Академический Документы
Профессиональный Документы
Культура Документы
Para algo ser relativo tem que existir o ponto de comparação, ao qual, tomado
como padrão, podemos afirmar: isto é assim em relação àquilo.
Mas, simplesmente tudo é relativo não faz sentido, pois tudo é relativo em
relação a que?
5. Assim, observamos que os que usam tal artifício falacioso, estão tentando, na
verdade, fugir ao problema da comparação ou, pior ainda, ao problema de uma escala de
valores. Em última análise ao que é bom ou o que é mal. Vemos-nos, assim, que a
questão é muito profunda e de ordem filosófica.
7. Como é sabido, Einstein trabalhava com ciências exatas, isto é, aquelas que
formulam hipóteses de trabalho que, sendo testadas na prática (em laboratório ou na
natureza) se revelam (ou não) verdadeiras.
Quando isto se dá, a hipótese passa ao nível da teoria, sendo a teoria uma forma
válida e aceita para a explicação da natureza (ou de fenômenos da natureza).
Einstein, quando lançou seu trabalho, foi muito modesto e, também, muito claro.
Em 1936, a revista “New Democracy” encomendou um artigo a Einstein para divulgar
suas idéias. Na época, várias observações em laboratório e na natureza, já haviam
demonstrado que as idéias de Einstein (suas hipóteses) eram corretas.
Ainda assim ele escreveu: “9. O principal atrativo da (minha) teoria é que
constitui um todo lógico. Se uma só de suas conseqüências mostrar-se inexata, deverá
ser abandonada. Qualquer modificação parece impossível sem comover todo o edifício.”
(reproduzido por Rômulo Argentiére em “Espaço, Tempo e Matéria”, Edições Pinçar,
SP, 1958, apêndice).
Einstein deixou claro que só se reconhece o movimento de um corpo pela
mudança de posição em relação a outro corpo. O movimento é, assim, um estado
relativo a um referencial. Falar do movimento de um corpo isolado só faz sentido
quando existe algum sistema de referência com o qual se possa fazer uma comparação.
(Einstein escreveu, precisamente, o seguinte: “todo corpo que sirva de referência, ou
todo o sistema de coordenadas, tem o seu tempo particular; a não ser que nos digam
qual o sistema de referência a que se relaciona o tempo de que falamos, carecerá de
sentido a expressão do tempo de um acontecimento.”).
Portanto, o que Einstein nos diz é que o tempo e o espaço são grandezas inter-
relativas, uma não podendo existir sem a outra e o seu propósito é estabelecer, na
natureza, leis que sejam invariantes, em relação ao sistema de referência adotado ou
seja, leis que não variam, pelo contrário são as mesmas, em relação a qualquer
referencial que tomemos como ponto de comparação ou de partida ou de chegada.
Ou seja, o espaço, para ser percorrido, demanda tempo, pois os objetivos estão
separados (neste espaço) uns dos outros. Ao sairmos de um ponto para o outro, temos os
referenciais e só então é que faz sentido dizer que nos movemos a tal velocidade e
chegamos a tal distância do ponto (ou pontos) que tomamos como referência.
Sendo a luz a velocidade máxima conhecida e sendo as leis da física as mesmas
(em princípio) em qualquer do Universo, o princípio de Einstein, batizado de
Relatividade, na verdade deveria ser chamado de Teoria da Invariância.
Aliás, Einstein se arrependia da popularização da palavra “relatividade” para os
seus trabalhos.
Como é sabido, a expressão “Teoria da Relatividade” foi colocada no subtítulo
da comunicação de Einstein por Max Planck afamado físico alemão (1858-1947) que
desenvolveu a Teoria Quântica e por Abraham, outro revisor de seu trabalho publicado
no Annalem der Physik, em 1906.
Einstein nunca simpatizou com isto e sempre se referia à invariância. Vejam
bem: o oposto – quase podemos dizer – de relativo! É que ele visava, como vimos,
QUADRO 1
Fases de Evolução de Morgan
(para ser lido de baixo para cima)
Comunidad
de naciones
Mitad
Tribu o nación
Fratría Distrito
Clan Banda
Campamento o aldea
(Grupo local)
Linaje Casa
Principio genealógico Principio territorial Principio assocional
15. Não vamos nos deter mais nestas questões do Multiculturalismo, pois a
temática é bem conhecida de todos, já que chegou ao Brasil, nos últimos anos como
“processo afirmativo das minorias” e culminou nos ataques contra as comemorações
dos 500 Anos de Descoberta do Brasil.
O MAL O BEM
o problema central
(complexo)
O problema central, portanto, consiste em ler os sinais dos tempos com clareza
para poder seguir as linhas evolutivas (ou de progresso), que se apresentam (ou se
abrem). Não podemos esquecer que a mutação constitui uma das características mais
profundas, persistentes e essenciais da vida social em toda a parte. Aquelas sociedades
que não tiveram possibilidade (ou capacidade) para a mutação, estagnaram, regrediram
ou até desapareceram. Se tivermos um conceito histórico bem fundamento e não
deficiente, poderemos encarar a complexidade do momento atual e, pela análise do
problema central, que é o presente, optar pelo bem, isto é, construir um Futuro. Isto
significa abandonar muita coisa, adaptar outras. É doloroso. Se não quisermos,
entretanto, enfrentar estes desafios, seguiremos o caminho que leva ao passado. (Será a
escolha do MAL.).
Como o esquema deixa claro, temos duas circularidades possíveis dentro do
processo histórico: uma que do passado nos leva ao presente que procura, ativamente,
voltar ao passado ( por exemplo: re-estatizar, reviver e luta de classes, reviver a utopia
do comunismo, etc.). Outra circularidade nos conduz do presente para o Futuro, o que
nos conduzirá a um outro Presente que remete para outro Futuro e, assim por diante.
Seria uma circularidade, digamos assim, aberta ( se podemos apelar para um algo
paradoxal...).
Quantidade de bens
Quantidade em horas e em bens
Horas de trabalho
Valor unitário
300
200
100
Produtividade
Consumo por cabeça
Emprego (com população constante ou fracamente
crescente)
A curva dos consumos nacionais totais têm, evidentemente, a mesma marcha que a
dos consumos por cabeça quando a população é constante ou fracamente crescente. É o que
dá à curva do emprego o seu aspecto decrescente na assimptota zero. A equação do
emprego em e-t opõe-se então à da produtividade em et.
Pelo contrário, se o fenômeno demográfico é poderoso, torna-se preponderante e
é ele que comanda o emprego, que no entanto, já não se pode elevar acima do seu valor
tradicional. Se o crescimento de produtividade é inferior ao da população, pode então haver
regressão do consumo por cabeça.
Observe-se aquela questão que sempre recordamos: a questão demográfica é o
que comanda o problema do emprego/desemprego.
Vejamos a evolução americana, quanto a esta questão:
60 a 90%
Estados Unidos 60 a 90%
1950
55
30
15
10 10
7
1800 1900
Primário
Secundário
Terciário
“ O abandono da idéia de verdade leva aos piores abusos, pois, sob a capa do
relativismo, pode-se afirmar qualquer coisa... o relativismo intelectual pode servir de
álibi para o absolutismo político. Pretender que nada é verdadeiro permite que se
imponham pontos de vista pessoais. Desprovidos de critérios de verdade, os
interlocutores ficam impossibilitados de se defender.” (As mentiras na propaganda e na
publicidade, Guy Durandin, JSN Editores, SP, 1997, p. 23).
19. Robert A. Dahl, em seu “A moderna análise política” (Lidador, RJ, 1970, p.
148, já nos advertia):
“são necessários valores de alguma espécie para que se possa decidir o que é
mais importante... pretender uma análise objetiva da política pressupõe que se de valor à
verdade. È preciso acreditar que vale a pena distinguir o verdadeiro do falso.*
20. Para tanto é necessário guiar-se pela Razão e não por sistemas totalitários de
pensamento e por isto, chamamos a atenção para o problema da organização do trabalho
intelectual e para a busca, arquivo e comparação de dados. Eric Fromm já dizia:
“ A razão é uma faculdade que tem de ser exercitada para que se desenvolva, e é
indivisível. Quero com isto dizer que a faculdade objetividade se refere tanto ao
conhecimento do Homem como da Natureza, da sociedade e do próprio eu. Se uma
pessoa vive de ilusões a respeito de um setor da vida, sua capacidade para a Razão está
restrita ou danificada, e, dessa forma, o uso da Razão fica inibido em todos os demais
setores da vida. A esse respeito à razão é como o amor. Assim como o amor é uma
orientação que se refere a todos os objetos e é incompatível com as limitações de um
único objeto, a razão é uma faculdade humana que deve abarcar o conjunto do mundo
ante o qual o homem se encontra.” (Psicanálise da Sociedade Contemporânea, Zahar,
RJ, 1974, p. 74.
porque:
que se infere:
1. é um Utopia político-ideológica,
2. sem projeto,
3. mas calcada no primitivismo, no pequeno é bom,
4. e também num Misticismo Neo-Pagão (ecologismo).
em crise em evolução
em regressão em revolução
Vivemos tudo isto ao mesmo tempo. Isto causa incerteza e angústias. Cada um
deve escolher o caminho. Nós sempre optamos pela via da Ciência e do Progresso,
dentro de Sociedades Industriais cada vez mais aperfeiçoadas e Democráticas.