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Livro da Dra.

Shirlei Borelli mostra


como retardar o envelhecimento
07-07-2008

Envelhecer é um processo natural, no entanto, existem alguns


fatores que contribuem para acelerar o relógio biológico, como
tabagismo, falta de atividade física, estresse e má alimentação. A
correção desses aspectos depende de um estilo de vida saudável,
que ajude o indivíduo a viver com mais saúde e qualidade de vida.
Para mostrar como cuidar da pele e do organismo de maneira a
desfrutar todas as idades com plenitude, a Dra Shirlei Borelli
escreveu o livro “Até 120 anos...rejuvenescimento e cosmiatria”,
lançamento da Editora Senac São Paulo.

Dermatologista e pesquisadora do Centro de


Estudos do Envelhecimento da Unifesp, a
autora tem se dedicado a uma parcela da
população com mais de 60 anos. O título,
segundo ela, é um desejo de que todos
alcancem até 120 anos, saudação comumente
usada pela cultura judaica para desejar vida
longa a um ente querido. “O livro é um desejo
de vida longa e bem vivida e também um
aprendizado para quem está chegando a uma
idade mais avançada”, comenta a dermatologista.

Conduzindo a obra em forma de bate-papo, a médica mostra que é


importante cuidar da saúde desde cedo, para se chegar à terceira
idade mais jovem e com disposição. Dra. Shirlei usa sua
experiência profissional e pessoal para orientar sobre problemas e
dilemas da pele em todas as etapas da vida, além de apresentar os
métodos disponíveis no mercado para corrigir defeitos e prevenir o
envelhecimento.

O livro funciona como um guia e proporciona ao leitor o


entendimento dos vários mecanismos fisiológicos do corpo humano,
as diferentes substâncias que podem beneficiar ou prejudicar o
organismo. “A passagem dos anos, no aspecto psicológico, muitas
vezes não acompanha a senescência fisiológica, havendo então
uma necessidade de querer ter uma aparência mais jovem e vital”,
disse o cirurgião plástico Ivo Pitanguy, quem assina a orelha do
título.

A médica mostra em 10 capítulos como é o


processo de envelhecimento passo a passo e como
é possível cuidar da saúde de maneira integral,
além de indicar quais as vitaminas necessárias
para prevenir a ação do tempo. Na primeira parte,
afirma, por exemplo, que essa ação tem início entre
25 e 30 anos e que a partir dos 35 começam a
surgir diferentes tipos de mudanças na pele,
principalmente no rosto. Explica ainda que existem
dois tipos de envelhecimento: o intrínseco (interno) e o extrínseco
(externo). O primeiro é natural e o segundo é provocado por maus
hábitos, como a exposição prolongada ao sol.

Sobre a autora

Shirlei Borelli é médica graduada pela Faculdade de Medicina do


ABC com especialização em dermatologia pela Escola Paulista de
Medicina (Unifesp), é também dermatologista pela Sociedade
Brasileira de Dermatologia (SBD) e pesquisadora do Centro de
Estudos do envelhecimento da Unifesp/EPM.

No Brasil, ela é membro fundadora da Sociedade Brasileira de


Laser em Medicina, da Sociedade Científica Brasileira de
Mesoterapia, da Sociedade Brasileira de Dermatologia e da
Sociedade Brasileira de Cirurgia Dermatológica. No exterior, é
membro da Sociéte Française de Mesothérapie, da American
Academy of Dermatology e International Society for Dermatologic
Surgery, da American Society, entre outras. Foi responsável pelo
setor de cosmiatria da Faculdade de Medicina do ABC no período
de 1985 a 2002.

Livro:
“Até 120... Rejuvenescimento e Cosmiatria”
Editora: Senac São Paulo
Autora: Shirley Borelli
Número de Páginas: 224

http://www.hairbrasil.com/noticias/noticia_1700.html
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“Apague a luz!” Durma melhor e: perca peso, diminua


a pressão arterial e reduza o estresse, Bent Formby e
T. S. Wiley, 384 páginas, Rio de Janeiro, Editora Campus,
2000.

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ENTREVISTA

MICHAEL POLLAN

Estaríamos melhor com banha de porco que


com margarina
Autor de livro sobre comida diz que
dieta ocidental é invenção da
indústria e que tradição deve guiar o
que as pessoas comem

Michael Pollan
OS MAIS NOVOS conselhos sobre dieta acabam de vir dos EUA:
primeiro, coma comida. Depois, não coma nada que sua avó não
reconheceria como comida. Se isso parece óbvio para você, diz o
jornalista americano Michael Pollan, vá ao supermercado -e tente
imaginar uma dona-de-casa de meados do século 20 tentando
decifrar dezenas de rótulos com ingredientes impronunciáveis de
"substâncias semelhantes à comida" nas gôndolas. Em seu novo
livro, "Em Defesa da Comida" (editora Intrínseca), ele lança um
ataque impiedoso à indústria e aos cientistas da alimentação, que,
ajudados por um governo americano complacente e por jornalistas
confusos, transformaram a dieta ocidental em uma máquina de
adoecer.

Essa revolução maligna na maneira como os americanos -e, por


tabela, o resto do Ocidente- comem se instalou plenamente anos
1980. Nessa década, diz o livro, os alimentos deixaram de ser
vistos como entidades completas (uma cenoura, um tomate, um
bife) e passaram a ser comercializados pelo que continham de
nutrientes: caroteno, licopeno, proteínas. A indústria passou a
"engenheirar" a comida de forma a torná-la irreconhecível, tudo em
nome do lucro, disfarçado de benefício à saúde.

Qual foi o resultado? "Nossa saúde dietária é pior hoje do que era.
Há mais obesidade, mais diabetes", diz Pollan. O enfoque nos
nutrientes, que teve seu início nos anos 1960, virou uma ideologia,
o "nutricionismo". Segundo o americano, essa ideologia é baseada
na "ciência ruim" da nutrição, que é incapaz de produzir resultados
consistentes em estudos epidemiológicos sobre dieta. Isso porque
os nutricionistas buscam avaliar nutrientes, mas um alimento é
maior que a soma de suas partes.

[ Um dos pecados dessa abordagem, argumenta, foi a


condenação das gorduras saturadas de origem animal. ]

Um dos pecados dessa abordagem, argumenta, foi a condenação


das gorduras saturadas de origem animal. No lugar delas, os
nutricionistas nos deram as gorduras trans, que hoje o mundo
inteiro – o Brasil inclusive – se esforça para banir. "Estaríamos
melhor com banha de porco", disse Pollan à Folha. Leia a
entrevista. (CLAUDIO ANGELO)
FOLHA - O sr. diz que a comida virou presa da ideologia. Como
assim?
MICHAEL POLLAN - Meu argumento é que a maneira como
pensamos sobre a comida e como desenhamos a comida hoje em
dia caiu presa de uma ideologia que chamo de nutricionismo. O
nutricionismo é a crença de que o que importa na comida são os
nutrientes: as proteínas, os minerais, as vitaminas. E, se você
obtiver o bastante dos bons nutrientes e ficar longe dos ruins, esse
é o caminho para a saúde.
Essa é uma visão muito reducionista tanto da comida quanto da
saúde. A comida é mais do que a soma de suas partes nutrientes. O
propósito dessa ideologia é dar mais poder para a indústria da
alimentação, porque ela consegue redesenhar a comida de uma
maneira que a natureza não consegue, e dá também muito poder a
especialistas na nossa sociedade, sejam cientistas ou jornalistas.
A maior objeção é que pensar na comida dessa maneira não tem
funcionado. Nós estamos reengenheirando a nossa comida há 30
anos para ter mais coisas boas e menos coisas ruins, mas a nossa
saúde dietária é pior hoje do que era. Há mais obesidade, mais
diabetes, e tirar da comida a gordura -supostamente um nutriente
mau- não ajudou. Estamos comendo mais carboidratos e ficando
mais gordos e diabéticos.

FOLHA - Então não há nada errado com a gordura?


POLLAN - Excesso de qualquer coisa é ruim, mas a gordura não é
a vilã que achávamos que fosse. A gordura é um nutriente
criticamente importante, e há gorduras boas e ruins. Jogar todas as
gorduras no mesmo balaio foi um erro enorme. E afastar as
pessoas das gorduras animais e aproximá-las de gorduras
hidrogenadas vegetais também foi um erro. As gorduras trans
fazem muito mais mal.

FOLHA - O Ministério da Saúde do Brasil quer banir as gorduras


trans, mas está enfrentando uma enorme resistência da indústria,
que diz que isso seria "voltar à era da banha de porco". Isso é ruim?

POLLAN - Eu tenho duas respostas a isso: um, nós provavelmente


estaríamos melhor com banha de porco do que com gorduras trans.
Ela é mais saudável. Dois, há vários outros óleos vegetais que não
precisam ser hidrogenados. É tudo uma questão de economia. Eles
poderiam fazer batatas fritas com azeite de oliva e elas seriam
deliciosas. Só que custariam mais. Ameaçar o público com o retorno
da banha de porco, primeiro, não é tão assustador; segundo, não é
verdade.

FOLHA - O público não está saturado com pesquisas sobre dieta?


Hoje eu nem cubro mais estudos que dizem que o café faz mal ou
bem, pois o próximo desmentirá o anterior.
POLLAN - Sim, é essa a situação do leitor hoje. Nós temos feito
reportagens em excesso sobre uma ciência muito imperfeita. O
estado do conhecimento nutricional é muito primitivo. Não sabemos
o bastante para dizer se café faz bem ou mal...

FOLHA - Por que não dá para fazer estudos controlados com


comida.
POLLAN - Exatamente. Você tem uma miríade de fatores, como
estilo de vida, outras coisas que as pessoas comem, genética etc.
Então em que conhecimento podemos confiar? Meu argumento em
"Em Defesa da Comida" é que nós temos uma outra forma de
conhecimento, que é a tradição. A sabedoria das nossas avós. E,
quando se trata de comida, essa sabedoria pode ser mais profunda
e mais útil que a dos nutricionistas -até agora, pelo menos.

FOLHA - Por outro lado, alguém poderia argumentar que as nossas


avós tinham um cardápio muito pouco variado, e elas também
morriam, e mais cedo que as avós modernas, na média.
POLLAN - A maioria dos ganhos na expectativa de vida vieram da
prevenção da mortalidade infantil até os cinco anos de idade. E
também tivemos coisas como ponte de safena e novos remédios.
Mas as taxas de obesidade e diabetes eram muito menores há cem
anos do que são hoje. Sim, a ciência e a tecnologia têm ajudado a
prolongar a vida, mas mas não por meio da dieta. A dieta tem
trabalhado na direção oposta.

FOLHA - Seu livro é sobre como as pessoas comem nos EUA, mas
a realidade de países como o Brasil é diferente. O que temos a ver
com isso?
POLLAN - O jeito americano de comer está dominando o mundo. O
Brasil e a Argentina estão rumando na direção da agricultura de
forragem. Vocês estão arrasando seus campos naturais para
plantar soja. E o que acontece com essa soja? Ela vira forragem
barata para gado, que vira comida processada.
Então, o hábito de ir ao supermercado, o hábito de ir ao fast-food,
essas coisas estão se espalhando pelo mundo. Minha esperança ao
publicar esse livro é que as pessoas que ainda não perderam sua
cultura alimentar lutem mais para defendê-la contra a onda de fast-
food.

FOLHA - O sr. defende um bocado a comida local e os orgânicos,


que são a nova moda nos países ricos. Mas nós vivemos num
mundo de mais de 6 bilhões de pessoas, e a agricultura precisa ser
industrial e usar pesticidas em grande escala.
POLLAN - Pode ser que os orgânicos não sejam a resposta para o
mundo inteiro, mas há modelos de agricultura em grande escala
que não usam muito pesticida e são mais sustentáveis. Se você
pensar na rotação que eles usam na Argentina, são cinco anos de
gado no pasto e três anos de grãos, você pode produzir a melhor
carne do mundo e três anos de grãos que podem ser plantados sem
fertilizante e sem herbicidas.

FOLHA - Embora a Argentina tenha mergulhado de cabeça na soja


transgênica...
POLLAN - Eu sei. Essa é uma das maiores tragédias do mundo
hoje. Eles estão abrindo mão de um produto muito superior, que é a
carne deles, em prol de um casinho passageiro com a soja
transgênica. Eu acho que eles olharão para trás em algum ponto e
se darão conta de que foi um grande erro.

FOLHA - As recomendações da FDA são seguidas ao redor do


mundo. Mas o sr. diz que a FDA não é exatamente confiável. Por
quê?
POLLAN - Qualquer país que siga a nossa pirâmide alimentar
precisa saber como ela é feita. E não é um quadro bonito. O
governo dos EUA precisa negociar cada mensagem sobre a comida
com a indústria afetada.
Eles não apenas incluem o consenso científico sobre quanto açúcar
você pode comer, mas têm de negociar com os usineiros, que
querem aumentar esse valor. Então, eles tentaram dizer que 10%
de açúcar na dieta era razoável, mas a indústria brigou e insistiu em
25%. Isso não é informação científica, é informação política,
negociada com a indústria. Você deve tomá-la com um grão de sal.

FOLHA - Não é meio ridículo escrever um livro ensinando bom


senso às pessoas?
POLLAN - (Risos) Eu jamais imaginei que pudesse vender um livro
que se baseia num conselho às pessoas para comer comida. Isso é
sintomático da nossa situação. Meu último livro dizia às pessoas de
onde a comida vinha. Nós nos desconectamos tanto da comida que
você precisa de jornalistas para dizer de onde a comida vem e que
é preciso comê-la.

Frase

"Eles [a FDA] tentaram dizer que 10% de açúcar na dieta era


razoável, mas a indústria brigou e insistiu em 25%. Isso não é
informação científica, é informação política, negociada com a
indústria"
MICHAEL POLLAN
jornalista americano, autor de "Em Defesa da Comida - Um
Manifesto", Editora Intrínseca, 2008.

Fonte:
http://www1.folha.uol.com.br/fsp/ciencia/fe2109200802.htm

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“E não é que o Kevin Trudeau tem razão?”


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