Вы находитесь на странице: 1из 11

Um Chamado aos Apóstatas

John Wesley

'O Senhor irá se ausentar para sempre? E Ele não será mais solicitado? Rejeitará o
Senhor para sempre e não tornará a ser favorável? Cessou para sempre a sua
benignidade? Acabou-se já a promessa de geração em geração?' (Salmos 77:7)

1. A presunção é uma das grandes armadilhas do diabo, em que muitos dos


filhos dos homens são levados. Eles, então, se prevalecem sobre a misericórdia de
Deus, de maneira a esquecer totalmente de Sua justiça. Embora Ele tenha declarado
expressamente, 'Sem santidade nenhum homem verá ao Senhor', ainda assim, eles
alimentam a esperança de que, no fim, Deus irá sobrepujar Sua palavra. Eles
imaginam que eles podem viver e morrer em seus pecados, e, não obstante,
'escaparem da condenação do inferno'.

2. Mas, embora existam muitos que são destruídos pela presunção, existem
muitos mais que perecem pelo desespero. Eu quero dizer, pela falta de esperança; por
pensar que é impossível que eles possam escapar da destruição. Muitas vezes, tendo
lutado contra seus inimigos espirituais, e sempre dominados, eles entregam suas
armas, e não lutam mais, uma vez que não têm mais esperança da vitória. Sabendo,
através de experiência melancólica, que eles não têm poder em si mesmos, para
auxiliar a si próprios, e tendo nenhuma expectativa de que Deus irá ajudá-los,
colocam-se debaixo de seu fardo. Não se esforçam mais; já que eles supõem que isto
seja impossível que alcancem.

3. Neste caso, como em milhares de outros, 'o coração conhece sua própria
amargura, mas um estranho não se intromete com sua aflição'. Não é fácil para estes,
conhecerem o que eles nunca sentiram. Porque, 'quem conhece as coisas de um
homem, a não ser o espírito do homem que está nele?'. Quem conhece, a não ser,
através de sua própria experiência, o que este tipo de espírito errante quer dizer? Em
conseqüência, existem poucos que sabem como compreender os sentimentos daqueles
que estão debaixo desta desagradável tentação. Existem poucos que têm devidamente
considerado o caso; poucos que não estão iludidos pelas aparências. Eles vêem os
homens seguirem em direção ao pecado, e tomam por certo, que eles estão sendo
meramente presunçosos: Enquanto que, na realidade, ele vem de um princípio
completamente contrário; -- eles estão em desespero apenas. Tanto eles não têm
esperança, afinal, -- e, enquanto este é o caso, eles não se esforçam, decerto, -- quanto
eles têm alguns intervalos de esperança, e, enquanto ele dura, eles 'se esforçam pelo
domínio'. No entanto, esta esperança logo acaba: Eles, então, cessam de se
esforçarem, e 'são feitos cativos de satanás e de vontade dele'.

4. Este é freqüentemente o caso, com respeito àqueles que começam a seguir


bem, mas logo se cansam na sua estrada celeste; em particular, com aqueles que, uma
vez, 'viram a glória de Deus na face de Jesus Cristo', mas, que, mais tarde, afligiram
Seu Espírito Santo, e naufragaram na fé. De fato, muitos destes, correram em direção
ao pecado, como um cavalo dentro da batalha. Eles pecam com pulso forte, como a
suprimir completamente o Espírito Santo de Deus; de modo que Ele os entrega às
luxúrias de seus próprios corações, e permite que eles sigam a própria imaginação
deles. E estes, que estão assim desesperados, podem ser completamente estúpidos,
sem tanto terem medo, quanto tristeza, ou prudência; extremamente sossegados e
despreocupados com respeito a Deus, ou céu, ou inferno; para os quais, o deus deste
mundo não contribui com pouco, cegando e endurecendo seus corações. Mas ainda,
até mesmo esses não seriam tão negligentes, não fosse pela desesperança. A grande
razão porque eles não têm tristeza ou cuidado, é porque eles não têm esperança. Eles
verdadeiramente acreditam que eles têm desafiado a Deus, de tal forma, que 'Ele não
mais poderá ser solicitado'.

5. E, ainda assim, nós não devemos desistir completamente, mesmo destes.


Nós temos conhecido alguns, mesmos daqueles despreocupados, a quem Deus tem
visitado novamente, e os tem restaurado para seu primeiro amor. Mas nós podemos ter
muito mais esperança por aqueles apóstatas que não são negligentes, que ainda estão
apreensivos; -- aqueles que ficariam satisfeitos, se pudessem escapar da armadilha do
diabo, mas pensam que isto é impossível. Eles estão completamente convencidos de
que eles não podem salvar a si mesmos, e acreditam que Deus não irá salvá-los. Eles
acreditam que eles têm 'encarcerado sua bondade no desprazer', irrevogavelmente.
Eles se fortificam ao acreditar nisto, pela abundância de motivos; e a menos que essas
razões sejam claramente removidas, eles não podem esperar por qualquer livramento.

E com o objetivo de aliviar essas almas desesperançadas e desamparadas, que


eu proponho, com a assistência de Deus: --

I. Inquirir qual os principais motivos, destes que induzem tantos apóstatas a


lançarem fora a esperança; e suporem que Deus se esqueceu de ser
gracioso. E,
II. Dar uma resposta clara e completa a cada um deles.

Em Primeiro Lugar, eu vou inquirir quais as principais razões, que induzem


tantos apóstatas a pensarem que Deus se esqueceu de ser gracioso. Eu não quero dizer
todas as razões; porque inumeráveis são as que tanto o próprio coração pecaminoso
deles, quanto a velha serpente irão sugerir; mas as principais delas; -- aquelas que são
mais plausíveis e, portanto, mais comuns.

1. O primeiro argumento, que induz muitos apóstatas a acreditarem que 'o


Senhor não mais poderá ser solicitado', é esboçado da mesma razão da coisa: 'Se',
dizem eles, ' um homem se rebela contra um príncipe terreno, muitas vezes, ele
morre, por causa da primeira ofensa; ele paga com sua vida, pela primeira
transgressão'. Ainda assim, se o crime for possivelmente extenuado, através de
alguma circunstância favorável, ou, se uma forte intercessão for feita por ele, sua vida
pode ser devolvida. Mas, se, depois de um perdão completo e livre, ele for culpado de
se rebelar, uma segunda vez, quem se atreveria a interceder por ele? Ele não deve
esperar por misericórdia além. Agora, se alguém se rebela contra um rei terreno,
depois de ter sido perdoado livremente, uma vez, ele não pode, com alguma
plausibilidade da razão, esperar ser perdoado, uma segunda vez; assim sendo, qual
deve ser o caso daquele que, depois de ter sido perdoado livremente pela rebelião
contra o grande Rei no céu e terra, rebela-se contra Ele novamente? O que pode ser
esperado, a não ser aquela 'vingança que virá sobre ele ao extremo?'.
2. Este argumento, esboçado da razão, eles reforçam, através de diversas
passagens das Escrituras. Um dos mais fortes destes, é aquele que ocorre na Primeira
Epístola de João: (I João 5:16) 'Se alguém vir pecar seu irmão, pecado que não é
para morte, orará, e Deus dará a vida àqueles que não pecarem para morte. Há
pecado para morte, e por esse não digo que ore'. Por esta razão, eles argumentam:
'Certamente, eu não dizer que ele deva suplicar por ela, é equivalente a, eu dizer que
ele não deve suplicar por ela'. Assim, o Apóstolo supõe que aquele que cometeu este
pecado, esteja, de fato, em um estado desesperado! Tão desesperado, que nós não
podemos, nem mesmo orar por seu perdão; nós não podemos pedir pela vida dele. E o
que podemos razoavelmente supor ser um pecado para a morte, do que uma rebelião
obstinada em busca de um perdão completo e livre?

'Considere, Em Segundo Lugar', dizem eles, 'aquelas passagens terríveis na


Epistola de Hebreus'; uma das quais ocorrem, no sexto capítulo, e a outra no décimo.
Para começar com o último:

(Hebreus 10:26-31) 'Porque, se pecarmos voluntariamente, depois de termos


recebido o conhecimento da verdade, já não resta mais sacrifício pelos pecados, mas
uma certa expectação horrível de juízo, e ardor de fogo, que há de devorar os
adversários. Quebrantando alguém a lei de Moisés, morre sem misericórdia, só pela
palavra de duas ou três testemunhas. De quanto castigo maior, cuidais vós será
julgado merecedor aquele que pisar o Filho de Deus, e tiver por profano o sangue da
aliança com que foi santificado, e fizer agravo ao Espírito da graça? Porque bem
conhecemos aquele que disse: Minha é a vingança, eu darei a recompensa, diz o
Senhor. E outra vez: O Senhor julgará o seu povo. Horrenda coisa é cair nas mãos do
Deus vivo!'.

Agora, aqui não está expressamente declarado pelo Espírito Santo, que nosso
caso é desesperado? Não está declarado que, 'se, depois de nós termos recebido o
conhecimento da verdade', depois de o termos experimentalmente conhecido, 'nós
pecamos terrivelmente', -- o que, sem dúvida, o fizemos, e isto, repetidas vezes, --
'resta outro sacrifício, para o pecado, do que buscar pelo julgamento e indignação
flamejante, que deverá devorar os adversários?'.

"E não é esta passagem, no sexto capítulo, exatamente paralela com isto?
(Hebreus 6:4) 'Porque é impossível que os que já foram iluminados, uma vez, e
provaram o dom celestial, e se tornaram participantes do Espírito Santo, -- se eles se
tornaram apóstatas'; (literalmente, e recaíram) 'sejam, outra vez, renovados para
arrependimento; pois assim, quanto a eles, de novo crucificam o Filho de Deus, e o
expõem ao vitupério'".

"É verdade, que alguns são da opinião de que é improvável que essas palavras
sejam tomadas literalmente, como denotando absoluta impossibilidade; mas, tão
somente, uma dificuldade muito grande. No entanto, não parece que temos alguma
razão suficiente para descartarmos o sentido literal; já que ele nem sugere algum
absurdo, nem contradiz quaisquer outras Escrituras. Estas, então", dizem eles,
"eliminam toda esperança; vendo que nós, indubitavelmente, 'testamos do dom
celestial, e fomos feitos parceiros do Espírito Santo?'. Como é possível 'nos
renovarmos novamente para o arrependimento'; para uma mudança inteira no coração
e vida? Vendo que nós temos crucificado para nós mesmos, 'o filho de Deus
novamente, e o exposto à vergonha declarada?'".

"Uma passagem ainda mais terrível do que esta, se possível, é aquela no


décimo-segundo capítulo de Mateus: (Mateus 12:31-32) 'Portanto, eu vos digo: Todo
o pecado, e blasfêmia serão perdoados aos homens; mas a blasfêmia contra o
Espírito não será perdoada aos homens. E, se qualquer disser alguma palavra contra
o Filho do homem, ser-lhe-á perdoado; mas, se alguém falar contra o Espírito Santo,
não lhe será perdoado, nem neste século nem no futuro'". Exatamente paralelo a
essas, são aquelas palavras de nosso Senhor, que são recitadas, através de Marcos:
(Marcos 3:28-29) 'Na verdade vos digo que todos os pecados serão perdoados aos
filhos dos homens, e toda a sorte de blasfêmias, com que blasfemarem; qualquer,
porém, que blasfemar contra o Espírito Santo, nunca obterá perdão, mas será réu do
eterno juízo'

O julgamento de alguns, é que todas essas passagens apontam para um e o


mesmo pecado; que não apenas as palavras de nosso Senhor, mas aquelas de João,
concernentes ao 'pecado para a morte', e aquelas de Paulo, concernentes
'crucificarem, para si mesmos, o filho de Deus novamente', esmagando com os pés, o
Filho de Deus, e o fazendo, a despeito do Espírito da graça, todas se referem à
blasfêmia contra o Espírito Santo'; o único pecado que nunca deverá ser perdoado.
Quer pratiquem ou não, deve ser permitido que esta blasfêmia seja absolutamente
imperdoável; e que, conseqüentemente, por causa desses que têm sido culpados disto,
Deus 'não será mais solicitado'.

3. Para confirmar esses argumentos, esboçados da razão e Escrituras, eles


apelam de fato. Eles perguntam: "Não é verdade que esses que decaíram da graça
justificadora, que 'naufragaram da fé', aquela fé, da qual, vem a salvação presente,
perecem sem a misericórdia? Quão menos, pode escapar quem decaiu da graça
santificadora! Os que naufragaram daquela fé, por meio da qual eles são limpos de
toda poluição da carne e espírito! Alguma vez, existiu um exemplo de um ou outro
desses sendo renovados novamente para o arrependimento? Se houve alguma
instância desta, alguém poderia estar inclinado a acreditar que aquele pensamento de
nosso poeta não seja extravagante:-- 'Até mesmo Judas lutou para abrandar seu
desespero. A esperança quase floresceu nas sombras do inferno'".

II

Estes são os principais argumentos esboçados da razão, das Escrituras, e dos


fatos, por meio dos quais, os apóstatas estão acostumados a justificarem a si mesmos,
ao jogarem fora a esperança; em suportem que Deus tem 'encarcerado sua bondade
no desprazer'. Eu os tenho proposto, em toda sua intensidade, para que possamos
formar um julgamento melhor, concernente a eles, e experimentar se cada um deles
não pode receber uma resposta clara, completa e satisfatória.

1. Eu começo com aquele argumento que é tomado da natureza da coisa: 'Se


um homem que se rebela contra um príncipe terreno, pode possivelmente ser
perdoado, na primeira vez; existe esperança de que ele obtenha um segundo perdão,
se depois de um perdão completo e livre, ele se rebelar novamente? Não. Ele deve
esperar morrer, sem misericórdia. Agora, se ele que se rebela novamente contra um
rei terreno, não pode buscar por um segundo perdão, como poderá buscar pela
misericórdia aquele que se rebela, pela segunda vez, contra o grande Rei dos céus e
terra?'.

2. Eu respondo: Este argumento, esboçado da analogia entre as coisas terrenas


e celestes, é plausível, mas não é sólido; e por esta razão clara: A analogia não tem
lugar aqui: Não existe analogia ou proporção entre a misericórdia de alguns filhos dos
homens e aquela do mais sublime Deus. 'No que vocês irão se comparar a mim, diz o
Senhor?'. Ao que, seja céu quanto na terra? Quem, ou 'o que ele é, em meio aos
deuses, que deva ser comparado ao Senhor?'. 'Eu digo que vocês são deuses', diz o
salmista, falando para os magistrados supremos. Tal é a dignidade e poder de vocês,
comparados àqueles dos homens comuns. Mas o que eles são para o Deus do céu? São
como uma bolha sobre a onda. O que é o poder deles, em comparação ao Seu poder?
O que é a misericórdia deles, comparada com Sua misericórdia? Por isto, aquela
palavra confortável, 'Eu sou Deus, e não homem; portanto, a casa de Israel não será
destruída'. Porque Ele é Deus, e não homem; 'por conseguinte, suas compaixões não
falham'. Ninguém pode, então, inferir que, porque um rei terreno não irá perdoar
alguém que se rebele contra ele, uma segunda vez, portanto, o Rei do céu não o fará.
Sim, Ele o fará; não apenas sete vezes apenas, ou até setenta vezes sete. Não; fossem
suas rebeliões multiplicadas como as estrelas do céu; fossem elas mais em número do
que os cabelos de sua cabeça; ainda assim, 'volte para o Senhor, e Ele terá
misericórdia de você; e para nosso Deus, e Ele irá perdoá-lo abundantemente'.

3. "Mas João não nos tira esta esperança, por meio do que ele disse do 'pecado
para a morte? Dizer que 'eu não digo que ele deva suplicar por ela', não é
equivalente com, 'eu digo que ele não deve suplicar por ela?'. E isto não implica que
Deus não determinou ouvir aquela súplica? Que ele não dará vida a tal pecador, não,
nem através da oração de um homem justo?'".

4. Eu respondo: 'Eu não digo que você deva suplicar por ela', certamente
significa que ele não deve suplicar por ela. E, sem dúvida, implica que Deus não dará
vida para aqueles que cometeram este pecado; que a sentença deles está feita, e que
Deus determinou que não será revogada. Ela não poderá ser alterada, nem mesmo,
através daquela 'oração fervorosa efetiva', que, em outros casos, 'teria muito valor'.

5. Mas eu pergunto, Primeiro, qual é o pecado que é para a morte? E, em


Segundo Lugar, qual é a morte que aqui está anexada a ele?

E, Primeiro, qual é o pecado que é para a morte? Há muitos anos, eu perguntei


a algumas das pessoas mais experientes nas coisas de Deus, do que qualquer outra que
eu tenha visto, o que vocês entendem por 'pecado para a morte', que é mencionado na
Primeira Epístola de João? E eles responderam: "Se alguém está enfermo, em meio
de nós, ele é levado para os presbíteros da Igreja; e eles oram por ele, e a oração da fé
salva o doente; e o Senhor o restaura. E, se ele cometeu pecados, que Deus está
punindo, por meio daquela enfermidade, eles estão perdoados dele. Mas, algumas
vezes, nenhum de nós pode orar para que Deus possa reerguê-lo. E nós somos
constrangidos a dizer a ele: 'Nós estamos temerosos que você tenha cometido um
pecado para a morte'; um pecado que Deus determinou punir com a morte; nós não
podemos suplicar por sua reparação. Nós ainda não conhecemos qualquer instância de
tal pessoa restaurada".
Eu não vejo absurdo, afinal, nesta interpretação da palavra. Parece ser um
significado (pelo menos) da expressão, 'um pecado para a morte'; um pecado que
Deus tem determinado punir através da morte do pecador. Se, por conseguinte, você
cometeu um pecado deste tipo, e seu pecado apossou-se de você; se Deus está o
punindo, através de algumas doenças severas, de nada adiantará orar pela sua vida;
você está irrevogavelmente sentenciado a morrer. Mas observe! Isto não tem relação
com a morte eterna. Isto, de forma alguma, significa que você está condenado a
morrer a segunda morte. Não; isto preferivelmente implica o contrário: O corpo está
sendo destruído, para que a alma possa escapar da destruição.

Eu mesmo, durante o curso de muitos anos, tenho visto numerosos exemplos


disto. Eu conheci muitos pecadores (principalmente, apóstatas notórios, do mais alto
grau de santidade, tais que deram muitos motivos para os inimigos da religião
blasfemarem), aos quais Deus tem interrompido, no meio da jornada deles; sim, antes
que eles tivessem vivido metade de seus dias. Esses, eu entendo, pecaram 'um pecado
para a morte'; em conseqüência do que, eles foram removidos; algumas vezes, mais
rapidamente, e algumas vezes, mais vagarosamente, através de um golpe inesperado.
Mas, na maioria desses casos, observa-se que 'a misericórdia regozija-se sobre o
julgamento'. E as próprias pessoas foram completamente convencidas da bondade,
tanto quanto da justiça de Deus. Elas reconheceram que Ele destruiu o corpo, com o
objetivo de salvar a alma. Antes que eles partissem disto, Ele curou a apostasia deles.
De modo que eles morreram, para que vivessem para sempre.

Um exemplo muito notável disto ocorreu muitos anos atrás. Um jovem


mineiro [das minas de carvão], em Kingswood, próximo a Bristol, foi um pecador
eminente; e, mais tarde, um santo eminente. Mas, pouco a pouco, ele renovou sua
familiaridade com seus velhos companheiros, que, vagarosamente, forjaram sobre ele,
até que ele declinou de toda sua religião, e foi, duas vezes mais, um filho do inferno
do que antes. Um dia, ele estava trabalhando em uma mina com um jovem sério que,
de repente clamou: 'Ó, Tommy, que homem você foi uma vez! Como suas palavras e
exemplo fizeram com que muitos amassem e praticassem as boas obras! E o que você
é agora? O que aconteceria a você, se você fosse morrer, da maneira como está?'.
'Não, Deus me livre!', disse Thomas, 'porque, então, eu poderia ir para o inferno
abruptamente! Oh! Vamos clamar a Deus!'. Eles assim fizeram, por um tempo
considerável; primeiro um, depois o outro. Eles clamaram a Deus com clamores fortes
e lágrimas; lutando com Ele, com orações fortes. Depois de algum tempo, Thomas
irrompeu: 'Agora eu sei que Deus curou minha apostasia. Eu sei novamente, que meu
Redentor vive, e que Ele tem me lavado de meus pecados com o próprio sangue. Eu
desejo ir com ele'. Instantaneamente, parte da mina desabou, e o esmagou até a morte.
Quem quer que tu sejas que tenhas pecado 'um pecado para a morte', coloca isto para
o coração! Pode ser que Deus vá requerer tua alma de ti, em uma hora, quando tu não
procuraste por isto! Mas, se Ele o fizer, existe misericórdia no meio do julgamento: tu
não deverás morrer eternamente.

6. "Mas o que você poderá dizer daquela outra Escritura, a décima de


Hebreus? Ela deixa alguma esperança para os apóstatas notórios, de que eles não
deverão morrer eternamente; de que eles poderão sempre recuperar o favor de Deus,
ou escapar do inferno? (Hebreus 10:26-29) 'Se nós pecarmos obstinadamente, depois
de termos recebido o conhecimento da verdade, resta nenhum outro sacrifício para os
pecados; mas uma certa expectativa horrível pelo julgamento, e uma indignação
veemente, que deverá devorar os adversários. Ele que desprezou a lei de Moisés
morreu sem misericórdia, só pela palavra de duas ou três testemunhas. De quanta
punição dolorosa mais, você supõe, se acha merecedor aquele que pisou no Filho de
Deus, e que considerou o sangue da aliança, por meio do qual ele foi santificado,
uma coisa impura, e menosprezou o Espírito da graça?'".

7. "E não se trata da mesma coisa, ou seja, o estado desesperado e


irrecuperável dos apóstatas obstinados; completamente confirmado, através daquela
passagem no sexto capítulo? (Hebreus 6:4) 'É impossível para os que foram
iluminados uma vez; foram parceiros, do Espírito Santo,-- e caíram', -- assim está no
original, -- 'renová-los para arrependimento;vendo que eles crucificaram a si mesmos
o Filho de Deus novamente, e o expuseram à vergonha declarada'".

8. Essas passagens me parecem paralelas, uma a outra, e merecem nossa mais


profunda consideração. E com o objetivo de entendê-las, será necessário saber:

(1) Quais são as pessoas das quais se fala aqui?


(2) Qual o pecado que eles cometeram, que tornou o caso delas quase, se não,
completamente desesperado?

Esses, tão somente, 'provaram o dom celeste', remissão dos pecados,


eminentemente assim chamada. Esses 'foram feitos parceiros do Espírito Santo',
ambos da testemunha e frutos do Espírito. Este caráter não pode, com alguma
propriedade, ser aplicado a qualquer um, a não ser aqueles que foram justificados.

E eles foram santificados também; pelo menos, no primeiro grau, tanto quanto
todos que receberam remissão dos pecados. Assim também, a segunda passagem
expressamente: 'aqueles que consideraram o sangue da promessa, por meio do qual
ele foi santificado, uma coisa impura'.

Assim sendo, esta Escritura diz respeito, tão somente, àqueles que foram
justificados, e, pelo menos em parte, foram santificados. Conseqüentemente, todos
vocês que nunca estiveram assim 'iluminados' com a luz da glória de Deus; todos que
nunca 'provaram do dom celestial'; que nunca receberam remissão de pecados; todos
que nunca 'foram feitos parceiros do Espírito Santo'; da testemunha e fruto do
Espírito; -- em uma palavra, todos que nunca foram santificados pelo sangue da
aliança eterna, vocês não são referidos aqui. Por mais que outras passagens das
Escrituras possam condenar vocês, certamente, vocês não serão condenados, quer pelo
sexto ou décimo capítulos de Hebreus. Porque ambas essas passagens falam
completamente e unicamente de apóstatas da fé, a qual eles nunca tiveram. Portanto,
quaisquer que sejam os julgamentos denunciados nessas Escrituras, eles não são
denunciados contra vocês. Vocês não são as pessoas aqui descritas, contra as quais
apenas eles foram pronunciados.

Nós inquirimos a seguir: De qual pecado, as pessoas aqui descritas foram


culpadas? Com o objetivo de entender isto, nós podemos lembrar que, sempre que os
judeus prevaleceram sobre um cristão para apostatar-se, eles requereram que ele
declarasse, em termos expressos, e isto em assembléia pública, que Jesus de Nazaré
era um impostor; e que ele não sofreu qualquer punição que seus crimes justamente
mereciam. Este é o pecado que Paulo denomina enfaticamente, na primeira passagem.
'cometer apostasia'; 'crucificando o Filho de Deus novamente, e o expondo à
vergonha declarada'. Isto é o que ele denomina em Segundo lugar, considerando o
sangue da aliança uma coisa impura; pisando sobre o Filho de Deus, e
menosprezando o Espírito da graça'. Agora, qual de vocês abandonou a religião que
antes professava? Qual de vocês 'crucificaram o Filho de Deus novamente?'.
Nenhum: nem um de vocês, assim, 'expuseram o Senhor a uma vergonha declarada'.
Se vocês renunciaram expressamente aquele 'sacrifício único pelo pecado', não
existirá pecado algum restante; de modo que vocês devem ter perecido sem
misericórdia. Mas este não é o caso de vocês. Nenhum de vocês renunciou assim
aquele sacrifício, por meio do qual o Filho de Deus fez uma penitência completa e
perfeita pelos pecados de todo o mundo. Por pior que vocês sejam, vocês estremecem
ao pensar: por conseguinte, aquele sacrifício ainda permanece para vocês. Venham,
então; atirem fora seus medos desnecessários! 'Venham corajosamente para o trono
da graça'. O caminho ainda está aberto. Vocês devem novamente 'obter misericórdia,
e encontrar graça para socorrer em tempo de necessidade'.

9. "Mas as palavras notórias do próprio nosso Senhor, não nos tira toda a
esperança de misericórdia? Ele não diz: 'Toda maneira de pecado e blasfêmia deve
ser perdoada ao homem: Mas a blasfêmia contra o Espírito Santo não deverá ser
perdoada. E quem quer que fale uma palavra contra o Filho do homem, ela deverá
ser perdoada nele: Mas quem quer que fale uma palavra contra o Espírito Santo, ela
nunca poderá ser perdoada nele; nem neste mundo, nem no mundo que há de vir?'".

"Portanto, está claro que, se nós temos cometido este pecado, não existe lugar
para a misericórdia. E não se trata da mesma coisa repetida por Marcos, quase nestas
mesmas palavras? 'Verdadeiramente eu lhes digo' (Um prefácio solene! Sempre
denotando grande importância ao que se segue), 'que todos os pecados deverão ser
perdoados aos filhos dos homens, e as blasfêmias, por mais que eles possam
blasfemar: Mas, aquele que blasfema contra o Espírito Santo, nunca será perdoado,
mas está debaixo da sentença da condenação eterna'".

Quão imenso é o número daqueles que têm, mais ou menos, se afligido, com
respeito a esta Escritura! Que multidão, neste reino, tem estado perplexa, acima da
medida, concernente ao mesmo relato! Mais ainda; existem poucos que
verdadeiramente estão convencidos do pecado, e se esforçam seriamente para salvar
suas almas; que não têm sentido alguma inquietação, pelo temor que tenham
cometido, ou possam cometer este pecado imperdoável. O que tem freqüentemente
aumentado a inquietação deles, é que eles dificilmente poderiam encontrar algum
conforto neles. Seus conhecidos, mesmo os mais religiosos deles, não entenderam
mais do assunto do que eles mesmos; e eles não puderam encontrar escritor algum que
tivesse publicado alguma coisa satisfatória sobre o assunto. De fato, nos 'Sete
Sermões', do Sr. Russel, que eram comuns ,em meio deles, existe um, expressamente
escrito sobre isto; mas ele fornece uma pequena satisfação a um espírito preocupado.
Ele fala sobre isto e aquilo, mas diz nada: ele se esforça, mas perde o ponto,
finalmente.

Mas existiu no mundo uma prova mais deplorável da pequenez do


discernimento humano, mesmo naqueles que têm corações honestos, e são mais
desejos do conhecimento da verdade? Como é possível que alguém que leia sua Bíblia
possa permanecer uma hora em dúvida concernente a ela, quando o próprio nosso
Senhor, na mesma passagem acima citada, tem tão claramente nos dito que blasfêmia
é esta? 'Qualquer, porém, que blasfemar contra o Espírito Santo, nunca obterá
perdão, mas será réu do eterno juízo (Porque diziam: Tem espírito imundo)' (Marcos
3:29-30). Isto, então, e tão somente isto, (se nós permitimos que nosso Senhor
entenda seu próprio significado) é a blasfêmia contra o Espírito Santo: O dizer que ele
que tem um espírito impuro; o afirmar que Cristo forjou seus milagres, através do
poder de um espírito pecaminoso; ou, mais particularmente, que 'Ele expulsou
demônios, através de Belzebu, o príncipe dos demônios'. Agora, vocês se consideram
culpados disto? Vocês têm afirmado que ele expulsou demônios, através do príncipe
dos demônios? Não mais do que você cortar a garganta de seu próximo, e botar fogo
em sua casa. Quão terrivelmente, então, vocês têm estado temerosos, onde não existe
medo! Rejeitem esse terror vão; permitam que seu medo seja mais racional, daqui
para frente. Estejam temerosos de dar lugar ao orgulho; temerosos de consentir na ira;
temerosos de amar o mundo e as coisas do mundo; temerosos dos desejos tolos e
danosos; mas nunca mais estejam temerosos de cometer a blasfêmia contra o Espírito
Santo! Vocês não correm mais o risco de fazer isto, do que o sol de cair do
firmamento.

10. Vocês não têm, então, motivo das Escrituras para imaginarem que 'o
Senhor tem se esquecido de ser gracioso'. Os argumentos esboçados disto, vocês
vêem, são de nenhum peso, são totalmente inconclusivos. E existe algum peso mais
do que tem sido traçado da experiência ou dos fatos?

Este é um ponto que pode exatamente ser determinado, e com a mais extrema
certeza. Se for perguntado: "Algum apóstata real encontrou misericórdia de Deus?
Alguém que 'naufragou da fé e da boa consciência', recuperou o que eles tinham
perdido? Vocês conhecem; vocês viram alguma instância de pessoas que encontraram
redenção no sangue de Jesus, e que, mais tarde, tornaram-se apóstatas, e, ainda assim,
foram restaurados, -- 'renovados no arrependimento?'". Sim, verdadeiramente; e não
um, ou cem apenas, mas, eu estou persuadido, diversos milhares. Em todo lugar onde
o braço do Senhor foi revelado, e, muitos pecadores convertidos a Deus, existem
diversos edificados que 'voltaram atrás no santo mandamento entregue a eles'.
Porque a grande parte desses 'teria sido melhor nunca terem conhecido o caminho da
retidão'. Ela apenas aumenta a condenação deles, vendo que eles morreram em seus
pecados. Mas existem outros que 'olham para ele que eles tinham trespassado, e
lamentam', recusando-se a serem confortados. Mas, mais cedo ou mais tarde, Ele
certamente erguerá a luz de seu semblante sobre eles; Ele fortalecerá os abatidos, e
confirmará os joelhos fracos; Ele os ensinará a dizer: 'Minha alma magnífica o
Senhor, e meu espírito se regozija em Deus, meu Salvador'. Inumeráveis são as
instâncias deste tipo, dos que caíram, mas agora estão de pé. Realmente, está tão
longe de ser uma coisa incomum para um crente cair e ser restaurado, que,
preferivelmente, é incomum encontrar algum crente que não esteja consciente de ter
sido um apóstata de Deus, em um grau maior ou menor, e, talvez, mais do que uma
vez, antes que estivesse estabelecido na fé.

"Mas aqueles que caíram da santificação da graça, eles têm sido restaurados
para a bênção que eles tinham perdido?". Esta também é uma questão de experiência;
e nós temos tido a oportunidade de repetir nossas observações, durante um
considerável curso de anos, e de um extremo ao outro do reino.
1o. Nós conhecemos um grande número de pessoas, de todas as idades e sexo,
desde a mais tenra infância à idade mais avançada, que deram todas as provas de que
a natureza da coisa admite, de que eles foram 'santificados completamente'; 'limpos
de toda poluição da carne e espírito'; que eles 'amaram o Senhor, seu Deus, com todo
seu coração, e mente e alma, e forças'; que eles continuamente apresentaram' suas
almas e corpos 'como um sacrifício santo e aceitável para Deus'; em conseqüência do
que, eles 'se regozijaram, sempre mais, oraram sem cessar; em todas as coisas dando
graças'. E este, e não outro, é o que nós acreditamos ser a santificação verdadeira e
bíblica.

2o. Uma coisa comum para esses que estão assim santificados, é acreditarem
que eles não podem cair; é suporem que são os 'pilares no templo de Deus; e que não
cairão mais'. Contudo, nós temos visto alguns dos mais fortes deles, depois de um
tempo, movidos de sua firmeza. Algumas vezes, repentinamente; mas, mais
freqüentemente, através de graus vagarosos, eles têm cedido à tentação; o orgulho, a
ira, ou desejos tolos têm novamente brotado em seus corações. Mais ainda; algumas
vezes, eles têm perdido a vida de Deus extremamente, e o pecado tem readquirido o
domínio sobre eles.

3o. Ainda assim, diversos desses, depois de estarem completamente


conscientes de sua queda, e, profundamente envergonhados diante de Deus, têm sido
novamente preenchidos com seu amor -- e não apenas aperfeiçoados nele, mas
firmados, fortificados, e estabelecidos. Eles têm recebido a bênção que eles tinham
antes com abundante crescimento. Mais do que isto: muitos que tinham caído, tanto
da justificação, quanto da graça santificadora, e tão profundamente, que dificilmente
foram classificados em meio aos servos de Deus, foram restaurados, (mas raramente,
até que eles tivessem sido chacoalhados, como aconteceu, sobre a boca do inferno), e
isto muito freqüentemente, de imediato, restituindo tudo o que tinham perdido. Eles
recuperaram imediatamente a consciência do favor de Deus, e a experiência de Seu
puro amor; em um só momento, eles receberam, mais uma vez, a remissão dos
pecados, e muitos, em meio deles, foram santificados.

Mas que nenhum homem afirme desta longanimidade de Deus, que Ele tem
dado a qualquer um a licença para pecar. Nem alguém ouse continuar no pecado, por
causa dessa instância extraordinária da misericórdia divina. Esta é a presunção mais
desesperada, e mais irracional, e que conduz à destruição extrema e irrevogável. Em
toda minha experiência, eu não tenho conhecido um que fortificou a si mesmo no
pecado, pela presunção de que Deus iria salvá-lo, no final; que não estivesse
miseravelmente desapontado, e sujeito a morrer em seus pecados. Fazer da graça de
Deus um encorajamento para o pecado é o caminho certo para o inferno mais baixo!
As considerações precedentes não foram designadas a esses filhos desesperados da
perdição; mas para aqueles que sentem 'a lembrança de seus pecados os afligindo; o
fardo deles intolerável'. Nós colocamos diante desses uma porta aberta de esperança.
Permita que eles entrem, e dêem graças ao Senhor; permita que eles saibam que 'o
Senhor é gracioso e misericordioso; longânime, e de grande bondade'. 'Veja o quão
alto os céus estão da terra! Tão longe Ele irá colocar os pecados deles de si mesmos'.
"Ele não será sempre repreensivo; nem Ele manterá sua ira para sempre". Apenas
coloquem em seus corações, que 'eu darei tudo para todos, e a oferta deverá ser
aceita'. Dêem a Ele todo seu coração! Que tudo que esteja em vocês continuamente
clame: 'Tu és meu Deus, e eu serei grato a ti; tu és meu Deus, e eu louvarei a Ti'. 'Este
Deus é meu Deus para sempre e sempre! Ele será meu guia até a morte'.

[Editado por Michael Anderson, estudante da Northwest Nazarene College (Nampa,


ID), com correções de George Lyons para a Wesley Center for Applied Theology.]

Вам также может понравиться