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IV (2) Pá gina 1
Episódio Maní
aco
contextuais significativos (reverberaç ão). Se o humor da pessoa for mais irritá vel do que
expansivo, a fala pode ser marcada por queixas, comentá rios hostis ou tiradas coléricas.
Os pensamentos do indiví duo podem correr, freqü entemente, a uma velocidade maior do que
pode ser articulada (Critério B4). Alguns indiví duos com Episódios Maní acos afirmam que esta
experiê ncia assemelha-se a assistir a dois ou trê s programas de televisão simultaneamente. Com
freqü ê ncia, existe fuga de idéias, evidenciada por um fluxo de fala quase contí nuo e acelerado,
com mudanç as abruptas de um assunto para outro. Por exemplo, enquanto fala sobre um
possí vel negócio de venda de computadores, um vendedor pode começ ar a discorrer
minuciosamente sobre a história do chip de computador, sobre a revoluç ão industrial ou
matemá tica aplicada. Quando a fuga de idéias ésevera, o discurso pode tornar-se desorganizado
e incoerente.
A distratibilidade (Critério B5) éevidenciada por uma incapacidade de filtrar estí mulos externos
irrelevantes (por ex., a gravata do entrevistador, ruí dos ou conversas de fundo, ou os móveis da
sala). Pode haver reduç ão da capacidade de diferenciar entre pensamentos pertinentes ao assunto
e pensamentos de pouca relevância ou nitidamente irrelevantes.
O aumento da atividade dirigida a objetivos freqü entemente envolve excessivo planejamento e
participaç ão de múltiplas atividades (por ex., sexuais, profissionais, polí ticas e religiosas)
(Critério B6). Um aumento do impulso, fantasias e comportamento sexual em geral está
presente. A pessoa pode assumir simultaneamente múltiplos novos empreendimentos
profissionais, sem levar em consideraç ão possí veis riscos ou a necessidade de completar cada
uma dessas investidas a contento. Quase que invariavelmente, existe um aumento da
sociabilidade (por ex., renovar antigas amizades ou telefonar para amigos ou atémesmo
estranhos a qualquer hora do dia ou da noite), sem consideraç ão quanto à natureza intrusiva,
dominadora e exigente dessas interaç ões. Os indiví duos freqü entemente exibem agitaç ão ou
inquietaç ão psicomotora, andando sem parar ou mantendo múltiplas conversas simultaneamente
(por ex., por telefone e pessoalmente, ao mesmo tempo). Alguns indiví duos escrevem uma
torrente de cartas sobre muitos assuntos diferentes para amigos, figuras públicas ou meios de
comunicaç ão.
Expansividade, otimismo injustificado, grandiosidade e fraco julgamento freqü entemente levam
ao envolvimento imprudente em atividades prazerosas tais como surtos de compras, direç ão
imprudente, investimentos financeiros tolos e comportamento sexual incomum para a pessoa,
apesar das possí veis conseqü ê ncias dolorosas destas atividades (Critério B7). O indiví duo pode
comprar objetos desnecessá rios (por ex., 20 pares de sapatos, antigü idades caras) sem ter
dinheiro para pagar por eles. O comportamento sexual incomum pode incluir infidelidade ou
encontros sexuais indiscriminados com estranhos.
O comprometimento resultante da perturbaç ão pode ser suficientemente severo para causar
acentuado prejuí zo no funcionamento ou para exigir a hospitalizaç ão, com o fim de proteger o
indiví duo das conseqü ê ncias negativas das aç ões resultantes do fraco julgamento (por ex.,
perdas financeiras, atividades ilegais, perda do emprego, comportamento agressivo). Por
definiç ão, a presenç a de aspectos psicóticos durante um Episódio Maní aco representa um
acentuado prejuí zo no funcionamento (Critério D).
Sintomas como os que são vistos no Episódio Maní aco podem decorrer dos efeitos fisiológicos
diretos de medicamentos antidepressivos, terapia eletroconvulsiva, fototerapia ou medicamentos
prescritos para outras condiç ões médicas gerais (por ex., corticosteróides). Estas apresentaç ões
não são consideradas Episódios Maní acos e não contam para um diagnóstico de Transtorno
Bipolar I. Por exemplo, se uma pessoa com Transtorno Depressivo Maior recorrente desenvolve
sintomas maní acos após um curso de medicamento antidepressivo, o episódio édiagnosticado
como Transtorno do Humor Induzido por Substância, Com Caracterí sticas Maní acas, sem
alteraç ão do diagnóstico de Transtorno Depressivo Maior para Transtorno Bipolar I. Algumas
evidê ncias sugerem a possí vel existê ncia de uma "diá tese" bipolar em indiví
duos que
desenvolvem episódios tipo maní acos após o tratamento somá tico para a depressão. Esses
indivíduos podem ter uma probabilidade aumentada para futuros Episódios Maní acos, Mistos
ou Hipomaní acos não relacionados a substâncias ou tratamentos somá ticos para a depressão.
Esta consideraç ão pode ser especialmente importante no caso de crianç as e adolescentes.
ter uma história de problemas de comportamento de longa data que precedem o iní cio de um
Episódio Maní aco franco. Não está claro se esses problemas representam um pródromo
prolongado para o Transtorno Bipolar ou um transtorno independente. Apresentamos
informaç ões especí ficas relativas ao gê nero nas seç ões correspondentes dos textos para
Transtorno Bipolar I e Transtorno Bipolar II.
Curso
A idade média de iní cio para o primeiro Episódio Maní aco ocorre logo após os 20 anos, mas
alguns casos iniciam na adolescê ncia e outros após os 50 anos. Os Episódios Maní acos tê m
tipicamente um iní cio súbito, com rá pido aumento dos sintomas dentro de poucos dias. Com
freqü ê ncia, os Episódios Maní acos ocorrem após estressores psicossociais. Os episódios
geralmente duram de algumas semanas a vá rios meses, são mais breves e terminam mais
abruptamente do que os Episódios Depressivos Maiores. Em muitos casos (50 a 60%), um
Episódio Depressivo Maior imediatamente precede ou segue um Episódio Maní aco, sem um
período de eutimia neste intervalo. Se o Episódio Maní aco ocorre no período pós-parto, pode
haver um risco aumentado para recorrê ncia em perí odos pós-parto subseqü entes, e aplica-se o
especificador Com Iní cio no Pós-Parto.
Diagnóstico Diferencial
Um Episódio Maní aco deve ser diferenciado de um Transtorno do Humor Devido a uma
Condiç ão Médica Geral. O diagnóstico apropriado éde Transtorno do Humor Devido a uma
Condiç ão Médica Geral se a perturbaç ão do humor éconsiderada a conseqü ê ncia fisiológica
direta de uma condiç ão médica geral especí fica (por ex., esclerose múltipla, tumor cerebral,
síndrome de Cushing). Esta determinaç ão está baseada na história, achados laboratoriais ou no
exame fí sico. Caso o clínico considere que os sintomas maní acos não são a conseqü ê ncia direta
da condiç ão médica geral, então o Transtorno do Humor primá rio éregistrado no Eixo I (por
ex., Transtorno Bipolar I) e a condiç ão médica geral éregistrada no Eixo III (por ex., infarto do
miocá rdio). Um iní cio tardio do primeiro Episódio Maní aco (por ex., após os 50 anos) deve
alertar o clínico quanto à possibilidade de uma etiologia envolvendo uma condiç ão médica
geral ou uso de substância.
Um Transtorno do Humor Induzido por Substância édiferenciado de um Episódio Maní aco pelo
fato de que uma substância (por ex., droga de abuso, medicamento ou exposiç ão a uma toxina)
tem relaç ão etiológica com a perturbaç ão do humor. Sintomas como os que são vistos em um
Episódio Maní aco podem ser precipitados por uma droga de abuso (por ex., sintomas maní acos
que ocorrem apenas no contexto da intoxicaç ão com cocaí na seriam diagnosticados como
Transtorno do Humor Induzido por Cocaí na, Com Caracterí sticas Maníacas, Com Iní cio
Durante Intoxicaç ão). Sintomas como aqueles vistos em um Episódio Maní aco também podem
ser precipitados por um tratamento antidepressivo com medicamentos, terapia eletroconvulsiva
ou fototerapia. Esses episódios também são diagnosticados como Transtornos do Humor
Induzidos por Substância (por ex., Transtorno do Humor Induzido por Amitriptilina, Com
Caracterí sticas Maní acas; Transtorno do Humor Induzido por Terapia Eletroconvulsiva, Com
Caracterí sticas Maní acas).
Os Episódios Maní acos devem ser diferenciados de Episódios Hipomaní acos. Embora
Episódios Maní acos e Episódios Hipomaní acos tenham uma lista idê ntica de sintomas
característicos, a perturbaç ão nos Episódios Hipomaní acos não ésuficientemente severa para
causar prejuí zo acentuado no funcionamento social ou ocupacional ou para exigir a
hospitalizaç ão. Alguns Episódios Hipomaní acos evoluem para Episódios Maní acos completos.
Episódios Depressivos Maiores com humor irritá vel proeminente podem ser difí ceis de
distinguir de Episódios Maní acos com humor irritá vel ou de Episódios Mistos. Esta
determinaç ão exige uma atenta avaliaç ão clí nica da presenç a de sintomas maní acos. Caso sejam
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Transtornos do Humor - DSM.IV (2) Pá gina 5
satisfeitos os critérios tanto para Episódio Maní aco quanto para Episódio Depressivo Maior,
quase todos os dias, por um perí odo mí nimo de 1 semana, isto constitui um Episódio Misto.
O Transtorno de Déficit de Atenç ão / Hiperatividade e um Episódio Maní aco são ambos
caracterizados por atividade excessiva, comportamento impulsivo, fraco julgamento e negaç ão
dos problemas. O Transtorno de Déficit de Atenç ão / Hiperatividade édiferenciado do Episódio
Maní aco por seu iní cio precoce caracterí stico (isto é, antes dos 7 anos), curso crônico ao invés
de episódico, ausê ncia de iní cios e remissões relativamente claros, e ausê ncia de humor
anormalmente expansivo ou elevado ou de aspectos psicóticos.
B. Durante o perí odo de perturbaç ão do humor, trê s (ou mais) dos seguintes sintomas
persistiram (quatro, se o humor éapenas irritá vel) e estiveram presentes em um grau
significativo:
E. Os sintomas não se devem aos efeitos fisiológicos diretos de uma substância (por ex., uma
droga de abuso, um medicamento ou outro tratamento) ou de uma condiç ão médica geral (por
ex., hipertiroidismo).
Nota: Episódios tipo maní acos nitidamente causados por um tratamento antidepressivo somá tico
(por ex., medicamentos, terapia eletroconvulsiva, fototerapia) não devem contar para um
diagnóstico de Transtorno Bipolar I.
Episódio Misto
Características do Episódio
Um Episódio Misto caracteriza-se por um perí odo de tempo (no mí nimo 1 semana) durante o
qual são satisfeitos os critérios tanto para Episódio Maní aco quanto para Episódio Depressivo
Maior, quase todos os dias (Critério A). O indiví duo experimenta uma rá pida alternância do
humor (tristeza, irritabilidade, euforia), acompanhada dos sintomas de um Episódio Maní aco e
de um Episódio Depressivo Maior. A apresentaç ão sintomá tica freqü entemente envolve
agitaç ão, insônia, desregulagem do apetite, aspectos psicóticos e pensamento suicida. A
perturbaç ão deve ser suficientemente severa para causar prejuí zo acentuado no funcionamento
social ou ocupacional ou para exigir a hospitalizaç ão, ou émarcada pela presenç a de aspectos
psicóticos (Critério B). A perturbaç ão não se deve aos efeitos fisiológicos diretos de uma
substância (por ex., droga de abuso, medicamento ou outro tratamento) ou de uma condiç ão
médica geral (por ex., hipertiroidismo) (Critério C). Sintomas como os que são vistos em um
Episódio Misto podem ser decorrentes dos efeitos diretos de medicamentos antidepressivos,
terapia eletroconvulsiva, fototerapia ou medicamentos prescritos para outras condiç ões médicas
gerais (por ex., corticosteróides). Essas apresentaç ões não são consideradas Episódios Mistos e
não contam para um diagnóstico de Transtorno Bipolar I. Se uma pessoa com Transtorno
Depressivo Maior recorrente, por exemplo, desenvolve um quadro sintomá tico misto durante
um tratamento com medicamentos antidepressivos, o diagnóstico do episódio éde Transtorno
do Humor Induzido por Substância, Com Caracterí sticas Mistas, não se modificando o
diagnóstico de Transtorno Depressivo Maior para Transtorno Bipolar I. Algumas evidê ncias
sugerem a possí vel existê ncia de uma "diá tese" bipolar em indiví duos que desenvolvem
episódios tipo misto após o tratamento somá tico para a depressão. Esses indiví duos podem ter
uma maior probabilidade de futuros Episódios Maní acos, Mistos ou Hipomaní acos não
relacionados a substâncias ou tratamentos somá ticos para a depressão. Esta consideraç ão pode
ser especialmente importante no caso de crianç as e adolescentes.
Curso
Os Episódios Mistos podem evoluir a partir de um Episódio Maní aco ou de um Episódio
Depressivo Maior ou podem surgir como algo novo. Por exemplo, o diagnóstico pode ser
mudado de Transtorno Bipolar I, Episódio Mais Recente Maní aco, para Transtorno Bipolar I,
Episódio Mais Recente Misto, no caso de um indiví duo com 3 semanas de sintomas maní acos
seguidos por uma semana de sintomas tanto maní acos quanto depressivos. Os Episódios Mistos
podem durar de semanas a alguns meses, apresentando remissão para um perí odo com poucos
ou nenhum sintoma ou evoluindo para um Episódio Depressivo Maior. Mais raramente, um
Episódio Misto evolui para um Episódio Maní aco.
Diagnóstico Diferencial
Um Episódio Misto deve ser diferenciado de um Transtorno do Humor Devido a uma Condiç ão
Médica Geral. O diagnóstico éde Transtorno do Humor Devido a uma Condiç ão Médica Geral
se a perturbaç ão do humor éconsiderada a conseqü ê ncia fisiológica direta de uma condiç ão
médica geral especí fica (por ex., esclerose múltipla, tumor cerebral, sí ndrome de Cushing). Esta
determinaç ão éfundamentada na história, achados laboratoriais ou exame fí sico. Se o clí
nico
julgar que os sintomas mistos (maní acos e depressivos) não são a conseqü ê ncia fisiológica
direta da condiç ão médica geral, então se registra o Transtorno do Humor primá rio no Eixo I
(por ex., Transtorno Bipolar I) e a condiç ão médica geral no Eixo III (por ex., infarto do
miocá rdio).
Um Transtorno do Humor Induzido por Substância édiferenciado de um Episódio Misto pelo
fato de que uma substância (por ex., droga de abuso, medicamento ou exposiç ão a uma toxina)
está supostamente relacionada, em termos etiológicos, com a perturbaç ão do humor. Sintomas
como os que são vistos em um Episódio Misto podem ser precipitados pelo uso de uma droga
de abuso (por ex., os sintomas mistos, maní acos e depressivos, que ocorrem apenas no contexto
da intoxicaç ão com cocaí na, seriam diagnosticados como Transtorno do Humor Induzido por
Cocaí na, Com Caracterí sticas Mistas, Com Iní cio Durante Intoxicaç ão). Sintomas como os que
são vistos em um Episódio Misto também podem ser precipitados por um tratamento
antidepressivo tal como medicamentos, terapia eletroconvulsiva ou fototerapia. Estes episódios
também são diagnosticados como Transtorno do Humor Induzido por Substância (por ex.,
Transtorno do Humor Induzido por Amitriptilina, Com Caracterí sticas Mistas; Transtorno do
Humor Induzido por Terapia Eletroconvulsiva, Com Caracterí sticas Mistas).
Episódios Depressivos Maiores com humor irritá vel proeminente e Episódios Maní acos com
humor irritá vel proeminente podem ser difí ceis de diferenciar de Episódios Mistos. Esta
determinaç ão exige uma atenta avaliaç ão clí nica da presenç a simultânea dos sintomas
característicos tanto de um Episódio Maní aco quanto de um Episódio Depressivo Maior
completos (exceto pela duraç ão).
Transtorno de Déficit de Atenç ão / Hiperatividade e Episódio Misto são ambos caracterizados
por atividade excessiva, comportamento impulsivo, fraco julgamento e negaç ão dos problemas.
O Transtorno de Déficit de Atenç ão / Hiperatividade édiferenciado de um Episódio Misto por
sua idade caracteristicamente precoce de iní cio (isto é, antes dos 7 anos), curso crônico ao invés
de episódico, ausê ncia de iní cios e remissões relativamente claros e ausê ncia de um humor
anormalmente expansivo ou elevado ou de aspectos psicóticos. As crianç as com Transtorno de
Déficit de Atenç ão / Hiperatividade também apresentam, ocasionalmente, sintomas depressivos
tais como baixa auto-estima e tolerância à frustraç ão. Caso se satisfaç am os critérios para
ambos, o Transtorno de Déficit de Atenç ão / Hiperatividade pode ser diagnosticado, além do
Transtorno do Humor.
A. Satisfazem-se os critérios tanto para Episódio Maní acoquanto para Episódio Depressivo
Maior(exceto pela duraç ão), quase todos os dias, durante um perí
odo mí nimo de 1 semana.
C. Os sintomas não se devem aos efeitos fisiológicos diretos de uma substância (por ex., droga
de abuso, medicamento ou outro tratamento) ou de uma condiç ão médica geral (por ex.,
hipertiroidismo).
Nota: Episódios tipo mistos causados por um tratamento antidepressivo somá tico (por ex.,
medicamento, terapia eletroconvulsiva, fototerapia) não devem contar para um diagnóstico de
Transtorno Bipolar I.
Episódio Hipomaní
aco
Curso
Um Episódio Hipomaní aco tipicamente inicia com um rá pido aumento dos sintomas dentro de
um ou dois dias. Os episódios podem durar vá rias semanas a meses e em geral tê m um iní
cio
mais abrupto e são mais breves do que os Episódios Depressivos Maiores. Em muitos casos, o
Episódio Hipomaní aco pode ser precedido ou seguido por um Episódio Depressivo Maior.
Estudos sugerem que 5 a 15% dos indiví duos com hipomania acabam desenvolvendo um
Episódio Maní aco.
Diagnóstico Diferencial
Um Episódio Hipomaní aco deve ser diferenciado de um Transtorno do Humor Devido a uma
Condiç ão Médica Geral. O diagnóstico éde Transtorno do Humor Devido a uma Condiç ão
Médica Geral se a perturbaç ão do humor éconsiderada a conseqü ê ncia fisiológica direta de uma
condiç ão médica geral especí fica (por ex., esclerose múltipla, tumor cerebral, síndrome de
Cushing). Esta determinaç ão fundamenta-se na história, achados laboratoriais ou exame fí sico.
Se o clínico julgar que os sintomas hipomaní acos não são a conseqü ê ncia fisiológica direta da
condiç ão médica geral, então o Transtorno de Humor primá rio éregistrado no Eixo I (por ex.,
Transtorno Bipolar I) e a condiç ão médica geral, no Eixo III (por ex., infarto do miocá rdio).
Um Transtorno do Humor Induzido por Substância édiferenciado de um Episódio Hipomaní aco
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Transtornos do Humor - DSM.IV (2) Pá gina 10
pelo fato de que uma substância (por ex., droga de abuso, medicamento ou exposiç ão a uma
toxina) está etiologicamente relacionada à perturbaç ão do humor. Sintomas como os que são
vistos em um Episódio Hipomaní aco podem ser precipitados por uma droga de abuso (por ex.,
os sintomas hipomaní acos que ocorrem apenas no contexto da intoxicaç ão com cocaí na são
diagnosticados como Transtorno do Humor Induzido por Cocaí na, Com Caracterí sticas
Maní acas, Com Iní cio Durante Intoxicaç ão). Sintomas como os que são vistos em um Episódio
Hipomaní aco também podem ser precipitados por um tratamento antidepressivo tal como
medicamentos, terapia eletroconvulsiva ou fototerapia. Estes episódios também são
diagnosticados como Transtornos do Humor Induzidos por Substâncias (por ex., Transtorno do
Humor Induzido por Amitriptilina, Com Caracterí sticas Maní acas; Transtorno do Humor
Induzido por Terapia Eletroconvulsiva, Com Caracterí sticas Maníacas).
Os Episódios Maní acos devem ser distinguidos dos Episódios Hipomaní acos. Embora
Episódios Maní acos e Episódios Hipomaní acos tenham idê nticas listas de sintomas
característicos, a perturbaç ão do humor nos Episódios Hipomaní acos não ésuficientemente
severa para causar prejuí zo acentuado no funcionamento social ou ocupacional ou para exigir a
hospitalizaç ão. Alguns Episódios Hipomaní acos podem evoluir para Episódios Maní acos.
O Transtorno de Déficit de Atenç ão / Hiperatividade e Episódio Hipomaní aco são
caracterizados por atividade excessiva, comportamento impulsivo, fraco julgamento e negaç ão
dos problemas. O Transtorno de Déficit de Atenç ão / Hiperatividade distingue-se de um
Episódio Hipomaní aco pelo início caracteristicamente precoce (isto é, antes dos 7 anos), curso
crônico ao invés de episódico, ausê ncia de iní cios e remissões relativamente ní tidos e ausê ncia
de um humor anormalmente expansivo ou elevado.
Um Episódio Hipomaní aco deve ser diferenciado da eutimia, particularmente em indiví duos
cronicamente deprimidos que não estão acostumados à experiê ncia de um estado de humor não-
deprimido.
A. Um perí odo distinto de humor persistentemente elevado, expansivo ou irritá vel, durando
todo o tempo ao longo de pelo menos 4 dias, nitidamente diferente do humor habitual não-
deprimido.
B. Durante o perí odo da perturbaç ão do humor, trê s (ou mais) dos seguintes sintomas
persistiram (quatro se o humor éapenas irritá vel) e estiveram presentes em um grau
significativo:
C. O episódio está associado com uma inequí voca alteraç ão no funcionamento, que não é
caracterí
stica da pessoa quando assintomá tica.
F. Os sintomas não se devem aos efeitos fisiológicos diretos de uma substância (por ex., droga
de abuso, medicamento, ou outro tratamento) ou de uma condiç ão médica geral (por ex.,
hipertiroidismo).
Nota: Os episódios tipo hipomaní acos nitidamente causados por um tratamento antidepressivo
somá tico (por ex., medicamentos, terapia eletroconvulsiva e fototerapia) não devem contar para
um diagnóstico de Transtorno Bipolar II..