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Nº 22.

Outubro, Novembro e Dezembro 2001 ACTUALIDADE 3

Qualquer que ler o título deste artigo po-


derá pensar que já está bem de politizar a

A necessária leitura política do


Mauricio Castro
língua. Permita-se-me adiantar-me respon-
dendo que num país como o nosso, como
em qualquer outro cuja soberania é dispu-
tada, o conflito político está presente em
todas e cada umha das manifestaçons da

(des)acordo normativo
sua vida social e em todos e cada um dos
seus signos de identidade nacional questio-
nados. De facto, a decisom tomada pola
Real Academia Galega (RAG) em 17 de
Novembro é umha mostra evidente de co-
mo a política pesa na questom da língua;
igualmente, a própria proposta universitá-
ria respondia de jeito bem claro a umha ou-
tra pulsom política. Se a primeira foi con- Aliás, cabe sublinhar que o isolacionis- editoriais e culturais afins, entre os que sa- um acordo entre a intelectualidade histori- do conflito normativo e um avanço deter-
dicionada polo Partido Popular desde a mo, promovido durante estas duas décadas lientam A Nosa Terra e a Asociación Só- camente ligada ao BNG e a de mais recen- minante no caminho normalizador. Mais
Junta da Galiza, a segunda ajusta-se como polo poder político espanhol, tivo no Insti- cio-Pedagóxica Galega, fartos de nom re- te incorporaçom, a representada por um umha vez, pretenderám deixar o reintegra-
umha luva às necessidades políticas do tuto da Lingua Galega (ILG) o seu repre- ceberem um peso da sectária política lin- sector significativo dentro do ILG, após es- cionismo reduzido ao papel de convidado
Bloque Nacionalista Galego neste momen- sentante máximo até nom há muito, res- güística oficial com a escusa de umhas pe- te ter perdido o seu lugar ao sol no mundo de pedra, ante o qual este deverá contar
to histórico. Enquanto o Governo autonó- ponsável pola orientaçom extremamente quenas diferenças na escrita. Nom es- dos suculentos subsídios oficiais. com um discurso próprio, um discurso de
mico, por meio dos seus qualificados por- sectária, por anti-reintegracionista, das queçamos que livros de texto, colecçons Porém, e apesar do empenhamento dos calado estratégico que faga ênfase, de um-
ta-vozes, nom oculta a sua satisfaçom pola normas de 82 (com as suas posteriores re- em fascículos e outro material audiovisual agentes citados, semelha claro que o nú- ha parte, na necessidade de que se permita
resposta da RAG, boa parte da base social visons, a última de 95). Quanto ao reinte- diverso vinham sendo já publicados na nor- cleo duro do oficialismo, o que detém as a discrepáncia radical com a oficialidade,
favorável à normalizaçom do idioma lamen- gracionismo, recorde-se que contou de um- ma oficial por muitas dessas entidades sa- rédeas do poder, nom se viu forçado a ne- para além do que cheguem a acordar uns e
ta o resultado, semelhando nom perceber o ha parte com os “pragmáticos” chamados telizadas polo BNG, entre elas a própria gociar o acordo normativo. Eis a leitura outros; um discurso que, de outra parte,
condicionante político da proposta resultan- “de mínimos”, sector política, sindical e AS-PG, promotora a um tempo das nego- que devemos fazer da decisom adoptada ponha em evidência a falsa saída que supo-
te da negociaçom auspiciada pola Asocia- culturalmente afim ao BNG. Este sector ciaçons a que vimos aludindo e da históri- pola maioria dos membros da Real Acade- ria a aprovaçom de umha nova normativa
ción Sócio-Pedagóxica Galega (AS-PG) e exerceu durante estes anos de reintegracio- ca normativa “de mínimos”. Significativa mia Galega, que chegou a rejeitar umha que está a ser apresentada como soluçom
como essa proposta representa a derrota his- nista no mundo das ideias, mas com umha da renúncia estratégica transparecida pola proposta aceitada pola maioria dos seus final para o idioma, na medida em que só
tórica do sector conhecido como “de míni- prática contraditória, nomeadamente se le- iniciativa do sector “de mínimos” é a as- lingüístas, atingindo o culme do esperpen- umha orientaçom abertamente reintegra-
mos”. Se a questom fosse assepticamente varmos em conta que em princípio se pro- sunçom por parte do semanário ligado ao to e pondo em evidência o carácter políti- cionista como a representada pola AGAL e
lingüística, a decisom nom mereceria senti- clamou “de mínimos” em funçom da BNG, A Nosa Terra, da normativa oficial co, e politicamente conservador, da sua polos restantes colectivos reintegracionis-
mentos políticos enfrentados de satisfaçom existência de uns “máximos” para os que com imediata posterioridade ao fracasso do sentença. Naturalmente, a RAG está ama- tas servirá para favorecer realmente a nor-
no PP, nem frustraçom nos deputados da pri- tender. Os sectores que assumírom esses dito consenso. O conflito normativo é, cada rrada de perto polo poder político autonó- malizaçom lingüística na Galiza, contando
meira força da oposiçom. Nestas linhas, pre- máximos, constituídos em autêntico desta- vez mais, um incómodo estorvo para a nor- mico, e só a disponibilidade deste poderá com o apoio que supom a presença e potên-
tendemos pôr em evidência a filiaçom polí- camento de vanguarda a partir do nasci- malizaçom institucional da principal força no futuro garantir umha reforma como a cia da nossa língua a nível mundial.
tica da proposta e da sentença, os interesses mento em 1981 da Associaçom Galega da da oposiçom, um dos restos delatores da pretendida polo BNG, que verificou no dia Em todo o caso, para além das nego-
materiais que ambas partes ocultam e qual Língua (AGAL), levárom nestes anos bem radicalidade caracterizadora da sua política 19 de Novembro a autêntica dimensom da ciaçons e, em geral, das políticas de salom,
deveria ser em nossa opiniom a posiçom dos paus da oficialidade, ao tempo que depará- no passado, e na actualidade representa sua derrota eleitoral de Outubro. Permita- quaisquer medidas e campanhas serám
sectores mais conscientes da comunidade rom com um muro de contençom construí- apenas um empecilho no seu ascenso aos se-nos acrescentar que o Partido Popular castelos no ar se nom houver por trás um
lingüística galega ante este conflito. do polas organizaçons do nacionalismo escritórios de Sam Caetano e no fortaleci- perdeu umha magnífica ocasiom para inte- significativo apoio activo da sociedade ga-
maioritário, refractário a apoiar a sua ex- mento económico da rede de organismos grar lingüisticamente o BNG no sistema, e lega para a causa da normalizaçom lingüís-
pansom com a sempiterna escusa de que “o sociais e empresariais que lhe som fiéis. só a bebedeira pós-eleitoral encirrada polo tica. Eis a principal carência actual que en-
Umha vista de olhos à história povo nom está preparado”. Com a pers- Nom podemos aqui deixar de parafrasear exultante espanholismo do PP nos tempos frentamos, e eis a primeira causa de preo-
Se figermos algo de pré-história, lem- pectiva que dá a passagem dos anos e invo- um dos vultos do mundo intelectual que que correm pode explicar a prepotência ex- cupaçom que deve ter o reintegracionismo,
braremos que antes de Alianza Popular im- luçom dos noutrora defensores desses mí- nestes anos mantivo a ficçom dos “míni- cluente de umha direita espanhola que re- prévia a quaisquer negociaçons institucio-
por em 1982, por decreto, o padrom lin- nimos, aquela negativa a promocionar os mos reintegracionistas”, que recentemente cusa a plena integraçom do morno nacio- nais: promover e articular a consciência
güístico actualmente em vigor, umha co- máximos desde os mesmos inícios da sua publicava um artigo em que num acto de nalismo do Bloco no sistema constitucional lingüística no seio da populaçom galega,
missom lingüística presidida polo profes- existência —chegando a promover a cis- honestidade intelectual e pessoal reconhe- a pesar de a proposta representar a sua ina- com a conviçom de que só a força social
sor Carvalho Calero, a pedido da Junta pré- som em organismos com maioria reinte- cia que a proposta de reforma procurava pelável derrota histórica. Contodo, convém garantirá um futuro para a nossa comuni-
autonómica, elaborou em 1980 umha nor- gracionista pró-AGAL como a AS-PG his- “unha solución que permitise (que nos reconhecermos que o nacionalismo maiori- dade lingüística, e só a força social impedi-
mativa que pretendia já o consenso entre tórica, foi um primeiro indício da mais re- permitise) aos que estamos vencidos e tário galego é persistente e continuará a rá que o reintegracionismo seja deixado de
reintegracionismo e isolacionismo. Deve cente disposiçom das organizaçons e co- derrotados poder apresentar unha dig- tentá-lo... parte nas discussons sobre o futuro do ga-
ser no seu súbito e injustificado rechaço lectivos ligados à expressom maioritária do na escusa ao noso descanso... mas nen iso lego.
polo poder político em favor das normas nacionalismo galego para integrarem-se na se nos permite”1. Um bom jeito de começar a articular es-
propostas polo ILG que procuremos a cau- orientaçom isolacionista que define a nor- A tentativa contou, aliás, com a partici- E o reintegracionismo? sa enfraquecida força social é trabalhar po-
sa da posterior fractura social entre as mativa oficial. paçom activa do que duas décadas atrás fo- A AGAL, principal e histórica entidade la unidade de acçom do próprio reintegra-
orientaçons reintegracionista e isolacionis- ra principal agente do oficialismo lingüísti- reintegracionista (embora nom única), de- cionismo, hoje atomizado e sem umha es-
ta. Convém sublinharmos, além do mais, co na sua estratégia espanholizadora: o monstrou ao longo destes anos umha maior tratégia de actuaçom definida. À margem
que naquela comissom presidida por Car- Quem é quem no actual ILG. Porém, e como o tempo nom passa autonomia política do que o oficialismo das suas autênticas motivaçons, o certo é
valho Calero participárom lingüistas repre- (des)acordo normativo em balde, o célebre Instituto universitário isolacionista e as entidades normalizadoras que a dia de hoje a marginalizaçom do
sentativos das duas tendências, entre os Com efeito, a passagem do tempo e a in- compostelano perdeu boa parte da sua in- pró-Bloco. Eis o seu principal aval, um reintegracionismo acha fácil escusa na sua
que podemos citar Antom Santamarina po- fluência das forças presentes no decorrer fluência no mundo cultural financiado pola autêntico património que, se se mantiver injustificável fragmentaçom.
lo ILG, o notório isolacionista e pró-fran- histórico fijo com que aquele quadro inicial Junta da Galiza. Naturalmente, a perda de nas suas coordenadas históricas, poderá O futuro do movimento reintegracionis-
quista Filgueira Valverde ou o filólogo es- tenha derivado em 2001 num cenário em protagonismo do noutrora principal repre- apresentar algum dia ante a sociedade gale- ta, como ingrediente fundamental do movi-
panhol, nada suspeito de subversom lusis- que a maior parte dos diversos actores pas- sentante “científico” do PP tem a sua expli- ga. Um património, a sua plena autonomia mento normalizador na Galiza, passa pola
ta, José Luís Pensado. sárom a representar novos papéis. caçom, na medida em que o espanholismo a respeito de qualquer instituiçom ou orga- unidade e a plena autonomia a respeito das
Quem revisar vinte e um anos depois A estrela desta nova representaçom é o imperante na Junta arrumou as veleidades nizaçom política concreta, que deve man- diversas opçons partidárias, sem por isso
aquelas normas de 80 comprovará a sua mundo que rodeia e representa socialmen- galeguistas do Instituto em favor de um fla- ter-se a toda a custa, por mais que no seu negar as suas implicaçons políticas. Cada
maior ambiçom na consecuçom de um ga- te o BNG, que nom só nom avançou em di- mante Centro Ramom Piñeiro para a In- interior podam participar militantes de passo que se der nessa direcçom será um
lego pulcro e reintegrado do que o gorado recçom aos “máximos” referenciais de par- vestigación das Humanidades que absorve quaisquer tendências, como de facto acon- passo à frente na concreçom das principais
acordo de 2001, um acordo este último tida, senom que se acha empenhado em de uns anos para cá o grosso dos dinheiros tece. No caso que nos ocupa, a AGAL necessidades históricas que afronta a nossa
promovido, como se sabe, polo próprio abandonar os “mínimos” em direcçom a que antes desfrutava o ILG para as suas mantivo-se à margem das negociaçons e comunidade lingüística: o reintegracionis-
ILG, a AS-PG e os departamentos de Gale- um isolacionismo mal maquilhado. Foi, de “investigaçons”. Na direcçom deste Centro dos seus resultados, numha posiçom pru- mo lingüístico e o monolingüismo social.
go da Corunha, Vigo e Compostela; um facto, da principal força da oposiçom par- e nas suas redondezas movem-se alguns dente e construtiva ao ter julgado que qual-
acordo, de resto, que no plano estritamente lamentar que partiu a iniciativa por um dos académicos contrários à proposta de quer avanço em direcçom ao reintegracio-
lingüístico pouco mais acrescentaria do acordo de concórdia que, mais umha vez, acordo normativo, como Constantino Gar- nismo, por tímido que fosse, teria sido po- 1 Francisco Salinas Portugal: “De normas
que recomendar as soluçons da chamada pretendeu deixar o reintegracionismo fora cia, Jesus Ferro Ruival ou Manuel Gonzá- sitivo para o nosso idioma, sempre que e concórdias... de tempos e destinos”. A
“banda alta” da actual norma oficial, e nem de jogo. Mas, por que tam repentino inte- lez. A perda de protagonismo (e de recur- nom servisse de coarctada para a definitiva Nosa Terra nº 1012, 13 a 19 de Dezem-
sempre. A primeira conclusom que tira- resse em superar as historicamente irrecon- sos económicos) do ILG determinou o ali- exclusom social da dissidência lingüística. bro de 2001.
mos, portanto, é que a Galiza nom só per- ciliáveis diferenças com o doestado oficia- neamento de boa parte dos seus membros, Infelizmente, tememos que isso é justa-
deu vinte anos ancilosada na espanholiza- lismo?. A resposta deve procurar-se na pre- que nom gozárom de cadeira no novo Cen- mente o que teria acontecido de ter-se
dora norma proposta polo ILG em 82, se- mente necessidade política que tem o tro, com o principal partido da oposiçom, aprovado a proposta do BNG. Maurício Castro, é membro do CC de Pri-
nom que a suposta alternativa que propon- BNG de integrar-se de vez no mundo insti- um BNG que, como sabemos, nos últimos De resto, nom deve esquecer-se que o meira Linha (MLN)
hem o ILG e os departamentos de Galego tucional e de normalizar por completo as anos segue umha política de portas abertas diálogo que desembocou na proposta que
em 2001 fica muito por baixo da verdadei- suas relaçons com o mesmo. Razons com- para determinados sectores historicamente analisamos veu dous anos atrás acalar as
ra norma de consenso de 1980. plementares som as pressons de sectores por ele demonizados, entre os que se en- vozes que, de diferentes cantos do mundo
contra o próprio ILG. Poderíamos ilustrar o cultural galego, começavam a generalizar a
acontecido com umha popular sentença: exigência de umha aproximaçom ortográfi-
No passado dia 15 de Dezembro, tivo lugar na capital da Galiza um encontro entre entidades e
juntárom-se a fame e a von- ca séria a respeito do português. Um dos
pessoas reintegracionistas pertencentes aos mais variados ámbitos de intervençom social. O objec- resultados desta proposta “de consenso”
tivo era tirar umha posiçom comum ante a situaçom criada pola proposta de acordo normativo apre- tade de comer.
Eis, portanto, co- promovida polo BNG foi apagar
sentada por oficialistas e representantes dos mínimos, e a resposta da RAG. A seguir, reproduzimos aquele enriquecedor debate, que
o manifesto unitário resultante de um debate que deve marcar o início de umha nova dinámica so- mo umha rede de in-
cial do reintegracionismo; umha nova dinámica marcada pola ofensiva normalizadora e a unidade teresses políticos e nom sabemos em que poderia
de acçom entre as diversas correntes organizadas. circunstáncias so- ter concluído.
ciais concretas, Nos próximos meses, pro-
MANIFESTO UNITÁRIO DO REINTEGRACIONISMO NA GALIZA vavelmente assistamos a
pouco relacionadas
Perante a proposta de reforma das normas da RAG, as organizaçons e pessoas reunidas a 15 de De- com o córpus lingüís- umha campanha que solici-
zembro em Santiago de Compostela, queremos manifestar o seguinte: tico sobre o que uns e te umha rectificaçom à
O Reintegracionismo é um movimento social com presença activa e tradiçom histórica na Gali- outros “operam”, RAG, umha campanha aus-
za. Desde o início da recuperaçom literária da língua na Galiza existe umha visom e umha prática permití- piciada polos agentes impli-
escrita galego-portuguesa da mesma (partilhada também polo primeiro presidente da Real Acade-
rom cados na negociaçom do acor-
mia Galega e por mais membros dessa instituiçom) que entende que esta recuperaçom nom é pos- do e que, como costuma fa-
sível fora do ámbito lingüístico da Lusofonia. zer o BNG, tentará identi-
Desprezando esta realidade, algumhas instituiçons, de maneira pouco transparente, pretendê- ficar os seus interesses
rom fazer umha mal chamada “normativa de concórdia” que nom é tal, na qual o Reintegracionis-
mo ficou excluído. partidistas com os do
Denunciamos o silenciamento de que continuamos a ser objecto. Independentemente de qualquer país. Assim, vende-
reforma que a RAG figer da sua norma, o minimamente exigível, de acordo com os direitos democrá- rám-nos que esse
ticos e com a igualdade entre as pessoas, será que se reconheça a nossa existência, o qual nom sucede acordo implicará
hoje, porquanto nem sequer podemos escrever em galego-português em igualdade de condiçons. En- a superaçom
quanto a visom galego-portuguesa da língua nom seja considerada como um interlocutor válido na
planificaçom do idioma, qualquer reforma normativa deixará sem resolver o problema linguístico.
Fazemos um apelo a todas as pessoas interessadas na plena normalizaçom idiomática a soma-
rem forças nas posturas que durante muitos anos levam dignificando a língua na Galiza.
Compostela, 15 de Dezembro de 2001.
Adesons:
AGIR, Assembleia Nacional Antimilitarista (ANÁ), Assembleia Reintegracionista NH,
Associaçom Cultural Alto Minho, Associaçom Galega da Língua (AGAL), Fundaçom Artá-
bria, Movimento Defesa da Língua (MDL), Associaçom Cultural Reintegracionista Aquém
Douro, A Gente da Barreira, NÓS-Unidade Popular, Primeira Linha (MLN), Renovação
(Embaixada Galega da Cultura), Sociedade Cultural Marcial Valadares, Vª Irmandade,
Mulheres Nacionalistas Galegas, Arma-danças.
Segue-se um grande número de adesons pessoais.

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