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Miguel Carlos Madeira Anatomia da Face BASES ANATOMOFUNCIONAIS PARA A PRATICA ODONTOLOGICA - + 62 edigdo / z y Tutudugdv av estudo da face Cranio Anatomia aplicada do cranio Mhisculos da face Articulacéo temporomandibular Boca ISarvien Vascularizagao sangiiinea e linfatica da face Nervos da face Apresentagao da 6° edicéo Desde 2004, quase todos os capitulos desta obra estio incorpora- dos ao livro “Anatomia facial com fundamentos de anatomia sis- témica geral” (Edit. Sarvier, S40 Paulo), redigido por mim em parceria com 0 Prof. Roelf J. Cruz Rizzolo. AA intencao era continuar a oferecer uma anatomia especifica da tace, porém acrescida de nocoes Ge anatomnia humana geral, como se fossem dois compéndios em um s6. A justificativa era que a unio desses assuntos correspondia ao conieudo total da ciscipli- na de Anatomia, do curso de Odontologia. Apesar de mais com- pleto, continuaria a ser um livro apenas, 0 que traria vantagem econdmica na sua aquisicio. Realmente, “para uma boa formagio em Anatomia odontolégica, deve-se dar atengio especial ao eatudo da face, mas também é preciso obter um conhecimento, pelo menos basico, de tado 0 cor- py luna”. Mas, como uma parcela dos leitores, tais como alunos de cursos de especializacio, interessa-se apenas por uma publicagio especifica sobre a face, este livro “Anatomia da face” continua a ser editado, Foi feito um especial esforco para simplificar esta 6* edicto, a fim le ofererer mais nbjetividade e manter as condicées de compra. ara tanto, como principal modificagao, foram excluidos os sete textos de estudo dingido, sob a denominacao “Saiba mais sobre o vviscerocranio...sobre miisculos cefélicos...sobre ATM ete.”, que es~ tavam incluicos no “Apéndice”. Mas, como exceo textos abrangem accuntos fundamantais o per- mitem ao leitor re-estudar e avaliar seu aproveitamento no es- tudo, por conta propria, cles nao podem simplesmente ser ex- cluidos. Devido a sua importncia, passaram a constar do site vowweanatomiafecialicom ¢ podem ser achados, sob os mesmos titulos, no link “Aprendendo Anatomia” e, a seguir, “Estudo diri- pido” (Os testes de auto-avaliacao (avaliacio formativa) nos finais dos capitulos, que jé faziam parte da 5* edicao, permanecem. Na “Apresentacao” da edicto precedente havia uin texto ditig: do aos estudiantes, sob a forma de recomendagoes, que compi- mham um cédigo de comportamento do estudante nv estudu, 10 relacionamento interpessoal e na vida universitaria. Esse texto foi modificado, ampliado, e hoje também faz parte do ‘mesmo site www anatomiafacial.com, podendo ser encontrado sob 6 titulo “Recado aos alunos ingressantes” no link “Aprendendo anatomia” e, a seguir, “Reflexdes sabre educa’ tniversitéria”. Outros textos, dirigidos 2 alumos e professores, podem ser encontrado no mesmo link. Uni deles, “A nociva cultura da cola na escola”, versa sobre o artifcio de colar durante as acrliagdes escolares. Esse texto ad- cs verte sobre priticas ilcitas, ao simular situagdes possteis, de maneira iuito peculiar. Ao destacar o valor da ética como necessidade incontes- fe, insta 0s alunos a fazerem um esforco inteligente tendo em vista 0 cultivo de bons hfbitos e 0 reconhecimento da consciéncia de seu valor & de suas possibilidades. Encontram-se no mesmo link “Aprendendo anatomia” (“Reflexdes sobre educagdo wniversitaria”), do site waec.anatomafacial.com, os textos se- _guintes: “Ensino, pesquisa, extensio", “Reflexdes sobre Ediucago (dentro ¢ fora da sala de aula)”, “O ensino da Anatontiae suas dificuldades” — em dduas partes -, “Modelo de plano de ensino de Anatomia para cursos de Odontologia”, “Os dois lados da aula exposition,” “Acatiagto discente (aspectos priticos da verificagto do rendimsento escolar)”, “Estudo dirigi- do” & “O porqué de ser bom professor”. Os cinco primeiros lextos citadas referem-se a reflexdes sobre a Edtucagto ~ como condigao vital para o progresso do pais -, sobre o papel do profes- sor na escola e fora dela e, especificamente, dentro do ensino da Anato- ‘mia, cont conceituacdes e pareceres sobre algumias préticas docentes. A redagio sobre a aula expositioa pondera as critcas que ela tem vecebi- do pela sua propalada ineficiéncia e, ao contrar, procura valoriza-ia como estratégia de aprendizagem. Ao término sio indicados wirios pro- cedimentos para o aprimoramento desse meio de ensino, A “qoaliagio discente” aborda inicialmente a avaliagao diagnéstica, que é lembrada como uma necessidade. Mas a maior parte do texto refere-3e 4 avuliagto somatioa, em Anatomia odontol6gica. Varios exemplos de como formular questdes sto oferecides. Em “Estudo dirigido”, algumas modalidades sto mostradas por meio de exemplos, na dren de Anatomia para dentistas. Sao roteiros de um estu- fo adicional ou complementar, preparados de antemido, que propder nowt maneira de entender, recordar e consolidar tm assurnto que jé foi estuda- ido (recém-estudado, de preferéncia). No mais, 0 “Anatomia da face” mostra nao ter perdido sua iden- tidade, nem se desviado de seu projeto inicial de incorporar a Anatomia ao contexto da Odontologia. ‘A redagdo mantém-se de acordo com a "Terminologia Anatémica Internacional”, da Federacao Internacional de Associagoes de ‘Anatomistas, traduzida por uma comissao da Sociedade Brasilei- rade Anatomia, como nao poderia deixar de ser. Os termos cons- tantes do Glossario foram destacados ao longo do texto mediante a.utilizacdo de um asierisco (*) Este livro tem utilidade comprovada para alunos de graduagio, mas 6 também oferecido a profissionais da area da satide, que freqtientemente necessitam de recordacao e reciclagem. Seu con- tetido esta sujcito a atualizagdes © correcbes, que esses profissio- nais, notadamente os colegas professores, certamente proporao para seu constante aprimoramento. E 0 que desejo. MIGUEL CARLOS MADEIRA ‘e-mail: madeira@anatomiafacial.com ‘memadeir@terra.com.br Contetido CAPITULO 1 - Introduczo ao estudo da face A face CAPITULO2- Cranio Vistas do cranio Yopogratia dentoalveolar” CAPITULO 3~ Anatomia aplicada do cranio Anatomia radiografica do cranio.. Biomecénica do esqueleto facial... Fraturas do esqueleto facial Maxilares desdentados, Anatomia ¢ implantociontia® Aspectos sexuais, etarios e antropométricos do cranio CAPITULO4— Maésculos da face Miisculos da expressao facial Expresso facial Miisculos da mastigacio... Miisculos supra-hidideos Musculos da lingua .. Miisculos do palato.. CaPiruLO 5~ Articulagdo temporomandibular A articulagao temporomandibular (ATM)... Dinamica da ATM Posigdes e movimentos da mandibula Desordens temporomandibulares”” CAPITULO 6 ~ Boca A boca A lingua As glandulas salivares, Consideragdes anatomicas sobre Propagates de infeccoes odontogénicas" CAPITULO? ~ Vascularizacao sangiifnea e linfética da face A artéria carotida externa e seus ramos Drenagem venosa Drenagem linfatica'® © Hordcio Faig Leite © Paulo Sérgio Perti de Carvalho © Alicio R. Garcia ® Miguel Carlos Madeira e Roelf J. Cruz Rizzolo © Ariovaldo Antonio Martins 101 103 108. m1 17 123 ~ 135 . 133 . 135 . 142 153 155 164 . 169 carirera— Nervos da face (O nervo trigémeo (V)" : 131 (Oe norwvor facial, glossofaringeo, vago € hipogloss0 .-- 194 ‘Anatomia das vias trigeminais centrais” ‘Aualomia © anectesia © José Américo de Oliveira © Roelf J. Cruz Rizzolo © Mignol Carlos Madeira e Roelf J. Cruz Rizzolo CAPITULO. OBJETIVO | Discutir generalidades sobre a face, considerando aspectos filo- genéticos, morfoldgicos e antropolégicos I A face “A face serve para: 1) orientagao no espago, 2) deteccio de fontes de energia (alimento), 3) orientacao do animal & fonte de energia, 4) captura de energia, 5) comunicacao (no homem).” E.L. Du Brut Nos animais, a cabeea é o principal érgio de preensiio, de defeca ede ataque. Modificagdes filogenéticas, contudo, fizeram com que no ser humano a cabeca passasse a ter a fungio de recepsio de alimento e are se tornasse o centro das emosies ¢ da fala Nesse capitulo da evolucio biolégica, o grande evento é a postu- ra ereta, que traz consigo uma série de modificagdes ou rearran- jos somaticos. Para se adaptar & essa postura, o cranio ficou mais, alto e mais curto, Assim, quase esférico, melhor se equilibra sobre a coluna vertebral, sem a necessidade de uma musculatura nucal muito possante. A evolucio do encéfalo concomitante com a re- dui da face tornou possivel a visao estereosc6pica. A visio me- lhorada facilitou a coordenacao dos movimentos nas extremida- des. O homem, entao, usando as maos na detesa e ataque e no preparo de ferramentas e de seus alimentos, dispensou as exigén- Cias de maxilares robustos, libertando assim o cranio de forte pres- sdo muscular. Dessa maneira, as modificagdes do aparetho masti- gador referem-se a um pequeno desenvolvimento dos maxilares e de seus miisculos, combinado com a reducao do mimero e ta- manho dos dentes. Na face, desenvolvem-se os miisculos da expressdo facial, carac~ teristicos do mamifera. Do peixe ao réptil (sem tecico muscular entrea citis e 9s oss0s do cranin), as expressbes faciais sao limita- dasa abertura e ao fechamento da boca e dos athos. No homem,a movimentacao da pele da face aleanca alta hierarquia, permitin- do a exteriorizacdo das emogdes e sentimentos, com grande varie- dade de detalhes. O resultado das expressies habituais do indivi- duo, transmitidas & face para espelhar seus estados animicos, ¢ 0 que se define como fisionomia. E a imagem real do individuo, dada pela relacao de sua personalidade (imagem interna) com sia aparincia Fisica (imagem externa), as qpiais, ajistada, so apene ximam da unidade. Dessa forina, a face representa a pessoa toda! Ela atrai nossa atencio desde que somos bebés e continua a nos fascinar por toda a vida. E natural, portanto, que nela se concen- trem os maiores esforcos de promoedo e conservacao de sua esté- tica e beleza. Verdadeiros milagres sao produzidos para tornar uma face estética (distribuicao proporcional, harménica e combi- nada de suas formacdes anatémicas superficiais) e bela (resulta- do de uma estética e de uma sa personalidade refletida), dentista tem papel preponderante na manutengio da estética facial, visto que a normalidade dos arcos* dentais e dos maxila res" é essencial & harmonia e ao equilibrio das linhas da face. O intercase do dentista pela face refere se também a obscrvagio eri teriosa, que pode revelar certas condigées orientadoras do diag- néotico. Em medicina é clemento importante para o diagnéotico de muitas doengas. Quanto & morfologia*, as variadas formas de contomo da face le- varam a sua classificagao em quadrada, ovéide e triangular. O dente 3

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