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Os problemas do alcoolismo em meio laboral

A. Costa Tavares *
O álcool é claramente uma das bebidas que mais contribuem para o aumento da
sinistralidade, seja ela a nível rodoviário (que infelizmente mata por ano dezenas de
automobilistas), seja nos locais de trabalho onde se consomem bebidas alcoólicas (quer
formalmente através dos bares e refeitórios), quer às “escondidas” das chefias e
restantes colegas. Neste último já se infere num acto ilícito social e legal do ponto de
vista jurídico se, a empresa/organização manifestar a sua proibição através da aprovação
de um regulamento interno que proíbe o consumo de bebidas alcoólicas.

Biologicamente, o álcool é um poderoso modificador do


funcionamento humano. Numa primeira fase provoca efeitos
excitantes, depressivos e anestésicos e, posteriormente numa segunda
fase leva ao descontrolo emocional, impulsivo, psicomotor, sensível e
muscular.

Uma dose entre os 0,5 e os 0,8 gramas de álcool por litro de sangue é
suficiente para que as funções de um operador de máquinas pesadas,
um motorista de transportes colectivos ou um maquinista ferroviário
para não generalizar a outras profissões de condução, sejam perturbadas, originando um
comportamento de risco com erros resultantes de alterações psicomotoras retardadas,
precipitadas ou mesmo descontroladas.

Também não nos podemos esquecer que o álcool, mesmo consumido em pequenas
doses, pode vir a provocar além do efeito de tolerância (beber compulsivamente mais
para obter o mesmo efeito de “confortabilidade”) a médio e longo prazo a libertação no
nosso organismo de um largo número de produtos tóxicos ou substâncias perigosas,
como por exemplo o tricloroetileno, do percloroetileno, do chumbo, mercúrio, benzeno
e seus derivados.

Por exemplo na presença do álcool, o tricloroetileno actua sobre a vigilância, a


capacidade mental e psicomotora do trabalhador. Outro é a existência de alguns
solventes capazes de provocarem lesões nervosas duráveis (polinevrites) que aumentam
consideravelmente a sua toxicidade na presença de álcool no sangue.
Muito mais poder-se ia aqui escrever sobre os efeitos deletéricos do álcool quando
consumido em proporções desadequadas no indivíduo. Podemos concluir que a bebida
alcoólica pode ter graves consequências ao nível da sinistralidade laboral e no
surgimento de doenças ocupacionais.
Também sabemos que as causas são pluridisciplinares:
• Problemas económicos
• Problemas familiares
• Problemas psicológicos
• Problemas laborais e
• Problemas psico/sociais (falta de interesse, auto-estima, responsabilidade,
inadaptação, não reconhecimento, fadiga mental entre outros)

Cabe ao empregador em estreita colaboração com o técnico superior de segurança,


higiene e saúde ocupacional, promover uma política partilhada, articulada e envolvida
com os representantes dos trabalhadores e comissões de segurança, higiene e saúde no
trabalho cujo objectivo é o de sensibilizar/informar todos os trabalhadores da
empresa/organização para os malefícios do uso e abuso do álcool em meio laboral assim
como o despiste precoce do mesmo.

*atavares@aguasdecascais.pt
Docente Universitário
Pós-Graduado em Segurança e Higiene
Master en Gestión y Competências

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