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INTRODUÇÃO

GÊNERO

A palavra “gênero” começa a ser utilizada nos anos 80 do século XX, pelas feministas
americanas e inglesas, para explicar a desigualdade entre homens e mulheres concretizada em
discriminação e opressão das mulheres. Nessa época, as investigações sobre a condição social
das mulheres já apontavam uma forte desigualdade entre homens e mulheres, que tendia a
aumentar conforme a classe social, raça, etnia e outras condições de vida. A desigualdade
abarcava a esfera pública e privada. Na primeira, era visível nos salários menores do que o
dos homens em serviços iguais e na pequena participação política. Na esfera privada, se
evidenciava pela dupla moral sexual e na delegação de papéis domésticos.

A desigualdade era e ainda é justificada, por setores conservadores religiosos, científicos e


políticos, pela diferença biológica entre homens e mulheres. Muitos crêem que as diferenças
sociais são essenciais, naturais e inevitáveis.

O sexo é uma categoria biológica insuficiente para explicar os papéis sociais atribuídos ao
homem e à mulher. “Gênero” veio como uma categoria de análise das ciências sociais para
questionar a suposta essencialidade da diferença dos sexos, a idéia de que mulheres são
passivas, emocionais e frágeis; homens são ativos, racionais e fortes. Na perspectiva de
gênero, essas características são produto de uma situação histórico-cultural e política; as
diferenças são produto de uma construção social. Portanto, não existe naturalmente o gênero
masculino e feminino.
Gênero é uma categoria relacional do feminino e do masculino. Considera as diferenças
biológicas entre os sexos, reconhece a desigualdade, mas não admite como justificativa para a
violência, para a exclusão e para a desigualdade de oportunidades no trabalho, na educação e
na política. É um modo de pensar que viabiliza a mudança nas relações sociais e, por
conseqüência, nas relações de poder. É um instrumento para entender as relações sociais e,
particularmente, as relações sociais entre mulheres e homens.

DESENVOLVIMENTO

A desigualdade entre os sexos aparece facilmente através da simples observação


cotidiana. Seja no menino que brinca de lutas ou joga bola em contraponto à menina
que brinca de boneca e de casinha ou através de alguns números:
De cada 10 altos executivos, apenas 1 é do sexo feminino.

De cada 10 funcionários em nível gerencial, apenas 3 são mulheres

Os homens ganham em média 30% mais que as mulheres

Na política menos de 10% são mulheres.


Embora estes números já tenham sido bem piores, a diferença, como se vê, ainda
existe.

Principalmente no Brasil. Se um dia os números serão equivalentes, não se sabe.


Até porque, se por um lado as feministas lutam por igualdade, muitas mulheres bem
sucedidas já descobriram que talvez não seja um bom negócio ter que provar o
tempo todo para a sociedade que é uma boa mãe, uma boa executiva, uma boa
esposa. E afirmam isso baseado não só pela pressão, mas pelos sinais de desgaste
físico e emocional desta "guerra". Outros dados que podem colaborar com este
pensamento são:

Entre as mulheres que teriam conseguido a tão sonhada "igualdade", algumas


doenças pouco comuns às mulheres começaram a surgir, como o estresse e
problemas de coração. Uma nova corrente de mulheres e homens preferem assumir
que, os direitos devem ser iguais (embora na prática ainda não sejam), mas homens
e mulheres são diferentes e a natureza acaba cobrando um preço muito alto para as
mulheres que pensam o contrário.

http://pt.wikipedia.org/wiki/Desigualdades_de_g%C3%AAnero

DESIGUALDADES DE GÊNERO E
RAÇA NO MERCADO DE TRABALHO
BRASILEIRO

O mercado de trabalho brasileiro está marcado por


significativas e persistentes desigualdades de gênero e
raça e esse é um aspecto que deve ser levado em conta
nos processos de formulação, implementação e avaliação
das políticas públicas em geral, e, em particular, das
políticas de emprego, inclusão social e redução da
pobreza.

As diversas formas de discriminação estão fortemente


relacionadas aos fenômenos de exclusão social que
originam e reproduzem a pobreza. São responsáveis pela
superposição de diversos tipos de vulnerabilidades e pela
criação de poderosas barreiras adicionais para que
pessoas e grupos discriminados possam superar a pobreza
e ter acesso a um trabalho decente. No Brasil, as
desigualdades de gênero e raça não são fenômenos que
estão referidos a minorias ou a grupos específicos da
sociedade. Pelo contrário, são problemas que dizem
respeito às grandes maiorias da população: segundo os
dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios
(PNAD) 2003, as mulheres representam 43% da
População Economicamente Ativa (PEA) no Brasil e os
negros (de ambos os sexos) representam 46%. Somados,
correspondem a aproximadamente 70% da PEA (60
milhões de pessoas). As mulheres negras, por sua vez,
correspondem a mais de 15 milhões de pessoas (18% da
PEA) e, como resultado de uma dupla discriminação (de
gênero e raça), apresentam uma situação de sistemática
desvantagem em todos os principais indicadores sociais e
de mercado de trabalho.

As desigualdades de gênero e raça são eixos estruturantes


da matriz da desigualdade social no Brasil que, por sua
vez, está na raiz da permanência e reprodução das
situações de pobreza e exclusão social. Por isso, enfrentar
essas desigualdades significa tratar de uma característica
estrutural da sociedade brasileira, cuja transformação é
imprescindível para a superação dos déficits de trabalho
decente atualmente existentes, assim como para o efetivo
cumprimento dos Objetivos de Desenvolvimento do
Milênio.

A taxa de participação das mulheres no mercado de


trabalho brasileiro continua aumentando, mas ainda está
marcada por uma forte diferença em relação à taxa de
participação dos homens(1). A taxa de participação das
mulheres mais pobres e com menos escolaridade ainda é
muito inferior à taxa de participação das mulheres mais
escolarizadas, o que indica a existência de diferenças
importantes entre as mulheres relacionadas aos diferentes
estratos de renda aos quais elas pertencem, e a
dificuldade adicional de inserção das mulheres pobres no
mercado de trabalho.

O estudo Diferenças Salariais por Gênero ao Longo da Vida


Laboral, realizado pelo Centro Internacional de Pobreza,
apresenta como uma das razões para a desigualdade salarial
existente entre gêneros a tese de que as mulheres priorizam
criação dos filhos.
Além da maternidade o estudo aborda fatores sociais e culturais
e também apresenta como outra possibilidade na disparidade
salarial as diferentes escolhas profissionais e acadêmicas entre
homens e mulheres.

Entretanto esse estudo abre a possibilidade para dois debates:


a discriminação de gênero na divisão das tarefas domésticas e
a disparidade salarial entre homens e mulheres que ocupam
exercem as mesmas funções.

As mulheres são já claramente maioritárias entre a população


empregada em 12 das 16 áreas de saber: Letras e Ciências
Religiosas; Ciências da Educação; Belas Artes; Direito; Administração
das empresas e Técnicas Comerciais; Jornalismo e Informação;
Ciências Exactas e Ciências Físicas; Matemáticas e Estatísticas;
Ciências Médicas e Saúde; e Industria Transformadora. Só não são
maioritárias ainda em quatro áreas: Agricultura, Silvicultura e Pesca;
Ciências de Engenharia; Ciências Informáticas; e Ciências Veterinárias.

Entretanto, apesar do nível médio de escolaridade da população


empregada feminina ( 8,5 anos) ser em 2002 já superior à dos homens
empregados (apenas 7,7 anos), esse aumento do nível de
escolaridade não tem determinado uma maior igualdade das
remunerações entre homens e mulheres em Portugal; muito pelo
contrário.

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