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MUSEU: UM LUGAR DE FILOSOFIA, ARTE E EDUCAÇÃO

Ana C. Guske*
ana.guske@terra.com.br

Beatriz S. Remião Veronez**


beatrizveronez@yahoo.com.br

Originalmente, a palavra museu significa casa das musas, referindo-


se a nove musas que presidiam as artes liberais, filhas de Júpiter e
Mnemósina, deusa da memória. Divindades das montanhas, das folhagens
e das águas, elas regulavam a harmonia do mundo: Clio – "glória" ou
"fama". Era a musa da história e da criatividade, aquela que divulgava e
celebrava realizações. Érato, a Amável, era a musa da poesia lírica,
representada com uma lira, e dos hinos. Euterpe, a Doadora de Prazeres,
era a musa da Música. No final do período clássico, foi nomeada a musa
da poesia lírica e usava uma flauta. Melpomene ("coro") - era a musa da
tragédia, apesar de seu canto alegre. Polímnia ("a dos Muitos Hinos") -
era a musa da poesia sagrada e tinha um ar pensativo. Também era
considerada a musa da geometria, da meditação e da agricultura.
Terpsícore ("a Rodopiante" ou "dança delicada") - Era a musa da Música
e da Dança. Tália - Era a musa da comédia. Era representada com uma
máscara cômica e por vezes com uma coroa de hera. Urânia – Musa da
Astronomia e da Geometria - era representada com um compasso e uma
esfera.
Sinceramente me sinto uma musa quando visito os museus da Praça
da Alfândega, primeiro, porque aqueles prédios muito se parecem com
palacetes; segundo, e principalmente, porque a cada nova exposição
sinto-me sujeita, sinto-me viva e intelectiva frente a cada obra.

*
Licencianda do curso de filosofia pelo Centro Universitário Metodista IPA

**
Licencianda do curso de filosofia pelo Centro Universitário Metodista IPA
Musear é uma palavra que acabei de inventar, mas que dá vontade
de falar quando convido alguém para me acompanhar a um museu:
“Vamos musear?” Com isso quero convidar meu/minha acompanhante
para irmos ao museu com a percepção preparada para se ouvir todos os
silêncios, olhar todos os ângulos, identificar-se com as obras e falar cada
olhar. Seria mais coerente se ao convidar eu dissesse: “Posso-te musear?”
Já que em uma visita como esta, a arte está em quem são nossos/as
companheiros/as, em tudo o que eles/elas nos dizem com o olhar a partir
do que o/a artista nos coloca.
Este primeiro olhar vale para uma exposição, mas que bom para
aquele que ainda não foi ao MARGS, que ainda pode se maravilhar pela
primeira vez com as formas, os ocos, cores e subidas que fazem parte da
arquitetura. Encantar-se pela primeira vez com algo magnífico, e que
passa. Tantas vezes já visitei o MARGS que já não vejo o que meus olhos
antes viam naquelas paredes, o encantamento da primeira vez.
Musear, então, não poderia deixar a filosofia de lado, já que a
filosofia e a arte são irmãs. Encantar-se com um simples detalhe, duvidar,
olhar e re-olhar em um museu são inter-relações destas duas áreas, um
intermeio muito interessante por sinal.
Lembro-me, em certa visita, que acompanhei uma pessoa que
estava “palestrando” tecnicamente a seus acompanhantes. Falava de sua
visita a um grande museu da Europa e como cada obra que viam - de
Picasso - teria sido tecnicamente produzida. E estes? Musearam? Não,
claro que não, musear envolve características filosóficas que, aliás, são
imprescindíveis.
Não devo deixar de lembrar que a educação tem muito a ver com a
arte e a filosofia, pois um/a professor/a com seu alunado e a atual
sociedade como deve proceder? Que tipo de educação deve visar? Aplicar?
Seguir? Em primeira instância a educação que um/a educador/a almeja
deve estar incrustada no ser que educa, oferecendo o exemplo. O
desenvolvimento da capacidade criativa de cada um deve ser colocado em
primeiro plano por todo o corpo educador, para que se faça um trabalho

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conjunto e, a partir daí, se reduza a distância entre os educandos, a arte e
a filosofia.
Elementos tão fundamentais à criação como a “duvidação” não
precisam estar afastados das pessoas. O/A visitante, o pensador/a, o/a
estudante não precisa ser preenchido com conhecimento, ele/a é capaz de
produzir seu próprio conhecimento através de sua interação e do seu
pensar. É muito importante que o/a educador/a, assim como o/a
mediador/a de uma exposição artística, por exemplo, compreendam isto,
que deixem os observadores resignificarem, criarem, duvidarem a obra
que vêem. E esta é também a proposta da sexta edição da Bienal do
Mercosul, que se realiza em Porto Alegre entre setembro e novembro, que
destaca a ação educativa na perspectiva que estamos propondo. A
educação para a criação é um chamamento não só para a comunidade
estudantil, mas para a sociedade em geral, para perceber arte e filosofia
como parceiras de interação com as quais ganham sentido e ampliamos
nossa experiência de mundo.

A arte é importante na educação, pois encaminha-nos na formação


do gosto, estimula a inteligência e contribui para a formação da nossa
personalidade. Utilizamos e aperfeiçoamos meios que desenvolvem a
imaginação, a percepção, o raciocínio, o poder de observação e a
motricidade. Através da criação o/a artista ou qualquer pessoa que se
aventura na criação entra em contato com a investigação das próprias
emoções, organizando seus pensamentos, situando-se em seu meio como
ser mais consciente de si mesmo e de seu papel na sociedade. “A
literatura, como a pintura, a música, a escultura e qualquer das artes, é a
passagem do instituído ao instituinte, transfiguração do existente numa
outra realidade, que o faz renascer sob a forma de uma obra.” (Chauí,
2000, Unidade 8, cap. 3, O universo das artes, Unidade do eterno e do
novo)

Os filósofos gregos começaram a pensar sobre a estética através de


objetos bonitos e decorativos produzidos em sua cultura. Platão entendeu
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que estes objetos incorporavam uma proporção, harmonia, e união,
tentando entender estes critérios. De modo semelhante, na "Metafísica",
Aristóteles achou que os elementos universais de beleza eram a ordem, a
simetria, e a definição.

Um valor pedagógico e didático é também possível ver nos objetivos


específicos da filosofia da arte. Talvez possamos pelo caminho da arte, de
maneira prática, introduzir as pessoas em assuntos filosóficos, pois ela
desperta tais perguntas. Naturalmente o/a artista faz perguntas filosóficas
a respeito da arte que produz. Também quem a aprecia vai muito
depressa nesta mesma direção.
Sabe-se que os poucos museus que ainda se mantêm muitas vezes
são dirigidos pela clientela política e que muito servem para transferir
prestígio nas colunas jornalísticas da cidade (Marshall, 2006), esta
situação é lamentável, mas deve ser revertida e iniciada na educação
infantil, quando a criança se apropria do museu como um espaço
aconchegante e também dela. O museu deve ser um local freqüentado,
deve ser um local íntimo como a própria casa, um local que você convida
seus/suas amigos/as para irem, para apreciarem, como se fosse uma
visita de apreciação a um móvel novo. A criança e o/a jovem devem ser
levados ao museu para tornar-se, na medida do tempo, tão apropriados,
que enxerguem naquele local um lugar de inovação e criação, como a
essência “museológica” já propõe.
Colocar o olhar do jovem dentro do museu implica um jogo de
projeções, recuperações e transferências que deve sacudir as estruturas
das instituições. Não se trata apenas do esforço de educadores(as) e
curadores(as) em desenvolver novas formas de linguagens, mas sim do
reconhecimento de um novo protagonista do espaço do Museu, de um
novo personagem fluído, capaz e enigmático como a linha de superfície
da cultura contemporânea, cuja presença no museu exige da instituição
um conjunto de olhares transversais, atualizadores e prospectivos
(Marshall, 2006). E se oferecermos uma oportunidade a este novo

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personagem, uma oportunidade de refazer e reconstruir o museu a partir
do seu olhar? Que museus teríamos? Você, leitor, imagine se puder, mas
não podemos esquecer que esta prática necessita de incentivos. Uma
sugestão seria a construção, nas instituições educacionais, assim como
também nas famílias e em todos os locais onde há grupos socialmente
constituídos, de “pequenos grandes museus”. Pequenos por não serem tão
representativos fisicamente quanto aos que se encontram no centro da
capital gaúcha, mas grandes pelo valor histórico, cultural e artístico que
eles constituem. Nas escolas públicas (e privadas também) poderia ser
criado um local onde as obras produzidas nas aulas de artes seriam
expostas, um local politicamente organizado e digno de visitação e
prestígio por toda escola e de toda comunidade escolar. A família também
pode ajudar na preservação histórica da família guardando objetos
importantes de cada membro em um local especial; a criança e o jovem
sentem-se sujeitos ativos no momento em que participam da experiência,
oferecendo um objeto pessoal para o museu da família. Redescobrir a
fivela do cabelo da bisavó deve ser muito interessante, assim como
também pensar como aquele urso marrom vai ser visto pelos seus/suas
tataranetos/as. Colocar-se na história, imaginar, duvidar e criar faz parte
deste universo, e se muitos não estão maduros para o pensamento
filosófico, ao menos abrem muitas portas para que ele se construa.
Merleau-Ponty (In: 1984) apresenta o texto o “Olho e o espírito”
uma passagem que muito interessante e que retrata a inter-relação entre
objeto e sujeito. Não deixa de ser uma prática sugestiva que deve ser
inclusa no processo educativo, sentindo-se vivo e perspectivo.

Meu corpo é ao mesmo tempo vidente e visível. Ele, que


olha todas as coisas, também pode olhar a si e reconhecer
no que está vendo então o ‘outro lado’ do seu poder vidente.
Ele se vê vidente, toca-se tateante, é visível e sensível por si
mesmo. É um si, não por transparência, como o
pensamento, que só pensa o que quer que seja assimilando-
o, constituindo-o, transformando-o em pensamento - mas
um si por confusão, por narcisismo, por inerência daquele
que vê naquilo que ele vê, daquele que toca naquilo que ele
toca, do senciente no sentido - um si, portanto que é

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tomado entre coisas, que tem uma face e um dorso, um
passado e um futuro... (1984, p. 88-89).
Assim, relacionando o pensamento de Merleau-Ponty a uma
visitação “museológica” podemos observar a dificuldade da observação de
obras de arte, por exemplo, que Merleau-Ponty aponta em seu texto. É
comum encontrarmos grandes filas para exposições renomadas, ou então
muitos visitantes observando detalhadamente uma obra renomada no
mundo da arte, mais uma vez a arte torna-se um meio de destaque na
mídia, de glamour em uma roda de amigos. Indiretamente ou diretamente
não se incentiva os/as novos/as artistas. Quem gostaria de ser artista
expositor com estes incentivos? Museus vazios são facilmente encontrados
quando exposições grandiosas não estão por lá; isso por um lado é bom,
pois posso apreciar tranqüilamente, mas socialmente é preocupante.
Em uma era pós-moderna, como a nossa, muitos aspectos se
transformaram e continuam se transformando. Estamos em um tempo de
“liquidez” como denominou Zygmunt Bauman, em um tempo de
mudanças rápidas, onde não há previsibilidade de fatos, onde alguma
forma que possa se concretizar não é mantida, não é sustentada, em uma
era onde um objeto almejado é em pouco tempo desprezado. Vivemos em
um período em que a sociedade exerce uma grande força sobre os
indivíduos, mas uma força não localizável sem sua atitude evasiva,
versátil e volátil, na imprevisibilidade desorientada de seus movimentos.
Vivemos em um tempo onde a construção da identidade não é uma tarefa
fácil, é como se os jovens tivessem que montar um grande quebra-
cabeças sem saber qual a figura, e mais, sem saber onde buscá-las. As
instituições fisicamente estabelecidas estão se apresentando em uma
nova forma no mundo, elas não são mais instituições físicas com
repartições e funcionários que representavam um órgão, atualmente são
instituições virtuais, de modo não localizável. Desse modo, onde buscar
peças para montar uma imagem que não visualizo? A quem recorrer?
Construir-se nesta era não é uma tarefa fácil, as pedras não estão no
caminho para que possamos segui-las.

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Com estas características contextuais não é difícil compreender
como um jovem pode ter sua mente vazia de pensar, vazia de reproduzir.
A maioria está na situação de receber tudo pronto. O conhecimento é
transmitido sem questionamento. O/A aluno/a recebe o conteúdo pronto
engessado, e o único objetivo é terminar sua tarefa para como
recompensa receber a sua nota, sem dizer por que ou a origem e
significado deste conhecimento.
O ensino, de modo geral, está precisando de uma reformulação.
Estamos vivendo em uma realidade onde as diferenças não são tratadas
como diferenças, mas como questão de superioridade e inferioridade. A
violência nos indica um caos entre o respeito e a ética. As culturas
populares que deveriam fazer parte do currículo, acrescentando nosso
conhecimento e principalmente consciência reflexiva como meio de vida
ou forma de viver são deixadas de lado para dar lugar somente às
culturas dominantes.
Vivemos em um mundo onde a informação da mídia nos sufoca com
o peso de mensagens subliminares, ou nem tanto assim, conduzindo-nos
a um pensamento padrão, onde o questionamento esquece-se de indagar,
atos de violência ou conflitos familiares banalizados entre a mentira,
traição e ódio e no finalzinho, para sermos felizes para sempre, o amor.
Neste contexto pós-moderno nos deparamos com uma educação
engessada, conduzida por um método fechado e obtuso, com professores
também nos mesmos moldes, aulas superficiais e um currículo deficiente.
Vivemos um momento onde a superficialidade, uniformidade, são atitudes
preponderantes na sociedade.
Segundo Douglas Kellner (In: Silva, 2001, cap. 5) uma posição pós
moderna relevante para as preocupações pedagógicas é a ruptura das
fronteiras entre a alta cultura e a baixa cultura. Aqui encontramos a
possibilidade de quebrar os engessamentos pedagógicos. A diversidade
que encontramos nas culturas populares e de massa é imensa e nos faz ir
de encontro com algo mais próximo das nossas vivências e da realidade

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do dia a dia. Também nos dá a oportunidade de comparar, refletir sobre
as diversas culturas.
A filosofia no ensino médio chega exatamente para reverter este
quadro: Ajudar o/a aluno/a a reaprender a pensar. Quando crianças,
tínhamos esta capacidade bem desenvolvida, mas ao longo do nosso
desenvolvimento fomos congelando a mente com o senso comum
deixando de refletir e investigar questões relacionadas à vida e à cultura.
Possuímos o poder de transformar nossas vidas diariamente, assim
possuímos o mesmo poder de transformar o caminho da educação, em
que a reflexão é o ponto primordial. Podemos começar esta transformação
nos conteúdos pedagógicos e na aplicação destes de forma a oportunizar
ao/a aluno/a a conhecer as diversas culturas e grupos sociais e a partir
daí buscar um posionamento de vida através de uma reflexão mais
abrangente.
Segundo Jurjo Torres Santomé “uma das finalidades fundamentais
de toda intervenção curricular é a de preparar os/as alunos/as membros
solidários e democráticos de uma sociedade solidária e democrática” (In:
Silva, 2001, p. 159). E para que isto aconteça deve ser promovido a
construção dos conhecimentos, destrezas, atitudes, normas e valores. “O
desenvolvimento de tal responsabilidade coletiva implica que os/as
estudantes pratiquem e se exercitem em ações capazes de prepará-los/as
adequadamente para viver e participar em sua comunidade” (Alienígenas
na sala de aula - Uma introdução aos estudos culturais em Educação -
capítulo 07, pág. 159).
Ora, como ser bom/boa cidadão(ã) se eu não sei o que é ser
bom/boa? Como vou desenvolver meus conceitos se o que recebo como
informação não me oportuniza de comparar e refletir?
Os museus e as escolas deveriam prestigiar mais as artes e as
culturas populares e tratar deste assunto como se trata uma arte de
renome. Erudição deve estar ao alcance de todos, não só da cultura
dominante. Também não vou desmerecer esta cultura, ela é tão
importante quanto a popular, esta é a relação.

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O discurso educacional deve facilitar para que as crianças e jovens
de etnias oprimidas, assim como grupos dominantes, possam
compreender as inter-relações entre os preconceitos, falsas expectativas e
condições infra-humanas de vida das populações marginalizadas com as
estruturas políticas, econômicas e culturais dessa mesma sociedade.
Assim, um desenvolvimento crítico e um posionamento mais realista se
instalarão na mente de todos os/as estudantes, dando condições de ser
um/a bom/a cidadão/ã.
A estrutura pedagógica das instituições educacionais exige uma
educação que leve a sério os pontos fortes, expectativas, estratégias e
valores dos membros dos diversos grupos.
Apresentando as diversas culturas, o(a) estudante terá um horizonte
mais amplo sobre sociedades, grupos, para assim posicionar-se de
maneira que vivencie de uma forma mais digna e respeitosa a diversidade
humana.
É preciso transformar as vozes ausentes da seleção da cultura e do
currículo escolar em vozes presentes. É preciso fazer o professorado (que
é fruto de modelos fechados de socialização) atuar como professores, com
tomada de decisões, reconstrução reflexiva e crítica da realidade.
A arte nos ajuda a conhecer as diversas culturas locais e globais e
assim possibilita entender os diversos tipos de pensamentos das
diferentes sociedades. Sempre que direcionamos nosso pensamento à
mais pura criação, descobrimos nossos mais puros sentimentos, o que
facilita a capacidade de questionar sobre quem sou, o que produzo e o
que sei a respeito da vida. Arte e filosofia estão juntas para torná-los
iguais na diferença, assim como todas as outras disciplinas.
O/A professor/a de filosofia é peça fundamental para a concretização
desta situação. O pensar e o refletir são desenvolvidos na filosofia. O
ensino de filosofia nos discursos do Ensino Médio pode estimular a
desmontagem das regras de produção dos discursos. O professor de
filosofia é um desvelador, alguém que nos ajuda a afastar o véu que
encobre os nossos olhos e procura mostrar as coisas na sua forma e

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posição original. Ele/a nos abre a possibilidade de reconstruir e escolher
nossos valores frente à adversidade de pensamentos e contextos que a
natureza humana produz.
Um/a artista ao pintar um quadro, fazer uma escultura, compor uma
música, criar uma obra de arte, também desvela, levanta o véu que
encobre os nossos olhos. Através da arte podemos produzir emoções e
sentimentos muitas vezes, até então, não vivenciados, o que nos
possibilita ver a vida através de outro ângulo, o qual ainda não havíamos
visto. Assim é a filosofia. Os jovens, as pessoas em geral, precisam ser
estimuladas a pensar de maneira mais crítica e pessoal, com uma visão
mais ampla e profunda. A filosofia, a educação e a arte juntas têm a
combinação necessária para esta erudição. Assim teremos uma sociedade
mais respeitadora das diferenças e mais consciente da sua realidade e da
de outras culturas.
Entrar em uma sala de aula deve ser como entrar em um museu,
onde cada dia que percebo e compreendo um assunto, busco ainda mais,
fazendo de meu aprendizado uma verdadeira obra de arte. A cada dia, a
cada momento eu pinto, esculpo meus pensamentos, construo meu saber
com as tintas e os materiais da arte do questionar. A filosofia é a musa
desta arte. Com ela os/as alunos/as serão inspirados a pensar, descobrir e
construir um mundo mais crítico, onde as diferenças não se tornem uma
questão de inferioridade e superioridade, onde a sociedade poderá
encontrar certa harmonia nas suas relações interpessoais, através da
construção de um pensamento em que o respeito a estas diferenças será
a obra prima resultante.

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