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ESTRATÉGIAS
DO APRENDIZADO
Este é o último capítulo da Primeira Parte deste livro, a conclusão do “Be-a-bá”.
OS CINCO PASSOS
Para um aprendizado mais eficaz, algumas estratégias para o estudo de textos
são necessárias, especialmente partindo do princípio de que o que ensinei
anteriormente seja religiosamente mantido.
1. Análise Preliminar
2. Leitura Global
3. Leitura Parcial
4. Recitação
5. Repetição (Reforço)
1. Análise Preliminar
Avaliação e questionamento através de uma leitura rápida do título, subtítulos e
sumário, existentes no texto que vai ser estudado. Este passo tem a finalidade de
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saber se o assunto já é conhecido e de fácil compreensão, se ele necessita de
observações mais cuidadosas, do apoio de um dicionário ou de algum outro
material relacionado. É só “passar os olhos” e dizer: “é besteira!”, ou então: “é
aqui onde a porca torce o rabo!”.
2. Leitura Global
Aqui começa a caminhada!
A leitura de todo o texto (se ele não for muito grande), proporciona uma ampla
visão do assunto, deixando o leitor consciente da continuidade de raciocínio
existente entre os parágrafos.
Esta leitura não tem como objetivo a memorização das idéias do texto, mas o
conhecimento genérico do assunto tratado.
3. Leitura Parcial
Este é o passo mais importante, pois é o momento em que você irá fazer o papel
de um superdetetive, com a intenção determinada de encontrar as idéias
principais (“Y”) do texto, a fim de organizá-las e associá-las com as
localizações “X”.
Imediatamente após ter feito uma leitura global do texto, leia parágrafo por
parágrafo, procurando as idéias principais, sublinhando-as e numerando-as na
margem externa da página ou escrevendo-as à parte.
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um símbolo que a represente e que seja de fácil associação. Por exemplo, se você
estiver estudando Química e no texto aparecer a palavra “molibdeno”
dificultando a visualização da idéia, então utilize a imagem de uma coisa “mole”
para substitui-la, considerando, a partir desse momento, mole como símbolo de
molibdeno. Neste caso, você deve ter, pelo menos, uma noção do assunto, assim
deverá estar consciente de que mole é molibdeno e molibdeno será sempre
representado pela coisa mole. Bem, esta é a palavra que vem à minha cabeça
neste momento, porém você poderia escolher mole como o demo, o que acho um
exagero e uma grande falta de respeito e de confiança para com a sua memória.
Não precisamos usar símbolos que sejam cópias materializadas das palavras
abstratas, pois a memória verdadeira saberá reconhecer os símbolos que tenham
sido conscientemente criados para representarem palavras e idéias abstratas,
mesmo que neles existam apenas indícios materiais que a elas possam ser
ligados. No exemplo acima, mole é o indício lógico de molibdeno. Confie na sua
velha memória!
Essa “visão parcelada” do assunto, também serve para que o leitor verifique se é
possível organizar um quadro sinóptico com as idéias ppincipais destacadas.
Essa organização resumida do texto facilitará, e muito, a retenção das
informações.
4. Recitação
Recitar é repetir o assunto estudado, para si mesmo ou para os outros, com as
suas próprias palavras. Recitar, aqui, não significa dizer versinhos, como “Os
olhos servem para ver, ...”.
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Portanto, ao estudar cada parágrafo e destacar a idéia principal, desenvolva, a
partir da compreensão do que ela representa, à sua maneira e de forma resumida,
o assunto estudado. Seja objetivo, claro, evitando palavras difíceis que
prejudiquem a concisão do resumo. Lembre-se de que o autor, ao escrever,
procura usar uma linguagem com detalhes, com explicações, com a intenção de
ser entendido amplamente. No entanto, cabe a você remoer suas palavras ou não.
Pessoalmente, aconselho a economia de palavras, como meio de favorecer as
imagens mentais. Uma boa recitação deve partir das imagens visualizadas.
c) Recite (diga) com as suas palavras o que a sua visão mental sugere.
Não é necessário repetir, literalmente, as palavras do texto. Use o seu
próprio discernimento e diga a mesma coisa escrita pelo autor, mas de
maneira diferente e, se possível, de forma resumida.
5. Repetição (Reforço)
O reforço do que foi memorizado deve ser feito através de algumas repetições
devidamente organizadas, usando exclusivamente as imagens mentais associadas
com as localizações (conforme veremos no próximo capítulo), recorrendo ao
texto apenas se houver dúvidas quanto ao que foi relacionado ou se as imagens
não foram devidamente visualizadas.
Não vá fazer como aquela criança que, ao ser perguntado pela professora se
podia fazer um determinado exercício, ela respondeu: “Eu podo!”. Então,
imediatamente recebeu um castigo da mestra que a obrigou escrever 100 vezes a
frase “Eu posso!”. Terminada a aula, o coitado continuou gastando giz no
quadro, escrevendo “Eu posso”. Ao concluir, voltou-se para a professora e disse:
“Eu já terminei, agora eu já ‘podo’ ir?”
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Neste exemplo hipotético, o aprendizado não existiu, apesar do aluno ter
repetido a frase correta 100 vezes. Por que ele não aprendeu a lição?
Também conta-se a história do cidadão que chegou num certo recinto cantando:
Os amigos, que já estavam cansados de ouvi-lo cantar a música com letra errada,
prometeram que lhe daria uma boa quantia em dinheiro se ele aprendesse a
música corretamente. Ávido para ganhar aquelas “notas”, ele aceitou
imediatamente. Os amigos fizeram com que ele ouvisse 100 vezes a faixa do
disco, com a música:
Estou evidenciando estas balelas apenas para deixar claro que a repetição não
deve ser feita de maneira papagaiada, sem uma metodologia cientificamente
comprovada.
Por esta razão, recomendo que você reforce o que estudou da seguinte forma:
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A Segunda Parte deste livro começa no próximo capítulo com um assunto brabo:
“Memorização de Dados e Textos”.
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