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A DESINTELIGÊNCIA

Indignado com a tragédia de ver


o meu País, tão amado,
avassalado pela desonestidade,
mentira e tantos outros
predicados infames, resolvi
fazer um diagnóstico do
verdadeiro vilão dessa tragédia
– achamos culpados para tudo:
culpado disto, culpado daquilo,
e fazemos as nossas listas de
culpados intermináveis.
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Mas, quer saber de uma coisa?


Em Portugal, o nosso maior
problema não está na política
suja, não está no crime
organizado, não está na
corrupção que mina a nossa
economia, não está nos altos
impostos que assaltam o
nosso bolso, não está na fome,
não está na miséria, não está
No encerramento de escolas,
não está na impunidade, não
está, não está, não está...!

(vamos parar por aqui porque


esta lista também não tem fim)
Onde estaria então o
culpado?
Que monstro seria esse
responsável pelas nossas
tragédias? Que problema seria
tão mais sério, tão maior que
todos estes juntos? Quem seria
a mãe deles?
Pois é, eis a questão: sofremos
de uma doença chamada de
“desinteligência moral”.
Desaprendemos aprender.
Como toda a doença que se preza,
a “desinteligência” também tem
uma causa, não que eu queira
encontrar um culpado para este
mal, mas o facto é que esta causa
realmente existe, então, veja o
nome do bichinho: falta de ética.
Vou aumentá-lo um pouco mais:
falta de ética.
Eis o problema causador de tantos males no organismo social.

Onde alguns, transformam a negociata e a corrupção em


moeda de troca;
Negociam a nossa dignidade;
Vendem a nossa esperança e roubam a nossa consciência
a m , mas BATEU NO FUNDO?
ã e s ladr ssa.
Os c avana pa
a car
Para entender o que causa
esta tal de “desinteligência”,
vamos então falar de ética.
Ética é uma vitamina, que
aumenta a nossa inteligência
moral, fortalece os músculos
do nosso caráter e nos faz
crescer como seres humanos
de verdade.

Transforma-nos em pessoas de bem, saudáveis e honestas.


É ela quem nos torna capazes de aprender e
reaprender o caminho da justiça.
A sua falta, no organismo moral, produz
desnutrição e definhamento comportamental.

Sem esta vitamina o cérebro emocional entra


em colapso nervoso:

o errado passa a ser o certo e a mentira


torna-se verdade absoluta.
A falta de ética, afecta o sistema
nervoso central do bom senso.
O doente de “desinteligência”, nos
casos clássicos mais graves, torna-se
um “alucinado” tem lapso de memória,
esquece de tudo ou nunca “sabe de
nada”, comporta-se como um autista:
fica indiferente, insensível à realidade,
age como se o mundo real nada tivesse
haver com ele, torna-se esquizofrênico:
tem a mania da perseguição.

Torna-se incapaz de reconhecer qualquer culpa


(embora encontre muitos culpados) por isso sente-se
perseguido.
É meus amigos, vivemos
numa crise epidemiológica
de “desinteligência” em
Portugal.

Onde a ideologia
dominante é a ideologia
das classes dominantes.

E quando os exemplos de “desinteligência” vêem de cima, toda


a pirâmide é contaminada, “se eu lá estivesse fazia o mesmo”,
portanto achamos normal todos os escândalos éticos, postos à
luz do “sol do meio-dia”, na verdade nua e crua.
No contexto da ética, a nossa
saúde pública moral vai muito
mal, não por falta de médicos, ou
de hospitais, mas por falta de
escolas, de professores, de
educadores de governantes, de
alguém que dê bons exemplos.
Para este saneamento
precisamos urgentemente do
remédio:

a Ética, não se encontra nas farmácias, nem nas


drogarias, mas nas escolas, na educação.
A única forma de detectar ou
evitar a falta desta vitamina no
organismo moral, é unicamente
através de um exame simples de
consciência.
O problema é quando a
“desinteligência” já está
instalada no organismo.
Neste caso, fica mais difícil
detectar a carência desta
substância que pode evitar a
doença, se forem usados
unicamente os exames de
consciência convencionais.
Acredito nos milhões de
portugueses deste País, a
eles todo o meu respeito,
mesmo aos que não o
merecem.
Respeito a vontade da maioria
absoluta que democraticamente
escolheu um futuro para o nosso
País.

Mesmo a vontade dos de boa fé, que acabaram por dar razão à idéia,
não deles, mas dos que enganam e mentem,
“que a demagogia compensa”.

Acredito nos restantes portugueses, que protestaram com um não


ao populismo à corrupção e à mentira.
Por isso tenho esperanças
de um dia viver numa
Nação que respeite os seus
cidadãos e faça da ética o
alicerce para o seu
crescimento saudável.

Se um dia eu perder esta


esperança certamente terei
perdido tudo!

Inspirado e adaptado do texto de:


Iran Almeida

Musica: Fado da Tristeza


José Mario Branco
Montagem:
M. Silvestre http://www.esnips.com/user/humordatreta

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