROS
A taxa de juros tem um papel fundamental nas de-
cisões econômicas do governo.

Em economias de livre mercado, pessoas e empre-


sas podem fazer quase tudo que quiserem, desde
que paguem por isso. Assim, controlando o custo
do dinheiro, por meio das taxas de juros, os bancos
centrais locais conseguem influenciar o crescimento
econômico.

Nos países de livre mercado, como é o Brasil, o go-


verno pode utilizar incentivos econômicos para enco-
rajar consumidores e empresas a expandir ou reduzir
sua atividade econômica.
Aumentando as taxas de juros no curto prazo, por
exemplo, o governo desestimula o empréstimo ban-
cário, reduzindo a quantidade de dinheiro disponível
para a expansão de empresas e gastos de consumi-
dores. De forma semelhante, quando diminui as taxas
de juros, reaquece a atividade econômica.

27
TAXAS DE JUROS
NOMINAL E TAXAS
DE JUROS REAL
As taxas de juros nominais constituem-se de um
pagamento expresso em porcentagem, mensal, tri-
mestral, anual etc., que um tomador de empréstimo
faz junto a algum agente, em troca do uso de uma
quantia de dinheiro e, se não houver inflação no pe-
ríodo, a taxa de juros nominal será igual à taxa de
juros real desse mesmo período de tempo.

Já as taxas de juros real mede o retorno de uma


aplicação em termos de bens, isto é, já descontada
a taxa de inflação.

28
SETOR EXTERNO
A existência do comércio internacional faculta aos
países o aproveitamento de suas aptidões, empre-
gando seus recursos na produção daqueles bens de
custos relativamente mais baixos e trocando-os por
bens de custos relativamente mais altos.

Assim, os países produzem e trocam entre si maior


variedade e quantidade de bens que seriam meno-
res e teriam custos mais elevados, caso cada país
tentasse ser autossuficiente.

29
FUNDAMENTOS
DO COMÉRCIO
INTERNACIONAL:
A TEORIA DAS
VANTAGENS
COMPARATIVAS
Com base no princípio das vantagens comparativas,
sugere-se que cada país deve especializar-se na pro-
dução daquela mercadoria em que é relativamente
mais eficiente (ou que tenha um custo relativamente
menor), dessa forma, essa será a mercadoria a ser
exportada.
Por outro lado, esse mesmo país deverá importar
aqueles bens cuja produção implica em um custo
relativamente maior, cuja produção é relativamente
menos eficiente.

30
DETERMINAÇÃO DA
TAXA DE CÂMBIO
A taxa de câmbio é o preço, em moeda nacional, de
uma unidade de moeda estrangeira.

Podemos conceituar que a taxa de cambio é o preço


de uma moeda em termos de outra.

Regimes Cambiais

• Regime de câmbio fixo: nesse regime, a taxa de


câmbio e fixa, sendo determinada pelo banco central,
ou seja, o banco central se compromete a comprar
e vender divisas a um preço fixado por ele.
• Regime de taxas flutuantes de câmbio: nesse re-
gime, a taxa de câmbio é determinada livremente no
mercado, mediante a oferta e a procura por divisas,
sem nenhuma intervenção do banco central.

A característica básica desse regime cambial é que a


taxa de câmbio deve se ajustar de modo a equilibrar
o mercado de divisas. Assim, se houver excesso de
oferta de moeda estrangeira, seu preço cairá, ou seja,
a moeda nacional se valorizará. Da mesma forma, se
houver excesso de demanda pela moeda estrangeira,
o seu preço se valorizará, isto é, a moeda nacional
se desvalorizará.

31
• Flutuação suja (dirty floating): no Brasil, utiliza-se
hoje um sistema misto, denominado dirty floating
(flutuação suja). Nesse tipo de sistema, a taxa de
câmbio continua sendo determinada pelo mercado.
Entretanto, o banco central intervém, tentando bali-
zar os movimentos desejados da taxa de câmbio,
procurando limitar sua instabilidade.
• Regime de bandas: nesse tipo de sistema, a taxa
de câmbio flutua dentro de um intervalo com limites
máximos e mínimos, também chamado de banda.

Se a taxa se aproxima do limite máximo, o banco


central entra no mercado vendendo divisas. Um au-
mento da oferta de divisas provoca diminuição da
taxa de câmbio.

Caso a taxa de câmbio de aproxime do limite mínimo,


ameaçando rompê-lo, o banco central entra no mer-
cado comprando divisas, assim, a taxa de câmbio.

Desvalorização Cambial
A um aumento no preço da moeda estrangeira dá-se
o nome de desvalorização cambial. Assim, o termo
desvalorização cambial significa que a moeda na-
cional passa a valer menos em termos de moeda
estrangeira. Reciprocamente, uma diminuição no
preço da moeda estrangeira denomina-se valoriza-
ção cambial.

32
FATORES
DETERMINANTES DO
COMPORTAMENTO
DAS EXPORTAÇÕES
E IMPORTAÇÕES E
EXPORTAÇÕES
Podcast 3 

Os elementos que mais influenciam as importações


e as exportações são:

Importações
ƒƒ Renda nacional: um aumento da produção e da
renda nacional significa que o país está crescendo e
que demandará mais produtos importados, na forma
de bens de consumo, de matérias-primas e de bens
de capital. Nesse caso, existe uma relação direta
entre renda nacional e importações.
ƒƒ Taxa de câmbio: uma desvalorização cambial fará
que os importadores paguem mais pelos mesmos
produtos antes importados, acabando por desesti-
mular as importações que, apesar de manter seus
preços em dólares, exigirão mais reais por dólar de
produto importado. Nesse caso, existe uma relação
inversa entre desvalorização cambial e importações.

33
ƒƒ Preços externos: a elevação dos preços (em dó-
lares) dos produtos importados provavelmente pro-
vocará uma diminuição das importações brasileiras.
ƒƒ Preços dos produtos produzidos internamente:
uma elevação dos preços dos produtos produzidos
internamente estimulará a substituição desses produ-
tos por produtos similares produzidos externamente,
elevando as importações.
ƒƒ Barreiras tarifárias e não tarifárias às importações:
a imposição de barreiras tarifárias e não tarifárias
às importações pode ocasionar uma diminuição de
produtos importados.

Exportações
• Renda Mundial: um aumento na renda mundial
deverá estimular o comércio internacional. Em conse-
quência, as exportações nacionais também deverão
aumentar.
• Taxa de câmbio: uma desvalorização cambial deve
estimular as exportações, uma vez que os exporta-
dores receberão mais reais por dólar de mercadoria
exportada. Além disso, os importadores poderão
comprar mais mercadoria produzidas internamente
pela mesma quantidade de dólares.
• Preços externos: uma elevação nos preços ex-
ternos dos produtos exportados deverá elevar as
exportações.
• Preços internos: um aumento nos preços internos
dos produtos exportáveis poderá estimular o au-

34
mento das vendas no mercado interno, diminuindo
as importações.
• Incentivos às exportações: incentivos às exporta-
ções, sejam de ordem fiscal (isenção de impostos),
creditícios (o produtor nacional consegue financia-
mento a juros subsidiados), ou de natureza burocrá-
tica, podem estimular as exportações.

35
INFLAÇÃO
Podcast 4 

A inflação é o aumento contínuo do nível geral de


preços da economia ao longo do tempo.

Podemos ainda definir inflação como o percentual


de aumento de custos de determinada cesta de bens
e serviços em dado período.

Inflação de Demanda
A inflação de demanda diz respeito ao excesso de
demanda agregada em relação à produção disponível
de bens e serviços.

Inflação de Custos
A inflação de custos, que tem como causa os fatores
não-monetários, comparativamente à inflação de
demanda. Em outras palavras, a inflação de custos
pode ser associada a uma inflação de oferta. O nível
de demanda permanece o mesmo, mas os custos
de certos insumos importantes aumentaram e a eles
são repassados aos preços dos produtos.

36
Inflação Inercial
Se, em um dado momento, os agentes econômicos
adaptam as suas expectativas à determinada taxa
de inflação, a taxa de inflação esperada passa a ser
denominada taxa de inflação pela inércia.

Uma vez incorporada ao comportamento dos agentes


econômicos, ela passa a ser integrada nos contratos
e acordos informais e pode persistir durante bastante
tempo.

Efeitos Provocados por Taxas


Elevadas de Inflação

• Efeito sobre a distribuição de renda

A inflação provoca redução do poder aquisitivo dos


segmentos da população que dependem de rendi-
mentos fixos, com prazo legal de reajuste.
• Efeito sobre a alocação de recursos

No tocante à alocação de recursos, verificamos que


o processo inflacionário costuma modificar o perfil
de investimentos dos agentes econômicos, podendo
trazer sérias implicações de cunho social. Isso ocorre
em função da resistência que os investidores têm
em alocar seus recursos em projetos de longa ma-
turação, preferindo os de curto prazo e, até mesmo,
os especulativos.
• Efeito sobre o Balanço de pagamentos

37
Se a elevação dos preços internos se dá em um ritmo
superior ao do aumento de preços internacionais,
os produtos produzidos internamente podem ficar
mais caros que os bens produzidos externamente.

Isso pode dificultar as exportações e estimular as


importações, diminuindo o saldo da balança comer-
cial (exportações menos importações). O governo
pode, então, promover desvalorizações cambiais,
objetivando aumentar as exportações e reduzir as
importações.

38
CONSIDERAÇÕES
FINAIS
A macroeconomia é o ramo da teoria econômica que
trata da evolução da economia como um todo, anali-
sando a determinação e o comportamento dos gran-
des agregados, como renda, produto nacional bruto,
taxas de juros, inflação, balanço de pagamentos.

A macroeconomia também nos dá uma visão do pa-


norama econômico de um país. Em vez de observar
o comportamento dos negócios individuais e dos
consumidores, como faz a microeconomia, ela tem
como objetivo acompanhar as tendências econô-
micas gerais, como níveis de emprego, crescimento
econômico, balanço de pagamentos e inflação.
O controle de uma economia está essencialmente
nas mãos do banco central de cada país e de seu
governo, porque eles tomam conta do dinheiro que
proporciona o combustível para manter a economia
funcionando.

A economia também pode ser controlada por meio


de uma política fiscal, basicamente os tributos e os
gastos do governo. Assim como a saúde econômica
de uma família é influenciada pelas receitas e pelos
hábitos de despesas dos pais, a saúde econômica
de uma nação é influenciada pelas políticas fiscais
do governo, tais como a tributação, as despesas e
os empréstimos tomados.

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Seja como for, felizmente ou não, os principais fato-
res econômicos a influenciar nossa vida cotidiana,
como a inflação e o desemprego, são geralmente
resultado de decisões macroeconômicas.

Diante disso, este módulo contemplou os objetivos


da política macroeconômica, a estrutura da análise
macroeconômica, os instrumentos da política ma-
croeconômica, o fluxo básico da economia, fluxo
de atividade econômica, além de conceitos macro-
econômicos, como PNB, PIB, o papel das taxas de
juros, e inflação.

40
Síntese
Referências
MANKIW, N. Gregory. Introdução à Economia. 5. ed.
São Paulo: Cengage Learning, 2009.

MENDES, Judas Tadeu Grassi. Economia: fundamen-


tos e aplicações. 2. ed. São Paulo: Pearson Education,
2009.

MORCILLO, Francisco Mochón. Princípios de eco-


nomia. São Paulo: Pearson, 2008.

PARKIN, Michael. Economia. São Paulo: Pearson,


2009.

ROSSETTI, José Paschoal. Introdução à Economia.


São Paulo: Atlas, 2000.

TROSTER, Roberto Luis; MORCILLO, Francisco


Mochón. Introdução à economia. São Paulo: Pearson
Education, 2002.

VASCONCELLOS, Marco Antonio S. Fundamentos de


economia. 2. ed. São Paulo: Saraiva, 2005.

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