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Comentário ao Modelo de Auto-Avaliação das Bibliotecas Escolares

de Rosa Barros da Costa

A Rosa conseguiu apresentar um panorama geral da situação das bibliotecas escolares em


Portugal durante um período que ainda foi muito longo. Lembro-me muito bem do meu
tempo de estudante em que frequentava as bibliotecas e como nos olhavam, nos mandavam
calar e não se podia tocar em nada…nem nos livros… Lembro-me, já como professora, em
que reclamava porque razão os livros estavam fechados a cadeado. Respondiam-me sempre
o mesmo…
Esta concepção de biblioteca já foi suplantada por um novo conceito de mudança que todos
nós conhecemos. Graças a todo o investimento da Rede de Bibliotecas que permitiu uma
melhoria assinalável em todos os campos ligados à biblioteca.
O grande desafio como a Rosa refere, é inverter a tendência de resistência que ainda
permanece nas escolas e que eventualmente hipotecará o processo de auto-avaliação. Por
isso, a necessidade urgente de promover a dimensão pedagógica da biblioteca escolar
transformando-a, efectivamente, num instrumento de construção de aprendizagens, de
sedimentação de conhecimentos. É neste contexto que se integra o modelo de auto –
avaliação das bibliotecas escolares.
Esta é a base de partida para tornar perceptível a realidade de cada biblioteca. Recolha de
evidências para análise, identificação da situação, reflexão e definição de planos de acção…
A Rosa apresenta com clareza e conscientemente que o processo é completo, complexo,
inovador e exigente. Por isso, o acompanhamento e a formação são prioritários. Há entraves,
há noção da responsabilidade que o professor bibliotecário tem na intervenção directa junto
da comunidade educativa, e do papel activo na promoção da dimensão pedagógica da BE.
A aplicação do Modelo é valorizada pela sua missão no seio da escola, perspectivando a sua
importância na melhoria das práticas pedagógicas e o envolvimento crucial com
departamentos curriculares e professores. O envolvimento de todos e o trabalho diário que
executamos permitirão revelar o serviço que prestamos, quando a avaliação ocorrer, e saber
se vamos no caminho certo. A dada altura a Rosa refere: O desejo de conferir qualidade a
uma instituição é razão suficiente para justificar a aplicação de um modelo de avaliação nas
bibliotecas escolares. Esta atitude de mudança conduz-nos de facto para uma nova visão do
conceito de BE. A avaliação dar-nos-á o fio condutor de actuação na definição de metas, uma
vez que nos permitirá obter conclusões através dos resultados obtidos e alterar
procedimentos.
Compreendo muito bem quando a Rosa aponta as dificuldades de articulação de natureza
comunitária e pedagógica, que dependem do envolvimento responsável de outros e que, ao
não colaborarem, podem asfixiar o processo. Claro que estes aspectos constituem, tal como
diz, (…) um sério desafio para o professor bibliotecário, tenha ele as condições de trabalho
suficientes para o desenvolvimento de planos de acção conducentes à superação de todos
esses constrangimentos (…)

Termino com o sentido que Ross Todd atribui à sustentabilidade das bibliotecas escolares de
hoje, em que afirma mais ou menos isto: A imagem de marca das bibliotecas do século XXI
não deve ser as colecções que têm, mas o contributo prático para a melhoria dos alunos.

Maria Mário Murteira

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