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1. Introdução
2. Conhecimento e crença
É claro que aqui estou tomando partido numa polêmica bem conhecida.
Para uma posição diferente, ver por exemplo a influente crítica de Winkler
1991. Infelizmente, não disponho de espaço para estabelecer um diálogo
explícito com os defensores da interpretação cética tradicional. Sobre a
crença na realidade dos objetos materiais, gostaria de destacar que, já na
parte 3, seção 9, Hume fala da existência de “dois sistemas de realidade”: o
formado pelos objetos das impressões e das idéias de memória, e o que se
conecta a ele “pelo costume, ou, se quiser, pela relação de causa e efeito”
(T 1.3.9.3).
3. As crenças causais
A razão nunca pode nos mostrar a conexão de um objeto com outro, embora
auxiliada pela experiência, e pela observação de sua conjunção constante
em todos os casos passados. Portanto, quando a mente passa da idéia ou
impressão de um objeto para a crença ou idéia de outro, não é determinada
pela razão, mas por certos princípios que associam as idéias desses objetos,
e os une na imaginação [imagination]. Se as idéias não possuíssem na
imaginação [fancy] mais união do que os objetos possuem no
entendimento, jamais poderíamos extrair nenhuma inferência de causas
para efeitos, nem depositar crença em nenhuma questão de fato [não
observada]. A inferência depende, pois, unicamente da união de idéias.
(1.3.6.12; os