Вы находитесь на странице: 1из 10

SOBRE A PROVIDÊNCIA DIVINA

John Wesley

"E até os cabelos da vossa cabeça estão todos contados. Não temais, pois; mais valeis vós
do que muitos passarinhos". (Lucas 12:7)

1. A doutrina da providência divina tem sido recebida pelos homens sábios em todas
as épocas. Muitos dos eminentes pagãos acreditaram, não apenas os filósofos, mas oradores
e poetas. Inumeráveis são os testemunhos concernentes a ela que são espalhadas aqui e ali,
nos escritos deles; de acordo com o bem conhecido dizer em Cícero Deorum moderamine
cuncta geri: "Todas as coisas, todos os eventos neste mundo estão sob a direção de Deus".
Nós traríamos uma nuvem de testemunhos para confirmar isto, fosse algum tão ousado, a
ponto de negá-la.

2. A mesma verdade é reconhecida hoje, na maior parte do mundo; sim, até mesmo,
por aquelas nações que são tão bárbaras, de maneira a não conhecerem o uso das letras.
Assim, quando se perguntou a Paustoobee, um chefe Índio, do Chicasaw, nação da América
do Norte: "Por que vocês pensam que O Amado (assim eles denominam Deus) cuida de
vocês?", ele respondeu, sem qualquer hesitação: "Eu estive na batalha com a França; e a
bala passou por este lado; e este homem morreu, e aquele homem morreu; mas eu estou
vivo ainda; e por isto eu sei que O Amado cuida de mim".

3. Mas, embora os antigos, assim como os modernos pagãos têm alguma concepção
da divina providência, ainda assim, as concepções que a maioria deles toma em
consideração, concernente a isto eram obscuras, confusas, imperfeitas. Sim, os relatos do
mais instruído entre eles, eram usualmente contraditórios uns com os outros. Acrescente a
isto, que eles estavam, de modo algum, seguros da verdade daqueles mesmos relatos: Eles
dificilmente se atreveram a afirmar alguma coisa, mas falaram com a mais extrema
precaução e difidência; de tal maneira, que o próprio Cícero; o autor daquela nobre
declaração se aventura a afirmar, a sangue frio, no final de sua longa disputa sobre o
assunto, resulta em não mais do que esta falha e impotente conclusão: Mihi verisimilior
videbatur Cotta oratin: "O que Cotta disse", (A pessoa que argumentou na defesa da
existência e providência de Deus) "pareceu a mim mais provável do que o que seu
oponente tinha avançado ao contrário".

4. E não é de se surpreender: Porque apenas o próprio Deus pode dar um relato


claro, consistente, perfeito (ou seja, tão perfeito quanto nosso entendimento fraco pode
receber, neste nosso estado infantil de existência; ou, pelo menos, como é consistente com
os desígnios do seu governante), de sua maneira de governar o mundo. E isto Ele tem feito
em sua palavra escrita: Todos os oráculos de Deus, todas as Escrituras, ambas do Velho
Testamento e Novo, descrevem tantas cenas da providência divina. É uma bonita
observação de um fino escritor: "Aqueles que objetam o Velho Testamento, em específico,
como não estando ligado à história das nações, mas apenas às agregações de eventos
quebrados, desconectados, não observam a natureza e objetivo desses escritos. Eles não
vêem que as Escrituras são a história de Deus". Aqueles que pensam assim facilmente
perceberão que os escritores inspirados nunca perderam isto de vista, a não ser preservar
uma cadeia inteira, e ligada do começo ao fim. Tudo sobre aquele livro maravilhoso, como
"a vida e imortalidade" (vida imortal) é gradualmente "trazida ao conhecimento", assim é
Emanuel, Deus conosco, e seu reino sobre todos.

5. Nós versos precedentes, o texto, nosso Senhor tem armado seus discípulos contra
o temor do homem: "Não tema", diz Ele, (verso 4) "aqueles que podem matar o corpo, e
depois disto, nada mais que podem fazer". Ele os protege contra este medo, primeiro,
lembrando-os do que era infinitamente mais terrível do que alguma coisa que o homem
poderia infligir: "Tema a Ele, que depois que mata, tem o poder de lançar no inferno". Ele
os protege mais além, contra isto, pela consideração de uma providência governante:
"Cinco pardais não são vendidos por duas farthings [moeda inglesa de ¼ de pêni], e
nenhum deles é esquecido diante de Deus?". Ou, como as palavras são repetidas por
Mateus, com a mesma variação insignificante (10:29-30) " Não se vendem dois
passarinhos por um ceitil? e nenhum deles cairá em terra sem a vontade de vosso Pai. E
até mesmo os cabelos da vossa cabeça estão todos contados".

6. Nós devemos, de fato, observar que esta forte expressão, embora repetida, por
ambos os Evangelistas, não precisa implicar (embora, se alguém pensar que sim, ele pode
pensar muito inocentemente), que Deus literalmente numera os cabelos que estão nas
cabeças de todas as suas criaturas. Mas trata-se de uma expressão proverbial, implicando
que nada é tão pequeno ou insignificante, às vistas dos homens, de maneira a não ser um
objeto do cuidado e providência de Deus, diante de quem nada é pequeno quando diz
respeito à felicidade de alguma de suas criaturas.

7. Escassamente existe alguma doutrina em todo o compasso da revelação, que seja


de importância tão mais profunda do que isto. E, ao mesmo tempo, existe escassamente
alguma que seja tão pouco cuidada, e talvez, tão pouca compreendida. Vamos nos esforçar,
então, com a assistência de Deus, para examiná-la em sua profundidade; para ver junto a
qual fundamento ela se situa, e o que propriamente implica.

8. O eterno, poderoso, todo-sábio, todo-gracioso Deus é o Criador do céu e terra.


Ele chamou do nada, através de sua palavra toda-poderosa, todo o universo, tudo que
existe. "Assim, os céus e terra foram criados, e toda a multidão de homens". E, depois, Ele
estabeleceu todas as coisas mais, em uma ordem; as plantas, segundo os tipos; peixes e
pássaros; bestas e répteis, segundo suas espécies. "Ele criou o homem, segundo sua própria
imagem". E o Senhor viu que toda parte distinta do universo era boa. Mas, quando viu tudo
que tinha feito, tudo que estava em ligação uns com os outros, "observou que isto era muito
bom".

9. E como este todo sábio, todo gracioso Ser criou todas as coisas, então, Ele
mantém todas coisas. Ele é o Preservador, assim como, o Criador de tudo que existe. "Ele
sustenta todas as coisas, através da palavra de seu poder", ou seja, através da sua palavra
poderosa. Agora Ele deve conhecer todas as coisas que Ele fez, e todas as coisas Ele
preserva, de tempos em tempos; do contrário, Ele não poderia preservá-las; Ele não poderia
continuar a dar o que Ele tem dado. E não é nada estranho que Ele que é Onipresente, que
"preenche céus e terra"; que está intimamente presente. Se o olho do homem discerne
coisas a uma pequena distância; o olho de uma água, que está a uma maior; o olho de um
ângulo, que está mil vezes a uma distância maior (talvez, tomando a superfície da terra em
um só olhar); como o olho de Deus não deverá ver tudo, através de toda a extensão da
criação? Especialmente considerando que nada está distante Dele, em quem nós todos
"vivemos, e nos movemos e temos nossa existência".

10. É verdade, que nossos entendimentos estreitos compreendem, a não ser


imperfeitamente isto. Mas quer compreendamos ou não, estamos certo de que assim é. Tão
certo quanto foi Ele que criou todas as coisas, e que Ele ainda mantém tudo que é criado;
tão certo quanto Ele está presente, em todos os tempos; em todos os lugares; acima, abaixo;
que Ele "nós observa por trás e pela frente", e, por assim dizer, "coloca suas mãos sobre
nós". Nós admitimos que "tal conhecimento é muito alto", e maravilhoso para nós; nós
"não podemos alcançá-lo". A maneira de sua presença, nenhum homem pode explicar,
nem, provavelmente, algum anjo no céu. Talvez, o que o filósofo antigo fala da alma, com
respeito à sua residência no corpo, que ela é tota in toto, et, tota in qualibet parte, poderia,
em algum sentido, falar-se do Espírito onipresente, com respeito a todo o universo: Que Ele
não é apenas "Tudo no todo", mas "Tudo em cada parte". Seja isto como for, não se pode
duvidar que Ele vê todo átomo de Sua criação, e isto milhares de vezes mais claramente do
que vemos as coisas que são próximas a nós: Mesmo aquelas em que vemos apenas a
superfície, enquanto Ele vê a essência interior de cada coisa.

11. O Deus Onipresente vê e sabe todas as propriedades dos seres que Ele fez. Ele
conhece todas as conexões, dependências, e relações, e todos os caminhos em que um deles
pode afetar o outro. Em específico, Ele vê todas as partes da criação inanimada, quer no
céu, ou na terra. Ele sabe como as estrelas, cometas, ou planetas influenciam os habitantes
da terra; que influência os céus mais baixos, com seus periódicos de fogo, granizo, neve,
vapores, ventos, e tempestades, têm sobre nosso planeta; e que efeitos pode ser produzido
nas entranhas da terra, pelo fogo, ar, ou água; quais exalações podem surgir daquilo, e que
mudanças forjadas, por meio delas; quais efeitos todo mineral ou vegetável podem ter junto
aos filhos dos homens: Todos esses se colocam nus e abertos aos olhos do Criador e
Preservador do universo.

12. Ele conhece todos os animais do mundo inferior, quer sejam bestas, pássaros,
peixes, répteis ou insetos: Ele conhece todas as qualidade e poderes que Ele deu a eles, do
mais alto ao mais baixo: Ele conhece todo anjo bom e anjo mal, em toda parte de seus
domínios e olha do céu para os filhos dos homens, sobre toda a face da terra. Ele conhece
todos os corações dos filhos dos homens e entende todos os seus pensamentos: Ele vê o que
algum anjo, algum demônio, algum homem pensa, fala, ou faz; sim, e tudo que eles sentem.
Ele vê todos os sofrimentos deles, com todas as circunstâncias deles.

13. E o Criador, o Preservador do mundo está despreocupado com o que Ele vê


nele? Ele olha para essas coisas com um olho nocivo ou descuidado? Ele é um deus
epicurista? Ele se senta confortável no céu, sem se preocupar com os pobres habitantes da
terra? Não pode ser. Ele nos fez, não nós a nós mesmos; e ele não pode menosprezar a obra
de suas próprias mãos. Nós somos seus filhos: E pode uma mãe esquecer os filhos de seu
ventre? Sim, ela pode esquecer; ainda assim, Deus não irá nos esquecer! Do contrário, ele
tem expressamente declarado que, como seus "olhos estão sobre toda a terra", então, Ele
"é amoroso com todo homem, e Sua misericórdia está sobre todas as suas obras".
Conseqüentemente, ele está preocupado, a todo o momento, pelo que sobrevém a toda
criatura sobre a terra; e, mais especialmente, por todas as coisas que sobrevém a alguns dos
filhos dos homens. É difícil, de fato, compreender isto, é difícil acreditar nisto,
considerando a maldade e a miséria, intricadas, que vemos de todos os lados. Mas nós
devemos acreditar nisto, a menos que façamos de Deus um mentiroso; embora seja certo
que nenhum homem pode compreender isto. Cabe a nós, então, nos humilharmos diante de
Deus, e reconhecer nossa ignorância. Na verdade, como podemos esperar que um homem
possa ser capaz de compreender um verme? Quanto menos se pode supor que um homem
possa compreender a Deus!

Por que, como pode o finito medir o infinito?

14. Ele é infinito em sabedoria, assim como em poder: E toda Sua sabedoria está
continuamente empregada em manejar todos os assuntos de Sua criação para o bem de
todas as Suas criaturas. Porque Sua sabedoria e bondade seguem de mão em mão: Elas
estão inseparavelmente unidas, e continuamente agem em concerto com o poder Altíssimo,
para o bem verdadeiro de todas as Suas criaturas. Seu poder, sendo igual a Sua sabedoria e
bondade continuamente coopera com elas. E para Ele todas as coisas são possíveis: Ele faz
o que quer que lhe agrade, no céu e terra, e no mar, e todos os lugares profundos: E nós não
podemos duvidar de Seu exercer todo Seu poder, como no sustentar, assim no governar,
tudo que Ele fez.

15. Apenas ele que pode fazer todas as coisas, antes, não pode negar a si mesmo:
Ele não pode contrariar a si mesmo, ou opor-se à sua própria obra. Não fosse por isto, ele
destruiria todo o pecado, com sua dor concomitante, imediatamente. Ele aboliria a maldade
de toda sua criação, e completamente subverteria toda sua própria obra, e desfaria tudo que
ele tem feito, desde que Ele criou o homem sobre a terra. Porque Ele criou o homem, em
sua própria imagem: Um espírito como Ele mesmo; um espírito dotado com entendimento,
com vontade ou afeições, e liberdade; sem o que, nem seu entendimento, nem suas
afeições, teriam sido de algum uso, nem ele teria sido capaz quer dos maus hábitos ou da
virtude. Ele não poderia ser um agente moral, não mais do que uma árvore ou uma pedra.
Se, portanto, Deus fosse assim para mostrar seu poder, certamente não mais haveria maus
hábitos, mas, é igualmente certo que nem haveria alguma virtude no mundo. Fosse a
liberdade do homem tirada, os homens seriam tão incapazes da virtude, quanto as pedras.
Portanto (com reverência seja isto falado), o próprio Altíssimo não pode fazer isto. Ele não
pode contradizer-se, ou desfazer o que fez. Ele não pode destruir, da alma do homem,
aquela imagem de si mesmo, na qual Ele o fez: E, sem fazer isto, ele não pode abolir o
pecado e dor do mundo. Mas fosse isto para ser feito, implicaria em nenhuma sabedoria,
afinal; mas meramente uma façanha da Onipotência. Considerando que toda as múltiplas
sabedorias de Deus (assim como todo seu poder e bondade) está colocado no governar o
homem como homem; não como um bloco ou pedra, mas como um espírito inteligente e
livre, capaz de escolher o bem ou o mal. Nisto, aparece a profundidade da sabedoria de
Deus, em sua providência adorável; no governar os homens, de maneira não a destruir, quer
o entendimento deles, vontade, ou liberdade. Ele comanda todas as coisas, ambos no céu e
terra; para assistir o homem no ater a finalidade de sua existência, no operar sua própria
salvação, até onde ela pode ser feita, sem compulsão, sem governar sua liberdade. Um
inquiridor atento pode facilmente discernir, toda a estrutura da providência divina é tão
constituída quanto a fornecer ao homem toda possibilidade de ajuda, com o objetivo de seu
fazer o bem e evitar o mal, que pode ser feito, sem transformar o homem em uma máquina;
sem torná-lo incapaz da virtude ou maus hábitos, recompensa ou punição.

16. Neste meio tempo, tem sido notado, por um escritor devoto, que aqui está, como
ele expressa isto, um círculo triplo da providência divina, além daquele que preside sobre
todo o universo. Nós agora não falamos daquela mão governante que dirige a criação
inanimada; que mantém o sol, lua, e estrelas em suas situações, e guia seus movimentos;
nós não nos referimos ao seu cuidado, com a criação animal; toda parte da qual nós
sabemos está sob o governo Dele, "quem dá alimento para o gado, e os jovens corvos que
chamam por ele"; mas nós aqui falamos daquela providência superintende que cuida dos
filhos dos homens. Cada um desses é igualmente distinguido do outro, por aqueles que
corretamente observam os caminhos de Deus. O círculo externo inclui toda a raça humana;
todos os descendentes de Adão; todas as criaturas humanas que estão dispersas sobre a face
da terra. Isto inclui não apenas o mundo cristão, aqueles que são chamados pelo nome de
Cristo, mas os maometanos também, que consideravelmente excedem, até mesmo, os
cristãos nominais; sim, e os pagãos igualmente, que muito além excedem os maometanos e
cristãos, colocados juntos. "Ele é o Deus dos judeus", diz o Apóstolo, "e não dos gentios
também?". E, assim, nós podemos dizer: Ele é o Deus dos cristãos, e não dos maometanos
e ateus? Sim, indubitavelmente, dos maometanos e pagãos também. Seu amor não está
confinado: "O Senhor é amor junto a todo homem e sua misericórdia está sobre todas as
suas obras". Ele cuida dos homens proscritos: Verdadeiramente pode ser dito:

Livres, como o ar tuas generosidades fluem, sobre todas as tuas obras: Os feixes de
luz de tuas misericórdias, difusos, como o nascer do sol.

17. Ainda assim, pode-se admitir que Ele toma um cuidado mais imediato com
aqueles que estão compreendidos no segundo; no círculo menor; que inclui todos que são
chamados cristãos; todos que professam acreditar em Cristo. Nós podemos razoavelmente
pensar que esses, em algum grau, honram a ele, pelo menos, mais do que os pagãos o
fazem: Deus igualmente, em alguma medida, honra a eles, e tem uma preocupação mais
próxima por eles. Através de muitas instâncias, parece que o príncipe deste mundo não tem
completo poder sobre esses, assim como sobre os pagãos. O Deus a quem eles professam
sempre servir, em alguma medida, mantém sua própria causa; de modo que os espíritos da
escuridão não reinam tão incontroláveis sobre eles, assim como eles fazem sobre o mundo
pagão.

18. Dentro do terceiro, no circulo mais interior, estão contidos apenas os cristãos
reais; aqueles que adoram a Deus, não na forma apenas, mas em espírito e em verdade.
Aqui estão incluídos todos que amam a Deus, ou, pelo menos, verdadeiramente temem a
Deus e operam retidão; todos em quem está a mente que estava em Cristo, e caminham
como Cristo também caminhou. As palavras de nosso Senhor acima citadas peculiarmente
se referem a esses. É a esses, em especial que ele diz? "Até mesmo os cabelos de sua
cabeça são todos numerados". Ele vê suas almas e seus corpos; ele toma peculiar cuidado
de todos os temperamentos, desejos e pensamentos; todas as suas palavras e ações. Ele
assinala todos os seus sofrimentos, interiores e exteriores, e a busca de onde eles surgem;
de modo que podemos bem dizer:

Tu conheces as dores que teu servo sente,


Tu ouves o choro de teus filhos,
E seus melhores desejos para cumprir,
Tua graça está sempre por perto.

Nada relativo a esses é tão grande; nada tão pequeno, para a atenção Dele. Ele tem
seus olhos continuamente, como que junto a toda pessoa, em particular, que é membro
desta sua família; como junto a toda a circunstância que se refere, tanto às suas almas ou
corpos; tanto ao estado interior quanto exterior; onde tanto a felicidade presente quanto
eterna é, em algum grau, participante.

19. Mas o que dizem os homens sábios do mundo a isto? Eles respondem, com toda
prontidão: "Quem duvida disto? Nós não somos ateístas. Nós todos reconhecemos a
providência: Ou seja, a providência geral; porque, de fato, a providência específica, da
qual alguns falam. Nós não conhecemos do que é feita: Certamente os pequenos assuntos
dos homens estão longe do cuidado do grande Criador e Governador ou do universo!
Assim sendo: Ele vê com olhos iguais, como Senhor de todos, um herói que perece e um
pardal que cai".

Ele o faz, de fato? Eu não posso pensar isto; porque (o que quer que aquele fino
poeta fez, ou seu patrão, a quem ele tão profundamente menosprezou, e ainda assim,
grosseiramente lisonjeou), eu acredito na Bíblia, em que o Criador, ou Governador do
mundo, me diz completamente o contrário. Que ele tem um cuidado terno por estas
criaturas, eu sei: Ele o faz em parte: "toma cuidado com o rebanho": Ele "providencia
alimento para o gado", assim como para "os vegetais para o uso dos homens". "Os leões
rosnando em busca de sua presa, buscam pelo seu alimento, de Deus". "Ele abre sua mão,
e preenche todas as coisas vivas com abundância".

Os vários bandos do mar e terra


Com respeito à necessidade comum, concordam;
Todos esperam tua mão que distribui
E têm seus donativos diários de ti.
Eles reúnem o que teus estoques dispersam.
Sem a preocupação deles de prover;
Tu abres tua mão; o universo,
O mundo, em súplica, é todo suprido.

Nosso Pai celeste alimenta as aves do ar: Mas assinale! "Você não é muito melhor
do que eles?". Ele, então, não "alimenta muito mais você", que é proeminente, através de
tantas vantagens? Ele, neste sentido, não olha para você e eles, "com olhos iguais"; não
coloca você no mesmo nível que eles; menos do que tudo, ele não coloca você no mesmo
nível que brutos, com respeito á vida e morte: "Preciosa, às vistas do Senhor, é a morte de
seus santos". Você realmente pensa que a morte de um pardal é igualmente preciosa às
vistas Dele? Ele nos diz, de fato, que "nenhum pardal cai ao solo, sem nosso Pai"; mas ele
pergunta, ao mesmo tempo: "Você não tem mais valor do que muitos pardais?".

20. Mas, no suporte de uma providência geral, em contradição com uma específica,
o mesmo elegante poeta a escreve como uma máxima inquestionável:

A Causa Universal age, não por leis parciais, mas por leis gerais.

Plenamente significando que Ele nunca se desvia daquelas leis gerais em favor de
alguma pessoa em específico. Esta é a suposição comum; mas que é completamente
inconsistente com todo o teor das Escrituras: Porque se Deus nunca se desvia dessas leis
gerais, então, nunca existiu um milagre no mundo; vendo-se que todo milagre é um desvio
das leis naturais. O Altíssimo confinou a si mesmo a essas leis gerais, quando ele dividiu o
Mar Vermelho? Quando Ele comandou as águas para se situarem na cabeceira, e fez um
caminho para seus remidos passarem? Ele agiu através de leis gerais, quando ele fez com
que o sol ficasse parado pelo espaço de todo um dia? Não; nem em alguns dos milagres que
estão registrados no Velho e Novo Testamento.

21. Mas é na suposição de que o Governador do mundo nunca se desvia daquelas


leis gerais, que o Sr. Pope acrescenta aquelas bonitas linhas em triunfo complete, como
tendo agora claramente ganho o ponto: -

Pode o Etna ardente, se o sábio requerer,


Esquecer o trovão, e anular seu fogo?
Sobre o ar ou mar, novos movimentos de serem cedidos
Ó Betel inocente! Para aliviar teu peito!
Quando a montanha solta treme do alto,
Deverá a gravitação cessar, se você se for?
Ou algum velho templo oscilando em sua queda,
Porque a cabeça de Chatre conserva a parede pendente?

Nós respondemos que, se agrada a Deus continuar a vida de algum de seus servos,
ele suspenderá esta ou alguma outra lei da natureza: A pedra não deverá cair; o fogo não
deverá queimar; a inundação, não deverá fluir; ou, ele dará incumbência a seus anjos, e nas
mãos eles, eles deverão segurá-lo, através e acima de todos os perigos!

22. Admitindo, então, que, no curso comum da natureza, Deus não age através de
leis naturais, ele nunca impede a si mesmo de fazer exceções a elas, quando quer que lhe
agrade; tanto suspendendo aquela lei, em favor daqueles que o amam, ou empregando seus
anjos poderosos: Através de ambos os meios, Ele pode livrar de todos os perigos aqueles
que confiam Nele.

"O que! Você espera milagres, então?". Certamente, eu sim, se eu acredito na


Bíblia: Porque a Bíblia me ensina que Deus ouve e responde oração: Mas cada resposta à
oração é, propriamente, um milagre. Porque, se as causas naturais tomam seu curso; se as
coisas seguem seu caminho natural, não é resposta, afinal. A gravitação, portanto, deve
cessar, ou seja, cessar de operar, quando quer que o Autor se agrade. Os homens do mundo
não podem entender essas coisas? Não é de surpreender: Foi observado há muito tempo:
"Um homem sem sabedoria não considera isto, e um tolo não entende".

23. Mas eu ainda não terminei com esta mesma providência geral. Pela graça de
Deus, eu irei analisá-la até o fundo: E eu espero mostrar que ela é tal absurda tão completo,
que qualquer homem consciente deve ficar extremamente envergonhado a respeito.

Você diz: "Você admite uma providência geral, mas nega uma específica". E qual é
a geral, de qualquer tipo que seja, que não inclui as especificas? Não é toda geral,
necessariamente feita para suas diversas particularidades? Pode você exemplificar alguma
geral que não seja? Diga-me algum gênero, se você puder que não contenha variedades? O
que é isto que constitui um gênero, a não ser tantas variedades juntas? O que, eu imploro,
existe um todo que não contenha partes? Mero absurdo e contradição! O todo, qualquer que
seja, deve, na natureza das coisas, ser feito para suas diversas partes; de tal maneira que, se
não existem partes, não pode existir todo.

24. Como este é um ponto da mais extrema importância, nós podemos considerar
isto um pouco mais além. O que você quer dizer por uma providência geral, distinguida de
uma parte? Você quer dizer uma providência que superintende apenas as partes mais largas
do universo? Supondo-se o sol, a lua, e estrelas. Isto não diz respeito à terra também? Você
admite que sim. Mas isto igualmente não diz respeito aos habitantes dela? Ou, o que a terra,
uma massa inanimada de matéria, significa? Não é um espírito, um herdeiro da
imortalidade, de um valor maior do quer toda a terra? Sim, embora você acrescente a ela o
sol, a luz e as estrelas? Mais do que isto, toda a criação inanimada? Nós não poderíamos
dizer: "Esses devem perecer; mas" este "permanecerá: Esses todos deverão apodrecer,
como acontece com o vestuário"; mas este (deve ser dito em um sentido menor, até mesmo
das criaturas) continua "o mesmo, e seus anos não devem desvanecer-se?".

25. Ou você quer dizer, quando você afirma uma providência geral; distinta de uma
pequena parte, que Deus se preocupa apenas com algumas partes do mundo, e não cuida
dos outros? Quais partes Ele cuida? Aqueles foram, ou aqueles dentro do sistema solar? Ou
ele se preocupa com algumas partes da terra, e não outras? Quais partes? Apenas aqueles
dentro das zonas temperadas? Quais partes, então, estão sob o cuidado da providência
Dele? Onde você colocará a linha? Você excluir dela aqueles que vivem nas zonas tórridas?
Ou aqueles que habitam dentro dos círculos árticos: Não, antes diga: "O Senhor é amoroso
com todo homem", e Seu cuidado "está sobre todas as Suas obras".

26. Você quer dizer (porque nós gostaríamos de nos certificar do seu significado, se
você tem algum significado afinal) que a providência de Deus não se estende a todas as
partes da terra, com respeito aos grandes e singulares eventos, tais como o surgimento e
queda de impérios; mas que a pequena preocupação deste ou daquele homem é indigna da
orientação do Altíssimo? Então, você não considera que o grande e pequeno são termos
meramente relativos, que têm lugar apenas com respeito aos homens. Com respeito ao
Altíssimo, o homem e todas as preocupações dos homens são nada, menos do que nada,
diante Dele. E nada é pequeno, às vistas deles, que, em algum grau, afete o bem-estar de
alguém que teme a Deus e opera retidão. O que se torna, então, da providência geral,
exclusiva de uma partícula? Que seja, para sempre rejeitado por todos os homens racionais,
como absurdo, um absurdo autocontraditório. Nós podemos, então, resumir toda a doutrina
bíblica naquelas belas palavras de Agustinho: Ita praesidet singulis sicut universis, et
universis sicut singulis!

Pai, quão amplamente tua glória brilha,


Senhor do universo e meu!
Tua bondade observa o todo
Como se todo o mundo fosse uma só alma;
Como se eu permanecesse em teu cuidado, único!

27. Nós aprendemos deste panorama resumido da providência de Deus, Primeiro, a


colocar toda a nossa confiança Nele, que nunca falhou com aqueles que o buscam. Nosso
abençoado Senhor, ele mesmo, fez uso da grande verdade agora diante de nós. "Não tema,
portanto": Se você verdadeiramente teme a Deus, você não precisa temer ninguém além.
Ele será uma torre forte para todo que confia Nele, diante da face de seus inimigos. O que
existe, tanto no céu, quanto na terra, que pode causar mal a você, enquanto você está sob o
cuidado do Criador e Governador do céu e terra! Que toda a terra e todo o inferno
combinem contra vocês; sim, e toda criação animada e inanimada; eles não podem lhe
causar dano, enquanto Deus está do seu lado: Sua delicadeza favorável cobre você como
um escudo.
28. Proximamente aliada a esta confiança em Deus, está a gratidão que devemos por
sua carinhosa proteção. Que aqueles aos quais o Senhor assim livra das mãos de todos os
seus inimigos dêem graças. Que bênção inexplicável é estar, sob o cuidado especifico Dele
que tem todo o poder no céu e terra! Como podemos louvar suficientemente a Ele,
enquanto estamos, sob as suas asas, e sua fidelidade e verdade são nossos escudos e
proteção!

29. Mas, neste meio tempo, nós devemos tomar o cuidado extremo de caminhar
humildemente e intimamente com Deus. Caminhar humildemente: Porque, se você, de
alguma forma, rouba de Deus a honra Dele, ao atribuir alguma coisa a si mesmo, as coisas
que teriam sido para sua saúde provarão a você uma "ocasião para queda". E caminhar
intimamente: Veja que você tem uma consciência nula de ofensa, em direção a Deus e ao
homem. Por quanto tempo você fizer isto, você terá o cuidado específico de seu Pai que
está no céu. Mas que a consciência do cuidado dele por você, não o torne descuidado,
indolente ou preguiçoso: Do contrário, enquanto você é penetrado com aquela verdade
profunda, "a ajuda que é feita sobre a terra, Ele mesmo a faz"; seja tão sincero e diligente
no uso de todos os meios, como se você fosse seu próprio protetor.

Por fim: Em que condição melancólica, estão aqueles que não acreditam que existe
alguma providência; ou, que vêm exatamente para o mesmo ponto, e não um específico!
Em qualquer situação que eles estejam, por quanto tempo eles estiverem no mundo, eles
estão sujeitos aos inúmeros perigos, que nenhuma sabedoria humana pode prever, e
nenhum poder humano pode resistir. E não existe ajuda! Se eles confiam em homens, eles
os encontram "enganosos, em suas medidas". Em muitos casos, eles não podem ajudar; em
outros, eles não irão. Mas mesmo tão dispostos, eles morrerão: Portanto, a ajuda do homem
é vã, e a de Deus está muito acima; fora das vistas deles: Eles não esperam ajuda Dele.
Esses modernos epicuristas (como os antigos) aprenderam que...
A Causa Universal atua, não por leis parciais, mas gerais.

Ele apenas cuida do próprio grande globo; não de seus insignificantes habitantes.
Ele não presta atenção como essas...

Formigas errantes rastejam, ao acaso, na bolha suspensa no ar.

Quão desconfortável é a situação daquele homem que não tem esperança mais além
do que esta! Mas, por outro lado, quão inexplicavelmente "feliz é o homem que tem o
Senhor para sua ajuda, e cuja esperança está no Senhor seu Deus!'; que pode dizer: "Eu
tenho colocado o senhor sempre diante de mim; porque ele está do meu lado direito, eu
não devo me mover!". Portanto, "embora eu caminhe através de do vale da sombra da
morte, eu não temerei mal algum: Porque tu estás comigo; tua vara e teu bastão me
confortam".

[Editado por Chris Thompson, estudante da Northwest Nazarene College (Nampa, ID), com
correções de George Lyons para a Wesley Center for Applied Theology.]

Вам также может понравиться