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APRENDIZAGEM E MEMÓRIA

Teste de autoconhecimento
Aprendizagem e memória

Conheça um pouco melhor o seu método de aprendizagem. Com toda a sinceridade,


atribua 1 a 4 pontos a cada uma das seguintes afirmações, tendo em conta o que habi-
tualmente faz:
1 = (quase) nunca; 2 = algumas vezes; 3 = muitas vezes; 4 - sempre.

Utilizo técnicas pessoais para memorizar.


Memorizo os factos ou as ideias só depois de tentar compreender o seu sig-
nificado.
Identifico, com facilidade, a ideia central de um tema de estudo.
Procuro ter a visão global de um tema, mesmo quando o estudo: por par-
tes.
Estabeleço a ligação das novas aprendizagens com os meus conhe-
cimentos anteriores.
Resolvo os exercícios apresentados pelos manuais, para verificar se domino
a matéria.
Realizo provas de treino, por livre iniciativa, antes das avaliações feitas pelos
professores.
Reconheço que a auto-avaliação pode ajudar a identificar falhas de
aprendizagem.
Faço revisões da matéria, para combater o esquecimento.
Total de pontos

O resultado do teste, apesar de não oferecer rigor absoluto, é um sinal de orientação.


- Até 12 pontos: sinal vermelho. Perigo de insucesso. Precisa de corrigir o seu
método de aprendizagem.
- Entre 13 e 24 pontos: sinal amarelo. Tenha cuidado com os hábitos que
podem travar o seu sucesso.
- A partir de 25 pontos: sinal verde. Está no bom caminho. Continue a aper-
feiçoar-se.

O método é o pai da memória.


Thomas Fuller
1. Aprendizagem
Quando chega a hora de prestar provas, alguns estudantes ficam perturbados com as
suas falhas de memória. Muitas vezes, trata-se apenas de uma questão de motivação.
Quando o aluno trabalha sem motivação, aprende pouco e esquece depressa.
Na maior parte dos casos, a memória falha por causa das deficiências na aprendizagem.
Aprendizagem e memória são inseparáveis.
Cada pessoa tem o seu próprio estilo de aprendizagem, mas um bom método de estudo
implica sempre compreender, organizar e relacionar as informações.

1.1 Compreender as informações


Há informações que um estudante precisa de memorizar (por exemplo, o alfabeto, verbos
de uma língua estrangeira, regras de gramática, expressões técnicas e fórmulas de Física
ou Matemática).
Para memorizar, existem várias técnicas. Alguns estudantes repetem os conteúdos em voz
alta. Outros fazem gravações que ouvem mecanicamente. Outros ainda inventam tru-
ques, artifícios, desenhos ou simples rimas.

Exemplo de uma conhecida rima para decorar o número de dias de cada mês:

«Trinta dias tem Novembro,


Abril, Junho e Setembro.
Com vinte e oito há só um;
Os outros têm trinta e um.»

Todas as técnicas pessoais de memorização podem resultar, mas resultam por pouco tem-
po, se não existir compreensão crítica das informações. Memorizar sem compreender é um
processo que deixa as informações "presas por alfinetes». E, por isso, muito falível. O estu-
dante que acumula conteúdos, de forma mecânica, faz um esforço inglório e desperdiça
o seu tempo. Frequentemente, baralha as ideias, sem consciência dos erros que comete.
Nas provas de avaliação, comporta-se como um papagaio, sem saber aquilo que diz.
É indispensável compreender o significado das informações que pretendemos memorizar
(adquirir, reter e recordar). A nossa memória põe de lado o que não compreende ou não
considera útil. Só as informações compreendidas ficam disponíveis para utilizar, quando for
necessário.
1.2 Organizar as ideias
Construir um edifício não é amontoar tijolos. Organizar uma biblioteca não é empilhar livros.
Aprender não é arquivar informações sem nexo no "ficheiro mental».
A capacidade de aprender e recordar aumenta quando os assuntos são bem estruturados
e fazem sentido. Memoriza-se melhor um todo organizado do que fragmentos isolados. E
por isso que os autores dos manuais se preocupam em arrumar, de forma coerente, os
conteúdos programáticos. E por isso também que os melhores alunos organizam esquemas
pessoais ou mapas de ideias com o essencial da informação que precisam de armazenar
na memória.

Uma boa organização das ideias implica duas condições básicas:

• Identificar e fixar a ideia-base, a regra ou o princípio organizador dos conteúdos. O


cérebro guarda melhor as informações arrumadas em torno da ideia principal. De pouco
vale o esforço de memorizar, se não se capta o essencial.

• Não perder de vista o todo. De vez em quando, é aconselhável dividir um tema em par-
tes para o estudar melhor, mas nunca se deve perder a ligação de cada parte com o
todo e das várias partes entre si.

1.3 Relacionar os conhecimentos


Um bom processo de aprendizagem consiste em relacionar as novas informações com
outros conhecimentos já adquiridos. Os conhecimentos bem articulados, integrados uns
nos outros, ficam mais seguros na memória. As aprendizagens novas não «voam», se forem
amarradas às mais antigas. Daí a eficácia de situar os conteúdos novos no conjunto do
que já conhecemos.
No saber, não há compartimentos fechados. O saber é um todo, tal como o corpo huma-
no é um todo. Aquilo que se aprende numa disciplina pode servir para outra. Por isso, um
estudante inteligente aproveita sempre os seus conhecimentos anteriores e a sua expe-
riência para fundamentar novas aprendizagens.

Perante uma nova informação, um estudante inteligente reflecte e relaciona:


— "Isto faz-me pensar em...»
— "Isto funciona como...»
— "Isto é semelhante a...»
— «Isto é diferente de...»
Por um efeito de transferência positiva, conhecimentos anteriores bem consolidados facili-
tam novas aprendizagens. Isto quer dizer que quanto mais sólidas forem as bases (os pri-
meiros conhecimentos), maior garantia existe de o aluno aprender de forma eficaz. Quem
tem boas bases tem maiores facilidades.

2. Auto-avaliação
Depois de estudar e antes de prestar provas, o aluno deverá controlar a sua própria
aprendizagem, confirmando, através da auto--avaliação, se compreendeu e sabe expli-
car, por suas próprias palavras, o essencial dos conteúdos. A auto-avaliação é o exame
que cada aluno faz a si mesmo, para verificar o seu nível de conhecimentos e orientar o
seu trabalho.
Existem diversos processos de auto-avaliação, cada um dos quais com as suas vantagens.

2.1 Processos
Os processos de auto-avaliação devem ser seleccionados de acordo com a natureza das
provas de avaliação que o aluno está a preparar.
Antes de uma prova oral, o aluno pode verificar o que já sabe e o que ainda ignora, res-
pondendo a perguntas feitas por um colega, familiar ou amigo. É um treino semelhante ao
de muitos políticos que, antes de serem entrevistados («examinados»!) pelos Meios de
Comunicação Social, se submetem voluntariamente a uma série de perguntas elaboradas
pelos seus assessores. Um aluno mostra que domina um assunto, quando consegue explicá-
lo a outras pessoas, com clareza e rigor, por suas próprias palavras.
Antes de uma prova escrita, o aluno deve recorrer a processos que lhe permitam verificar o
seu nível de conhecimentos e, ao mesmo tempo, desenvolver a sua capacidade de dar
respostas por escrito.

Lembremos alguns desses processos.


• Construção de um esquema ou de um resumo. O aluno pode verificar a sua aprendiza-
gem, construindo um esquema ou um resumo com os tópicos principais dos conteúdos,
sem consultar livros ou apontamentos. Depois, basta comparar o que escreveu com o
material por onde estudou. Quanto mais completo for o esquema ou o resumo, maior o
grau de segurança nos conhecimentos.
• Resolução de exercícios. O aluno garante a si próprio que já domina os conteúdos,
quando é capaz de aplicar o que sabe na resolução de problemas. Existem numerosos
exercícios (e respectivas soluções) em livros e em suporte electrónico.

• Realização de provas de treino. A realização de provas, elaboradas pelo professor para


outras turmas, permite ao aluno verificar se sabe interpretar todas as perguntas e se domi-
na os conteúdos essenciais. Na preparação de exames nacionais, é útil resolver a prova-
modelo e provas de anos anteriores que, em geral, se encontram disponíveis nos centros
de recursos das escolas ou na Internet.

• Elaboração de perguntas e respostas. Se, antes de uma avaliação, o aluno não tiver
acesso a uma prova-modelo, pode imaginar perguntas sobre os tópicos mais significativos
da matéria, tendo em conta o que o professor mais valorizou nas aulas. Escrever perguntas
e respostas é um processo eficaz para verificar os próprios conhecimentos e um «ensaio
geral» para as provas.

2.2 Vantagens
A auto-avaliação permite ao aluno tomar consciência do seu saber e da sua ignorância,
da sua competência ou da sua incompetência no domínio dos conteúdos. É uma bússola
que ajuda a orientar o estudo. Várias investigações provam que uma pessoa, quando tem
consciência do seu nível de competência, consegue uma aprendizagem mais rápida e
profunda. Quanto mais o aluno se conhecer a si próprio, melhor será o seu rendimento
escolar.

Face ao conhecimento, um aluno pode encontrar-se numa das seguintes situações:


1. Incompetência inconsciente: não sabe que não sabe.
2. Incompetência consciente: sabe que não sabe.
3. Competência inconsciente: não sabe que sabe.
4. Competência consciente: sabe que sabe.
Visualizando em esquema:

1. À incompetência inconsciente é uma situação de ignorância muito perigosa, porque o


aluno julga que sabe o que afinal ainda não sabe. Pior do que a ignorância é não ter
consciência dela.

2. A incompetência consciente é uma situação de ignorância, mas menos perigosa do


que a incompetência inconsciente, porque o aluno já sabe que não sabe. Ao identificar, a
tempo, os seus pontos fracos, o aluno pode dirigir o seu esforço para a superação das
falhas de aprendizagem, evitando surpresas desagradáveis nas provas de avaliação.

3. A competência inconsciente é uma situação de insegurança, em que o aluno não


aproveita todas as potencialidades do seu saber por não ter consciência daquilo que
sabe.
4. A competência consciente é a situação ideal. Quem sabe que sabe sente-se satisfeito,
reforçando a sua motivação para o trabalho. Ao confirmar que sabe, o aluno enfrenta as
provas de avaliação (escritas ou orais) com maior serenidade e autoconfiança.

3. Revisão
Se um estudante verificou, através de uma auto-avaliação rigorosa, que domina a infor-
mação necessária para a prova de avaliação do dia seguinte, pode dormir descansado!
Mas, se voltar a precisar da mesma informação um mês depois, ainda se lembrará? Prova-
velmente, não!
Sempre que existe um longo intervalo entre a aprendizagem inicial e as provas, podemos
ser atraiçoados com falhas de memória. A revisão dos conteúdos é o único remédio eficaz
para combater o esquecimento. Praticar é a melhor forma de não esquecer.

3.1 Causas do esquecimento


O esquecimento é um fenómeno natural que atinge todas as pessoas. «Não é um fenóme-
no negativo, um simples buraco na memória», defende Gusdorf. De facto, há informações
inúteis que vale a pena esquecer. Mas há também conteúdos fundamentais que gos-
taríamos de não esquecer e esquecemos.

Que motivos nos levam a esquecer? Será que o tempo decorrido depois da aprendizagem
deforma as lembranças como faz amarelecer as fotografias? Os investigadores da memó-
ria negam que o tempo, por si só, seja responsável pelo fenómeno do esquecimento. Atri-
buem o esquecimento essencialmente às interferências provocadas por outras actividades
e às motivações do indivíduo.

• Interferências. Todos sabemos, por experiência própria, que aquilo que se aprende em
último lugar está, em geral, mais fresco na memória. Isto significa que a aprendizagem de
novas informações pode inibir a recordação das mais antigas. Depois de uma pessoa
aprender o novo número do seu telefone, é natural que esqueça o anterior. Por vezes,
acontece o contrário. Uma pessoa pode sentir dificuldade em aprender um novo número
de telefone, por estar habituada ao anterior. Isto significa que também a recordação de
informações antigas, bem consolidadas na memória, pode interferir na aprendizagem das
novas.
• Motivações. As motivações do indivíduo (gostos, desejos, interesses) explicam alguns
esquecimentos. Os factores afectivos estão na base da aprendizagem e da memória.
Aquilo que não desperta o nosso interesse aprende-se com dificuldade e esquece-se
depressa. A memória recusa-se a trazer ao consciente assuntos indiferentes ou desagradá-
veis. Freud afirma que esquecemos aquilo que inconscientemente desejamos esquecer. «A
memória está sempre às ordens do coração», conclui Rivarol.

Um simples exemplo serve para ajudar a compreender o papel das interferências e das
motivações do indivíduo. Imagine que, numa festa, é apresentado a 10 pessoas desco-
nhecidas. Depois de ouvir o nome de todas elas, naturalmente recordará dois ou três
nomes. E que nomes conservou? Se todos os nomes lhe foram indiferentes, é provável que,
por efeito das interferências, se lembre melhor dos apresentados em último lugar. Mas, se
simpatizou com alguma pessoa em particular, recordará o seu nome por mais tempo,
independentemente do momento em que lhe foi apresentado. Pode lembrar o primeiro e
o quinto e ter esquecido o último. E o efeito das motivações do indivíduo ou dos factores
afectivos.

3.2 Formas de refrescar a memória


Não se pode confiar na memória humana como se confia na memória de um computa-
dor. A memória humana é selectiva. Guarda apenas os conhecimentos mais significativos
ou interessantes para o indivíduo, permitindo que a maior parte caia no «saco» do esque-
cimento. Mas atenção: esquecer não equivale a perder completamente aquilo que se
aprendeu. A prova está no facto de que reaprender é mais fácil e mais rápido do que
aprender pela primeira vez.
Vários investigadores, entre os quais se destaca Ebbinghaus, estudaram a velocidade do
processo de esquecimento. Concluíram que o esquecimento é mais rápido logo que ter-
mina a aprendizagem. Vai desacelerando à medida que decorre o tempo, até que
esquecemos (quase) tudo.
Para travar a velocidade do esquecimento, as revisões devem ser periódicas e adequa-
damente espaçadas. A quantidade e os intervalos dos exercícios de revisão variam con-
soante o indivíduo, a natureza da disciplina e os objectivos pretendidos.
As revisões podem realizar-se uns dias ou umas semanas depois do estudo inicial, para rea-
vivar a informação esquecida. Um conteúdo aprendido e revisto várias vezes fica mais
seguro na memória Indispensável é a revisão final, feita antes de cada prova de avalia-
ção. Mesmo os alunos que só estudam «à última hora» devem guardar algum tempo para
uma revisão geral dos conteúdos essenciais.
Síntese
Se deseja aperfeiçoar o seu método de aprendizagem

Tente compreender, antes de memorizar.


Organize o essencial da informação em esquemas pessoais.
Relacione as informações novas com outros conhecimentos já adquiridos.
Utilize processos de auto-avaliação para verificar os seus conhecimentos e
orientar o seu trabalho.
Reveja os conteúdos essenciais, antes de cada prova de avaliação.
Propostas de actividades

Classifica como Verdadeira (V) ou Falsa (F) cada uma das seguintes
afirmações:

1. Aprendizagem e memória são inseparáveis.


2. A memorização facilita a compreensão das ideias.
3. A elaboração de esquemas ajuda a organizar os conhecimentos.
4. Aprender implica saber relacionar os conhecimentos.
5. A auto-avaliação deve ser realizada apenas depois das provas de avaliação.
6. A auto-avaliação pode reforçar a motivação para o trabalho.
7. O esquecimento é uma doença da memória.
8. As novas aprendizagens podem inibir a recordação das mais antigas.
9. As motivações do indivíduo explicam todos os esquecimentos.
10. A memória humana é selectiva.

Indica qual das seguintes situações face ao conhecimento é a mais dese-


jável e justifique a sua opção:
- Incompetência inconsciente.
- Incompetência consciente.
- Competência inconsciente.
- Competência consciente.
Lê, uma vez, as 20 palavras que constam da LISTA A. Sem olhar para a lista,
tenta escrever, por ordem, todas as palavras, numa folha de papel. Em seguida, procede
do mesmo modo com a LISTA B.

LISTA
Alimentação Vestuário Cores Computadores

Água Calças Azul Disco

Arroz Camisa Castanho Impressora

Carne Casaco Roxo Monitor

Peixe Gravata Preto Rato

Sumo Saia Verde Teclado

LISTA
1 2 3 4
Verde Azul Monitor Roxo
Disco Casaco Peixe Teclado
Sumo Arroz Camisa Carne

Calças Gravata Preto Castanho

Rato Impressora Saia Água

Compara os resultados. Que aconteceu?


Apesar de se tratar das mesmas palavras nas duas listas, certamente recordaste mais
facilmente a LISTA A, devido à sua organização temática e alfabética.
Quanto mais organizadas estão as informações, mais fácil se torna a sua recordação.
Soluções:
1.
V = 1, 3, 4, 6, 8, 10
F = 2, 5, 7, 9

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