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Informações

Sobre o
Uso de
Medicamentos
no Esporte

Departamento Médico

S E X TA E D I Ç Ã O | RIO DE JANEIRO, BRASIL | ANO 2007


Observação
importante

As informações constantes neste documento, e referentes à


lista de substâncias e métodos proibidos e restritos, são válidas
somente até a data de 31 de dezembro de 2007.

A partir desta data, a Agência Mundial Antidoping (AMA)


emitirá uma nova lista de substâncias e métodos proibidos, bem
como sua relação com as diversas modalidades esportivas.
EDUARDO HENRIQUE DE ROSE
Departamento Médico, Comitê Olímpico Brasileiro. Para consultar esta lista após o mês de janeiro próximo, acesse
a página da AMA em www.wada-ama.org. Em caso de
dúvida, consulte o Comitê Olímpico Brasileiro através do
RAFAEL MAIA DE ALMEIDA BENTO
endereço antidoping@cob.org.br.
Laboratório de Controle de Dopagem, Instituto de Química, UFRJ.

RENATA RODRIGUES TEIXEIRA DE CASTRO


Departamento Médico, Confederação Brasileira de Desportos Aquáticos.

FRANCISCO RADLER DE AQUINO NETO


Laboratório de Controle de Dopagem, Instituto de Química, UFRJ.

USO DE MEDICAMENTOS NO ESPORTE


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C O M I T Ê O L Í M P I C O B R A S I L E I R O - D E PA R TA M E N T O M É D I C O

17 Os Jogos Continentais 31 S5. DIURÉTICOS E 42 Relação de fármacos


OUTROS AGENTES permitidos
19 Definição atual de doping MASCARANTES

20 Tipos de controle 33 2. Métodos proibidos 48 O uso de suplementos


antidoping existentes alimentares e produtos
33 M1. AUMENTO DE
naturais
CARREADORES DE
22 Autorização para uso
OXIGÊNIO 49 O programa de testes do
Sumário terapêutico de substâncias
Comitê Olímpico Brasileiro
restritas e proibidas 33 M2. MANIPULAÇÃO
(COB) e de suas
QUÍMICA E FÍSICA
06 Prólogo 23 A lista de substâncias e Confederações
DA URINA
métodos proibidos da
08 O uso de Agência Mundial 54 Os direitos e as responsa-
33 M3. DOPING GENÉTICO
medicamentos Antidoping bilidades dos atletas
no esporte 34 Substâncias e métodos
24 Lista de substâncias e proibidos em Competição 55 D I R E I T O S D O S AT L E TA S
08 Aspectos históricos métodos proibidos
do doping 34 Substâncias proibidas 56 RESPONSABILIDADES

25 Substâncias e 34 S6. ESTIMULANTES D O S AT L E TA S


09 ANTIGÜIDADE
métodos proibidos 35 S7. NARCÓTICOS 58 Bibliografia
09 SÉCULO XIX permanentemente (em
Competição e fora-de- 35 S8. CANABINÓIDES 61 Anexos
10 D E AT E N A S 1 8 9 6 A - FORMULÁRIO DE
AT É L O S A N G E L E S 1 9 3 2
competição) 36 S9. GLICOCORTICOSTERÓIDES
ISENÇÃO DE USO
25 1. Substâncias proibidas 36 Substâncias proibidas em TERAPÊUTICO (IUT)
10 DE BERLIM 1936
AT É O M É X I C O 1 9 6 8 25 S1. AGENTES ANABÓLICOS
um esporte específico B - FORMULÁRIO
ABREVIADO DE ISENÇÃO
12 DE MUNIQUE 1972 29 S2. HORMÔNIOS E
36 P1. ÁLCOOL
DE USO TERAPÊUTICO
AT É M O S C O U 1 9 8 0 SUBSTÂNCIAS AFINS 37 P 2 . B E TA - B L O Q U E A D O R E S C - THERAPEUTIC USE
13 DE LOS ANGELES 1984 30 S 3 . B E TA - 2 A G O N I S TA S 38 Substâncias especificadas EXEMPTIONS (TUE)
AT É AT L A N TA 1 9 9 6 D - A B B R E V I AT E D
31 S4. AGENTES COM 39 Resultados analíticos adversos THERAPEUTIC
15 DE SIDNEI 2000 AT I V I D A D E A N T I - relatados por laboratórios USE EXEMPTIONS
AT É AT E N A S 2 0 0 4 ESTROGÊNICA credenciados em 2005
C O M I T Ê O L Í M P I C O B R A S I L E I R O - D E PA R TA M E N T O M É D I C O

É com imenso prazer que apresento esta edição do

Carlos Arthur Nuzman


“Informações Sobre o Uso de Medicamentos no Esporte”,
uma publicação do Comitê Olímpico Brasileiro. Acreditamos
que, antes de punir, a educação e a informação ao atleta
devem ser o primeiro passo na luta contra o doping. Assim,
esperamos que este livro, que também estará disponível em
nossa página na Internet, cumpra o objetivo de informar,
educar e alertar os atletas para os perigos do doping.

Até hoje, nenhum atleta brasileiro cometeu uma infração às


normas de dopagem em Jogos Pan-americanos ou Olímpicos.
Este retrospecto altamente favorável ao Comitê Olímpico
Prólogo Brasileiro deve-se aos cuidados dos nossos médicos, liderados
pelo Dr. João Grangeiro e pelo Dr. Eduardo Henrique De Rose.
Esperamos que a participação da Delegação Brasileira nos XV
Jogos Pan-americanos Rio 2007 mantenha esta tradição.

Aos estudiosos do assunto, aos médicos em geral e


especialmente aos nossos atletas, desejo que esta publicação
seja um instrumento fundamental de esclarecimento na luta
contra o doping, prática que tanto prejudica a ética da disputa
e a saúde da nossa juventude no esporte.

Carlos Arthur Nuzman | Presidente | Comitê Olímpico Brasileiro

USO DE MEDICAMENTOS NO ESPORTE


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O uso de ANTIGÜIDADE
medicamentos
no esporte Na China, o Imperador Shen-Nung, que viveu há cerca de
2.700 anos A.C., conhecido como pai da Acupuntura, fez a
primeira classificação das ervas medicamentosas e já conhecia
O aumento do uso de substâncias ou métodos proibidos, os efeitos estimulantes da infusão de “machuang”, uma folha
destinados a melhorar artificialmente o desempenho que contém altas concentrações de efedrina, e era
esportivo, tem motivado uma ação intensa das autoridades rotineiramente utilizada para estimular o físico e aumentar a
nacionais e internacionais. O objetivo desta atuação é evitar capacidade de trabalho.
uma vantagem desleal de um competidor sobre os demais,
além de preservar os aspectos éticos e morais do esporte e, Conta Philostratus que, já nos Jogos Olímpicos da Antigüidade,
sobretudo, a saúde dos atletas. que foram iniciados no ano 800 A.C., os atletas bebiam chás de
diversas ervas e comiam certos tipos de cogumelos, buscando
aumentar seu rendimento atlético nas competições.

SÉCULO XIX
Aspectos No final do século XIX, quando o esporte começou a ser
históricos do organizado de uma forma internacional, um alquimista da
doping Córsega chamado Mariani produziu um vinho com folhas de
cocaína, chamado de “Vin Mariani”, e que se tornou bastante
popular entre os ciclistas da época.
O problema do doping vem do homem para o esporte e não
do esporte para o homem. O desejo do ser humano de se O pacifista francês Barão Pierre de Coubertin organizou os
superar continuamente, tentando ser mais forte e mais primeiros Jogos Olímpicos da Idade Moderna, no ano de
potente, sem respeitar limites, pode ser evidenciado em todas 1896, em Atenas, capital da Grécia. Na época, os atletas já
as etapas da história da humanidade. Um autor eslovaco conheciam o uso de estimulantes, particularmente a cocaína,
menciona que o primeiro caso de doping ocorreu no paraíso, a efedrina e a estriquinina, e as utilizavam em forma de
quando Eva ofereceu a Adão a maçã, dizendo que se comesse pequenas esferas, chamadas de “bolinhas”. Deste fato é que
o fruto proibido seria tão forte e poderoso quanto Deus. surgem os termos “usar bola”ou “emboletar-se”.

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D E AT E N A S 1 8 9 6 AT É L O S A N G E L E S 1 9 3 2 prisioneiros de guerra, encontrados em avançado estado de


desnutrição. Para resolver este problema, médicos do exército
No período entre 1896 e 1932, nove Jogos Olímpicos foram americano consideraram inicialmente o uso do hormônio
organizados, excluindo-se apenas os anos da Primeira Guerra masculino testosterona, substituído mais tarde pela nandrolona,
Mundial. Nesta época, o doping não era algo comum entre os sintética e mais eficiente em seu efeito anabolizante. Pouco
atletas, estando restrito ao ciclismo. A razão era a filosofia tempo depois, o conhecimento de que esta substância podia
olímpica implantada por Coubertin, que fazia com que os atletas aumentar a massa muscular chegou ao esporte através do
valorizassem mais a participação nos jogos do que a vitória. levantamento de peso, logo chegando aos atletas das
modalidades de arremesso, lançamento, saltos e velocidade.

D E B E R L I M 1 9 3 6 AT É O M É X I C O 1 9 6 8 De 1936 a 1964, seis Jogos Olímpicos foram realizados,


excluindo o período da Segunda Guerra Mundial. Nesta
O primeiro político que utilizou os Jogos Olímpicos como época, foi evidente o uso do esporte como um instrumento
instrumento de mercado para promover as suas idéias foi da luta pela supremacia política, ademais de uma forma de
Adolf Hitler. Nos XI Jogos Olímpicos, realizados em Berlim no promoção da raça, religião e formas de governo. Este fato
ano de 1936, ele buscou, através de uma organização modifica irremediavelmente os valores propostos por Pierre
monumental e da vitória dos atletas alemães, demonstrar o de Coubertin, tornando-se agora imperiosa a vitória para os
poderio e a força de sua política, além da supremacia da raça atletas, a qualquer custo ou de qualquer forma. As substâncias
ariana. O atleta afro-americano Jesse Owens, vencendo cinco mais utilizadas neste período foram a anfetamina, nos
medalhas de ouro em atletismo, fez desmoronar os sonhos de esportes de tipo aeróbico, e os anabólicos esteróides, depois
Hitler, mas os Jogos Olímpicos estavam irremediavelmente de 1954, nos esportes de força e potência.
contaminados. Vale a pena mencionar que Jesse Owens foi o
primeiro atleta olímpico a promover a Coca-Cola, O doping nos Jogos culmina com a morte de um ciclista
caracterizando a entrada do comercialismo juntamente com finlandês por overdose de anfetamina em Roma (1960), e
o uso político dos Jogos. com o uso massivo de esteróides anabolizantes em Tóquio
(1964), que repercutiu de uma forma extremamente negativa
Durante e imediatamente após a Segunda Guerra Mundial, para o Movimento Olímpico.
duas substâncias extremamente eficientes em aumentar de
modo artificial a performance dos atletas surgem no mercado: Buscando manter o ideal olímpico e preservar o espírito dos
a anfetamina e os anabólicos esteróides. A anfetamina foi Jogos, o Comitê Olímpico Internacional (COI) estabelece uma
usada para melhorar a capacidade de combate de pilotos e Comissão Médica, dirigida pelo Príncipe Alexandre de
comandados durante a guerra, eliminando a fome, a sede e a Merode, e formada por especialistas em Medicina do Esporte
fadiga. Após o término desta guerra, os jovens soldados se e Toxicologia, estando entre eles três integrantes do Executivo
convertem em atletas, e levam aos estádios o seu da Federação Internacional de Medicina do Esporte (FIMS):
conhecimento sobre este estimulante. Os anabólicos Giuseppi Lacava (Itália), Ludwig Prokop (Áustria) e Albert Dirix
esteróides foram utilizados no pós-guerra imediato, como (Bélgica). Participava também desta primeira comissão o
uma alternativa para reestruturar o sistema muscular dos médico-chefe dos Jogos Olímpicos do México (1968), Dr.
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Eduardo Hay. A Comissão Médica do COI atuou pela primeira D E L O S A N G E L E S 1 9 8 4 AT É


vez nestes Jogos, e a partir daí continuou realizando controles AT L A N TA 1 9 9 6
até os nossos dias.
Os quatro Jogos Olímpicos realizados de 1984 a 1996 devem
Cada Jogo Olímpico normalmente apresentava novas técnicas ser analisados separadamente, considerando-se o alto
na área de doping, fato que obrigava a Comissão Médica do número de casos positivos e as importantes modificações
COI a modificar constantemente a lista de classes farmaco- implementadas pela Comissão Médica do COI na lista de
lógicas e métodos proibidos. Tal costume segue até os dias de substâncias e métodos proibidos.
hoje. No dia 1o de janeiro de cada ano, com a aprovação e o
endosso da Agência Mundial Antidoping (AMA), é publicada Em Los Angeles o número de casos positivos aumentou,
uma nova lista. provavelmente em função de uma maior presença de marketing
e do maior número de profissionais nos Jogos. O total de positivos
foi de 11, sendo que apenas um estimulante foi detectado, ao
lado de dez anabólicos esteróides. Além disso, atletas de dois
países, militares de carreira e com uma média de idade de vinte e
Criada em 1967 e presidida pelo Príncipe dois anos, apresentaram certificados médicos de hipertensão
Alexandre de Merode, a Comissão Médica do arterial para justificar o uso de beta-bloqueadores em tiro.
COI é fotografada em sua primeira reunião no
Chateau de Vidy. Observa-se na extrema esquer- Transfusões de sangue foram abertamente utilizadas em ciclismo,
da La Cava (Itália), o presidente da FIMS, assim e era rotineiro o uso de diuréticos em esportes de categoria de
como os membros do seu Comitê Executivo: peso, como o halterofilismo, o boxe e o judô. Por esta razão, após
Dirix (Bélgica) e Prokop (Austria). O México está
representado pelo Dr. Eduardo Hay.
os Jogos de Los Angeles, a Comissão Médica do COI modificou a
lista de classes farmacológicas proibidas, incluindo beta-
bloquedores e diuréticos e, pela primeira vez, um método
proibido: a transfusão de sangue.

D E M U N I Q U E 1 9 7 2 AT É M O S C O U 1 9 8 0 Pouco antes dos Jogos de Seul e Calgary, em função de


problemas ocorridos nos Jogos Pan-americanos de
De 1972 a 1980 foram realizados três Jogos Olímpicos. A Indianápolis (1987), também foi incluída como método
primeira lista de classes farmacológicas proibidas apresentada proibido a manipulação farmacológica, química e física da
pelo COI incluía apenas três tipos de estimulantes urina, além de um grupo de substâncias restritas, que incluía
(estimulantes psicomotores, aminas simpaticomiméticas e o álcool, anestésicos locais e corticoesteróides.
estimulantes do sistema nervoso central), bem como os
narcóticos analgésicos. Em 1975, pouco antes dos Jogos Em Seul, nove casos de doping foram detectados, e a exclusão de
Olímpicos de Montreal, os anabólicos esteróides foram Ben Johnson gerou um grande impacto na mídia internacional.
acrescentados à lista. Durante este período, os casos positivos Depois destas Olimpíadas, e em virtude da utilização da
foram poucos, ainda que presentes em cada Olimpíada, com eritropoietina (EPO) e do hormônio de crescimento (hGH), a
exceção de Moscou em 1980. Comissão Médica incluiu uma nova classe farmacológica na lista
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das substâncias proibidas: os hormônios peptídicos. Ademais, por anabólicos esteróides, e outros dez atletas da Rússia foram
solicitação do Comitê Executivo do COI, os canabinóides foram excluídos por uso de um estimulante de tipo anfetamínico: o
incluídos no grupo de substâncias restritas. Pouco depois de Seul, bromantano. Entretanto, esta punição foi suspensa pela Corte
o conceito de controles fora-de-competição sem aviso prévio foi Arbitral do Esporte (CAE), criando uma grande polêmica entre
desenvolvido, inicialmente pela IAAF (Federação Internacional de os especialistas e jornalistas presentes, e obrigando a organi-
Atletismo), passando a ser imediatamente adotado pela FINA zação dos Jogos a restituir suas medalhas.Depois deste episó-
(Federação Internacional de Natação) pela IWF (Federação dio, o bromantano foi incluído na lista dos estimulantes proi-
Internacional de Halterofilismo). Isto fez com que não fosse mais bidos e está agora banido pela Agência Mundial Antidoping.
possível para a elite internacional destes esportes usar anabólicos
esteróides no período de treinamento, para incrementar a massa
muscular, e interromper a utilização poucos dias antes das D E S I D N E I 2 0 0 0 AT É AT E N A S 2 0 0 4
competições, evitando um caso positivo.
Em Sidnei foram realizados 2.052 controles em competição,
Em Barcelona, foram cinco casos positivos no total, sendo que durante os Jogos Olímpicos; e, pela primeira vez, foram
o uso do clembuterol, um beta-2 agonista, motivou uma nova coletadas amostras de sangue em alguns esportes do tipo
modificação na lista de classes farmacológicas proibidas. O aeróbico. Foram encontrados oito controles positivos, sendo
conceito de “substâncias afins” recebeu nova interpretação, um para estimulantes, três para anabólicos esteróides e
passando a incluir não apenas as características da estrutura quatro para as demais substâncias, principalmente diuréticos.
química, mas também a ação farmacológica semelhante.
Desta forma, uma nova classe foi criada: os agentes anabólicos, Três médicos da área pan-americana reforçaram a Comissão
incluindo os esteróides androgênicos anabolizantes e os beta- Médica do COI, vindos da Guatemala, Panamá e Uruguai: Dr
2 agonistas. Ademais, a classe dos beta-bloqueadores foi Rafael Robles, Dr. Daniel Herrera e Dr. José Veloso.
transferida para a lista de substâncias restritas, continuando a
ser proibida em alguns esportes – por decisão das respectivas A Lista de Produtos Proibidos foi elaborada pela última vez
Federações Internacionais – tais como tiro, pentatlo moderno, pela Comissão Médica do COI, embora a Agência Mundial
hipismo, vela e saltos ornamentais. Outra importante decisão Antidoping já realizasse uma auditoria nos trabalhos de
tomada depois de Barcelona foi adequar o Código Médico controle destes Jogos, publicando o seu relatório na Internet,
para a toma de amostras de sangue, com o intuito de permitir na página www.wada-ama.org. A Comissão Médica do COI
uma melhor determinação de hormônios peptídicos, foi dirigida também pela última vez pelo Príncipe Alexandre
complementando as técnicas usadas na urina. de Merode, seu fundador, que veio a falecer três anos depois.
De Sidnei em diante, esta Comissão perdeu o poder de julgar
Em Atlanta, controles de doping foram realizados em 26 casos de doping nos Jogos Olímpicos.
esportes e 36 disciplinas, sendo tomadas 1.924 amostras em
todos os eventos, incluindo algumas que foram repetidas por Em Atenas, pela primeira vez, foi seguida a Lista de
não apresentar uma densidade ou um pH aceitável, bem Substâncias e Métodos Proibidos editada pela Agência
como recordes nacionais e mundiais. Duas praticantes de Mundial e foi instituído um “período olímpico” que incluía os
atletismo, da Rússia e da Bulgária, foram positivas para Jogos, de 30 de julho a 29 de agosto de 2004, durante o
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qual, em qualquer país, os atletas seriam submetidos a um


controle do tipo em competição (menu completo).

Foram realizados 2.800 controles pela Comissão Médica, que foi


dirigida pela primeira vez, de forma oficial, pelo médico sueco
Arne Ljungqvist, membro do COI por aquele país. No período
anterior aos Jogos foram considerados onze casos positivos, sendo
sete anabólicos, duas recusas, um agente anabolizante e um
estimulante. Durante os Jogos quatorze controles foram consi-
derados positivos, sendo sete anabólicos, três recusas por provável
uso de aparelhos para manipular a urina, dois estimulantes, um
agente anabólico e um diurético. Estes Jogos Olímpicos foram
igualmente auditados pela Agência Mundial e o
relatório encontra-se na sua página da Internet
(http://www.wada-ama.or g/rtecontent/
document/AthensIOReport.pdf).

O balão vermelho com a urina manipulada era


inserido, antes da competição, no ânus do atleta,
Os Jogos
ficando o catéter abaixo do períneo e do pênis. O
Continentais
A figura mostra aparelho visava iludir os fiscais durante o processo de coleta de
exemplo de urina nos Jogos de Atenas. Observa-se durante o seu uso a
aparelho utilizado contração dos glúteos para acionar o músculo elevador do ânus e
para manipular Na década de 80, integrantes da Comissão Médica do
urina.
ejetar a urina no recipiente. COI pertencentes aos continentes América, África e Ásia
transferiram a tecnologia do controle antidoping para os
Pela primeira vez o hormônio de crescimento foi pesquisado seus jogos continentais e regionais.
no sangue, em 380 amostras coletadas em todos os esportes,
ainda que em caráter experimental e com uma janela de Hoje, os Jogos Pan-americanos e seus eventos regionais
detecção muito pequena. Dez especialistas brasileiros, de realizam excelentes controles, com Comissões Médicas
diversos estados, atuaram como voluntários no controle de extremamente bem preparadas,ajudando desta forma
doping destes Jogos, pagando suas passagens e estadias. a combater o problema do doping. A Organização
Desportiva Pan-americana (ODEPA) foi a primeira entre
Os casos positivos foram julgados pela Comissão Disciplinar as associações continentais a implementar este tipo de
formada por três membros do COI, com aprovação final do controle, iniciado nos Jogos de San Juan, no ano de
Comitê Executivo e divulgação pela imprensa, sem passar pela 1979.
Comissão Médica, que apenas supervisionou os resultados
laboratoriais de urina e coleta das amostras, assim como a
parte de atendimento médico dos Jogos.
USO DE MEDICAMENTOS NO ESPORTE
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J o g o s Pan- am ericanos | Re sulta dos p o si t i v o s Definição atual
de doping
ANO CIDADE ESTIMULANTES ANABOLIZANTES DIURÉTICOS BETA-BLOQ. TOTAL

1979 San Juan 0 1 0 0 1 Considera-se como doping a utilização de substâncias ou


1983 Caracas 4 15 0 0 19 métodos capazes de aumentar artificialmente o desempenho
1987 Indianápolis 2 3 1 1 7
esportivo, sejam eles potencialmente prejudiciais à saúde
do atleta ou à de seus adversários, ou contrário ao espírito
1991 Cuba 4 0 0 1 5
do jogo. Quando duas destas três condições estão
1995 Mar del Plata 2 2 0 0 4 presentes, pode caracterizar-se um doping, de acordo com
1999 Winnipeg 1 10 0 0 11 o Código da Agência Mundial Antidoping. (AMA).
2003 Santo Domingo 8 1 0 0 9
O Código da AMA foi já aprovado tanto pelos distintos
setores do Movimento Olímpico como pelas Autoridades
Como os Jogos Pan-americanos são realizados sempre um Públicas dos cinco continentes, e entrou em vigor no dia 1º de
ano antes dos Jogos Olímpicos, alguns atletas aproveitam janeiro de 2004, propiciando uma harmonização de regras e
para testar ali novas tecnologias. Em Caracas (1983) procedimentos.
a testosterona foi detectada pela primeira vez, e em
Indianápolis (1987), o probenecida foi usado como agente O doping contraria os princípios fundamentais do Olimpismo,
mascarante para evitar a detecção de anabólicos esteróides, do esporte e da ética médica. É proibida a sua prática, como
felizmente sem sucesso. também o é recomendar, propor, autorizar, relevar ou facilitar
o uso de qualquer substância ou método incluídos nesta
definição. O progresso permanente da Farmacologia, da
Medicina e das Ciências do Esporte faz surgir constantemente
novas formas de incrementar artificialmente o desempenho,
J o g o s Sul- am eric a nos | Re sulta dos p o si t i v o s o que torna necessária uma legislação dinâmica, atual e
suficientemente abrangente.
ANO CIDADE ESTIMULANTES ANABOLIZANTES DIURÉTICOS CANABINÓIDES AGONISTAS ß2 TOTAL

1990 Lima 0 1 0 0 0 1 Aqueles que, de alguma forma, participam ativamente do


esporte de alto rendimento, como atletas, treinadores e
1994 Valência 1 2 2 0 0 5
médicos especializados, devem buscar atualizar-se constante-
1998 Cuenca 1 0 0 1 0 2 mente para evitar o uso acidental de medicações que possam
2002 Rio de Janeiro 2 4 1 1 0 8 ocasionar uma infração à regra de doping.
2006 Buenos Aires 1 0 0 0 1 2
O objetivo desta publicação é oferecer a possibilidade de uma
consulta rápida para saber se um determinado produto,
produzido no Brasil ou no exterior, pode ser utilizado durante
uma competição esportiva ou fora dela, sem risco de sanções
por uso de substância ou método proibido.
USO DE MEDICAMENTOS NO ESPORTE
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Tipos de controle
antidoping
existentes

O controle de doping pode ser realizado em sangue ou urina. Eventualmente, controles fora-de-competição poderão incluir
Existem basicamente dois tipos de controle antidoping: testes para todas as substâncias e métodos proibidos, como
ocorre em Jogos Olímpicos e Pan-americanos.
Controle em competição
O controle “em competição” é realizado imediatamente após Existe um terceiro tipo de teste, realizado imediatamente
o término de uma competição esportiva. antes de uma competição, que é característico do ciclismo
e de alguns esportes de inverno, como o esqui de fundo e
Controle fora-de-competição a patinação artística. Este controle é designado como
O controle “fora-de-competição” pode ser efetuado a “controle de saúde”, sendo realizado apenas em sangue.
qualquer momento, durante um treinamento, na residência
do atleta, e até mesmo algum tempo antes ou depois de uma O resultado pode eventualmente excluir o atleta de uma
competição esportiva. prova sem que, no entanto, seja considerado como um
controle positivo de doping.

As substâncias controladas nos dois tipos de testes não são as As normas que definem o que é doping, descrevem os
mesmas. Enquanto o exame “em competição” inclui todo o diferentes tipos de controles, e listam as substâncias e
universo de classes de substâncias e de métodos proibidos, o métodos proibidos ou restritos, estão descritas no Código
exame “fora-de-competição” é mais específico, incluindo Mundial Antidoping, publicado pela AMA e aprovado pelo
apenas os agentes anabolizantes, os hormônios peptídicos, Movimento Olímpico, e pelos governos (http://www.wada-
alguns beta-2 agonistas, os agentes com atividade anti- ama.org/rtecontent/document/world_anti-doping_
estrogênica e os diuréticos e mascarantes, além de todos os code_version3_port.pdf).
métodos proibidos. Estimulantes, narcóticos analgésicos e
drogas sociais não são analisados neste tipo de controle.

USO DE MEDICAMENTOS NO ESPORTE


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Autorização para A lista de substâncias


uso terapêutico de e métodos proibidos
substâncias restritas da Agência Mundial
e proibidas Antidoping

Eventualmente, um atleta poderá vir a necessitar de uma O Comitê Olímpico Internacional (COI) estabeleceu em 1967
medicação que possua na sua formulação uma substância uma Comissão Médica para iniciar o controle de doping nos
proibida, por razões de saúde e por indicação médica. Jogos Olímpicos, que começou suas atividades no ano
seguinte, nos Jogos de Inverno de Grenoble, e nas Olimpíadas
Atletas asmáticos, por exemplo, necessitam eventualmente da Cidade do México. A partir de então, este controle foi
usar Beta-2 agonistas ou corticosteróides, enquanto atletas sistematicamente realizado pelo COI, por Associações
hipertensos não podem muitas vezes prescindir de um Continentais de Comitês Olímpicos e por algumas Federações
diurético, bem como atletas diabéticos insulino-dependentes Internacionais em seus principais eventos esportivos.
devem continuar usando insulina. Nestes e em outros casos,
torna-se necessário contatar a respectiva Confederação (ou Em 1999 foi fundada a Agência Mundial Antidoping – AMA
Federação Internacional no caso de atletas no exterior) para (World Anti-Doping Agency – WADA), que passou a regular
solicitar uma permissão especial, que poderá ser concedida harmoniosamente o controle de doping em nível de Comitês
após a análise do diagnóstico e da indicação apropriada de Olímpicos e governos. Para orientar este controle, definindo
um determinado medicamento. Formulários especiais de o que pode ou não ser usado pelos atletas, a AMA publica
Isenção para Uso Terapêutico (IUT), utilizados para este tipo anualmente, como um anexo do Código Mundial Antidoping,
de solicitação, podem ser encontrados no Anexo ao final a lista de substâncias e métodos proibidos, válida a partir da
deste texto. data de 1º de janeiro.

É importante que este processo seja realizado junto à O termo “substâncias com estrutura química e efeitos
autoridade médica responsável antes da participação do atleta farmacológicos similares”, encontrado ao final das classes
em uma competição, para que seja evitado um eventual de estimulantes e dos diuréticos, indica que a relação
controle positivo. A declaração de uso de medicamentos, feita apresentada não é terminal e que substâncias com
rotineiramente durante um controle de doping, não atende formulação química ou ação terapêutica similar também
aos requisitos de um processo de autorização para uso de não poderão ser usadas.
substâncias proibidas.
USO DE MEDICAMENTOS NO ESPORTE
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SUBSTÂNCIAS E MÉTODOS
Lista de
substâncias PROIBIDOS PERMANENTEMENTE
e métodos (EM COMPETIÇÃO E FORA-DE-COMPETIÇÃO)
proibidos

A lista publicada pela


Agência Mundial
Antidoping, válida a
partir de 1º. de
1 SUBSTÂNCIAS PROIBIDAS
janeiro de 2007, é a
seguinte: S1. AGENTES ANABÓLICOS

Agentes anabólicos são proibidos.

1. ESTERÓIDES ANDROGÊNICOS ANABÓLICOS (EAA):

a. EAA exógenos, incluindo:

1-Androstenodiol (5α-androst-1-eno-3ß,-17ß-diol), 1-
androstenodiona (5α-androst-1-eno-3,17-diona), bolandiol
(19-norandrostenodiol), bolasterona, boldenona, boldiona
(androsta-1,4-dieno-3,17-diona), calusterona, clostebol,
danazol (17α-etinil-17ß-hidroxiandrost-4-eno[2,3-d]isoxazola),
dehidroclorometiltestosterona (4-cloro-17ß-hidroxi-17α-
O USO DE QUALQUER MEDICAMENTO metilandrosta-1,4-dien-3-ona), desoximetiltestosterona (17α-
DEVE SER LIMITADO POR INDICAÇÕES metil-5α-androst-2-en-17ß-ol), drostanolona, etilestrenol (19-
MÉDICAS JUSTIFICADAS nor-17α-pregn-4-en-17-ol, estanozolol, estembolona,
fluoximesterona, formebolona, furazabol (17ß-hidroxi-17α-
metil-5α-androstano[2,3-c]furazana), gestrinona, 4-
hidroxitestosterona (4,17ß-dihidroxiandrost-4-en-3-ona),
USO DE MEDICAMENTOS NO ESPORTE
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mestanolona, mesterolona, metandienona (17ß-hidroxi-17α- Quando uma substância proibida (como as listadas ao lado)
metilandrosta-1,4-dien-3-ona), metandriol, metasterona for capaz de ser produzida pelo corpo naturalmente, uma
(2α,17α-dimetil-5α-androstano-3-ona-17ß-ol), metenolona, amostra será dita conter uma substância proibida quando a
metildienolona (17ß-hidroxi-17α-metilestra-4,9-dien-3-ona), concentração desta substância ou de seus metabólitos ou
metil-1-testosterona (17ß-hidroxi-17α-metil-5α-androst-1-en- marcadores e/ou outra(s) relação(ões) relevante(s) presente(s)
3-ona), metilnortestosterona (17ß-hidroxi-17α-metilestr-4-en- na amostra do atleta for significativamente diferente de faixas
3-ona), metiltrienolona (17ß-hidroxi-17α-metilestra-4,9,11- de valores normalmente encontrados em humanos, e que não
trien-3-ona), metiltestosterona, mibolerona, nandrolona, 19- sejam consistentes com uma produção endógena normal.
norandrostenodiona (estr-4-eno-3,17-diona), norboletona, A amostra não será dita conter uma substância proibida se o
norclostebol, noretandrolona, oxabolona, oxandrolona, atleta provar com evidências de que a concentração da
oximesterona, oximetolona, prostanozol ([3,2-c]pirazola- substância proibida ou de seus metabólitos ou marcadores
5α-etioalocolano-17ß-tetrahidropiranol), quimbolona, e/ou outra(s) relação(ões) relevante(s) presente(s) na sua
1-testosterona (17ß-hidroxi-5α-androst-1-en-3-ona), amostra for atribuída à uma condição fisiológica ou patológica.
tetrahidrogestrinona (18α-homo-pregna-4,9,11-trien-17ß-ol-
3-ona), trembolona e outras substâncias com uma estrutura Em todos os casos, e em qualquer concentração, a amostra
química similar ou efeitos biológicos similares. do atleta será dita conter uma substância proibida e o
laboratório irá relatar um resultado analítico adverso se,
b. EAA endógenos: baseado em qualquer método analítico confiável (e.g.,
espectrometria de massas por razão isotópica, EMRI), o
androstenodiol (androst-5-ene-3ß,17ß-diol), androstenodiona laboratório demonstrar que a substância proibida é de
(androst-4-ene-3,17-dione), dihidrotestosterona (17ß-hidroxi- origem exógena. Neste caso, não é necessário continuar a
5α-androstan-3-ona), prasterona (dihidroepiandrosterona, investigação.
DHEA), testosterona.
Se um valor semelhante aos níveis normalmente encontrados
Os seguintes metabólitos e isômeros são também proibidos: em humanos for relatado e o método analítico confiável (e.g.,
espectrometria de massas por razão isotópica, EMRI) não
5α-androstano-3α,17α-diol, 5α-androstano-3α,17ß-diol, 5α- determinar a origem exógena da substância, mas existirem
androstano-3ß,17α-diol, 5α-androstano-3ß,17ß-diol, androst- indicações de possível uso de substâncias proibidas como a
4-eno-3α,17α-diol, androst-4-eno-3α,17ß-diol, androst-4- comparação a perfil esteroidal de referência, a Organização
eno-3ß,17α-diol, androst-5-eno-3α,17α-diol, androst-5-eno- Antidoping responsável deverá conduzir uma investigação,
3α,17ß-diol, androst-5-ene-3ß,17α-diol, 4-androstenodiol seja revisando eventuais testes anteriores, seja realizando
(androst-4-eno-3ß,17ß-diol); 5-androstenodiona (androst-5- testes subseqüentes, de forma a determinar se o resultado é
eno-3,17-diona), epi-dihidrotestosterona, 3α-hidroxi-5α- devido a uma condição fisiológica ou patológica do atleta, ou
androstano-17-ona, 3ß-hidroxi-5α-androstano-17-ona, 19- se ocorreu em conseqüência à origem exógena de uma
norandrosterona, 19-noretiocolanolona. substância proibida.

USO DE MEDICAMENTOS NO ESPORTE


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Quando o laboratório relatar a presença da razão T/E maior científica e válida da origem exógena da substância proibida.
do que quatro (4) para um (1) e qualquer método analítico Neste caso, uma investigação complementar não será
confiável (e.g., espectrometria de massas por razão isotópica, necessária.
EMRI) aplicado não determinar a origem exógena da
substância, uma investigação adicional pode ser feita pela Se um atleta não cooperar com a investigação, a sua amostra
revisão de eventuais testes anteriores ou pela realização de será declarada conter uma substância proibida.
teste(s) subseqüente(s), a fim de determinar se o resultado foi
devido à uma condição fisiológica ou patológica, ou ocorreu
em função do uso de uma substância proibida. Se o Para compreensão desta seção:
laboratório reporta, usando um método adicional confiável • Exógeno - se refere a uma substância que não é capaz
de ser produzida pelo corpo naturalmente.
(e.g. EMRI), que a substância proibida é de origem exógena, • Endógeno - se refere a uma substância que pode ser
uma investigação complementar não será necessária e a produzida naturalmente pelo corpo.
amostra será declarada conter esta substância proibida.

Quando um método analítico confiável (e.g., espectrometria


de massas por razão isotópica, EMRI) não tiver sido utilizado
e um mínimo de três resultados anteriores não estiverem 2. OUTROS AGENTES ANABÓLICOS INCLUINDO,
disponíveis, um perfil longitudinal do atleta deve ser MAS NÃO LIMITADOS A:
estabelecido pela realização de, no mínimo, três testes sem
aviso prévio em um período de três meses pela Organização Clembuterol, tibolona, zeranol, zilpaterol.
Antidoping responsável. Se o perfil longitudinal do atleta,
estabelecido a partir destes testes subseqüentes não for
fisiologicamente normal, o resultado deve ser informado S2. HORMÔNIOS E SUBSTÂNCIAS AFINS
como um resultado analítico adverso.
As seguintes substâncias são proibidas, assim como outras
Em casos individuais extremamente raros, boldenona de substâncias com estrutura similar ou efeito(s) biológico(s)
origem endógena pode ser consistentemente encontrada em similar(es), e seus fatores de liberação:
níveis extremamente baixos de nanogramas por mililitro
(ng/ml) na urina. Quando esta concentração muito pequena 1. ERITROPOIETINA (EPO);
de boldenona é relatada pelo laboratório e a utilização de
qualquer método analítico confiável (e.g., espectrometria de 2. HORMÔNIO DO CRESCIMENTO HUMANO (HGH), FATOR
massas por razão isotópica, EMRI) não determinar a origem DE CRESCIMENTO SEMELHANTE À INSULINA (IGF-1) E
exógena da substância, uma investigação complementar FATORES DE CRESCIMENTO MECÂNICOS (MGFS);
poderá ser realizada por testes subseqüentes.
3. GONADOTROFINAS (HCG,LH) PROIBIDAS SOMENTE EM
Para 19-norandrosterona, um resultado analítico adverso HOMENS;
informado por um laboratório é considerado ser uma prova
USO DE MEDICAMENTOS NO ESPORTE
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4. INSULINA; Apesar da aceitação de qualquer tipo de Isenção de Uso


terapêutico (IUT), uma concentração de salbutamol (livre mais
5. CORTICOTROFINAS. glicuronídio) superior a 1.000 ng/mL, será considerada como
um resultado analítico adverso, a menos que o atleta prove
A menos que o atleta possa demonstrar que a concentração que este resultado anormal seja conseqüência do uso
é devida a uma condição fisiológica ou patológica, a amostra terapêutico de salbutamol inalado.
será considerada como contendo uma substância proibida
(como as listadas acima) quando a concentração desta
substância, ou de seus metabólitos, e/ou outra(s) relação(ões) S4. AGENTES COM ATIVIDADE ANTI-ESTROGÊNICA
relevante(s) ou marcadores presente(s) na amostra do atleta
exceda de tal forma as faixas de valores normalmente As seguintes classes de substâncias anti-estrogênicas
encontrados em humanos que não seja consistente com uma são proibidas:
produção endógena normal.
1. Inibidores da aromatase incluindo, mas não limi-
Se o laboratório informar, usando um método analítico tados a, anastrozola, letrozola, aminoglutetimida, exemes-
confiável, que a substância proibida de origem exógena, a tano, formestano, testolactona.
amostra será dita conter uma substância proibida e deve ser
relatada como um resultado analítico adverso.
2. Moduladores de receptor seletivo à estrógenos
A presença de outras substâncias com estrutura química (SERMs) incluindo, mas não limitado a, raloxifeno, tamox-
similar ou efeito(s) biológico(s) similar(es), marcador(es) ou ifeno, toremifeno.
fatores de liberação de um hormônio listado acima ou de
qualquer outro aspecto que indique que a substância
detectada é de origem exógena, será relatada como um 3. Outras substâncias anti-estrogênicas incluindo,
resultado analítico adverso. mas não limitadas a, clomifeno, ciclofenila, fulvestranto.

S3. B E TA - 2 A G O N I S TA S S5. DIURÉTICOS E OUTROS AGENTES MASCARANTES

Todos os beta-2 agonistas, tanto isômeros D- como L- são Agentes mascarantes são proibidos. Eles incluem:
proibidos.
Diuréticos*, epitestosterona, probenecida, inibidores da alfa-
Como exceção, formoterol, salbutamol, salmeterol e terbutalina, redutase (como a finasterida, dutasterida), expansores de
quando administrados por inalação, exigem uma Isenção de plasma (como a albumina, o dextran e o hidroxietilamido) e
Uso Terapêutico abreviada (IUTa). outras substâncias com efeito(s) biológico(s) similar(es).

USO DE MEDICAMENTOS NO ESPORTE


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Diuréticos incluem: 2 MÉTODOS PROIBIDOS


Ácido etacrínico, acetazolamida, amilorida, bumetanida,
canrenona, clortalidona, espironolactona, furosemida, M1. AUMENTO DE CARREADORES DE OXIGÊNIO
indapamida, metolazona, tiazidas (como bendroflumetiazida,
clorotiazida, hidroclorotiazida), triantereno, além de outras Os seguintes métodos são proibidos:
substâncias com estrutura química similar ou efeito(s)
biológico(s) similar(es) (excetuando-se a drosperidona que não a.Doping sangüíneo, incluindo o uso de sangue
é proibida). autólogo, homólogo ou heterólogo, ou de produtos contendo
glóbulos vermelhos de qualquer origem.

*uma Isenção para Uso Terapêutico (IUT) não será b. Aumento artificial da captação, transporte ou aporte
válida se a urina de um atleta contiver um diurético em de oxigênio, incluindo mas não limitado aos perfluoroquímicos,
associação a uma substância proibida com um valor ao efaproxiral (RSR 13) e produtos à base de hemoglobina
igual ou abaixo de seu limite máximo permitido. modificada (como substitutos de sangue com base em
hemoglobina e produtos com hemoglobina microencapsulada).

M2. MANIPULAÇÃO QUÍMICA E FÍSICA DA URINA

É proibido:

1. Manipular ou tentar manipular, visando alterar a


integridade e validade das amostras coletadas no controle de
dopagem. Isto inclui, mas não se limita, à cateterização e
substituição e/ou alteração da urina.

2. Infusões intravenosas são proibidas exceto quando


decorrentes de tratamento médico legítimo.

M3. D O P I N G G E N É T I C O

O uso não terapêutico de células, genes, elementos genéticos,


ou a modulação da expressão genética, que tenham a
capacidade de aumentar o desempenho do atleta, é proibido.

USO DE MEDICAMENTOS NO ESPORTE


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oxilofrina, parahidroxianfetamina, pemolina, pentetrazola,


SUBSTÂNCIAS E MÉTODOS
prolintano, propilexedrina, selegilina, sibutramina, tuamino-
PROIBIDOS EM COMPETIÇÃO heptano e outras substâncias com estrutura química similar
ou efeito(s) biológico(s) similar(es).
ALÉM DAS CATEGORIAS S1 A S5 E M1 A M3
**Adrenalina, associada com agentes anestésicos
DEFINIDAS ANTERIORMENTE, AS SEGUINTES locais ou por administração local (e.g. nasal, oftal-
mológica) não é proibida.
CATEGORIAS SÃO PROIBIDAS EM COMPETIÇÃO: *** Catina é proibida quando sua concentração na urina
for maior do que 5 microgramas por mililitro.
**** Tanto a efedrina como a metilefedrina são proibidas
quando sua concentração na urina for maior do que 10
microgramas por mililitro.

1 SUBSTÂNCIAS PROIBIDAS As seguintes substâncias, incluídas no programa de


monitoramento de 2007 não são proibidas: bupopriona,
cafeína, fenilefrina, fenilpropanolamina, pipradol,
pseudoefedrina, sinefrina.
S6. E S T I M U L A N T E S
Um estimulante que não tenha sido expressamente incluído
Todos os estimulantes são proibidos, incluindo seus isômeros como exemplo nesta seção deverá ser considerado como uma
óticos (D- e L-) quando relevantes, exceto derivados de Substância Especificada apenas se o atleta puder estabelecer que
imidazol para uso tópico e aqueles estimulantes incluídos no a substância seja particularmente suscetível à violação das regras
programa de monitoramento de 2007. de controle de dopagem devido à sua disponibilidade
generalizada em produtos medicinais ou que seja pouco efetivo
Adrafinil, adrenalina**, amifenazola, anfepramona, anfeta- o seu abuso bem sucedido como agente dopante.
mina, anfetaminil, benzfetamina, benzilpiperazina, broman-
tano, carfedom, catina***, clobenzorex, cocaína, cro- S7. N A R C Ó T I C O S
propamida, crotetamida, ciclazodona, dimetilanfetamina,
efedrina****, estricnina, etamivan, etilanfetamina, etilef- Os seguintes narcóticos são proibidos:
rina, famprofazona, femproporex, fenbutrazato, fencamina,
fencanfamina, fendimetrazina, fenetilina, fenfluramina, 4- Buprenorfina, dextromoramida, diamorfina (heroína), fen-
fenil-piracetam (carfedom), fenmetrazina, fenprometamina, tanil e seus derivados, hidromorfona, metadona, morfina,
fentermina, furfenorex, heptaminol, isometepteno, lev- oxicodona, oximorfona, pentazocina e petidina.
ometanfetamina, meclofenoxato, mefenorex, mefentermi-
na, mesocarbo, metanfetamina (D), p-metilanfetamina,
metilefedrina****, metilenodioxianfetamina, metilenodi- S8. C A N A B I N Ó I D E S
oximetanfetamina, metilfenidato, modafinil, niquetamida,
norfenefrina, norfenfluramina, octopamina, ortetamina, Canabinóides (Exemplos: haxixe e maconha) são proibidos.

USO DE MEDICAMENTOS NO ESPORTE


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S9. G L I C O C O RT I C O S T E R Ó I D E S Pentatlo Moderno


(nas modalidades envolvendo tiro) UIPM (0,10 g/L)
Todos os glicocorticosteróides são proibidos quando administrados
por via oral, retal, intramuscular ou endovenosa. O seu uso requer P2. B E TA - B L O Q U E A D O R E S
a aprovação de uma Isenção do Uso Terapêutico (IUT).
A menos que seja especificado, beta-bloqueadores são
Todas as outras rotas de administração (injeção intrarticular, proibidos somente em competição, nos seguintes esportes:
periarticular, peritendinosa, epidural, intradermal e por inalação)
requerem uma Isenção de Uso Terapêutico abreviada (IUTa), Aeronáutica FAI
exceto as referidas abaixo. Tiro com arco
(proibido também fora de competição) FITA, IPC
Preparações tópicas, quando usadas para dermatologia (inclusive Automobilismo FIA
iontoforese e fonoforese) e para moléstia auricular, nasal, Bilhar WCSB
oftálmica, bucal, gengival e perianal, não são proibidas e não Bobsleigh FIBT
requerem qualquer tipo de Isenção de Uso Terapêutico. Boliche CSMB, IPC
Boliche de 9 pinos FIQ
Bridge FMB
SUBSTÂNCIAS PROIBIDAS Curling WCF
Esqui/Snowboard
E M U M E S P O RT E E S P E C Í F I C O (salto com esqui e estilo livre em snow board) FIS
Ginástica FIG
Luta FILA
P1. Á L C O O L Motociclismo FIM
Pentatlo Moderno
Álcool (etanol) é proibido somente em competição, nos (para disciplinas envolvendo tiro) UIPM
esportes abaixo relacionados. A detecção será feita por Tiro
análise respiratória e/ou pelo sangue. O limite permitido (em (proibido também fora de competição) ISSF, IPC
valores hematológicos) por cada Federação ou Confederação Vela
está indicado entre parênteses. (somente para os timoneiros em match race) ISAF

Aeronáutica FAI (0,20 g/L) Beta-bloqueadores incluem, mas não se limitam, aos seguintes
Tiro com arco FITA, IPC (0,10 g/L) compostos:
Automobilismo FIA (0.10g/L)
Boliche CMSB, IPC (0,10 g/L) acebutolol, alprenolol, atenolol, betaxolol, bisoprolol,
Lancha de potência UIM (0,30 g/L) bunolol, carteolol, carvedilol, celiprolol, esmolol, labetalol,
Karatê WKF (0,10 g/L) levobunolol, metipranolol, metoprolol, nadolol, oxprenolol,
Motociclismo FIM (0,10 g/L) pindolol, propranolol, sotalol, timolol.
USO DE MEDICAMENTOS NO ESPORTE
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SUBSTÂNCIAS ESPECIFICADAS* RESULTADOS ANALÍTICOS ADVERSOS

AS SUBSTÂNCIAS ESPECIFICADAS ESTÃO RELATADOS POR LABORATÓRIOS CREDENCIADOS

LISTADAS ABAIXO: EM 2005

Todos os Beta-2-agonistas, quando usados por inalação, ESPORTES OLÍMPICOS E NÃO-OLÍMPICOS: PERCENTA-
exceto o salbutamol (livre mais glicuronídeo) superior a 1000 GEM DE RESULTADOS ANALÍTICOS ADVERSOS
ng/ml e clembuterol; probenecida; catina, cropropamida, AMOSTRAS RESULTADOS % DE RESULTADOS
crotetamida, efedrina, etamivan, famprofazona, fenpromet- AESPORTE ANALISADAS ANALÍTICOS ADVERSOS ADVERSOS
amina, heptaminol, isometepteno, levmetanfetamina, Olímpicos 139.836 2.958 2,12%
meclofenoxato, p-metilanfetamina, metilefedrina, nique-
Não-olímpicos 43.501 951 2,19%
tamida, norfenefrina, octopamina, ortetamina, oxilofrina,
propilexedrina, selegilina, sibutramina, tuaminoheptano, e TOTAL 183.337 3.909 2,13%
qualquer estimulante não mencionado especificamente na
seção S6 para o qual o atleta estabeleça que preencha as
condições descritas na seção S6; Canabinóides; todos os ANÁLISE DE RESULTADOS NO ESPORTE OLÍMPICO
glicocorticoesteróides; álcool; todos os Beta-bloqueadores Os 10 esportes com maior incidência de resultados adversos
AMOSTRAS RESULTADOS % DE RESULTADOS
* A lista proibida pode identificar substâncias especifi- ESPORTE
ANALISADAS ANALÍTICOS ADVERSOS ADVERSOS
cadas que são particularmente susceptíveis à uma vio-
lação da regra antidoping de forma não intencional, em Basquete 4.785 103 2,15%
função de sua presença em produtos medicinais, ou por 390
Beisebol 10.580 3,69%
serem menos utilizadas com sucesso como agentes
dopantes. Uma violação de doping envolvendo tais sub- Boxe 2.433 83 3,41%
stâncias pode resultar em uma redução da sanção, desde
que o atleta possa estabelecer que o uso de tal substân- Ciclismo 12.751 482 3,78%
cia específica não tinha o intuito de aumentar o desem- Handebol 2.395 53 2,21%
penho esportivo.
Levantamento
de Peso 5.842 146 2,50%
Tênis 2.558 64 2,50%
Tiro com Arco 850 25 2,94%
Triathlon 2.170 74 3,41%
Vela 1.082 23 2,13%

USO DE MEDICAMENTOS NO ESPORTE


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GRUPO DE SUBSTÂNCIAS MAIS IDENTIFICADAS EM SUBSTÂNCIAS MAIS IDENTIFICADAS EM CADA GRUPO:


RESULTADOS ADVERSOS ESTIMULANTES
43,4% Agentes
Anabólicos
14,2% Beta-2
Agonistas
11,8% Estimulantes
11,7% Canabinóides 38,1% Anfetamina
7,6% Glucocorticos- 18,3% Efedrina
teróides
16,7% Metabólitos de
5,7% Diuréticos e cocaína
outros agentes
mascarantes 27,3% Outros

3,8% Hormônios e
substâncias
afins
1,8% Outros

SUBSTÂNCIAS MAIS IDENTIFICADAS EM CADA GRUPO:


AGENTES ANABÓLICOS ENDÓGENOS E EXÓGENOS

ENDÓGENOS
60,7% Testosterona

EXÓGENOS
16% Nandrolona
12,5% Estanozolol
3% Metandienona
1,5% Metenolona
1,5% Boldenona
0,6% Mesterolona

4,2% OUTROS

USO DE MEDICAMENTOS NO ESPORTE


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ANTIALÉRGICOS
Agasten, Allegra 120, Allegra 180, Calamina, Cilergil,
Claritin, Fenergan, Gaviz, Hismanal, Intal, Loratadina,
Periatin, Polaramine, Prometazina, Teldane e Zofran.

ANTIASMÁTICOS
Aero-clenil, Aerojet, Aerolin, Bricanyl Broncodilatador
Solução, Bricanyl Turbuhaler, Foradil Aerosol, Serevent, Suxar
e Teoden.

Nota: Estes medicamentos estão permitidos apenas


Relação de por inalação e devem ser previamente autorizados
pela autoridade médica competente (EUT).
fármacos
permitidos
ANTIBIÓTICOS
Amicacina, Amoxicilina, Amplitor, Assepium balsâmico,
Bacfar, Bacigen, Bacterion, Carbenicilina, Ceclor, Cefalex,
Cefalexina, Cefalotina, Cefamezin, Cefaporex, Cibramox,
Clindamicina, Cloranfenicol, Dalacin-C, Despacilina, Diastin,
Dicloxalina, Dientrin, Duoctrin, Eritrex, Eritrofar, Espectrin,
ANALGÉSICOS Garamicina, Gentamicina, Glitisol, Hiconcil, Ilosone,
AAS, AAS Infantil, Acetofen, Acetaminofen 500, Algi Imuneprim, Infectrin, Kefazol, Keflex, Lincomicina, Longacilin,
Tanderil, Aminofen, Analgex, Analgex C, Antitermin, Mefoxin, Megapen, Netromicina, Norfloxacina, Novamin,
Aspiçucar, Aspirina, Aspirina forte, Aspirina infantil, Baralgin, Novocilin, Oracilin, Oxacilina, Panglobe, Penicilina G Potássica,
Buscopan, Bromalgina, Cefalium, Cefunk, Cibalena A, Pantomicina, Pen-veoral, Penvicilin, Septiolan, Sintomicetina,
Dipirona, Doloxena-A, Doran, Dorflex, Doribel, Dôrico, Staficilin-N, Terramicina, Tetraciclina, Tetrex, Tobramina,
Endosalil, Fontol, Fontol 650, Melhoral, Melhoral infantil, Totapen, Trimexazol, Trozymnan, Vancomicina, e Vibramicina.
Novalgina, Paracetamol, Ponstan, Ronal, Sensitram, Sylador,
Tramal, Tylenol e Tylex. A N T I C O N V U L S I VA N T E S
Depakote, Depakene, Diempax, Epelin, Fenobarbital,
ANTIÁCIDOS Gardenal, Hidantal, Primidona, Rivotril, Tegretol, Valium, e
Aclorisan, Alca-luftal, Alrac, Andursil, Asilone, Bisuisan, Valpakine.
Digastril, Estomagel, Gastrogel, Gastrol, Gastromag Gel,
Gelusil M, Hidroxigel, Kolantyl, Leite de Magnésia, Maalox ANTIDEPRESSIVOS
Plus, Magnésia Bisurada, Mylanta Plus, Pepsamar, Pepsogel, Buspar, Survector, Pamelor, Prozac, Valix, Wellbutrin SR e
Siligel, Siludrox, Simeco Plus, Sonrisal, Tonopan e Tums. Zoloft.
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ANTIDIARRÊICOS ANTI-HEMORROIDÁRIOS
Diarresec, Enterobion, Floratil, Florax, Furazolin, Imosec, Claudemor, Glyvenol, H-creme, Hemorroidex, Nestosyl,
Kaomagma, Kaopectate, e Parenterin. Novabion, Novarrurita, Preparado H, Venalot e Xiloproct.

ANTIEMÉTICOS ANTIULCEROSOS
6-Copena, Diagrin, Dramin, Emetic, Estac, Eucil, Kytril, Antak, Cimetidina, Climatidine, Gastrodine, Label, Logat,
Metoclopramida, Motilium, Normopride Enzimático, Plamet, Neocidine, Omeprazol, Ranidin, Ranitidina, Tagamet,
Plasil, Vogalene, Vomix, Vontrol, e Zofran. Ulcedine, Ulcenon, Ulcoren e Zadine.

ANTIFÚNGICOS COLÍRIOS
Ancotil, Canesten, Cetoconazol, Daktarin, Flagyl, Flagyl Anestésico Oculum, Colírio Moura Brasil, Fenilefrina
Nistatina, Fluconazol, Fulcin, Fungizon, Lamisil, Micostatin, Colirium, Visine.
Nistatina, Sporanox, e Sporostatin.
CONTRACEPTIVOS
A N T I G R I PA I S Anacyclin, Anfertil, Evanor, Gynera, Micronor, Microvlar,
Analgex C, Asafen, Aspi C, Benegrip, Bialerge, Cebion, Minulet, Neovlar, Nordette, Normamor e Trinordiol.
Cheracap, Coldrin, Cortegripan, Doril, Grip Caps C,
Melhoral C, Neosaldina, Optalidon, Resprin, Redoxon, Nota: Os seguintes contraceptivos não devem
Tandrilax, Termogripe C, Tylex e Trimedal 500. ser usados pois contêm noretindrona, que se
converte em 19-norandrosterona no organismo
A N T I I N F L A M AT Ó R I O S e pode resultar em um teste positivo: Biofim,
Actiprofen, Advil, Aflogen, Algi-danilon, Algi-flamanil, Micronor, Mesigyna, Primolut-nor e Trinovum.
Alginflan, Algi-peralgin, Algizolin, Analtrix, Anartrit, Arcoxia,
Artren, Artril, Artrinid, Artrosil, Benevran, Benotrin, Benzitrat,
Biofenac, Brexin, Butazil, Butazolidina, Butazona, Cataflam, C R E M E S D E R M AT O L Ó G I C O S
Cataflam D, Cataren, Cetoprofeno, Cicladol, Celebra, Em princípio, podem ser usados todos os cremes existentes
Ciclinalgin, Clofenak, Danilon, Deflogen, Deltaflan, no mercado, exceto os que contém anabolizantes, desde
Deltaflogin, Deltaren, Diclofenaco Sódico, Diclofenaco que respeitadas suas indicações e preferencialmente sob ori-
Potássico, Diclotaren, Doretrim, Dorgen, Doriflan, Eudoxican, entação médica.
Eridamin, Flanax, Fenaflan, Febupen, Feldene, Feldox,
Felnam, Fenaflan Sódico, Fenaren, Fenburil, Fenilbutazona DESCONGESTIONANTES NASAIS
Sódica, Fisioren, Indocid, Inflamene, Motrin, Naprosyn, Afrin, Claritin D, Coristina D, Coristina R, Descongex Plus,
Nisulid, Piroxifen, Piroxiflam, Proflam, Scaflam, Sintalgin, Disofrol, Loralerg D, Loranil D, Loremix D, Naldecon, Neo-
Tilatil, Vioxx e Voltaren. Sinefrina, Ornatrol, Spansule, Otrivina, Rinosbon, Rinosoro,
Sinutab, Sorine, Superhist e Triaminic.

USO DE MEDICAMENTOS NO ESPORTE


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ENXAQUECAS P R E PA R A Ç Õ E S VA G I N A I S
Cafergot, Ormigren. Flagyl, Ginedak, Ginodex, Gyno-daktarin, Micogyn, Nistatina
e Talsutin.
EXPECTORANTES E ANTITUSSÍGENOS
Alergogel, Alergotox Expectorante, Atossion, Benadryl RELAXANTES MUSCULARES
Expectorante, Benadryl, Besedan, Bisolvon, Bisolvon Coltrax, Mioflex e Sirdalud.
Ampicilina, Clistin Expectorante, Codelasa, Descon
Expectorante, Fluimucil 10% e 20%, Glicodin, Glycon S E D AT I V O S
lodepol, Iodetal, Iodeto de Potássio Líquido, Pulmonix, Ansitec, Calmociteno, Diazepam, Dienpax, Dormonid,
Rinofluimucil, Silomat, Setux, Silencium, Subitan, Tossbel, Frisium, Kiatrium. Lexotan, Lorax, Psicosedin, Somalium,
Transpulmin, Xarope de Iodeto de Potássio Composto e Tensil, Tranxilene e Valium.
Xarope Valda.
Nota: A Federação Internacional de Pentatlo
HIPOGLICEMIANTES ORAIS Moderno não permite o uso de sedativos nas
Avandia, Amaryl, Daonil, Diabexil, Diabinese, Diamicron, provas da modalidade de tiro.
Glibenclamida, Glipizida, Glucoformin, Minidiab, e Prandin.

INSÔNIA DIVERSOS
Barbitúrios: Gardenal e Fenobarbital. Aminoácidos, Ginecoside, Premarin, Provera, Sais Minerais,
Anti-histamínicos: Fenergan e Prometazina. Viagra e Vitaminas.
Benzodiazepínicos: Dalmadorm, Dormonid, Nitrazepan,
Nitrazepol, Rohypnol e Sonebon. Nota: Tenha sempre muita atenção ao fato de
que muitos produtos possuem nomes seme-
L A X AT I V O S lhantes. Muitas vezes um é permitido e outro
Agarol, Agiolax, Dulcolax, Fitolax, Fleet Enema, Frutalax, proibido. A referência a produtos específicos
Guttalax, Humectol D, Lacto-Purga, Metamucil, Minilax, nesta seção visa apenas ilustrar alguns
Óleo mineral, Purgoleite, Supositório de Glicerina e exemplos. As medicações aqui mencionadas não
Tamarine. são necessariamente todas as que existem no
mercado, nem são endossadas pelo Comitê
P R E PA R A Ç Õ E S O F T Á L M I C A S Olímpico Brasileiro. A responsabilidade final de
Afrin oftálmico, Anestalcon colírio, Cloranfenicol, Colírio sua utilização será sempre do atleta.
cicloplégico, Dexafenicil, Flumex 0,10% e 0,25%,
Fluoresceína, Isopto Carpine, Lacrima, Maxidex, Maxitrol,
Midriacyl 1%, Minidex, Opti-tears, e Pilocarpina 1%, 2% e 4%.

USO DE MEDICAMENTOS NO ESPORTE


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O USO DE SUPLEMENTOS ALIMENTARES

E P R O D U T O S N AT U R A I S

A maioria dos produtos denominados suplementos alimentares,


que incluem, entre outros, os aminoácidos, a creatina, as vita-
minas e os sais minerais, não sofre por parte dos órgãos
governamentais controladores de muitos países uma avaliação de
segurança e eficácia em sua produção.

Um estudo realizado pelo Laboratório de Controle de Doping


de Colônia, patrocinado pelo Comitê Olímpico Internacional, O programa
mostrou claramente que alguns destes produtos não apenas de testes do
não contêm o que deveriam conter de acordo com seus rótulos, Comitê Olímpico
mas eventualmente possuem em sua formulação até mesmo Brasileiro (COB)
precursores de hormônios e testosterona, podendo ocasionar e de suas
controles de doping positivos. Confederações

Por esta razão, atletas de alto rendimento devem apenas utilizar


produtos tradicionais, preferencialmente testados previamente,
para não correrem o risco de uma contaminação que – mesmo
claramente não intencional – não evitará uma punição.

Alguns produtos elaborados com base em ervas, tais como o Ma


Huang, o ginseng e a ioimbina, que muitas vezes são vendidos
como ergogênicos, podem conter substâncias proibidas ou estar Você encontrará aqui um sumário elaborado pelo Depar-
eventualmente contaminados por elas. Nos países andinos, tamento Médico do COB, que tem por objetivo proteger os
deve-se evitar o consumo de chá de coca, que pode ocasionar a direitos fundamentais dos atletas de participar de um esporte
presença de resíduos de cocaína na urina do atleta. livre de doping através de um programa de detecção efetivo.
Este segmento é composto por cinco partes: seleção,
Como não é possível assegurar a qualidade deste tipo de produto, notificação, toma da amostra, análise da amostra e controle
e considerando-se que sua utilização como fator de aumento do de resultados.
desempenho físico não está demonstrada na literatura, o atleta
deve exercer grande prudência na sua utilização.
USO DE MEDICAMENTOS NO ESPORTE
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SELEÇÃO • Ceder uma amostra a um DCO do mesmo sexo,


Você pode ser selecionado para controle de doping a qual- com a vista não obstruída;
quer momento ou em qualquer lugar, antes ou depois de
uma competição. • Permanecer em controle de sua amostra até a mesma
ser selada em um frasco especial inviolável. A amostra
NOTIFICAÇÃO deve permanecer à vista do DCO o tempo todo.
No caso de um escolta ou um oficial de doping (DCO) lhe
fazer uma notificação do controle de doping, você deve: • Selecionar um conjunto de frascos selados A e B;

· Identificar-se; • Dividir sua amostra entre os frascos selecionados,


segundo a orientação do DCO;
· Assinar o formulário de controle de doping, assegurando
que você está disposto a ceder uma amostra biológica.

TOMA DA AMOSTRA
Durante este processo, que pode ser relativo a urina ou a
urina e sangue, você deve:

• Ter um representante presente, se disponível;

• Ter uma opção de escolha dos recipientes selados


de toma de amostra;

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• Selar a Amostra e assegurar-se de que o código


numérico esteja escrito corretamente no formulário
de controle.

• O DCO verificará a aci-


dez (pH) e a concen-
tração (GS) de sua
amostra para assegu-
rar-se de que a mesma
pode ser analisada. Se
uma ou ambas destas
medidas não forem
adequadas, você será
solicitado a repetir a
coleta de urina. • O laboratório fará a análise de sua urina contida no
frasco A para a presença de substâncias ou métodos
proibidos;

• As medicações prescritas, não prescritas, vitaminas, • A maior parte das organizações esportivas adota a
minerais e suplementos devem ser declarados; lista de substâncias proibidas da AMA. Entretanto,
alguns esportes podem ter uma variação desta lista.
• Você tem o direito de fazer comentários, se apropriado;
Será sempre sua obrigação assegurar-se de que você está
• Assegurar-se de que o formulário está preenchido devidamente informado sobre as substâncias proibidas em
corretamente e assinado por todos os participantes. seu esporte, tanto fora como em competição.

• Se você fornecer menos de 75 ml, a amostra será consi- No Brasil, o Laboratório Antidoping LABDOP do Rio de
derada parcial, selada de uma forma diferente, e você Janeiro (dentro do Instituto LADETEC - Laboratório de Apoio
terá que ceder mais urina para completar o requerido. ao Desenvolvimento Tecnológico) é o único responsável
pelo controle de doping e análise.
• Alguns testes poderão necessitar de uma quan-
tidade maior de urina (até 110ml). A D M I N I S T R A Ç Ã O D E R E S U LTA D O S A D V E R S O S

ANÁLISE DA AMOSTRA • O resultado será enviado à autoridade do evento,


com uma cópia à AMA e à respectiva Federação
• Todas as amostras de urina devem ser enviadas por Esportiva Internacional.
uma transportadora segura até um laboratório
devidamente credenciado pela AMA.
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D I R E I T O S D O S AT L E TA S

· Verificar as credenciais do DCO para um determina-


do controle;

· Ser notificado por escrito de sua seleção;

· Ser corretamente informado sobre as conseqüências


em caso de recusa;

· Ser informado sobre o correto andamento do teste;

· Com o consentimento do DCO, mas acompanhado


Os direitos e as por um escolta, o atleta pode:
responsabilidades
dos atletas a) receber o prêmio, se necessário;
b) fazer o “cool down” (resfriamento);
c) receber atenção médica;
d) atender a compromissos com a imprensa;
e) competir em outros eventos no mesmo dia;
f) selecionar os equipamentos que serão usados;
g) ser observado por alguém do mesmo sexo ao
dar a amostra;
h) receber uma cópia assinada de todos os
documentos.

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R E S P O N S A B I L I D A D E S D O S AT L E TA S

· Conhecer as normas de seu Comitê Olímpico, Con- · Numa competição, em um treinamento, ou em casa,
federação Brasileira e Federação Internacional; sempre permanecer à vista do DCO ou do escolta
desde a notificação até a fase de conclusão da toma
· Informar ao seu médico pessoal ou farmacêutico que da amostra;
você é um atleta e está sujeito a controle de doping;
· Hidratar-se com bebidas não-alcoólicas devidamente
· Consultar o seu Comitê Olímpico ou a sua Federação fechadas;
Internacional com antecedência se você necessitar
usar alguma medicação proibida para tratamento · Estar preparado para iniciar o processo de toma da
médico, usando os formulários adequados para amostra tão logo seja notificado;
tanto, antes de ser autorizado a usar esta substância;
· Permanecer no controle de sua amostra até que a
· Manter uma lista atualizada de todos os medicamen- mesma seja devidamente selada;
tos, suplementos ou produtos herbáceos que você
está tomando para declará-los em caso de um teste · Assegurar-se de que toda a documentação está cor-
de doping; retamente assinada e de que você recebeu a sua
cópia.
· Ser cuidadoso ao ingerir suplementos alimentares
(vitaminas, sais minerais ou aminoácidos) ou produ-
tos herbáceos, uma vez que estes podem conter
substâncias proibidas;

· Levar uma identificação com fotografia para apre-


sentar ao DCO em caso de um controle;

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Aquino Neto, F.R. O papel do Atleta na Sociedade e o


Controle de Dopagem no Esporte. Rev. Bras. Med.
Esporte 7 (4):134-48, 2001.

Bento, R.M.A.; Damasceno, L.M.P.; Aquio Neto, F.R.


Recombinant Human Erythropoietin in Sports: a
Review. Rev. Bras. Med. Esporte 9 (3):181-190, 2003.

Bowers, L.D; Wanninger, R.; Podraza, J. USADA Guide to


Prohibited Classes of Substances and Prohibited
Methods of Doping (2nd edition). USADA, Colorado
Springs, 2001.

DEF - Dicionário de Especialidades Farmacêuticas. Jornal


Brasileiro de Medicina, 32ª. edição. Editora de
Publicações Científicas Ltda. Rio de Janeiro, 2003/2004.

Clasing, D.; Müller, R.K. Dopingkontrolle. Bundesinstitut für


Sportwissenshaft. Cologne, 2001.

De Rose, E.H., Aquino Neto, F.R., Moreau, R.L.M., Castro,


R.R.T. Controle Antidoping no Brasil: Resultados do
Ano de 2003 e Atividades de Prevenção. Rev. Bras.
Med. Esporte, Vol. 10 (4) 289-293, 2004.

De Rose, E. H. A Medicina do Esporte Através dos Tempos.


In: Oliveira, M.A.B e Nobrega, A.C.L. (Editores)
Tópicos Especiais em Medicina do Esporte. Editora
Atheneu. São Paulo, 2003.

Bibliografia De Rose, E.H. e Nóbrega, A.C.L. O Doping na Atividade


Esportiva. In: Lasmar, N. (editor) Medicina do
Esporte. Editora Rio de Janeiro, 2002. (Editores)
Medicina do Esporte. Editora Revinter. Rio de
Janeiro, 2002.

USO DE MEDICAMENTOS NO ESPORTE


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Enciclopédia de Produtos Farmacêuticos Millennium (CD)


Versão 3.3.146 Centralx Medical Technology Group.
São Paulo, 2003.

Feder, M.G.; Bento, R.M.A.; Aquino Neto F.R.; De Rose, E.H.


Informações sobre o uso de medicamentos no
esporte, 5ª. edição. COB. Rio de Janeiro, 2006.

Schänzer, W. Analysis of Non-Hormonal Nutritional


Supplements for Anabolic-Androgenic Steroids - An
International Study. DSHS. Cologne, 2002.

Smuts, M. NOCSA Quick Guide 2000 to Drug Free Sport in


South Africa. Infosource. Cape Town, 2000.
Anexos

WADA. Athlete’s Guide to the Doping Control Program.


WADA. Montreal, 2003

WADA. The World Anti-Doping Code (version 3.0). WADA. A - Formulário de isenção de uso terapêutico (IUT)
Montreal, 2003.
B - Formulário abreviado de isenção de uso
terapêutico

C - Therapeutic use exemptions TUE

D - Abbreviated therapeutic use exemptions


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3. Informação sobre o medicamento (vide observação 4)


ISENÇÃO DE USO TERAPÊUTICO Substância(s) Dose Administrada Forma de Freqüência de
Formulário Standard de Solicitação Proibidas Administração Administração

Solicitação N0: 1.
2.
Solicito aprovação da (Organização de Antidoping) para o uso terapêutico
3.
de uma substância proibida relacionada na Lista de Substâncias e
Métodos Proibidos da AMA.
Previsão de duração do plano de administração do medicamento :
1. Informações do Atleta Preencher todos os campos
Solicitações de IUT Anteriores / Atuais: Sim Não
Sobrenome Nome Caso afirmativo: Data:
Feminino Masculino Organização de Antidoping:
Endereço: Anexar resultado da solicitação anterior:
Cidade: País: Código Postal: Informar razões para não prescrever terapias alternativas (vide observação 5 ):
Data de Nascimento (d/m/a):
Tel. Trabalho: Tel. Casa: Celular:
E-mail: Fax:
Desporto: Disciplina/posição: 4. Favor anotar qualquer informação adicional e anexar informações
Entidade nacional de desporto: médicas suficientes para apoiar o diagnóstico e a necessidade de utilizar a
Caso o atleta sofra de alguma disfunção, indicar qual: substância proibida:

5. Declarações do médico e do atleta.


2. Dados do médico

Nome, qualificação e especialidade médica (vide observação 1) : Eu,

atesto que a(s) substância (s) acima mencionada (s) para o atleta acima
mencionado devem ser administradas como o tratamento correto para a condição médica
acima mencionada.
Endereço: Assinatura do médico: data:
E-mail Celular:
Eu, atesto que a informação do item 1 é
correta e que estou solicitando aprovação para o uso da substância ou método constante da
Tel: Trabalho: Tel. Casa: Fax:
Lista Proibida da AMA. Eu autorizo a divulgação da minha informação médica pessoal à
Diagnóstico (vide observação 2): Organização de Antidoping bem como aos funcionários da AMA e ao Comitê de Isenção de
Uso Terapêutico (CIUT) conforme as provisões do Código. Compreendo que se um dia desejar
O Chefe Médico do Comitê Olímpico Brasileiro (COB) foi avisado sobre esta solicitação? anular o direito da CIUT da Org. Antidoping ou da CIUT da AMA de obter as informações de
Sim Não saúde em meu nome, devo informar meu médico pessoal por escrito.

Nome do Chefe Médico do COB: USO DE MEDICAMENTOS NO ESPORTE


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Assinatura do atleta: Data:

Assinatura do pai / responsável: Data


ISENÇÃO DE USO TERAPÊUTICO
Processo Abreviado
(se o atleta for menor de idade ou tenha um problema que o impeça de assinar este formulário, (beta-2 agonistas por inalação, glucocorticosteróides por via não sistêmica)
os pais ou responsável devem assinar este formulário em nome do atleta).

Solicito aprovação da Organização Antidoping para o uso terapêutico de uma sub-


6. Observações stância proibida constante na Relação de Substâncias e Métodos Proibidos da
AMA e que está sujeita ao Processo Resumido de Isenção de Uso Terapêutico.
Observação 1 NOME, QUALIFICAÇÃO E ESPECIALIDADE MÉDICA
Por exemplo: Dr. AF Cruz, MD FRACP, gatroenterologista.

Observação 2 DIAGNÓSTICO 1. Informações do Atleta Preencher todos os campos


Anexar e encaminhar junto com a solicitação a evidência que comprova o diagnóstico.
A evidência médica deverá conter o histórico e os resultados de todos os exames impor-
tantes, investigações loboratoriais e estudos de imagem. Cópias dos relatórios originais ou Sobrenome Nome
cartas deverão fazer parte do documento se possível de acordo com as circunstâncias clíni-
cas e, no caso, de uma condição que não pode ser demonstrada, uma segunda opinião Feminino Masculino
médica ajudará na análise desta solicitação. Endereço:
Obervação 3 CHEFE MÉDICO DA CONFEDERAÇÃO ESPORTIVA NACIONAL (CEN) Cidade: País: Código Postal:
Quando possível, o Chefe Médico da CEN deve ser notificado sobre a solicitação apre- Data de Nascimento (d/m/a):
sentada à Organização Antidoping. A solicitação deverá incluir uma opinião do Oficial
Médico da entidade esportiva nacional que rege o esporte do atleta, confirmando a Tel. Trabalho: Tel. Casa: Celular:
necessidade da utilização da substância ou método proibido no tratamento do atleta. E-mail: Fax:
Obsevação 4 INFORMAÇÕES SOBRE O MEDICAMENTO Desporto: Disciplina/posição:
Fornecer detalhes sobre a substância ou método proibido para o qual está sendo Entidade nacional de desporto:
solicitada aprovação.
Caso o atleta sofra de alguma difunção, indicar qual:
Observação 5
Se, na condição médica do atleta, for possível fazer uso de um medicamento permi-
tido, favor fornecer uma justificativa clinical para o pedido de utilização de um
medicamento proibido. 2. Dados do médico
Solicitações parcialmente preenchidas serão devolvidas e não poderão ser sub-
metidas novamente. Favor submeter o formulário devidamente preenchido à Nome, qualificação e especialidade médica (vide observação 1) :
Organização de Antidoping e manter uma cópia do formulário preenchido em
seus arquivos.

7. Decisão da CIUT (somente para uso oficial)


Endereço:
E-mail: Celular:
Data de recebimento: Solicitação completa: sim não
Tel: Trabalho: Tel. Casa: Fax:
Observações Oficiais:
Nome do Representante do CIUT:
Assinatura: Data:
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3. Informação médica

T H E R A P E U T I C U S E E X E M P T I O N S TUE
Diagnóstico:
Exames médicos/testes realizados:

Substância(s) Dose Administrada Forma de Freqüência de


Proibidas Administração Administração Please complete all sections in capital letters or typing

1. Athlete Information
Duração prevista
para o tratamento:
Surname: Given names:
Informação Adicional: Female Male
Address:
City: Country: Post Code:

4. Declarações do médico particular e do atleta Date of Birth (d/m/y):


Tel.:(with international code) Cel fone:
E-mail: Fax:
Eu, atesto que as substâncias acima mencionadas
para o atleta acima mencionado são/têm sido administradas como tratamento correto Sport: Discipline/position:
da condição médica acima mencionada. Atesto também que o uso de medicamentos
International or National Sport Organization:
alternativos que não constam na lista de medicamentos proibidos seria improdutivo
para o tratamento da condição médica acima mencionada. Citar as razões: If athlete with disability, indicate disability:

Assinatura do médico particular: Data:


2. Medical information

Eu, atesto que a informação constante do item 1 é


correta e que estou solicitando autorização para usar a substância ou método proibido pela Diagnosis with sufficient medical information (see note 1):
AMA. Eu autorizo a liberação da minha ficha médica pessoal para a Organização de
Antidoping bem como para os funcionários da AMA e para o Comitê de Isenção de Uso
Terapêutico (CIUT) ou AMA. Tenho conhecimento de que se eu quiser cancelar o direito do
CIUT da Organização de Antidoping ou do CIUT da AMA de obter minha ficha médica pes- If a permitted medication can be used to treat the medical condition, provide clini-
soal, devo notificar meu médico particular por escrito.
cal justification for the requested use of the prohibited medication
Assinatura do atleta: Data:

Assinatura do pai/ responsável: Data:

(se o atleta for menor de idade e tiver um problema que o impeça de assinar este formulário,
um pai ou responsável deve assinar o documento em nome do atleta).
USO DE MEDICAMENTOS NO ESPORTE
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3. Medication details
A B B R E V I AT E D T H E R A P E U T I C
Prohibited substance(s): Dose Route Frequency U S E E X E M P T I O N S CTUE
Generic name
1.
2.
3. Please complete all sections in capital letters or typing
Intended duration of treatment: once only emergency
beta-2 agonists by inhalation glucocorticosteroids by
(Please tick appropriate box) or duration (week/month):
non-systemic routes *
Have you submitted any previous TUE application: yes no * All routes other than orally, rectally, intravenously and intramuscularly.
For which substance? Dermatological glucocorticosteroids do not require any TUE
To whom? When?
Decision: Approved Not approved 1. Athlete Information

4. Medical practitioner’s declaration


Surname: Given names:
I, certify that the above-mentioned
Female Male
treatment is medically appropriate and that the use of alternative medication not on the pro-
hibited list would be unsatisfactory for this condition. Address:
Name: City: Country: Post Code:
Medical speciality: Date of Birth (d/m/y):
Address: Tel.(with international code) : Cel fone:
Tel: Fax: E-mail: Fax:
e-mail:
Sport: Discipline/position:
Signature of Medical Practitioner:
International or National Sport Organization:
Date:

2. Medical information
5. Athlete’s declaration

I, certify that the information under 1.


is accurate and that I am requesting approval to use a Substance or Method from the WADA Diagnosis:
Prohibited List. I authorize the release of personal medical information to the Anti-Doping
Organization (ADO) as well as to WADA staff, to the WADA TUEC (Therapeutic Use Exemption
Committee) and to other ADO under the provisions of the Code. I understand that if I ever wish
to revoke the right of these organizations to obtain my health information on my behalf, I must
notify my medical practitioner and my ADO in writing of that fact.

Athlete’s signature: N.B. Any CTUE may be reviewed at any time, by the ADO and/or WADA

Date:
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S T R I C T LY C O N F I D E N T I A L
Prohibited substance(s): Dose Route Frequency
Generic name

1.
2.
3.

Intended duration of treatment: once only emergency


(Please tick appropriate box) or duration (week/month):

3. Medical practitioner’s and athlete’s declaration

I, certify that the above-mentioned

treatment is medically appropriate and that the use of alternative medications not on the
Prohibited List would be unsatisfactory for this condition.

Name:
Medical speciality:
Address:
Tel: Fax:
e-mail:
Signature of Medical Practitioner:
Date:

4. Medical practitioner’s declaration

I, certify that the information under 1.


is accurate and that I am requesting approval to use a Substance or Method from the WADA
Prohibited List. I authorize the release of personal medical information to the Anti-Doping
Organization (ADO) as well as to WADA staff, to the WADA TUEC (Therapeutic Use Exemption
Committee) and to other ADO under the provisions of the Code. I understand that if I ever
wish to revoke the right of these organizations to obtain my health information on my behalf,
I must notify my medical practitioner and my ADO in writing of that fact.

Athlete’s signature: Date:

Parent’s/Guardian’s signature: Date:


(if the athlete is a minor or has a disability preventing him/her to sign this form, a parent or
guardian shall sign together with or on behalf of the athlete)
www.cob.org.br

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