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Índice
Índice ................................................................................................................................ 2
Introdução ......................................................................................................................... 3
1. Factos do Processo ................................................................................................... 4
2. Enquadramento do Caso na Legislação Portuguesa ................................................. 6
Conclusão ......................................................................................................................... 9
Bibliografia ..................................................................................................................... 10
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Escola Superior de Desporto de Rio Maior
Direito do Desporto I
Introdução
Neste trabalho vou estudar o caso de doping que envolveu o jogador do Sport
Lisboa e Benfica, Nuno Assis, através de uma abordagem comparativa entre a forma
como este caso foi tratado e a forma como deveria ter sido, tendo em conta a legislação
portuguesa.
Vou abordar o assunto através do estudo de dois pontos fundamentais para a sua
compreensão. O primeiro intitulado de factos do processo em que é feita uma visão da
forma como as coisas ocorreram desde o dia 3 de Dezembro de 2005 quando o jogador
foi apanhado numa analise positiva, até aos primeiros dias do ano de 2007 quando
mesmo foi condenado a uma suspensão de um ano. O segundo ponto intitulado de
enquadramento do caso na legislação portuguesa que mostra a forma como, segundo a
legislação portuguesa, deveria ter sido tratado este caso.
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Direito do Desporto I
1. Factos do Processo
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Direito do Desporto I
Portuguesa de Futebol incorre em vício de violação de lei, uma vez que a Comissão
Disciplinar da Liga Portuguesa de Futebol Profissional, ao deduzir nova acusação, não
incorreu a nenhum vício mas adoptou a solução juridicamente correcta.
Ao conhecer este parecer, o senhor Secretário de Estado acima referido, denunciou o
caso á Agência Mundial Antidopagem (AMA), expoente máximo da luta contra o
doping no mundo, que por sua vez o levou para o Tribunal Arbitral do Desporto (TAS),
sediado em Lausanne, na Suíça.
Nos primeiros dias do ano de 2007, o arguido foi julgado neste mesmo tribunal, que
o condenou a um ano de suspensão onde já se inclui os dias que o jogador esteja
suspenso aquando da primeira condenação, em Portugal. Assim, Nuno Assis ficará
suspenso até dia 26 de Julho de 2007.
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tanto ao instaurar o procedimento disciplinar ao jogador, como em puni-lo após ter sido
provada a sua culpa.
Também se pode verificar com este estudo que a acusação deverá conter todos os
elementos constitutivos da infracção disciplinar assim como o motivo pelo qual o seu
comportamento é censurável. Este procedimento é reportado pelo artigo 10º, n.º 1,
alínea e), e n.º 2, alínea e), do Decreto-lei n.º 183/97, de 26 de Julho, e o artigo 7º do
Regulamento do Controle Antidopagem da Federação Portuguesa de Futebol. Se a
acusação elaborada não referir estes elementos a decisão sansionatória final será
inválida, no entanto, esta omissão não tem como consequência jurídica o arquivamento
do processo disciplinar, com a consequente impunidade do atleta em causa, mas sim a
anulação do procedimento viciado e de todos os que deste dependem, devendo assim
ordenar-se a elaboração de nova acusação ao instrutor e como tal é concedido ao
arguido novo prazo para o exercício do direito de defesa.
No caso do jogador Nuno Assis, a primeira acusação era omissa em elementos
essenciais da infracção disciplinar que lhe foi imputada, não respeitando as normas
acima referidas no entanto, após ter sido constatado este vício na acusação, a Comissão
Disciplinar da Liga Portuguesa de Futebol Profissional, deduziu nova acusação e
concedeu novo prazo ao arguido para apresentar a defesa, adoptando assim a solução
juridicamente adequada, assim sendo o Concelho de Justiça da Fedeeração Portuguesa
de Futebol, ao revocar a sanção disciplinar aplicada pela Comissão Disciplinar da Liga
Portuguesa de Futebol Profissional com base na nulidade da “primitiva acusação”,
incorre em vício de violação de lei, determinante na anulabilidade de tal deliberação.
Por fim, e de acordo com o artigo 9º, n.º 2 do Decreto-lei n.º 183/97, de 26 de Julho,
a não aplicação da legislação antidopagem por parte dos orgãos disciplinares federativos
poderá levar, enquanto a situação se mantiver, a que a federação em causa não possa ser
beneficiária de qualquer apoio público e, caso seja uma entidade com estatuto de
utilidade pública esportiva poderá mesmo perder esse estatuto, sendo assim, o
arquivamento do processo disciplinar relativo ao jogador Nuno Assis por parte do
Conselho de Justiça da Federação Portuguesa de Futebol é uma inaplicação da
legislação antidopagem o que justifica a instauração de um procedimento com o
objectivo de apurar se existem fundamentos suficientes para se proceder á suspensão do
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Conclusão
Após a realização deste trabalho fiquei a conhecer mais profundamente a legislação
portuguesa, sobretudo no que diz respeito ao doping.
Penso que este caso é um bom exemplo de que no nosso pais ainda existe muita
gente que não está muito interessada em combater o doping contribuindo até para o
agravamento desta situação, gente essa que não são apenas dirigentes de clubes mas
também as próprias federações uma vez que é inaceitável a passividade com que a
Federação Portuguesa de Futebol, neste caso concreto, agiu quando deveria ser a
principal interessada em que se fizesse justiça, acabando mesmo por ser arguida.
Também é lamentável o tempo demorado para resolver as situações.
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Bibliografia
♦www.pgr.pt
♦http://podium.publico.pt/shownews.asp?id=1281536
♦www.idesporto.pt/CONTENT/6/6_1/6_1_5/6_1_5_2/6_1_5_2_1/6_1_5_2_1.aspx
♦www.tas-cas.org/en/medias/frmmed.htm
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