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1 Introdução

O Diabetes Mellitus é uma enfermidade crônica, sem cura e de grande impacto

na saúde pública. Muitos indivíduos portadores dessa doença buscam caminhos alternativos

para o controle da glicemia. Por isso, se faz necessário o incremento à pesquisa clínica no

setor sobre as terapias alternativas, como por exemplo os medicamentos fitoterápicos. A partir

do momento em que a eficácia dessas terapias são comprovadas, elas podem se tornar uma

opção de baixo custo para o tratamento do Diabetes, proporcionando, dessa forma, benefícios

à sobrevida e a qualidade de vida dos doentes.

O diabetes melito é considerada uma síndrome caracterizada por alterar a homeostase

do organismo por distúrbios metabólicos complexos e primários dos carboidratos, que

envolvem secundariamente, porém de forma importante, lipídeos e proteínas. Grande número

de espécies de plantas tem sido usado experimentalmente para tratar os sintomas do diabetes

melito. Dentre essas plantas pode-se citar o maracujá e o yacon. Do primeiro é retirado a

casca da qual se faz um farinha que exerce uma ação positiva sobre o controle glicêmico no

tratamento do DM tipo II, sendo o provável mecanismo desta ação, a presença na casca da

fruta de um alto teor de pectina, fibra solúvel, totalmente degradável no organismo, que ajuda

a diminuir a taxa de glicose e colesterol no sangue. Das folhas do yacon faz-se um chá que

também é usado no tratamento do DM tipo II devido à sua ação antioxidante e da ação anti-

hiperglicemiante.

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2 Diabetes Mellitus

Diabetes mellitus é um grupo de doenças metabólicas caracterizadas por hiperglicemia

(aumento dos níveis de glicose no sangue), resultado de deficiências na secreção de insulina

ou de sua ação. Trata-se de uma doença complexa, na qual coexiste um transtorno global do

metabolismo dos carboidratos, lipídios e proteínas.

2.1 Anatomia

O pâncreas é o órgão responsável pela produção do hormônio denominado insulina.

Este hormônio é responsável pela regulagem da glicemia (glicemia: nível de glicose no

sangue). Para que as células das diversas partes do corpo humano possam realizar o processo

de respiração aeróbica (utilizar glicose como fonte de energia), é necessário que a glicose

esteja presente na célula. Portanto, as células possuem receptores de insulina que, quando

acionados "abrem" a membrana celular para a entrada da glicose presente na circulação

sanguínea. Uma falha na produção de insulina resulta em altos níveis de glicose no sangue, já

que esta última não é devidamente dirigida ao interior das células. Visando manter a glicemia

constante, o pâncreas também produz outro hormônio antagônico à insulina, denominado

glucagon. Ou seja, quando a glicemia cai, mais glucagon é secretado visando restabelecer o

nível de glicose na circulação.

A diabetes Mellitus apresenta duas formas mais comuns: diabetes tipo 1 e Diabetes

tipo 2. O diabetes tipo1 normalmente se inicia na infância ou adolescência, e se caracteriza

por um déficit de insulina, devido à destruição das células beta do pâncreas por processos

auto-imunes ou idiopáticos. Este tipo de diabetes é conhecido como diabetes mellitus

insulino-dependente ou diabetes infantil. Nela, o corpo produz pouca ou nenhuma insulina.

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As pessoas que padecem dela devem receber injeções diárias de insulina.

Diabetes tipo 2 tem mecanismo fisiopatológico complexo e não completamente

elucidado. Parece haver uma diminuição na resposta dos receptores de glicose presentes no

tecido periférico à insulina, levando ao fenômeno de resistência à insulina. As células beta do

pâncreas aumentam a produção de insulina e, ao longo dos anos, a resistência à insulina acaba

por levar essas células à exaustão. A Diabetes tipo 2 desenvolve-se freqüentemente em etapas

adultas da vida e é muito freqüente a associação com a obesidade.

2.2 Sintomas

Tríade clássica dos sintomas dadiabetes é poliúria (pessoa urina com frequência),

polidipsia (sede aumentada e aumento de ingestão de líquidos), polifagia (apetite aumentado).

Pode ocorrer perda de peso. Estes sintomas podem se desenvolver bastante rapidamente no

tipo 1, particularmente em crianças (semanas ou meses) ou pode ser sutil ou completamente

ausente no tipo 2.

No tipo 1 pode haver também perda de peso (apesar da fome aumentada ou normal) e

fadiga. Pode-se citar como sendo sinais da presença da diabetes: nível plasmático de glicose

em ou acima de 200 mg/dL ou 11,1 mmol/l duas horas após uma dose de 75g de glicose oral

como em um teste de tolerância à glicose e Nível plasmático de glicose aleatória em ou acima

de 200 mg/dL ou 11,1 mmol/l. .

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2.3 Patofisiologia

Como a insulina é o principal hormônio que regula a quantidade de glicose absorvida

pela maioria das células a partir do sangue (principalmente células musculares e de gordura,

mas não células do sistema nervoso central), a sua deficiência ou a insensibilidade de seus

receptores desempenham um papel importante em todas as formas da diabetes mellitus. Muito

do carboidrato dos alimentos é convertido em poucas horas no monossacarideo glicose, o

principal carboidrato encontrado no sangue. Alguns carboidratos não são convertidos. Como

por exemplos a frutose que é utilizada como um combustível celular, mas não é convertida em

glicose e não participa no mecanismo regulatório metabólico da insulina / glicose. A insulina

é liberada no sangue pelas células beta (células-β) do pâncreas em resposta aos níveis

crescentes de glicose no sangue (por exemplo, após uma refeição). A insulina habilita a

maioria das células do corpo a absorverem a glicose do sangue e a utilizarem como

combustível, para a conversão em outras moléculas necessárias, ou para armazenamento. A

insulina é também o sinal de controle principal para a conversão da glicose em glicogênio

para armazenamento interno nas células do fígado e musculares. Níveis reduzidos de glicose

resultam em níveis reduzidos de secreção de insulina a partir das células beta e na conversão

reversa de glicogênio a glicose quando os níveis de glicose caem .Níveis aumentados de

insulina aumentam muitos processos anabólicos (de crescimento) como o crescimento e

duplicação celular, síntese protéica e armazenamento de gordura.Se a quantidade de insulina

disponível é insuficiente, se as células respondem mal aos efeitos da insulina (insensibilidade

ou resistência à insulina), ou se a própria insulina está defeituosa, a glicose não será

administrada corretamente pelas células do corpo ou armazenada corretamente no fígado e

músculos. O efeito dominó são níveis altos persistentes de glicose no sangue, síntese protéica

pobre e outros distúrbios metabólicos, como a acidose.

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2.4 Diagnóstico

São os critérios diagnóstico para o diabetes melito o achado em dois exames em dias

diferentes de glicemia de jejum ≥126 mg/dL (7 mmol/L) ou após alimentar-se ≥200 mg/dL

(11,1 mmol/L), em caso de sintomas típicos de diabetes basta apenas uma glicemia ≥200

mg/dL (11,1 mmol/L).

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3 Planta Usada no Tratamento da Diabetes Mellitus

Passiflora edulis

Nomes vulgares: Flor-da-paixão, maracujá amarelo Maracujá peroba, do norte,

amarelo, azedo, e mirim.

3.1 Família Botânica

Maracujazeiro é uma planta dicotíledonea da família Passifloraceae onde se destacao

gênero Passiflora com 3 espécies importantes economicamente: Passiflora edúlis Sims f.

flavicarpa Deg - o maracujá amarelo ou azedo ou peroba , P. edúlis Sims - o maracujá roxo e

o P. alata Ait .

3.2 Histórico

Trepadeira arbustiva, espontânea na América tropical desde o sul dos EUA e México

até ao Brasil, hoje cultivada na região Mediterrânica, nos EUA e Índia. Em Portugal, é

cultivada para a obtenção de frutos.

3.3 Descrição

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É uma planta trepadeira, sub- lenhosa, de crescimento vigoroso continuo; sistema

radicular é pouco profundo, caule trepador, folhas lobadas e verdes com gavinhas (órgão de

sustentação) gema florífera e gema vegetativa (origina rama) na axila da

folha .

3.4 Parte Utilizada

Atualmente, o extrato seco da casca de Passiflora sp. tem sido utilizado para diminuir

as taxas de glicose no Diabetes Mellitus.

A polpa é usada na culinária para fazer sucos e doces.

3.5 Composição Química

Composição da química da casca do maracujá: Matéria seca, Proteína, Extrato etéreo,

Fibra, Matéria mineral, Extrativo não regenerado.

3.6 Indicações Terapêuticas

Aparentemente, o extrato seco de maracujá (Passiflora sp.) exerce uma ação positiva

sobre o controle glicêmico no tratamento do DM tipo II, sendo o provável mecanismo desta

ação, a presença na casca da fruta um alto teor de pectina, fibra solúvel,

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totalmente degradável no organismo, que ajuda a diminuir a taxa de glicose e colesterol no

sangue.

3.7 Contra Indicações

O uso tanto da farinha da casca, quanto da polpa do maracujá não apresenta nenhuma

contra indicação de uso. No entanto, a extração da polpa deve ser feita sem que as sementes

sejam trituradas, pois elas contêm substâncias tóxicas que na ocasião da trituração das

sementes se misturam com a polpa.

3.8 Cultivo

O Maracujá é uma planta trepadeira arbustiva típica da América tropical. É cultivada

em diversas áreas de clima tropical ao redor do mundo, assim como em regiões mediterrâneas

dos Estados Unidos e Portugal.

A planta exige solo fértil, rico em matéria orgânica. Em plantações comerciais é

necessário que se construam parreiras que servem de anteparo para que as plantas possam se

desenvolver de forma adequada, visto que a planta é uma trepadeira e requer um suporte no

qual possa se fixar.

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3.9 Coleta

Os frutos do maracujá podem ser obtidos quase o ano inteiro, principalmente no norte

e no nordeste do Brasil. Esses frutos devem ser colhidos quando estão maduros ocasião em

que adquirem cor amarela ou avermelhada. No caso do tratamento do diabetes, a parte desse

interesse é a casca do fruto, subproduto que geralmente é rejeitado após se extrair a polpa.

3.10 Dosagem

Uma colher de chá de farinha da casca do maracujá duas vezes por dia.

3.11 Uso Culinário

A polpa do maracujá é usada para a fabricação de sucos e doces. A casca não apresenta

nenhuma utilização culinária, sendo normalmente jogada no lixo após a extração da polpa.

3.12 Efeitos Colaterais

Até o momento, nenhum efeito colateral referente ao uso da farinha da casca do

maracujá foi descrito.

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3.13 Utilização no Tratamento da Doença

Após a colheita, retira-se a polpa e seca-se as cascas triturando-as posteriormente,

fabricando, dessa forma a farinha.

O principal constituinte dessa farinha, a Pectina, um polímero de ácido de

galacturônico, tem demonstrado efeitos hipocolesterolêmicos, hipoglicêmicos e indutores da

secreção de insulina no plasma

. A adição da pectina, fibra não digerível, na dieta melhora a tolerância de glicose em

pacientes diabéticos tratados com insulina ou não. Estudos demonstram que uma

suplementação da pectina sustentada adiou o esvaziamento gástrico em voluntários normais

sem afetar a tolerância de glicose.

Dietas em longo prazo com uma complementação com fibra (sem aumentar o

carboidrato) melhoram a homeostase glicêmica (um estado de equilíbrio fisiológico produzido

por um balanço das funções e das composições químicas dentro de um organismo) em

pacientes diabéticos.

4 Planta Utilizada no Tratamento da Diabetes Mellitus

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Yacon (Smallanthus sochifolius)

4.1 Família Botânica

O yacon pertence à mesma família do girassol (família Asteraceae).

4.2 Histórico

O yacon é uma erva originária dos Andes, ocorrendo naturalmente da Venezuela até

à Argentina. Suas raízes são tuberosas, lembrando batatas, porém, apresentam um sabor

adocicado, fazendo parte da dieta dos povos andinos desde períodos pré-colombianos. Na

última década do século vinte, o yacon passou a ser cultivado em vários países, tais como a

Nova Zelândia, Japão e Brasil.

4.3 Descrição

Cada tubérculo (batata) do yacon pode pesar entre 100g e 2kg, sendo formados

principalmente de água (86%-90%) e carboidratos (9%-13%). A maioria dos carboidratos

presente nos tubérculos está na forma de oligofrutanos do tipo inulina. Esses oligofrutanos são

um tipo de açúcar (oligossacarídeos) que não são digeridos pelos humanos. Os oligofrutanos

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resistem à digestão na parte superior do trato gastrointestinal humano e são, mais tarde,

hidrolisados e fermentados por bactérias no cólon, levando ao melhoramento da microflora

benéfica do intestino. Portanto, os tubérculos do yacon são bastante utilizados como alimentos

dietéticos e prebióticos..

O yacon possui em suas folhas dois sistemas de defesa: uma trama de pêlos que

dificulta o acesso dos insetos e uma alta densidade de glândulas. A associação destes

mecanismos faz com que as folhas de yacon sofram menos ataques por insetos, permitindo

seu cultivo sem a utilização de agrotóxicos, gerando dessa forma, menor contaminação do

produto.

4.4 Parte Utilizada

As folhas do yacon são usadas tradicionalmente pela população andina no

tratamento do quadro de hiperglicemia do diabetes mellitus, no tratamento de doenças do rim

e no rejuvenescimento da pele.

4.5 Composição Química

Nas folhas do yacon foram encontrados os ácidos clorogênico, cafeico e


dicafeoilquinínico e vários compostos fenólicos. O ácido clorogênico e o ácido cafeico são
substâncias antioxidantes, protegendo as células da ação maléfica dos radicais livres. Estudos
demonstraram que esses ácidos atuam também na regulação do metabolismo da glicose.

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4.6 Indicações Terapêuticas

Estudos científicos demonstraram que o chá das folhas do yacon diminuem os níveis

de glicose do sangue. Os níveis de glicose sangüínea diminuíram e os níveis de insulina

aumentaram. Outros estudos sugerem que o chá das folhas do yacon inibem a produção de

glicose no fígado (glicogênese) e também a quebra do glicogênio em glicose (glicogenólise).

4.7 Contra Indicações

Não há contra indicações do uso tanto das folhas como dos frutos do yacon. As folhas

e os frutos do yacon são usadas tradicionalmente pela população andina.

4.8 Cultivo

O yacon é uma planta perene e herbáceaque mede entre um e 2,5 metros de altura. A

planta é rústica e resiste bem à seca. Apesar de sua origem andina, o yacon representa uma

espécie com desenvolvimento extremamente adaptável quanto ao clima, à altitude e aos tipos

de solo, sendo cultivada com sucesso mesmo em países de clima quente como o Brasil. A

maturidade fisiológica da planta é alcançada entre 6 e 10 meses após o plantio, quando as

flores começam a desabrochar, sendo que este fator depende da zona onde a planta é

cultivada. Em altitudes mais baixas, a maturidade é adiantada. Este estágio será, então,

seguido por um período de incremento do conteúdos de oligofrutanos nos rizóforos e nas

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raízes tuberosas, passando para uma fase de senescência da parte aérea e dormência das partes

subterrâneas.

4.9 Coleta

. A coleta das raízes tuberosas para consumo é realizada por volta de

10 e 12 meses após o plantio. As folhas são coletadas, secas, trituradas e

armazenadas para posteriormente serem usadas para o preparo do chá.

4.10 Dosagem

Infusão de folhas 0,5 m/v. Tomar uma chavana da infusão duas vezes ao

dia.

4.11 Uso Culinário

O yacon é uma raiz tuberosa, que tem sido considerada como alimento nutracêutico

em decorrência de seus componentes designados, como fibras alimentares solúveis e

prebióticos.

Suas raízes tuberosas são semelhantes a batatas doces em aparência, possuem gosto

doce e polpa crocante, sendo bastante consumidas na forma in natura.

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4.12 Efeitos Colaterais

Não há registros de efeitos negativos ou tóxicos associados ao consumo das

raízes do yacon. No entanto, estudos sobre a segurança do uso prolongando do chá das folhas

do yacon ainda precisam ser feitos.

4.13 Utilização no Tratamento da Doença

A ação dos radicais livres (estresse oxidativo) é um dos fatores participantes no

desenvolvimento e na progressão do diabetes mellitus e suas complicações. O diabetes

mellitus é geralmente acompanhado pelo aumento da produção de radicais livres ou

enfraquecimento das defesas antioxidantes. Assim, o efeito benéfico do yacon no tratamento

do diabetes é resultado da ação antioxidante e da ação anti-hiperglicemiante

5 Conclusão

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O diabetes mellitus é atualmente uma doença crônica, sem cura, e sua ênfase médica

deve ser necessariamente em evitar problemas possivelmente relacionados à diabetes, a longo

ou curto prazo. É extremamente importante a educação do paciente, o acompanhamento de

sua dieta, exercícios físicos, monitoração própria de seus níveis de glicose, com o objetivo de

manter os níveis de glicose a longo e curto prazo adequados. Um controle cuidadoso é

necessário para reduzir os riscos das complicações a longo prazo.

Para auxiliar nesse controle as plantas medicinais, como o maracujá (Passiflora edulis)

e o Yacon (Smallanthus sochifolius), podem ser uma boa opção: provocam menos efeitos

colaterais, e apresentam menor custo quando comparadas aos medicamentos convencionais.

No entanto, o uso dessas plantas não deve se dar de forma indiscriminada pois algumas

plantas utilizadas podem ser tóxicas, enfatizando a necessidade de encontrar aquelas que

possam oferece eficácia terapêutica e saúde. Além disso, a terapia com fitoterápicos nem

sempre é suficiente para controlar a Diabetes, sendo necessário o uso de medicação

convencional de acordos com as especificações médicas.

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6 Bibliografia

-www.plantamed.com.br

-www.publisaude.com.br

- www.geocities.com

- CUNHA, A. Proença - Plantas e Produtos em Fitoterapia. Fundação Calouste Gulbenkian /

Lisboa

-www.google.com.br

-BARBOSA, Rejane de Oliveira- Ação benéfica do yacon no tratamento do diabetes

mellitus.

-RAVAZZI, Erika Franco Ramos- O Uso de Passiflora SP No Controle Do Diabetes Mellitus.

-NEGRI, Giuseppina- Diabetes melito: plantas e princípios ativos naturais hipoglicemiantes.

-SANTANAL, Isabelle Marisa Helena CardosoII- Raiz tuberosa de yacon (Smallanthus

sonchifolius): potencialidade de cultivo, aspectos

tecnológicos e nutricionais

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7 Artigos

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