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Resumo
Alianças estratégicas estão se tornando sempre mais populares,
particularmente para empreender atividades de desenvolvimentos tecnológicos.
Sua rápida ascensão desde a década de 80 é encarada como uma evidência
adicional da globalização. Neste artigo analisamos as tendências das alianças
tecnológicas estratégicas (ATEs). Em particular, o uso da ATE internacional tem
crescido apesar de mais lentamente nas firmas dos EUA do que na Europa e Japão.
Além disso, eles tem crescido com o uso de acordos não intensivos em capital, o
que parece ser um meio superior para empreender no desenvolvimento tecnológico
em setores de alta tecnologia e de setores de rápida evolução. Dentre outras
coisas, nossa análise sugere que, na medida em que estas Alianças Estratégicas
Tecnológicas vão surgindo, causam o aparecimento de outras empresas para fazer o
que as empresas do mesmo setor fazem, independentemente de sua nacionalidade.
1. Introdução
1Este texto é uma tradução feita a partir de HAGENDOORN,J., NARULA, R. 1998 por Rodrigo Hermont
Ozon. Erros e omissões são de minha inteira responsabilidade.
se mostram particularmente graves em setores que são capital e
conhecimento-intensivos, bem como daqueles que dependem de novas
tecnologias e rápida evolução.
É importante lembrar que uma outra definição de globalização diz
respeito a países que vem se tornando similares, mas isto não significa dizer
que suas economias estão se tornando idênticas (Archibugi and Pianta,
1992; Narula, 1996). Esta elucidação é crucial pois estes setores essenciais
estão onde as firmas tem se internacionalizado rapidamente, não somente
porque as permitem competir em vários mercados simultaneamente, mas
também porque as permitem explorar e utilizar ativos e tecnologias que
podem ser muito específicas em localizações particulares. Como
Knickerbocker (1973) inicialmente demonstrou, as firmas algumas vezes se
estabelecem em alguns mercados simplesmente porque seus competidores
fizeram o mesmo.
Levando isso em consideração e também o fato de que ambas; inovação
e/ou respostas rápidas as inovações de um único competidor são a chave
para a sobrevivência num ambiente de mercado; a necessidade de se
mostrar onipresente se torna óbvia.
Infelizmente, os altos custos e riscos de cada uma destas opções tem se
mostrado onipresente e onerosa. Muitas firmas tem de arcar com a
duplicação de sua cadeia de valor em diferentes localizações, e como tal,
tem de considerar atividades colaborativas.
O uso da colaboração para empreender as relações de produção com
outras firmas é tão antiga quanto o próprio tempo, mas a novidade surge
pelo menos em quatro níveis. Primeiro, a colaboração é agora
freqüentemente considerada como uma primeira melhor opção, em vez de
um último recurso (Dunning, 1995). Segundo, as firmas cada vez mais
fazem uso de tais acordos para empreender em P&D, uma atividade que é
tradicionalmente guardada a sete chaves. Estimativas recentes apontam
para o número de colaborações em P&D na faixa de 10 a 15% de todos os
acordos e acredita-se que este número tem triplicado desde a década de
802.
Terceiro, não são unicamente as firmas que estão fazendo mais
colaboração através de P&D, elas o fazem com parcerias estrangeiras
(Hagerdoorn, 1996). E quarto; a novidade em termos de alianças em P&D é
2Estas estimativas são baseadas nos resultados obtidos por dois diferentes estudos, Culpan e Kostelac
(1993) e Gugler e Pasquier (1996).
o crescimento do uso de muitas e diferentes formas de organização não
tradicionais, em particular o crescimento do uso de acordos não
3
igualitários , o que muitas vezes são mecanismos superiores para
empreender desenvolvimentos tecnológicos em setores high-tech
(Hagedoorn and Narula, 1996).
Usando a base de dados única MERTI-CATI, que contém em torno de
10.000 instâncias de parcerias tecnológicas (veja Apêndice A), nos
instigamos a investigar as tendências das alianças tecnológicas estratégicas
(ATE). Em particular, queremos avaliar e expor por que e como as ATE tem
crescido gradualmente nas últimas duas décadas e também as dramáticas
mudanças para formas contratuais de acordos ao longo do tempo em
conjunto com o crescimento no uso de parcerias tecnológicas internacionais.
3Ou equacionados.
4Um considerável debate recente em torno desta suplente escola do pensamento. Trabalhos recentes
tem apontado para demonstrar sua complementaridade. Para uma visão panorâmica do assunto vide
Madhok (1997)
Primeiro, existe uma motivação para redução de custo, no qual, no
mínimo uma firma com relacionamento tem adentrado para minimizar o
relacionamento com sua rede, ou seja, em outras palavras é uma economia
de custos. Os acordos que são essencialmente
destinadas a fazer isto são geralmente (mas nem sempre) do tipo cliente-
fornecedor, ou de relações verticais dentro de uma cadeia de valor
adicionado e incorporam uma perspectiva de curto prazo.
Segundo, as firmas precisam ter uma motivação estratégica. Tais
acordos tendem a se caracterizar como otimizadores dos lucros de longo
prazo incentivados pela tentativa de melhorar o valor dos ativos da firma. É
importante compreender a distinção feita até aqui. Enquanto as ações de
economias de custo, tal como adquirir a participação minoritária de um
fornecedor pode aumentar lucros, que muitas vezes não é o caso do valor
da empresa, são reforçadas para além do curto prazo (e.g. as centenas de
cortes de custos, acordos de terceirização que cada uma das principais
empresas tem). Quando uma empresa se engaja num acordo, é dito que ela
desenvolve uma espécie de padrão comum com a rival (e.g. A Sony e a
Phillips para estabelecer os padrões tecnológicos do DVD), muitas vezes
renunciando de lucros mais elevados no curto prazo (que estavam indo por
si só) na esperança de que a norma do conjunto do mercado irá reforçar sua
posição no longo prazo.
5. Tipos de acordos
7Incluindo países em desenvolvimento, apesar de mais uma vez ressaltar que existem diferenças
consideráveis entre grupos de países.
empresas norte-americanas se mostrarem as mais elevadas durante o
período mais recente (77,8%) em relação aos europeus e japoneses, entre
1980 e 1990, as empresas japonesas mostraram uma maior propensão para
alianças tecnológicas estratégicas não igualitárias do que as feitas pelas
americanas. Esta é uma observação particular interessante, uma vez que as
empresas japonesas tem notado a sua preferência pelas filiais subsidiarias
quando empreendem a produção no exterior. O domínio de acordos não
igualitários pelas empresas norte-americanas não é inteiramente alheio ao
fato de que os americanos tem a maior percentagem das alianças
internacionais.
6. Conclusões
Apêndice A
Os acordos cooperativos e o sistema de informação de indicadores
tecnológicos (CATI)
O banco de dados CATI é um banco de dados relacional que contem
arquivos de dados separados que podem ser linkados uns com os outros e
podem prover informações (des)agregadas e informações combinados sobre
muitos arquivos. A base de dados CATI contem as três maiores entidades. A
primeira entidade inclui informações em torno de 10.000 acordos
cooperativos envolvendo cerca de 4.000 diferentes matrizes empresariais. O
banco de dados contém informações sobre cada acordo e algumas das
informações a respeito de companhias participando destes acordos.
Definimos acordos cooperativos como um interesse comum entre matrizes
independentes (industriais) onde não estejam conectadas, muito embora a
propriedade. Na base de dados CATI somente estes acordos intrafirma
foram coletados que contenham alguns acordos de transferência de
tecnologia e pesquisa conjunta. Conciliações de pesquisa conjunta, seguido
de fontes de informação e acordos de licenciamento são exemplos bem
claros. Nós também coletamos informações a respeito das joint ventures8
em que novas tecnologias são recebidas por pelo menos um dos sócios ou
as joint ventures que tem apenas um programa de P&D. Mera produção ou
comercialização das joint ventures foram excluídos. Em outras palavras,
nossa analise relaciona-se principalmente com a cooperação tecnológica.
Discutimos estas formas de cooperação e acordos para cada atividade
inovadora combinada ou um intercâmbio de tecnologia de no mínimo uma
parte do acordo. Conseqüentemente, parcerias foram omitidas o que regula
não mais do que a partilha das facilidades da produção, o ajuste dos
padrões, comportamento conspiratório nos ajustes de preços e atração de
barreiras a entrada – além de todos estes serem efeitos colaterais da
cooperação intrafirma, na nossa definição.
Consideramos como um atributo relevante a informação de cada
aliança: o numero de companhias envolvidas (ou importantes subsidiarias);
ano de estabelecimento, horizonte temporal, duração e ano de dissolução;
investimentos em capital e envolvimento de bancos e institutos de pesquisa
ou universidades; campo tecnológico9; formas de cooperação10; e alguns
8Expressão em inglês que significa “união de risco” e designa o processo mediante o qual pessoas, ou, o
que é mais freqüente, empresas se associam para o desenvolvimento e execução de um projeto
específico no âmbito econômico e/ou financeiro. Uma joint venture pode ocorrer entre empresas
privadas, entre empresas públicas e privadas, e entre empresas públicas e privadas nacionais e
estrangeiras. Durante a vigência da joint-venture, cada empresa participante é responsável pela
totalidade do projeto. No caso brasileiro, esta modalidade foi estimulada especialmente durante os anos
70, envolvendo empresas privadas nacionais,
empresas estatais e empresas estrangeiras. (Sandroni, 1999)
10Como principais modos de cooperação, nos consideramos a equidade das joint ventures, projetos
conjuntos de P&D, acordos de mudanças tecnológicas, participações minoritárias e cruzadas,
comentários a respeito das informações disponíveis sobre os processos.
Dependendo de muitas formas de cooperação, coletamos informações num
contexto operacional; o nome do acordo ou projeto; partilhas patrimoniais; a
direção dos fluxos de capital; o grau de participação das holdings11
minoritárias; algumas informações a respeito dos motivos subjacentes às
alianças; e as características da cooperação, como uma pesquisa básica,
pesquisa aplicada, ou desenvolvimento de produto possivelmente
associados e/ou modalidades de marketing. Em alguns casos nos somente
indicamos quem foi o maior beneficiado.
A segunda maior entidade é uma subsidiaria individual ou companhia
mãe envolvida em uma (registrada) aliança, no mínimo. Em primeiro plano,
avaliamos a estratégia cooperativa pela adição de suas alianças e
computando sua rede de centralização. Segundo, nos apuramos sua
nacionalidade, e se possível propriedade (majoritária) no caso de uma
empresa industrial. Mudanças na propriedade (majoritária) na década de 80
também foram registradas. Em seguida, nós determinamos o principal ramo
em que cada uma esta operando e classificamos seus números de
empregados. Adicionalmente, para três subconjuntos separados das
primeiras séries temporais para o emprego, negócios, rede de
consumidores, gastos com P&D e o número de patentes norte-americanas
assinadas foram armazenadas. O primeiro subconjunto é baseado no placar
de P&D da Business Week, o segundo na Fortune´s International 500, e o
terceiro grupo foi recuperado das bandas de patentes do Departamento de
Comercio dos EUA. Do ranking da Business Week, nós tomamos os gastos
com P&D, redes de consumo, vendas e números de empregos. Em 1980
algumas 750 companhias foram arquivadas; durante os próximos anos este
numero aumento gradualmente para 900 companhias em 1988 que foram
repartidos entre os 40 grupos industriais. Para as maiores corporações fora
11Designação de empresa que mantém o controle sobre outras empresas mediante a posse majoritária
de ações destas. Em geral, a holding não produz nenhuma mercadoria ou serviço específicos,
destinando-se apenas a centralizar e realizar o trabalho de controle sobre um conjunto de empresas
geralmente denominadas subsidiárias. Nesse caso, ela é denominada pure holding company ou “holding
pura”. A empresa que, além de operar, isto é, produzir bens e serviços, também controla subsidiárias é
denominada holding operating company, isto é, “empresa holding operadora”. Essa forma de
organização empresarial, um dos estágios mais avançados da concentração de capital, permite a uma
holding controlar um capital muito maior que o seu, obtendo lucros desproporcionalmente elevados. Nos
Estados Unidos, por exemplo, o grupo Van Sweringen, dono de estradas de ferro no valor de mais de 2
bilhões de dólares, era controlado por uma holding com um investimento inferior a 20 milhões de
dólares. As multinacionais costumam centralizar o controle de suas subsidiárias espalhadas pelo mundo
numa holding instalada no país de origem ou em algum outro onde a legislação fiscal seja mais branda.
dos EUA a Fortune´s International 500 proveu dentre outras informações
sobre vendas (da qual depende o embaseamento do ranking), rede de
consumo e numero de empregados.
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Rajneesh Narula studied electrical engineering in Nigeria, and subsequently worked as an Aero-
Electronics Engineer from 1983 to 1986. He completed an MBA from Rutgers University, USA, after which
he worked in Hong Kong for IBM Asia/South Pacific. After leaving Hong Kong in 1989, he was a Research
Fellow in International Business and lecturer at Rutgers University, USA, where he completed his PhD.
From 1993 to 1998 he was an Assistant Professor in International Business and Research Fellow at MERIT,
at Maastricht University, The Netherlands. Since February 1998 he has been a Senior Research Fellow at
ESST, University of Oslo and the STEP Group. He has also been a consultant for the UNCTAD, UNIDO and
the European Commission, as well as several international companies. His research interests include
foreign direct investment theory, strategic alliances, innovation strategies and economic growth, Africa
and the NICs.
John Hagedoorn studied economic sociology and political economy at the University of Leiden and
holds a PhD in industrial economics from Maastricht University. He joined the Centre for Technology and
Policy Studies (STB) of the Dutch research organization TNO in April 1978, where he became senior fellow
in 1982. His research at STB focused, in particular, on innovation policy and the relationship between
technology and sectoral growth and development. He was Visiting Research Fellow at the Science Policy
Research Unit, University of Sussex and the Center for Economic Policy Research, Stanford University.
Since 1985, he has been involved in work based on the diffusion of information technology and interfirm
technology agreements. He has been a consultant to the EC,the OECD and the Ministry of Economic
Affairs. At MERIT he is in charge of the research programme on technology and international competition.
John Hagedoorn is full Professor of International Business Studies at Maastricht University.