Вы находитесь на странице: 1из 30

1

INTRODUÇÃO

O tabagismo tem sido citado como a principal causa previsível de


doenças e mortalidade no mundo, estima-se que 30% das mortes por câncer e
1\5 por doenças cardiovascular podem ser atribuídas ao tabagismo. A cada ano
morre cerca de 3 milhões de pessoas, segundo a organização de saúde OMS,
para os próximos 30 a 40 anos a epidemia tabagico será responsável por 10
milhões de morte por ano. Vários estudos feitos no Brasil mostram a idade
cada vez mais precoce do inicio do tabaco e o aumento da prevalência do
tabagismo em adolescente. Estima-se que essa tendência resultará em 250
milhões de mortes em anos futuros. Adolescente fumante tem Alta
probabilidade de se tornarem adultos fumantes. O inicio quase sempre se da
na pré-adolescência entre a idade média de 10 a16 anos, enquanto a
prevalência entre adulto tem diminuído. Durante os últimos anos tem se
relatado que adolescentes com idade do vicio cada vez mais precoce, apesar
do tabaco ser um importante fator de risco, e aumentar a chance de
desenvolver várias patologias relacionadas a ele a prevalência do tabagismo
ainda hoje permanece elevada. Dados a cerca do desenvolvimento de
dependência aos adolescentes ainda são obscuros, mas se acredita que os
primeiros cigarros fumados são de importância considerável. Parece haver uma
progressão por vários estágios. Primeiro fumar por motivos psicossociais,
depois passando pelo fumar em busca de um efeito positivo da nicotina e
finalmente fumar para evitar sintomas de abstinência.

OBJETIVO GERAL:
PREVENIR ATAREVES DA CONCIENTIZAÇÃO O INCIO DO VICIO DO TABAGISMO
NA ADOLESCENCIA.

OBJETIVO ESPECÌFI CO:

Capacitar os professores para introduzir módulos extra curricular sobre


tabaco no cotidiano das escolas, levando em consideração realidade local e
faixa etária de cada aluno.

HISTÓRIA DO TABACO E DO TABAGISMO

O uso do tabaco surgiu aproximadamente 1000anos (a.c), com os


indígenas das Américas central em rituais mágicos e religiosos. Quando os
portugueses no Brasil desembarcaram, tomaram conhecimento do tabaco pelo
contato com os índios.
O fumo era utilizado para a iniciação dos pajés, e nas cerimônias tribais. O
pajé, ao fumar, entrava em transe e em contato com os deuses, espíritos ,
almas dos mortos, ou ainda predizia o melhor momento para ir à caça, viajar ou
atacar o inimigo. A fumaça era considerada purificadora, protegia dos maus
espíritos os jovens guerreiros. ás roças, e safras. Usado como planta
medicinal: curavam, feridas, enxaquecas e dores de estômago o fumo era
2

conhecido pela maior parte das tribos indígenas, as quais faziam dele uso
essencialmente mágico – religioso e medicinal. Na América Central e
Meridional fumava-se em principalmente em charutos fabricados com folhas
de milho ou em outras folhas. Na América do Norte, fumavam em cachimbos,
mas era ainda mascado, bebido ou pitado. No Brasil, era particularmente
importante na civilização dos tupis guaranis, sobre tudo dos grupos que viviam
nas pelas costas que cultivavam. O Tabaco servia como estimulante, supressor
da fome e sede, como analgésicos. No enfoque da OMS é confirmado o uso
mágico-religioso do fumo põem destaca-se ao buscar alterar para fins
espirituais, os pajés utilizam doses excessivas sofrendo as conseqüências da
intoxicação aguda,(náuseas, dificuldade respiratórias vômitos, tremores,
convulsão proteção e inclusive momento de alucinação).
Complementando, a organização refere: durante as viagens que realizou entre
1541e1555,Girolamo benzone observou que tribos da América central se
intoxicava com o tabaco em cessões curativas. Nos rituais, alguns caiam
mortos e permaneciam em estado de estupor em parte do dia e da noite. Ao
recuperar a consciência, os pajés descreviam suas visões e encontros com os
deuses.
No auge do século XVII, o hábito de fumar estava altamente difundido na
Europa. Em Paris, surgem descrições da nova moda de fumar, apreciada pelas
mulheres nos salões galantes parisienses; tratava-se do "cigarette", precursor
este do cigarro.
Na Inglaterra Sir Walter Raleigh, sem a aprovação da rainha Elizabeth I,
cultivou o tabaco e consagrou o cachimbo entre a nobreza, sendo o século XVII
considerado a idade de ouro do cachimbo. O habito de fumar havia-se
constituído rotina diária e toque de charme dos sociais da época, e
representava afirmação de virilidade.
No início do século XVIII, espalhou-se a moda de aspirar rapé (tabaco em
pó). ““Atribuíram -se ao rapé propriedades medicinais, pois se acreditava que o
espirro que ele provocava após sua aspiração eliminava os humores
supérfluos”, revigorava o cérebro” e clareava a mente” , além de curar
bronquite e outros males respiratórios.
O reinado do charuto seria no início do século XIX, difundindo-se em todos os
continentes e tornando-se praticamente universal. Porém, apesar da sua
ascensão, a indústria charuteira estava apreensiva, por quanto uma nova
modalidade de fumar, mais prática, que vinha conquistando as populações: O
cigarro onde seu per cursor foi a cigarette em meados de 1852, logo se
espalhou por toda a Europa e Oriente.
No século XIX, aos poucos, o cigarro dominou o mercado, mas a grande
expansão do hábito de consumo do cigarro tem como primeira data a (Primeira
Guerra Mundial).
(1914/1918), espalhando-se de forma epidêmica por todo o mundo a partir de
meados do século XX, ajudado pelo desenvolvimento de técnicas avançadas
3

CONSTITUINTES DO CIGARRO
. O que há na fumaça do tabaco?
Um dos constituintes químicos do tabaco é a nicotina. Mas quando o tabaco,
cultivado com fertilizantes e pesticidas e depois é processado na forma de
cigarro e finalmente, é queimado dando origem á fumaça que libera muitos
outros constituintes altamente prejudiciais ao organismo. E quais serão estes
constituintes?
A seguir serão apresentados os mais importantes constituintes do tabaco nas
diversas formas de consumo, porém não esquecendo que maior ênfase está
no cigarro industrial.
Henningfield (1988) descreve que na fabricação do cigarro há um cuidado
especial para controlar vários fatores tais como: manter o cigarro aceso durante
as tragadas, alteração do sabor do fumo, controle da quantidade de
substâncias (alcatrão e nicotina). Essas medidas são impostas pelos órgãos
governamentais. Acredita-se que assim seja possível controlar as substancias
adicionadas na fabricação dos cigarros, por exemplo:

a) Fosfato: substância que aumenta a porosidade do papel para garantir uma


queima constante e contínua.
b) Dietileno, D-Sorbitol, GLicol, Glicerina: substâncias que retêm a umidade do
tabaco para que ele queime melhor. São fatores de grande importância na
combustão.
c) Metais pesados: como o Níquel e o Potássio aplicados no solo em
combinação com outros fertilizantes, são absorvidos pela planta assim
também os pesticidas. Todas essas substâncias vão sedimentando-se
imperceptivelmente no organismo do fumante.
d) Elementos radioativos: como o Potássio-40;
e) o Chumbo-210 e o Rádio-226, provenientes do ambiente natural.
Pesquisas do INCA (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 1997), complementam a lista de
substâncias que são usadas na fabricação do cigarro e informam sobre suas
serventias no dia-a-dia:
• Acetona: removedor de esmalte.
• Terebintina: diluidor de tinta a óleo.
• Formol: conservante de cadáver;
• Amônia: desinfetante para pisos, azulejos e privadas.
• N  aftalina: eficiente mata-baratas.
• Fósforo P4/P6: usado em veneno para ratos.
• R  esíduos de agrotóxicos, como DDT.
• Metais pesados: cádmio e cromo.

Durante uma tragada, o vértice do cone que queima no centro do cigarro atinge
uma temperatura de mais de 1000 graus C. Essa minúscula fornalha resulta
em uma industria química em miniatura, que usa centenas dos materiais
disponíveis para produzir muitos outros.
Henningfield (1988) classificou a fumaça que sai do cigarro e é tragada
4

para os pulmões como a fumaça principal e a que sai na ponta do cigarro e vai
para o meio ambiente, como a fumaça secundária.
A literatura considera que na fumaça do tabaco há milhares de elementos, os
três mais freqüentemente citados são o alcatrão, o monóxido de carbono e a
nicotina.
Holbrook (1998) explica que o alcatrão é o conjunto de várias substâncias
presentes na fumaça do tabaco e é a fase particulada da fumaça. Por sua vez,
Henningfield (1988), diz que o alcatrão só está presente no tabaco
queimado,ou seja, na fumaça do tabaco.
O INCA especifica com mais informações, dizendo que só a extremidade acesa
do cigarro, por exemplo, cuja temperatura tem entre 835 a 884 graus
centígrados, sofre combustão completa e à medida que se afasta da zona
incandescente, o ar fica pobre em oxigênio e a combustão torna-se incompleta.
Para Henningfield (1988), o alcatrão é uma das maiores ameaças à saúde
contidas no cigarro, pois é o causador de vários tipos de câncer. Nele há
vários tipos substâncias cancerígenas como, arsênico, níquel, benzo[a]pireno.
Como o alcatrão só existe no tabaco queimado, o rapé (tabaco em pó para
cheirar) e o tabaco para mascar não liberam alcatrão.
Quanto à outras substâncias presente na fumaça do tabaco, é na verdade com
um gás, o Monóxido de Carbono (CO) o qual resulta da combustão da
matéria. Em um cigarro aceso, só na ponta acesa há oxigênio e, à medida
que se distância da ponta acesa, o suprimento de oxigênio diminui, como
acontece no interior do cigarro quando está sendo fumado. É nesse interior que
é incrementada a produção de Monóxido de carbono, ou seja, a restrição de
oxigênio incrementa a produção de carbono.
Holbrook (1998) refere que a composição do cigarro reúne quase cinco
mil elementos químicos. Esses elementos estão dispostos em fases. Uma
delas é particulada (alcatrão) e a outra é gasosa( composta por inúmeros
gases, entre os quais está o Monóxido de Carbono).
O cigarro industrial vem sofrendo contínuas modificações na tentativa de
Torna-lo menos nocivo. A colocação de filtro teve como intuito reter parte das
partículas de substâncias cancerígenas presentes na fumaça ao ser tragada,
porém, pesquisas demonstram que o filtro surtiu efeito contrário; ao invés de
amenizar os prejuízos á saúde como era esperado na verdade aumentou o
numero de patologias relacionada ao tabaco.
Rigatto (1997) diz que o filtro encurta a vida do fumante em três anos, e explica
que foi verificado nas pesquisas que a fumaça filtrada tem, como se esperava,
menos alcatrão mas, em contrapartida, seu teor de monóxido de carbono é de
26% maior. O autor explica o câncer é proveniente do alcatrão. E o infarto é
proveniente do Monóxido de Carbono, que é a primeira causa de morte
relacionada ao tabaco. Foram feitas pesquisa com pessoas que sofreram de
infarto , desta pesquisa foi descoberto excesso de Monóxido de Carbono no
organismo dos clientes.Conclui se então que não havia permeabilidade das
paredes do filtro. A partir daí, as indústrias propuseram o uso do filtro com
paredes porosas.
* O cigarro artesanal (cigarro de palha ou palheiro), ao contrário do que
frequentemente se pensa, é do tipo mais tóxico do que o cigarro industrial. As
possíveis razões para isso, são: O fumo picado que é usado para fazer o
palheiro, tem maior teor de nicotina e de alcatrão, quando comparado ao
industrializado. A palha usada para fazer o palheiro é menos porosa ao ar em
5

decorrência há uma menor diluição da fumaça durante a tragada e, por último,


o fato do fumante do palheiro fumá-lo por inteiro, diferente do cigarro industrial
que não consegue fumá-lo por inteiro, pois entre as tragadas, nos momentos
em que o cigarro fica parado no cinzero, ele vai-se queimando sozinho. A
proporção chega a ser de seis palheiros para vinte cigarros industriais.
* O fumante de charuto e o de cachimbo não tragam a fumaça devido à
alcalinidade do fumo destes produtos a qual faz com que a nicotina seja
absorvida pela mucosa bucal. Por isso as pesquisas mostram que estes
produtos causam maiores danos á cavidade oral e lesam menos
segnificativamente outras partes do organismo.
* Cigarro industrial, devido ao meio ácido, a absorção só se dá no nível
alveolar, por isso o fumante deste necessita tragar a fumaça profundamente
para absorve-la.
No caso dos cigarros industrializados com baixos teores de nicotina e alcatrão,
o que ocorre é que, em busca de uma certa dose de nicotina da qual o fumante
Já está quimicamente dependente, a atitude deste é tragar a fumaça mais
profundamente e até mesmo fumar maior quantidade de cigarros desse tipo.
Outro fato se refere à complementação de aditivos químicos, potencialmente
nocivos à saúde, acrescentados a esses cigarros em busca da obtenção do
cheiro e do gosto de que são desprovidos em razão da baixa quantidade de
nicotina e de alcatrão.
Enfim, um mesmo produto do tabaco pode acarretar efeito tóxico de diferentes
intensidades conforme o uso que dele faz o fumante. Embora a nicotina tenha
ação nociva sobre o organismo, a maior parte dos danos físicos causados pelo
cigarro advém do monóxido de carbono e de constituintes do alcatrão, mesmo
assim é correto afirmar que a nicotina é o principal alcalóide do tabaco e
responsável por seus efeitos psicoativos.
Para uma melhor explanação sobre o que são os efeitos psicoativos e saber
mais sobre a nicotina, o próximo item deste capítulo é dedicado exclusivamente
a essa substância.

A Droga Nicotina

As drogas psicóticas ou psicoativas são substâncias matérias ou produtos


sintéticos que, ao serem utilizados por qualquer via de administração,
produzem mudanças no sistema nervoso central do indivíduo, alterando o
humor, o nível de percepção,ou seja, seu estado emocional e comportamental
bem como sua capacidade de aprendizagem. Geralmente essas alterações
proporcionam sensações de prazer.
Para que uma substância possa ser considerada psicoativa ela deve produzir
efeitos psicoativos e deve haver evidências de que o comportamento de usa-la
seja reforçado pelos efeitos da própria substância. Assim, recorrer ao uso de
drogas psicoativas é, na verdade, tentar uma modificação de percepções e
sensações, seja nas relações familiares, na sociedade, seja em relação a si
mesmo.
As relações do homem com as substâncias psicoativas não podem ser
consideradas um evento novo no repertório humano, pelo contrário, elas são
bastante antigas, melhor dizendo, ancestrais. Trata-se de uma presença
6

contínua no tempo, e que envolve não somente medicina e ciência, mas


também magia, religião,rituais, cultura e festa.
A nicotina é um alcalóide vegetal; sua fonte principal é a planta do tabaco que
sintetizada nas raízes, sobe pelo caule até as folhas. O termo “nicotina”
aparece na língua francesa em 1818. Sua fórmula bruta (C10 H14 N12) foi
determinada em 1840 e em 1890 foi sintetizada. A nicotina é a substância
responsável pela dependência e pelos quadros agudos de patologias das
artérias coronárias,responsável também por essas patologias é o monóxido de
carbono.
Conforme discorrem Benowitz e Henningfield (1994), durante o ato de fumar,
após uma tragada, a nicotina aspirada passa pela rede alvéolo capilar e,
atingindo a circulação, atravessa rapidamente a barreira hematoencefálica,
gastando neste processo em torno de 9 segundos. A concentração de nicotina
atinge níveis máxímos na circulação periférica .
Para Seibel e Toscano Junior“[...] as substâncias psicoativas constituem um
conjunto de produtos capazes de modificar o curso do pensamento ou estado
da consciência”. Os autores informam que, de acordo com a classificação
geral das substâncias psicoativas, o tabaco está classificado como
psicoanaléptico, ou seja, substância que “[...] estimula o tônus mental”
(SEIBEL; TOSCANO JÚNIOR, associa a nicotina a: cocaína e crack também
estão na mesma classificação, por produzir efeitos sobre o funcionamento do
corpo que resultam em mudanças fisiológicas e de comportamento, a nicotina é
considerada uma droga que causa dependência física e psicológica. Ela faz
com que as pessoas a utilizem mesmo sabendo dos sérios riscos que provoca
à saúde.
A dependência física indica que o organismo do indivíduo adaptou-se
fisiologicamente,ao uso crônico da nicotina, desenvolvendo sintomas e sinais
orgânicos quando há interrupção de seu uso. A dependência psicológica é a
necessidade que o indivíduo sente de utilizar a droga, de modo que ele possa
ter uma sensação máxima para o funcionamento de seu corpo, e de sentir
bem estar.
O fumante sabe que nos primeiros dias ao parar de fumar,vai ter irritabilidade;
no entanto, sendo esse um dos sintomas da síndrome de abstinência.
O uso de cigarros similares alivia a irritabilidade. Isso gera um conforto para o
indivíduo, o qual ele passa a considerar, que irritabilidade sentida e qualquer
causa , aparente,(por estresse ou frustação).
A American Psychiatric Association (1994) classifica a dependência para com a
nicotina e a síndrome de abstinência como doenças. Também define a
dependência para a substância como um padrão de má adaptação do uso da
substância, que leva ao dependente um significativo prejuízo, e ao sofrimento.
Tornam-se aparentes através da ocorrência de, pelo menos, três dos seguintes
critérios de durante um período de 12 meses:

a) * Tolerabilidade = definida como uma necessidade crescente da substância


para conseguir a intoxicação ou o efeito desejado; o efeito é grandemente
diminuído com o uso continuado da mesma quantidade da substância.

b) * Síndrome de abstinência = característica pela falta da substâncias do


cigarro no organismo .A casos que tem que usar as substância similares para
aliviar ou para evitar os sintomas da síndrome de abstinência.
7

c)* Há um desejo contínuo ou um esforço mal-sucedido para diminuir o uso da


substância, ou para recuperar-se dos seus efeitos.

e) * As importantes atividades sociais com as ocupacionais ou de recreação


são abandonadas ou reduzidas devido ao uso do cigarro.

f)* O uso do cigarro continua, apesar do indivíduo saber que pode ter um
problema persistente ou recorrente, físico ou psicológico, que provavelmente é
causado pelo seu uso intenso.

Em resumo, são dois os aspectos importantes considerados na dependência


física e psicológica: *(a tolerância e a síndrome de abstinência).
A tolerância é explicada como a necessidade de ingerir quantidades cada vez
maiores de nicotina para que se atinjam os mesmos efeitos do principio do
vicio.
A síndrome de abstinência, com a interrupção do cigarro o organismo começa
a sentir falta das substâncias que antes eram ingeridas pelo individuo,que
passa a sentir alguns sintomas e sinais fisiológico.
Os sintomas e sinais mais freqüentes da síndrome de abstinência são:
* Irritabilidade, agitação, tontura, dificuldade de concentração, redução do
rendimento nas tarefas, aumento da ansiedade, fome, ganho de peso corporal
e desejo incontrolável “fissura” por um cigarro (TOSCANO JÚNIOR, 2001;
MINISTÉRIO DA SAÚDE, 1997; ROSEMBERG, 1987).
A maioria dos sintomas da síndrome de abstinência se inicia algumas horas
após a interrupção do uso do cigarro e atinge intensidade máxima no espaço
de 24 a 48 horas, diminuindo gradativamente durante um período de duas
semanas.
Outros sintomas, como desejo de fumar, principalmente nas situações de
estresse, persistem por meses ou até anos após a interrupção do fumo.
Administração de nicotina sob diversas formas traz o alívio da sintomatologia,
demonstrando que os sintomas de abstinência são devidos à interrupção da
mesma.
Laranjeira (apud Leite, 2001, p. 2) comenta que “70% dos fumantes
apresentam desconforto relacionado à abstinência, daí se origina a
necessidade de uma orientação”
A American Psychiatric Association (1996) revela que somente um terço
das pessoas que param de fumar por si próprios, isto é, param de fumar sem
auxílio comportamental ou farmacológico, permanecem abstinentes por, pelo
menos dois dias e menos de 5% é, na verdade, bem sucedido em qualquer
das suas tentativas para parar de fumar.
Tais indicativos demonstram a gravidade da dependência à nicotina.
Infelizmente ainda há pessoas neste século XXI que não sabem que fumar
causa dependência, e não consideram o cigarro como uma droga, portanto,
tornan-se dependentes.
Dizer ao um fumante que ele é dependente químico, que faz uso de uma
droga, ás vezes, é uma missão muito difícil.
É normal o fumante sentir-se agredido ou ofendido quando esta verdade lhe é
revelada. No entanto, não se pode culpá-lo, pois durante décadas, no século
passado, o fumo foi ao mesmo tempo aliado do charme femenino e acessório
8

de masculinidade como já se mencionou e a sociedade sempre o aceitou sem


preconceitos.
Porém, nas últimas décadas, graças aos institutos de pesquisas e estatíscas,
às pesquisas e propagandas veiculadas pela Organização Mundial da Saúde,
Ministério da Saúde, Instituto Nacional do Câncer e outros órgãos
governamentais e não-governamentais, a verdade está sendo revelada à
sociedade, e é uma só: o cigarro é droga, causa dependência e mata.
Visando chamar a atenção dos fumantes e advertindo que o cigarro é uma
droga, o Ministério da Saúde ([2000?]) divulgou imagens de alguns produtos
presentes na composição do cigarro.
O Ministério da Saúde tinha como objetivo apontar que a indústria do cigarro é
uma das principais inimigas da saúde pública. Tendo como epígrafe a frase
“com a palavra a indústria do cigarro” O material trazia os seguintes
comentários:
“ A Nicotina causa dependência. Nosso negócio, então, é a venda de uma
droga.” (Addison Yeam, da Brown & Williamson, 1963.)
Para o iniciante, fumar um cigarro é um ato simbólico. Eu não sou mais o
filhinho da mamãe, eu sou durão, sou um aventureiro, não sou quadrado.
À medida que o simbolismo psicológico perde a força, o efeito farmacológico
assume o comando para manter o hábito [...]
(Philip Morris, vice-presidente de Pesquisa e Desenvolvimento, “Por
que se fuma” , 1969).
O cigarro não deveria ser visto como um produto, mas como um pacote.
O produto é a nicotina.
Pense no cigarro como um distribuidor de uma dose de nicotina. Pense em
uma tragada como o veiculo da nicotina”. Dra. (Gro Harlem Brundtlant), diretora
geral da (O.M.S), Berlim, 27 de abril de 1999.
A nicotina, segundo o Ministério da Saúde (1997), é a responsável pela
“potencialização do hábito (da vontade) de fumar; ela atua da mesma forma
que a cocaina, o álcool e a morfina, causando a dependência, obrigando o
fumante a usar continuamente o cigarro”. Ressalta-se que dependência
química significa perda controle sobre o uso de uma droga, em razão da
necessidade psicológica e/ou física da mesma.

Doenças Associadas ao Cigarro


O uso do cigarro está relacionado a várias doenças agudas e crônicas. A
literatura pertinente ao tema é rica ao apontar as doenças associadas
tabagismo.
(FERREIRA, 2001; MINISTÉRIO DA SAÚDE, 1997, 1998a, 2000;
ROSEMBERG
As doenças associadas ao uso do cigarro revelam a abrangência dos efeitos
nocivos do uso do fumo. O tabagismo é responsável por 30% das mortes por
câncer e por 90% das mortes por câncer de pulmão. Nas doenças pulmonares
obstrutivas crônicas (DPOC) tais como bronquite e enfisema, 85% das mortes
são causada pelo fumo, nas doenças coronarianas como angina e infarto do
9

miocárdio 25% das mortes, e nas doenças cérebro vasculares, entre elas o
derrame cerebral.
O fumo é responsável por 25% das mortes (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2001).
30% de todos os casos de câncer são causados pelo tabaco.
Dentre os casos de câncer de pulmão, pelo menos 85% são causados pelo
fumo.
Cânceres da cavidade oral, da faringe, da laringe e do esôfago têm estreita
relação com o tabagismo.
Mesmo cânceres mais distantes da via de entrada da fumaça do cigarro, como
câncer de bexiga, dos rins e do pâncreas, são mais comuns entre os fumantes
do que entre os não-fumantes.
No enfisema ocorre destruição da parede dos alvéolos e dos brônquios.
A exposição prolongada dos brônquios à fumaça do cigarro inibe a capacidade
do pulmão para captar oxigênio.
O tecido pulmonar perde a elasticidade e o ar não circula direito.
Ocorre destruição alveolar, porção das vias aéreas responsável pelas trocas
de oxigênio.
Na DPOC essas duas doenças estão sempre juntas, mas pode predominar
uma ou outra.
É fator característico no portador de DPOC a limitação progressiva e
irreversível da respiração, a qual leva os indivíduos às internações freqüentes,
causada por episódios agudos de falta de ar, além de infecções pulmonares.
A falta de ar restringe a capacidade do paciente para realizar a atividades da
vida cotidiana.
Pesquisas mostram que 70% a 90% dos casos de bronquite enfisema
pulmonar são causados pelo cigarro.
Conforme relata Doretto (2002), DPOC é uma doença pouco conhecida que
afeta sete milhões de brasileiros dos quais 90% são fumantes.
É a quinta causa de morte no país, matando cerca de 30 mil pessoas por ano.
Só em 2001 a DPOC foi responsável pela internação de 230 mil pessoas.
Estudos comprovam que 9% da população adulta acima de 40 anos, de
qualquer país, sofre de DPOC.
Cerca de 15% dos fumantes desenvolvem a doença, na maioria dos casos,
após os 50 anos, porque é necessário fumar durante décadas para que ela
apareça.
Uma doença quase que exclusiva dos fumantes é a tromboangeite
obliterante, pois 99% dos doentes que são acometidos deste mal são
fumantes.
A doença causa obstrução de vasos sanguíneos nas extremidades do corpo
(pés, pernas, coxas), levando à necrose os tecidos, o que requer a amputação
de tais membros.
Ressalta-se também que, por promover a obstrução dos vasos circulatórios, o
ato de fumar favorece o surgimento de varizes precoces.
O uso do tabaco também apresenta complicações ao organismo em razão do
incremento da produção de monóxido de carbono, o qual pode tornar o corpo
lentamente carente de oxigênio, e níveis baixos de oxigênio no organismo são
detectados pelo sistema cardíaco podendo o coração começar a trabalhar mal.
Nas doenças cardiovasculares, de 20% a 30% dos casos podem ser
conseqüência do tabaco.
Leite (2002) relata que um estudo feito por um médico do Instituto Dante
10

Pazzanese de Cardiologia concluiu que o risco de infarto do miocárdio é 5,86


vezes maior entre pessoas que fumam mais de cinco cigarros por dia, pois o
tabaco facilita adesão de placas de gordura nas artérias. Os coágulos de
sangue podem ficar presos em pequenas rachaduras nas placas, o que fecha o
vaso, ocasionando o infarto.
Os fumantes também estão sujeitos a sofrer acidente vascular cerebral
conhecido como derrame cerebral, visto que o tabaco possui substâncias
lesivas às paredes das artérias, facilitando a penetração e concentração do
colesterol ruim nesses locais.
Assim, pode haver a formação de coágulos na região e, se eles se rompem,
ocorre uma hemorragia.
Dependendo da região do cérebro afetada, há possibilidade de ocorrerem
seqüelas físicas como paralisia.
Outras doenças menos fatais também são associadas ao tabaco, entre as
quais cita-se a surdez, a osteoporose, a gastrite e úlceras estomacais.
*= Surdez, o ato de fumar favorece a formação de depósitos nas paredes
vasculares que obstruem o fluxo sanguíneo no ouvido interno.
*= A osteoporose o que acontece é que o sangue do fumante retém 15%
menos oxigênio que o de alguém que não fuma, o que leva os ossos a perder a
densidade e a estarem sujeitos a um risco maior de fraturas.
*= Gastrite e as ulceras estomacais acontecem porque o fumo altera os
mecanismos de defesa do corpo, o qual passa a ter dificuldades em lidar com
os ácidos estomacais.
Estes ácidos corroem a parede interna do estômago, provocando então a
gastrite e úlceras do estômago.
Fumantes são duas ou três vezes mais propensos a sofrer de psoríase, uma
doença cutânea inflamatória que descama a pele. O hábito de fumar, não só
provoca ou agrava problemas oculares – quem fuma está mais propenso a
desenvolver catarata –, mas também promove o envelhecimento prematuro
dos tecidos, provocando o aparecimento de rugas.
A degeneração do esperma pode ocorrer devida ao consumo do cigarro.
Fumar pode danificar espermatozóides e DNA, que ocasionam a má formação
fetal.
O cigarro reduz o número de espermatozóides e o fluxo de sangue no pênis,
podendo provocar impotência sexual.

Fumante Passivo:
O fumante passivo é o indivíduo que não fuma, mas está exposto à fumaça de
cigarros de parentes, amigos ou colegas de trabalho. O cigarro é o maior
poluidor ambiental doméstico, segundo a Organização Mundial da Saúde.
Como as pessoas passam 80% de seu tempo em locais fechados no trabalho,
nas residências ou em locais de lazer há grande risco de exposição excessiva
a esta fumaça.Os efeitos nocivos de fumar ativamente são conhecidos há
muitas décadas. Atualmente se reconhece que os não fumantes têm muitas
doenças os que os fumantes costumam apresentar, justamente por estarem
expostos à fumaça do cigarro.
11

QUEM SÃO FUMANTES PASSIVOS?


As pessoas com maior risco de sofrerem as conseqüências do fumo passivo
são aquelas que moram com fumantes ou as que trabalham em ambientes em
que é permitido fumar. O local de trabalho é a principal fonte de exposição à
fumaça do cigarro para profissionais que não moram com fumantes,
principalmente os que trabalham em restaurantes, bares, bingos, cassinos.
Estima-se que aproximadamente 700 milhões de crianças, ou seja, quase a
metade das crianças de todo o mundo são fumantes passivas, principalmente
devido ao hábito de fumar de seus pais.

CONSEQÜÊNCIAS DO FUMO PASSIVO EM ADULTOS:


As principais manifestações clínicas em fumantes passivos adultos são
sintomas respiratórios, em pacientes sadios, exacerbação de efeitos irritativos
em pacientes alérgicos, aumento da taxa de mortalidade por doenças
cardiovasculares (25 a 35%), de câncer de pulmão, desenvolvimento de câncer
do colo do útero, boca, garganta, laringe, esôfago, bexiga, rim, pâncreas,
cérebro, tireóide e mama.
Asmáticos expostos à fumaça do cigarro têm maior risco de dispnéia (falta de
ar) e de restrições das atividades diárias. Adultos continuamente expostos à
fumaça do cigarro têm maior risco de desenvolver asma do que os não
expostos (40 a 60%).
As principais queixas físicas apresentadas pelos fumantes passivos são:
ardência ou queimação das mucosas com irritação ocular e da garganta,
náuseas, cefaléia, espirros, congestão nasal, rinite e tosse.

CONSEQÜÊNCIAS DO FUMO PASSIVO EM CRIANÇAS:


Crianças expostas à fumaça do cigarro têm maior risco de apresentarem
doenças infecciosas do trato respiratório (bronquite, gripe e pneumonia), otite
média, asma, doenças cardiovasculares, distúrbios de comportamento e do
desenvolvimento neurológico e câncer, principalmente do pulmão. Todos estes
efeitos são muito semelhantes aos descritos em adultos, mas as crianças são
mais suscetíveis à toxicidade da fumaça do cigarro por serem imaturos em sua
constituição.
Filhos de fumantes parecem ter dificuldade de aprendizado, atraso no
desenvolvimento da linguagem e mais problemas de comportamento, como
hiperatividade, distúrbios de conduta e desatenção. Por fim, crianças que são
fumantes passivas têm mais chances de tornarem-se fumantes no futuro.
12

Os benefícios ao deixar o vicio do cigarro:

1) Após 20minutos a pressão sanguínea e a pulsação voltam ao normal.


2) Após 2 horas: não há mais nicotina na circulação sangüínea.
3) Após 8 horas: o nível de oxigênio no sangue volta ao normal.
4) Depois de 2 dias: o olfato (cheiro) e o paladar melhoram
significativamente.
5) Após 3 semanas: há nítida melhora na respiração (fôlego), e na
circulação.
6) Após 1 ano: O risco de morte por enfarto se reduz pela metade.
7) Após 5 anos: O risco de câncer de esôfago se reduz pela metade.
8) Após 10 anos: O risco de câncer de pulmão fica reduzido entre 50 -
70% em comparação com o rico a que estão sujeitos os fumantes.
9) Após 15 anos: O risco de doenças vasculares e infarto ficam iguais a
de alguém que nunca fumou.
10) As pessoas que param de fumar por volta dos 30 anos de idade têm
uma expectativa de vida igual a de quem nunca fumou.

11ambivilencia ao deixar de fumar: prazer, saúde, manter o peso, auto estima


relaxamento, sensação de liberdade, melhora nos relacionamento e nas
condições físicas.

Características que ajudam quem quer deixar de fumar:


Nível de instrução e auto confiança habilidade em saber lidar com situações
difíceis.
Fatores ambientais que interferem no tratamento: Aceitação do fumo em
casa, no trabalho, e nos grupos social.

Causas de recaída:
forte desejo de nicotina; ganho de peso; pressões sociais,dificuldade em lidar
com sentimentos negativos.

Formas de ajuda:

Comportamentais: grupos de auto-ajuda; grupos terapêuticos com supervisor


e terapia individual

METODOLOGIA
13

RECURSOS HUMANO: ALUNOS DA ESCOLA,PROFESSORES,DIREÇÃO E


ALUNOS DO CURSO TÉCNICO DE ENFERMAGEM.

RECURSOS MATERIAL:COMPUTADOR ,PANFLETOS.

RECURSOS FÍSICOS: INSTITUTO PROJETO MUDAS DA FAZENDA DO


ESTADO

Coleta de dados.

A coleta de dados ocorreu durante a observação do grupo participantes.

Finalizada a etapa de coleta de dados passa-se a descrever como foram


Elaborado a execução do projeto.

Problemática:

Projeto mudas: com 30 crianças entre 11 e 13 anos em defasagem escolar


cursando a quarta série.
Composição familiar: de 06 a 09 membros, com renda mensal de + ou – de 1
salário mínimo.
Dessas crianças 26 tem o pai como provedor as 4 restante vive de beneficio do
governo.
A maioria tem moradias adquiridas pela prefeitura.
Dois desses estudantes já fazem uso do cigarro
O restante é considerado fumantes passivos.

As reuniões tiveram inicio em 10 a 14 de novembro totalizando cinco reuniões,


no decorrer da semana.
14

29/10/2 Quarta Foi apresentado a proposta do


008 feira projeto para a diretoria da
Instituição focada.

31/10/2 Sexta Levantamentos de dados dos


008 feira alunos.

PALESTRAS REALIZADAS:
Início 13:30 á 16:00

10/11/2 Segunda A historia do tabaco.


008 feira
13:30 á 16:15
11/11/2 Terça feira Os constituintes do cigarro, e
008 suas toxidades.
13:30 á 16:20
12/11/2 Quarta Abordamos algumas patologias
008 feira relacionadas ao tabagismo.

13:30 á 16:20
13/11/2 Quinta Discutimos sobre o que e ser
008 feira fumante passivo.
13:30 á 16:20

Perguntas sobre duvidas


presentes ainda distribuímos
panfletos e falamos sobre os
benefícios ao parar de fumar
14/11/2 SEXTA BENEFÍCIOS AO PARAR DE
008 FEIRA FUMAR

HISTÓRIA DO TABACO E DO TABAGISMO


O uso do tabaco surgiu aproximadamente 1000anos (a.c), com os indigenas
das americas central em rituais magicos e religiosos. Quando os portugueses
no Brasil desembarcaram, tomaram conhecimento do tabaco pelo contato com
os índios.
O fumo era utilizado para a iniciação dos pajés, e nas cerimônias tribais. O
pajé, ao fumar, entrava em transe e em contato com os deuses,espíritos ,
almas dos mortos, ou ainda predizia o melhor momento para ir à caça, viajar ou
atacar o inimigo. A fumaça era considerada purificadora, protegia dos maus
15

espíritos os jovens guerreiros. ás roças, e safras. Usado como planta


medicinal: curavam, feridas, enxaquecas e dores de estômago o fumo era
conhecido pela maior parte das tribos indígenas, as quais faziam dele uso
essencialmente mágico – religioso e medicinal. Na América Central e
Meridional fumava-se em principalmente em charutos fabricados com folhas
de milho ou em outras folhas. Na América do Norte, fumavam em cachimbos,
mas era ainda mascado, bebido ou pitado. No Brasil, era particularmente
importante na civilização dos tupis guaranis, sobre tudo dos grupos que viviam
nas pelas costas que cultivavam. O Tabaco servia como estimulante,supressor
da fome e sede, como analgésicos.No enfoque da OMS é confirmado o uso
mágico-religioso do fumo põem destaca-se ao buscar alterar para fins
espirituais,os pajés utilizam doses excessivas sofrendo as conseqüências da
intoxicação aguda,(náuseas, dificuldade respiratórias
vômitos,tremores,convulsão proteção e inclusive momento de alucinação).
Complementando, a organização refere:durante as viagens que realizou entre
1541e1555,Girolamo benzone observou que tribos da América central se
intoxicava com o tabaco em cessões curativas. Nos rituais, alguns caiam
mortos e permaneciam em estado de estupor em parte do dia e da noite. Ao
recuperar a consciência, os pajés descreviam suas visões e encontros com os
deuses.
No auge do século XVII, o hábito de fumar estava altamente difundido na
Europa. Em Paris, surgem descrições da nova moda de fumar, apreciada pelas
mulheres nos salões galantes parisienses; tratava-se do "cigarette", precursor
este do cigarro.
Na Inglaterra Sir Walter Raleigh, sem a aprovação da rainha Elizabeth I,
cultivou o tabaco e consagrou o cachimbo entre a nobreza, sendo o século XVII
considerado a idade de ouro do cachimbo. O habito de fumar havia-se
constituído rotina diária e toque de charme dos sociais da época, e
representava afirmação de virilidade.
No início do século XVIII, espalhou-se a moda de aspirar rapé (tabaco em
pó). ““Atribuíram -se ao rapé propriedades medicinais, pois se acreditava que o
espirro que ele provocava após sua aspiração eliminava os humores
supérfluos”, revigorava o cérebro” e clareava a mente” , além de curar
bronquite e outros males respiratórios.
O reinado do charuto seria no início do século XIX, difundindo-se em todos os
continentes e tornando-se praticamente universal. Porém, apesar da sua
ascensão, a indústria charuteira estava apreensiva, por quanto uma nova
modalidade de fumar, mais prática, que vinha conquistando as populações: O
cigarro onde seu per cursor foi a cigarette em meados de 1852, logo se
espalhou por toda a Europa e Oriente.
No século XIX, aos poucos, o cigarro dominou o mercado, mas a grande
expansão do hábito de consumo do cigarro tem como primeira data a (Primeira
Guerra Mundial).
(1914/1918), espalhando-se de forma epidêmica por todo o mundo a partir de
meados do século XX, ajudado pelo desenvolvimento de técnicas avançadas
16

CONSTITUINTES DO CIGARRO
. O que há na fumaça do tabaco?
Um dos constituintes químicos do tabaco é a nicotina. Mas quando o tabaco,
cultivado com fertilizantes e pesticidas e depois é processado na forma de
cigarro e finalmente, é queimado dando origem á fumaça que libera muitos
outros constituintes altamente prejudiciais ao organismo. E quais serão estes
constituintes?
A seguir serão apresentados os mais importantes constituintes do tabaco nas
diversas formas de consumo, porém não esquecendo que maior ênfase está
no cigarro industrial.
Henningfield (1988) descreve que na fabricação do cigarro há um cuidado
especial para controlar vários fatores tais como: manter o cigarro aceso durante
as tragadas, alteração do sabor do fumo, controle da quantidade de
substâncias (alcatrão e nicotina). Essas medidas são impostas pelos órgãos
governamentais. Acredita-se que assim seja possível controlar as substancias
adicionadas na fabricação dos cigarros, por exemplo:

a) Fosfato: substância que aumenta a porosidade do papel para garantir uma


queima constante e contínua.

b) Dietileno, D-Sorbitol, GLicol, Glicerina: substâncias que retêm a umidade do


tabaco para que ele queime melhor. São fatores de grande importância na
combustão.

c) Metais pesados: como o Níquel e o Potássio aplicados no solo em


combinação com outros fertilizantes, são absorvidos pela planta assim
também os pesticidas. Todas essas substâncias vão sedimentando-se
imperceptivelmente no organismo do fumante.

d) Elementos radioativos: como o Potássio-40;


e) o Chumbo-210 e o Rádio-226, provenientes do ambiente natural.
Pesquisas do INCA (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 1997), complementam a lista de
substâncias que são usadas na fabricação do cigarro e informam sobre suas
serventias no dia-a-dia:
Acetona: removedor de esmalte.
Terebintina: diluidor de tinta a óleo.
Formol: conservante de cadáver;
Amônia: desinfetante para pisos, azulejos e privadas.
N  aftalina: eficiente mata-baratas.
Fósforo P4/P6: usado em veneno para ratos.
R  esíduos de agrotóxicos, como DDT.
Metais pesados: cádmio e cromo.

Durante uma tragada, o vértice do cone que queima no centro do cigarro atinge
uma temperatura de mais de 1000 graus C. Essa minúscula fornalha resulta
17

em uma industria química em miniatura, que usa centenas dos materiais


disponíveis para produzir muitos outros.
Henningfield (1988) classificou a fumaça que sai do cigarro e é tragada
para os pulmões como a fumaça principal e a que sai na ponta do cigarro e vai
para o meio ambiente, como a fumaça secundária.
A literatura considera que na fumaça do tabaco há milhares de elementos, os
três mais freqüentemente citados são o alcatrão, o monóxido de carbono e a
nicotina.
Holbrook (1998) explica que o alcatrão é o conjunto de várias substâncias
presentes na fumaça do tabaco e é a fase particulada da fumaça. Por sua vez,
Henningfield (1988), diz que o alcatrão só está presente no tabaco queimado,
ou seja, na fumaça do tabaco.
O INCA especifica com mais informações, dizendo que só a extremidade acesa
do cigarro, por exemplo, cuja temperatura tem entre 835 a 884 graus
centígrados, sofre combustão completa e à medida que se afasta da zona
incandescente, o ar fica pobre em oxigênio e a combustão torna-se incompleta.
Para Henningfield (1988), o alcatrão é uma das maiores ameaças à saúde
contidas no cigarro, pois é o causador de vários tipos de câncer. Nele há
vários tipos substâncias cancerígenas como, arsênico, níquel, benzo[a]pireno.
Como o alcatrão só existe no tabaco queimado, o rapé (tabaco em pó para
cheirar) e otabaco para mascar não liberam alcatrão.
Quanto à outras substâncias presente na fumaça do tabaco, é na verdade com
um gás, o Monóxido de Carbono (CO) o qual resulta da combustão da
matéria. Em um cigarro aceso, só na ponta acesa há oxigênio e, à medida
que se distância da ponta acesa, o suprimento de oxigênio diminui, como
acontece no interior do cigarro quando está sendo fumado. É nesse interior que
é incrementada a produção de monóxido de carbono, ou seja, a restrição de
oxigênio incrementa a produção de carbono.
Holbrook (1998) refere que a composição do cigarro reúne quase cinco
mil elementos químicos. Esses elementos estão dispostos em fases. Uma
delas é particulada(alcatrão) e a outra é gasosa( composta por inúmeros
gases, entre os quais está o Monóxido de Carbono).
O cigarro industrial vem sofrendo contínuas modificações na tentativa de
Torna-lo menos nocivo. A colocação de filtro teve como intuito reter parte das
partículas de substâncias cancerígenas presentes na fumaça ao ser tragada,
porém, pesquisas demonstram que o filtro surtiu efeito contrário; ao invés de
amenizar os prejuízos á saúde como era esperado na verdade aumentou o
numero de patologias relacionada ao tabaco.
Rigatto (1997) diz que o filtro encurta a vida do fumante em três anos, e explica
que foi verificado nas pesquisas que a fumaça filtrada tem, como se esperava,
menos alcatrão mas, em contrapartida, seu teor de monóxido de carbono é de
26% maior. O autor explica o câncer é proveniente do alcatrão. E o infarto é
proveniente do Monóxido de Carbono, que é a primeira causa de morte
relacionada ao tabaco. Foram feitas pesquisa com pessoas que sofreram de
infarto , desta pesquisa foi descoberto excesso de Monóxido de Carbono no
organismo dos clientes.Conclui se então que não havia permeabilidade das
paredes do filtro. A partir daí, as indústrias propuseram o uso do filtro com
paredes porosas.
* O cigarro artesanal (cigarro de palha ou palheiro), ao contrário do que
frequentemente se pensa, é do tipo mais tóxico do que o cigarro industrial. As
18

possíveis razões para isso, são: O fumo picado que é usado para fazer o
palheiro, tem maior teor de nicotina e de alcatrão, quando comparado ao
industrializado. A palha usada para fazer o palheiro é menos porosa ao ar em
decorrência há uma menor diluição da fumaça durante a tragada e, por último,
o fato do fumante do palheiro fumá-lo por inteiro, diferente do cigarro industrial
que não consegue fumá-lo por inteiro, pois entre as tragadas, nos momentos
em que o cigarro fica parado no cinzero, ele vai-se queimando sozinho. A
proporção chega a ser de seis palheiros para vinte cigarros industriais.
* O fumante de charuto e o de cachimbo não tragam a fumaça devido à
alcalinidade do fumo destes produtos a qual faz com que a nicotina seja
absorvida pela mucosa bucal. Por isso as pesquisas mostram que estes
produtos causam maiores danos á cavidade oral e lesam menos
segnificativamente outras partes do organismo.
* Cigarro industrial, devido ao meio ácido, a absorção só se dá no nível
alveolar, por isso o fumante deste necessita tragar a fumaça profundamente
para absorve-la.
No caso dos cigarros industrializados com baixos teores de nicotina e alcatrão,
o que ocorre é que, em busca de uma certa dose de nicotina da qual o fumante
Já está quimicamente dependente, a atitude deste é tragar a fumaça mais
profundamente e até mesmo fumar maior quantidade de cigarros desse tipo.
Outro fato se refere à complementação de aditivos químicos, potencialmente
nocivos à saúde, acrescentados a esses cigarros em busca da obtenção do
cheiro e do gosto de que são desprovidos em razão da baixa quantidade de
nicotina e de alcatrão.
Enfim, um mesmo produto do tabaco pode acarretar efeito tóxico de diferentes
intensidades conforme o uso que dele faz o fumante. Embora a nicotina tenha
ação nociva sobre o organismo, a maior parte dos danos físicos causados pelo
cigarro advém do monóxido de carbono e de constituintes do alcatrão, mesmo
assim é correto afirmar que a nicotina é o principal alcalóide do tabaco e
responsável por seus efeitos psicoativos.
Para uma melhor explanação sobre o que são os efeitos psicoativos e saber
mais sobre a nicotina, o próximo item deste capítulo é dedicado exclusivamente
a essa substância.

A Droga Nicotina

As drogas psicóticas ou psicoativas são substâncias matérias ou produtos


sintéticos que, ao serem utilizados por qualquer via de administração,
produzem mudanças no sistema nervoso central do indivíduo, alterando o
humor, o nível de percepção,ou seja, seu estado emocional e comportamental
bem como sua capacidade de aprendizagem. Geralmente essas alterações
proporcionam sensações de prazer.
Para que uma substância possa ser considerada psicoativa ela deve produzir
efeitos psicoativos e deve haver evidências de que o comportamento de usa-la
seja reforçado pelos efeitos da própria substância. Assim, recorrer ao uso de
drogas psicoativas é, na verdade, tentar uma modificação de percepções e
19

sensações, seja nas relações familiares, na sociedade, seja em relação a si


mesmo.
As relações do homem com as substâncias psicoativas não podem ser
consideradas um evento novo no repertório humano, pelo contrário, elas são
bastante antigas, melhor dizendo, ancestrais. Trata-se de uma presença
contínua no tempo, e que envolve não somente medicina e ciência, mas
também magia, religião,rituais, cultura e festa.
A nicotina é um alcalóide vegetal; sua fonte principal é a planta do tabaco que
sintetizada nas raízes, sobe pelo caule até as folhas. O termo “nicotina”
aparece na língua francesa em 1818. Sua fórmula bruta (C10 H14 N12) foi
determinada em 1840 e em 1890 foi sintetizada. A nicotina é a substância
responsável pela dependência e pelos quadros agudos de patologias das
artérias coronárias,responsável também por essas patologias é o monóxido de
carbono.
Conforme discorrem Benowitz e Henningfield (1994), durante o ato de fumar,
após uma tragada, a nicotina aspirada passa pela rede alvéolo capilar e,
atingindo a circulação, atravessa rapidamente a barreira hematoencefálica,
gastando neste processo em torno de 9 segundos. A concentração de nicotina
atinge níveis máxímos na circulação periférica .
Para Seibel e Toscano Junior“[...] as substâncias psicoativas constituem um
conjunto de produtos capazes de modificar o curso do pensamento ou estado
da consciência”. Os autores informam que, de acordo com a classificação
geral das substâncias psicoativas, o tabaco está classificado como
psicoanaléptico, ou seja, substância que “[...] estimula o tônus mental”
(SEIBEL; TOSCANO JÚNIOR, associa a nicotina a: cocaína e crack também
estão na mesma classificação, por produzir efeitos sobre o funcionamento do
corpo que resultam em mudanças fisiológicas e de comportamento, a nicotina é
considerada uma droga que causa dependência física e psicológica. Ela faz
com que as pessoas a utilizem mesmo sabendo dos sérios riscos que provoca
à saúde.
A dependência física indica que o organismo do indivíduo adaptou-se
fisiologicamente,ao uso crônico da nicotina, desenvolvendo sintomas e sinais
orgânicos quando há interrupção de seu uso. A dependência psicológica é a
necessidade que o indivíduo sente de utilizar a droga, de modo que ele possa
ter uma sensação máxima para o funcionamento de seu corpo, e de sentir
bem estar.
O fumante sabe que nos primeiros dias ao parar de fumar,vai ter irritabilidade;
no entanto, sendo esse um dos sintomas da síndrome de abstinência.
O uso de cigarros similares alivia a irritabilidade. Isso gera um conforto para o
indivíduo, o qual ele passa a considerar, que irritabilidade sentida e qualquer
causa , aparente,(por estresse ou frustação).
A American Psychiatric Association (1994) classifica a dependência para com a
nicotina e a síndrome de abstinência como doenças. Também define a
dependência para a substância como um padrão de má adaptação do uso da
substância, que leva ao dependente um significativo prejuízo, e ao sofrimento.
Tornam-se aparentes através da ocorrência de, pelo menos, três dos seguintes
critérios de durante um período de 12 meses:
20

a) * Tolerabilidade = definida como uma necessidade crescente da substância


para conseguir a intoxicação ou o efeito desejado; o efeito é grandemente
diminuído com o uso continuado da mesma quantidade da substância.

b) * Síndrome de abstinência = característica pela falta da substâncias do


cigarro no organismo .A casos que tem que usar as substância similares para
aliviar ou para evitar os sintomas da síndrome de abstinência.

c)* Há um desejo contínuo ou um esforço mal-sucedido para diminuir o uso da


substância, ou para recuperar-se dos seus efeitos.

e) * As importantes atividades sociais com as ocupacionais ou de recreação


são abandonadas ou reduzidas devido ao uso do cigarro.

f)* O uso do cigarro continua, apesar do indivíduo saber que pode ter um
problema persistente ou recorrente, físico ou psicológico, que provavelmente é
causado pelo seu uso intenso.

Em resumo, são dois os aspectos importantes considerados na dependência


física e psicológica: *(a tolerância e a síndrome de abstinência).
A tolerância é explicada como a necessidade de ingerir quantidades cada vez
maiores de nicotina para que se atinjam os mesmos efeitos do principio do
vicio.
A síndrome de abstinência, com a interrupção do cigarro o organismo começa
a sentir falta das substâncias que antes eram ingeridas pelo individuo,que
passa a sentir alguns sintomas e sinais fisiológico.
Os sintomas e sinais mais freqüentes da síndrome de abstinência são:
* Irritabilidade, agitação, tontura, dificuldade de concentração, redução do
rendimento nas tarefas, aumento da ansiedade, fome, ganho de peso corporal
e desejo incontrolável “fissura” por um cigarro (TOSCANO JÚNIOR, 2001;
MINISTÉRIO DA SAÚDE, 1997; ROSEMBERG, 1987).
A maioria dos sintomas da síndrome de abstinência se inicia algumas horas
após a interrupção do uso do cigarro e atinge intensidade máxima no espaço
de 24 a 48 horas, diminuindo gradativamente durante um período de duas
semanas.
Outros sintomas, como desejo de fumar, principalmente nas situações de
estresse, persistem por meses ou até anos após a interrupção do fumo.
Administração de nicotina sob diversas formas traz o alívio da sintomatologia,
demonstrando que os sintomas de abstinência são devidos à interrupção da
mesma.
Laranjeira (apud Leite, 2001, p. 2) comenta que “70% dos fumantes
apresentam desconforto relacionado à abstinência, daí se origina a
necessidade de uma orientação”
A American Psychiatric Association (1996) revela que somente um terço
das pessoas que param de fumar por si próprios, isto é, param de fumar sem
auxílio comportamental ou farmacológico, permanecem abstinentes por, pelo
menos dois dias e menos de 5% é, na verdade, bem sucedido em qualquer
das suas tentativas para parar de fumar.
Tais indicativos demonstram a gravidade da dependência à nicotina.
Infelizmente ainda há pessoas neste século XXI que não sabem que fumar
21

causa dependência, e não consideram o cigarro como uma droga, portanto,


tornan-se dependentes.
Dizer ao um fumante que ele é dependente químico, que faz uso de uma
droga, ás vezes, é uma missão muito difícil.
É normal o fumante sentir-se agredido ou ofendido quando esta verdade lhe é
revelada. No entanto, não se pode culpá-lo, pois durante décadas, no século
passado, o fumo foi ao mesmo tempo aliado do charme femenino e acessório
de masculinidade como já se mencionou e a sociedade sempre o aceitou sem
preconceitos.
Porém, nas últimas décadas, graças aos institutos de pesquisas e estatíscas,
às pesquisas e propagandas veiculadas pela Organização Mundial da Saúde,
Ministério da Saúde, Instituto Nacional do Câncer e outros órgãos
governamentais e não-governamentais, a verdade está sendo revelada à
sociedade, e é uma só: o cigarro é droga, causa dependência e mata.
Visando chamar a atenção dos fumantes e advertindo que o cigarro é uma
droga, o Ministério da Saúde ([2000?]) divulgou imagens de alguns produtos
presentes na composição do cigarro.
O Ministério da Saúde tinha como objetivo apontar que a indústria do cigarro é
uma das principais inimigas da saúde pública. Tendo como epígrafe a frase
“com a palavra a indústria do cigarro” O material trazia os seguintes
comentários:
“ A Nicotina causa dependência. Nosso negócio, então, é a venda de uma
droga.” (Addison Yeam, da Brown & Williamson, 1963.)
Para o iniciante, fumar um cigarro é um ato simbólico. Eu não sou mais o
filhinho da mamãe, eu sou durão, sou um aventureiro, não sou quadrado.
À medida que o simbolismo psicológico perde a força, o efeito farmacológico
assume o comando para manter o hábito [...]
(Philip Morris, vice-presidente de Pesquisa e Desenvolvimento, “Por
que se fuma” , 1969).
O cigarro não deveria ser visto como um produto, mas como um pacote.
O produto é a nicotina.
Pense no cigarro como um distribuidor de uma dose de nicotina. Pense em
uma tragada como o veiculo da nicotina”. Dra. (Gro Harlem Brundtlant), diretora
geral da (O.M.S), Berlim, 27 de abril de 1999.
A nicotina, segundo o Ministério da Saúde (1997), é a responsável pela
“potencialização do hábito (da vontade) de fumar; ela atua da mesma forma
que a cocaina, o álcool e a morfina, causando a dependência, obrigando o
fumante a usar continuamente o cigarro”. Ressalta-se que dependência
química significa perda controle sobre o uso de uma droga, em razão da
necessidade psicológica e/ou física da mesma.

Doenças Associadas ao Cigarro


O uso do cigarro está relacionado a várias doenças agudas e crônicas. A
literatura pertinente ao tema é rica ao apontar as doenças associadas
tabagismo.
(FERREIRA, 2001; MINISTÉRIO DA SAÚDE, 1997, 1998a, 2000;
ROSEMBERG
22

As doenças associadas ao uso do cigarro revelam a abrangência dos efeitos


nocivos do uso do fumo. O tabagismo é responsável por 30% das mortes por
câncer e por 90% das mortes por câncer de pulmão. Nas doenças pulmonares
obstrutivas crônicas (DPOC) tais como bronquite e enfisema, 85% das mortes
são causada pelo fumo, nas doenças coronarianas como angina e infarto do
miocárdio 25% das mortes, e nas doenças cérebro vasculares, entre elas o
derrame cerebral.
O fumo é responsável por 25% das mortes (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2001).
30% de todos os casos de câncer são causados pelo tabaco.
Dentre os casos de câncer de pulmão, pelo menos 85% são causados pelo
fumo.
Cânceres da cavidade oral, da faringe, da laringe e do esôfago têm estreita
relação com o tabagismo.
Mesmo cânceres mais distantes da via de entrada da fumaça do cigarro, como
câncer de bexiga, dos rins e do pâncreas, são mais comuns entre os fumantes
do que entre os não-fumantes.
No enfisema ocorre destruição da parede dos alvéolos e dos brônquios.
A exposição prolongada dos brônquios à fumaça do cigarro inibe a capacidade
do pulmão para captar oxigênio.
O tecido pulmonar perde a elasticidade e o ar não circula direito.
Ocorre destruição alveolar, porção das vias aéreas responsável pelas trocas
de oxigênio.
Na DPOC essas duas doenças estão sempre juntas, mas pode predominar
uma ou outra.
É fator característico no portador de DPOC a limitação progressiva e
irreversível da respiração, a qual leva os indivíduos às internações freqüentes,
causada por episódios agudos de falta de ar, além de infecções pulmonares.
A falta de ar restringe a capacidade do paciente para realizar a atividades da
vida cotidiana.
Pesquisas mostram que 70% a 90% dos casos de bronquite enfisema
pulmonar são causados pelo cigarro.
Conforme relata Doretto (2002), DPOC é uma doença pouco conhecida que
afeta sete milhões de brasileiros dos quais 90% são fumantes.
É a quinta causa de morte no país, matando cerca de 30 mil pessoas por ano.
Só em 2001 a DPOC foi responsável pela internação de 230 mil pessoas.
Estudos comprovam que 9% da população adulta acima de 40 anos, de
qualquer país, sofre de DPOC.
Cerca de 15% dos fumantes desenvolvem a doença, na maioria dos casos,
após os 50 anos, porque é necessário fumar durante décadas para que ela
apareça.
Uma doença quase que exclusiva dos fumantes é a tromboangeite
obliterante, pois 99% dos doentes que são acometidos deste mal são
fumantes.
A doença causa obstrução de vasos sanguíneos nas extremidades do corpo
(pés, pernas, coxas), levando à necrose os tecidos, o que requer a amputação
de tais membros.
Ressalta-se também que, por promover a obstrução dos vasos circulatórios, o
ato de fumar favorece o surgimento de varizes precoces.
O uso do tabaco também apresenta complicações ao organismo em razão do
incremento da produção de monóxido de carbono, o qual pode tornar o corpo
23

lentamente carente de oxigênio, e níveis baixos de oxigênio no organismo são


detectados pelo sistema cardíaco podendo o coração começar a trabalhar mal.
Nas doenças cardiovasculares, de 20% a 30% dos casos podem ser
conseqüência do tabaco.
Leite (2002) relata que um estudo feito por um médico do Instituto Dante
Pazzanese de Cardiologia concluiu que o risco de infarto do miocárdio é 5,86
vezes maior entre pessoas que fumam mais de cinco cigarros por dia, pois o
tabaco facilita adesão de placas de gordura nas artérias. Os coágulos de
sangue podem ficar presos em pequenas rachaduras nas placas, o que fecha o
vaso, ocasionando o infarto.
Os fumantes também estão sujeitos a sofrer acidente vascular cerebral
conhecido como derrame cerebral, visto que o tabaco possui substâncias
lesivas às paredes das artérias, facilitando a penetração e concentração do
colesterol ruim nesses locais.
Assim, pode haver a formação de coágulos na região e, se eles se rompem,
ocorre uma hemorragia.
Dependendo da região do cérebro afetada, há possibilidade de ocorrerem
seqüelas físicas como paralisia.
Outras doenças menos fatais também são associadas ao tabaco, entre as
quais cita-se a surdez, a osteoporose, a gastrite e úlceras estomacais.
*= Surdez, o ato de fumar favorece a formação de depósitos nas paredes
vasculares que obstruem o fluxo sanguíneo no ouvido interno.
*= A osteoporose o que acontece é que o sangue do fumante retém 15%
menos oxigênio que o de alguém que não fuma, o que leva os ossos a perder a
densidade e a estarem sujeitos a um risco maior de fraturas.
*= Gastrite e as ulceras estomacais acontecem porque o fumo altera os
mecanismos de defesa do corpo, o qual passa a ter dificuldades em lidar com
os ácidos estomacais.
Estes ácidos corroem a parede interna do estômago, provocando então a
gastrite e úlceras do estômago.
Fumantes são duas ou três vezes mais propensos a sofrer de psoríase, uma
doença cutânea inflamatória que descama a pele. O hábito de fumar, não só
provoca ou agrava problemas oculares – quem fuma está mais propenso a
desenvolver catarata –, mas também promove o envelhecimento prematuro
dos tecidos, provocando o aparecimento de rugas.
A degeneração do esperma pode ocorrer devida ao consumo do cigarro.
Fumar pode danificar espermatozóides e DNA, que ocasionam a má formação
fetal.
O cigarro reduz o número de espermatozóides e o fluxo de sangue no pênis,
podendo provocar impotência sexual.

Fumante Passivo:
O fumante passivo é o indivíduo que não fuma, mas está exposto à fumaça de
cigarros de parentes, amigos ou colegas de trabalho. O cigarro é o maior
poluidor ambiental doméstico, segundo a Organização Mundial da Saúde.
Como as pessoas passam 80% de seu tempo em locais fechados no trabalho,
nas residências ou em locais de lazer há grande risco de exposição excessiva
a esta fumaça.Os efeitos nocivos de fumar ativamente são conhecidos há
24

muitas décadas. Atualmente se reconhece que os não fumantes têm muitas


doenças os que os fumantes costumam apresentar, justamente por estarem
expostos à fumaça do cigarro.

QUEM SÃO FUMANTES PASSIVOS?


As pessoas com maior risco de sofrerem as conseqüências do fumo passivo
são aquelas que moram com fumantes ou as que trabalham em ambientes em
que é permitido fumar. O local de trabalho é a principal fonte de exposição à
fumaça do cigarro para profissionais que não moram com fumantes,
principalmente os que trabalham em restaurantes, bares, bingos, cassinos.
Estima-se que aproximadamente 700 milhões de crianças, ou seja, quase a
metade das crianças de todo o mundo são fumantes passivas, principalmente
devido ao hábito de fumar de seus pais.

CONSEQÜÊNCIAS DO FUMO PASSIVO EM ADULTOS:


As principais manifestações clínicas em fumantes passivos adultos são
sintomas respiratórios, em pacientes sadios, exacerbação de efeitos irritativos
em pacientes alérgicos, aumento da taxa de mortalidade por doenças
cardiovasculares (25 a 35%), de câncer de pulmão, desenvolvimento de câncer
do colo do útero, boca, garganta, laringe, esôfago, bexiga, rim, pâncreas,
cérebro, tireóide e mama.
Asmáticos expostos à fumaça do cigarro têm maior risco de dispnéia (falta de
ar) e de restrições das atividades diárias. Adultos continuamente expostos à
fumaça do cigarro têm maior risco de desenvolver asma do que os não
expostos (40 a 60%).
As principais queixas físicas apresentadas pelos fumantes passivos são:
ardência ou queimação das mucosas com irritação ocular e da garganta,
náuseas, cefaléia, espirros, congestão nasal, rinite e tosse.

CONSEQÜÊNCIAS DO FUMO PASSIVO EM CRIANÇAS:


Crianças expostas à fumaça do cigarro têm maior risco de apresentarem
doenças infecciosas do trato respiratório (bronquite, gripe e pneumonia), otite
média, asma, doenças cardiovasculares, distúrbios de comportamento e do
desenvolvimento neurológico e câncer, principalmente do pulmão. Todos estes
efeitos são muito semelhantes aos descritos em adultos, mas as crianças são
mais suscetíveis à toxicidade da fumaça do cigarro por serem imaturos em sua
constituição.
25

Filhos de fumantes parecem ter dificuldade de aprendizado, atraso no


desenvolvimento da linguagem e mais problemas de comportamento, como
hiperatividade, distúrbios de conduta e desatenção. Por fim, crianças que são
fumantes passivas têm mais chances de tornarem-se fumantes no futuro.

Os benefícios ao deixar o vicio do cigarro:

1) Após 20minutos a pressão sanguínea e a pulsação voltam ao normal.


2) Após 2 horas: não há mais nicotina na circulação sangüínea.
3) Após 8 horas: o nível de oxigênio no sangue volta ao normal.
4) Depois de 2 dias: o olfato (cheiro) e o paladar melhoram
significativamente.
5) Após 3 semanas: há nítida melhora na respiração (fôlego), e na
circulação.
6) Após 1 ano: O risco de morte por enfarto se reduz pela metade.
7) Após 5 anos: O risco de câncer de esôfago se reduz pela metade.
8) Após 10 anos: O risco de câncer de pulmão fica reduzido entre 50 -
70% em comparação com o rico a que estão sujeitos os fumantes.
9) Após 15 anos: O risco de doenças vasculares e infarto ficam iguais a
de alguém que nunca fumou.
10) As pessoas que param de fumar por volta dos 30 anos de idade têm
uma expectativa de vida igual a de quem nunca fumou.

11ambivilencia ao deixar de fumar: prazer, saúde, manter o peso, auto estima


relaxamento, sensação de liberdade, melhora nos relacionamento e nas
condições físicas.

Características que ajudam quem quer deixar de fumar:


Nível de instrução e auto confiança habilidade em saber lidar com situações
difíceis.
Fatores ambientais que interferem no tratamento: Aceitação do fumo em
casa, no trabalho, e nos grupos social.

Causas de recaída:
forte desejo de nicotina; ganho de peso; pressões sociais,dificuldade em lidar
com sentimentos negativos.

Formas de ajuda:

Comportamentais: grupos de auto-ajuda; grupos terapêuticos com supervisor


e terapia individual

Conclusão:
26

A escola é o principal foco de atuação na abordagem para o controle do


tabagismo entre a população jovem no Brasil. O trabalho de controle do
tabagismo deve ser preconizado dentro de um contexto mais amplo de
qualidade de vida e ter uma visão holística de saúde. O tabagismo pode
desenvolver outros fatores de riscos como: (álcool, drogas licitas.) Um
planejamento conjunto entre a O.M.S e com M.E (Ministerio da Educação) é
requisito indispensável para a implantação de módulos de prevenção do
tabagismo junto às escolas.
envolve um conjunto de ações educativas, normativas e organizacionais que
visa estimular mudanças de comportamento relacionado ao tabagismo entre
professores, alunos e toda a comunidade que interage com a escola.
Para que eles possam apoiar de forma educativa.
27

29/10/2 Quarta Foi apresentado a proposta do


008 feira projeto para a diretoria da
Instituição focada.

31/10/2 Sexta Levantamentos de dados dos


008 feira alunos.

PALESTRAS REALIZADAS:
Início 13:30 á 16:00

10/11/2 Segunda A historia do tabaco.


008 feira
13:30 á 16:15
11/11/2 Terça feira Os constituintes do cigarro, e
008 suas toxidades.
13:30 á 16:20
12/11/2 Quarta Abordamos algumas patologias
008 feira relacionadas ao tabagismo.

13:30 á 16:20
13/11/2 Quinta Discutimos sobre o que e ser
008 feira fumante passivo.
13:30 á 16:20

Perguntas sobre duvidas


presentes ainda distribuímos
panfletos e falamos sobre os
benefícios ao parar de fumar
14/11/2 SEXTA BENEFÍCIOS AO PARAR DE
008 FEIRA FUMAR
28

2 CONCLUSÃO DO ESTUDO DE CASO


Este trabalho teve com meta promover a conscientização e a prevenção do
tabagismo entre os alunos e professores da Instituição do projeto mudas.
Os coordenadores da Instituição foram todos muitos receptíveis com a equipe
do projeto, nos auxiliarão com tranqüilidade no desenvolvimento para coletas
de dados entre os alunos.
29

Quando lhes foi dito que estariam sendo observados com o


objetivo de realizar um trabalho de acordo com suas necessidade e duvidas
relacionadas ao tabagismo, todos os participantes deram reforço
positivo, aceitando a observação e apoiando o objetivo da observação sem
nenhuma objeção. Nesse sentido, a observação participante permitiu a
constatação e o levantamento de duvidas.
Constatou-se, através da observação participante, que os integrantes do grupo,
possuíam de forma geral, algumas expectativas do propósito do programa.
Os pontos mais evidentes na observação eram:
* cigarro e droga
* Porque fumar faz mal.
* Quais as substancias que compõe o cigarro.

Conclusão:

A escola é o principal foco de atuação na abordagem para o controle do


tabagismo entre a população jovem no Brasil. O trabalho de controle do
tabagismo deve ser preconizado dentro de um contexto mais amplo de
qualidade de vida e ter uma visão holística de saúde. O tabagismo pode
desenvolver outros fatores de riscos como: (álcool, drogas licitas.) Um
planejamento conjunto entre a O.M.S e com M.E (Ministerio da Educação) é
requisito indispensável para a implantação de módulos de prevenção do
tabagismo junto às escolas.
envolve um conjunto de ações educativas, normativas e organizacionais que
visa estimular mudanças de comportamento relacionado ao tabagismo entre
professores, alunos e toda a comunidade que interage com a escola.
Para que eles possam apoiar de forma educativa.

REFERÊNCIAS
ALMEIDA, O. P. et al. Manual de psiquiatria. Rio de Janeiro: Koogan, 1996.
30

AMERICAN PSYCHIATRIC ASSOCIATION. Diagnostic and Statistical


Manual of
Mental Dissorders. 4 th ed. Washington, DC, 1994.
AMERICAN PSYCHIATRIC ASSOCIATION. Practice guideline for the treatment
of
patients with nicotine dependence. American Journal of psychiatry,
Washington,
v. 153, p. 1-31, 1996. Suppl.
ASTI VERA. Armando. Metodologia da pesquisa científica. 4. ed. Porto
Alegre:
Globo, 1978. 223p.
BENOWITZ, N. L.; HENNINGLIELD, J. E. Establishing a nicotine threshold for
addiction: the implications for tobacco regulation. The New England Journal of
Medicine, London, v. 331, n. 2, p. 123-125, 1994.
BIANCARELLI, Aureliano. Só 40 centros oferecem tratamento pelo SUS. Folha
de
S. Paulo, São Paulo, 7 out. 2002. Cotidiano, p. C1.
BOEIRA, Sérgio Luiz. Atrás da cortina de fumaça: tabaco, tabagismo e meio
ambiente – estratégias da indústria e dilema da crítica. 2000. 431 f. Tese
(Doutorado em Ciências Humanas/Sociedade e Meio Ambiente) – Centro de
Filosofia e Ciências Humanas, Universidade Federal de Santa Catarina,
Florianópolis.
BUENO, Francisco da Silveira Bueno. Minidicionário da língua portuguesa.
São
Paulo: FDT, 2000. 830 p.
CARVALHO, A. M. A . Considerações sobre alguns pressupostos da psicologia
e
suas implicações teóricas e metodológicas. Revista Psicologia, v. 1, n. 2, p. 1-
20,
1976.
CINCIRIPINI, P. M. et al. Behavior therapy and transdernal nicotine patch:
effects on
cessation outcome, affect, and coping. Journal of Consult Clinic Psychology,
v.
64, n.2, p. 14-23, 1996.
COSTA E SILVA, Vera Lúcia da. Tabagismo: um problema de saúde pública no
Brasil. JBM, v. 59, n.2. p. 14-23, ago 1990.
CRUZ NETO, Otávio. O trabalho de campo como descoberta e criação. In:
MINAYO, Maria Cecília de Souza (Org.). Pesquisa social: teoria, método e
criatividade. 16. ed. Petrópolis: Vozes, 2000. p.51-66.
122
OS DANOS ao organismo. Folha de S. Paulo, São Paulo, 2 dez. 2002.
Folhateen

Вам также может понравиться