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UNIVERSIDADE DE MOGI DAS CRUZES

A VERSÃO VISUAL

A REPRESENTATIVIDADE DA CULTURA POPULAR NA MÍDIA DO


ALTO TIETÊ: UM ESTUDO DE CASO SOBRE O DIÁRIO DO ALTO
TIETÊ E TV DIÁRIO
Sumário

1. Introdução..............................................................................................................2
2. A cultura como identidade de um povo.................................................................3
2.1 Folkcomunicação............................................................................................3
2.2 Histórico das empresas....................................................................................4
2.3 O Jornalismo Cultural e os veículos de comunicação no Alto Tietê................5
3. Resultados esperados.............................................................................................10
4. Referências bibliográficas.....................................................................................11
1. Introdução

Este trabalho tem como tema “A representatividade da cultura popular na mídia do Alto
Tietê: estudo de caso sobre o Diário do alto Tietê e TV Diário”. Debruçamo-nos sobre a
representatividade da cultura popular em meios de comunicação da região do Alto Tietê por
entendermos que a relação folclore e a mass media encontra-se no âmago de algumas questões
fundamentais para a Comunicação Social em sua contemporaneidade. Vivenciamos um momento
onde a presentificação da notícia, ou seja, o aqui e o agora, encontra-se na ordem do dia dos
programas jornalísticos, sendo estes balizados pelos números da audiência que instantaneamente
são atualizados em pleno estúdio e ao vivo. Num outro extremo, temos agentes populares que
cultivam manifestações que comunicam o seu ethos social, através das artes populares e técnicas
tradicionais que sintetizam o nosso folclore. Esta análise quantitativa e classificatória propiciará
também contato com o perfil ou perfis do jornalismo praticado na região, qual o tipo de
abordagem e o aprofundamento com que se trata este assunto. Os objetos são uma TV afiliada de
uma emissora com projeção nacional e um jornal diário impresso de um grupo tradicional em
comunicação nesta região.
Esta é pesquisa hipotética-indutiva, pois parte da análise quantitativa e classificatória dos
objetos.
Os métodos mais adequados para essa pesquisa são: o exploratório, por sua flexibilidade
em agrupar vários tipos de capitação de informação; o descritivo, pois determina o papel de cada
elemento dentro da pesquisa, favorecendo a análise das variáveis e o explicativo, fornecendo
dados comprobatórios através da observação que explicará literalmente a ocorrência do
fenômeno.
Por termos como ponto central um estudo sobre a cultura regional, faz-se necessário o
estudo de caso para que por meio deste, obtenhamos um elevado grau de conhecimento que nos
sirva como fio condutor. Nossa pesquisa se valeu ainda da Internet, por sua indispensável no
tocante à agilidade no contato com as referências sobre o assunto; a TV por ser um dos objetos
estudados. Por fim, a pesquisa bibliográfica, que nos referenciará teoricamente. E tem como
objetivos compreender como a Cultura do Alto Tietê é retratada na mídia regional (TV Diário e
Diário do Alto Tietê), tendo como ponto de partida a observação desses meios de comunicação
durante um período específico de tempo, comparando seus conteúdos e entender qual é o
processo de divulgação e seus critérios, saber se eles estão ligados à realidade cultural da região
ou vinculados a interesses econômicos e políticos.

2. A cultura como identidade de um povo

2.1 Folkcomunicação

Encontramos nas Palavras de Darcy Ribeiro (2006) uma tentativa de explicação da


formação do povo brasileiro, que não se fundamenta apenas em seu apurado saber antropológico,
mas, sobretudo na vivência de um cidadão cônscio e ativamente participante da vida intelectual e
política deste país. A sua participação nos projetos da nova capital que se construía em pleno
Planalto Central ou como alguns de seus contemporâneos queriam, entre eles Lúcio Costa e
Oscar Niemayer: “no meio do nada”, teve certamente nuances epopéicas. Desde a transformação
do solo pelas máquinas que a desmatavam, passando pela promessa de um novo tempo nacional,
desenvolvimentista por excelência, até o transporte de um contingente formidável oriundo
predominantemente do norte e nordeste; causando não menos magnetismo nas demais regiões
brasileiras, eram homens e mais homens reunidos num duro quotidiano de trabalho não só para o
desafio da convivência ,mas para a provação que por qual passa todo o individuo que deixa sua
naturalidade, sem no entanto, culturalmente abandona-la . Este momento sedimentou no
antropólogo ,um sentimento que levaria a tentar codificar aquilo que para ele se dava de maneira
única na história das relações entre os povos: a miscigenação como principal característica de um
povo. Essa é a experiência brasileira.
Debruçando-se sobre três matrizes étnicas componentes ele nos conta que “[...] a
sociedade brasileira assumiu diversas formas, variantes no tempo e no espaço, como modos
sucessivos de ajustamento a distintos imperativos externos e a diferentes condições econômicas e
ecológicas regionais. No primeiro caso moeu e fundiu as matrizes originais indígena, negra e
européia em uma identidade étnica nova, pela via evolutiva da atualização e incorporação
histórica, que foi o caminho comum de formação dos povos novos das Américas” (Ribeiro 2006).
Fica claro, a partir desse processo de amálgama contínuo, fundamento da nossa sociedade, que
rege as nossas relações sócio-culturais e as transformam nesse painel onde prolifera toda sorte de
manifestações artísticas e populares. O autor nos provoca “A camada senhorial, integrada pelo
patronato de empresários e pelo patriciado de clérigos e burocratas civis e militares todos eles
urbanos, integra a sociedade total como um de seus elementos constitutivos, mas opera como
uma parcela diferenciada no plano cultural, tanto na cultura vulgar da cidade como do campo.
Participando embora, de folguedos populares, por exemplo, o faziam antes como
patrocinadores do que como integrantes em comunhão funcional com as crenças populares. Na
verdade, essa camada senhorial constitui um círculo fechado de convívio euro-cêntrico, que mais
cultua a moda que seus próprios valores hauridos no acesso metropolitano, onde bem ou mal se
faz herdeira da literatura, da música, das artes gráficas e plásticas, bem como outras formas
eruditas de expressão de uma cultura que, apesar de alheia passaria a ser a sua própria“. E ele
desfecha nos introduzindo ao cerne deste trabalho: “Todo esse processo se agrava, movido em
nossos dias pela prodigiosa da indústria cultural que, através do rádio, do cinema, da televisão e
de inúmeros outros meios de comunicação cultural, ameaça tornar ainda mais obsoleta a cultura
brasileira para nos impor a massa de bens culturais e respectivas condutas que dominam o mundo
inteiro. Nós que sempre fomos criativos nas artes populares e de tudo que estivesse ao alcance do
povo-massa, nos vemos hoje mais ameaçados do que nunca de perder essa criatividade em
beneficio de uma universalização de qualidade duvidosa” (Ribeiro 2006).

2.2 O Histórico das empresas

Este trabalho analisou dois veículos de comunicação da região o Diário do alto Tietê
( Dat) e a TV Diário
O Diário do Alto Tietê é um jornal do grupo Mogi News que circula diariamente (exeto a
segunda-feiras) nas 10 cidades da região do alto Tietê. Com 66 mil leitores diários e com tiragem
de 16 mil exemplares o DAT circulou pela primeira vez no dia 7 de Março de 2006 e reúne em
suas páginas um mix de informações sobre trabalho e emprego ,cultura comercio e indústria,
segurança, transporte e habitação com o objetivo de mostrar de forma dinâmica todas as versões
que envolvem os acontecimentos mais importantes
A TV Diário do Grupo Diário de comunicação entrou no ar pela primeira vez dia 1º de
Maio de 1998, Afiliada da rede globo tem como dever mostrar os acontecimentos da região para
que se tenha uma afiliada em alguma região do estado esta tem que atender alguns requisitos
“Tem que ser uma região quente de notícias e muito populosa para que desperte o interesse de se
manter uma equipe ali” diz Valéria Signolfi Diretora de reportagem da TV Diário.
E a região do Alto Tietê tem todos esses requisitos principalmente na cultura nas palavras
de Valéria é possível medir a importância da cultura na consolidação da TV Diário: “aqui na
região a cultura popular é muito forte são cidades muito antigas que têm muitas coisas
tradicionais e também muitas misturas uma das maiores representações sem dúvida é a Festa do
Divino”.

2.3 O Jornalismo Cultural e os veículos de comunicação no Alto Tietê

O advento do jornalismo cultural, em 1711, por meio do lançamento da Revista


Spectator, idealizada pelos ingleses Richard Steele e Joseph Addilson, significou uma tentativa de
democratizar o acesso aos bens culturais, como um movimento contra a sua elitização, de modo a
incorporar a cultura ao cotidiano da sociedade e eximi-la da redoma de erudição. Para Piza (2003,
p.11), o intento subjacente à publicação da Spectator era: “[...] tirar a filosofia dos gabinetes,
bibliotecas, escolas e faculdades e levá-la para clubes e assembléias, casas de chá e café”.
Teoricamente, essa vertente do jornalismo propicia o criticismo e a conscientização acerca
da multiplicidade das manifestações artísticas, sejam elas seculares ou contemporâneas. Ademais,
esse gênero pode agregar aspectos históricos sobre determinado tema, contextualização, além de
permitir ao leitor conhecer determinado bem cultural e algumas de suas peculiaridades.
Todavia, a consolidação hegemônica da indústria cultural fez corroborar uma prática de
jornalismo cultural caracterizada pelo servilismo aos anseios mercadológicos. A imediaticidade
(delineada, mormente, pela cobertura em que o elemento basilar é a efeméride) oblitera a
diversidade intrínseca à cultura. No regime de comunicação midiática em vigor, prepondera a
homogeneização das manifestações de cultura, em detrimento da variedade.
Outro ponto relevante correlacionado a essa modalidade jornalística é a definição do que é
cultura e de que maneira o profissional abordará a questão: ele interpretará ou explicará a obra?
Caso a primeira opção seja a implementada, há o risco da deturpação do conteúdo, pois juízos de
valor poderão corromper o significado genuíno do bem cultural.
É patente a sucumbência das pautas ao fenômeno da “ibopização”, por conseguinte, é
comum jornalistas defrontarem-se com um antagonismo oriundo da mercantilização da cultura,
isto é, a cultura de massa: devem-se priorizar os valores culturais ou de mercado? Parece que o
jornalismo cultural está contaminado por uma visão reducionista e espúria, a qual não reputa a
identidade e a legitimidade de um bem cultural, simplificando-o a um mero produto comercial.
Nos veículos estudados, ficou perceptível a sujeição da programação dita cultural ao que é
pré-determinado pelas convenções mercadológicas. Outrossim, o conceito de efeméride tornou-se
evidente principalmente no mês de maio, no qual há a realização da Festa do Divino, uma das
maiores e mais notórias festas da região. Em conseqüência, a cobertura sobre cultura neste mês
foi a mais proeminente, ainda que com poucas matérias sobre o evento no jornal, como se pode
verificar nas tabelas a seguir.
Data Titulo Página Espaço
1/5/08 n/c n/c n/c
2/5/08 Abertura do Divino arrasta 1,5 mil ao centro 5 1590 cm
Suzano tem festa de são José operário 3 313,5 cm
3/5/08 n/c n/c n/c
4/5/08 O relações públicas que fez as festas mais lembradas de Suzano
6/5/08 36ª festa da uva de Ferraz vai começar amanhã 5 210,25 cm
7/5/08 Nikkey News 1 pag
8/5/08 n/c n/c n/c
9/5/08 Festa do divino segue até domingo com programação variada 6 104,5 cm
10/5/08 n/c n/c n/c
11/5/08 Entrada dos palmitos atrai público de aproximadamente 50 mil devotos 8 969 cm
Os desafios de levar a cultura ao público da periferia 4 1pag
13/5/08 n/c n/c n/c
14/5/08 n/c n/c n/c
15/5/08 n/c n/c n/c

Por ser ano do centenário da imigração japonesa, nota-se na tabela a presença do


Nikkey News (um suplemento do jornal Diário do Alto Tietê sobre a cultura nipônica). Essa mais
uma evidência da presença do conceito efeméride e da superficialidade na abordagem do tema,
em decorrência do fenômeno da presentificação, o que, por sua vez, acarreta na formação de
telespectadores e leitores acríticos. “Se o Povo não tem formação cultural satisfatória, não terá
consciência crítica para combater e descartar o que lhe apresentam[....]” (Bonini 2008).
Na segunda quinzena do mês de maio, nota-se uma queda abrupta na quantidade de matérias
sobre cultura, com a presença de apenas uma reportagem com tais características, como fica
visível na tabela seguinte.
Data Titulo Página Espaço
16/5/08 n/c n/c n/c
18/5/08 n/c n/c n/c
19/5/08 n/c n/c n/c A
20/5/08 n/c n/c n/c
matéria da
21/5/08 n/c n/c n/c
22/5/08 n/c n/c n/c segunda
23/5/08 Artista de Suzano trabalha para desmistificar 6 1 pag
quinzena:
profissão
25/5/08 n/c n/c n/c Artista de
26/5/08 n/c n/c n/c
27/5/08 n/c n/c n/c “Suzano
28/5/08 n/c n/c n/c
29/5/08 n/c n/c n/c
trabalha para
30/5/08 n/c n/c n/c desmistificar
profissão”, assim como a matéria do dia 11 de maio “Os desafios de levar a cultura para
periferia”, que teoricamente falariam de cultura, destacam-se pelo alto teor político.
Essa tendência de queda brusca permanece nas duas próximas tabelas, com destaque
para festa do mês de junho.
Data Título Página Espaço
1/6/2008 Banda Albbey Road apresenta sucessos dos Beatles em Mogi 5 83,25 cm
3/6/2008 n/c n/c n/c
4/6/2008 Nikkey News
5/6/2008 n/c n/c n/c
6/6/2008 n/c n/c n/c
7/6/2008 n/c n/c n/c
8/6/2008 Expo100 vai reunir vários setores 3 202,5 cm
10/6/2008 n/c n/c n/c
11/6/2008 Prefeitura espera até 30 mil pessoas por dia na expo100 4 171 cm
12/6/2008 n/c n/c n/c
13/6/2008 n/c n/c n/c
14/6/2008 n/c n/c n/c
15/6/2008 n/c n/c n/c
Data Título Página Espaço
17/6/08 n/c n/c n/c
18/6/08 n/c n/c n/c
19/6/08 n/c n/c n/c
20/6/08 Expo100 terá ínicio hoje em Suzano 4 348 cm
Festival de cinema em agosto contará com atores globais 7 198
21/6/08 n/c n/c n/c
22/6/08 n/c n/c n/c
24/6/08 n/c n/c n/c
25/6/08 n/c n/c n/c
26/6/08 n/c n/c n/c
27/6/08 n/c n/c n/c
28/6/08 n/c n/c n/c

3. Resultados esperados

Debruçamos-nos sobre a representatividade da cultura popular em meios de


comunicação da região do Alto Tietê por entendermos que esta relação: folclore e a mass media,
encontra-se no âmago de algumas questões fundamentais para a comunicação social em sua
contemporaneidade. Vivenciamos um momento onde a presentificação da notícia, ou seja, o aqui
e o agora, encontra-se na ordem do dia dos programas jornalísticos, sendo estes balizado pelos
números da audiência que instantaneamente são atualizados em pleno estúdio e ao vivo. Num
outro extremo temos agentes populares que cultivam manifestações que comunicam o seu ethos
social, através das artes populares e técnicas tradicionais que sintetizam o nosso folclore. Esta
análise quantitativa e classificatória propiciará também contato com o perfil ou pefis do
jornalismo praticado na região, qual o tipo de abordagem e o aprofundamento com que se trata
este assunto. Os objetos são uma TV afiliada, esta de uma emissora com projeção nacional, e um
jornal diário impresso de um grupo tradicional em comunicação nesta região.
4. Referências bibliográficas

ADORNO Theodor W. & Hokheimer, M. A dialética do esclarecimento: Fragmentos


filosóficos, Rio de Janeiro: Jorge Zahar Ed; 1985.

BELTRÃO, Luiz. Teoria Geral da comunicação, Brasília: Thesaurus, 1977.

CHAUÍ, Marilena. Conformismo e resistência: Aspectos da cultura popular no Brasil, São


Paulo: Brasiliense, 1993.

PINTO, Virgilio Noya: Comunicação e cultura brasileira, São Paulo, Ática, 2007.

RIBEIRO, Darcy: O Povo brasileiro: a formação e o sentido do Brasil, São Paulo: Companhia
das Letras, 2003.

SCHMIDT, Cristina (org.). Folkcomunicação na arena global, 1.ed, São Paulo Ductor, 2006.

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