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ESTADO-MAIOR

Memorando Circular nº 31.413.6/08-EMPM

Belo Horizonte, 09 de setembro de 2008.

Assunto: Fiscalização de trânsito - Uso do etilômetro: orientações.


Ref.: - Lei nº 9.503/97 - CTB (com alterações da Lei 11.705/08);
- Decreto nº 6.488, de 20 de junho de 2008;
- Resolução CONTRAN nº 206/06;
- Portaria INMETRO nº 006, de 17/01/02;
- Ofício DETRAN/MG nº 1546/S.Exp/2008.

Conforme amplamente divulgado, a Lei 11.705, de 19/06/08, chamada “Lei


Seca”, trouxe diversas alterações à Lei nº 9.503/97 – Código de Trânsito Brasileiro (CTB),
especialmente com objetivo de inibir o consumo de bebidas alcoólicas por condutores de
veículo automotor.
2. Para a aplicação das novas regras, no aspecto administrativo, a conduta é
tipificada como infração gravíssima, nos termos do Art 165 do CTB - Dirigir sob a influência
de álcool ou de qualquer outra substância psicoativa que determine dependência, sendo
previstas as seguintes providências: lavratura do AIT, recolhimento da CNH e retenção do
veículo até apresentação de um condutor habilitado.
3. No aspecto criminal, o tipo penal relacionado a embriaguez ao volante, esta
previsto no Art 306 do CTB, com a seguinte redação:
“Art 306 – Conduzir veículo automotor, na via pública, estando com
concentração de álcool por litro de sangue igual ou superior a 06
(seis) decigramas, ou sob a influência de qualquer outra substância
psicoativa que determine dependência:
Penas - .......” ( grifo nosso)

4. De forma regulamentar, o Decreto nº 6.488, de 20 de junho de 2008,


estabeleceu as margens de tolerância de álcool no sangue e a equivalência entre os distintos
testes de alcoolemia, para fins de comprovação material do crime previsto no artigo 306 do
CTB. Os testes de alcoolemia citados são os seguintes: exame de sangue, e teste em
aparelho de ar alveolar pulmonar (etilômetro).
EMPM – Seção de Emprego Operacional (PM/3)
Rua da Bahia, 2115, B. Funcionários – B.Horizonte/MG – CEP 30.160-012
E-mail: pm3@pmmg.mg.gov.br – Tel.: (031) 3071 2421 e fax 3071 2435
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5. Para a atividade de polícia ostensiva a cargo da PMMG, no tocante à
fiscalização de trânsito, há especial interesse quanto às normas e recomendações para uso
do aparelho etilômetro (vulgo bafômetro), pois trata-se de teste possível de ser feito pela
equipe de fiscalização no local da abordagem.
6. A Portaria INMETRO nº 006, de 17Jan02, estabelece as condições a que
devem satisfazer os aparelhos etilômetros a serem utilizados pela fiscalização de trânsito na
determinação da concentração de álcool (etanol) no ar expirado. Na Portaria são adotadas as
seguintes definições:
a) Etilômetro – instrumento que mede a concentração de etanol pela análise de
ar pulmonar profundo, utilizável para fins probatórios;
b) Ar pulmonar profundo – ar expirado pela boca de um indivíduo, originário dos
alvéolos pulmonares, normalmente chamado de ar expirado final.

7. Quanto à alcoolemia medida pelo aparelho, e a medida a ser considerada para


efeito da aplicação da penalidade, é aceita uma pequena margem de erro, sendo os dados
expressos em miligrama por litro de ar expirado (mg/l), segundo a tabela de valores
referenciais, nos termos da Portaria INMETRO nº 006/02, sendo admitido o erro máximo de:
a) 0,032 mg/l para todas as concentrações menores do que 0,4 mg/l;
b) 8% para concentrações iguais ou maiores do que 0,4 mg/l, e menores ou
iguais a 2 mg/l;
c) 30% para concentrações maiores do que 2 mg/l.

8. Considerando-se ainda que o crime previsto no Art. 306 do CTB passou a ser
de perigo abstrato, não havendo mais a necessidade de exposição a dano potencial da
incolumidade de outrem, bastando apenas a comprovação da concentração de álcool igual
ou superior a:
a) 0,34 mg/l de ar alveolar, para o teste de etilômetro;
b) 6 (seis) dg/l de sangue, para exame de sangue (laboratorial).

9. Importante ressaltar que a Resolução nº 206/06 do Conselho Nacional de


Trânsito (CONTRAN), ao tratar dos procedimentos e meios para constatação do consumo de
álcool ou substancias entorpecentes, ou de efeito análogo no organismo, prevê, além dos
testes de alcoolemia e do teste em aparelho etilômetro, a obtenção de outras provas
admitidas em direito, acerca dos notórios sinais resultantes do consumo de álcool ou outras
substâncias psicoativas, sendo necessário descrever tais informações no Boletim de
Ocorrência, conforme previsto no Anexo à Resolução.
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10. Diante do exposto, e considerando a necessidade de padronização de
procedimentos operacionais pela PMMG durante a execução do policiamento de trânsito, e
considerando as possibilidades de uso ou não do aparelho etilômetro, RECOMENDO:

10.1 Fiscalização com uso do aparelho etilômetro

a) na fiscalização de condutores de veículos, para os casos em que houver


suspeita de direção sob a influência de álcool, o policial militar deverá convidar o condutor a
se submeter ao teste de ar alveolar (etilômetro), conforme previsto no Art. 277 do CTB;
b) sendo realizado o teste, e o resultado for até 0,13 mg/l de ar alveolar
(considerando a tolerância do Decreto 6.488/08 e a margem de erro da Portaria INMETRO
006/02), o policial militar não deverá lavrar o AIT (Auto de Infração de Trânsito), liberando o
veículo ao seu condutor;
c) se o resultado do teste for de 0,14 a 0,33 mg/l de ar alveolar, o policial militar
deverá lavrar o AIT (conforme Art 165 do CTB), recolher a CNH e liberar o veículo a outro
condutor devidamente habilitado - não se apresentando condutor devidamente habilitado,
o veículo deverá ser removido ao depósito nos termos do art. 270 § 4º do CTB;
d) se o resultado do teste for igual ou superior a 0,34 mg/l de ar alveolar,
além das providências descritas no subitem anterior, o condutor do veículo deverá ser
conduzido à Delegacia de Polícia, pela prática do crime previsto no artigo 306 do CTB.
Deverá ser juntado ao BO sempre que possível uma das vias impressas do teste. Quanto à
remoção, ou não, do veículo até a Delegacia de Polícia e/ou Depósito, este procedimento
deverá ser ajustado de forma conjunta com a autoridade de polícia judiciária da respectiva
Região Integrada de Segurança Pública (RISP);

e) No caso do condutor alegar ter ingerido remédios com teor alcoólico,


bombons de licor ou outras substâncias de efeitos análogas, é recomendado pelo fabricante
do aparelho a realização de um novo teste, em 15 a 20 minutos após o primeiro (contra
prova), tomando-se as providências de acordo com o resultado obtido.

10.2 Sem uso do etilômetro (recusa ou equipamento indisponível)

a) caso o condutor do veículo se recuse ao teste do etilômetro, ou que a


fiscalização não disponha do equipamento, e estando o condutor com visíveis sintomas
de estar sob a influência de álcool, deverão ser tomadas as providências constantes do
subítem “10.1. d)” - a saber: lavrar o AIT, recolher a CNH, e condução do cidadão à
Delegacia de Policia. Neste caso, o policial militar deverá descrever na ocorrência a recusa
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por parte do condutor, e os notórios sinais resultantes do consumo de álcool, conforme
informações requeridas no anexo da Resolução 206/06, o que servirá para caracterizar a
infração do art. 165 do CTB, sendo também essencial que sejam arroladas no mínimo duas
testemunhas desta observação de sinais;

b) as informações acerca dos notórios sinais de uso de bebida alcoólica,


conforme Anexo da Resolução CONTRAN nº 206/06, são: aparência (sonolência, olhos
vermelhos, vômitos, soluços, desordem nas vestes, odor de álcool no hálito), atitude
(agressividade, arrogância, exaltação, ironia, falante, dispersão) orientação, dificuldade de
memória, capacidade motora (dificuldade de equilíbrio) e fala alterada, etc. Tais
características deverão ser observadas em seu conjunto, e não isoladamente, permitindo
uma maior confiabilidade na constatação.

11. Prescrições diversas:


a) Deve-se esclarecer que a recusa do condutor a submissão ao teste de
alcoolemia não deve ser interpretada como afronta a autoridade do policial e nem
desobediência, sendo regra de direito que ninguém poderá ser obrigado a fazer prova contra
si mesmo.
b) O PM deve ser orientado que a submissão do cidadão ao teste no
etilômetro, nas diversas ações e operações desencadeadas pela PMMG, mormente nas
operações blitzen, deve ater-se ao condutor com fundadas suspeitas de ter feito uso de
bebida alcoólica ou substancias entorpecentes, conforme tirocínio policial, evitando-se assim,
os constrangimentos e abuso de autoridade que tal prática poderá ensejar, se realizada
aleatoriamente em todas as pessoas abordadas.

c) A Lei nº 11.705/08 também conferiu maior gravidade ao crime de lesão


corporal culposa quando o condutor, comprovadamente, estiver sob efeito de álcool ou
qualquer substancia psicoativa, participando de “pegas”, transitando em velocidade superior
à máxima permitida para a via em 50 Km/h, o que deverá também ser descrito na ocorrência.
Nesses casos, o condutor perderá os benefícios da Lei nº 9.099/95.

d) As medidas citadas neste memorando deverão ser tomadas, inclusive, para


os casos de acidentes de trânsito com ou sem vítimas, em que há suspeição de que o
condutor estava dirigindo sob influência de álcool ou de ter feito uso de substâncias
entorpecentes.
e) O efetivo operacional deverá ser exaustivamente instruído sobre o contido
no presente memorando.

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f) Considerando peculiaridades locais que influenciam na correta aplicação das
normas relacionadas à fiscalização de trânsito (disponibilidade de equipamento etilômetro,
plantões nas delegacias, etc), deverão ser ajustados procedimentos operacionais, através
dos Comandantes de RPM e correspondentes autoridades de polícia judiciária.

(a) RENATO VIEIRA DE SOUZA, CEL PM


CHEFE DO ESTADO-MAIOR

Distribuição: Todas unidades da PMMG.

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