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Observem, irmãos, observem cuidadosamente a ordem dos mundos para que possam
então compreender qual é o trabalho da Alquimia Sexual.
Aqui temos Saturno e, na parte mais baixa, a Lua. Vamos colocá-los em ordem: sobre
a Lua está Mercúrio; um pouco acima, na ordem dos mundos, está Vênus; a seguir o
Sol, o astro-rei; mais além Marte, o planeta da guerra; vem então Júpiter e, a seguir,
Saturno, o mais elevado.
Se observamos detidamente a ordem dos mundos, vemos que o Sol está no centro. É
ele que dá a vida a todos os planetas do Sistema Solar.
Marte deve ser convertido em Vênus. Este Marte belicoso e terrível que todos
carregamos em nossas próprias profundezas, este Marte guerreiro e pelejador, deve
transformar-se na Vênus do amor.
E, finalmente, fica o Sol como centro, dando vida a toda a nossa constituição íntima.
Estes planetas metálicos, portanto, estão também em nosso caos metálico, ou seja, no
sistema seminal, no Ens-Seminis ("Entidade do Sêmen"). É surpreendente que o velho
e venerável Saturno venha a transformar-se efetivamente, a converter-se no menino
de beleza encantadora que deve nascer em nós, pois cada um de nós deve na velhice
transformar-se em menino, como dizem os psiquiatras...
É extraordinário que este Júpiter tonante, cuja esposa é a Vaca Sagrada, Devi
Kundalini Shakti, se converta, mediante a alquimia sexual, no Mercúrio da Filosofia
Secreta, neste Mercúrio que podemos chegar a ver no espelho extraordinário da
Alquimia. Diziam os grandes Mestres da Alquimia: "Bendito seja Deus, que criou o
Mercúrio, pois sem ele a Grande Obra não seria possível para os alquimistas".
O Mercúrio nos deixa realmente admirados; ele se origina das transmutações, das
transformações do esperma sagrado. Ele resulta da magia sexual. É como o vapor que
se levanta do poço, como a nuvem que surge do caos metálico. Este Mercúrio, não
obstante, possui uma inteligência de tipo sublime, inefável; assim, pode
verdadeiramente transformar-se o chumbo da personalidade no ouro magnífico do
espírito. Também pode assomar através de nosso rosto para ver-se no espelho mirífico
da alquimia.
E se pensamos em Marte, o guerreiro, o senhor do ferro; se pensarmos nessas forças
belicosas que levamos em nosso interior, essas forças duras e terríveis, não podemos
deixar de nos espantar ao ver como, mediante a Alquimia Sexual, vem a nascer em
nós o senhor do amor. Isto nos convida à reflexão, que o venerável ancião dos séculos
se converta no menino amoroso que se move dentro dos templos da Fraternidade
Branca Universal.
Isto é assombroso, que o Júpiter tonante, este Terceiro Logos inefável, este Arqui-
Hierofante e Arqui-Mago de que nos falou Mario Roso de Luna, o ilustre escritor
espanhol, se transforme no Mercúrio da Filosofia Secreta, no Deus da eloqüência, nesta
forma lúcida de um Cagliostro ou na figura portentosa de um Saint-Germain, ou
simplesmente nessa apoteose de nossa psique durante o êxtase magnífico.
Verdadeiramente, isto não pode produzir em nós nada menos que assombro. Eu, a
quem coube ver meu próprio Mercúrio refletido no espelho da Alquimia, dou
testemunho do que vi e digo que é grandioso.
Não é, portanto, uma mera substância em estado bruto ou meramente metálica, não é
apenas essa matéria venerável da qual nos falaram Sendivogius, Raymond Lulle,
Nicolas Flamel, Paracelso, Bernardo Trevisano, etc. É algo mais, é Júpiter tonante
convertido em gênio manifesto, é Júpiter tonante convertido no planeta metálico de
Mercúrio. Falando em termos metálicos, diríamos que é o "status" convertido no
Mercúrio vivente filosofal, que Marte belicoso se converte nessa criatura formosa e
perfeita que anda pelos templos, nesses seres do amor, nesses irmãos maiores da
humanidade.
Como vocês podem ver, o que buscamos é converter-nos em algo diferente, em algo
distinto, que as diversas substâncias químicas se combinem dentro do organismo para
originar os diferentes funcionalismos biomecânicos ou fisiológicos. Se existem tantos
fenômenos catalíticos e metabólicos, se o açúcar pode transformar-se em álcool,
indubitavelmente existem também as diversas permutações alquímicas, que, através
de incessantes combinações, vêm realmente a converter-nos em Deuses inefáveis
terrivelmente divinos. A Sahaja Maithuna, a magia sexual, é claramente o
fundamento vivo da Grande Obra.
Mais tarde, aquele germe, continuando seu processo de desenvolvimento, entra sob a
influência de Mercúrio. Então o menino vai à escola, estuda e brinca, já não pode estar
sempre dentro de casa. Mercúrio o move, o agita e inquieta. A segunda capa testicular
produz no varão determinadas células que vêm a especificar e a definir completamente
seu sexo.
Passada essa época, entramos sob a influência de Vênus, dos quatorze aos vinte e um
anos. Diz-se que esta é a idade da "pontada"; homens e mulheres começam a sentir a
inquietude sexual, pois as glândulas sexuais entram em atividade.
A terceira capa testicular produz nos varões os zoospermas. Mas estes não estão ainda
suficientemente maduros, e tampouco o homem entre os quatorze e vinte e um anos
terminou seu processo de desenvolvimento. O germe não está ainda inteiramente
desenvolvido.É grave, portanto, que o germe que não concluiu ainda seu processo
natural de desenvolvimento inicie as relações sexuais.
Estes prejuízos, embora não sejam percebidos a princípio, durante a juventude, são
sentidos na velhice. Assim, vemos que hoje é normal que qualquer homem comece a
perder sua virilidade entre os quarenta e os cinqüenta anos, devido aos abusos da
adolescência e até mesmo da segunda infância.
Como dissemos, a primeira infância vai do nascimento aos sete anos, e a segunda dos
sete aos quatorze anos. Infelizmente, hoje em dia - é doloroso dizê-lo - muitos
meninos de doze ou treze anos já estão copulando, e aqueles que não o fazem
cometem o crime de masturbar-se. Com a masturbação, eliminam seus hormônios,
degeneram seu cérebro, atrofiam sua glândula pineal e se convertem em candidatos
seguros ao manicômio.
Sabe-se que, depois do coito, o pênis continua com certo movimento peristáltico
destinado a recolher energias vitais do útero feminino para repor seus princípios
genésicos eliminados. Entretanto, com a masturbação, tal movimento peristáltico do
falo, ao invés de assimilar energias vitais femininas, princípios úteis para a existência,
absorve ar frio, o qual passa diretamente ao cérebro. O resultado é a idiotia, a
degeneração mental ou a loucura.
Dos vinte e um aos quarenta e dois anos temos que conquistar nosso lugar à luz do
Sol. Dos vinte e um aos quarenta e dois anos fica completamente definida nossa
vocação na vida e o que havemos de ser.
Obviamente, esta força é irradiada pela glândula pineal, mas, quando esta glândula se
debilitou pelo abuso sexual (porque a pineal e as glândulas sexuais estão em íntima
relação recíproca), o resultado é que nos encontramos em situação desvantajosa para
conquistar nosso lugar à luz do Sol.
Como conseqüência, ao não irradiar com potência nossas ondas psíquicas, devido à
debilidade da pineal (situada na parte superior do cérebro), fracassamos
profissionalmente, ou se dificulta a luta pelo pão de cada dia. Nossos negócios
fracassam, e aquelas pessoas com quem devemos ter contato comercial não sentem
nosso impulso, cancelam seus negócios e dificilmente conseguimos vencer.
Temos aqui no México cinqüenta e seis milhões de habitantes, cinqüenta e seis milhões
de pessoas lutando pela existência; há doze milhões de analfabetos e dezenove
milhões de pessoas padecem fome e miséria. Poderíamos protestar contra o governo
ou os governos, mas nada resolveríamos com tais protestos. Na realidade, não
devemos culpar a outros por nossa má situação; só nós mesmos somos responsáveis
por nossa má situação econômica.
Quanto ao sexo feminino, devo dizer que o germe conclui seu desenvolvimento aos
dezoito anos, ou seja, a mulher se desenvolve mais rápido que o varão, e por isso
pode realmente casar-se mais jovem. Mas, que um homem ou menino, ainda não
sendo homem, mas apenas um germe em desenvolvimento, se case antes dos vinte e
um anos, que esteja copulando desde os quatorze, isto é absurdo, manifestamente
criminoso, monstruoso no sentido mais completo da palavra.
Após os quarenta e dois anos, ou seja, depois que haja passado a influência solar,
durante a qual havemos de conquistar nosso lugar à luz do Sol, entramos na época de
Marte, que vai dos quarenta e dois aos quarenta e nove anos. Quem ignorar estes
ciclos cósmicos repetindo-se no microcosmos homem, sem dúvida não sabe aproveitar
o ciclo de Marte e criará apara si mesmo uma velhice miserável.
É bom que pensemos um pouco na velhice, caros irmãos, é bom que nos preparemos;
não é correto que esperemos ser anciãos para então tentarmos arranjar nossa
existência. Assim como na infância tivemos um berço e um lar, um pai e uma mãe, na
velhice necessitamos de uma casa, um lar, e precisamos ter uma fonte de renda
suficiente para que não pereçamos de fome e miséria.
Então vem, como conseqüência ou corolário, uma velhice miserável. A velhice vem
encontrar-nos sem uma fonte segura de renda, e então, em vez de sermos úteis de
alguma forma, ainda que seja apenas para nossos netos, convertemo-nos em estorvo
para todo o mundo, tudo por não sabermos viver!
Após os quarenta e nove anos, ou seja, dos quarenta e nove aos cinqüenta e seis,
entra em nossa vida Júpiter Tonante, Júpiter terrível. Ele dá o cetro aos reis, a vara aos
patriarcas, o corno da abundância a quem o merece. Mas, se não tivermos lutado
verdadeiramente durante o ciclo de Marte, ou se lutamos em desvantagem devido ao
abuso sexual; se não tivermos aproveitado devidamente a influência solar, deixando de
desenvolver harmoniosamente aquele germe que um dia entrou no ventre materno,
então a influência de Júpiter, em vez de tornar-se positiva, colocando em nossas mãos
o cetro dos reis, nos trará a miséria. Leve-se em conta que cada planeta tem um duplo
aspecto, positivo e negativo.
Se Júpiter tonante tem como regente o anjo Zachariel, tem também sua antítese
tenebrosa, Sanagabril. Deve-se distinguir entre Zachariel e Sanagabril, pois são
diferentes; distinga-se entre o corno da abundância e o bastão do mendigo.
Obviamente, aquele que gastou seu potencial sexual, seus valores vitais, seu capital
cósmico, recolhe os resultados: miséria, probreza e humilhação no ciclo de Júpiter.
A velhice propriamente dita começa aos cinqüenta e seis anos com Saturno, o Ancião
dos Céus, e termina aos sessenta e três; não quero dizer que aos sessenta e três anos
tenhamos todos que morrer, mas apenas que o primeiro ciclo de Saturno começa aos
cinqüenta e seis anos e termina aos sessenta e três. Depois vêm outros ciclos - seguir-
se-ia o ciclo de Urano, por exemplo, mas este o captariam apenasos indivíduos
interiormente desenvolvidos, os grandes iniciados.
Com seus sete anos, um ciclo de Netuno seria para os grandes hierofantes; um ciclo de
Plutão para os Mahatmas. Ainda mais além seguiriam dois ciclos transcendentais e, por
último, deliciosas harmonias e poderes para aqueles que já obtiveram o Elixir da Longa
Vida.
Mas, falando concretamente, o ciclo de Saturno, para as pessoas comuns, dura sete
anos. Ao se atingir os sessenta e três anos termina o ciclo de Saturno; vêm então
outras combinações, Saturno com Lua, Saturno com Mercúrio. A cada sete anos vem
nova mudança; Saturno com Vênus, etc., etc.
Por isso vemos que os velhos vão mudando à medida que avançam em idade. Um
velhinho, por exemplo, dos sessenta e três aos setenta, combinando-se nele Saturno
com a Lua, torna-se bem infantil em sua maneira de ser, e dos setenta aos setenta e
sete passaria a ter certas inquietações mercurianas, desejos de estudar ou de saber, e
assim sucessivamente.
1º) Não permitir que os conceitos intelectuais passem pela mente de forma mecânica.
Em outras palavras: fazer-nos conscientes de todos os dados intelectivos provindos da
mente. Como? Por meio da meditação. Se lemos um livro, meditar sobre ele, tratar de
compreendê-lo.
Assim, cumprindo com o dever cósmico, é óbvio que nossa vida se desenvolverá
harmoniosamente, e se formarão em nós os corpos existenciais superiores do Ser.
Então, em harmonia com o infinito e com a Grande Lei, poderemos chegar à velhice
cheios de êxtase e poderemos alcançar a Maestria e a perfeição.
Em outros tempos, quando a humanidade ainda não havia degenerado, quando ainda
cumpria seu dever cósmico, é claro que a existência se alongava, qualquer ser humano
podia até mesmo alcançar a média de mil anos de vida, e o resultado era a formação
em cada criatura dos corpos existenciais superiores do Ser. Foi naquela época que
surgiram sobre a face da terra muitos homens solares, muitos deuses, homens divinos.
Atualmente já quase não se vêem esses seres, porque as pessoas não sabem cumprir
com seu dever cósmico. É portanto necessário vivermos afinados com o infinito,
cumprir com nosso dever cósmico, fazer-nos conscientes de nós mesmos, não gastar
nossa energias sexuais, ensinar nossos filhos a transmutar o esperma em energia,
adverti-los de que é uma desgraça, uma monstruosidade copular antes dos vinte e um
anos. É preciso informar os adolescentes de que não terminaram ainda seu processo
de desenvolvimento, de que são ainda germens em desenvolvimento e de que é
monstruoso que um germe esteja copulando. Os germens são germens e devem
desenvolver-se.
Assim, pois, meus caros irmãos, reflitam sobre tudo isto, utilizem a alquimia em si
mesmos para que possam realizar essas transmutações dos planetas metálicos dentro
de cada um. É por meio da alquimia, mediante o cumprimento do dever cósmico, que
podemos transformar o velho Saturno na Lua divina, no menino. É mediante essa
alquimia sexual, como já disse, que podemos converter Júpiter tonante no Mercúrio da
Filosofia Secreta; é mediante a alquimia que o Marte belicoso pode transformar-se
numa criatura de amor, e assim podemos nascer verdadeiramente como Adeptos.