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2) Item 40 do caderno A.
O item informa que todas as manifestações das cortes de contas têm valor e forma
coercitiva. Definitivamente, isto não corresponde à realidade.
A título de exemplo, podem ser apontadas as seguintes manifestações que não
possuem força coercitiva:
Resposta às consultas, nos termos do art. 1º, § 2º, da Lei n.
8.443/1992;
Apreciação por meio de parecer prévio das contas apresentadas pelo
Presidente da República; e
Avaliação de relatório de Auditoria de Natureza Operacional em que
o Tribunal faz apenas RECOMENDAÇÕES para o órgão.
Dessa forma, não há como prosperar a idéia defendida no item.
Ademais, a redação apresentada neste item deixa margem a interpretação no sentido
de que somente em processos de contas pode-se ter acórdão condenatório com eficácia de
título executivo.
Mais uma vez, isto não corresponde à realidade. Em processo de fiscalização,
consoante o disposto no art. 251, § 1º, inciso III, do Regimento Interno, o Tribunal pode
aplicar multa ao gestor, caso verifique alguma ilegalidade. Assim, não é somente em
processo de contas que o Tribunal pode constituir acórdão condenatório com eficácia de
título executivo.
Pelo exposto, solicita-se que o item seja considerado ERRADO.
O item considerou que o Tribunal possui competência para fiscalizar a aplicação dos
recursos tributários correspondentes ao fundo de participação dos estados.
Consoante previsto na Lei Complementar n. 62/1989, c/c o art. 1º, inciso IX, do
Regimento Interno do Tribunal de Contas da União, a competência da Corte cinge-se ao
cálculo das quotas destes recursos, bem como a fiscalização de seu repasse.
A competência do Tribunal para fiscalizar a aplicação de recursos transferidos a
estados e municípios se dá quando a transferência é feita por meio de convênio, ajuste ou
outros instrumentos congêneres. Esta é a dicção do art. 71, inciso VI, da Constituição
Federal.
Pelo exposto, solicita-se que o item seja considerado ERRADO.