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COMO ESCREVER SEU LIVRO

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Idéias, onde buscá-las?

Elas estão em todos os lugares. Na rua. No jornal. Na tevê. Em outro livro que você leu. Na fofoca que o vizinho
contou. Um bom gerador de idéias é o bom e velho "E se...?"

Você já usou a tecla redial do telefone, aquela que redisca o último número discado? E se... um dia você usar a tecla e
a ligação, ao invés de cair na casa da sua irmã, cair numa agência de seguros de vida? Ou de garotos de programa?
Quem poderia ter ligado para estes lugares? E... com que intenções?

Você nunca acreditou em vida extra-terrestre. Mas muita gente jura de pés juntos ter visto discos-voadores. E se... os
discos voadores não forem discos voadores? O que eles poderiam ser?

Você acredita na lei de Murphy? E se... você fizer uma visita-surpresa ao seu namorado e descobrir que ele está
rolando no sofá com outra pessoa? Qual seria sua reação?

Avaliando a idéia

Sim, você pode escrever um livro que só tenha importância e significado para você mesmo. Mas, geralmente, o
objetivo do livro é ser lido por outras pessoas.

Pense no leitor ao decidir sobre o que escrever. Você realmente acha que as pessoas querem ler um descritivo sobre a
vida rural da sua bisavó materna? Sobre um monótono e obscuro personagem histórico que só você conhece? Sobre a
variação do preço do café no decorrer da história? Sobre um cara que tem uma vidinha tão tranqüila que até você, ao
escrever, fica com sono? Tenha dó do leitor. Ponha-se no lugar dele.

1ª LIÇÃO: NÃO MATE O LEITOR DE TÉDIO

Dê ao leitor emoção, novidade, um ponto-de-vista diferente, uma jornada que nunca foi feita. A maior parte das
pessoas lê para se divertir, para escapar do tédio do cotidiano. Ler é uma viagem. Não faça da viagem do leitor uma
volta pelo quarteirão - a não ser que a sua volta pelo quarteirão seja feita de uma maneira nunca antes imaginada.

O que não quer dizer que você tem que inventar universos paralelos para contar uma história interessante. Mas
também não fica achando que alguém mais do que seus parentes próximos vão querer ler a história da SUA vida.

Outra maneira não tão óbvia de matar o leitor de tédio é escolher uma idéia que já foi usada à exaustão. Exemplo:
moça bonita mas pobre encontra rapaz encantador e rico e tem que lutar contra todos para conseguir conquistar seu
amor. Ou: seres de diferentes raças esquecem as diferenças para lutar contra o inimigo comum.

Sim, você pode ser o escritor que vai revolucionar o gênero, mas o mais provável é que seja só mais um usando uma
trama batida. Ninguém quer um novo Senhor do Anéis. Já existe um Senhor dos Anéis!

Então, quebre a cabeça, pense bastante e surja com uma idéia diferente. Que tal: moço bonito mas pobre encontra
rapaz encantador e rico e tem que lutar contra todos para conseguir conquistar seu amor?

Idéias, onde guardá-las?

No caderninho. Ao terminar de ler esse capítulo, vá arrumar um caderninho. Ou um bloco de papel. Ou um laptop.
Qualquer coisa que você leve sempre junto com você. Nunca se sabe quando ou como uma idéia pode surgir. E elas
têm o péssimo hábito de desaparecer sem avisar.

Em qualquer momento de sua vida, você pode imaginar um ótimo final. Descobrir uma doença rara que é exatamente
o que um personagem misterioso estaria sofrendo. Presenciar a briga de namorados mais ridícula que você já viu. Ler
uma placa de trás pra frente e conseguir um ótimo nome para seu vingador marciano. Viu, gostou? Anote.

Vamos por partes, como diria o esquartejador

Todo escritor iniciante que escrever o próximo "As Brumas de Avalon" ou o novo "... E o Vento Levou". Épicos imensos,
trabalhosos e danados de complicados.

Isso é ótimo. Mas vamos ser realistas: ser ambicioso demais pode ser o caminho mais fácil para o fracasso.

Vamos por partes. Concentre-se no primeiro episódio da sua saga. Com começo, meio e fim. Escreva. Se você
conseguir, aí você parte para as continuações. Planejar de cara a vida com detalhes de três gerações, com árvore
genealógica, brasão e lema, é o tipo de coisa que serve para adiar indefinidamente o dia no qual você vai se sentar e
realmente começar a escrever. Ou desistir logo de cara, porque quem não se assusta com a perspectiva de escrever
uma obra em sete volumes?
Fazendo gênero

Como escritor iniciante, todos os gêneros estão abertos para você. Romance, supense, horror, sobrenatural, drama,
histórico? Você escolhe.

Escolher ajuda a selecionar suas idéias. Se você quer escrever um romance, já fica de olho nos casaizinhos românticos
e nas viagens inspiradoras. Mas lembre-se que os gêneros se interpenetram. Romance com suspense? Ótimo.
Sobrenatural dramático? Perfeito. E um horror histórico pode ser muito, muito interessante.

Cada gênero tem suas regras. Em um drama romântico, o enfoque é no casal, no relacionamento e no final feliz. Em
um suspense, a atenção vai para o desvendar do mistério. Assim, quando você escolhe um gênero, parte do trabalho
duro já está feito para você. Algumas convenções já estão estabelecidas, o que significa que você não precisa partir do
zero. Pesquise um pouco o seu gênero; descubra suas características. Ainda que seja para desobedecê-las.

Por outro lado, você não pode se tornar um escravo dos gêneros.
Ex: dupla de policiais enfrenta o crime: um é mais velho e experiente, outro é jovem e impulsivo. Eles brigam a
princípio, mas acabam se tornando grandes parceiros. Um dia, um deles é morto por um chefão das drogas, que ainda
consegue incriminar o outro parceiro. Expulso da força policial, ele tem que provar sua inocência e vingar a morte do
amigo...

Já viu coisa mais batida? Essa história já foi contada milhares de vezes no cinema. A não ser que você mude as coisas,
nenhuma editora vai comprar seu livro. Se ele é igual a tudo que já existe, porque ela gastaria tempo, dinheiro e
esforço numa obra que não traz nada de novo? Que leitor vai gostar de um livro que não traz nenhuma surpresa?

Você também pode ter a idéia primeiro e escolher o gênero depois. Mas escolha um gênero. Não faça da sua obra uma
coisa indefinida, em cima-do-muro.

Quem vai ler sua história?


Escolheu seu gênero? Muito bem. Agora pense em quem vai ler sua história. Adultos? Jovens? Crianças? Homens?
Mulheres? Professores cultíssimos? Pré-vestibulandos? Todas as opções acima?

Você tem que ter sempre em mente o seu público-alvo. Essa decisão vai determinar:
- qual será a linguagem adequada;
- como sua idéia será desenvolvida;
- o tom de sua narrativa.

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