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1 – CARACTERIZAÇÃO
O DDEE A
LOCALIZAÇÃO
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As ALDEIAS DE XISTO da Serra da Lousã, situam-se na área compreendida entre as
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coordenadas 19.0 e 19.5 Este e 34.5 a 35 Norte. A altitude máxima é de 1202 do Castelo
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no Trevim, encontrando-se as aldeias entre 700 e os 820 metros de altitude. A
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orientação da Serra é na direcção Norte - Nordeste e Sul – Sudoeste, confinando a Norte
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com o profundo Vale do Ceira, que a separa de S. Pedro de Açor e a Sul pelo Rio Zêzere. A
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ponta final da cordilheira central que atravessa quase toda a Península Ibérica, acabando no
Pico do Espinhal.
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INSERÇÃO NA SERRA DA LOUSÃ
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A descoberta da Serra da Lousã encerra em si o abrir de espaços múltiplos. Visões largas e
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abertas contrapostas com espaços acanhados e estreitos perpetuados no tempo,
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emergindo da pedra, sem história escrita. Lugares de Montanha que se sucedem junto a
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estradas que serpenteiam as suas encostas e Vales profundos. Na Primavera o amarelo
electrizante das giestas entra em sintonia com o dourado do sol em Cabeços
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arredondados e caules.
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Manchas de verde claro dos castanheiros na imensidão de tom escuro da vegetação, os
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roxos violetas e azuis, sucedem-se no panorama total de céu azul que proporciona
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sensações de especialidade ilimitada.
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As ALDEIAS DE XISTO têm uma identidade própria que tem como espaço produtor a
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Serra da Lousã, com grande densidade de relações dentro do conjunto, onde se
encerram tanto a socialização da criança como as actividades produtivas dos adultos.
A
Outro factor de identidade tem a ver com as práticas religiosas em que, não havia
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deslocação dos habitantes para fora do Núcleo deste grupo de aldeias para outras que
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não fossem as Festas Religiosas dos respectivos lugares.
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GEOLOGIA
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pelo material de que é formada esta parte Oeste da Serra da Lousã. Terra de Xisto, de
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durante milhões de anos pelas pequenas ribeiras da Serra, pelas chuvas e pelos ventos,
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Esta origem comum da parte Oeste da Serra da Lousã vai definir os contornos propondo
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um relevo arredondado e escalvado, influindo no património construído. O Xisto com a
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altura toma uma cor cinzenta acastanhada acentuadamente micácio e ferruginoso.
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FLORA E FAUNA
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A FAUNA não seria abundante, encontrando-se provavelmente o cervo, o lobo, a
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raposa, o javali, a águia e alguma caça. Actualmente essas espécies cinegéticas estão
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praticamente extintas salvo raras excepções apontando-se o javali e a raposa , como os
mais resistentes.
A
Recentemente tem-se vindo a fazer a reposição de algumas espécies em extinção
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nomeadamente de veados e coelhos bravos, pelo que é usual encontrar alguns animais
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de rapina, caso da águia e do milhafre.
Quanto á FLORA , ainda encontramos castanheiros, o velho carvalho lusitano e o
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sobreiro, grandes manchas de pinhal, eucalipto e acácia.
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IDENTIDADE E CULTURA
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A Serra da Lousã tem , como se referiu uma identidade própria.
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Os mais importantes centros teriam sido o Stº António da Neve e a Catraia da Tia
Joaquina ou simplesmente Catraia. O Stº António da Neve era tido como a Assembleia
A
dos Povoados da Serra, já que nas festas aí efectuadas se discutiam de forma mais ou
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O Centro mais importante terá sido a Catraia da Ti Joaquina. A Catraia, como hoje é
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Era um ponto obrigatório de passagem de almocreves, de gado, de tecidos e artigos de lã
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vindos do outro lado da Serra, era o local onde se fazia a tosquia colectiva e o seu leilão,
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servindo ainda de alojamento e diversão para os pastores.
Do ponto de vista das práticas religiosas a Ermida da Sr.ª da Piedade seria o elo de ligação
A
com o Vale, a meio caminho entre este e a Serra. Neste contexto é de referir que de
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entre os nove lugares havia sub-grupos de três com festa comum e baile separado se o
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lugar tivesse gente para tal. Esta trilogia, segundo alguns está ligada á ideia da Stª
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Trindade. Assim a Capela do Catarredor incluía os lugares do Candal e Vaqueirinho; a
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Capela das Silveiras incluía as Silveiras (de Baixo e de Cima) e a Cerdeira; Finalmente a
Capela do Chiqueiro incluía os lugares de Talasnal e Casal Novo. De referir que a Capela
A
do Chiqueiro tinha Pároco residente.
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As práticas religiosas eram simples e pouco extensivas fortemente marcadas por uma
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individualização condicionada pelo próprio espaço físico. Nesses lugares existia uma
forte abstenção de experiência comunitária, não se encontrando nem fornos, nem
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lavadouros de uso comum, sendo apenas e excepcionalmente em alguns casos a eira ou
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eventualmente o moinho, que eram usados colectivamente.
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PORTA FORNO
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HISTÓRIA
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Não existem, até à data, vestígios de nenhum achado arqueológico que nos leve a crer
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estarmos perante um assentamento de origem castrense. Esta hipótese era pouco
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provável, dadas as condições de habitabilidade destes lugares, traduzidas em escassez de
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terra e géneros alimentícios dado que não permitiam uma produção de alimentos capaz
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de assegurar uma vivência efectiva e permanente.
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A fixação da população teve início por volta do Século XVIII, no período de
consolidação pós-descobertas, em que se verifica a introdução progressiva e lenta de
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novos géneros alimentares, nomeadamente o milho grosso ou maíz, a batata e o feijão,
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o que conduziu á intensificação da cultura de regadio. Estes novos alimentos
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proporcionam uma maior produção e consequentemente um maior e melhor suporte
alimentar.
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As culturas até então praticadas era do centeio e algumas de sequeiro, pelo que as
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populações se alimentavam de castanhas, alguma carne e centeio.
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Os principais documentos oficiais encontrados, referem os anos de 1679 e 1687, a multas
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lançadas pela Câmara e a um registo de propriedade forreira.
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O despovoamento das aldeias tem inicio nos anos 40 com a emigração, primeiro para
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estava limitada por falta da componente comercial que as circunstâncias de então não
favoreciam.
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O rebanho tinha para a família a sua expressão de riqueza, sendo como um cofre, porque
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no rebanho estavam empregues as poucas ou míseras economias que juntavam.
Este quadro levou a que os habitantes, primeiro imigrassem sasonalmente para o
A
Alentejo e Ribatejo e mais tarde para Lisboa, a partir de 1890. Em Lisboa, especialmente
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no seu porto, onde trabalham na estiva, ouvem falar do Brasil e da América, passando
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desde logo a imaginar o ideal para si e para a sua.
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A emigração para o Brasil e para a América começa a progredir, criando-se
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inclusivamente uma “ponte” com ligações muito fortes entre o Brasil e a Serra.
Fazendo uma leitura do registo de população e tendo em conta que o primeiro censo
A
seja de 1911, vê-se que as aldeias da Serra tiveram um aumento da população até 1940.
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Tudo indica que em 1940 se atingiu o maior número de residentes, havendo
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posteriormente uma descida drástica da população, referindo que o censo de 1981 regista
para a Cerdeira, Vaqueirinho e Casal Novo, como lugares desertos, sendo irrisórios os
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números apontados para os outros lugares.
A
O quadro seguinte ilustra os valores segundo o recenseamento da população pelo
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Instituto Nacional de Estatísticas:
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1911 1940 1960 1970 1981 1991
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Cerdeira 75 79 51 18 0 8
Candal 129 201 100 72 19 15
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Vaqueirinho 43 46 29 20 0 16
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Chiqueiro 11 45 26 12 4 2
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Casal Novo 58 79 43 32 0 0
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MORFOLOGIA E ESTRUTURA URBANA
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As construções existentes nestes lugares mantêm características comuns a todas elas,
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com dois tipos principais de construções, sendo as primeiras em pedra de xisto solto
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simplesmente apoiada e com coberturas em colmo, e xisto como piso, das quais já não
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existem exemplares em condições de uso, nem mantendo as características
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arquitectónicas iniciais.
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Estas construções eram destinadas ao animais, funcionando como currais. O outro tipo
de construção era destinado á habitação dos pastores, sendo o primeiro andar de uma
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única divisão com forno de pão a um canto e o rés do chão destinado a curral ou
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armazém agrícola. A cobertura era em lajetas de xisto e colmo, sendo posteriormente
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substituídas por telha de canudo e beirados de lajetas de xisto, os quais chegaram mais ou
menos adulteradas até aos nossos dias. As pedras de xisto, eram ligadas com massa de
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argila e palha de forma a criar uma maior segurança e estabilidade.
A
A estrutura das construções era feita de madeira de castanho ou pinho, sendo a
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cobertura em barrotes, recobertos por colmo e xisto como se referiu.
AN
O soalho do primeiro andar era assente em barrotes de madeira, sendo a parte inferior o
NO
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tecto da divisão do rés do chão.
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O acesso ao piso superior era normalmente feito por escadas em xisto de espelho de
grande altura. Em alguns casos, a entrada para o primeiro andar é feita de nível com o
A
Os materiais empregues nas construções eram o xisto e a madeira, visto não haver neste
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Utilizavam madeira, nas dobradiças de portas e portões que funcionavam como eixo, bem
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como nas portas das janelas, as quais abriam para dentro de par em par.
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Estas aberturas não eram dotadas de segundas janelas com vidros, funcionando pois a
janela interior como peça de climatização e de obscurecimento do interior.
A
Como se referiu os telhados de colmo foram substituídos por telha de canudo com
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beirados em xisto, mantendo-se esse aspecto até aos nossos dias, com a inclusão de uma
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segunda janela com vidros de forma quadrangular.
O DDEE A
Para a recuperação das construções serão tidos em conta os seguintes parâmetros:
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- Manutenção das características arquitectónicas iniciais, não esquecendo contudo as
necessidades actuais;
A
- Manutenção de janelas com vidros e telhados em telha de canudo por ser
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impossível recriar o ambiente primitivo;
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O DDEE A
- Manter os métodos de construção utilizados na recuperação das habitações com
parede em xisto, com massa de ligação ficando o cutelo á vista;
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- Janelas e portas com as características iniciais;
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- Tornar como área habitável o rés do chão, sempre que possível;
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ESTRUTURA EDIFICADA, CÉRCEAS E USOS
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Analisando as plantas dos aglomerados e os levantamentos das habitações, constatamos
que a norma aplicada nas construções era de dois pisos sendo o piso superior uma
A
aquisição recente que em alguns casos era compartimentada por finas tábuas que
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separavam o pequeno quarto de dormir da cozinha.
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As cérceas predominantes não iam além de 4 a 5 metros em virtude da inclinação
acentuada dos terrenos permitir construir no desnível o chamado curral ou loja.
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As construções dispunham-se ao longo dos estreitos arruamentos aproveitando a
A
exposição solar, as condições dos socalcos e o espantoso elo de ligação entre a geologia
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das serras xistosas e a cobertura vegetal dominante.
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As construções em banda são uma das características dos aglomerados da Serra da Lousã,
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tanto mais que era usual a utilização das chamadas paredes meeiras.
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O uso inicial das edificações era como se referiu destinado a palheiros e currais, vindo a
ser utilizados muito mais tarde como habitações dos pastores e dos carvoeiros.
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ENVOLVENTE PAISAGÍSTICA
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As ALDEIAS DE XISTO desenvolveram-se tendo como base o refúgio dos pastores e o
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abrigo dos rebanhos, sendo por isso destinadas á agricultura de subsistência e a áreas de
pastagem para os rebanhos. Com a saída das populações a partir dos anos 40 assistiu-se a
A
uma mudança da paisagem, face ao abandono das terras e á ausência dos rebanhos pelo
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Nos aglomerados, o brotar espontâneo das espécies arbóreas com crescimento sem
qualquer nexo ou função, criou um aspecto de abandono total.
ALLDDEEIIA
das áreas envolventes aos lugares, e o tratamento das designadas áreas urbanas, com a
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limpeza de matos e a plantação de espécies conducentes com a realidade da Serra da
Lousã.
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INFRAESTRURAS EXISTENTES
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Actualmente todas as aldeias têm um rudimentar sistema Abastecimento de Água, com
NO
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captações precárias e pequenos tanques ou reservatórios. O Abastecimento de Água ao
domicilio feito na época de 70, foi construído pelos novos proprietários com a
ALLDDEEIIA
colaboração da Câmara Municipal a partir de um ou outro fontanário existente.
A
Não há Rede de Esgotos em qualquer das aldeias, já que não existiam casas de banho ou
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retretes, quando muito um buraco quadrado no soalho que dava para as lojas ou currais.
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Os Arruamentos dentro dos lugares são em terra batida, havendo nos locais de maior
O DDEE A
declive degraus com espelhos em lousa, aparecendo nos finais do anos 70 em algumas
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aldeias pavimentos em xisto com juntas refechadas a cimento que deverão ser
substituídos com a intervenção que se propõe.
A
Com a excepção do Lugar da Cerdeira, todos os outros Lugares têm energia eléctrica
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colocada nos finais dos anos 70.
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Os Caminhos de ligação da Vila às Aldeias formam um circuito que interessam melhorar
O DDEE A
e que presentemente se encontra em macadame ou em terra batida.
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Aldeias como espaço habitacional para quem queira ter uma qualidade de vida no espaço
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rural.
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RITUAIS
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Os Serranos como eram designados os habitantes das Aldeias da Serra, só participavam
nos festejos, que não se realizavam na Vila, mas sim a meio caminho entre a Montanha e
A
a Vila, no Santuário da Sr.ª da Piedade. Os Serranos não se incorporavam na procissão
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que percorria as ruas da Vila aguardando que a Santa voltasse á igreja, só depois descendo
NO
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á Vila, e em procissão traziam a Santa de volta ao Santuário da Srª da Piedade. Este ritual
simbolizava a diferença entre os Serranos e os habitantes da Vila, sendo o Santuário o
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limite entre a Serra e o Vale.
A
Os próprios mortos eram transportados apenas por quatro homens serra abaixo, por
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caminhos inclinados e difíceis, sem acompanhamento da família, até ao cemitério da
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Vila, onde eram deixados sem se aguardar pelo Padre ou o enterro.
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A influência do meio serrano é de tal modo marcante e determinante na cultura destas
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comunidades que se reflectia desde as casas ao modo de vida.
A
O DRAMA
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O drama em que se tornou a vida dos povos Serranos resulta de motivações complexas.
O DDEE A
Uma das causas, talvez a maior, teria sido a degradação crescente das pastagens que se
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construíssem os socalcos para consolidação das terras e maneio das águas e rega. A
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fossem tumbas, os muros esbarrondados e o solo ravinado pelas águas das tempestades.
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Outro dos dramas foi a Doença da Tinta que atacou os majestosos soutos de
castanheiros que forneciam a castanha como alimento básico, fundamental para os
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Serranos e os seus porcos. Esta doença representou um prejuízo enorme.
Para concluir, o que ficou na Serra foi a Urze, ou melhor a Torga, planta espontânea
A
com a qual os Serranos preparavam o carvão. E o carvão foi a última esperança oferecida
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pela Serra exausta aos seus habitantes. Os Serranos queimaram a Torga e com ela,
NO
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dramaticamente as raízes que os prendiam á Serra onde nasceram, abandonaram-na e até
agora nenhum voltou.
ALLDDEEIIA
Curiosamente essas aldeias enchem-se de gente na altura da respectiva festa, em que
A
muitos dos seus antigos habitante e seus descendentes regressam ás origens que apesar de
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tudo são a marca mais forte da sua identidade; Durante dois dias falam, comem, bebem,
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dançam e de vez em quando olham para o meio que os rodeia e dizem:
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“É TERRA QUE JÁ FOI TERRA”.
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2 – FUNDAMENTAÇÃO DA INTERVENÇÃO
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Como se referiu as Aldeias de Xisto fazem parte de um conjunto com uma forte
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homogeneidade, geográficamente tão próximas , que podemos considerá-las como um
NO
O DDEE A
único núcleo.
A Câmara Municipal ao apresentar os “Planos de Aldeias” pretende criar documentos
ALLDDEEIIA
que permitam uma intervenção real, nas áreas de preservação e recuperação dos lugares e
A
zonas envolventes, criando as condições para que a memória dos Serranos, seja
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relembrada, sem nunca esquecer o equilíbrio ecológico, bem como a herança cultural
ANNO
que as Aldeias de Xisto encerram.
O DDEE A
Os estudos realizados tiveram como base o seguinte:
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- Preservação das características Arquitectónicas dos lugares;
- Levantamento dos edifícios existentes e sua recuperação;
A
- Preservação da Fauna e Flora locais;
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- Criação e Reforço das Infraestruturas Básicas, nomeadamente água, esgotos e
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electricidade;
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- Pavimentação das estradas existentes entre Aldeias e eventual construção de
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- Castelo da Lousã
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- Neveiros de Stº António da Neve
- Catraia da Ti Joaquina;
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- Casa dos Cantoneiros
- Infra-estruturas de apoio, nomeadamente parques de merendas, mirantes,
A
miradouros e Parque de Apoio ao Campista;
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As Aldeias de Xisto como elemento fundamental na estrutura orgânica do Ecomuseu da
NO
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Serra da Lousã, em todas as suas vertentes.
Estes são os objectivos fundamentais que a Câmara Municipal pretende atingir para que a
ALLDDEEIIA
recuperação deste valioso património Concelhio e da Humanidade seja preservado.
A
As propostas de intervenção basearam-se em:
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- Na identidade cultural das Aldeias de Xisto como um elemento forte que
ANNO
devemos honrar e respeitar , pelo que é nossa intenção manter o princípio
O DDEE A
religioso da Trilogia da Santíssima Trindade ao propor Planos de Aldeia
ALLDDEEIIA
individuais que englobem uma intervenção em sub-grupos assim definidos:
- Sub-grupo da Cerdeira e (Silveiras de Baixo e de Cima);
A
- Sub-grupo do Catarredor, Candal e Vaqueirinho;
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- Sub-grupo do Chiqueiro, Casal Novo e Talasnal;
ANNO
ou seja ao pretender-mos analisar e estudar aldeia a aldeia, entendemos obter uma
O DDEE A
mais valia de conhecimentos e soluções que foram agrupadas em termos de execução
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de custos.
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CERDEIRA
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DA
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PLANTA
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ALDEIA DA CERDEIRA
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3- PROPOSTA DE INTERVENÇÃO
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ANÁLISE ARQUITECTÓNICA
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As construções existentes nos lugares, mantêm características comum a todas elas,
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nomeadamente dois tipos de construções que são em pedra de xisto solto,
ANNO
simplesmente apoiada e com cobertura em colmo e xisto normalmente com um piso,
O DDEE A
das quais não existem praticamente exemplares em condições de uso.
ALLDDEEIIA
Pretendemos recuperar as construções tanto quanto possível dentro das características
arquitectónicas iniciais, não esquecendo contudo as necessidades actuais, tendo em
A
conta o número de pisos e as dimensões exíguas de cada construção.
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MÉTODO DE RECUPERAÇÃO
O DDEE A
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Como método de recuperação, optamos por manter as características existentes na
maioria das construções, e que são paredes em xisto com massa na sua ligação, ficando
A
o cutelo à vista.
PPLLA
AN
A Cobertura será constituída por barrotes de madeira com telha de canudo e beirado
NO
O DDEE A
em xisto.
O Soalho assenta em barrotes de madeira, ficando estes á vista no piso inferior.
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As Janelas e Portas manterão as características actuais, visto ser impensável e
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dispendioso recriar o ambiente primitivo.
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Face á pequena dimensão das construções, e ás necessidades de alojar uma família
NO
O DDEE A
optou-se por ocupar com áreas habitacionais o r/chão, sempre que isso seja possível,
criando-se assim aberturas no r/chão, que não prejudicam a leitura do conjunto.
ALLDDEEIIA
PORMENORES CONSTRUTIVOS
A
A análise estrutural deverá ser encetada de uma forma cuidada, procurando-se a
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melhoria das condições de segurança das construções, respeitando sempre a
NO
O DDEE A
“personalidade” própria deste tipo de construções.
O esquema construtivo existente é constituído por paredes resistentes em alvenaria de
ALLDDEEIIA
pedra de xisto, bem executadas. Os pequenos vãos de portas e janelas são assegurados
A
pela interposição na alvenaria de pedra de xisto, de peças de madeira de castanho, ao
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nível das vergas.
ANNO
Os Telhados são de madeira, geralmente castanho, dando frequentes soluções
O DDEE A
estruturais, curiosas e funcionais. O Revestimento dos telhados é em telha “Serrana”
ALLDDEEIIA
de barro vermelho que era completado por pedras regularmente assentes, que
solidarizam o conjunto, evitando o levantamento da telha, e por um beirado em A
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- a casa com as paredes em bom estado de conservação;
A
- a casa com as paredes em ruína total.
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AN
Para o primeiro caso preconiza-se que a recuperação deverá contemplar a execução de
NO
O DDEE A
um lintel de solidarização e travamento perfeitamente simulado pelas características
tradicionais de construção. No segundo caso optou-se por criar sobre a fundação de
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pedra existente, um lintel onde nascerá uma nova parede construída tendo em conta
A
as técnicas de construção de aplicação de xisto assente com barro e palha.
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Os critérios de recuperação sugeridos são compatíveis com as características
AN
construtivas tradicionais, ficando assegurada a perfeita integração de todos os
NO
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elementos construtivos.
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NO ALLDDEEIIA
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DOS EDIFICIOS PARTICULARES
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Feito o levantamento da aldeia, foi criada uma ficha para cada imóvel que caracteriza
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O DDEE A
de maneira precisa o estado actual da construção, sua propriedade e tipo de
intervenção, o valor arquitectónico e a terapêutica a utilizar. Actualmente existem
ALLDDEEIIA
sessenta e quatro imóveis cujas fichas de avaliação em anexo permitem avaliar e
A
determinar os custos, nomeadamente em recuperação de fachadas e coberturas.
PPLLA
A nossa proposta, tendo em conta a dificuldade e a complexidade de determinar com
AN
rigor todos os proprietários dos imóveis, bem como da disponibilidade ou
NO
O DDEE A
não em estes procederem ás obras de recuperação, é de a Câmara Municipal assegurar
os custos relativos á parte não elegível no que respeita unicamente á reparação de
ALLDDEEIIA
fachadas e coberturas. Entendemos que esse esforço que a Câmara Municipal vai
A
suportar é insignificante fase ao valor cultural e patrimonial das ALDEIAS DA SERRA
PPLLA
da Lousã.
AN
PPLLA
ANNO
O DDEE A
NO ALLDDEEIIA
O DDEE A A
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A
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O DDEE A
ALLDDEEIIA
INFRAESTRUTURAS
PPLLA
AN A
A aldeia não possui qualquer tipo de infraestrutura, nomeadamente Abastecimento
NO
O DDEE A
Público de Água, Rede de Águas Residuais, Rede de Águas Pluviais, Rede de
Abastecimento Eléctrico e Iluminação Pública, Rede Telefónica, Tanque para
ALLDDEEIIA
Combate de Fogos Florestais e principalmente acesso á Aldeia com uma eventual
A
saída a Sul, que possa permitir em caso de incêndio uma saída alternativa ao caminho
PPLLA
actual.
ANNO
O DDEE A
Rede de Águas
ALLDDEEIIA
A Rede de Abastecimento de Água vital dentro do Plano de Recuperação da Aldeia da
Cerdeira.
A
A água é um recurso abundante e de qualidade constituindo um factor importante
PPLLA
para
ANNO
O DDEE A
A afixação da população e como elemento fundamental para a criação de estruturas
ALLDDEEIIA
para a dinamização da aldeia. A solução proposta sob o ponto de vista funcional,
caracteriza- A
Rede
NO
O DDEE A
C Â M A R A M U N I C I P A L D E L O U S Ã
PPLLA
ANNO
A L D E I A S D E X I S T O
O DDEE A
ALLDDEEIIA
Dadas as características do terreno, e face ao perfil dos arruamentos e ao modo de
A
construção optamos por uma vala de dimensões reduzidas visto que os afloramentos
PPLLA
AN
rochosos estão quase á superfície.
NO
O DDEE A
Esta solução não compromete as condições de carga sobre a tubagem dado que os
arruamentos terão utilização pedonal, não havendo cargas elevadas que possam atingir
ALLDDEEIIA
a tubagem.
A
Como solução comum a todas as infraestruturas optaremos por colocar no eixo do
PPLLA
arruamento um berço pré-fabricado em betão com cobertura em lajetas de xisto, de
ANNO
modo a facilitar futuras ligações ou reparações.
O DDEE A
Dentro da Aldeia serão colocados marcos de bocas de incêndio bem como descargas
ALLDDEEIIA
que permitam a limpeza da rede.
PPLLA
AN
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ANNO
O DDEE A
NO
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O DDEE A
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Rede de Águas Residuais
A
Uma das necessidades mais imperiosas e importantes no projecto de recuperação das
PPLLA
AN
Aldeias da Serra é a Rede de Águas Residuais, porque permitirá uma melhoria
NO
O DDEE A
substancial do ambiente, nomeadamente das nascentes e das linhas de água.
Os efluentes serão lançados numa fibroetar a ser instalada na parte mais baixa do lugar
ALLDDEEIIA
sendo posteriormente lançado o afluente numa pequena linha de água que atravessa o
A
lugar.
PPLLA
A Rede será constituída por tubagens executadas em PVC com o diâmetro nominal de
ANNO
200mm para uma pressão de serviço de 6Kg/cm2 instalada como se referiu no “berço
O DDEE A
de infraestruturas”.
ALLDDEEIIA
O funcionamento dos colectores será feito por gravidade, sendo instaladas câmaras de
visita de planta rectangular com tampa e aro em ferro fundido.
A
Os ramais domiciliários serão construídos com tubagem em PVC com o diâmetro
PPLLA
nominal de 125mm, com caixa de ligação com tampa e aro em ferro fundido,
ANNO
quadrada, com as dimensões de 0,40x0,40m.
PPLLA
AN O DDEE A
NO ALLDDEEIIA
O DDEE A A
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A
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O DDEE A
ALLDDEEIIA
Rede de Águas Pluviais
A
O escoamento das águas pluviais do lugar, será feito através de valetas construídas em
PPLLA
AN
ambos os lados dos arruamentos, com acabamento final de pavimento de xisto
NO
O DDEE A
aplicado ao cutelo, sendo de quando em quando lançadas em aquedutos para as linhas
de água existentes no lugar.
ALLDDEEIIA
A solução preconizada é de fácil execução e não comporta custos elevados, já que,
A
como se referiu a dureza do terreno não permite a colocação de colectores.
Rede de Abastecimento Eléctrico e Iluminação Pública
PPLLA
AN
A aldeia da Cerdeira não possui, como se referiu, Rede de Abastecimento Eléctrico e
NO
O DDEE A
Iluminação Pública, pelo que é um projecto da responsabilidade da CENEL, tendo a
Câmara Municipal solicitado a sua elaboração e orçamento.
ALLDDEEIIA
Julgamos contudo que a solução a adoptar deverá ter em conta os elevados custos de
A
uma rede subterrânea com o consequente problema das baixadas de alimentação das
PPLLA
casas e de iluminação pública, pelo que julgamos vantajoso o estudo de uma rede
ANNO
aérea com a adopção de armaduras do tipo foco, que não firam o ambiente e
O DDEE A
existentes em algumas aldeias do concelho. No entanto a solução definitiva
ALLDDEEIIA
dependerá dos custos que serão apresentados pela CENEL.
A
Rede Telefónica
PPLLA
da Lousã.
ALLDDEEIIA
A
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ANNO
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O DDEE A
ALLDDEEIIA
A
Tanque para Combate de Fogos Florestais
PPLLA
AN
Estando a Aldeia da Cerdeira situada em zona Florestal, julgamos pertinente e
NO
O DDEE A
necessário construir em sítio acessível um tanque de 100m3, construído em betão
armando enterrado em local de fácil acesso ás viaturas do Bombeiros e se possível aos
ALLDDEEIIA
meios aéreos.
PPLLA A
Rede Viária
AN
A rede viária é fundamental para o projecto global das Aldeias de Xisto da Serra da
NO
O DDEE A
Lousã sendo fulcral para a recuperação da Aldeia da Cerdeira.
Sem uma rede viária que garanta a interligação das várias aldeias não será possível
ALLDDEEIIA
tornar eficaz a proposta de recuperação das ALDEIAS DE XISTO, porque só uma rede
A
viária em condições permite que os residentes, os visitantes e os potenciais utilizadores
PPLLA
possam usufruir da qualidade, do bem estar e do prazer das aldeias.
ANNO
Propomos dois tipos de intervenção fundamentais ao nível da estrutura viária:
O DDEE A
- Recuperação dos arruamentos internos das aldeias, em pedra de xisto assente
ALLDDEEIIA
ao cutelo;
- Recuperação das estradas inter-aldeias e de ligação à Vila da Lousã, e A
C Â M A R A M U N I C I P A L D E L O U S Ã
PPLLA
ANNO
A L D E I A S D E X I S T O
O DDEE A
ALLDDEEIIA
A partir da EN 236, mais ou menos ao 17+500 Km, será pavimentado o caminho de
A
acesso á aldeia numa extensão aproximada de 1.500m.
PPLLA
AN
A faixa de rodagem, face ao perfil existente e as características de estrada de montanha
NO
O DDEE A
terá a largura de 4m incluindo uma valeta de perfil espraiado a ser colocada do lado
esquerdo no sentido ascendente.
ALLDDEEIIA
Será executada uma base em tout-venant com 0,15m de espessura depois de regado
A
e compactado e betão betuminoso de inertes graníticos a quente com 0,06m de
PPLLA
espessura, incluindo rega e cilindramento.
AN
Estão previstos aquedutos e sinalização vertical e horizontal e guardas de protecção.
PPLLA
AN
PPLLA
ANNO
O DDEE A
NO
NO ALLDDEEIIA
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INTERVENÇÃO NA ENVOLVENTE
A
O abandono das Aldeias da Serra da Lousã provocou uma mudança da paisagem,
PPLLA
AN
nomeadamente a envolvência paisagística inicial constituída por uma agricultura de
NO
O DDEE A
subsistência e áreas de pastagem para os rebanhos que foram substituídas por espécies
arbóreas, que crescendo sem qualquer nexo e sem qualquer função criaram uma
ALLDDEEIIA
paisagem de abandono total.
A
A intervenção paisagística prevê o tratamento das áreas envolventes das aldeias com
PPLLA
limpeza de matos e a recuperação, reabilitação e preservação da flora, procurando-se
AN
criar uma integração plena entre os lugares e a Serra.
NO
O DDEE A
É fundamental a reparação dos muros de suporte em xisto o tratamento dos terrenos
envolventes e a plantação de espécies arbóreas que sejam compatíveis com a mancha
ALLDDEEIIA
florestal existente, nomeadamente as seguintes:
A
- Myrtus Communis;
PPLLA
- Erica Arborea;
ANNO
- Erica Scopiaria;
O DDEE A
- Lonicera e Trusca;
ALLDDEEIIA
- Arbutus Unedo.
PPLLA
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O DDEE A A
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A
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O DDEE A
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EQUIPAMENTOS
PPLLA
AN A
Existe no Lugar um Centro de convívio que funciona unicamente na altura da festa
NO
O DDEE A
anual que actualmente tem um aspecto arquitectónico que viola o enquadramento
com as restantes construções do Lugar. É necessário tomar medidas para que a nível
ALLDDEEIIA
de cobertura e revestimento exterior das paredes, portas e janelas, sejam feitos
A
trabalhos que permitam a sua integração no espaço envolvente.
PPLLA
É importante ainda recuperar as antigas fontes, alminhas, já que são um património
ANNO
importante na história da aldeia.
O DDEE A
Propomos ainda a recuperação da antiga capela situada entre os Lugares de Silveira de
ALLDDEEIIA
Baixo e Silveira de Cima, criando-se para isso um acesso em curva de nível já que com
a construção do aceiro se tornou impossível mesmo a pé visitar este importante elo de
A
ligação entre os Povos das Silveiras e Cerdeira.
PPLLA
ANNO
4 - ESTIMATIVA DE CUSTOS
O DDEE A
ALLDDEEIIA
Tendo em atenção a caracterização da aldeia da Cerdeira, os custos estimados são os
seguintes: A
C Â M A R A M U N I C I P A L D E L O U S Ã
PPLLA
ANNO
A L D E I A S D E X I S T O
O DDEE A
ALLDDEEIIA
e Iluminação Pública - 25.000 contos
A
- Tanque para combate de Fogos Florestais - 3.000 contos
PPLLA
AN
- Rede Viária:
NO
O DDEE A
- Arruamentos Interiores - 3.000 contos
- Ligação da estrada de acesso - 9.000 contos
ALLDDEEIIA
- Intervenção na envolvente - 1.500 contos
A
- Equipamentos - 15.000 contos
PPLLA
- TOTAL - 100.200 contos
ANNO
O DDEE A
5 - PLANO DE EXECUÇÃO
ALLDDEEIIA
A
A nossa proposta de execução assenta nos pressupostos que julgamos mais eficientes
PPLLA
para que a recuperação da Aldeia da Cerdeira seja efectiva, e terá em consideração o
ANNO
seguinte:
O DDEE A
- Até final do ano 2001:
ALLDDEEIIA
- Construção das redes de abastecimento de água, de águas residuais, de
águas pluviais e abastecimento eléctrico e iluminação pública; A
- Ano 2002:
PPLLA
intervenção na envolvente.
ALLDDEEIIA
A
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ANNO
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O DDEE A
ALLDDEEIIA
6 - FINANCIAMENTO
PPLLA
AN A
Para a concretização da proposta de Recuperação do Lugar da Cerdeira, a Câmara
NO
O DDEE A
Municipal incluirá no seu Plano de Actividades e Orçamento uma verba de 35.000
contos, sendo 10.000 contos para o ano 2001 e 25.000 contos para o ano 2002,
ALLDDEEIIA
sendo o restante assegurado através de uma candidatura a ser apresentada ao
A
PROGRAMA OPERACIONAL CENTRO – EIXO II – ACÇÃO INTEGRADA DE BASE
PPLLA
TERRITORIAL DO PINHAL INTERIOR.
ANNO
O DDEE A
7 - REGULAMENTAÇÃO
ALLDDEEIIA
O Regulamento do Plano Director Municipal da Lousã na Secção III – Espaço Urbano
A
3 – Aldeias da Serra da Lousã, no seu artigo 39º e 40º define as normas a que deve
PPLLA
obedecer qualquer intervenção nas áreas geográficas com personalidade própria que se
ANNO
pretendem conservar.
PPLLA
AN O DDEE A
NO ALLDDEEIIA
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8 – REGISTO DE IMAGENS
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A
INDICE
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ANNO
1 – CARACTERIZAÇÃO
O DDEE A
- Localização
- Inserção na Serra da Lousã
ALLDDEEIIA
- Geologia
- Flora e Fauna
- Identidade e Cultura
A
- História
PPLLA
- Análise Sociológica e Razões da Emigração
AN
- Morfologia e Estrutura Urbana
NO
O DDEE A
- Estrutura Edificada, Cérceas e Usos
- Envolvente Paisagística
- Infraestruturas Existentes
ALLDDEEIIA
- Rituais
- O Drama
A
2 – FUNDAMENTAÇÃO DA INTERVENÇÃO
PPLLA
ANNO
3 – PROPOSTAS DE INTERVENÇÃO
O DDEE A
- Análise Arquitectónica
- Método de Recuperação
ALLDDEEIIA
- Pormenores Construtivos
- Dos Edifícios Particulares
- Infraestruturais
A
- Rede de Águas
PPLLA
- Rede Telefónica
- Tanque para Combate de Fogos Florestais
ALLDDEEIIA
- Rede Viária
- Intervenção Na Envolvente
A
C Â M A R A M U N I C I P A L D E L O U S Ã
PPLLA
AN
A L D E I A S D E X I S T O
NO
O DDEE A
ALLDDEEIIA
-
A
Equipamentos
4 – ESTIMATIVA DE CUSTOS
PPLLA
5 – PLANO DE EXECUÇÃO
ANNO
6 – FINANCIAMENTO
7 – REGULAMENTAÇÃO
O DDEE A
8 – REGISTO DE IMAGENS
PPLLA
AN
PPLLA
AN
PPLLA
ANNO
NO ALLDDEEIIA
O DDEE A
O DDEE A
NO A
ALLDDEEIIA
A
ALLDDEEIIA
O DDEE A A
ALLDDEEIIA
A
C Â M A R A M U N I C I P A L D E L O U S Ã
PPLLA
ANNO
O DDEE A
ALLDDEEIIA
A PPLLA
ANNO
O DDEE A
ALLDDEEIIA
A PPLLA
ANNO
O DDEE A
ALLDDEEIIA
A PPLLA
ANNO
O DDEE A
ALLDDEEIIA
A PPLLA
ANNO
O DDEE A
ALLDDEEIIA
A
L O U S Ã
EIXO II – MEDIDA II.6 – AIBT do Pinhal Interior
X I S T O
D E
QCA III – P.O. CENTRO
M U N I C I P A L
D E
A L D E I A S
C Â M A R A