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Anos 20
1920
“Os Anos Loucos”
O pós-guerra inaugura um novo estilo de vida, onde todos devem aproveitar ao máximo o
instante presente. As carruagens com seus equipamentos dão lugar aos automóveis. O
consumismo e os gastos em grandes festas ao som de jazz, charleston e regado ao melhor
champangne, são desenfreados, e todos para viverem plenamente têm a necessidade de se
sentirem livres.
Foi a era das inovações tecnológicas, da eletricidade, da modernização das fábricas, do rádio
e do início do cinema falado, que criaram, principalmente nos Estados Unidos, um clima de
prosperidade sem precendentes, constituindo um dos pilares do chamado "american way of
life" (o estilo de vida americano). Depois de 81 anos de luta, as mulheres dos Estados Unidos
conquistam o direito ao voto.
Acontece em Berlim, na Alemanha, a primeira exposição da arte dadaísta, a arte que nega a
arte. Surge em Paris o Manifesto Dadaísta, cujo expoente é Marcel Duchamp e seu urinol
intitulado “Fonte (1916)”. A arte estava em processo de ebulição e o intuito deste movimento
era chocar.
1921
1923
Em 15 de agosto, artistas da Bauhaus expõem em Weimar. Entre eles estão Walter Gropious,
fundador da Bauhaus, em 1919, Paul Klee, Lyonel Feininger e Vassili Kandinski
Uma nova fase inicia na economia, na política e na cultura, está se formando então: “o
mundo moderno”.
Figura característica desta época: a melindrosa, com seu ar alegre e travesso, ela era ousada
e namoradeira. Muitas vezes imprudente em busca de diversão e emoções, ela reflete um
novo tempo, emergindo da metrópole.
Depois de praticamente um século de vestidos colados ao corpo e espartilhos asfixiantes, as
mulheres começam a afirmar seus direitos recém conquistados de se vestirem “como
homens”. Embora, a silhueta andrógena, que dá adeus às curvas, exibe pernas longas e finas
e deixe a mulher mais parecida com crianças, exija tanto esforço quanto antes. Novos
métodos e “corpetes” surgem a fim de achatar o corpo, e muitas delas também aderem ao
visual de magreza devido a regimes de fome.
A maturidade se tornou fora de moda. Os heróis, agora, eram “filhos” e no caráter destes,
havia algo de romântico, suscetível, impulsivo, ocasionalmente fraco e, muitas vezes,
psicologicamente instável.
1925
Em 1925 houve em Paris a exposição que trazia elementos da Art Deco (ornamentação
excessiva) junto a obras minimalistas. Logo, essas informações se mesclavam na moda, e
linhas lisas, angulares e geométricas do modernismo começam a dominar as roupas e
acessórios.
No Teatro Champs-Elysées, em Paris, a cantora e dançarina Josephine Baker, provoca alvoroço
em sua apresentação, com trajes ousados.
O desejo de liberdade é, sobretudo,
vinculado pela elite intelectual e por artistas da época, que dão alicerces para a emancipação
sexual e das mulheres e para as próprias revoluções artísticas. Tudo isso reflete de forma
gigantesca na moda.
O costureiro Jean Patou, famoso na época por desenvolver uma moda extremamente
esportiva, sobretudo em trajes de banho, criou coleções inteiras para a estrela do tênis
Suzanne Lenglen. Suas roupas de banho também revolucionaram a moda praia.
Outra novidade moderna foi o bronzeado. Anteriormente era ligado às classes baixas que
trabalhavam ao sol. Um bronzeado implicava que a pessoa tinha tempo e dinheiro para ficar
exposta ao sol ou praticando exercícios ao ar livre.
A pele bronzeada tornou-se moda graças à maior estilista deste período, Gabrielle Coco
Chanel.
O chapéu, até então acessório obrigatório, ficou restrito ao uso diurno. O modelo mais
popular era o "cloche” - touca grudada na cabeça em forma de sino, - enterrado até os olhos,
que só podia ser usado com os cabelos curtíssimos, a "la garçonne” - cabelo cortado reto na
altura do queixo.
Os olhos eram bem marcados com maquiagem escura, as sobrancelhas tiradas e delineadas a
lápis; a pele era branca, o que acentuava os tons escuros da maquilagem, e a boca pequena
cor carmim, pintada em forma de coração ou de arco de cupido.
A mulher sensual era aquela sem curvas, seios e quadris pequenos. A atenção estava toda
voltada aos tornozelos. Jacques Doucet (1853-1929), figurinista francês, subiu as saias ao
ponto de mostrar as ligas rendadas das mulheres - um verdadeiro escândalo aos mais
conservadores.
1928
1929
Toda a euforia dos "felizes anos 20" acabou no dia 29 de outubro de 1929, quando a Bolsa de
Valores de Nova York registrou a maior baixa de sua história. De um dia para o outro, os
investidores perderam tudo, afetando toda a economia dos Estados Unidos, e,
consequentemente, o resto do mundo. Os anos seguintes ficaram conhecidos como a Grande
Depressão, marcados por falências, desemprego e desespero.