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John Wesley
'O Senhor irá se ausentar para sempre? E Ele não será mais solicitado? Rejeitará o
Senhor para sempre e não tornará a ser favorável? Cessou para sempre a sua
benignidade? Acabou-se já a promessa de geração em geração?' (Salmos 77:7)
2. Mas, embora existam muitos que são destruídos pela presunção, existem
muitos mais que perecem pelo desespero. Eu quero dizer, pela falta de esperança; por
pensar que é impossível que eles possam escapar da destruição. Muitas vezes, tendo
lutado contra seus inimigos espirituais, e sempre dominados, eles entregam suas
armas, e não lutam mais, uma vez que não têm mais esperança da vitória. Sabendo,
através de experiência melancólica, que eles não têm poder em si mesmos, para
auxiliar a si próprios, e tendo nenhuma expectativa de que Deus irá ajudá-los,
colocam-se debaixo de seu fardo. Não se esforçam mais; já que eles supõem que isto
seja impossível que alcancem.
3. Neste caso, como em milhares de outros, 'o coração conhece sua própria
amargura, mas um estranho não se intromete com sua aflição'. Não é fácil para estes,
conhecerem o que eles nunca sentiram. Porque, 'quem conhece as coisas de um
homem, a não ser o espírito do homem que está nele?'. Quem conhece, a não ser,
através de sua própria experiência, o que este tipo de espírito errante quer dizer? Em
conseqüência, existem poucos que sabem como compreender os sentimentos daqueles
que estão debaixo desta desagradável tentação. Existem poucos que têm devidamente
considerado o caso; poucos que não estão iludidos pelas aparências. Eles vêem os
homens seguirem em direção ao pecado, e tomam por certo, que eles estão sendo
meramente presunçosos: Enquanto que, na realidade, ele vem de um princípio
completamente contrário; -- eles estão em desespero apenas. Tanto eles não têm
esperança, afinal, -- e, enquanto este é o caso, eles não se esforçam, decerto, -- quanto
eles têm alguns intervalos de esperança, e, enquanto ele dura, eles 'se esforçam pelo
domínio'. No entanto, esta esperança logo acaba: Eles, então, cessam de se
esforçarem, e 'são feitos cativos de satanás e de vontade dele'.
Agora, aqui não está expressamente declarado pelo Espírito Santo, que nosso
caso é desesperado? Não está declarado que, 'se, depois de nós termos recebido o
conhecimento da verdade', depois de o termos experimentalmente conhecido, 'nós
pecamos terrivelmente', -- o que, sem dúvida, o fizemos, e isto, repetidas vezes, --
'resta outro sacrifício, para o pecado, do que buscar pelo julgamento e indignação
flamejante, que deverá devorar os adversários?'.
"E não é esta passagem, no sexto capítulo, exatamente paralela com isto?
(Hebreus 6:4) 'Porque é impossível que os que já foram iluminados, uma vez, e
provaram o dom celestial, e se tornaram participantes do Espírito Santo, -- se eles se
tornaram apóstatas'; (literalmente, e recaíram) 'sejam, outra vez, renovados para
arrependimento; pois assim, quanto a eles, de novo crucificam o Filho de Deus, e o
expõem ao vitupério'".
"É verdade, que alguns são da opinião de que é improvável que essas palavras
sejam tomadas literalmente, como denotando absoluta impossibilidade; mas, tão
somente, uma dificuldade muito grande. No entanto, não parece que temos alguma
razão suficiente para descartarmos o sentido literal; já que ele nem sugere algum
absurdo, nem contradiz quaisquer outras Escrituras. Estas, então", dizem eles,
"eliminam toda esperança; vendo que nós, indubitavelmente, 'testamos do dom
celestial, e fomos feitos parceiros do Espírito Santo?'. Como é possível 'nos
renovarmos novamente para o arrependimento'; para uma mudança inteira no coração
e vida? Vendo que nós temos crucificado para nós mesmos, 'o filho de Deus
novamente, e o exposto à vergonha declarada?'".
II
3. "Mas João não nos tira esta esperança, por meio do que ele disse do 'pecado
para a morte? Dizer que 'eu não digo que ele deva suplicar por ela', não é
equivalente com, 'eu digo que ele não deve suplicar por ela?'. E isto não implica que
Deus não determinou ouvir aquela súplica? Que ele não dará vida a tal pecador, não,
nem através da oração de um homem justo?'".
4. Eu respondo: 'Eu não digo que você deva suplicar por ela', certamente
significa que ele não deve suplicar por ela. E, sem dúvida, implica que Deus não dará
vida para aqueles que cometeram este pecado; que a sentença deles está feita, e que
Deus determinou que não será revogada. Ela não poderá ser alterada, nem mesmo,
através daquela 'oração fervorosa efetiva', que, em outros casos, 'teria muito valor'.
E eles foram santificados também; pelo menos, no primeiro grau, tanto quanto
todos que receberam remissão dos pecados. Assim também, a segunda passagem
expressamente: 'aqueles que consideraram o sangue da promessa, por meio do qual
ele foi santificado, uma coisa impura'.
Assim sendo, esta Escritura diz respeito, tão somente, àqueles que foram
justificados, e, pelo menos em parte, foram santificados. Conseqüentemente, todos
vocês que nunca estiveram assim 'iluminados' com a luz da glória de Deus; todos que
nunca 'provaram do dom celestial'; que nunca receberam remissão de pecados; todos
que nunca 'foram feitos parceiros do Espírito Santo'; da testemunha e fruto do
Espírito; -- em uma palavra, todos que nunca foram santificados pelo sangue da
aliança eterna, vocês não são referidos aqui. Por mais que outras passagens das
Escrituras possam condenar vocês, certamente, vocês não serão condenados, quer pelo
sexto ou décimo capítulos de Hebreus. Porque ambas essas passagens falam
completamente e unicamente de apóstatas da fé, a qual eles nunca tiveram. Portanto,
quaisquer que sejam os julgamentos denunciados nessas Escrituras, eles não são
denunciados contra vocês. Vocês não são as pessoas aqui descritas, contra as quais
apenas eles foram pronunciados.
9. "Mas as palavras notórias do próprio nosso Senhor, não nos tira toda a
esperança de misericórdia? Ele não diz: 'Toda maneira de pecado e blasfêmia deve
ser perdoada ao homem: Mas a blasfêmia contra o Espírito Santo não deverá ser
perdoada. E quem quer que fale uma palavra contra o Filho do homem, ela deverá
ser perdoada nele: Mas quem quer que fale uma palavra contra o Espírito Santo, ela
nunca poderá ser perdoada nele; nem neste mundo, nem no mundo que há de vir?'".
"Portanto, está claro que, se nós temos cometido este pecado, não existe lugar
para a misericórdia. E não se trata da mesma coisa repetida por Marcos, quase nestas
mesmas palavras? 'Verdadeiramente eu lhes digo' (Um prefácio solene! Sempre
denotando grande importância ao que se segue), 'que todos os pecados deverão ser
perdoados aos filhos dos homens, e as blasfêmias, por mais que eles possam
blasfemar: Mas, aquele que blasfema contra o Espírito Santo, nunca será perdoado,
mas está debaixo da sentença da condenação eterna'".
Quão imenso é o número daqueles que têm, mais ou menos, se afligido, com
respeito a esta Escritura! Que multidão, neste reino, tem estado perplexa, acima da
medida, concernente ao mesmo relato! Mais ainda; existem poucos que
verdadeiramente estão convencidos do pecado, e se esforçam seriamente para salvar
suas almas; que não têm sentido alguma inquietação, pelo temor que tenham
cometido, ou possam cometer este pecado imperdoável. O que tem freqüentemente
aumentado a inquietação deles, é que eles dificilmente poderiam encontrar algum
conforto neles. Seus conhecidos, mesmo os mais religiosos deles, não entenderam
mais do assunto do que eles mesmos; e eles não puderam encontrar escritor algum que
tivesse publicado alguma coisa satisfatória sobre o assunto. De fato, nos 'Sete
Sermões', do Sr. Russel, que eram comuns ,em meio deles, existe um, expressamente
escrito sobre isto; mas ele fornece uma pequena satisfação a um espírito preocupado.
Ele fala sobre isto e aquilo, mas diz nada: ele se esforça, mas perde o ponto,
finalmente.
10. Vocês não têm, então, motivo das Escrituras para imaginarem que 'o
Senhor tem se esquecido de ser gracioso'. Os argumentos esboçados disto, vocês
vêem, são de nenhum peso, são totalmente inconclusivos. E existe algum peso mais
do que tem sido traçado da experiência ou dos fatos?
Este é um ponto que pode exatamente ser determinado, e com a mais extrema
certeza. Se for perguntado: "Algum apóstata real encontrou misericórdia de Deus?
Alguém que 'naufragou da fé e da boa consciência', recuperou o que eles tinham
perdido? Vocês conhecem; vocês viram alguma instância de pessoas que encontraram
redenção no sangue de Jesus, e que, mais tarde, tornaram-se apóstatas, e, ainda assim,
foram restaurados, -- 'renovados no arrependimento?'". Sim, verdadeiramente; e não
um, ou cem apenas, mas, eu estou persuadido, diversos milhares. Em todo lugar onde
o braço do Senhor foi revelado, e, muitos pecadores convertidos a Deus, existem
diversos edificados que 'voltaram atrás no santo mandamento entregue a eles'.
Porque a grande parte desses 'teria sido melhor nunca terem conhecido o caminho da
retidão'. Ela apenas aumenta a condenação deles, vendo que eles morreram em seus
pecados. Mas existem outros que 'olham para ele que eles tinham trespassado, e
lamentam', recusando-se a serem confortados. Mas, mais cedo ou mais tarde, Ele
certamente erguerá a luz de seu semblante sobre eles; Ele fortalecerá os abatidos, e
confirmará os joelhos fracos; Ele os ensinará a dizer: 'Minha alma magnífica o
Senhor, e meu espírito se regozija em Deus, meu Salvador'. Inumeráveis são as
instâncias deste tipo, dos que caíram, mas agora estão de pé. Realmente, está tão
longe de ser uma coisa incomum para um crente cair e ser restaurado, que,
preferivelmente, é incomum encontrar algum crente que não esteja consciente de ter
sido um apóstata de Deus, em um grau maior ou menor, e, talvez, mais do que uma
vez, antes que estivesse estabelecido na fé.
"Mas aqueles que caíram da santificação da graça, eles têm sido restaurados
para a bênção que eles tinham perdido?". Esta também é uma questão de experiência;
e nós temos tido a oportunidade de repetir nossas observações, durante um
considerável curso de anos, e de um extremo ao outro do reino.
1o. Nós conhecemos um grande número de pessoas, de todas as idades e sexo,
desde a mais tenra infância à idade mais avançada, que deram todas as provas de que
a natureza da coisa admite, de que eles foram 'santificados completamente'; 'limpos
de toda poluição da carne e espírito'; que eles 'amaram o Senhor, seu Deus, com todo
seu coração, e mente e alma, e forças'; que eles continuamente apresentaram' suas
almas e corpos 'como um sacrifício santo e aceitável para Deus'; em conseqüência do
que, eles 'se regozijaram, sempre mais, oraram sem cessar; em todas as coisas dando
graças'. E este, e não outro, é o que nós acreditamos ser a santificação verdadeira e
bíblica.
2o. Uma coisa comum para esses que estão assim santificados, é acreditarem
que eles não podem cair; é suporem que são os 'pilares no templo de Deus; e que não
cairão mais'. Contudo, nós temos visto alguns dos mais fortes deles, depois de um
tempo, movidos de sua firmeza. Algumas vezes, repentinamente; mas, mais
freqüentemente, através de graus vagarosos, eles têm cedido à tentação; o orgulho, a
ira, ou desejos tolos têm novamente brotado em seus corações. Mais ainda; algumas
vezes, eles têm perdido a vida de Deus extremamente, e o pecado tem readquirido o
domínio sobre eles.
Mas que nenhum homem afirme desta longanimidade de Deus, que Ele tem
dado a qualquer um a licença para pecar. Nem alguém ouse continuar no pecado, por
causa dessa instância extraordinária da misericórdia divina. Esta é a presunção mais
desesperada, e mais irracional, e que conduz à destruição extrema e irrevogável. Em
toda minha experiência, eu não tenho conhecido um que fortificou a si mesmo no
pecado, pela presunção de que Deus iria salvá-lo, no final; que não estivesse
miseravelmente desapontado, e sujeito a morrer em seus pecados. Fazer da graça de
Deus um encorajamento para o pecado é o caminho certo para o inferno mais baixo!
As considerações precedentes não foram designadas a esses filhos desesperados da
perdição; mas para aqueles que sentem 'a lembrança de seus pecados os afligindo; o
fardo deles intolerável'. Nós colocamos diante desses uma porta aberta de esperança.
Permita que eles entrem, e dêem graças ao Senhor; permita que eles saibam que 'o
Senhor é gracioso e misericordioso; longânime, e de grande bondade'. 'Veja o quão
alto os céus estão da terra! Tão longe Ele irá colocar os pecados deles de si mesmos'.
"Ele não será sempre repreensivo; nem Ele manterá sua ira para sempre". Apenas
coloquem em seus corações, que 'eu darei tudo para todos, e a oferta deverá ser
aceita'. Dêem a Ele todo seu coração! Que tudo que esteja em vocês continuamente
clame: 'Tu és meu Deus, e eu serei grato a ti; tu és meu Deus, e eu louvarei a Ti'. 'Este
Deus é meu Deus para sempre e sempre! Ele será meu guia até a morte'.